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SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DE NITERÓI

ADRIEL AMARAL MACEDO

HERMENÊUTICA II
UM ESTUDO SOBRE FILIPENSES

Niterói
2019
Adriel Amaral Macedo

HERMENÊUTICA
UM ESTUDO SOBRE FILIPENSES

Trabalho apresentado em cumprimento parcial


às exigências do Seminário Teológico Batista
de Niterói para obtenção do Diploma do Curso
Ministério Pastoral, sob a orientação do
Professor Cléverson Pereira na disciplina
Hermenêutica II.

Niterói
2019

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LISTA DE ABREVIATURAS

ARA Tradução Almeira Revista e Atualizada


ARC Tradução Almeida Corrigida e Fiel
BJ Tradução Bíblia de Jerusalém
BKJ Tradução Bíbia King James
BKJ PtBr Tradução Biblia King James em Português
NTLH Tradução Nova Tradução na Linguagem de Hoje
NVI Tradução Nova Versão Internaciona

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Sumário
LISTA DE ABREVIATURAS..............................................................................................................2
INTRODUÇÃO....................................................................................................................................4
CONTEXTO HISTÓRICO.................................................................................................................. 5
CONTEXTO LITERÁRIO...................................................................................................................6
ESTUDO DO TEXTO..........................................................................................................................9
CONTEXTUALIZANDO............................................................................................................... 9
ANÁLISE DA PERÍCOPE............................................................................................................12
ANÁLISE TEXTUAL............................................................................................................. 12
ANÁLISE EXEGÉTICA......................................................................................................... 13
APLICAÇÃO..................................................................................................................................... 17
CONCLUSÃO....................................................................................................................................20
BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................21

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INTRODUÇÃO

As cartas de Paulo são, sem dúvida alguma, uma das partes mais importantes
da Bíblia para a teologia atual; A carta de Filipenses, embora pequena é rica em lições
para vida. É provável que muitos já tenham lido esse trecho paulino e na correria do dia a
dia nunca tenham se debruçado sobre ele a fim de perceber o que de fato este nos diz.
Ao longo das próximas páginas, será apresentado um rápido panorama
histórico e literário dessa carta, isso possibilitará ao leitor compreender a seção de
“Estudo do texto”, onde será comentado de maneira mais pormenorizada uma perícope
em especial, a saber, o texto de Filipenses 1.27-30.
Eventualmente se fará necessária a observação do original grego a fim de
dirimir dúvidas que surgem com a observação de suas versões em português. Os
significados aqui atribuídos foram coletados de uma versão online da Strong's
Concordance, o link para acesso pode ser encontrado na seção de Bibliografia. Ainda,
sempre que possível, será apresentada uma adaptação fonética das palavras do idioma
original; não entenda o leitor essa adaptação como uma transliteração, antes é um
esforço para trazer a sonoridade das palavras gregas aos ouvidos brasileiros.

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CONTEXTO HISTÓRICO

A carta de Paulo aos filipenses é mais um de seus escritos confeccionados em


seu tempo de prisioneiro; mais precisamente em seu primeiro momento na prisão
(YOUNGBLOOD, 2004), entretanto, há quem credite o local originário da carta a estadas
paulinas em Cesareia ou Éfeso (BOOR, 2006), mas, a maioria dos escritores concordam
com Roma como local de sua autoria, dessa forma, a epístola pode ser “datada em cerca
de 60 d.C” ( YOUNGBLOOD: 2004, p.576 )

O tema principal da carta aos filipenses é a alegria (BOOR, 2006), mas não
uma alegria humana, como a que Paulo poderia experimentar pelas ofertas recebidas, ou
pelos seus companheiros Timóteo e Epafrodito ( YOUNGBLOOD: 2004, p.577) mas sim a
Alegria no Senhor, Boor, em seu discurso sobre Filipenses, ao observar a alegria como
tema principal da carta nos afirma que:

Essa impressão é correta, e quando a averiguamos, buscando esse tom na carta


toda, notamos que não se trata apenas de uma tônica, mas de um pensamento
fundamental que se estende por toda a carta. (BOOR:2006, p. 10)

Pode-se argumentar que o que motivou que levou Paulo à escrita da carta fora
uma “oferta de amor relativamente generosa enviada pelos filipenses ao apóstolo na
cadeia por meio de Epafrodito” (BOOR: 2006, p.6), mas nem só de alegria a carta é
construída, havia sim outras questões por detrás das motivações Paulinas; Martin nos
afirma que “havia diversas influências sendo exercidas contra a congregação filipense, a
qual […] estava cercada por falsos ensinos” (1989, p. 46), a compreensão dessas
ameaças é fundamental para o correto entendimento da mensagem paulina; como se
verá a seguir.

Das falsas doutrinas que permeavam aquela cidade, à luz da perícope


estudada a seguir, vale ressaltar que “os intrusos filipenses negavam a compreensão da
chamada cristã como sendo aceitação da humildade e do sofrimento” (MARTIN: 1989,
p.47), dessa forma entendiam que a vida cristã não precisava de sofrimento.

Quanto a veracidade da carta, não há necessidade de alongar-se em


discussões, é de “consenso geral” a sua autoria Paulina e sua integridade como obra
completa. No entanto, nem sempre foi assim, muitos há que já tenham tentado atribuir a
outros a autoria de Filipenses, bem como localizar em seus trechos fragmentos

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pertencentes a outros escritos. Boor, em seu comentário à carta de Filipenses, nos
tranquiliza ao explanar sobre a história dos principais adversores a carta, em sua obra
podemos ler que:

Esse foi o caso sobretudo da chamada escola de Tübingen, conhecida por seu
radicalismo histórico-crítico, que também nesse caso escolheu a via negativa.
Contudo, depois do falecimento de seu último expoente, Carl Holsten (em 1897),
ninguém que mereça ser levado a sério questiona a autenticidade da carta.
( BOOR:2006, p. 6)

Dessa forma, pode-se afirmar confiantemente que o que temos em mãos é,


Mutatis mutandis, de fato uma tradução dos escritos Paulinos aos filipenses.

CONTEXTO LITERÁRIO

As cartas paulinas muitas vezes são divididas em 4 categorias, a saber, as


escatológicas, soteriológicas, pastorais e de prisão; a carta de Filipenses se enquadra
nessa última categoria (CONEGERO, 2019), no entanto, o fato de Paulo encontrar-se em
situação carcerária, não se tornou em impeditivo para o desenvolvimento de uma carta
coesa e profunda, conforme veremos a seguir.
Ao longo do tempo, muitos autores têm propostos esquemas de esboços para
Filipenses. Enquanto Calvin nos apresenta uma divisão em 4 partes, sendo elas “Alegria
no sofrimento (1.1-30), Alegria no servir (2.1-30), Alegria em crer (3.1-4.1), Alegria em
dar (4.2-23)” (2003, p.1659), Youngblood, em sua obra, nos apresenta um esboço didático
muito mais completo e intuitivo, ele divide a carta aos filipenses ainda em 4 partes, mas
nos trás subdivisões de cada uma delas, suas divisões são: “O relato de Paulo acerca da
sua situação (1.1-30), Exortação ao amor fraternal (2.1-30), Exortação à maturidade cristã
(3.1-31), Exortação à Paz de Cristo (4.1-23)” ( YOUNGBLOOD: 2004, p.577).
Se nos atentarmos às divisões, veremos que elas guardam certas
semelhanças; enquanto todas as divisões de Calvin giram em torno da palavra “Alegria”,
Youngblood trabalha de um modo mais específico, de certo a compreensão da enfase da
carta, pode alterar nosso modo de dividi-la.
Isso fica claro em especial na terceira parte, o que Calvin chama de “Alegria
em Crer”, Youngblood chama de “Exortação à maturidade Cristã”; ambos delimitam essa
terceira parte como a totalidade do capítulo 3. Escusado nos é dizer que, embora os

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títulos escolhidos sejam “teologicamente próximos”, em sua essência guardam grandes
diferenças. Abaixo oferecemos um quadro comprativo dos dois esboços.

QUADO COMPARATIVO DE ESBOÇOS


CALVIN Youngblood
TEMA REFERÊNCIA TEMA REFERÊNCIA
Alegria no sofrimento 1.1 a 1.30 O relato de Paulo acerca da sua situação 1.1 a 1.30
Alegria no servir 2.1 a 2.30 Exortação ao amor fraternal 2.1 a 2.30
Alegria em crer 3.1 a 4.1 Exortação à maturidade cristã 3.1 a 3.31
Alegria em dar 4.2 a 4.23 Exortação à Paz de Cristo 4.2 a 4.23
Quadro 1 – Comparação de esboços.
Fonte: do Autor

É de se convir que ambos esboços guardam muitas similaridades, não se pode


negar que, ao fazer o relato a cerca da sua situação, Paulo nos fala sobre a alegria no
sofrimento; quando nos escreve sobre o amor fraternal, coloca-se em pauta a alegria no
servir.
No entanto, a partir da terceira divisão começamos a notar pequenas
divergências, a começar por Calvin que insere o primeiro verso do capítulo 4º nessa
divisão enquanto Youngblood o deixa de fora. Somos da opinião que Calvim fora mais
feliz em sua decisão; ao observarmos o início desse verso, percebemos que ele principia
com a palavra grega Ὥστε – Húste, στε – Húste, uma conjunção conclusiva em muitas Bíblias
traduzidas como “Portanto” ou ainda “Agora”. Conclusões fecham o raciocínio criado, e
embora Youngblood tenha seguido a divisão de capítulos, o verso em questão faz parte
da perícope anterior, pois conclui o pensamento iniciado, da mesma forma que, ao menos
a primeira parte do versículo 1º do capítulo 3, deveria figurar como o 31º verso do capítulo
2.
Vale sembre lembrar que a divisão de capítulos e versículos não é inspirada e
em muitos casos falha; antes é um esforço humano a fim de facilitar a localização de
passagens dentro das Escrituras. Essas divisões se iniciaram no século XIII com os
esforços de Stephen Langton, clérigo inglês, que dividiu as escrituras em capítulos e
Pagnino de Luca, tradutor italiano que, no século XVI, dividiu a Bíblia em versículos. Mas,
foi apenas em 1553, Século XVI, que a divisão que temos hoje nasceu; ela é oriunda dos
esforços de Robert Stephanus que estudou os trabalhos anteriores e publicou uma versão
francesa do Texto Sagrado, tal qual temos hoje (NORONHA, 2016).

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Ainda em suas divisões, na terceira parte, o título proposto por Youngblood é
mais condizente com o texto, pois Paulo, ali exorta seus leitores sobre os perigos da
justiça própria, dos inimigos de Cristo e os convida a um conhecimento maior sobre Jesus
(2004, p.577) e embora tudo isso traga ao fiel uma “Alegria em Crer”, pensamos que
resumir todo o ensino ali contido com essa expressão seria de um agir minimalista.
Por fim, somos da opinião que a quarta divisão proposta por Calvin, isto é,
“Alegria em dar”, não condiz com a parte final da carta aos filipenses, tendo mais uma vez
Youngblood sido mais feliz ao intitular essa divisão como “Exortação à Paz de Cristo”.
No geral, embora Calvin tenha sido feliz em suas duas primeiras divisões e na
localização mais precisa do final de terceira (e inicio da quarta) divisão, Youngblood nos
apresenta um trabalho mais conciso e mais detalhado, de forma que adoaremos suas
sugestões, como podemos ver na imagem abaixo, como melhor esboço didático sobre
Filipenses.

Figura 1 – Esboço Didático de Filipenses.


Fonte: Youngblood p. 577

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ESTUDO DO TEXTO

A carta de Paulo aos filipenses é sem dúvida uma pérola das escrituras, em
cada perícope encontramos valiosas lições e cada versículo possui em si uma série de
aplicações; não poderia ser diferente a palavra de Deus. No entanto, para fins práticos,
nos deteremos em uma perícope singular dessa carta. Considerando a divisão de
versículos habitual, nosso estudo se concentrará no texto do 1º capítulo de Filipenses, do
verso 27 ao 30, o qual reproduzimos abaixo, segundo a tradução da Bíblia Almeida
Corrigida e Fiel.

Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, para que, quer
vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito,
combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho.
E em nada vos espanteis dos que resistem, o que para eles, na verdade, é indício de
perdição, mas para vós de salvação, e isto de Deus. Porque a vós vos foi concedido, em
relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele,Tendo o mesmo
combate que já em mim tendes visto e agora ouvis estar em mim.
(Filipenses 1.27-30 ACF)

A fim de podermos estudar melhor essa perícope, cabe-nos uma recapitulação


das palavras anteriores do apóstolo Paulo, para tanto, utilizaremos uma outra tradução,
conhecida como “O livro”

CONTEXTUALIZANDO

Paulo e Timóteo, ao serviço de Jesus Cristo, saúdam todos os santos, cujas vidas estão
unidas a Cristo Jesus, na cidade de Filipos. Saúdam também os pastores na igreja e os
diáconos. Que Deus nosso Pai e o Senhor Jesus Cristo vos dê graça e paz.
Sempre que penso em vocês, louvo e expresso a Deus o meu reconhecimento pelas
boas recordações que vocês me deixaram. E quando faço oração, é com alegria que
sempre vos menciono, por causa da vossa participação ativa na difusão do evangelho,
desde o primeiro dia até agora. E tenho a certeza de que Deus, que começou essa boa
obra na vossa vida, vai completá-la até ao momento em que Jesus Cristo voltar.

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• Esse é o início de sua carta, Paulo aqui se apresenta de forma cordial e
elogia os filipenses por sua ação na evangelização

E é justo que sinta isto a vosso respeito, porque vocês têm um lugar muito especial em
meu coração; participamos juntos das bênçãos de Deus, tanto quando estava na prisão
como em liberdade, defendendo a verdade e proclamando o evangelho.
Deus sabe como sinto saudades de vocês todos, no verdadeiro amor de Cristo Jesus.
E peço a Deus que o vosso amor cristão aumente mais e mais e que, ao mesmo tempo,
se enriqueça de conhecimento e de compreensão. Pois que assim saberão dar o
verdadeiro valor às coisas essenciais e a vossa conduta será marcada pela sinceridade,
de forma a que nunca haja nenhuma razão de censura, até ao dia em que Jesus há de
voltar.

• Aqui, o apóstolo afirma que o povo de Filipos sempre foi seu parceiro
nas obras do evangelho, tanto no momento de liberdade de Paulo, como
nos momentos de prisão; Paulo ainda reitera as saudades que sente
deles, e declara que pede a Deus que os filipenses sempre cresçam em
amor e conhecimento

E a vossa atividade dará frutos de justiça, os quais são produzidos por Jesus Cristo, do
que resultará honra e louvores a Deus. Gostava que ficassem a saber bem, meus irmãos,
que tudo o que me tem acontecido serviu para uma maior divulgação do evangelho,
de tal maneira que todos os guardas da prisão, e muitos outros mais, sabem a razão
verdadeira por que estou preso E até muitos cristãos, por causa disso, têm sido
encorajados no seu testemunho, e falam com mais ousadia aos outros sobre a palavra de
Deus.

• Paulo consola seus amigos destinatários, informando a eles que a sua


prisão, embora ruim, trouxe méritos para o evangelho, pois encorajou a
muitos a pregarem de forma mais ousada.

É verdade que alguns pregam Cristo só para se porem em pé de igualdade comigo.


Contudo muitos outros fazem-no com boas intenções. Estes fazem-no por amor, sabendo

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que fui posto aqui para defender o evangelho. Os outros, contudo, falam de Cristo mas
num espírito de disputa e sem sinceridade, pensando até com isso aumentar as aflições
no meu cárcere. Mas isso que importa? Desde que Cristo se torne conhecido, seja de que
maneira for, com segundos intentos ou com honestidade, fico e sempre hei de ficar
satisfeito. Porque sei que disto virá a resultar na minha libertação, com a ajuda das
vossas orações e com o socorro do Espírito de Jesus Cristo.

• Paulo reconhece que no meio dos pregadores, nem todos têm boas
intenções, alguns pregam apenas para aparecer, outros para competir,
ou até para prejudicar mais ainda a Paulo, no entanto, o importante é
que o evangelho tem sido espalhado; e o espalhar das mensagens,
junto com as orações dos filipenses, resultaria, cedo ou tarde na
liberdade de Paulo.

É que eu vivo numa intensa expectativa e esperança; e sei que em nada ficarei
decepcionado, antes pelo contrário, de acordo com a confiança que sinto, Cristo será
honrado pela minha pessoa, agora como sempre, seja que eu continue em vida, ou que
venha a ser executado. Porque Cristo é a única razão da minha existência, e a morte
representa para mim um ganho!

• Paulo então explica que, ganhando a liberdade ou sendo executado ele


está feliz, porque sabe que a morte é na verdade uma benção, e que
vivendo ou morrendo, o nome de Jesus Cristo será exaltado.

E se o viver me der oportunidades de obter frutos do meu trabalho, então nem sei o que é
melhor. As duas coisas me atraem: por um lado desejo partir e estar com Cristo, isto
ainda seria o melhor mas, por outro, é mais necessário que eu fique, para poder ajudar-
vos. E é isso que me leva a pensar que não morrerei já; que ainda viverei aqui na terra
algum tempo mais para vos ajudar a crescer espiritualmente e a experimentar a alegria
da vossa fé,e e para que quando eu puder ir visitar-vos, a vossa alegria em Jesus Cristo
abunde por aquilo que ele fez por mim.

• Paulo confessa se sentir em dúvida, por um lado a morte lhe chama


atenção, mas a vida lhe trás a oportunidade de pregar a palavra, em

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especial a oportunidade de edificar a igreja em Filipos e lhes trazer
alegria com a sua presença.

ANÁLISE DA PERÍCOPE

ANÁLISE TEXTUAL

Chegamos enfim a Perícope desejada, prossigamos então com nossa análise.

Mas devem conduzir-se sempre conforme o evangelho de Cristo; e quer eu possa ir ver-
vos, quer não, que aquilo que se diz a vosso respeito seja que vocês continuam unidos
espiritualmente, combatendo juntos, num mesmo propósito de espalhar a fé que nos vem
pelo evangelho de Cristo.

• Paulo afirma que os filipenses devem seguir sempre o evangelho, eles


precisam permanecer unidos no propósito de espalharem a fé de Cristo,
independente do que aconteça com o Apóstolo

Não tenham receio dos que resistem: isso mesmo é o sinal de que caminham para a
perdição. Mas para vocês é a indicação de que da parte de Deus vos é concedida a vida
eterna.

• Eles não devem temer os adversários, pois as adversidades indicam que


o povo de Filipos está seguindo o caminho certo para a vida eterna.

Porque a vocês vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como
também padecer por ele! Estamos, vocês e eu, empenhados no mesmo combate,
combate esse que vocês me viram sustentar no passado, e que, como sabem, continuo a
travar.

• Paulo encerra essa primeira parte afirmando que tanto filipenses, como
ele, estão na mesma situação; A todos cabe não só viver por Cristo, mas
também sofrer por ele.

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ANÁLISE EXEGÉTICA

Em muitos trechos bíblicos, o texto no idioma original nos permite a localização


de algumas informações que as traduções em muitos casos obliteram; nãos seria
diferente aqui; vejamos alguns pontos interessantes nessa perícope, e como sua
compreensão pode nos ajudar a extrair valiosas lições do escritos paulinos.

Logo no primeiro verso, nos deparamos com a expressão grega Μόνον ἀξίωςξίως
το ε αγγελίου το Χριστο πολιτεύεσθε – Mónon aksíos tu euanguelíu tu Cristu
politéueste; A primeira palavra, Μόνον – Mónon é um advérbio, e pode ser traduzido
como “apenas” ou “somente” ou ainda “mas”, entretanto, ao observarmos o contexto,
entendemos que “mas” não é uma tradução que se encaixe bem; Paulo afirma que quer
viver para edificar aos filipenses, mas não sabe se de fato o fará, ele então dá um
conselho, um único conselho aos seus amigos; Apenas façam isso e tudo dará certo.

A expressão que se segue, é sem dúvida o núcleo do sentido dessa oração, a


palavra ἀξίωςξίως – aksíos; seu significado nos trás a ideia de “dignidade”, “merecimento”;
algumas tradução trazem essa palavra como “conforme”, ao observarmos o complemento
seguinte το ε αγγελίου το Χριστο - tu euanguelíu tu Cristu, (do evangelho de Cristo),
percebemos como a correta tradução de ἀξίωςξίως – aksíos nos trás um sentido mais
profundo do texto aqui escrito.

Paulo afirma que os filipenses devem viver como se fossem dignos do


evangelho; a sua vida deve ser como a de alguém que merece o evangelho, como
alguém pelo qual valia a pena Cristo morrer. A grande questão é, somos dignos do
sacrifício de Cristo?

O texto se completa ao percebermos que πολιτεύεσθε - politéueste, um verbo


no imperativo passivo, carrega em seu significado a ideia de uma vida civil, uma vida
cotidiana, a vida de um cidadão. O conselho de Paulo aqui não se restringe a vida
eclesiástica, os filipenses devem viver em sociedade como pessoas merecedoras da
graça divina. Precisavam fazer “valer a pena” o sacrifício de Cristo.

Mais a frente, destacamos a expressão ἐν ἑνὶ πνεύματιν ἑνὶ πνεύματινιU πνεύματι – en hení pnéumati, a
preposição ἐν ἑνὶ πνεύματιν – en merece uma atenção especial, pois trás em si uma ideia de algo
contido, de algo “dentro de algum lugar”; o grego possui outras maneiras pelas quais a
mesma frase poderia ser escrita; a própria preposição é aqui dispensável, uma vez que a

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palavra πνεύματι – pnéumati está no caso Locativo, dessa forma, mesmo sem a
preposição, ter-se-ia o mesmo significado, no entanto, as preposições no grego Koine nos
servem para “reforçar a ideia do caso” (TAYLOR: 1990, p.30), e por isso merecem
especial atenção;

Paulo aqui enfatiza que os filipenses devem estar em “um só espírito”, a


preposição ἐν ἑνὶ πνεύματιν – en reforça a ideia de união dentro desse espírito, os filipenses precisam
estar imersos em um mesmo modo de pensar; não basta apenas haver concordância,
como um time que perde um jogo e concorda que o vencedor merece o troféu; deve haver
uma união maior; precisam estar intrinsecamente unidos; Não é a toa que essa mesma
preposição é usada por Jesus quando afirma que “ ἐν ἑνὶ πνεύματιγωU καιU ὁ Πατὴρ ἕν ἐσμεν ΠατὴUρ ἕν ἐσμενν ἐν ἑνὶ πνεύματισμεν” - egó kai ho
patér en esmen, “Eu e o pai somos um” (João 10.30 & João 17.21 ACF)

A mesma preposição aparece no verso seguinte, quando Paulo os aconselha a


não se escandalizarem “em nada”; a ideia de imersão continua; nesse caso como um
amplificador do conceito de “nada”, é como se em hipótese alguma devessem se
escandalizar com os ἀξίωςντικειμένων – antikeiménon, ou seja, os que se colocam contra a
posição cristã deles na sociedade.

A posição dessas pessoas é a ἔνδειξις – éndeiksisνδειξις – éndeiksis de sua destruição; a palavra


em questão é muitas vezes traduzida como “indício”, mas seu significado é de algo mais
claro como “prova” ou “demonstração”; de fato, se colocar contra a vida cristã é uma
prova irrefutável que aquela pessoa está perdida (Mc 7.18), ou seja, caminha para a
ἀξίωςπωλείας – apoléias; o termo aqui muitas vezes traduzido como “perdição” significa
destruição, mas não no sentido de aniquilação, e sim no de “ser cortado fora” (Mc 7.19).
Aqueles que se colocarem contra o viver cristão estão dando a prova que serão cortados
fora, como uma árvore que não dá bons frutos.

Chegamos agora ao ponto em que acreditamos ser o auge de nosso estudo;


em muitas traduções, o verso a seguir sofre um corte, uma omissão. Não se pode creditar
isso a variantes textuais, pois, até onde se sabe, a expressão aqui oculta é presente tanto
nas edições do Texto Crítico, quanto na do Texto Receptus; de fato, a própria Bíblia King
James (por exemplo), compilada em 1611, e baseada no Texto Receptus, ignora essa
palavra, como muitas outras traduções, mesmo presente no “original” grego, conforme
vemos a seguir:

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For unto you it is given in the behalf of christi, not only to belive on him but, also to suffer
for his sake – (BKJ 1611)

Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, mas também
sofrer por ele. – (BKJ 1611 PtBr)

Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como
também padecer por ele, – (ARC)

Pois a vocês foi dado o privilégio de, não apenas crer em Cristo, mas também de sofrer
por ele, – (NVI)

Pois ele tem dado a vocês o privilégio de servir a Cristo, não somente crendo nele, mas
também sofrendo por ele.– (NTLH)

Porque a vocês vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como
também padecer por ele! – (O Livro)
Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes
nele, – (ARA)

Pois vos foi concedida, em relação a Cristo, a graça não só de crerdes nele, mas também
de por ele sofrerdes – (BJ)

A diferença é sutil, e pode enganar até o observador mais atento, as duas


últimas traduções apresentadas (ARA e BJ) trazem a expressão graça, fato que a maioria
das traduções omite; entretanto, ao observarmos o texto grego podemos facilmente
encontrar a expressão correspondente:

τι μ ν ἐν ἑνὶ πνεύματιχαρίσθὴ τοU πεUρ Χριστο , ο μόνον τοU εἰς αὐτὸν πιστεύειν, ἀλλὰ καὶ τὸ ὑπὲρς α τοUν πιστεύειν, ἀξίωςλλαU καιU τοU πεUρ
α το πάσχειν – Hoti humin ecaríste to hupér Cristu ú mónon to eis auton pstéuein allá kai
to huper autú páskein

A palavra em questão é ἐν ἑνὶ πνεύματιχαρίσθὴ - ekaríste, um verbo que se encontra no


Aoristo passivo da terceira pessoa do singular, essa palavra é oriunda do substantivo
χάρις – Cáris, que traduzimos como “graça”; o verbo em questão é a ação de conceder
essa graça, de agir de forma graciosa; seu emprego na voz passiva nos remete à ideia de
que alguém nos deu essa graça, alguém agiu de forma graciosa para conosco quando
nos permitiu não só crer, mas sofrer por Cristo.

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O texto original trás primeiro o crer (πιστεύειν - pistéuein) e por último o sofrer
(πάσχειν – páskein), essa ordem é importante, porque devemos notar também o uso da
conjunção ἀξίωςλλαU – allá, esta é a conjunção adversativa mais forte, muito mais forte que δεU
- de, outra conjunção também adversativa (TAYLOR: 1990 p.47); dessa forma, Paulo ao
empregá-la quer marcar de forma vívida o contraste; recebemos a graça não só de crer
em Cisto, mas (entre aqui o contraste) de sofrer por ele.

O sofrimento aqui não deve ser entendido como algo físico, uma vez que
πάσχειν – páskein “refere-se a qualquer parte de nós que sente forte emoção, paixão ou
sofrimento - especialmente ‘ a capacidade de sentir o sofrimento’” (STRONG: 1987 n.p),
no entanto, o próprio contexto paulino não nos dá ideia de que o Apóstolo tentasse excluir
os sofrimentos físicos, antes leva o seu foco a toda a carga emocional, o que contrasta
claramente com o tema central da carta, a Alegria.

Paulo não se escusa desse sofrimento, vemos isso claramente no final de


nossa perícope. Primeiro precisamos compreender a palavra ἀξίωςγῶνα – agona; να – agona; esse
vocábulo significa uma “competição”, “luta”, um “conflito”, é a raiz de palavras em
português como “agonia”; aliado a isso, Paulo usa a expressão εἴδετε ἐν ἐμοὶδετε ἐν ἑνὶ πνεύματιν ἐν ἑνὶ πνεύματιμοιU – eidete en
emói, que traduzimos como “vocês veem em mim”.

Mais uma vez encontramos a preposição ἐν ἑνὶ πνεύματιν – en, Paulo aqui afirma que os
filipenses sabiam da luta que ele passava; não se refere aqui apenas as prisões, mas
também a uma luta interna (Rm 7.14-15); recordemos novamente que tal preposição nos
remete a ideia de “interior”, e seguindo o contexto do significado de πάσχειν – páskein
(sofrimento emocional), é de nossa opinião que a ideia da luta interior de Paulo nesse
texto é plausível.

A vida cristã, quando vivida na íntegra nos trás lutas; o apóstolo Paulo confirma
aos seu irmãos de Filipos que ele próprio possui conflitos externos e internos; lutas
incessantes; e se os filipenses se mantivessem unidos em espírito e se portando como
dignos de Cristo, inevitavelmente teriam que passar por esses conflitos.

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APLICAÇÃO

Paulo sem dúvida foi um homem que viveu muito próximo a Cristo, mas como
homem ele tinha suas limitações, o apóstolo não sabia se sairia vivo de sua prisão, não
sabia se poderia tornar a ver seus amigos e irmãos em Filipos; será que haveriam outras
chances de edificá-los, haveria a possibilidade de escrever uma segunda carta? Nada nos
indica que o apóstolo sabia sobre o seu futuro, então ao escrever aos filipenses, mesmo
cheio de amor e alegria, Paulo os aconselha com os melhores conselhos que poderia dar,
porque talvez fossem os seus últimos.
O apóstolo resume todos os conselhos que podeira dar logo no início da carta;
“apenas se comportem como merecedores do evangelho”; como pessoas que são dignas
do sacrifício de Jesus. É sabido por nós que o sacrifício de Jesus é impagável, muitos se
lembram do salmo que afirma “Que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me
tem feito?” (Sl 116.12 ACF); como podemos nos tornar merecedores de tamanha graça?
Aquele que é o alfa e o ômega, o princípio e o fim; não ha nada que possamos
fazer para sermos dignos de recebermos o evangelho, no entanto esse é o conselho de
Paulo; valorizar o sacrifício de Jesus; se esforçar para fazer valer a pena toda a dor e todo
o sangue derramado por Ele.
Essa é uma meta inatingível, nunca se poderá pagar o sacrifício de Cristo, mas
a vida do cristão consiste em buscá-la no dia a dia , cada novo dia precisa ser um negue-
se a si mesmo, nosso viver diário precisa refletir a vida de Cristo, sempre em busca de
nos tornamos “dignos”. Precisamos compreender que “ ele morreu por todos para que
aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles
morreu e ressuscitou.” (II Co 5.15 ACF)
Essa dedicação em vivermos de forma piedosa em todas as instâncias, sempre
na busca da perfeição espiritual se reflete claramente em nosso relacionamento
interpessoal; como servos de Deus precisamos viver em uma união íntima e profunda
com os nossos irmãos; não basta apenas tolerarmos nossos conservos, precisamos ter a
mesma mente.
Jesus em sua oração disse “ E não rogo somente por estes, mas também por
aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó
Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia

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que tu me enviaste” (João 17.20-21 ACF); a nossa união como irmãos em Cristo precisa ser
algo muito profundo, da mesma forma que Jesus é um com o pai, precisamos ser um. Mais
uma vez nos deparamos com uma situação impossível, como poderíamos ter tamanha
comunhão? Novamente a caminhada torna-se mais importante do que a meta; nossa vida
deve ser um esforço diário em direção a essa perfeição de comunhão.
Muitas coisas deixam de acontecer em nossas igrejas hoje em dia, pela nossa
falta de união; brigas, desavenças e “panelinhas” são atitudes que enfraquecem o nosso
vínculo; ao agirmos assim deixamos de nos assemelhemos com Cristo e nos tornamos
indignos e inaptos para espalhar a semente do evangelho aos outros.
Cabe a cada um de nós esse esforço pela perfeição; entretanto, não é raro de
ouvirmos queixas e reclamações por termos uma vida piedosa, se o nosso viver refletir a
Cristo, aqueles que estão em trevas terão apenas duas opções, virem para a luz ou não; o
contraste da luz com as trevas é tamanho que muitos, ao se sentirem incomodados,
acabam se colocando contra o viver cristão, não devemos temer a eles e nem nos
espantar com tais atitudes.
Estamos no mundo, embora não sejamos dele, por isso não podemos nos
assustar quando vemos pessoas se levantarem contra o viver cristão; infelizmente até
dentro das igrejas é possível encontrar pessoas que militam contra uma vida de santidade.
Essas pessoas não nos devem espantar, ela não estão ligadas em Cristo e com o seu agir
testificam isso, elas marcham a passos largos para o dia da colheita, momento em que
serão cortadas, como a árvore que não dão bons frutos.
Frutifiquemos pois e brilhemos a luz de Cristo com mais intensidade, a fim de
que esses que andam perdidos em trevas possam acertar o caminho; é certo que isso
pode nos trazer provações e dores, mas isso é um presente que Deus nos dá; servir a
Cristo é um privilegio, é uma graça concedida por ele, sofrer por Cristo também.
Vivemos em um tempo que o evangelho “se tornou” uma fonte de bençãos e
felicidades; Cristo morreu na cruz para nos dar um carro novo. Mas a verdade é que o
genuíno evangelho é outro, a graça de Deus é algo maravilhoso em nossas vidas;
paradoxalmente, paulo nos diz que sofrer por Cristo é uma graça divina; de fato somos a
imagem e semelhança de Deus, e se quisermos seguir a Cristo, precisamos imitá-lo em
seus passos, não só em suas virtudes, mas em seus sofrimentos.
Quando as horas negras chegarem em nossas vidas, quando as tristezas dessa
lida sobre nós se abaterem, precisamos olhar para os céus e compreender que o sofrer é
um privilégio; se sofremos com ele, também com ele reinaremos (2Tm 2.12) 1.

1 Conquanto as traduções variem entre “sofrer”, “perseverar” e “padecer” para o texto de 2ª Tm 2.12; em
grego lemos πομένομεν – hupoménomen, que significa permanecer sob uma forte carga de forma
persistente. Sabendo que não há uma tradução perfeita para a palavra, ou seja, que exprima todo o seu
significado original, entendemos que o verso encaixa-se bem na aplicação proposta, sobretudo ao
estudarmos o contexto em que está inserido.

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A vida não é fácil, e o padrão de Jesus é altíssimo; mas sabemos que cada
lágrima aqui derramada, cada esforço nosso em direção a uma santidade perfeita não
passará em branco (Mt 5.4); não podemos pagar pelo que Cristo fez por nós, mas
podemos ofertar a ele um coração puro, ou ao menos, empregar todos os nosso esforços
nessa direção.

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CONCLUSÃO

A alegria é de fato o tema central da carta de Filipenses, no entanto, muitas e


muitas lições se escondem por detrás de cada um dos versículos; o servo de Deus deve
ter em mente, que a sua alegria em Deus é indiferente as situações; nossa busca pela
santidade e por agradar a Deus devem ser sempre uma meta de vida e nosso alvo
primordial.
Dores e tristezas podem nos seguir, lutas internas externas podem aparecer a
todos os instantes, mas não podemos esquecer que em Cristo somos mais que
vencedores; problemas podem nos cercar, inimigos podem se levantar, podemos ter fome
ou frio, fartura ou escassez mas sabemos que, como Paulo, podemos dizer “Posso todas
as coisas naquele que me fortalece” .

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BIBLIOGRAFIA

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Evangélica Esperança, 2ª ed. 1997

CALVIN, C James, Esboços e harmonia. In: BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo


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em: https://estiloadoracao.com/cartas-de-paulo/. Acesso em: 31 de outubro de 3019.

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