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A HISTÓRIA DA

PSICOFARMACOLOGIA
P RO F. C A M I L A PA P P I A N I
O QUE INFLUENCIOU A PSICOFARMACOLOGIA?

1. POSITIVISMO (SÉC. 19)

• Defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de


conhecimento verdadeiro;

• Só considera válido fatos observáveis;

• “O progresso da humanidade depende exclusivamente dos avanços científicos.”


O QUE INFLUENCIOU A PSICOFARMACOLOGIA?

2. RELATÓRIO FLEXNER (1910)

• Abraham Flexner visitou 155 escolas médicas (EUA e Canadá) criticando o


“treinamento” oferecido aos futuros médicos;

• Lança o relatório reorganizando e regulamentando o funcionamento das escolas


médicas a partir da racionalidade científica;

• Desconsidera os fatores ambientais, culturais, sociais, considerando a doença


unicausal e biologicista;
• Houve um forte estímulo para a especialização e para a pesquisa visando
conhecer melhor as doenças para propor intervenções para a reparação do
corpo humano;

• A prática médica foi identificada como prática científica e os médicos tornaram-


se os detentores de um saber que pode ser verificado “cientificamente”;

• Assim, esses profissionais tiveram seu poder fortalecido na sociedade,


ocorrendo uma desqualificação dos outros saberes e práticas curadoras
tradicionais como a medicina chinesa, a homeopatia, o saber popular, entre
outros, ao identificá-los como “não-científicos” e, por isso, ineficazes;

• O estudo da medicina deve ser centrado na doença de forma individual e


concreta.
O QUE INFLUENCIOU A PSICOFARMACOLOGIA?

3. EMIL KRAEPELIN (1856 – 1926)

• Kraepelin classificou as doenças mentais procurando causas orgânicas como


aspectos cerebrais, neuroquímicas e neurofisiológicas;

• É comumente citado como o criador da psiquiatria moderna;


• Para a psiquiatria ser, de fato, considerada uma ciência médica, coube a Kraepelin
reformular a psiquiatria observando como os sintomas se organizavam para
formar doenças mentais específicas, caracterizando padrões que permitiam um
diagnóstico preciso.

• Kraepelin iniciou pesquisas estatísticas que caracterizavam a faixa etária em que


certos quadros costumavam aparecer, sua prevalência, estabilidade dos
complexos sintomáticos, efeito na vida do doente, etc. Deste modo, inaugurou o
método clínico na psiquiatria, e influenciou a criação dos manuais estatísticos.
O QUE INFLUENCIOU A PSICOFARMACOLOGIA?

4. MODELO BIOMÉDICO

• Visão Dual – Normal X Patológico;

• Atenção restrita e direcionada ao biológico / anatomia / fisiologia;

• Intervenção invasiva sobre o corpo (cirurgia ou medicação);


• Quando identificamos que estamos com algum problema de saúde, que não
pode ser resolvido com os conhecimentos de que dispomos, pensamos, em
geral, em procurar por um atendimento médico. Os profissionais de saúde
principalmente os médicos, são por nós reconhecidos como capazes de “julgar”
o nosso problema de saúde, identificar se estamos com alguma “doença” e
propor medidas para nos tratar, para alterar aquilo que limita o nosso modo de
viver e, assim, restabelecer a nossa “saúde”. A eles atribuímos autoridade para
decidir sobre o que é normal e o que é patológico.
HISTÓRIA DOS PSICOFÁRMACOS

• Os psiquiatras tinham em suas mãos pessoas com “doenças” de causas


desconhecidas que precisavam ser tratadas pois, sem tratamento, entravam em
surto e ofereciam risco não só para si, mas também para os outros à sua volta.
Eles então encontraram brevemente um paliativo: a morfina.

• Esse remédio era utilizado na época como anestésico e, durante um tempo,


funcionou para controlar os surtos dos pacientes. Agora, ao invés de pacientes
surtarem, eles ficavam dopados e controlados.
• Mas... eles perceberam um problema com a morfina: ela provoca dependência e
tolerância. Logo, os pacientes além de surtarem – e terem surtos cada vez mais
fortes – sofriam com efeitos de abstinência da morfina, como dores musculares,
agitação, além de a morfina não ter mais o efeito anestésico desejado. Alguns
pacientes chegaram a morrer devido ao uso abusivo de morfina.

• A dependência de morfina passou a ser então um grande problema, pois, além


de ela ser usada como remédio para controlar os surtos, muitos a utilizavam
para aliviar dores mais simples e inclusive as “dores da alma”, com os mesmos
efeitos adversos acima.

• Foi então que no final do século XIX, início do século XX, Sigmund Freud
sugere o uso da cocaína como um remédio para tratar os dependentes em
morfina.
• A cocaína naquela época era uma droga vendida livremente em farmácias.
Haviam indicações recreativas e calmantes da cocaína, que era usada diluída em
água ou outro solvente e então ingerida ou pingada nos olhos – era utilizada
também como anestésico tópico para procedimentos oftálmicos. Freud
conseguiu, com sucesso, curar um paciente dependente em morfina com uso de
cocaína. Mas, ao mesmo tempo, ele cria o primeiro dependente em cocaína da
história. Esse paciente faleceu por problemas decorrentes do uso da cocaína e
Freud abandona esse tratamento específico em busca de outros mais seguros.

• Temos então, no início do século XX o problema dos dependentes em morfina


e em cocaína. Foi então que a farmacêutica Bayer comercializou um novo
remédio que supostamente iria combater os problemas da dependência em
morfina e cocaína, a heroína.
• A morfina e os outros opiódes acabaram sendo proibidos por seus prejuízos à
saúde e permitidos somente em alguns casos médicos específicos. O remédio
codeína, por exemplo, amplamente utilizado como analgésico, é um opióide e a
morfina ainda é administrada como analgésico para dores muito fortes e em
doentes terminais, para controlar as dores.

• Foi então que na década de 1950 descobriu-se a clorpromazina, comercializado


sob o nome Torazina. Essa droga inicialmente era um corante sintético, que
passou a ser utilizada como vermífugo para porcos e depois como um
anestésico médico. Descobriu-se nele um forte efeito calmante, similar à
lobotomia.
• O uso dessa droga permitiu a diminuição do uso de práticas restritivas como
isolamentos e camisas de força.

• Porém, descobriu-se depois que esse remédio possuía muitos efeitos colaterais
irreversíveis, como contrações involutárias semelhantes ao mal de Parkinson. E
desde então, tem-se tentado encontrar algum remédio que possa ter os efeitos
desejados sem ter tantos efeitos colaterais.

• Há relatos também de experimentos com urato de lítio, e posteriormente com


carbonato de lítio, na década de 40, porém, devido as pesquisas não terem rigor
científico, e muitos animais e humanos participantes da pesquisa terem
desenvolvidos sinais graves de intoxicação, sua pesquisa não convenceu os
cientistas.
• Anteriormente, ao longo de toda a história da humanidade, as substâncias
psicoativas sempre foram utilizadas de forma recreativa, cultural, ou em rituais,
como os extratos de plantas, cogumelos, e até suas formas quimicamente
sintetizadas, mas só foram experimentadas como tratamento para os
transtornos mentais no final do século 19.
O QUE É PSICOFARMACOLOGIA?

• Psicofarmacologia é a ciência, do ramo da farmacologia, que trata da relação


entre o uso de drogas (substâncias psicoativas) e as alterações psíquicas diversas
da ordem do humor, cognição, comportamento, psicomotricidade e
personalidade.

• Fármaco ou droga é qualquer agente químico que afeta os processos


bioquímicos e fisiológicos dos organismos vivos.

• As drogas psicotrópicas ou psicofármacos atuam de forma seletiva no sistema


nervoso central (SNC), sendo também conhecidas como agentes psicoativos ou
psicoterápicos. Desta forma, incluem nesta classe os fármacos que deprimem ou
estimulam seletivamente as ações do SNC.
• Embora foram diversos os avanços observados na categoria dos psicofármacos,
até o momento não se conhece de forma bem estabelecida os mecanismos que
levam às patologias que afetam o SNC, e que causam os distúrbios mentais e
emocionais. Desta forma, os fármacos pertencentes a esta classe tem como
objetivo o tratamento dos sintomas, e não a cura.

• Drogas psicoativas podem ser originárias de fontes naturais como plantas e


animais, ou artificiais como as sintetizadas nos laboratórios químicos das
indústrias farmacêuticas. Estas drogas interagem com alvos específicos ou
receptores encontrados no sistema nervoso para induzir diferentes mudanças
nas funções fisiológicas ou psíquicas. A interação específica entre as drogas e
seus alvos é chamada de ação da droga e as mudanças observadas são
conhecidas como efeito da droga.
QUESTÕES GERAIS SOBRE A
FARMACOLOGIA
QUAL A DIFERENÇA ENTRE REMÉDIO E MEDIC AMENTO?

• REMÉDIO – Qualquer cuidado utilizado para amenizar ou aliviar sintomas,


doenças, desconfortos.

• MEDICAMENTO – substâncias ou preparações elaboradas em farmácias ou


indústrias farmacêuticas, que seguem determinações de segurança, eficácia e
qualidade.

• Todo medicamento é um remédio, mas nem todo remédio é um medicamento!


FARMÁCIA OU DROGARIA?

• Farmácias – Estabelecimentos de saúde que comercializam e orientam sobre o


uso de medicamentos industriais e manipulados.

• Drogarias - Estabelecimentos de saúde que comercializam e orientam sobre o


uso de medicamentos industriais.
FORMAS FARMACÊUTICAS

• Comprimidos
• Cápsulas, pós e granulados
• Xaropes
• Soluções (gotas, nasais, colírios, bochechos e gargarejos e injetáveis)
• Supositórios, óvulos e cápsulas ginecológicas
• Aerossóis/pressurizados
• Pomadas

• As diferentes formas existem para facilitar a administração por pacientes de


faixas etárias diferentes ou em condições especiais; garantir a precisão da dose;
proteger a substância durante o percurso pelo organismo; garantir a presença no
local de ação; facilitar a ingestão da substância ativa.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

• Absorção é a transferência de um fármaco desde seu local de administração até


a corrente sanguínea. A velocidade e a quantidade do fármaco absorvido
dependem da via de administração.

• A via de administração é a maneira como o medicamento entra em contato


com o organismo, é sua porta de entrada, podendo ser via oral (boca), retal
(ânus), parental (injetável), tópica (pele), vaginal, nasal (nariz), oftálmica (olhos),
sub-lingual (embaixo da língua), dentre outras...

• Cada via de administração tem uma função e um tempo diferente de início de


ação.
GENÉRICOS – REFERÊNCIA - SIMILAR

• Medicamento de Referência: que possui marca registrada. Sua principal função é servir de
parâmetros para registros dos posteriores medicamentos similares e genéricos, quando sua
patente expirar.

• É igual ao medicamento de referência e possui qualidade, eficácia terapêutica e segurança


comprovados através de testes científicos, registrado pelo órgão de vigilância sanitária no país.
Não possui nome de marca, somente a denominação química.

• São produzidos após vencer a patente dos medicamentos de referência e são identificados
por um nome de marca. Possuem o mesmo fármaco e indicação terapêutica que o
medicamento de referência, diferem em características relativas ao tamanho e forma do
produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos. (Um excipiente
é uma sustância farmacologicamente inativa usada como veículo para o princípio ativo,
ajudando na sua preparação ou estabilidade.)
MEDICAMENTOS E PRESCRIÇÃO

• Medicamentos isentos de prescrição, não necessitam serem prescritos por um


médico, mas devem ser utilizados de acordo com a orientação de um
profissional farmacêutico.

• Medicamentos com prescrição devem ser prescritos pelo profissional médico ou


dentista e são divididos em dois grupos:
• Sem retenção de receita (tarja vermelha)
• Com retenção de receita (tarja vermelha ou preta)
RECEITUÁRIO

• Receituário de cor branca

• Receituário de controle especial (duas vias)

• Notificação de receituário de cor azul (alguns tipos de medicamentos, ex:


clonazepam)

• Notificação de receituário de cor amarela (alguns tipos de medicamentos, ex:


cloridrato de metilfenidato)
FITOTERÁPICOS

• Feitos exclusivamente de matéria-prima vegetal.

• Seguem como qualquer outro medicamento, a todas as normas sanitárias e os


cuidados para o seu uso, e devem possuir registro no Ministério da Saúde
(Anvisa).

• “Se é natural não faz mal” (Mito ou realidade?)


HOMEOPÁTICOS

• O tratamento homeopático, consiste em fornecer a um paciente sintomático


doses extremamente pequenas dos agentes que produzem os mesmos sintomas
em pessoas saudáveis, quando expostas a quantidades maiores. Deste modo, o
sistema de cura natural da pessoa é estimulado e estabelece uma reação de
restauração da saúde por suas próprias forças, de dentro para fora.

• Utiliza elementos de origem mineral ou animal.

• Também seguem as todas as normas sanitárias e os cuidados para o seu uso,


como qualquer outro medicamento e deve possuir registro no Ministério da
Saúde (Anvisa).
MEDICAMENTOS BIOLÓGICOS

• O processo produtivo difere do empregado na produção química convencional,


pois os medicamentos biológicos são produzidos a partir de células vivas. É um
processo complexo, em que estas células devem permanecer sob condições de
temperatura específicas.

• As vacinas são um exemplo, outros são os hemoderivados (medicamentos


derivados do sangue) e alérgenos (medicamentos contra alergias).
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

• É o evento clínico em que o efeito de um medicamento é alterado pela presença


de outro medicamento, de alimento, de bebida ou algum agente químico
ambiental. Constitui a principal causa de problemas relacionados a
medicamentos.

• Interações entre os medicamentos são as interferências que ocorrem quando


dois ou mais medicamentos são administrados ao mesmo tempo, podendo
causar a diminuição ou o aumento do efeito desejado, ou ainda o surgimento de
efeitos indesejados.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Exemplos:

• O efeito do Anticoncepcional é reduzido quando consumido com um


Antibiótico.
• A Vitamina K inibe a resposta dos anticoagulantes orais.
• O antiácido diminui a absorção dos medicamentos anti-inflamatórios.
• Os antibióticos, como a tetraciclina, diminuem seu efeito terapêutico quando
engolidos com antiácido.
• Anticoagulantes podem causar hemorragia se utilizados com alguns anti-
inflamatórios, como o ácido acetilsalicílico.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Medicamentos e Bebidas Alcoólicas:


• As associações entre alguns medicamentos com bebidas alcoólicas podem levar
a efeitos indesejados graves, inclusive com risco de morte.
• O álcool pode tanto potencializar os efeitos de um medicamento quanto
neutralizá-lo.
Medicamentos também interagem com alimentos, e plantas medicinais,
interferindo no processo de absorção da substância.
TRITURAR O PARTIR AO MEIO O MEDICAMENTO

• Algumas cápsulas são desenvolvidas para não se degradar no estômago. Se você


retira o conteúdo da membrana, ele pode perder o efeito;

• Outro problema desse procedimento é acelerar a absorção dos princípios ativos


pelo organismo. Cada comprimido é planejado para ter um tempo de atividade e
assimilação no corpo, a quebra de um revestimento pode desregular esses
mecanismos. Se for um remédio com revestimento ou estrutura desenvolvidos
para uma liberação prolongada, acaba-se com a função do medicamento,
correndo o risco de ocorrer uma absorção intensa e sofrer intoxicação;
TRITURAR O PARTIR AO MEIO O MEDICAMENTO

• Alguns especialistas acreditam que os princípios ativos da droga não estejam


distribuídos igualmente por todo o produto, ainda que sejam feitos testes de
uniformidade durante a produção. O principal problema nesse caso é,
novamente, a absorção incorreta do medicamento pelo organismo;

• Alguns analgésicos e antialérgicos têm um sistema de liberação que é modificado


se cortados, podendo perder o efeito;

• Antibióticos são normalmente revestidos por serem sensíveis ao pH ácido do


estômago e deverem passar íntegros pelo órgão. Uma vez quebrados, podem
perder parte das propriedades.

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