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O tempo envelhece depressa

Todas as personagens deste livro parecem estar empenhadas numa confrontação com o
Tempo: o tempo dos acontecimentos que viveram ou estão a viver e o tempo da memória ou
da consciência. Mas é como se uma tempestade de areia se tivesse levantado nas suas
clepsidras: o tempo foge e detém-se, gira sobre si próprio, esconde-se, reaparece a pedir
contas. Do passado emergem estranhos fantasmas, as coisas que antigamente eram
incompatíveis agora parecem harmonizar-se, as versões oficiais e os destinos individuais
não coincidem. Um ex-agente da defunta República Democrática Alemã que durante anos
espiou Bertold Brecht, vagueia sem destino por Berlim até ir ter ao túmulo do escritor para
lhe confiar um segredo. Numa localidade de férias da ex-Jugoslávia, um oficial italiano da
ONU que durante a guerra do Kosovo sofreu as radiações do urânio empobrecido ensina a
uma miúda a arte de ler o futuro nas nuvens. Um homem que engana a sua solidão
contando histórias a si próprio torna-se protagonista de uma aventura que inventara numa
noite de insónia. Sensível às convulsões da História recente, Antonio Tabucchi mede-se
com o nosso Tempo «desnorteado», em que se os ponteiros do relógio da nossa consciência
parecem indicar uma hora diferente daquela que vivemos.

O livro é constituido por nove contos:

- O Círculo

- Pic plec, plic pec

- Nuvens

- Os mortos à mesa

- Entre generais

- Yo me enamoré del aire

- Festival

- Bucareste não mudou absolutamente nada

- Contratempo

Estes 9 contos referem-se todos a passagem do tempo e a dificuldade em aceitar esse facto.

CÍRCULO

A velhice e a memoria que, como já denuncia o belo titulo da obra, são as epifanias que cada
conto vai delinear, cada qual de sua maneira. No primeiro conto o circulo, faz-se referência a
uma mulher que está num encontro familiar em Genebra. Esta personagem relembra algumas
das suas muitas memórias mas não são realmente memórias, pois nunca as vivenciou, apenas
foi-lhe atribuida uma recordação como a avo a ordenhar uma cabra. Era uma recordação de
uma história. Ao observar uma paisagem montanhosa, sufoca-se em sentimentos de angústia
e decepção. pois apesar de ter sido imensamente feliz com o seu marido nos últimos 15 anos,
não tinha sido, ainda, capaz de gerar um filho.

Simbologia...

Circulo- representaçaao do ciclo da visa


Sol- simboliza a força, a perfeição, o nascimento, a morte, a ressurreição, e a imortalidade...

OS MORTOS À MESA E a história de um ex-agente da RDA Karl que leve a seu cargo vigiar o
dramaturgo Bertold Brecht e que. em deambulação por Berlim. confessa o seu mais intimo
segredo o facto de também ele e a sua vida terem sido minuciosamente vigiados A esta
descoberta/segredo segue-se outro ainda mais doloroso: o facto de a sua mulher, a mulher
que tanto amava, o ler traido durante tanto tempo. Era um ex-espião. já reformado que se
entrega aos prazeres da vida almoça e janta em restaurantes caros e veste roupa igualmente
cara, e que deambula pelas ruas e lugares de Berlim, enquanto mantém um diálogo intimo
consigo proprio e com o seu passado Num constante confronto entre o eu do presente e eu do
passado, que guarda na memoria, agora que esta reformado falla-lhe um Objetivo

Simbologia... Comboio- é um sinal de evolução e significa uma opção e um destino

Último conto em que a história de  Contratempo, em que uma viagem a um


mosteiro é repetida várias vezes mostrando a impossibilidade de se fugir ao
seu final, a mesma im possibilidade se fugir do tempo que assombra o
personagem desse conto.

Nuvens, que é quase constituído todo em torno do diálogo entre uma menina
de 12 anos e um senhor muito doente em uma praia. A menina é muito
inteligente e acha que o homem pode lhe contra coisas sobre a vida, o
homem aprecia a companhia e fascinação que a menina lhe causa. Eles
discutem desde a política à guerra, e a simbologia final é genial.~

Clof, clop, clofete, clopete é um conto fascinante sobre um homem no leitor


hospitalar, todo o seu corpo dói em função da coluna totalmente torta, e 
que acaba desenvolvendo uma relação interessante com a mulher do leito ao
lado, assim como um desejo de relembrar sua infância. O conto que encerra
o livro Contratempo também é muito interessante, pois narra quase de uma
maneira naturalista a viagem de um homem a um mosteiro, contudo o conto
se estende mostrando todos os personagens que o seguiram tendo o mesmo
fim que ele até seu final. Simbolicamente é como se o passado não só
ficasse na memória mas que ele finalmente se inserisse dentro da
“realidade” presente. 

 O círculo que juntando seu professor ressentido, a personagem principal


que se arrepende de não ter tido filhos e a cena final com a manada de
cavalos em círculo traz uma imagem poderosa sobre a impossibilidade de se
voltar atrás do momento na vida.

existem mais outros 5 contos muito bem escritos e interessantes. Em todo


caso não posso dizer que é um livro que empolga, tirando o Nuvens nenhum
outro conto tem uma grandeza dramática que crava em nossa cabeça, até
mesmo o formalismo na elaboração dos contos os tornam mais frios, quase
como uma  meditação. Contudo ele não é grande o suficiente para carecer
disso como defeito, alias a melhor maneira de ler o livro é com tempo para
refletir nas histórias que o constituem. Não ha vilões, tragédias ou grandes
acontecimentos existe somente personagens que meditam sobre este
vizinho que horas está tão perto e em outras já está tão longe: O passado

O tempo envelhece depressa – nove estórias (contos 2012)


Obra mais recente do premiado escritor italiano Antonio Tabucchi (Vecchiano, 1943), O
tempo envelhece depressa é uma coletânea com nove contos sobre temas sutis como o
significado da ausência como imagem literária e existencial. Com histórias que se passam
em diversos países europeus, como Alemanha, Grécia, Hungria, ex-Iugoslávia, entre
outros, Tabucchi reflete sobre as fronteiras entre diferentes culturas, cada vez mais fluidas,
além de colocar no centro de seus relatos questões urgentes sobre civilização e barbárie.
Com uma escrita delicada, que lhe valeu o prêmio de melhor livro de contos do ano, da
revista francesa Lire, o autor faz relatos de situações onde não é mais possível reverter o
tempo. Este é o primeiro título de Tabucchi publicado pela Cosac Naify, autor consagrado
de obras como Afirma Pereira e Noturno Indiano.

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