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FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DA BAHIA

ÁREA DE EDUCAÇÃO
SETOR DE JUVENTUDE

Manual Pedagógico
Manual Pedagógico da 30ª CONJEB
I. O tema
Em consonância com tema de 2020 da Federação Espírita do Estado da Bahia, o tema da 30ª
Confraternização de Juventudes Espíritas do Estado da Bahia – CONJEB, será “Amor: força
que transforma os destinos”.

II. Objetivos gerais

 Reconhecer o amor como a força unificadora de Deus, que se expressa na afinidade entre
átomos, no magnetismo entre astros, no afeto sublime entre os seres humanos e em outras
múltiplas formas espirituais.
 Vivenciar o amor em sua máxima potência de acordo com as suas possibilidades evolutivas.

III. Eixos temáticos, Conteúdos e Objetivos específicos

Eixo I: O conceito de amor


“O amor é uma força inexaurível, renova-se sem cessar e enriquece ao mesmo tempo aquele
que dá e aquele que recebe. É pelo amor, sol das almas, que Deus mais eficazmente atua no
mundo. O amor é o resumo de tudo, o fim de tudo.” Leon Dennis

Conteúdos:
I.I Amor: a força de Deus
Objetivo específico: Apresentar o amor como a força de Deus que se expressa de diferentes
formas na existência.

I.II A lei de amor


Objetivo específico: Reconhecer o mandamento “Amai-vos uns aos outros” como o resumo
da lei divina, mediante a qual Deus governa os mundos.

Eixo II: Amor a si


“Compreende o autoconhecimento e o autocultivo de qualidades envolvendo as dimensões
corporal, emocional, mental, valorativa, volitiva e palingenésica. Resgata a tradição grega de
auto-observação recomendada por Santo Agostinho e definida como método de construção
do homem de bem em O Livro dos Espíritos; este movimento também é lembrado pela
reforma do caráter proposta por Léon Denis e seu método introspectivo.” Manual de
Aprimoramento do Servidor Espírita Federativo

Conteúdos:
II.I Essência e existência
Objetivo específico: Compreender-se como essência, que se manifesta progressivamente na
existência em múltiplas dimensões.

II.II Autoconhecimento e evolução


Objetivo específico: Almejar a transformação íntima, realizada através do
autoconhecimento, com vistas a autorrealização.

II.III Valorização da vida


Objetivo específico: Perceber-se como ser divino que dispõe dos instrumentos adequados
para evoluir e contribuir com o mundo, tendo o corpo como veículo por excelência de sua
manifestação.
Eixo III: Amor ao outro
“Movimento integrativo que envolve todas as relações – pessoais, sociais, comunitárias,
ecológicas e interexistenciais. Permite a percepção dos ritmos evolutivos dos outros, sua
crescente aceitação valorando-se adequadamente as diferenças, o desenvolvimento da
alteridade e da inclusividade, a criatividade, a autotranscendência. Em nosso meio resgata a
tradição do Evangelho relativa à caridade.” Manual de Aprimoramento do Servidor Espírita
Federativo

Conteúdos:
III.I Família
Objetivos específicos: Refletir sobre a importância da vida em família, compreendendo-a
como primeira célula social em que nos inserimos. Traçar estratégias para o melhor convívio
em família (encarnada e espiritual), respeitando o momento de cada membro deste núcleo.

III.II Amizade e namoro


Objetivo específico: Compreender as relações afetivas como campo de evolução que se
realiza através do desenvolvimento da capacidade de amar e partilhar desse sentimento
enquanto expressão divina.

III.III Consciência socio ecológica


Objetivo específico: Compreender-se como ser integrante da Natureza e da Sociedade,
refletindo sobre atitudes e comportamentos que considerem essa concepção.

III.IV Comunidade espírita


Objetivo específico: Conhecer os princípios da comunidade espírita e elencar estratégias
para vivenciá-lo na casa espírita e em outros locais.

Eixo IV: Amor a Deus


“Aproxima-nos do sagrado, da unidade cósmica, superando o dualismo decorrente da
separatividade ainda presente em nossa experiência evolutiva. Permite conceber-nos como
divinos experienciando diretamente o senso de totalidade, de unidade e de bem-
aventurança.” Manual de Aprimoramento do Servidor Espírita Federativo

Conteúdos:
IV.I Jesus como referência
Objetivo específico: Buscar viver conforme os ensinamentos de Jesus, tendo-o como
referência de amor supremo.

IV.II Deus, a origem e o destino


Objetivo específico: Perceber o amor divino como sol que se refrata em raios repartidos
(amor conjugal, o amor materno, o amor filial ou fraterno, o amor pelo país, pela raça, pela
Humanidade), que envolve, penetra em todos os seres e, difundindo-se neles, faz com que
eclodam e floresçam.

IV. Programação Geral da 30ª CONJEB


Dia 22 Dia 23 Dia 24 Dia 25 Dia 26
Sábado Domingo Segunda Terça Quarta
Banho e Café da Banho e Café da Banho e Café da Banho e Café
06h00 às 08h00
manhã manhã manhã da manhã
Bloco 01 Retornar para
Bloco 01 Bloco 01
Atividade em sala casa com
Atividade em sala Atividade em sala
08h30 às 10h00 Amor ao outro muitas
Apresentação e Amor a si
Comunidade saudades...
Integração Valorização da Vida
espírita
10h00 às 10h30 Intervalo Intervalo Intervalo Próximo
Arrumar o local
Bloco 02 Bloco 02 encontro:
Bloco 02 Atividade no Atividade em sala Congresso da
10h30 às 12h00 Atividade em sala auditório: Talk show Amor a Deus Juventude
Conceito de amor Amor ao outro Jesus como Espírita da
Família referência Bahia em
12h00 às 14h00 Almoço Almoço Almoço 2021!
Bloco 03
Bloco 03
Bloco 03 Atividade em sala
Atividade em sala
14h00 às 15h30 Atividade em sala Amor a Deus
Amor a si
Amizade e Namoro Deus, a origem e o
Essência e existência
destino
Recepção das
15h30 às 16h00 Intervalo Intervalo Intervalo
caravanas
Bloco 04 Bloco 04
Bloco 04
Atividade em sala Atividade em sala
Atividade em sala
16h00 às 17h00 Amor a si Amor ao outro
Encerramento da
Autoconhecimento e Consciência socio
turma
evolução ecológica
17h00 às 19h30 Banho e Jantar Banho e Jantar Banho e Jantar Banho e Jantar
Abertura Oficinas Noturnas Oficinas Noturnas Encerramento
20h00 às 21h30
Auditório Em Sala Em Sala Auditório
Ceia e preparação Ceia e preparação Ceia e preparação Ceia e preparação
21h30 às 22h30
para dormir para dormir para dormir para dormir
Evangelho nos Evangelho nos Evangelho nos Evangelho nos
23h00
dormitórios dormitórios dormitórios dormitórios

23h00 às 06h00 Repouso do corpo físico. Trabalho no bem no mundo espiritual

 
V. Leituras obrigatórias:

Texto base da Caravana 2020 – Espíritas, amai-vos e instruí-vos – André Luiz Peixinho
O problema do Ser, do Destino e da Dor – Capítulo O amor – Leon Dennis
Missionários da Luz – Capítulo Preparação de experiências e Reencarnação – André
Luiz/Chico Xavier
Em busca da verdade - Joanna de Ângelis/Divaldo Franco – Capítulo 03

Leituras sugeridas:

Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo 08, 11, 12, 14 e 15


Livro dos Espíritos – Parte 03: Capítulo XI (itens: Caridade e amor do próximo; Amor
materno e filial), Capítulo II, Capítulo IV (item: Casamento e celibato)
Constelação Familiar – Joanna de Ângelis/Divaldo Franco
Amor imbatível amor - Joanna de Ângelis/Divaldo Franco – Capítulos: 01, 02, 04, 13
O amor como solução - Joanna de Ângelis/Divaldo Franco – Capítulos: 03, 04, 09, 11, 12,
14, 15, 18, 19, 21, 25 a 29

VI. Orientações aos evangelizadores


 Manter a linguagem proativa;
 Ter uma perspectiva evolutiva sobre os fenômenos;
 Realizar a leitura das referências obrigatórias e ter domínio dos temas que serão
trabalhados na CONJEB;
 Compreender o tempo e as dificuldades dos jovens;
 Colaborar com a coordenação do evento, orientando os jovens para condutas
compatíveis com a CONJEB;
 Estar flexível para colaborar de diferentes formas com o evento;
 Seguir a programação e manter a pontualidade das atividades;
 Ser cordial e generoso, a fim de viver como verdadeiros cristãos nos dias do evento;
 Buscar experimentar as diversas formas de amor durante o evento;
 Vibrar para o sucesso espiritual da CONJEB, mantendo a linguagem e o pensamento
positivos.

VII. Sequência didática da CONJEB

 DOMINGO
Apresentação e integração
Bloco 01: 8h30 às 10h00

Materiais: O corpo
Descrição:
Parte I - Em círculo, os participantes deverão se apresentar, criando com o corpo um objeto,
transformando-se em uma estátua e dizendo assim, o seu nome. Esse objeto pode ser algo da
natureza, do cotidiano ou algo completamente surreal. Cada um pensa no objeto e como
poderá expressá-lo com seu corpo. No momento que o participante finaliza sua estátua de
um objeto, repete uma segunda vez e os outros lhe imitarão no movimento e na forma de
falar seu nome. Cada um faz e os outros repetem até finalizar o círculo. Faz-se uma segunda
vez, pedindo que mostrem mais expressividade no movimento e falem com mais energia o
seu nome. Segue-se a mesma proposta de falar uma vez sozinho e na segunda de todos
repetirem. Ao final, fala-se sobre a importância de se expressar corporalmente e falar seu
nome com vivacidade. (10 minutos)

Parte II - A turma é dividida em grupos de 3 participantes. Dá-se uma letra para cada
participante, com a divisão em A, B e C. Os participantes A e B dão-se as mãos formando
um círculo e o C fica no meio. A e B devem falar frases de boas-vindas para C. Frases que
valorizem a presença do outro e que o façam se sentir bem com mensagens e sorrisos. O
facilitador pode estimular a conversação para que se conheçam também, revisando o nome,
informando idade, cidade, juventude, etc... Quando o facilitador der um sinal, os
participantes C devem trocar de lugar e se dirigir para outro pequeno círculo. No momento
que C chegar nesse pequeno círculo, os participantes A e B devem recebê-lo bem, com
palavras e frases. E assim por diante... Em dado momento, o facilitador deve solicitar que C
troque de lugar com B do último grupo em que parou. A partir daí, o participante B ficará no
meio. E assim sucessivamente, até que chegue a vez do participante A estar no meio
recebendo as mensagens de boas vindas. Ao final, pergunta-se se todos se sentiram bem
recebidos e como se sentiram e comenta-se sobre a oportunidade de falar coisas boas uns
para os outros. (20 minutos)

Dinâmicas do Livro de Ney Wendell - Dinâmicas de Integração: para formar grupos


vencedores

 
Conceito de amor
Bloco 02: 10h30 às 12h00

Conteúdo: Amor: a força de Deus / A lei de amor (evolução das manifestações do amor)
Objetivos específicos: Apresentar o amor como a força de Deus que se expressa de
diferentes formas na existência. Reconhecer o mandamento “Amai-vos uns aos outros”
como o resumo da lei divina, mediante a qual Deus governa os mundos.
Materiais: computador, data show, fragmentos do texto e questões reflexivas, slides.
Descrição:

1. Em duplas: perguntar o que é o amor e como percebe o amor em sua vida, em


seguida compartilhar com o grupão. (30 min)
2. Dividir os jovens em 04 grupos.
3. Entregar a cada grupo Fragmentos do texto “O Amor”, de Leon Dennis em pequenas
frases enumeradas. Os jovens pegam os fragmentos e dizem o que entenderam da
frase. Após a leitura, trazer questões reflexivas: Após a leitura das frases, o que
mudou sobre o conceito de amor para você? A partir da ideia de que é impossível
estar fora do amor, como vocês fariam uma hierarquia dos tipos de amor? E em quais
dessas formas de amar vocês se percebem?
4. Em seguida, compartilhar as impressões no grupão. (40 min)
5. Através de slides, mostrar personalidades que amaram muito. Exemplos: Joanna de
Cusa (amor a Jesus), Gandhi (amor a pátria), Irmã Dulce (amor aos enfermos),
Francisco (amor a natureza), Abigail (amor fraternal), Lívia (amor romântico),
Alcione (amor filial) e Estêvão (amor aos inimigos). (20 min)

O amor – Leon Dennis – Em “O problema do ser, do destino e da dor”

1 - “O amor, como comumente se entende na Terra, é um sentimento, um impulso do ser,


que o leva para outro ser com o desejo de unir-se a ele. Mas, na realidade, o amor reveste
formas infinitas, desde as mais vulgares até as mais sublimes. Princípio da vida universal,
proporciona à alma, em suas manifestações mais elevadas e puras, a intensidade de radiação
que aquece e vivifica tudo em volta de si; é por ele que ela se sente estreitamente ligada ao
Poder Divino, foco ardente de toda a vida, de todo o amor.
[...]

2 - O amor é uma força inexaurível, renova-se sem cessar e enriquece ao mesmo tempo
aquele que dá e aquele que recebe. É pelo amor, sol das almas, que Deus mais eficazmente
atua no mundo. Por ele atrai para si todos os pobres seres retardados nos antros da paixão, os
Espíritos cativos na matéria; eleva-os e arrasta-os na espiral da ascensão infinita para os
esplendores da luz e da liberdade.

3 - O amor conjugal, o amor materno, o amor filial ou fraterno, o amor da pátria, da raça, da
humanidade, são refrações, raios refratados do amor divino, que abrange, penetra todos os
seres e, difundindo-se neles, faz rebentar e desabrochar mil formas variadas, mil esplêndidas
florescências de amor.
[...]
4 - É o apelo do ser ao ser, é o amor que provocará, no fundo das almas embrionárias, os
primeiros rebentos do altruísmo, da piedade, da bondade. Mais acima, na escala evolutiva,
entreverá o ser humano, nas primeiras felicidades, nas únicas sensações de ventura perfeita
que lhe é dado gozar na Terra, sensações mais fortes e suaves que todas as alegrias físicas e
conhecidas somente das almas que sabem verdadeiramente amar. Assim, de grau em grau,
sob a influência e irradiação do amor, a alma desenvolver-se-á e engrandecerá, verá alargar-
se o círculo de suas sensações.

5 - Lentamente, o que nela (na alma) não era senão paixão, desejo carnal, ir-se-á depurando,
transformando num sentimento nobre e desinteressado; a afeição a um só ou a alguns
converter-se-á na afeição a todos, à família, à pátria, à humanidade. E a alma adquirirá a
plenitude de seu desenvolvimento quando for capaz de compreender a vida celeste, que é
toda amor, e a participar dela.”
[...]

6 - “Todo o poder da alma resume-se em três palavras: querer, saber, amar! Querer, isto é,
fazer convergir toda a atividade, toda a energia, para o alvo que se tem de atingir,
desenvolver a vontade e aprender a dirigi-la. Saber, porque sem o estudo profundo, sem o
conhecimento das coisas e das leis, o pensamento e a vontade podem transviar-se no meio
das forças que procuram conquistar e dos elementos a quem aspiram governar. Acima de
tudo, porém, é preciso amar, porque sem o amor, a vontade e a ciência seriam incompletas e
muitas vezes estéreis. O amor ilumina-as, fecunda-as, centuplica-lhes os recursos. Não se
trata aqui do amor que contempla sem agir, mas do que se aplica a espalhar o bem e a
verdade pelo mundo.”
[...]
7 - “A todas as interrogações do homem, a suas hesitações, a seus temores, a suas
blasfêmias, uma voz grande, poderosa e misteriosa responde: Aprende a amar! O amor é o
resumo de tudo, o fim de tudo. Dessa maneira, estende-se e desdobra-se sem cessar sobre o
universo a imensa rede de amor tecida de luz e ouro. Amar é o segredo da felicidade. Com
uma só palavra o amor resolve todos os problemas, dissipa todas as obscuridades. O amor
salvará o mundo; seu calor fará derreter os gelos da dúvida, do egoísmo, do ódio;
enternecerá os corações mais duros, mais refratários.”

Leitura para o evangelizador:


Reencarnação - André Luiz/Chico Xavier - Missionários da Luz – “Esta ‘união de
qualidade’, entre os astros, chama-se magnetismo planetário da atração, entre as almas,
denomina-se amor, entre os elementos químicos é conhecida por afinidade. [...] A
paternidade e a maternidade são tarefas sublimes; não representam, porém, os únicos
serviços divinos, no setor da Criação infinita. O apóstolo, que produz no domínio da virtude,
da Ciência, ou da Arte, vale-se dos mesmos princípios de troca, apenas com a diferença de
planos, porque, para ele, a permuta de qualidade se verifica em esferas superiores. ...
Quando sentimos sede da Divindade, nossos espíritos, não procuram outra coisa senão a
troca de qualidades com as esferas sublimes do Universo, sequiosos do Eterno Princípio
Fecundante Deus.

Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo “Amor ao próximo como a si mesmo”, item 09


“O amor é de essência divina e todos vós, do primeiro ao último, tendes, no fundo do
coração, a centelha desse fogo sagrado. É fato, que já haveis podido comprovar muitas
vezes, este: o homem, por mais abjeto, vil e criminoso que seja, vota a um ente ou a um
objeto qualquer viva e ardente afeição à prova de tudo quanto tendesse a diminuí-la e que
alcança, não raro, sublimes proporções.”

ANANDA – fazer os slides

Amor a si - Essência e existência


Bloco 03: 14h às 15h30

Objetivos específicos: Compreender-se como essência, que se manifesta progressivamente


na existência em múltiplas dimensões.
Materiais: semente de manga, caixa para colocar a semente, vídeo, data show, computador,
papel, lápis, som e música para meditação.
Descrição:
1) Colocar uma semente de manga na caixa e passar de forma misteriosa. Os jovens
deverão dizer o que é o conteúdo da caixa. (observação: é possível levar outros recursos para
explorar o sensorial). (10 minutos)
2) Em seguida, exibir um vídeo da mangueira passando por várias etapas (tempestade,
sol, seca, etc). (5 minutos)
3) Levar os jovens a reflexão: Sabendo que vocês são espíritos e estão num corpo, qual
associação vocês fazem dessa ideia com o vídeo? O que esse vídeo trouxe e despertou? (15
minutos)
4) Explicar a Associação entre a mangueira e o conceito de essência e existência, sendo a
essência aquilo que permanece em todas as fases e sendo a existência todas as fases da
mangueira. (10 minutos)
5) Entregar um papel e perguntar para eles: O que em você é essencial? O que em você é
passageiro, transitório? (observação sobre o evangelizador: Aparências sobre cor de pele,
gênero, cidade que nasceu são experiências transitórias...) Em seguida, compartilhar com o
grupão (30 minutos)
6) Visualização de Assagioli – exercício de desidentificação. (05 minutos)
7) Dialogar sobre as percepções da meditação e relação com essência e existência (20
minutos)

Exercício de Identificação (desidentificação / autoidentificação)


Extraído de: Assagioli, R. O ato da vontade.
Este exercício destina-se a ser um instrumento para a realização da consciência do
verdadeiro “eu” e da capacidade de focalizar nossa atenção de modo sequencial em cada um
dos aspectos principais de nossa personalidade, dos nossos papéis etc. Desse modo,
tornamo-nos claramente conscientes de suas qualidades e podemos examiná-las, ao mesmo
tempo mantendo o ponto de vista do observador sabendo que o observador não é aquilo que
observa.
A primeira fase do exercício – a desidentificação – consiste de três partes que tratam
dos aspectos físicos, emocionais e mentais da consciência, o que nos leva à fase de
autoidentificação.
Procedimento: Deixe o corpo em uma posição relaxada e confortável e respire
algumas vezes lentamente (os exercícios preliminares de relaxamento podem ser úteis).
Então, devagar e ponderadamente, afirme o seguinte:
Eu tenho um corpo, mas eu não sou meu corpo. Meu corpo pode estar em
diferentes condições de saúde ou de enfermidade, pode estar descansado ou exausto,
mas nada disso tem a ver com o verdadeiro “Eu”. Dou valor ao meu corpo como
precioso instrumento de experiência e de ação no mundo exterior, mas ele é apenas um
instrumento. Trato-o bem, procuro mantê-lo com saúde, mas ele não é “eu”. Eu tenho
um corpo, mas eu não sou o meu corpo.
Agora feche os olhos e chame novamente à consciência a substância geral da
afirmação acima e então focalize gradualmente a atenção no conceito central: Eu tenho um
corpo, mas eu não sou o meu corpo. Tanto quanto possível, tente compreender isso como
um fato vivenciado pela sua consciência. Abra novamente os olhos e afirme pausada e
calmamente:
Eu tenho emoções, mas eu não sou as minhas emoções. Minhas emoções são
diversificadas, mutáveis e às vezes contraditórias. Podem oscilar do amor ao ódio, da
calma à ira, da alegria à tristeza e, entretanto, minha essência – minha verdadeira
natureza – não muda. “Eu” permaneço. Ainda que uma onda de raiva me submerja
temporariamente, sei que há de passar com o tempo; portanto, eu não sou essa raiva.
Já que posso observar e compreender minhas emoções e depois aprender
gradualmente a dirigi-las, a utilizá-las e a integrá-las harmoniosamente, é claro que
elas não são “eu”. Eu tenho emoções, mas eu não sou as minhas emoções.
Eu tenho uma mente, mas eu não sou a minha mente. Minha mente é um precioso
instrumento para descobertas e para me expressar, mas não é a essência de meu ser.
Seu conteúdo está constantemente mudando e abraçando novas ideias, conhecimentos
e experiências. Às vezes ela se recusa a me obedecer. Portanto, ela não pode ser meu
self. Ela é um órgão de conhecimento, com respeito ao mundo externo e ao interno,
mas não é meu self. Eu tenho uma mente, mas não sou a minha mente.
Passemos agora à fase de identificação. Afirme, lenta e pensativamente:
Depois da desidentificação de mim mesmo, do “eu”, em relação aos conteúdo da
consciência, como sensações, emoções, pensamentos, reconheço e afirmo que eu sou um
centro de pura autoconsciência. Sou um centro de vontade, capaz de observar, de
dirigir e de utilizar todos os meus processos psicológicos e todo o meu corpo físico.
Focalize a atenção na compreensão central: “Sou um centro de pura autoconsciência e
de vontade”. Tente, tanto quanto possível, entender isso como um fato vivenciado na sua
consciência. Nesse ponto, nos perguntamos:
Quem sou eu, então? Depois de eu me ter desidentificado do meu corpo, de
minhas sensações, de meus sentimentos, de meus desejos, de minha inteligência, de
minhas ações, o que é que resta? Resta a essência do “eu” – um centro de pura
autoconsciência. É este o fator permanente no sempre variável fluxo de minha vida
pessoal. Isso é o que me dá o senso de ser, o senso de permanência, de equilíbrio
interior. Afirmo minha identidade com este centro, e compreendo a sua permanência e
energia.
(Pausa)
Reconheço e afirmo que sou um centro de pura autoconsciência e de energia
criativa e dinâmica. Compreendo que a partir deste centro de real identidade, posso
aprender a observar, a dirigir e a harmonizar todos os processos psicológicos e o corpo
físico. Quero ter consciência constante deste fato, em meio à minha vida cotidiana, e
empregá-la para me ajudar a dar um significado sempre crescente e uma direção a
minha vida.

Nota para o evangelizador – Esclarecimento sobre essência e existência


Ser e Existência – Manual do Servidor Federativo 2018
“Para realizarmos um trabalho significativo em educação, devemos compreender a natureza
do ser e de suas manifestações. Pelas descrições espíritas, podemos clarificar uma
diferenciação entre o ser – criação divina – e suas manifestações existenciais. Assim,
compreenderemos que, como essência, somos seres espirituais permanentemente. Em
potência, somos da mesma natureza da divindade, mas em manifestação ainda estamos
limitados pela condição humana. Portanto, somos seres espirituais experienciando uma
encarnação terrestre.
Para efeitos didáticos e ainda utilizando-se de uma modalidade de atuação do raciocínio – a
análise – podemos descrever a manifestação do espírito na existência através de dimensões,
domínios ou expressões. Assim, dizemos que o existir é multidimensional e identificamos
algumas dessas dimensões que podem ser objeto de projetos educacionais. São exemplos:
dimensão corporal, emocional, mental, valorativa, volitiva, afetiva, social, comunitária,
laboral, ecológica, interexistencial, palingenésica, evolutiva e cósmica.”

LONGE É UM LUGAR QUE NÃO EXISTE


Richard Bach
Há muito tempo, Rae Hansen, uma menina às vésperas de seus cinco anos, convida o amigo
Richard Bach para sua festa de aniversário. Confiante, ela o espera, apesar de saber que sua
casa ficava além dos desertos, tempestades e montanhas... Como Richard Bach chega até lá
e o presente que ele lhe dá são narrados nessa história mágica. Este clássico continua a
inspirar as relações de amizade que não mais dependem de tempo nem espaço. Quem já
voou nas asas da gaivota encontrará aqui muitos pensamentos para compartilhar “até que
finalmente acabará descobrindo que não precisa do anel nem de pássaro para voar sozinho
acima da quietude das nuvens" e "que as únicas coisas que importam são as feitas de
verdade e alegria”.
“— Rae! Obrigado por me convidar para a sua festa de aniversário!”
Sua casa fica a mil quilômetros da minha e viajo apenas pela melhor das razões. E uma festa
para Rae é a melhor e estou ansioso para estar ao seu lado. Começo a viagem no coração do
Beija-Flor, que há tanto tempo você e eu conhecemos. Ele se mostrou amigo como sempre,
mas ficou espantado quando lhe disse que a pequena Rae estava crescendo e que eu estava
indo à sua festa de aniversário, levando um presente. Voamos algum tempo em silêncio, até
que finalmente ele disse:
— Não entendo muito bem o que você falou, mas o que menos entendo é o fato de estar
indo a uma festa.
— Claro que estou indo à festa. — respondi.
— O que há de tão difícil de se compreender nisso?
Ele ficou calado e só voltou a falar quando chegamos à casa da coruja:
— Podem os quilômetros separar-nos realmente dos amigos? Se quer estar com Rae, já não
está lá?
— A pequena Rae está crescendo e estou indo à sua festa de aniversário com um presente.
— falei para a coruja. Parecia estranho dizer "indo" depois da conversa com Beija-Flor, mas
falei assim mesmo para que Coruja compreendesse. Ela voou em silêncio pôr um longo
tempo. Era um silêncio amistoso, mas Coruja disse ao me deixar em segurança na casa da
águia:
— Não entendo muito bem o que você falou, mas o que menos entendo é ter chamado sua
amiga de pequena.
— Claro que ela é pequena, porque não é crescida — respondi.
— O que há de tão difícil de se compreender nisso?
Coruja fitou-me com os olhos profundos, cor de âmbar, sorriu e disse:
— Pense a respeito.
— A pequena Rae está crescendo e estou indo à sua festa de aniversário com um presente.
— falei para Águia.
Parecia estranho falar agora "indo" e "pequena", depois das conversas com Beija-Flor e
Coruja, mas falei assim mesmo para que Águia compreendesse. Voamos juntos sobre as
montanhas, subindo nos ventos das montanhas. E Águia finalmente disse :
— Não entendo muito bem o que você falou, mas o que menos entendo é essa palavra
aniversário. — Claro que é aniversário. — respondi.
— Vamos comemorar a hora que Rae começou e antes da qual ela não era. O que há de tão
difícil de se compreender nisso? Águia curvou as asas para a descida e foi pousar
suavemente sobre a areia do deserto.
— Um tempo antes de Rae começar? Não acha que é mais a vida de Rae que começou antes
que o tempo existisse?
— A pequena Rae está crescendo e estou indo à sua festa de aniversário com um presente.
— falei para Gavião.
Parecia estranho falar "indo", "pequena" e "aniversário", depois das conversas com Beija-
Flor, Coruja e Águia, mas falei assim mesmo para que Gavião compreendesse.
O deserto se estendia interminavelmente lá embaixo e ele finalmente disse:
— Não entendo muito bem o que você falou, mas o que menos entendo é crescendo.
— Claro que ela está crescendo — respondi.
— Rae está mais perto de ser adulta, mais longe de ser criança. O que há de tão difícil de se
compreender nisso? Gavião pousou finalmente numa praia deserta.
— Mais um ano longe de ser criança? Isso não me parece ser o mesmo que crescer. E
Gavião alçou vôo e foi embora. Eu conhecia o bom senso de Gaivota. Voamos juntos,
pensei com muito cuidado e escolhi as palavras, a fim de que, ao falar, Gaivota soubesse que
eu estava aprendendo:
— Gaivota, por que está me levando a voar para ver Rae, quando na verdade sabe que estou
com ela? Gaivota sobrevoou o mar, as colinas, as ruas, pousou suavemente em seu telhado e
disse:
— Porque o importante é você saber a verdade. Até saber, até realmente compreender, só
pode demonstrá-la em coisas menores, com ajuda externa, de máquinas e pessoas e pássaros.
Mas deve se lembrar sempre que não saber não impede a verdade de ser verdadeira.
E Gaivota se foi.
E agora é chegado o momento de abrir o seu presente. Presentes de lata e vidro amassam e
quebram num dia, somem para sempre. Mas eu tenho um presente melhor para você.
É um anel para você usar. Cintila com uma luz especial e não pode ser tirado pôr ninguém,
não pode ser destruído. Somente você, no mundo inteiro, pode ver o anel que lhe dou hoje,
como fui o único que pude vê-lo quando era meu. O anel lhe dá um novo poder. Usando-o,
você pode alçar vôo nas asas de todos os pássaros que voam. Pode ver através dos olhos
dourados deles, pode tocar o vento que passa pôr suas penas macias, pode conhecer a alegria
de se elevar muito acima do mundo e suas preocupações. Pode permanecer no céu pôr tanto
tempo quanto quiser, através da noite, pelo descer do sol; e quando sentir vontade de outra
vez descer, suas perguntas terão respostas, suas preocupações terão acabado.
Como tudo o que não pode ser tocado com a mão nem visto com o olho, seu presente se
torna mais forte à medida que o usa. A princípio, pode usá-lo apenas quando está fora de
casa, contemplando o pássaro com quem você voa. Mais tarde, porém, se usá-lo bem, vai
funcionar com pássaros que não pode ver, até que finalmente acabará descobrindo que não
precisa do anel nem de pássaro para voar sozinho acima da quietude das nuvens. E quando
esse dia chegar, deve dar seu presente a alguém que saiba que irá usá-lo bem, alguém que
possa aprender que as coisas que importam são as feitas de verdade e alegria, não as de lata
e vidro.
Rae, este é o último dia especial de comemoração a cada ano que estarei com você, tendo
aprendido com os nossos amigos, os pássaros. Não posso ir ao seu encontro porque já estou
com você. Você não é pequena porque já é crescida, brincando entre suas vidas como todos
fazemos, pelo prazer de viver. Você não tem aniversário porque sempre viveu; nunca jamais
haverá de morrer. Não é a filha das pessoas a quem chama de mãe e pai, mas a companheira
de aventuras delas na jornada maravilhosa para compreender as coisas que são.
Cada presente de um amigo é um desejo de felicidade. É o caso do anel. Voe livre e feliz
além de aniversários e através do sempre. Haveremos de nos encontrar outra vez, sempre
que desejarmos, no meio da única comemoração que não pode jamais terminar.

Amor a si - Autoconhecimento e evolução


Bloco 04: 16h às 17h

Objetivos específicos: Almejar a transformação íntima, realizada através do


autoconhecimento, com vistas a autorrealização.
Materiais: computador, data show, som, música sobre o amor, folha com a Roda da Vida
(frente e verso), slide com texto do Livro dos Espíritos
Descrição:
1. Perguntar quais estratégias os jovens utilizam para o autoconhecimento. (10min)
2. Exibir em slide o texto da pergunta 919 do Livro dos Espírita com resposta de Santo
Agostinho sobre Autoconhecimento (5 min)
3. Atividade da Roda da Vida (40 min)
4. Dança circular com alguma música sobre o amor (5 min)

Livro dos espíritos


919. Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir
à atração do mal?

“Um sábio da Antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”


a) – Conhecemos toda a sabedoria desta máxima; porém a dificuldade está precisamente em
cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?

“Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência,
passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se
ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o
que em mim precisava de reforma. Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que
praticou durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que fez, rogando a Deus e ao
seu anjo guardião que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque,
crede-me, Deus o assistiria. Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que
tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes
alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não
ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: “Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento,
teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode
ser ocultado?” Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso
próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a
vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado.

“O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual. Mas, direis, como


há de alguém julgar-se a si mesmo? Não está aí a ilusão do amor-próprio para atenuar as faltas
e torná-las desculpáveis? O avarento se considera apenas econômico e previdente; o
orgulhoso julga que em si só há dignidade. Isto é muito real, mas tendes um meio de
verificação que não pode iludir-vos. Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de
vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais
noutrem, não a podereis ter por legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de
duas medidas na aplicação de Sua justiça. Procurai também saber o que dela pensam os
vossos semelhantes e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, porquanto esses nenhum
interesse têm em mascarar a verdade, e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como um
espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo.
Perscrute, conseguintemente, a sua consciência aquele que se sinta possuído do desejo sério
de melhorar-se, a fim de extirpar de si os maus pendores, como do seu jardim arranca as ervas
daninhas. Faça o balanço de seu dia moral, como o comerciante faz o de suas perdas e seus
lucros; e eu vos asseguro que a primeira operação será mais proveitosa do que a segunda. Se
puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na
outra vida.

“Formulai, pois, de vós para convosco, questões nítidas e precisas e não temais multiplicá-las.
Justo é que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna. Não trabalhais
todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na velhice? Não constitui
esse repouso o objeto de todos os vossos desejos, o fim que vos faz suportar fadigas e
privações temporárias? Ora, que é esse descanso de alguns dias, turvado sempre pelas
enfermidades do corpo, em comparação com o que espera o homem de bem? Não valerá este
outro a pena de alguns esforços? Sei haver muitos que dizem ser positivo o presente e incerto
o futuro. Ora, esta exatamente a ideia que estamos encarregados de eliminar do vosso íntimo,
visto desejarmos fazer que compreendais esse futuro, de modo a não restar nenhuma dúvida
em vossa alma. Por isso foi que primeiro chamamos a vossa atenção por meio de fenômenos
capazes de ferir-vos os sentidos e que agora vos damos instruções, que cada um de vós se
acha encarregado de espalhar. Com este objetivo é que ditamos O Livro dos Espíritos.”

SANTO AGOSTINHO

Atividade da Roda da Vida


 Muitas vezes nos esquecemos que somos Espíritos Imortais, criados por Deus,
vivendo uma experiência carnal. Deus nos destinou à FELICIDADE e nos ensina o
caminho para alcançá-la pela Sabedoria do AMOR.
 Para fins didáticos, estabeleceu-se, para essa atividade, 4 Dimensões (4D) que, bem
compreendidas, poderão auxiliar a nossa caminhada. Assim, quanto mais presente for
o AMOR em todas as Dimensões de Vida, de forma equilibrada, mais intensamente
sentiremos a felicidade divina, nossa herança.
 Preencher e analisar a ferramenta da Roda da Vida pode auxiliar a construção de um
mapeamento presente dos investimentos pessoais, bem como a identificação dos níveis
de satisfação nas diferentes dimensões da vida. Índices de satisfação inferiores a 60%
tendem a indicar eventuais aspectos que necessitam de melhor investimento,
convidando a reflexões e ações positivas e proativas. A superação dos obstáculos que
nos dificultam o autoconhecimento e a vivência do amor é o grande desafio,
convidando-nos a superar o automatismo e a exercitar ações conscientes e seguras.
 Tal ferramenta tem-se mostrado útil para apoiar as pessoas a identificarem os pontos
de sua vida que estão em harmonia, as suas prioridades, aqueles que precisam de
maior atenção e cuidado, bem como auxiliar a definir um plano de ação eficiente,
reposicionando ações de modo a trazer maior equilíbrio entre todos os importantes
aspectos relacionados. O alinhamento e a congruência entre todas as dimensões (4D),
nos ajudará a construir a disciplina, o foco e o direcionamento para alcançarmos a
prosperidade, o sucesso e a paz.
Visto que a harmonia em uma das dimensões afeta todas as demais, o convite é para que a
Roda da Vida gire efetivamente em total sintonia com seus ideais e objetivos.

ORIENTAÇÕES:
Você está prestes a analisar a sua vida em 4 dimensões.
Tal exercício auxiliará a identificar as áreas que necessitam ser melhor entendidas e
atendidas para a conquista da sua felicidade.
1. Dimensão ESPIRITUAL
2. Dimensão FÍSICA
3. Dimensão EMOCIONAL
4. Dimensão INTELECTUAL
As duas primeiras dimensões (Espiritual e Física) remetem-nos à nossa condição de
espíritos encarnados; e as duas últimas (Emocional e Intelectual) referem-se ao
desenvolvimento no campo das emoções e do conhecimento.
Para cada uma dessas dimensões foram estabelecidos 3 (três) fundamentos essenciais,
totalizando 12 áreas a serem compreendidas e analisadas.
Com pontos que variam de 1 a 10, analise a sua relação com cada item fundamental,
considerando as suas possibilidades e investimentos reais.
Como se trata de um momento de reflexão e conexão interior, concentre-se e seja sincero
nas respostas. Elas não serão compartilhadas, a não ser por própria intenção.
Compreenda esse momento como uma oportunidade de autoconhecimento, identificando
aspectos positivos e os que podem ser melhorados na sua vida.
Para que você entenda melhor a sua “Roda da Vida 4D”, vamos refletir juntos sobre as
questões balizadoras de cada elemento fundamental:
Observação: o facilitador lerá cada área das 4 Dimensões, deixando um tempo para
que os jovens reflitam e preencham individualmente e em silêncio, as respectivas
rodas. Após esse breve tempo, seguirá para a próxima área, agindo dessa maneira até a
finalização da roda.
DIMENSÃO ESPIRITUAL
“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.” Jesus
 DEUS: Como está seu relacionamento com Deus? Você O sente presente na sua Vida?
Sente-o como Pai? Você tem conversado com Ele? Lembra-se habitualmente Dele,
pedindo-Lhe apoio, inspiração, proteção e orientação?
 EU: Como está a sua relação consigo mesmo? Reconhece-se como filho(a) de Deus,
espírito imortal em aprimoramento? Tem investido no autoconhecimento e no
autoaprimoramento? Tem separado um momento no seu dia para reflexões? Tem
conseguido identificar e realizar os seus projetos de Vida?
 PRÓXIMO: Como está a sua relação com o próximo? Você se importa com o outro e
busca exercitar a empatia? Você se considera um instrumento de Deus para auxiliar o
próximo em suas necessidades? Como estão as suas relações familiares e sociais?

DIMENSÃO FÍSICA
“Os Espíritos só entram na vida corporal para se aperfeiçoarem, para se melhorarem.”
(Q. 385 de O Livro dos Espíritos)
 CORPO: Você tem cuidado do seu corpo físico? Sua alimentação está equilibrada e
saudável? Tem buscado praticar alguma atividade física? Busca vivenciar momentos
de lazer de forma saudável? Zela pelo sono, equilibrando momentos de repouso e
trabalho?
 TEMPO: O que você tem feito com seu tempo? E com o tempo das pessoas com as
quais convive? Investe seu tempo em ações edificantes, que contribuam consigo e com
a sociedade/ambiente? Como você tem gerenciado o seu tempo? Tem empregado seu
tempo para alcançar seus objetivos de vida?
 MEIO AMBIENTE: Você percebe a Terra como presente divino? Você tem buscado
utilizar os recursos naturais de forma racional e sustentável? O que você faz com o
lixo que produz? Você cuida da preservação da natureza? Tem zelado pela melhoria
do ambiente espiritual da Terra?

DIMENSÃO EMOCIONAL
“Não se podendo viver sem as emoções, cuidar-se daquelas que edificam em detrimento
das que perturbam, tal é a missão do homem e da mulher inteligente na Terra.” Joanna
de Ângelis
 SENTIMENTOS: Como estão seus sentimentos? Quais sentimentos preponderam
durante o dia: positivos ou negativos, de bem-estar ou de mau-estar? Consegue
perceber alguns sentimentos pessoais que podem ser melhorados?
 AUTOESTIMA: Como está o seu sentimento em relação a si mesmo? Reconhece
seus próprios valores e talentos? Você se ama? Perdoa-se quando se equivoca? Gosta
da sua própria companhia? Tem buscado alimentar-se com mensagens edificantes
(leituras, vídeos, músicas, palestras)?
 EMPATIA: Você consegue se colocar no lugar do outro? Tem se esforçado para
compreender o outro em suas necessidades, sentimentos e ideias?

DIMENSÃO INTELECTUAL
“A inteligência é uma faculdade especial, peculiar a algumas classes de seres orgânicos
e que lhes dá, com o pensamento, a vontade de atuar, a consciência de que existem e de
que constituem uma individualidade cada um, assim como os meios de estabelecerem
relações com o mundo exterior e de proverem às suas necessidades.” Allan Kardec (L.E.
comentário à questão 71)
 CONHECIMENTO: Você tem investido em seu conhecimento e novos
aprendizados? Tem se dedicado a leituras? Como está o seu interesse por fatos,
curiosidades, cultura, história, ciências e demais áreas do saber? Qual valor você
atribui ao conhecimento e ao estudo?
 CRIATIVIDADE: Como está o seu potencial criativo? Você gosta de criar?
Consegue pensar em soluções criativas diante de desafios? Está aberto a novas ideias?
 DISCERNIMENTO: Como você reage às situações adversas do dia a dia? Você tem
conseguido compreender as situações e discernir entre o certo e o errado, entre o que
lhe traz a sensação de paz e o que a afasta dela? Tem escolhido caminhos seguros e
adequados aos seus propósitos de vida?

 Após o preenchimento da Roda, observe o seu desenho final, compreendendo que as


rodas são diferentes para cada pessoa, considerando as respectivas singularidades.
 Busque identificar as áreas que estão sendo bem investidas e as que necessitam de
maior atenção e cuidado.
 Imagine a sua roda como as rodas do carro da própria vida e reflita: você estaria
rodando bem? A vida está fluindo em harmonia?
Analise quais aspectos podem ser melhorados para “rodarmos” com mais segurança e
harmonia.
Em continuação ao preenchimento da Roda da Vida, preencher os campos correspondentes
à:
1) O que eu quero para meu futuro?
2) Tomando decisões e planejando minhas ações!
SEGUNDA

Amor a si - Valorização da vida


Bloco 01: 8h30 às 10h

Objetivos específicos: Perceber-se como ser divino que dispõe dos instrumentos adequados
para evoluir e contribuir com o mundo.
Materiais: bolas com perguntas dentro, som e música para meditação, ficha de RPG do
planejamento reencarnatório, música “A casa Lar”, post it, mural para colocar o post it (do
lado de fora das salas)
Descrição: 

1. Dinâmica com perguntas – entregar bola para os jovens encherem. Dentro de cada
bola haverá uma pergunta. Os jovens deverão brincar com as bolas e depois estourar. Em
seguida, um a um, os jovens irão dizendo qual a pergunta e respondendo-a para o grupo. (10
minutos)
2. O evangelizador irá direcionar as respostas para que o jovem perceba o que deve ser
valorizado em suas vidas. (30 minutos)
Perguntas: 
 Como você se sente quando está a sós consigo mesmo?
 Em que momento você se sente conectado(a) a si mesmo?
 O que te faz perceber-se como filho(a) de Deus?
 Você tem um sonho para a sua vida?
 O que te deixa feliz?
 Como você demonstra seu amor a alguém?
 Como você expressa seu amor a você mesmo?
 Quais os seus maiores tesouros na vida?
 Qual momento você se sentiu mais próximo de Deus no último ano?
 Como você acha que está contribuindo para a melhoria da vida da Terra?
 Como busca a realização deste plano?

3. Através de slides, apresentar o planejamento reencarnatório de Segismundo (leitura


dos capítulos “Preparação das experiências” e “Reencarnação” de Missionários da Luz) –
RPG de Segismundo. (10 minutos)
4. Meditação sobre planejamento reencarnatório (05 minutos)

Meditação sobre projeto reencarnatório - Devaneio


“Sinta sua respiração, não preste atenção em mais nada. Inspire... retenha... expire...
inspire... retenha... expire.... Agora, você irá relaxar seu corpo: relaxe o couro cabeludo, o
rosto (a testa, os olhos, a boca...), relaxe os ombros, os braços, o tórax, o abdome.... Relaxe
as coxas, as pernas, os pés.... Muito bem.... Inspire... retenha... expire... inspire... retenha...
expire....”
“Perceba seu corpo, mas não permita que ele aprisione você Espírito...”
"Agora, que me vejo como o observador do meu corpo relaxado e desse mundo emocional
sereno, percebo que sou Espírito e vivencio uma experiência física...”
"Nesse momento de tranquilidade, solicite apoio do seu guia espiritual. Ore para ele e sinta a
alegria e tranquilidade desse contato... Normalmente nos esquecemos desse amigo
verdadeiro, sempre disposto a nos ajudar... Não tem problema... O momento agora serve
para você se reencontrar com seu espírito protetor...”
“Ele veio ao seu encontro... sorrindo, de braços abertos... que alegria!
Então, ele te faz uma pergunta: como você está se sentindo? Você sente que está no caminho
que você idealizou para você antes de nascer? O que você planejou para essa existência?
Qual o objetivo da sua encarnação? O que você veio aprender aqui? O que você veio
ensinar? Quais são seus sonhos? Você consegue perceber a importância de sonhar? Sim?
Você está cultivando seus sonhos? Está arando o solo para ter sonhos significativos e
grandiosos? Imagine um pouco...”
“Percebo, e tudo passa por mim, sem atropelos, nem receios... Medito... Enfim compreendo
que ninguém está só... Estamos todos juntos, nesse Grande Rumo que estamos a seguir...
Constato que meus sonhos são os da bondade e do belo... E agora, posso cantar a sinfonia da
esperança, embriagado de riqueza e amplidão...”
“Agora... retorne...retorne à consciência de vigília... Sinta o corpo, se espreguice.”
5. Momento para o jovem representar a sua ficha de RPG (com planejamento
reencarnatório da vida presente)* (20 minutos)
6. Que legado você quer deixar? Post-it. Colocar no mural do lado de for a das salas. (05
minutos)
7. Música “A casa Lar” de Tim e Vanessa https://www.youtube.com/watch?v=2t_ccvy4TVA
(05 minutos) Se houver tempo, perguntar aos jovens o que eles perceberam da música.

Amor ao outro - Família


Bloco 02: 10h30 às 12h

Objetivos específicos: Refletir sobre a importância da vida em família, compreendendo-a


como primeira célula social em que nos inserimos. Traçar estratégias para o melhor convívio
em família (encarnada e espiritual), respeitando o momento de cada membro deste núcleo.

TALK SHOW – Auditório


Apresentação de reencarnação Serrinha
Banda musical
Perguntas sobre família com entrevistados.

Amor ao outro – Amizade e Namoro


Bloco 03: 14h às 15h30
Objetivos específicos: Compreender as relações afetivas como campo de evolução que se
realiza através do desenvolvimento da capacidade de amar e partilhar desse sentimento
enquanto expressão divina.
Materiais: móbiles com os personagens, questões reflexivas, papel e lápis (um por grupo).
Descrição:
Colocar na sala personagens que demonstrem diversas expressões do amor.
Formas de expressão de amor personagens literatura espírita
Personagem de apego – Publius – Há 2000 anos.
Personagem sexualizado – Ruth/Otília – Nas voragens do pecado.
Personagem de amor transcendental – Abigail – Paulo e Estêvão.
Personagem com renúncia – Alcione – Renúncia.

1. Após a leitura, os jovens irão identificar o personagem com que se sentem mais
parecidos. Após a identificação, os jovens irão se dividir de acordo com o
personagem escolhido e dialogar com base no roteiro de questões. (20 minutos)
Roteiro de questões:
 Por que você se identificou com essa personagem? Se possível, compartilhe
situações cotidianas.
 “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços
que emprega para domar suas inclinações más.” (Evangelho Segundo o Espiritismo,
Capítulo Sede Perfeitos, item 04). Ao ler essa frase, como você percebe sua conduta
em relação aos relacionamentos afetivos?
 Ao final da sua encarnação, quais qualidades você pretende adquirir na esfera do
amor romântico?
2. Após esse momento, seria oferecida outra orientação: (30 minutos)
 Como esse tipo de relacionamento é vivenciado nos dias atuais? A partir disso,
represente em forma de esquete uma situação problema envolvendo a expressão de
amor escolhida pelo grupo, incluindo uma orientação a luz dos princípios da Doutrina
Espírita (a orientação pode estar explícita dentro da apresentação ou fora da
apresentação).
3. Realizar a apresentação dos esquetes (20 minutos)
4. Se houver tempo, abrir para o diálogo com o grupão sobre o que foi dialogado e
apresentado por cada grupo. (20 minutos)

Orientação aos evangelizadores:


Usualmente os jovens fazem questões que solicitam respostas sobre a conduta correta em
determinadas situações (exemplo: é correto transar antes do casamento?). Tendo uma
perspectiva evolutiva sobre os fenômenos, o evangelizador deve evitar utilizar uma
linguagem dualista (certo X errado, bom X mau), a medida em que observa que o jovem é
um espírito em evolução, apresentando a melhor versão da sua história espiritual. A conduta
a ser realizada pelo orientador necessita ser acolhedora e amável, tendo como mote
principal o não-julgamento. O evangelizador poderá devolver a questão ao jovem: Isso te
faz feliz? Isso te aproxima de Deus? Isso te traz plenitude? Sendo essa resposta individual.
Caso surjam situações relacionadas à violência, abuso, coação, proibição pelo
parceiro/parceira, ciúmes patológicos, entre outros: o evangelizador precisa oferecer uma
orientação geral imersa nos princípios espíritas, em seguida, dizer que irá conversar
pessoalmente com o jovem. A depender da gravidade, acompanhar o jovem para o Espaço
Bem-estar e convidar um profissional de psicologia para oferecer suporte ao evangelizando.

Leitura para o evangelizador:


Livro: Estudando a mediunidade – Capítulo 18: Espiritismo e Lar – Martins Peralva

O capítulo «Em serviço espiritual, apresentando-nos as figuras de Celina e Abelardo,


sugeriu-nos, inicialmente, o estudo do problema do lar. O fato de o esposo desencarnado
continuar ao lado da médium, confirmando, assim, alguns casos em que o matrimônio
constitui alguma coisa além da união dos corpos, levou-nos à tentativa de classificá-lo em
cinco tipos principais, assim compreendidos:
CLASSIFICAÇÃO DOS CASAMENTOS = {Acidentais, provacionais, sacrificiais,
afins, (afinidade superior) transcendentes.
Acidentais: Encontro de almas inferiorizadas, por efeito de atração momentânea, sem
qualquer ascendente espiritual.
Provacionais: Reencontro de almas, para reajustes necessários à evolução de ambos.
Sacrificiais: Reencontro de alma Iluminada com alma Inferiorizada, com o objetivo de
redimi-la.
Afins: Reencontro de corações amigos, para consolidação de afetos.
Transcendentes: Almas engrandecidas no Bem e que se buscam para realizações imortais.
Evidentemente, o instituto do matrimônio, sagrado em suas origens, tem reunido no
mesmo teto os mais variados tipos evolutivos, o que vem demonstrar que a união, na Terra,
funciona, às vezes como meio de consolidação de laços de pura afinidade espiritual, e,
noutros casos, em sua maioria, como instrumento de reajuste.
Algumas vezes o lar é um santuário, um templo, onde as almas engrandecidas pela
legítima compreensão exaltam a glória suprema do amor sublimado. Em sua maioria, porém,
os lares são cadinhos purificadores, onde, sob o calor de rudes provas e dolorosos
testemunhos, Espíritos frágeis caminham, vagarosamente, na direção do Mais Alto.
Nos casamentos acidentais teremos aquelas pessoas que, defrontando-se um dia, se vêem,
se conhecem, se aproximam, surgindo, daí, o enlace acidental, sem qualquer ascendente
espiritual. Funcionou, apenas, o livre arbítrio, uma vez que por ele construímos
cotidianamente o nosso destino.
Num mundo como o nosso, tais casamentos são comuns. Nem laços de simpatia, nem de
desagrado. Simplesmente almas que se encontraram, na confluência do caminho, e que,
perante as leis humanas, uniram apenas os corpos. Esses casamentos podem determinar o
início de futuros encontros, noutras reencarnações.
Quanto aos provacionais, em que duas almas se reencontram em processo de
reajustamento, necessário ao crescimento espiritual, esses são os mais frequentes. A maioria
dos casamentos obedece, sem nenhuma dúvida, a esse desiderato. Por isso existem tantos
lares onde reina a desarmonia, onde impera a desconfiança, onde os conflitos morais se
transformam, tantas vezes, em dolorosas tragédias. Deus uniu-os, através das leis do Mundo, a
fim de que, pelo convívio diário, a Lei Maior, da fraternidade, fosse por eles exercida nas
lutas comuns.
A compreensão evangélica, a boa vontade, a tolerância e a humildade são virtudes que
funcionam à maneira de suaves amortecedores. O Espiritismo, pela soma de conhecimentos
que espalha, tem sido meio eficiente para que muitos lares, construídos na base da provação,
se reajustem e se consolidem, dando, assim, os primeiros passos na direção do Infinito Bem.
O Espírita esclarecido sabe que somente ele pagará as suas próprias dívidas. Nenhum
amigo espiritual modificará o curso das leis divinas, embora lhe seja possível estender os
braços generosos aos que se curvam ante o peso de duras provas, entre as quatro silenciosas
paredes de um lar.
O espírita esclarecido, homem ou mulher, aprende a renunciar, a benefício de sua paz e
do seu reajuste. E o faz, ainda, porque tem a inabalável certeza de que, se fugir hoje ao
resgate, voltará, amanhã, na companhia daquele ou daquela de quem procura, agora, afastar-
se.
A humildade, especialmente, tem um poder extraordinário de harmonização dos lares,
convertendo-os, dentro da relatividade que assinala todas as manifestações da vida humana,
em legítimos santuários onde o destino dos filhos possa plasmar-se nas exemplificações
edificantes. Agora, os casamentos sacrificiais. Esses reúnem almas possuidoras de virtude e
sentimentos opostos. É uma alma esclarecida, ou iluminada, que se propõe ajudar a que se
atrasou na jornada ascensional. Como a própria palavra indica, é casamento de sacrifício, para
um dos cônjuges. E o sacrificado tanto pode ser a mulher como o homem. Não há regra para
isso. Temos visto senhoras delicadíssimas, ternas e virtuosas, que se casam com homens
ásperos e grosseirões, de sentimentos abjetos, do mesmo modo que existem homens, que são
verdadeiras jóias de bondade e compreensão, consorciados com mulheres de sentimentos
inferiorizados. A isso se dá, com inteira propriedade, a denominação de casamentos
sacrificiais.
Quem ama não pode ser feliz se deixou na retaguarda, torturado e sofrendo, o objeto de
sua afeição. Volta, então, e, na qualidade de esposo ou esposa, recebe o viajor retardado, a fim
de, com o seu carinho e com a sua luz, estimular-lhe a caminhada. É o vanguardeiro,
compassivo, que renuncia aos júbilos cabíveis ao vencedor, e retorna à retaguarda de
sofrimento para ajudar e servir. O casamento sacrificial é, pois, em resumo, aquele em que um
dos cônjuges se caracteriza pela elevação espiritual, e o outro pela condição evolutiva
deficitária. O mais elevado concorda sempre em amparar o desajustado. Assim sendo, a
mulher ou o homem que escolhe companhia menos elevada deve “levar a cruz ao calvário”,
como se diz geralmente, porque, sem dúvida, se comprometeu na Espiritualidade a ser o
cireneu de todas as horas. O recuo, no caso, seria deserção a compromisso assumido.
Mais uma vez se evidencia o valor do Evangelho nos lares, como em toda a parte,
funcionando à maneira de estimulante da harmonia e construtor do entendimento. Os
casamentos denominados afins, no sentido superior, são os que reúnem almas esclarecidas e
que muito se amam. São Espíritos que, pelo matrimônio, no doce reduto do lar, consolidam
velhos laços de afeição.
Por fim, temos os casamentos que denominamos de transcendentes. São constituídos por
almas engrandecidas no amor fraterno e que se reencontram, no plano físico, para as grandes
realizações de interesse geral. A vida desses casais encerra uma finalidade superior. O ideal
do Bem enche-lhes as horas e os minutos. O anseio do Belo repleta-lhes as almas de doce
ventura, pairando, acima de quaisquer vulgaridades terrestres, acima do campo das emoções
inferiores, o amor puro e santo.
Todos nós passamos, ou passaremos ainda, segundo for o caso, por toda essa sequência
de casamentos: acidentais, provacionais e sacrificiais, até alcançarmos no futuro, sob o sol de
um novo dia, a condição de construirmos um lar terreno na base do idealismo transcendental
ou da afinidade superior. Enquanto não atingirmos tal situação, o Senhor, pelo seu Evangelho,
irá enchendo de paz a nossa vida. E o Espiritismo, abençoada Doutrina, repletará os nossos
dias das mais sacrossantas esperanças...

Amor ao outro - Consciência socio ecológica


Bloco 04: 16h às 17h

Objetivos específicos: Compreender-se como ser integrante da Natureza e da Sociedade,


refletindo sobre atitudes e comportamentos que considerem essa concepção.
Materiais: textos do livro Conduta Espírita (um capítulo por grupo), data show,
computador, vídeo, lápis e papel.
Descrição:
1. Dividir em grupos, oferecer um capítulo do livro “Conduta espírita” para cada grupo.
Capítulos: Na via pública, Na sociedade, Nos embates políticos, Perante a Pátria,
Perante a Natureza, Perante os animais. (15 minutos)
2. Solicitar que, em grupos, cada jovem informe quais orientações seguem e quais não
seguem. Dialogar sobre a conduta nesses espaços. (15 minutos)
3. No grupão, compartilhar o conteúdo dos textos. (15 minutos)
4. Exibir um vídeo sobre Ações do bem: (05 minutos)
5. I was Here – Beyoncé https://www.youtube.com/watch?v=i41qWJ6QjPI.
6. O vídeo deve inspirar os jovens a criarem projetos de ações no bem para sociedade
e/ou natureza. O projeto precisa tentar responder a seguinte questão: Dentro da sua
realidade, o que você pode fazer para avançarmos enquanto sociedade? (10 minutos)
7. Se houver tempo, os grupos podem registrar suas ideias com a linguagem que
desejarem (ex: cartazes, colagens, desenhos, entre outros).

Textos do livro Conduta Espírita – André Luiz/Waldo Vieira

NA VIA PÚBLICA

Demonstrar, com exemplos, que o espírita é cristão em qualquer local. A Vinha do Senhor é o
mundo inteiro. Colaborar na higiene das vias públicas, não atirando lixos nas calçadas e nos
esgotos. As pessoas de bons costumes se revelam nos menores atos. Abençoar os direitos
alheios, usando cordialidade e brandura com todo indivíduo, seja ele quem for. O culto da
caridade não exige circunstâncias especiais. Cumprimentar com serenidade e alegria as
pessoas que convivem conosco, inspirando-lhes confiança. A saudação fraterna é cartão de
paz. Exteriorizar gentileza e compreensão para com todos, prestando de boa vontade
informações aos que se interessem por elas, auxiliando as crianças, os enfermos e as pessoas
cansadas em meio ao trânsito público, nessa ou naquela necessidade. Alguns instantes de
solidariedade semeiam simpatia e júbilo para sempre. Coibir-se de provocar gritaria na
multidão, através de gritos ou brincadeiras inconvenientes, mantendo silêncio e respeito, junto
às residências particulares, e justa veneração diante dos hospitais e das escolas, dos templos e
dos presídios. A elegância moral é o selo vivo da educação. Abolir o divertimento impiedoso
com os mutilados, com os enfermos mentais, com os mendigos e com os animais que nos
surjam à frente. Os menos felizes são credores de maior compaixão. Proteger, com desvelo,
caminhos e jardins, monumentos e pisos, árvores e demais recursos de beleza e conforto, dos
lugares onde estiver. O logradouro público é salão de visita para toda a comunidade.

“Vede prudentemente como andais.” — Paulo. (EFÉSIOS, 5:15.)

NA SOCIEDADE

Desistir de somente aparentar propósitos de evangelização, mas reformar-se


efetivamente no campo moral, não se submetendo a qualquer hábito menos digno, ainda
mesmo quando aprovado por outrem. A evolução requer da criatura a necessária
dominação sobre o meio em que nasceu. Perdoar sempre as possíveis e improcedentes
desaprovações sociais à sua fé, confessando, quando preciso for, a sua qualidade
religiosa, principalmente através da boa conduta e da honradez que lhe exornam o
caráter. Cada Espírito responde por si mesmo. Libertar-se das injunções sociais que
funcionem em detrimento da fé que professa e desapegar-se do “desculpismo”
sistemático com que possa acomodar-se a qualquer atitude menos feliz. A negligência
acarreta consequências. Afastar-se dos lugares viciosos com discrição e prudência, sem
crítica, nem desdém, somente relacionando-se com eles para emprestar-lhes colaboração
fraterna a favor dos necessitados. O cristão sabe socorrer os que experienciam o erro.
Em circunstância alguma, considerar ultrapassadas ou ridículas as práticas religiosas
naturais do Espiritismo, como meditar, orar ou pregar. A Doutrina Espírita é uma só em
todas as circunstâncias. Tributar respeito aos companheiros que fracassaram em tarefas
do coração. Há lutas e dores que só o Juiz Supremo pode julgar em sã consciência.
Atender aos supostos felizes ou infelizes, cultos e incultos, com respeito e bondade,
distinção e cortesia. A condição social é apenas apresentação passageira e todos os
papéis são permutáveis na sucessão das existências.

“Sigamos, pois, as coisas que contribuem para a paz e para a edificação de uns para com
os outros.” — Paulo. (ROMANOS, 14:19.)

NOS EMBATES POLÍTICOS

Situar em posição clara e definida as aspirações sociais e os ideais espíritas cristãos,


sem confundir os interesses de César com os deveres para com o Senhor. Só o Espírito
possui eternidade. Distanciar-se do partidarismo extremado. Paixão em campo, sombra
em torno. Em nenhuma oportunidade, transformar a tribuna espírita em palanque de
propaganda política, nem mesmo com sutilezas comovedoras em nome da caridade. O
desnorteamento favorece a dominação do mal. Cumprir os deveres de cidadão e eleitor,
escolhendo os candidatos aos postos eletivos, segundo os ditames da própria
consciência, sem, contudo, envolver-se nas tramas do fanatismo de grupo/partido. O
discernimento é caminho para o acerto. Repelir acordos políticos que, com o empenho
da consciência individual, pretextem defender os princípios doutrinários ou atrair
prestígio social para a Doutrina, em troca de votos ou solidariedade a partidos e
candidatos. O Espiritismo não pactua com interesses puramente terrenos. Não comerciar
com o voto dos companheiros de Ideal, sobre quem a sua palavra ou cooperação possam
exercer alguma influência. A fé nunca será produto para o mercado humano. Por
nenhum pretexto, condenar aqueles que se acham investidos com responsabilidades
administrativas de interesse público, mas sim orar em favor deles, a fim de que se
desincumbam satisfatoriamente dos compromissos assumidos. Para que o bem se faça, é
preciso que o auxílio da prece se contraponha aos golpes da crítica. Impedir palestras e
discussões de ordem política nas sedes das instituições doutrinárias, não olvidando que
o serviço de evangelização é tarefa essencial. A rigor, não há representantes oficiais do
Espiritismo em setor algum da política humana.

“Nenhum servo pode servir a dois senhores.” — Jesus. (LUCAS, 16:13.)´

PERANTE A PÁTRIA

Ser útil e reconhecido à Nação que o afaga por filho, cumprindo rigorosamente os
deveres que lhe tocam na vida de cidadão. Somos devedores do berço que nos acolhe.
No desdobramento das tarefas doutrinárias, e protegendo os patrimônios morais da
Doutrina, somente recorrer aos tribunais humanos em casos urgentes e especialíssimos.
Prestigiando embora a justiça do mundo, não podemos esquecer a incorruptibilidade da
Justiça Divina. Situar sempre os privilégios individuais aquém das reivindicações
coletivas, em todos os setores. Ergue-se a felicidade imperecível de todos, do pedestal
da renúncia de cada um. Cooperar com os poderes constituídos e as organizações
oficiais, empenhando-se desinteressadamente na melhoria das condições da máquina
governamental, no âmbito dos próprios recursos. Um ato simples de ajuda pessoal fala
mais alto que toda crítica. Quando chamado a depor nos tribunais terrestres de
julgamento, pautar-se em harmonia com os princípios evangélicos, compreendendo,
porém, que os irmãos envolvidos em teor elevado de delinqüência necessitam, muitas
vezes, de justa segregação para tratamento moral, quanto os enfermos graves requisitam
hospitalização para o devido tratamento. Diante das Leis Divinas, somos juízes de nós
mesmos. Nunca adiar o cumprimento de obrigações para com o Estado, referendando os
elevados princípios que ele esposa, buscando a quitação com o serviço militar, mesmo
quando chamado a integrar as forças ativas da guerra. Os percalços da vida surgem para
cada Espírito segundo as exigências dos próprios débitos. Expressar o patriotismo,
acima de tudo, em serviço desinteressado e constante ao povo e ao solo em que nasceu.
A Pátria é o ar e o pão, o templo e a escola, o lar e o seio de Mãe. Substancializar a
contribuição pessoal ao Estado, através da execução rigorosa das obrigações que lhe
cabem na esfera comum. O genuíno amor à Pátria, longe de ser demagogia, é serviço
proveitoso e incessante.

“Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” — Jesus. (LUCAS, 20:25.)
PERANTE A NATUREZA

De alma agradecida e serena, abençoar a Natureza que o acalenta, protegendo, quanto


possível, todos os seres e todas as coisas na região em que respire. A Natureza
materializa o santuário em que a sabedoria de Deus se torna visível. Preservar a pureza
das fontes e a fertilidade do solo. Campo ajudado, pão garantido. Cooperar
espontaneamente na ampliação de pomares, tanto quanto auxiliar a arborização e o
reflorestamento. A vida vegetal é moldura protetora da vida humana. Prevenir-se contra
a destruição e o esbanjamento das riquezas da terra em explorações abusivas, quais
sejam a queima dos campos, o abate desordenado das árvores generosas e o explosivo
na pesca. O respeito à Criação constitui simples dever. Utilizar o tesouro das plantas e
das flores na ornamentação de ordem geral, movimentando a irrigação e a adubagem na
preservação que lhes é necessária. O auxílio ao vegetal exprime gratidão naquele que
lhe recebe os serviços. Eximir-se de reter improdutivamente qualquer extensão de terra
sem cultivo ou sem aplicação para fins elevados. O desprezo deliberado pelos recursos
do solo significa mau uso dos favores do Pai. Aplicar as forças naturais como auxiliares
terapêuticos na cura das variadas doenças, principalmente o magnetismo puro do campo
e das praias, o ar livre e as águas medicinais. Toda a farmacopéia* vem dos
reservatórios da Natureza. Furtar-se de mercadejar criminosamente com os recursos da
Natureza encontrados nas faixas de terra pelas quais se responsabilize. O mordomo será
sempre chamado a contas. “Pois somos cooperadores de Deus” — Paulo. (I
CORÍNTIOS, 3:9.)

* Habilidade ou aptidão para desenvolver medicamentos; livro que ensina o ofício de se


fazer medicamentos.

PERANTE OS ANIMAIS

Recusar-se de perseguir e aprisionar, maltratar ou sacrificar animais domésticos ou


selvagens, aves e peixes, a título de recreação, em excursões periódicas aos campos,
lagos e rios, ou em competições obstinadas e sanguinolentas do desportismo. Há
divertimentos que são verdadeiros crimes sob disfarce. No contato com os animais a que
devote estima, governar os impulsos de proteção e carinho, a fim de não cair em
excessos obcecantes, a pretexto de amá-los. Toda paixão cega a alma. Esquivar-se de
qualquer tirania sobre a vida animal, não agindo com exigências descabidas para a
satisfação de caprichos alimentares nem com requintes condenáveis em pesquisas
laboratoriais, restringindo-se tão-somente às necessidades naturais da vida e aos
impositivos justos do bem. O uso edifica, o abuso destrói. Opor-se ao trabalho
excessivo dos animais, sem lhes administrar mais ampla assistência. A gratidão também
expressa justiça. No socorro aos animais doentes, usar os recursos terapêuticos
possíveis, sem desprezar mesmo aqueles de natureza mediúnica que aplique a seu
próprio favor. A luz do bem deve brilhar em todos os planos. Apoiar, quanto possível,
os movimentos e as organizações de proteção aos animais, através de atos de
generosidade cristã e humana compreensão. Os seres da retaguarda evolutiva alinham-
se conosco em posição de necessidade perante a lei.

“Todas as vossas coisas sejam feitas com caridade.” — Paulo. (I CORÍNTIOS, 16:14.)

TERÇA

Amor ao outro - Comunidade espírita


Bloco 01: 8h30 às 10h 

Objetivos específicos: Conhecer os princípios da comunidade espírita e elencar estratégias


para vivenciá-lo na casa espírita e em outros locais.
Materiais: durex colorido, violão e som.
Descrição:
Primeiro momento – No auditório (40 min)

1. No chão da quadra/espaço externo delimitar 5 espaços:


a) 1 espaço que comporte todos (quadrado gigante).
b) A demarcação poderá ser feita com fita gomada ou fita zebrada, que seja
fixada no chão.
2. Em seguida, o facilitador irá explicar que serão faladas frases no microfone (que todos
devem ouvir com atenção). A cada assertiva, os participantes que se identificarem com
a temática, que entendam que compartilham da mesma situação, deverão aproximar-se
do centro da quadra/espaço, “entrando” no quadrado maior (gigante).
3. A cada rodada de perguntas, os que se identificam devem ir ao centro; os que não se
identificam voltam aos seus lugares.
4. Elaborar frases baseadas em vivências do grupo, iniciando com questões simples,
familiarizando os participantes com a dinâmica. Depois, inserir frases que reflitam
desafios da juventude.
5. Ao final, demonstrar que apesar das diferenças temos algo muito especial que nos une:
o Cristo, a nossa fé, os nossos ideais em comum… somos jovens espíritas da Bahia!
6. Antes de finalizar, dividir em salas e fazer a brincadeira do nó: cada turma terá que
desatar o nó, sem soltar as mãos.
Frases:
1. Nós que gostamos de música clássica
2. Nós que amamos rock
3. Nós que amamos forró
4. Nós que cantamos no chuveiro
5. Nós que amamos vatapá
6. Nós que amamos churrasco
7. Nós que amamos pizza
8. Nós que não vivemos sem café
9. Nós que sempre comemos pão de queijo
10. Nós que somos fitness
11. Nós que amamos dançar
12. Nós que gostamos de contemplar o céu estrelado.
13. Nós que adoramos o frio
14. Nós que amamos ler
15. Nós que já evitamos alguém
16. Nós que moramos em local diferente ao que nascemos
17. Nós que maratonamos vendo alguma série até amanhecer
18. Nós que já fomos discriminados/sofremos bullying
19. Nós que já fizemos escolhas erradas
20. Nós que já nos decepcionamos com alguém que amamos
21. Nós que tivemos dificuldade em perdoar alguém
22. Nós que temos relacionamentos afetivos à distância
23. Nós que preferimos conversas virtuais
24. Nós que nos sentimos sozinhos
25. Nós que temos ou já tivemos dificuldades com a família
26. Nós que nos sentimos inseguros quanto ao futuro profissional
27. Nós que somos teimosos ou “cabeça dura”
28. Nós que fazemos trabalho voluntário
29. Nós que adoramos estudar de madrugada
30. Nós que fazemos o Evangelho no Lar
31. Nós que queremos ter mais amigos espíritas
32. “E nós que somos espíritas”

Encaminhar os participantes para as salas de estudo para uma reflexão coletiva.

Segundo momento – Em sala (40 min)

• Nas salas, conduzir reflexões e conversas sobre a atividade;


• Possibilitar momentos de falas/espaço de escuta nas salas de estudo;
• Começar com RELATO da vivência: O que eu senti? - expressando os sentimentos,
emoções e reações percebidas;
• Depois, proporcionar compartilhamento de experiências, fazendo o PROCESSAMENTO
das informações com o grupo;
• Promover a GENERALIZAÇÃO, com tópicos para contextualização doutrinária;
• Conduzir às reflexões finais: propostas/sugestões de como podemos prosseguir
ultrapassando os obstáculos.
Vídeo final com exemplos de jovens anônimos ou comuns, que conseguiram fazer a
diferença, que superaram desafios.

Perguntas norteadoras:
1. O que eu senti durante a atividade?
2. O que mais me chamou a atenção?
3. Como percebi os demais jovens?
4. O que mais gostei de compartilhar com os demais?
5. Quais questões são mais desafiadoras? Como enfrento tais situações?
6. O que nos detém na caminhada? Por que é tão difícil mudar, renovar-se?
7. Como o Espiritismo pode me ajudar a superar os desafios?
8. Qual a importância do centro espírita na minha vida?
9. Como posso contribuir para continuidade do centro espírita?

Ao fim da atividade, fazer a dinâmica do barbante. A dinâmica consiste em cada jovem falar
como poderá contribuir para manutenção da presença do amor no centro espírita e em
seguida jogar o rolo do barbante para outro jovem e assim sucessivamente até formar uma
grande teia.

Nota ao evangelizador: As perguntas em negrito devem ser priorizadas, caso haja pouco
tempo para o diálogo em grupo.

Nota ao evangelizador:
Fundamentos Evolucionistas para a Unificação do Movimento Espírita – Manual de
Aprimoramento do Servidor Espírita Federativo
“Desde os seus primórdios, o Espiritismo adotou como princípio basilar a evolução. Indo
além do materialismo vigente e das explicações lamarckianas e darwinistas, enunciou que há
em a natureza um encadeamento do átomo, símbolo físico, ao arcanjo, estágio mais elevado
do ser espiritual; este, por sua vez, iniciou sua saga evolutiva na condição simples de
matéria atômica. Em ensaios mais recentes, os espíritos descrevem a dinâmica da evolução
como um ato criativo que gera a fisiosfera, donde emerge a biosfera, que se autotranscende
na noosfera e deverá culminar na teosfera. Equivale dizer que da matéria emerge a vida,
desta o pensamento, e a seguir a vivência numinosa. Em cada fase construímos formas mais
complexas para expressar o desenvolvimento do ser psíquico. Uma observação acurada da
evolução revela que esta é um processo que atende a certos princípios. Entre eles está a
integração. Assim, seres se unem para formar algo novo, mais complexo, com competências
e propriedades impossíveis de serem deduzidas dos seus integrantes. Um exemplo clássico
do mundo material é a molécula de água, formada de átomos de hidrogênio e oxigênio, cujas
propriedades não possibilitam antever a condição de solvente universal da água.
Hodiernamente dizemos que somos todo/parte ou hólons ou unidades coletivas. Qualquer
uma destas denominações significa que todo organismo ou individuação é formado de partes
menores e componente de um todo mais complexo. A evolução consiste em criar todos mais
complexos – sejam eles físicos, biológicos, sociopsicológicos ou espirituais – em
consonância com a proposição de que qualquer avanço evolutivo ocorre através da
superação da fragmentação pela ação unificadora. É o fenômeno de autotranscendência. Isto
não resulta em perda de identidade ou dissolução. Pelo contrário, trata-se de enriquecimento
de competências, geração de algo mais evoluído, aproximação da totalidade que é plenitude.
Assim, podemos dizer que todas as expressões sociais, ao tempo que preservam a
individuação, entrelaçam-na em formas existenciais mais complexas que representam passos
evolutivos. Dessa forma, o individual transforma-se em coletivo, o diverso em uno. O
projeto espírita de unificação pode ser compreendido como parte deste fenômeno evolutivo.
Pessoas se unem em instituições e geram um novo organismo capaz de realizar o impensável
individualmente. Instituições agregam-se em redes de atuação federativa e constroem novas
possibilidades de autotranscendência. Redes federativas fazem emergir paradigmas para
comunidades e estas se constituem em novas formas existenciais mais complexas e
competentes em expressar um mais elevado estágio evolutivo. Assim avançamos até nos
sentirmos parte do Todo Universal a que chamamos Deus. Trabalhar pela unificação do
movimento espírita é estar alinhado com o princípio evolucionista da integração. Assim
conservaremos a nossa autonomia na diversidade das individuações e faremos a
autotranscendência, unindo-nos aos outros.”

Amor a Deus - Jesus como referência


Bloco 02: 10h30 às 12h 

Objetivos específicos: Buscar viver conforme os ensinamentos de Jesus, tendo-o como


referência de amor supremo.
Materiais: trechos da parábola (um por grupo), data show, computador, som e vídeo, lápis e
papel (individual)
1. Dividir em grupos. Entregar para cada grupo situações inspiradas nas parábolas do
filho pródigo trazidas para atualidade. Perguntar como eles lidariam com a situação.
(15 minutos)
2. Abrir para o grupo compartilhar. Reflexão: em que momento da parábola você está
(15 minutos)
3. Trazer a parábola e demonstrar o que Jesus ensinou, segundo a apresentação de
Joanna. (10 minutos)
4. Convidar os jovens para momentos de introspecção com as seguintes músicas: O
homem (Roberto Carlos) e Reencontro (Hauare). (10 minutos)
O homem: https://www.youtube.com/watch?v=i5bA3llp1PM
Reencontro: https://www.youtube.com/watch?v=K2WmcdB4O24
5. Questionar aos jovens como eles se relacionam com Jesus? Quais os desafios de ser
cristão no mundo atual? Perguntar a eles: se eles fossem escrever uma carta para Jesus, o
que vocês escreveriam? (20 minutos)
6. Oferecer papel e lápis, para que os jovens escrevam uma carta para Jesus (música
meditativa ao fundo). Orientação para carta: a carta pode ser livre ou pode seguir algumas
dessas questões: Quais são seus maiores medos? Quais são seus maiores desejos? O que
você gostaria de pedir para Jesus? Você tem algo a agradecer? O que você gostaria de
compartilhar? (20 minutos)

Parábola do filho pródigo – situações problemas:


 Ciúmes do irmão
 Impulso a sair de casa e viver experiências materiais
 O vazio das experiências materiais (não preenche o espírito)
 O retorno para Deus (o espiritual ser o norte / viver na matéria mas não para a
matéria).

Trechos que serão distribuídos em subgrupos:


 Sara estava insatisfeita com sua rotina e com os acontecimentos de sua vida.
Desejava mudar de rumo, radicalmente. Não se sentia pertencente ao ambiente
em que vivia, achava que algo lhe faltava. Discordava de seus familiares em
muitos assuntos. Nos amigos também não confiava, estava sempre questionando
sua lealdade, e se perguntava se algum dia encontraria pessoas com quem se
sentisse melhor. Aquela rotina também lhe deixava enjoada. Queria viver novas
experiências, ver outros lugares, ou simplesmente sair dali. Um dia ela decide
deixar tudo para trás e seguir outro caminho.

 Sara encontrou muitas coisas curiosas quando começou sua jornada. Algumas
lhe causaram espanto, outras ela achou o máximo. O que ela tanto quis estava
acontecendo: ela podia viver e experimentar tudo pelo que se interessasse, sem
que alguém ficasse lhe questionando todo o tempo. Recebeu muito incentivo
através de seus seguidores nas redes sociais, afinal suas postagens estavam
incríveis! Porém, parecia que algo ainda estava faltando. Ela começou a sentir
um imenso cansaço de tudo...

 Sara sentia uma verdadeira exaustão. Começou a desejar voltar para sua casa.
Naquele momento todas as descobertas e experiências que ela teve contato nesse
percurso pareciam pequenas diante da vontade de voltar. As pessoas que
conheceu nessa aventura eram legais, mas às vezes também não eram... Os
lugares eram top, mas ela também viu algumas coisas que não queria ver
novamente... Estava sem forças, não conseguia pensar em mais nada. Trôpega,
começou a trilhar o caminho de sua casa como se estivesse sendo carregada pelo
seu desejo de repousar no ninho.

 Sara, voltando para casa, notou no caminho detalhes que antes nunca havia
notado, como as cores no céu, que pareciam ser únicas daquele lugar, que não
eram iguais a nenhum outro dentre os muitos que ela visitou. Quando chegou em
casa, sua família mal podia crer que ela estava ali mesmo, de volta. No entanto,
nem todos entenderam a volta de Sara. Seu irmão Miguel não conseguia aceitar
que seus pais a recebessem depois dela ter os deixado para trás. Sabe-se lá o que
essa menina tinha feito nesses meses... Não, ele não concebia tal despautério!

Nota para o evangelizador. Leitura: Em busca da verdade, cap 3 – Joanna de Angelis /


Divaldo Franco

Amor a Deus - Deus, a origem e o destino


Bloco 03: 14h às 15h30 
Objetivos específicos: Perceber o amor divino como sol que se refrata em raios repartidos
(amor conjugal, o amor materno, o amor filial ou fraterno, amor pelo país, pela raça, pela
Humanidade), que envolve, penetra em todos os seres e, difundindo-se neles, faz com que
eclodam e floresçam.
Materiais: slide, música “eterno”, pistas.
Dinâmica: Em busca de Deus (caça ao tesouro)

Início (nas salas)


Inicialmente comentar que será realizada uma caça ao tesouro. Informar aos jovens que essa
caça ao tesouro pode ser feita individualmente ou em grupo. Salientar que não é uma
competição. Cada um irá ao seu tempo, quando fizer sentido, mudar de uma pista para outra,
com o objetivo de chegar ao tesouro. Mais importante do que chegar ao final, é a trajetória,
o processo. É necessário passar por todas as pistas. Não precisa ter pressa, mas cuidado para
não se perder no caminho.

Organização 01: Colocar um power point com o trecho do poema “Marchemos” de Castro
Alves.

Pista 01 (nas salas)


“Há mistérios peregrinos
No mistério dos destinos
Que nos mandam renascer;
Da luz do Criador nascemos,
Múltiplas vidas vivemos,
Para à mesma luz volver.”

Marchemos – Castro Alves

A partir deste verso, qual o objetivo das múltiplas reencarnações?


Resposta 01: retornar à Deus (ou outra resposta que signifique isso)

Organização 02: Quando os jovens responderem “retornar à Deus”. Colocar a música de


Armando Lui “Eterno”

Pista 02: Música de Armando Lui “Eterno” (nas salas)


Letra: ETERNO
(Armando Lui)

Clareia a consciência 
Enxerga além dos olhos
Impulsa e movimenta
Sana a indecisão
Dissolve a ignorância
Ensina a caminhar
Aquece e alimenta
Finda a solidão

Deus, Pai de todo mundo


Deus, mão que nos afaga
Deus, certeza da vida
Deus, paz e esperança
Deus bálsamo da alma
Deus seio da bondade

E amará pra sempre


E cuidará pra sempre
E reinará pra sempre
Por toda a eternidade

A partir desta música e com base no Livro “A gênese”, cite 04 atributos de Deus?
Resposta 02: Deus é, pois, inteligência suprema e soberana, é único, eterno, imutável,
imaterial, onipotente, soberanamente justo e bom, infinito em todas as perfeições.

Organização 03: Entregar a pista 03 em um papel (nas salas)

Pista 03:
“A existência de Deus é um fato adquirido, não somente pela revelação, mas pela evidência
material dos fatos. Os povos selvagens não tiveram revelação e, não obstante, crêem,
instintivamente, na existência de um poder sobre-humano, vêem coisas que estão acima do
poder humano, e delas concluem que provêm de um ser superior à Humanidade.” A gênese.
E assim, como povos tribais, louvamos o deus Sol, a deusa tempestade, o deus vento, a
deusa lua, o deus mar, a deusa chuva. Em homenagem a cada deus e deusa, juntos
louvamos, juntos dançamos.

Resposta 03: ir para o local que está havendo dança circular (fora da sala)

Organização 04: Deverá ter duas pessoas mediando a dança circular e uma pessoa fora da
roda para organizar a chegada dos jovens. Para ter acesso a próxima pista, o jovem precisa
dançar uma coreografia.

Pista 04 (fora das salas):


A arte das evocações remonta à mais alta antiguidade. Encontramo-la em todas as épocas e
em todos os povos. Outrora a evocação era acompanhada de práticas místicas, seja porque as
considerassem necessárias, seja porque visassem exibir o prestígio de um poder superior.
Sabe-se hoje que o poder de evocar não é um privilégio: pertence a todos; e todas as
cerimônias mágicas e cabalísticas não passam de vão aparato. Invocar é chamar em si, ou
em seu socorro, um poder superior ou sobrenatural. Invoca-se a Deus pela prece. Na religião
católica invocam-se os Santos. 

Resposta 04: ir para o local em que tem a imagem de São José.

Organização 05: Terá alguns evangelizadores no local com vários cartões. Cada cartão terá a
próxima pista.

Pista 05:

Primeira revelação: Moisés, na qualidade de profeta, revelou aos homens o conhecimento de


um Deus único, soberano Senhor e Criador de todas as coisas.
Segunda revelação: O Cristo, acrescentou a revelação da vida futura. Apresentou para
humanidade um Deus clemente, soberanamente justo e bom, cheio de mansuetude e
misericórdia. O Deus que Jesus Cristo nos apresentou é amor.
Terceira revelação: O Espiritismo vem confirmar, explicar e desenvolver, pelas novas leis da
Natureza que revela, tudo que o Cristo disse e fez. “Que é Deus? Deus é a inteligência
suprema, causa primeira de todas as coisas. [...] Deus é eterno, é imutável, é imaterial, é
único, é todo-poderoso, é soberanamente junto e bom”.
Em que lugar se encontra a revelação do Espiritismo?

Resposta 05: ir ao local onde tem o pentateuco.

Organização 06: Terá alguns evangelizadores no local com vários cartões. Cada cartão terá a
próxima pista.

Pista 06:
“Lembre!
Que sua consciência é o seu grande farol.
Há meses que fazem chuva, semanas que fazem sol
E dias em que tanto faz.
Faça!
Você faz seu enredo, você é seu Jesus.
Feche os olhos do medo e abra o templo da luz”
Vós sois a luz do mundo e o sal da Terra.

Resposta 06: ir para o espelho

Organização 07: Durante todos os dias do evento haverá um espelho em local de fácil acesso
e visualização. Esse espelho terá escrito em cima dele “Vós sois a luz do mundo e o sal da
Terra”.
Os jovens devem se olhar no espelho. Haverá uma pessoa interpretando Jesus, repetindo o
trecho: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém irá ao pai se não por mim. Quem
sou?” Só que ele só deve repetir após um tempo que os jovens estiverem no local para gerar
uma curiosidade.

Pista 07
Pista: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém irá ao pai se não por mim. Quem sou?

Resposta: Jesus. ir para o auditório (lá dentro tem a imagem de Jesus).

Organização: Desde o início do evento, haverá uma imagem de Jesus dentro do auditório.
Haverá alguns evangelizadores na porta do auditório. Eles só deixarão os jovens entrarem se
eles falarem a senha correta: “Jesus”.
Dentro do auditório:
Harmonizar com essência de lavanda (já adquirida)
Dentro do auditório haverá pessoas dizendo: “Você é filho de Deus.” “Você é amor.” “Eu te
amo”. “Deus te ama”. “Deus está dentro de ti”.
Alguns evangelizadores irão conduzir os jovens para sentarem em silêncio no salão.
Estará tocando mantras. Os jovens que forem chegando, vão se aconchegando no local e
aguardando os outros chegarem. A proposta é fazer com que os jovens fiquem harmonizados
com um ambiente de paz, de amor, de acolhimento.
Quando TODOS os jovens chegarem ao local, será conduzida uma visualização final.

Mantras: Nando Cordel: “Seres de amor”, “Nosso amor é uno”, “Puro amor”, “Deus está em
nós”.

Visualização final: Com uma música de meditação, realizar uma visualização que refaça
todos os caminhos que os jovens fizeram para chegar até o auditório. Relembrar que eles são
filhos de Deus (vós sois deuses), entre outros... (escrever o roteiro da visualização).

Finalização da turma
Bloco 04: 16h às 17h  

Materiais:
Descrição:

Lista de Materiais 15-17 


Domingo 
Bloco 02: computador, data show, fragmentos do texto e questões reflexivas, slides.
Bloco 03: semente de manga, caixa para colocar a semente, vídeo, data show,
computador, papel, lápis, som e música para meditação.
Bloco 04: computador, data show, som, música de Nando Cordel (?), música sobre o
amor, folha com a Roda da Vida (frente e verso), slide com texto do Livro dos
Espíritos 
Segunda: 
Bloco 01: bolas com perguntas dentro, som e música para meditação, ficha de RPG do
planejamento reencarnatório, música “A casa Lar”, post it, mural para colocar o post it
(do lado de fora das salas).
Bloco 03: móbiles com os personagens, questões reflexivas, papel e lápis (um por
grupo).
Bloco 04: textos do livro Conduta Espírita (um capítulo por grupo), data show,
computador, vídeo, lápis e papel.
Terça 
Bloco 01:
Bloco 02: trechos da parábola (um por grupo), data show, computador, som e vídeo,
lápis e papel (individual)
Bloco 03: slide “marchemos!”, música “Eterno” de Armando, data show, computador,
caixa de som, papel com a pista 03.

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