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Avaliação da qualidade de vida em pacientes com osteoartrose por meio da

aplicação do SF-36

Carolina Vasconcellos Varalonga1, Maitê Caino da Rosa1, Marcela Helena Silva Calora1,
Mariângela Xavier de Lima1, Thaís Veríssimo Corrêa1, Cristina Endo2
1
Dicente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Barão de Mauá;
2
Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Barão de Mauá.

thaisv_correa@hotmail.com

1 INTRODUÇÃO

A osteoartrose é um processo degenerativo articular, com alteração da cartilagem


articular, que sofre deteriorização, chegando inclusive a desaparecer em fases avançadas. O
osso subcondral também sofre mudanças, que se traduzem em esclerose e na formação
ocasional de cistos ou partes ocas. Pode ser primária ou secundária, ocorrendo em diversas
articulações, tais como, joelhos, quadril, coluna vertebral, tornozelo e mãos. Pode causar
alterações como a limitação de movimento, dor, fraqueza muscular, instabilidade,
deformidades e edemaciamento articular (SERRA et al., 2001).
A Organização Mundial de Saúde estima que 10% da população mundial com idade
acima de 60 anos sofre de osteoartrose, sendo que 80% desta população têm restrição de
movimentos e 25% apresentam limitações funcionais para desempenho das atividades diárias.
Estas condições talvez possam influenciar a qualidade de vida dos pacientes, demonstrando
um maior peso das doenças crônico-degenerativas, dentre elas, as patologias articulares
(BRASIL, 2006).

2 OBJETIVO

Avaliar a qualidade de vida em indivíduos com osteoartrose por meio da aplicação do


questionário SF-36.

3 MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa descritiva, de análise quantitativa, realizada na Clínica de


Fisioterapia do Centro Universitário Barão de Mauá. A amostra foi constituída por 18
pacientes, de ambos os sexos, diagnosticados com osteoartrose, e que contemplaram os
critérios de inclusão previstos. A pesquisa foi realizada em uma única sessão, com a aplicação
do questionário Medical Outcomes Study 36 - Item Short - From Health Survey (SF-36)
(CICONELLI et al., 1999); preenchimento da ficha de avaliação de fisioterapia em
reumatologia da Clínica de Fisioterapia do Centro Universitário Barão de Mauá; aplicação da
escala visual analógica de dor (EVA); e execução de goniometria.

4 RESULTADOS

Foi observado, no processo de análise dos itens do SF-36, que os domínios que
tiveram pontuação diminuídas foram aqueles referentes à dor, capacidade funcional, limitação
por aspectos físicos, que são fatores importantes na vida do indivíduo que apresenta
osteoartrose (Tabela 1).

Tabela 1 - Domínios do SF-36.

Componentes Média Desvio-padrão


Capacidade funcional 44,7 26,9
Limitação por aspectos físicos 50 35,3
Dor 44,4 19,6
Estado geral de saúde 67,5 18,5
Vitalidade 56,7 20,2
Aspectos sociais 73,5 29,3
Limitação por aspectos emocionais 58,7 35,2
Saúde mental 65,6 18,8

Na função muscular de flexores e extensores de joelho, nos pacientes com gonartrose


(sete pacientes); e flexores e extensores de tronco, nos pacientes com espondiloartrose lombar
(nove pacientes), foi constatada função muscular grau 4. No único paciente com
espondiloartrose cervical foi observado grau 2 em todos os grupos musculares da região
cervical. Os resultados obtidos indicam uma redução da função muscular em todos os
pacientes.
Na goniometria, nos pacientes que apresentavam gonartrose, foi observado que cinco
deles tinham graus alterados no movimento de flexão do joelho. No teste de Schober, para
pacientes com espondiloartrose lombar, constatou-se que o movimento com maior limitação,
em todos os pacientes, foi o de extensão. No paciente com espondiloartrose cervical, foi
constatada alteração de todos os movimentos cervicais.

5 DISCUSSÃO

Diversos estudos mostram que pacientes com comprometimento musculoesquelético


têm uma qualidade de vida relacionada à saúde considerada baixa. Os piores índices de
qualidade de vida aparecem entre indivíduos portadores de doenças reumáticas, como a
osteoartrose, artrite reumatóide, osteoporose e fibromialgia. (ALONSO et al., 2004). Os
resultados obtidos no presente estudo após a aplicação do questionário SF-36 se mostraram
diminuídos nos seguintes domínios: dor (44,4), capacidade funcional (44,7) e limitação por
aspectos físicos (50). Comparado com o estudo de outros autores que também utilizaram o
SF-36 na avaliação da qualidade de vida, os resultados foram parecidos, a média da dor
apresentou-se com 38,8%, a capacidade funcional 43,2% e a limitação por aspectos físicos
38,2% (GENARO; NOGUEIRA; RODRIGUES, 2008). A pontuação diminuída nestes
aspectos aponta, predominantemente, para uma piora da qualidade de vida em relação às
condições físicas. A presença do quadro doloroso, a redução da amplitude de movimento e o
déficit de função muscular podem ter contribuído para os baixos escores destes itens.
Similarmente, Figueiredo Neto (2009), em sua dissertação de mestrado, aponta que a
avaliação genérica por meio da aplicação do SF-36 identificou a piora da qualidade de vida
principalmente nos aspectos físicos. Também relata que a dor, a rigidez e a função das
articulações comprometidas tiveram papel fundamental nesta alteração.
Da amostra de pacientes avaliados, nove apresentaram diagnóstico de espondiloartrose
lombar, sete de gonartrose e um de espondiloartrose cervical. A variedade de articulações
comprometidas pode ter alguma interferência na avaliação pelo SF-36 no presente estudo, já
que, embora o quadro clínico seja similar, a perda funcional e a intensidade dolorosa podem
ser diferentes em localizações diferentes. Outro fator limitante do estudo é o número de
indivíduos da amostra, que representam somente um pequeno contingente de pacientes.

6 CONCLUSÃO

Conclui-se que os indivíduos que participaram do estudo apresentaram interferência na


qualidade de vida, com a pontuação diminuída nos seguintes domínios: dor, capacidade
funcional e limitação por aspectos físicos. O SF-36 demonstrou ser um bom instrumento para
avaliar a qualidade de vida nesses indivíduos com osteoartrose.

Palavras-chave: qualidade de vida, osteoartrose, osteoartrite, SF-36.

REFERÊNCIAS

ALONSO, J. et al. Health-related quality of life associated with chronic conditions in eight
countries: results from the International Quality of Life Assessment (IQOLA) Project. Qual
Life Res, v. 13, p. 283-298, 2004.

BRASIL, Ministério da Saúde. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Cadernos de


Atenção Básica. Brasília: Secretaria de Atenção à Saúde, Ministério da Saúde, 2006.

CICONELLI, R. M. et al. Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário


genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol, São
Paulo, v. 3, p. 143-150, 1999.

FIGUEIREDO NETO, E. M. Perfil da atividade física e da qualidade de vida em


pacientes com osteoartrose. 2009. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Medicina de
Botucatu - Universidade Estadual Paulista, 2009.

GENARO, A. P. V.; NOGUEIRA, L.; RODRIGUES, A. R. S. Qualidade de vida, equilíbrio


e marcha em pacientes com gonartrose. Rio de Janeiro, p. 1-9, 2008.

SERRA, G. et al. Fisioterapia em traumatologia, ortopedia e reumatologia. Rio de


Janeiro: Revinter, 2001.

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