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16/03/2020 Permitir que nosso espírito controle nosso corpo

Permitir que nosso espírito controle nosso


corpo
Presidente M. Russell Ballard
Presidente em exercício do Quórum dos Doze Apóstolos

Uma das coisas mais importantes que podemos aprender nesta vida é como dar
ênfase à nossa natureza espiritual e como controlar nossos desejos malignos.

Queridos irmãos e irmãs, com a aproximação da conferência geral em outubro do


ano passado, preparei meu discurso com o propósito de destacar o centésimo
aniversário da visão do mundo espiritual que foi dada ao presidente Joseph F.
Smith em 3 de outubro de 1918.

Poucos dias após ter enviado meu discurso para tradução, minha querida
companheira eterna, Barbara, concluiu seu período probatório nesta vida e entrou
no mundo espiritual.

Os dias se tornaram semanas, depois meses e, agora, já se passou um ano que


minha esposa faleceu, e com isso passei a apreciar ainda mais a escritura: “Juntos
vivereis em amor, de modo que chorareis a perda dos que morrerem”. 1 Barbara e
eu fomos abençoados de modo a “juntos [vivermos] em amor” por 67 anos. Mas
aprendi de um modo bem real o que signi ca “[chorar] a perda” daqueles a quem
amamos. Ah, como a amo e como sinto sua falta!

Suponho que muitos de nós deixam de apreciar completamente o que os outros


fazem por nós até os perdermos. Eu sabia que Barbara estava sempre ocupada, mas
não compreendia completamente como a família, a Igreja e a comunidade
constantemente exigiam seu tempo. Houve esforços diários consagrados repetidos
milhares de vezes ao longo dos anos que mantiveram nossa família em
funcionamento. E, apesar de tudo, ninguém em nossa família jamais a ouviu
levantar a voz ou dizer uma palavra rude.

Centenas de memórias vieram à minha mente nesse ano que se passou. Pensei na
escolha sicamente desa adora que ela fez de ser mãe de sete lhos. Ser dona de
casa foi a única carreira que ela almejou e, em cada aspecto, ela foi uma
pro ssional perfeita.

Com frequência me pergunto como ela foi capaz de acompanhar nossos lhos e a
mim. O preparo das refeições por si só era uma tarefa realmente difícil, sem
mencionar atividades como lavar montanhas de roupas sujas que nossa família
produzia semanalmente e manter as crianças calçadas e vestidas com roupas do
tamanho adequado. Todos nós a buscávamos para solucionar milhares de outras
questões que eram importantes para nós. E porque eram importantes para nós,
eram também importantes para ela. Em uma única palavra, ela era magní ca —
como esposa, como mãe, como amiga, como vizinha e como lha de Deus.

Agora que ela se foi, sinto-me feliz por ter escolhido me sentar ao lado dela quando
eu voltava do escritório para casa nos últimos meses de sua vida, por ter segurado

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sua mão ao assistirmos a alguns de seus musicais favoritos — muitas e muitas vezes
porque o Alzheimer não permitia que ela se lembrasse que já tinha assistido a eles
no dia anterior. As lembranças daqueles momentos especiais de mãos dadas são
muito, muito preciosas para mim agora.

Irmãos e irmãs, por favor, não percam a oportunidade de olhar nos olhos dos
membros de sua família com amor. Filhos e pais, estendam a mão uns aos outros e
expressem seu amor e sua gratidão. Assim como eu, alguns de vocês talvez um dia
vão se levantar e perceber que a hora para essa tão importante comunicação já
passou. Vivam cada dia juntos com o coração cheio de gratidão, boas memórias,
serviço e muito amor.

Nesse ano que se passou, ponderei com muito mais intento do que já ponderei
antes sobre o plano de nosso Pai Celestial. Em seus ensinamentos a seu lho
Coriânton, Alma se referiu a ele como “o grande plano de felicidade”. 2

A palavra que vem constantemente à minha mente agora quando penso no plano é
“reunião”. É um plano criado por nosso amado Pai Celestial, que tem como
essência a nobre e gloriosa possibilidade de reunir famílias — de reunir
eternamente marido e esposa, pais e lhos, gerações após gerações na família de
Deus.

Esse pensamento me traz o consolo e a garantia de que estarei com Barbara


novamente. Embora tenha sofrido sicamente quando se aproximou o m de sua
vida, seu espírito continuou forte, nobre e puro. Ela havia se preparado em todas as
coisas para que, quando chegasse o dia de se colocar diante “do agradável tribunal
de Deus”, estivesse cheia de con ança e paz. 3 Mas aqui estou eu, completando 91
anos daqui a dois dias, e ainda me perguntando: “Estou pronto? Estou fazendo
tudo o que preciso para poder segurar a mão dela mais uma vez?”

A certeza mais simples e básica da vida é que todos vamos morrer. Quer morramos
jovens ou velhos, calma ou atribuladamente, ricos ou indigentes, rodeados de amor
ou abandonados, ninguém escapa da morte.

Há alguns anos, o presidente Gordon B. Hinckley disse algo especialmente


signi cativo a esse respeito: “Quão doce é a certeza, quão confortante é a paz que
vem do conhecimento de que, se nos casarmos do modo correto e vivermos do
modo correto, nosso relacionamento se perpetuará não obstante a infalibilidade da
morte e a passagem do tempo”. 4

Certamente me casei do modo correto. Disso não tenho a menor dúvida. Mas isso
não é su ciente de acordo com o presidente Hinckley. Também preciso viver do
modo correto. 5

Hoje em dia, “viver do modo correto” pode ser um conceito bem complicado,
especialmente se você passa muito tempo nas mídias sociais, nas quais qualquer um
pode declarar verdades reais ou falsos conceitos sobre Deus e o plano Dele para
Seus lhos. Felizmente, os membros da Igreja têm princípios do evangelho
eternamente verdadeiros que lhes permitem saber como devem viver de modo a
estarem mais bem preparados para quando precisarem morrer.

Apenas alguns meses antes de eu nascer, meu avô apóstolo, o élder Melvin J.
Ballard, deu um discurso que, para alguns, captou a essência do que signi ca viver

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do modo correto. Intitulado “Batalha da alma”, seu discurso se concentrou na


contínua batalha entre nosso corpo físico e nosso espírito eterno.

Ele disse: “O maior con ito que qualquer homem ou mulher terá (…) será a
batalha que é travada consigo mesmo”, explicando que Satanás, “o inimigo de
nossa alma”, nos ataca por meio “da luxúria, dos apetites e ambições da carne”. 6
Assim, a batalha primordial é entre nossa natureza divina e espiritual e a natureza
carnal humana. Irmãos e irmãs, lembrem-se de que podemos receber ajuda
espiritual por meio da in uência do Espírito Santo, que nos “ensinará todas as
coisas”. 7 Também podemos receber ajuda por meio do poder e das bênçãos do
sacerdócio.

Então, pergunto-lhes: “Em que pé cada um de vocês está nessa batalha?”

O presidente David O. McKay disse: “A existência terrena do homem é apenas um


teste para ver onde ele concentrará seus esforços, sua mente, sua alma: nas coisas
que contribuem para o conforto e grati cação de sua natureza física ou se ele
tornará a aquisição de qualidades espirituais o objetivo principal de sua vida”. 8

Essa batalha entre nossa natureza carnal e espiritual não é algo novo. Em seu
sermão nal a seu povo, o rei Benjamim ensinou que “o homem natural é inimigo
de Deus e tem-no sido desde a queda de Adão e sê-lo-á para sempre; a não ser que
ceda ao in uxo do Santo Espírito e despoje-se do homem natural e torne-se santo
pela expiação de Cristo, o Senhor”. 9

O apóstolo Paulo ensinou: “Os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas
da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.

Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz”. 10

Parece claro para mim que uma das coisas mais importantes que podemos aprender
nesta vida é como dar ênfase à nossa natureza espiritual e como controlar nossos
desejos malignos. Essa tarefa não precisa ser tão difícil. A nal de contas, nosso
espírito, que existe há muito mais tempo do que nosso corpo físico, já foi bem-
sucedido na escolha da retidão em vez da iniquidade no reino pré-mortal. Antes de
esta Terra ser formada, vivíamos no mundo espiritual como lhos e lhas de Pais
Celestiais, que nos amavam e continuam a nos amar.

E, sim, tivemos que tomar decisões e fazer escolhas cruciais no mundo pré-mortal.
Cada pessoa que já viveu ou que viverá neste planeta tomou a decisão essencial de
aceitar o plano do Pai Celestial para nossa salvação. Assim, todos viemos à Terra
com um registro comprovado de uma natureza espiritual de sucesso e de um
destino eterno.

Pensem nisso por um momento. É assim que vocês e eu realmente somos e quem
sempre fomos: lhos ou lhas de Deus, com raízes espirituais ncadas na
eternidade e um futuro cheio de in nitas possibilidades. Vocês são — em primeiro
lugar, acima de tudo e sempre — seres espirituais. E, por esse motivo, quando
escolhemos colocar nossa natureza carnal acima de nossa natureza espiritual,
escolhemos algo que é contrário à nossa real, verdadeira e autêntica natureza
espiritual.

Entretanto, não há dúvida de que a carne e os impulsos terrenos complicam a


tomada de decisões. Com o véu de esquecimento posto entre o mundo espiritual
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pré-mortal e este mundo mortal, podemos perder a visão de nosso relacionamento


com Deus e de nossa natureza espiritual, e nossa natureza carnal pode então
priorizar o que queremos aqui e agora. Aprender a escolher as coisas do Espírito
acima das coisas da carne é uma das principais razões pelas quais esta experiência
terrena faz parte do plano do Pai Celestial. É também o motivo pelo qual o plano
está edi cado sobre o alicerce sólido e seguro que é a Expiação do Senhor e
Salvador, Jesus Cristo, para que nossos pecados, inclusive os erros que cometemos
quando cedemos à carne, sejam vencidos por meio do arrependimento constante e
para que vivamos concentrados em nossa natureza espiritual. Agora é o momento
de controlarmos nossos apetites carnais para cumprirmos com a doutrina espiritual
de Cristo. É por isso que não devemos procrastinar o dia de nosso
arrependimento. 11

O arrependimento, portanto, torna-se uma arma indispensável em nossa batalha


contra o homem natural. Na última conferência geral, o presidente Russell M.
Nelson se referiu a essa batalha e nos lembrou que, “quando decidimos nos
arrepender, decidimos mudar! Permitimos que o Salvador nos transforme em uma
versão melhor de nós mesmos. Escolhemos crescer espiritualmente e receber alegria
— a alegria da redenção advinda Dele. Quando decidimos nos arrepender,
decidimos nos tornar mais como Jesus Cristo!” 12

Todas as noites, quando analiso meu dia em oração a meu Pai nos Céus, peço a Ele
que me perdoe se cometi algum erro e prometo procurar ser melhor no dia
seguinte. Creio que esse arrependimento diário frequente ajuda meu espírito a
mostrar a meu corpo quem está no comando.

Outro recurso é a oportunidade que temos todas as semanas de nos renovarmos


espiritualmente tomando o sacramento em lembrança da Expiação de nosso
Senhor e Salvador, Jesus Cristo, e do amor perfeito que Ele tem por nós.

Irmãos e irmãs, eu os incentivo a desacelerar um pouco e a pensar em onde se


encontram agora no controle de sua natureza carnal, dando poder à sua natureza
divina e espiritual para que quando chegar a hora, vocês possam entrar no mundo
espiritual e ter uma alegre reunião com seus entes queridos — presto testemunho
disso e oro humildemente no sagrado nome do Senhor Jesus Cristo. Amém.

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