Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
ITAPURANGA
2014
2
Biblioteca UnU-Itapuranga
Rita de Cássia Coelho Proença CRB2/863
CDU 028:003
3
ITAPURANGA
2014
4
_________________________________________
Profº. Me. José Elias Pinheiro Neto
(Orientador- UnU Itapuranga)
_________________________________________
Profº. Antônio Oliveira
_________________________________________
Profª. Izabel Olívia de Oliveira
5
AGRADECIMENTOS
O QUE É LETRAMENTO?
RESUMO
ABSTRACT
The research aims to clarify related to literacy and learning of reading and writing for
students in early grades points, highlighting how some authors can contribute to the
acquisition of such knowledge. The same discusses issues dealing with the
construction of knowledge about literacy and the acquisition of skill in reading and
writing. The involvement of the historical and theoretical aspects of the literacy
process plays an important role in this context, because knowing the history of the
literacy process allows you to put more emphasis on relevant teaching situations to
learning due to the knowledge that one may have about the origin of concept to
teach, about the kind of problem it aims to solve the problems that arose and how
they were overcome. The intentional pursuit of improvement and development
constitutes a form of education, for it is through the transformation of the old in that it
creates new knowledge and the culture process. And this knowledge, this culture is
passed down through the ages with successive transformations both in the historical,
social, political and scientific sense. The research is divided into two chapters: the
first will be presented with a short report on the history of literacy process in Brazil,
highlighting some concepts about the inclusion of literacy in schools seeking to
investigate the relationships that can distance the closer literacy literacy. The
theoretical foundation of this chapter is guided by authors like, Ferrero (1991, 1992,
2008), Freire (2002), PCN (1997), Soares (2009) Vygotsky (1984), among others.
The second chapter is directed at reading and writing, where it is analyzed how is the
learning of reading and writing, based on the ideas of authors such as: Cardoso
(1993), Freire (1993), Blacksmith (1997), among others.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................................... 10
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 33
REFERÊNCIAS...................................................................................................... 35
10 10
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
ABORDAGENS TEÓRICAS
[...] Quando uma criança escreve tal como acredita que poderia ou deveria
escrever certo conjunto de palavras, está nos oferecendo um valiosíssimo
documento que necessita ser interpretado para poder ser avaliado. Essas
escritas, infantis têm sido consideradas, displicentemente, como garatujas,
“puro jogo”, o resultado de fazer “como se” soubesse escrever. Aprender a
lê-las – isto é, interpretá-las – é um longo aprendizado que requer uma
atitude teórica definida. (p. 16 - 17).
Erros como esse são frequentes no Brasil, onde atualmente, nem todas
as mentes estão abertas para se entender que a verdadeira alfabetização se dá com
o letramento e vice-versa. É importante ter a visão de que a aprendizagem da língua
escrita no sentido da aquisição das normas, da aquisição das convenções do
sistema alfabético é tão fundamental quanto o desenvolvimento da percepção sobre
o uso e as práticas sociais da escrita. Ferreiro (1991, p.17).
Assim entendemos que a criança mesmo antes de possuir toda carga de
regras pode e deve ser alfabetizada-letrada, é apenas pensamos nas necessidades
e no contexto das crianças, procurando inseri-las em algo que é totalmente natural e
faz parte do nosso cotidiano. De acordo com a autora Rojo (2012), “a criança
mesmo não alfabetizada, já pode ser inserida em processos de letramento, pois ela
19
uso da escrita. O que no Brasil só veio mais tarde. Soares (2009) diz que o
letramento:
CAPÍTULO II
Isso nos remete a uma reflexão, surge então à preocupação quanto aos
usos sociais da escrita, aproximando assim alfabetização e letramento. E
continuando com as colocações de Soares (2009, p. 47): “[...] letramento é o estado
ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as
práticas sociais que usam a escrita.” Ela dá o exemplo de uma pessoa que pode ser
24
“analfabeta” e “letrada”, aquela que não sabe ler nem escrever, mas que usa a
escrita por meio de outra pessoa que escreve o que é ditado por ela, em uma carta.
Essa pessoa “não sabe escrever, mas conhece as funções da escrita, e usa-as
lançando mão de um instrumento, que é a pessoa alfabetizada” (SOARES, 2009, p.
47).
Também a mesma autora cita o exemplo de uma criança que ao folhear
um livro, ouvir histórias pelos adultos, essa criança “cultiva e exerce práticas de
leitura e de escrita” (SOARES, 2009, p. 47). Tanto esse adulto, quanto a essa
criança dão conhecimentos diferenciados dos níveis de letramento. Continua ainda
fazendo um paralelo entre alfabetização e letramento e em suas colocações, Soares
(2009) aponta que
Uma pessoa pode ser alfabetizada e não ser letrada: sabe ler e escrever,
mas não cultiva nem exerce práticas de leitura e de escrita, não lê livros,
jornais, revistas, ou não é capaz de interpretar um texto lido: tem
dificuldades para escrever uma carta, até um telegrama – é alfabetizada,
mas não é letrada. (p. 47)
mais tarde ser notado nas crianças, e futuramente nos adultos. E que esse
fenômeno está intrínseco nas palavras de Soares (2009):
A criança antes de entrar para a escola já faz uma leitura de algo que lhe
chama a atenção como: cores, movimentos, barulhos, gestos que são diferentes da
leitura sistematizadas ensinadas na escola e que às vezes pode ser um processo
mais demorado. “O processo da leitura e da escrita inicia na escola por serem um
ensino sistematizado, ou seja, aprende-se a ler lendo e a escrever escrevendo
graças à seqüência do método utilizado,” (FERRERO, 1999, p. 119).
A alfabetização faz parte da formação da personalidade da criança. Não
basta simplesmente que ela aprenda a ler e a escrever, é necessário que ela
encontre na leitura uma motivação permanente.
Na fase inicial dos estudos, é preciso ter muita compreensão e tolerância
com as crianças, o professor tem que conduzi-las a acostumar com as novas
adaptações, com a instituição, e assim elas vão se soltando por intermédio das
histórias infantis que contamos para eles, das brincadeiras e assim a fase de
inibição passa e a criança passa a dar início ao processo de aprendizagem, começa
fazer traços de união de pontinhos, cobrir letras e depois no processo mais
avançado já começa a escrever. Letras para elas são descobertas de palavras
novas, e à medida que surgem outras, as crianças ficam surpresas e alegres por
conseguirem ler e passam a adquirir confiança em sua capacidade e se sentem
30
importantes e realizadas por entender que estão construindo em seu mundo suas
primeiras experiências.
A aquisição da leitura e da escrita faz mais no contexto das crianças do
que das cartilhas, os textos das cartilhas às vezes são limitados. Entendemos que o
ato de aprender ler e escrever não acontece somente por intermédio de métodos
utilizados na escola, esse aprendizado também pode partir por parte dos pais que
por intermédio da motivação acabam contribuindo para uma boa aprendizagem.
A leitura nos permite usufruir a expressão de emoções e sentimentos,
colocando-nos em contato com as grandes idéias ou pensamentos em geral, a
leitura é o alicerce da aprendizagem escolar. No entender de Cardoso:
A criança tem que presenciar atos de leitura e de escrita, desde quando ela
nasce ela aprende a conversar, a entender, ela sempre está vendo em casa
e na rua, ler e escrever. A criança vê o pai e a mãe lendo e escrevendo,
32
então ela sabe que vai chegar certa idade que ela vai passar pelo mesmo
processo de ir para escola, de aprender. (FREIRE, 1993, p. 73)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
que esta pesquisa, após ser analisada poderá ser de grande valia para a prática
pedagógica uma vez que ela carrega em si uma bagagem possível de ser colocada
em prática. Esperamos que essa pesquisa sirva como uma ferramenta de reflexão
para uma quebra de paradigmas, para que o processo ensino-aprendizagem seja
um processo prazeroso e que possa contribuir para futuros estudos e abrir novos
horizontes para outras pesquisas.
35
35
REFERÊNCIAS
BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi; ROSA, Esther Calland de Sousa (orgs). Ler e
escrever na Educação Infantil. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010.
CARDOSO, Beatriz e EDNIR, Madza. Ler e escrever, muito prazer. São Paulo: Ática,
1993.
FERREIRO, Emília. Com todas as letras. Tradução: Maria Zilda da Cunha Lopes.
Retradução e Cotejo de textos: Sandra Trabucco Venezuela. 15 ed. São Paulo:
Cortez, 2008.
______. Reflexões sobre a alfabetização. Tradução: Horácio Gonzales (et ali) 19 ed.
São Paulo: Cortez: Autores Associados. 1991, 104 p.
______. Uma reflexão sobre a língua oral e a língua escrita. São Paulo: p. 8-11,
fev/abr 2004.
SCARPA, Regina. Alfabetizar na Educação Infanti. Pode. Revista nova Escola: Ed.
189. Fev. 2006. Disponível em: