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Beira
Novembro de 2019
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 5
2.2.6. Água......................................................................................................................... 9
3. Conclusão ...................................................................................................................... 23
4. Bibliografia.................................................................................................................... 24
1. INTRODUÇÃO
O trigo possui 30 tipos geneticamente diferenciados, mas somente três são produzidos
comercialmente: O Aestivum vulgaris que é responsável por boa parte da produção mundial
de trigo por ser adequado a panificação; o durum é utilizado na produção de macarrão e outras
massas e o Compactum é um trigo de baixo teor de glúten, produzido em pequena proporção,
utilizado na fabricação de biscoitos.
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Figura 1:Estrutura do grão de trigo
O grão de trigo com formato oval, extremidades arredondadas, onde encontra-se o germe, e
na outra, cabelos finos; possui tamanhos e cor variáveis. Na região ventral observa- se uma
reentrância, conhecida como “crease”, e esse sulco que dificulta a limpeza e a moagem do
grão (BRANDÃO, 2011).
a) Pericarpo: Consiste na casca, que recobre toda semente; e formado por 6 camadas
(epiderme, hipoderme, células finas, células intermediarias, células cruzadas e células
tubulares); representa 5% do peso do grão é rico em pentosanas, celulose e cinzas;
b) Endosperma: Corresponde a aproximadamente 82% do grão. É composto de amido,
mas a parte mais externa – subaleurona – contem mais proteína;
c) Germe: O germe corresponde a 3% do peso do grão. É rico em proteína, lipídios,
açúcares redutores e cinzas;
d) Semente: Formada pelo endosperma e o germe, que são recobertos por 3 camadas:
Testa (pigmentos que dão cor ao grão);
Camada hialina;
Aleurona (7% do grão), que e rica em cinza (fosforo, fitato), proteína, lipídios,
vitaminas (niacina, tiamina, riboflavina) e enzimas.
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2.2.INGREDIENTES USADOS NA PANIFICAÇÃO
2.2.1. Fermento
2.2.1.1.Agentes fermentadores
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c) Fermentação biológica – É a fermentação mais utilizada na panificação, o fermento
(levedura) que nos interessa é o do tipo Saccharomyces cerevisiae. Quando cultivados
em ambiente favorável, os fermentos multiplicam-se rapidamente através de um
processo denominado bipartição. Cada célula produz uma célula-fi lha e, dessa
maneira, as células multiplicam-se, como você pode ver na fi gura a seguir (ver
Quadro 3).
2.2.2. Aditivos
2.2.4. Ovos
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Gema – As proteínas da gema possuem propriedades emulsificantes, sendo utilizadas
na fabricação de biscoitos, panetone e waffers.
Os ovos pasteurizados – A pasteurização é feita através de pasteurizador de placa,
para o ovo integral e gema a temperatura é de 60°C em 3 minutos, para a clara 57°C
por 2 minutos.
2.2.5. Açúcar
2.2.6. Água
A água é responsável pela distribuição uniforme dos ingredientes da massa. Deve ser potável,
pois a presença de certos minerais (Ca e Mg) pode impedir a formação do glúten e a
fermentação, em concentrações acima de 150mg/L, a água é classificada como dura. O pH
da água é influenciado pela presença de vários sais e, consequentemente, pela actividade da
fermentação. Quanto maior for a velocidade da masseira, maior será a energia fornecida à
massa e maior o aquecimento, antecipando a fermentação do glúten. A temperatura ideal da
massa ao sair da masseira é de até 30°C. Com o nosso clima, em que a temperatura ambiente
é acima de 25°C, é muito importante e necessário adicionar gelo à água de amassamento.
Funções da água:
Hidratar a farinha e Dissolver ingredientes;
Unir as proteínas gliadina e glutenina mais a força mecânica, formando a rede de
glúten e Possibilitar a acção enzimática;
Permitir o desenvolvimento fermentativo e Disponibilizar vapor para o salto de forno;
Ajudar no controle da temperatura da massa.
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2.2.7. Leite
São triglicerídeos ou ésteres do glicol e ácidos graxos. São usadas em menor concentração
em pães e bem maiores em bolos. A manteiga contém 80 a 85% de gordura e a banha 99,5%.
Óleos e gordura vegetais são: azeite de oliveira, margarina, gordura hidrogenada, óleo de
coco, babaçu, soja, algodão, palma e girassol. O processo de hidrogenação é a forma mais
barata de produzir cremes vegetais (pastosos) a partir dos óleos (líquido), por isso é o mais
utilizado pela indústria (BRANDÃO, 2011). Funções da gordura:
Aumenta o volume do pão, melhora a extensibilidade da massa, pois lubrifica o
glúten.
Dar maciez e sabor à massa, melhorando a textura do miolo, dá sabor ao pão,
principalmente, as gorduras de origem animal como a manteiga e a banha;
Retarda o envelhecimento do pão, mantendo a umidade da massa e aumentando seu
tempo de prateleira.
2.2.9. Sal
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Quadro 1:Composição média do trigo e da farinha
Humidade Proteína Carboidratos Gordura Cinzas
Grão 11 - 13 10 – 15 69 - 70 0,5 - 2,0 1,6 - 2,0
Farinha 12 - 15 07 – 15 64 - 80 0,3 - 1,5 0,5 – 1,5
Fonte: Adaptado de Brandão, (2011)
Quadro 2:composição do fermento químico em pó
Bicarbonato de sódio granulado Fosfato monocálcico monohidratado Amido de milho Pirofosfato ácido de sódio Lactato cálcico
30% 5% 24,5% 38% 2,5%
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2.3.ETAPAS DO PROCESSAMENTO DO PÃO
Fonte: Fluxograma-researchgate.net
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2.3.4. Pesagem
Pesar todos os ingredientes a serem utilizados na mistura (principalmente a água, que deve
ser pesada ou medida) (BRANDÃO, 2011).
Após a adição da água, inicia-se o processo de mistura, até que se atinja o ponto ideal de
desenvolvimento. Esse processo consiste em misturar a água e a farinha aos demais
ingredientes da formulação. Durante o amassamento, a farinha absorve água; essa quantidade
de água vai depender da granulometria, do conteúdo proteico, da umidade da farinha e do
ambiente e do grau de consistência que quer se dar à massa. Ao final da mistura, a
temperatura adequada é de 26-28°C para inibir a fermentação durante esse processo e a
excessiva formação de gás (BRANDÃO, 2011).
É uma operação que pode ser feita manualmente, com faca ou espátula, ou nas divisoras,
máquinas destinadas para esse fi m. Essa divisão ocorre para obter pães com peso apropriado
(BRANDÃO, 2011).
Nesse processo, a massa adquire a forma do pão que se deseja. Essa forma pode ser obtida
de maneira manual ou mecânica. A modeladora mecânica efectua cinco processos sobre as
peças da massa: desgaseificação, laminação, alongamento, enrolamento e selagem. Depois,
a massa é arrumada observando-se a disposição dos produtos nas assadeiras ou esteiras em
relação ao distanciamento e posição do fecho e das pontas para uma melhor apresentação do
produto (BRANDÃO, 2011).
Nessa fase, a massa está em repouso ou descanso. É uma fermentação alcoólica e anaeróbica,
produzida pela acção do fermento biológicosobre as açúcares presente na massa, com
produção de gás carbónico e modificações físicas e químicas. As transformações físicas são
variação de temperatura, variação de consistência da massa, perda de umidade e mudança de
cor da massa. Durante 3 a 4 horas de fermentação, a temperatura da massa sobe entre 1,4 e
1,9°C. Para uma massa com 10 horas de fermentação, a temperatura pode aumentar de 23°C
até 27°C (BRANDÃO, 2011).
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2.3.6. Assamento, forneamento ou cozimento da massa
Nessa etapa, ocorre uma série de modificações – físicas, químicas e biológicas – pela acção
do calor que, no final, resulta num produto leve, poroso, aromático, de cor atraente e nutritivo.
Quando a massa é submetida ao forno, cuja temperatura está entre 200 a 275°C, a actividade
do fermento diminui com o aquecimento a 55°C e ocorre a morte das leveduras. O
movimento do interior para o exterior da massa faz com que as moléculas da água presentes
na massa sejam evaporadas do interior para o exterior. A temperatura de evaporação da água
é de 100°C, porém, o interior da massa jamais atinge essa temperatura (BRANDÃO, 2011).
O máximo que alcança é 98°C em peças acima de 2 Kg. Durante o cozimento da massa,
ocorrem vários fenómenos:
Evaporação da água da massa - A temperatura atinge 100°C. A água livre se libera
evaporando. Essa migração contínua do interior da massa para a superfície,
dependendo do tempo do cozimento, vai formar a casca ou crosta do pão. A
temperatura e a duração do cozimento variam de acordo com o tipo e o tamanho do
pão;
Volatilização de substâncias aromáticas - Durante o cozimento, além da
evaporação da água, ocorre a volatilização das substâncias aromáticas que se formam
durante a fermentação e também durante o cozimento. São os aldeídos, ésteres e
ácidos. Essa volatilização vai depender da capacidade da massa em reter esses gases.
Essas substâncias se volatilizam abaixo de 100°C;
Aumento do volume do pão - Devido à dilatação dos gases e ao aumento da tensão
do vapor da água e da temperatura do forno, a massa sofre um rápido aumento de
volume entre 5 e 10 minutos de forno; dependendo do peso, forma e qualidade da
massa, dá-se o nome de “salto do forno
Quando a massa entra no forno ocorre a formação de uma casca branca; o ovenrise
(salto do forno) ocorre até 50°C. O ar aprisionado na massa contribui para o aumento
do volume por expansão devido ao aquecimento. À medida que sobe a temperatura,
há evaporação da água e de outras substâncias gasosas ou voláteis, como dióxido de
carbono, álcool, ácidos orgânicos, ésteres e aldeídos, liberando o aroma característico
do pão (flavor do pão) e perda de peso no produto. Essas são as mudanças nas
características físicas da massa. É nesse momento que ocorre a transformação da
massa em pão.
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Gelatinização do amido – O amido começa a gelatinizar à temperatura de 60°C.
Os grânulos de amido começaram a absorver água livre da massa, porém, na massa
não há água sufi ciente para gelatinizar totalmente o amido. Essa água é transferida
das proteínas, quando elas são desnaturadas pela acção do calor.
Actividade enzimática - A actividade da alfa-amílase, enzima responsável em
transformar o amido em açúcares, ocorre em torno de 60°C a 70°C. Sua destruição
total ocorre a 85°C. Produção de cor e aroma - A reacção de escurecimento não
enzimática acontece devido à presença de açúcares, que também produzem o aroma
característico do pão assado – é a chamada reacção de Maillard.
Após a saída do pão do forno, é necessário seu resfriamento à temperatura de 30°C antes de
ser fatiado e embalado, evitando a deformação e a condensação durante o corte. O
resfriamento pode ser feito colocando-se os pães em prateleiras, o que permite a circulação
do ar. O uso de ventiladores acelera o resfriamento. Como o pão francês é vendido em
embalagens de papel, assim que saem do forno são acondicionados em prateleiras, cestas de
vime ou palha no balcão das padarias (BRANDÃO, 2011).
O envelhecimento do pão ocorre no momento em que ele sai do forno. A umidade no pão
recém-assado é de 12% na casca e de 44 – 45% no miolo. Com quatro dias em temperatura
de 20°C, a umidade da casca chega a 28%, momento em que ocorre a cristalização do amido.
Factores de envelhecimento do pão: Temperatura: a temperatura de 0 °C o pão envelhece
mais rápido próximo a -20°C seu envelhecimento é lento. O ideal é que o teor de umidade
do pão seja de 38%. Agentes emulsificantes: quando adicionados a massa retardam o
envelhecimento. O tempo de armazenamento: Após 24 horas o pão poderá esta com o amido
cristalizado (pão duro), dependendo da tecnologia de fabricação. Enzimas amilolíticas: O uso
de amílase bacteriana na transformação das cadeias de amílase e amilopectina, rompendo
suas cadeias, diminuindo-a, reduzindo a cristalização. Dessa forma, o envelhecimento do pão
pode ser retardado pela adição de enzimas e emulsificantes e pelo congelamento, que deverá
ocorrer sempre abaixo de 0°C (BRANDÃO, 2011).
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2.4.CONTROLE DE QUALIDADE DO PÃO FRANCÊS
A qualidade do pão francês pode ser avaliada mediante análises físicas, físico-químicas,
macroscópicas, microscópicas, microbiológicas e sensoriais (BRASIL, 2000b). As
determinações do peso, volume e volume específico devem ocorrer entre duas e 18 horas
após o assamento. Para ser considerado de boa qualidade, o pão francês deve apresentar, em
média, 50 g de peso e de 6 a 8 cm3/g de volume específico (BRASIL, 1997).
A umidade, não deve ultrapassar a 38%, considerando a massa livre de recheio e cobertura
No sector de panificação observa-se tendência em colocar no mercado produtos com maior
teor de umidade, aumentando a maciez e conferindo aspecto mais fresco ao pão. A não-
conformidade em relação à umidade não representa risco para a saúde dos consumidores,
mas aumenta o risco de contaminação por bolores (meio propício à proliferação de
microrganismos). No caso do pão francês, esta prática não chega a representar risco sob o
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ponto de vista sanitário, já que o pão francês é consumido muito rápido apresentando tempo
curto de permanência na prateleira. Entretanto, o fato apresenta considerável importância sob
o ponto de vista económico (AMOPÃO, 2017).
As análises físicas das amostras, devem ser conduzidas com cinco repetições, envolvendo as
determinações de massa, volume, volume específico e densidade. A massa das amostras foi
verificada, individualmente, em balança electrónica digital. O volume foi determinado por
deslocamento com sementes tendo como princípio a técnica de deslocamento em água com
vazão de fluxo, em equipamento próprio, descrita por ELÍAS & CONDÉ (1985). Em um
recipiente tarado com semente de painço, colocado no interior de outro de maior diâmetro, a
amostra foi acomodada e as sementes, do recipiente tarado, foram despejadas com auxílio de
funil até o transbordamento. Em seguida, o recipiente é nivelado com auxílio de régua e o
volume transbordado (volume da amostra) foi medido em proveta de 100 mL. O volume
específico foi determinado segundo o método descrito por GRISWOLD (1972) e LEITÃO
(1979), mediante relação volume/ massa da amostra. A densidade foi determinada pela
relação massa/ volume.
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Características Padaria A Padaria B
Volume Especifico Muito Bom Bom
Cor da Crosta Dourada, Natural, Natural e Levemente tostada
uniforme
Forma e Simetria Simétrica Simétrica e Levemente
moderada
Características da crosta Crocante e meio dura Fina e Macia
Aspecto de quebra da crosta Uniforme Uniforme
Cor do Miolo Creme Branco
Aroma Específico e Agradável Específico e Agradável
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esta adiciona-se a quantidade de água determinada previamente, e deixa-se o aparelho em
movimento por um tempo de no mínimo 20 minutos O papel milimetrado apresenta nas
abcissas o tempo expressado em minutos e nas ordenadas (escala de 0 a 1.000) a consistência
da massa em unidades Brabender (U.B.) ou unidade farinográfica (U.F.).
A análise farinográfica, assim como a análise extensográfica, se efectuam para uma
consistência de massa fixa, de precisamente 500 U.F.
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Valor do Valorímetro: É uma medida obtida através da utilização de um ábaco, o valorímetro,
sendo seu valor baseado no tempo de desenvolvimento e no índice de tolerância da massa à
mistura. O valor do valorímetro é um dado empírico de qualidade, não sendo muitas vezes
considerado nas avaliações do farinograma.
A força da farinha pode ser avaliada de acordo com os índices de qualidade medidos
através da farinografia. A tabela abaixo apresenta a classificação da qualidade das
farinhas de acordo com os dados farinográficos.
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Quadro 5:Classificação da Qualidade da Farinha segundo a interpretação de tempo de
desenvolvimento da massa, a estabilidade e o índice de tolerância, obtidos pela farinografia
Tempo de Estabilidade Índice de Tolerância
Classificação
Desenvolvimento (min) (min) (UF)
Muito Fraca ≤ 2,0 ≤ 2,0 ≥ 200
Fraca 2,1 – 4,0 2,1 – 4,0 150 – 199
Média força-
4,1 – 6,0 4,1 – 7,0 100 – 149
fraca
Média força-forte 6,1 – 8,0 7,1 – 10,0 50 – 99
Forte 8,1 - 10,0 10,1 – 15,0 0 – 49
Muito Forte ≥ 10,1 ≥15,0 -
Fonte: ICTA, 2019
Farinhas que apresentam valores de absorção de água menores do que 55% não são indicadas
para a panificação. Isto se dá devido ao fato de que para produção de pães é necessária a
adição de uma quantidade de água para a realização de vários fenómenos indispensáveis à
obtenção de produtos de qualidade, entre eles: a união das partículas do glúten e realização
da acção aglutinante deste, a garantia da umidade final do produto, a disponibilização de
vapor para o salto de forno, a dissolução de ingredientes hidrófilos, a activação das enzimas
e o desenvolvimento da fermentação. Sendo assim, uma farinha com baixa absorção de água
não gera um produto ideal, pois a água necessária para a obtenção deste não será absorvida
e não realizará as funções acima citadas.
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Por outro lado, as farinhas que apresentam valores de estabilidade maiores que 12 minutos
geram uma massa mais trabalhada, isto é, que resiste a um maior tempo de batimento, mas
por outro lado, este excesso de batimento pode causar um desgaste no equipamento onde é
feito o batimento (normalmente masseiras) e um possível aumento na temperatura final da
massa, caso a refrigeração do equipamento não seja suficiente pelo excesso do tempo da
operação de batimento. Em produtos fermentáveis, o aumento da temperatura da massa no
final do batimento é indesejável, pois gera um menor tempo de fermentação, que é traduzido
em um menor volume específico final, e às vezes pode acarretar na perda das propriedades
organolépticas do produto, devido ao menor tempo de fermentação, já que esta etapa é a
principal responsável pelo desenvolvimento destas propriedades.
Biscoitos Biscoitos
Característica* Massas Pães Bolos
Fermentados Doces
Absorção de água
60-64 > 55 - < 55 < 55
(%)
Desenvolvimento
8-13 4-9 1-2 3-6 1-3
(min)
Estabilidade (min) > 15 12-18 2-4 6-12 2-4
Fonte: ICTA, 2019
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3. Conclusão
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4. Bibliografia
vi. GUTKOSKI, L.C. PAVANELLI, A.P.; MIRANDA, M.Z.; CHANG, Y.K. Efeito de
melhoradores nas propriedades reológicas e de panificação da massa de farinha de trigo.
Boletim da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v.
17, n. 1, p.11-16, jan./abr. 1997.
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ix. MONTEIRO, C.L.B. Técnicas de avaliação sensorial. 2. ed. Curitiba: Centro de
Pesquisa e Processamento de Alimentos, 1984.101 p.
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