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Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná


Câmpus Toledo

Atividade Prática Supervisionada de Comunicação Linguística

RESENHA DO ARTIGO: DIVISÓRIAS INTERNAS DE EDIFÍCIOS EM ALVENARIA DE


BLOCOS DE GESSO.
Cesar Mateus Schumacher Lompa
Jefferson Antonio Finger
Raphael Zalevski Mariano
Rebeca Araujo Pereira

Em 2010, no Congresso Internacional de Tecnologia Aplicada para a


Arquitetura e Engenharia Sustentáveis, foi publicado, por Sobrinho et al., o artigo
“DIVISÓRIAS INTERNAS DE EDIFÍCIOS EM ALVENARIA DE BLOCOS DE GESSO -
vantagens técnicas, econômicas e ambientais”. Os autores do presente artigo pertencem
ao corpo docente e discente do ITEP (Instituto de Tecnologia de Pernambuco). Carlos
Welligton de Azevedo Pires Sobrinho, é mestre em Engenharia Civil pela UFRJ (1985).
Atualmente é professor assistente da Universidade de Pernambuco, coordenador de curso
de pós-graduação da Escola Politécnica de Pernambuco e pesquisador nível superior do
Instituto de Tecnologia de Pernambuco. Tem experiência na área de engenharia civil, com
ênfase em materiais e componentes de construção, atuando principalmente nos seguintes
temas: habitação, processo construtivo, patologia das construções, avaliação de
desempenho de sistemas construtivos. Coordenador do curso de pós-graduação em
inspeção, manutenção e recuperação de estruturas desde 2007 na Escola Politécnica de
Pernambuco, e, atualmente, cursa doutorado da Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto- Portugal.

O trabalho realizado apresenta os principais elementos considerados no


desenvolvimento de projetos em alvenaria interna de blocos de gesso, e as principais
características de ordem técnica, econômica e ambiental. O texto compara o sistema de
divisórias internas construídas em alvenaria de blocos de gesso e de blocos de concreto
e/ou cerâmicos assentados e revestidos com argamassa mista de cimento e cal.

O artigo foi dividido em tópicos e subtópicos; os tópicos apresentam as


principais vantagens dos blocos de gesso em relação aos outros materiais, apresentando
dados obtidos a partir de pesquisas e tabelas que comprovam tais fatos. Para chegar ao
objetivo final, os autores utilizam, no decorrer das 14 páginas, tabelas e imagens,
demonstrando todos os dados e resultados obtidos.

Os autores apresentam dados de que as alvenarias em blocos de gesso são


mais leves, quando comparadas às alvenarias tradicionais em blocos cerâmicos revestidos
com argamassa, contribuindo para diminuição das cargas permanentes nas lajes/vigas, e
também influenciando na redução das flechas imediatas e deformação lenta das lajes de
concreto. No artigo, foram analisados dois tipos de alvenaria de divisória interna (gesso e
cerâmica) em edifícios, a fim de comparar a influência desses nos edifícios, por meio de
modelo de cálculo computacional de dimensionamento de uma estrutura. Para tanto, foram
mantidas as dimensões e posições dos elementos estruturais (pilares, vigas e lajes) e
foram observadas as alterações nas armaduras de pilares e vigas, mantendo as formas
desses elementos constantes. Os autores ainda destacam a grande economia no custo e
no tempo produzido com a opção tecnológica de se utilizar divisórias internas de gesso.
Entretanto, nos custos unitários diretos para a execução de serviços, a diferença não é
significativa. Porém, levando em consideração o ganho em área, e com a sensível
economia de material e mão de obra, eles apontam que as vantagens desse sistema são
bem maiores.

O artigo também aponta os principais resultados ao se utilizar blocos de


gesso, demonstrando os principais aspectos técnicos e destacando a importância de saber
trabalhar com esse material e conhecê-lo bem. Com o objetivo de avaliar o desempenho
das paredes em alvenaria de blocos de gesso vazado, foram realizados diversos testes.
Um deles é o teste de desempenho do corpo mole, que consiste na avaliação do
comportamento de um trecho de parede submetida a choques, numa sequência de energia
e quantidades pré-estabelecidas, em que não foram observadas fissuras ou danos
significativos no início do experimento. Também foram realizados testes de desempenho
com corpos suspensos, que consistem na avaliação de comportamento de sistemas de
fixação. Ao realizar o teste de desempenho de interação de portas com paredes em
alvenaria de blocos de gesso, foram observadas lesões extremas a partir somente do
sexto impacto, o que é positivo. Esse teste consiste na avaliação do comportamento do
sistema porta-fixação e de sua interação com as paredes que o confinam.

Ainda é analisada a energia incorporada como forma de mensurar o impacto


ambiental das construções, sendo essa considerada um indicador de sustentabilidade das
edificações. A energia incorporada considera toda energia utilizada na fabricação,
transporte e utilização do material na construção. Nas tabelas apresentadas no decorrer
dessa etapa, é feita uma análise comparativa em função da energia incorporada apenas no
que se refere à armadura dos pilares da superestrutura, do concreto da fundação e da
alvenaria dos apartamentos, sendo esta construída com base nos valores unitários de
energia incorporada. Dessa forma, é possível analisar que, quando usadas as divisórias
internas de gesso, o peso da armadura de superestrutura é relativamente menor do que
seria utilizando outros materiais. Utilizando-se menor volume de concreto nas fundações, o
peso observado da alvenaria interna também é muito menor, o que gera menos entulho e
faz com que a obra fique bem mais compacta.

O artigo tratou da temática dos edifícios estruturados em pórtico de concreto


armado, compararando os sistemas de vedação vertical em alvenaria de blocos cerâmicos
revestidos com argamassa e os sistemas de blocos de gesso. Dessa maneira, foi possível
averiguar que a utilização de alvenaria em blocos de gesso nas vedações internas dos
edifícios produz uma economia substancial. As vantagens técnicas, econômicas e
ambientais são significativas, podendo ser considerada uma alternativa viável a utilização
desse sistema na obra de edifícios habitacionais.
Outro artigo escrito e publicado em 2011, por Nogueira, intitulado “Divisórias
de Gesso Acartonado: consumidor brasileiro está desinformado”, apresenta críticas fortes
principalmente às divisórias de gesso, demonstrando que o texto de Sobrinho foi omisso
em partes. O texto de Nogueira afirma que o produto possui vulnerabilidades ou riscos que
deveriam ser (e não têm sido) comunicados aos cidadãos adquirentes de escritórios, ou de
apartamentos, principalmente nas grandes capitais brasileiras.

Mais adiante em seu artigo, Nogueira apresenta um alerta sobre o potente


estímulo à proliferação de insetos, principalmente traças, nos vazios das paredes
“comestíveis” (existem paredes de blocos de gesso vazado e de blocos de gesso
compactos). Nogueira diz que testemunhou várias infestações ao longo de anos como
perito em patologias da construção civil. O autor desse artigo ainda ressalta que o
argumento de vendedores dizendo que o produto é muito utilizado nos EUA esbarra no fato
de que a maioria das casas americanas é feita com divisórias de madeiras, com paredes
duplas e mais sofisticadas; ele ainda afirma que as casas americanas já sofreram muito
com traças e, atualmente, não utilizam mais essas divisórias.

Apresentando críticas sobre o impacto que divisórias de gesso podem causar


na estrutura de edificações, Nogueira afirma que o meio técnico vem assistindo a uma
direta interferência dos produtores e vendedores, tanto nas publicações técnicas (anúncios
em artigos respaldados por renomados profissionais), como nas modificações dos mais
recentes partidos de cálculo estrutural (banimento de vigas, exaltação das lajes-cogumelo,
contrapiso "zero", etc). Essas novas geometrias estruturais tenderão a gerar deformações
lentas mais acentuadas e, na sequência, mais fissuras em alvenarias periféricas, com
agravamentos das atuais infiltrações de chuva, o que elevará, também, riscos de
insalubridades internas, de descolamentos de revestimentos por espoliação de cales e de
corrosões em armaduras.

Já em outro artigo, escrito por Nascimento et al.(2015), com o título de “Uso


de gesso acartonado em vedações internas”, é possível perceber que o artigo de Sobrinho
não tratou adequadamente das desvantagens de divisórias internas. Nascimento et al.
escrevem em seu artigo um tópico intitulado “vantagens e desvantagens”, com vantagens
comparadas ao artigo de Sobrinho, mas desvantagens um tanto quanto diferentes.

Os autores desse último artigo descrevem que as principais desvantagens do


uso de divisórias de gesso são as deformações das estruturas de concreto, a dependência
de profissionais habilitados em todos os níveis e a cultura dos usuários em relação às
vedações internas. Ainda descrevem que divisórias absorvem as deformações da estrutura
suporte, sem rupturas visíveis, o que, sem o acompanhamento de um profissional, pode
ocasionar em problemas mais graves futuramente. Portanto, a carência de profissionais
habilitados para a construção do sistema e manutenção no Brasil ainda é uma grande
desvantagem. A cultura dos usuários em relação às vedações internas é um grande fator
de desvantagem para o sistema de construção a seco, já que a alvenaria é o sistema que
vem sendo implantado no Brasil desde a época da colonização. A mudança para um
sistema mais leve pode deixar o usuário inseguro quanto suas qualidades e eficiências
(Nascimento et al, 2015).

Dessa forma, fica evidenciado que o texto de Sobrinho et al. foi faltoso ao
descrever as desvantagens do uso de divisórias, principalmente de gesso. Ademais,
usando como exemplo outros dois artigos, a resenha escrita demonstrou outras
desvantagens não citadas no artigo principal. Entretanto, o artigo principal referenciou
todos os dados descritos e demonstrou a maneira que foram feitos testes, até mesmo
através de figuras. Apesar disso, destacamos que foram omitidas informações como as
desvantagens das traças nas divisórias.

Referências

SOBRINHO, Carlos et al. Divisórias Internas de edifícios em alvenaria de blocos de Gesso


- vantagens técnicas, econômicas e ambientais. 2010. Disponível em: <
http://www.sinduscon-rio.com.br/doc/divisorias.pdf>.

NOGUEIRA, Sylvio. Divisórias de Gesso Acartonado: consumidor brasileiro está


desinformado. 2011. Disponível em:<
http://www.ecivilnet.com/artigos/gesso_acartonado_divisorias.htm>.

NASCIMENTO, Felipe Bonfim et al. Uso de gesso acartonado em vedações internas.


Disponível em: < https://periodicos.set.edu.br/index.php/fitsexatas/article/download/2139/1264>.

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