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Formação profissional em Serviço Social: “velhos” e novos tempos, ...

constantes desafios

Cirlene Aparecida Hilário da Silva Oliveira1

A análise do processo de formação profissional do assistente social,

requer uma abordagem histórica, ainda que breve, situando a profissão no

contexto da realidade brasileira. Uma reflexão sobre o surgimento e a

institucionalização do Serviço Social, identificando os principais marcos da

profissão na sua trajetória, articulado com a formação profissional é

fundamental para melhor situarmos e entendermos o Serviço Social, nos tempos

atuais.

Tal exercício teórico exige, necessariamente, uma revisão crítica da

trajetória do debate acumulado da profissão, analisando as conquistas e os

dilemas do Serviço Social na consolidação de seu projeto profissional.

Também, pensar o Serviço Social na contemporaneidade, diante das

novas exigências profissionais, decorrentes das profundas alterações no mundo

do trabalho, das repercussões da reforma do Estado e, conseqüentemente, das

novas configurações assumidas pela sociedade civil, implica analisar os

avanços e os novos desafios da profissão, que culminaram na reformulação do

processo de formação profissional.

Assim, pretendemos aqui traçar alguns elementos que subsidiem esta

análise.
1
Doutora em Serviço Social; Docente do Curso de Serviço Social e do Programa de Pós-
Graduação em Serviço Social da Unesp/ Campus de Franca.
2

Algumas considerações sobre a trajetória histórica do Serviço Social

Ao analisarmos a formação profissional em Serviço Social, partimos

do pressuposto que é necessária a compreensão da trajetória histórica da

profissão, inserida no contexto social que marcou sua emergência e

institucionalização na sociedade brasileira.

Concordamos com Silva e Silva ao afirmar que:

[...] a formação profissional é entendida como processo


dialético, portanto aberto, dinâmico e permanente,
incorporando as contradições decorrentes da inserção da
profissão e dos profissionais na própria sociedade. Com esse
entendimento, falar em formação profissional implica
acompanhar a dinâmica da sociedade e a trajetória histórica
do próprio Serviço Social, procurando entender os
condicionamentos que a sociedade impõe sobre a prática
profissional. (Silva, 1995, p. 73)

Como a formação profissional está diretamente atrelada à história do

Serviço Social, teceremos algumas considerações significativas da trajetória

histórica da profissão2, destacando os diferentes momentos conjunturais.

A economia brasileira, a partir dos anos 30, progressivamente vai

substituindo o sistema agrário-comercial pelo sistema industrial, e com isso

provocando profundas alterações sociais como o estabelecimento da

urbanização, fenômeno que engendrou problemas e conflitos sociais.

2
Não se tem a pretensão, nos limites deste artigo, de um desenvolvimento aprofundado de tais
considerações. Para maior detalhamento desta temática consultar: IAMAMOTO, Marilda V.
Relações sociais e serviço social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-
metodológica. 7ª ed. São Paulo: Cortez, [Lima, Peru]: CELATS, 1990; MANRIQUE CASTRO,
Manuel. História do serviço social na América Latina. São Paulo: Cortez, 1989.
3

A tensão social oriunda da consolidação de um pólo industrial,

associada às novas relações entre o capital e o trabalho, agravaram a chamada

questão social3, sendo-lhe atribuídas soluções políticas, pois para a construção

de um novo modelo econômico era necessário um cenário de “tranqüilidade

social” que permitisse o desenvolvimento industrial.

O governo ditatorial da época, sob o comando de Getúlio Vargas,

buscava consolidar-se através de uma política centrada no populismo, adotada

como forma de controle da classe trabalhadora. A ação do Estado estava

direcionada para o desenvolvimento de condições sociais e políticas que

garantissem o processo de acumulação capitalista. É neste contexto, que surgiu

o Serviço Social, diretamente vinculado à Igreja, como um prolongamento da

ação social católica, adotando como pressuposto teórico o neotomismo4, com

fundamentação na Doutrina Social da Igreja.

A formação profissional do assistente social, neste período, era

baseada na influência do pensamento europeu, através do modelo franco-belga,

limitado a uma formação essencialmente pessoal e moral, numa base

doutrinária, centrado numa perspectiva conservadora.

Em 1932, foi fundado em São Paulo o Centro de Estudos e Ação

Social – CEAS com o objetivo de estabelecer uma formação técnica

especializada para o desempenho da ação social e da difusão da Doutrina Social

3
Entendemos por questão social “[...] o conjunto de problemas políticos, sociais e econômicos
que o surgimento da classe operária impôs ao mundo, no curso da constituição da sociedade
capitalista. Assim, a questão social está fundamentalmente vinculada ao conflito entre o
capital e o trabalho.” (CERQUEIRA, 1982, p. 21)
4
O neotomismo é uma corrente doutrinária cujo principal representante foi o filósofo francês
Jacques Maritain (1882-1973), sendo caracterizada, sobretudo, pela tentativa de abordar a
problemática filosófica contemporânea sob a perspectiva tomista – doutrina baseada em São
Tomás de Aquino, adotada oficialmente pela Igreja Católica.
4

da Igreja; e, em 1936, foi criada em São Paulo a primeira escola de Serviço

Social no Brasil, instituindo-se a emergência da profissão no cenário brasileiro.

As décadas de 40 e 50 serão significativas para a


institucionalização do Serviço Social – no sentido de
crescimento de mercado de trabalho – pelo surgimento das
grandes instituições de Assistência Social que evoluem no
Brasil, a partir da ação estatal que tenta responder à pressão
das novas forças sociais urbanas. (Andrade, 1996, p. 17)

Com a consolidação da economia dos Estados Unidos no Pós-Guerra e

sua significativa expansão pela América Latina, a partir de 1945, a hegemonia

do pensamento europeu no Serviço Social brasileiro foi gradativamente

substituída pela influência norte-americana. Neste período, a formação

profissional do assistente social, no Brasil, centrou-se na valorização do

método, destacando-se a instrumentalização técnica.

O pensamento conservador é incorporado pelo Serviço Social


em sua trajetória intelectual: passa da influência do
conservadorismo europeu, franco-belga, em seus primórdios,
para a sociologia conservadora norte-americana nos anos 40.
(Iamamoto, 1992, p. 169)

Ainda sob a influência católica, o Serviço Social brasileiro importou os

métodos de Serviço Social de Caso, de Grupo e de Comunidade, almejando

uma ação eficaz no trabalho social e, conseqüentemente, a superação dos

trabalhos voluntários.

As décadas de 1950 e 1960 sinalizaram um impulso das bases

científicas da formação profissional no Brasil, marcada por uma perspectiva

metodologista: mediante a tecnificação da profissão, os assistentes sociais eram


5

capacitados para executarem programas sociais que viabilizassem respostas

modernizantes, inerentes à efetivação do modelo desenvolvimentista adotado

no país.

Absorvendo a ideologia desenvolvimentista, o Serviço Social


se impunha duas tarefas fundamentais: viabilizar a
participação do povo no projeto desenvolvimentista do
governo e neutralizar as tensões resultantes das contradições
da política desenvolvimentista. (Silva, 1995, p. 42)

Porém, a partir dos anos 1960, iniciou-se no cenário brasileiro e em

toda América Latina o desenvolvimento de uma perspectiva crítica ao Serviço

Social “tradicional”, através da mobilização de grupos de assistentes sociais que

intentavam novas experiências de ação profissional, vinculadas aos processos e

lutas das classes populares por mudanças sociais.

Diante da crise do modelo desenvolvimentista e das pressões sociais e

demandas dos setores populares, numa conjuntura político-sócio-econômica

marcada pelo agravamento das desigualdades sociais e pela agudização das

questões sociais em toda a América Latina, setores da categoria profissional dos

assistentes sociais foram impulsionados a um notável movimento de renovação

da profissão denominado Movimento de Reconceituação do Serviço Social.

Devido às peculiaridades da realidade social de cada país, o

Movimento de Reconceituação se apresentou de diferentes formas, porém sua

proposta foi centrada no questionamento da metodologia, dos objetivos, do

objeto da ação profissional e do conteúdo da formação, com a intenção de

superar a vinculação da prática profissional dos assistentes sociais aos


6

interesses dominantes. Apontou-se assim uma nova perspectiva teórico-

metodológica fomentadora de uma ação profissional comprometida com um

processo de transformação social.

[...] o Movimento de Reconceituação do Serviço Social, a


partir da perspectiva hegemônica, no contexto da América
Latina, impõe aos assistentes sociais a necessidade de ruptura
com o caráter conservador que deu origem à profissão,
calcado no atrelamento às demandas e interesses
institucionais, e coloca como exigência a necessidade de
construção de uma nova proposta de ação profissional, tendo
em vista as demandas e interesses dos setores populares que
constituem, majoritariamente, a clientela do Serviço Social.
(Silva, 2002, p. 72)

Efetivamente, o Movimento de Reconceituação foi um marco para o

Serviço Social latino-americano, principalmente por possibilitar aos assistentes

sociais o reconhecimento da dimensão política de sua prática profissional, e o

comprometimento – ainda que de alguns grupos de assistentes sociais – com os

interesses dos setores populares.

Com a instauração da ditadura militar no Brasil, principalmente a

partir de 1969 – início da sua fase mais rígida -, o Serviço Social teve sua

vertente crítica emergente freada e, contraditoriamente, ampliada sua atuação

profissional mediante a expansão do mercado de trabalho. Nesse momento,

também, foi ampliado o debate profissional acerca das questões teóricas e

metodológicas do Serviço Social, numa visão cientificista e tecnicista calcada

numa tendência modernizadora.

O quadro conjuntural da sociedade brasileira, no regime


militar, e a tendência assumida pela política social, no bojo
dessa conjuntura, colocam para a prática do Serviço Social,
no Brasil, num primeiro momento, uma tendência
7

modernizadora que busca o avanço técnico da profissão com


vistas a assumir, com eficiência, uma ação profissional
moderna. (Silva, 2002, p. 34)

A vertente modernizadora do Serviço Social, indicada por vários

autores5, foi orientada pela perspectiva desenvolvimentista, fundamentando-se

teoricamente no estrutural–funcionalismo, que se pauta na manutenção da

ordem social estabelecida, onde o desenvolvimento era compreendido como

superação do atraso, modernização. Nessa vertente, cabia ao Serviço Social a

adesão da população ao programas governamentais, sem uma crítica ao sistema

vigente. A formação profissional do assistente social era centrada na busca da

eficiência e da modernização da profissão que assumiu, apesar do rigor técnico

e científico, uma postura assistencialista.

Embora esta vertente ter sido hegemônica no Serviço Social, alguns

setores profissionais, ainda que minoritários, colocaram-se em contraposição a

ela por conceberem que a profissão era compreendida como um mero

instrumento de aceleração do desenvolvimento econômico.

Apesar do Movimento de Reconceituação do Serviço Social ter sido

engendrado para romper com a perspectiva tradicional, no Brasil, somente a

partir da década de 1970, período de “distensão-abertura” da ditadura militar

(1974-1985), é que alguns segmentos profissionais começaram a assumir a

perspectiva marxista, inicialmente representada pela vertente do

estruturalismo6.

5
Dentre eles, José Paulo Netto: cf. Netto, J. Paulo. Ditadura e Serviço Social: uma análise do
Serviço Social, no Brasil pós 64. São Paulo, Cortez, 1991.
6
Esta vertente teve influência principalmente em Althusser, que compreendia as instituições
como aparelhos ideológicos do Estado. Em decorrência desta concepção, o Movimento de
Reconceituação, naquela época, negara a prática institucional, enfatizando a militância política.
8

Com o objetivo de retomar e aprofundar a proposta crítica, alguns

segmentos profissionais do Serviço Social promoveram um debate ampliado

acerca da dimensão político-profissional e de seu compromisso com a

população usuária, no intuito de romper com a suposta neutralidade da ação

profissional, até então concebida.

Sob influência do pensamento gramsciano 7, a partir de 1978, o

Movimento de Reconceituação pautou-se numa perspectiva dialética, no

sentido de fortalecer a prática institucional do Serviço Social, articulada à

organização dos movimentos populares, admitindo-se assim a contraposição

dos objetivos profissionais com os institucionais.

A formação profissional dos assistentes sociais também se constituiu,

neste período (1975-1979), como objeto de amplo debate no interior da

categoria, tendo como eixo central a necessidade de novos pressupostos

teóricos e novas propostas de ação profissional comprometidas com os

interesses populares, indicando a exigência de um novo projeto de formação

profissional.

Em âmbito nacional, através de um quadro organizativo dos assistentes

sociais, coordenado pelas diferentes entidades8 da categoria, especialmente,

pela Associação Brasileira de Ensino em Serviço Social – ABESS – hoje


7
A concepção de Antônio Gramsci era de um Estado ampliado, onde as instituições eram
compreendidas como espaços contraditórios e de luta de classe, cf. GRAMSCI, Antônio.
Maquiavel, a política e o estado moderno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 3ª. ed, 1978;
COUTINHO, Carlos Nelson. A dualidade dos poderes. São Paulo: Brasiliense, 2ª. ed, 1987.
8
Em decorrência do próprio processo de articulação dos assistentes sociais neste período, foram
reativadas algumas associações e sindicatos, e inclusive criadas novas associações profissionais,
dentre elas a ANAS – Associação Nacional de Assistentes Sociais; O CFAS – Conselho
Nacional de Assistentes Sociais – hoje CFESS – Conselho Federal de Serviço Social. Cabe
registrar que, também, os estudantes de Serviço Social se organizaram no processo de reflexão
sobre a formação profissional através do ENESS – Encontro Nacional de Estudantes de Serviço
Social.
9

ABEPSS9, instituiu-se um fórum de discussões sobre o projeto político-

acadêmico do Serviço Social, culminando na efetivação da proposta de um

novo currículo mínimo10, aprovada em 1979 na XXI Convenção Nacional da

ABESS, e referendada pelo Conselho Federal de Educação (CFE) através do

Parecer 412/82, ficando estabelecido para implantação do novo currículo em

todas as unidades de ensino o prazo máximo de agosto de 1984.

A aprovação desta nova proposta de currículo mínimo impõe


a exigência de revisão curricular a todas as Unidades de
Ensino de Serviço Social no país, devendo antes de tudo,
constituir-se a expressão de um amplo processo de avaliação
e redefinição da formação profissional, desenvolvido com a
participação efetiva de professores, alunos, supervisores e
profissionais. É fundamental que todos esses segmentos
significativos que, nas suas diferentes formas de inserção,
estão configurando o Serviço Social no contexto da realidade
brasileira participem, de fato, do processo de revisão
curricular, contribuindo, de forma específica, na definição do
currículo pleno para que as propostas atendam às exigências
específicas de cada realidade regional e às exigências
fundamentais do atual momento histórico. (Carvalho, 1984,
p. 110)

Associado ao esforço coletivo dos diferentes segmentos da categoria,

no processo de implantação do novo currículo, este período também foi

marcado por um avanço acadêmico do Serviço Social, no Brasil, engendrado

pela implantação, em 1981, do primeiro (e na época único) curso de

9
Em 1946 foi instituída a ABESS – Associação Brasileira de Ensino em Serviço Social, por um
grupo de assistentes sociais das escolas pioneiras no ensino de Serviço Social. Criada com a
finalidade de definir e coordenar uma política de formação profissional do assistente social,
promove a adoção de um padrão mínimo de ensino; em 1998 funde-se com o CEDEPSS –
Centro de Documentação e Pesquisa em Política Social e Serviço Social, formando-se assim a
ABEPSS – Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social, que tem o papel
fundamental na construção do projeto ético político da profissão e nos avanços dos processos da
formação profissional do Serviço Social.
10
Para maior detalhamento da proposta do novo currículo mínimo e como se deu seu processo
de implantação, consultar Revista Serviço Social & Sociedade nº. 14, São Paulo, Cortez, 1984.
10

doutoramento em Serviço Social, na América Latina, coordenado pela

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. As produções e debates

intelectuais em âmbito nacional, mediatizados pela expansão da Pós-

Graduação constituíram-se no principal suporte para a formação e exercício

profissional no país.

A partir da segunda metade dos anos 1980, com o advento da Nova

República (1986-1990), a conjuntura econômico-político-social do país foi

marcada pelos sinais de falência do Estado intervencionista e, a conseqüente

instauração das bases de minimização do Estado, assumido como novo padrão

nos anos de 1990.

Com o acirramento das desigualdades sociais, a agudização das

múltiplas expressões da questão social11 nas mais variadas expressões da vida

cotidiana – trabalho, família, área habitacional, saúde, assistência social pública

– e a implantação de um Estado mínimo, com políticas sociais residuais,

evidenciou-se no interior do Serviço Social através de alguns setores da

profissão, a necessidade de serem construídas novas alternativas profissionais,

que fossem capazes de garantir uma nova legitimidade profissional, indicando

conseqüentemente a elaboração de uma nova proposta curricular.

Dando continuidade ao processo de redimensionamento do


Projeto Educacional do Serviço Social no Brasil, a gestão
ABESS/CEDEPSS (1992-1995), por recomendação da
XXVIII Convenção Nacional, ocorrida em Londrina/PR, em
outubro de 1993, assume a elaboração de um novo Projeto

11
Em cada fase do desenvolvimento capitalista, a questão social apresenta suas formas de
expressão em consonância com o modelo de produção adotado. Sobre a questão social nesses
novos tempos consultar : SERRA, Rose Mary Sousa. “A questão social hoje” . Revista Ser
Social nº. 6, Brasília, UNB, 2000.
11

Curricular para os cursos de graduação em Serviço Social, no


país, como meta prioritária. (Silva, 2002, p. 215)

A necessidade de se realizar e redefinir a direção social do projeto de

formação profissional do Serviço Social, pautado nos novos desafios e dilemas

da contemporaneidade, oriundos do conjunto das crises e inovações da

atualidade, torna-se imperante no seio da profissão.

A formação profissional na contemporaneidade

Na atual conjuntura em que vivemos, profundas mudanças sociais,

econômicas, políticas e culturais têm refletido diretamente nos processos de

formação profissional de todas as áreas, reafirmando a necessidade de

superação de práticas, conceitos, teorias, culminando, assim, numa revisão

crítica não somente de currículo, mas de projeto profissional, que efetivamente

expressa as novas tendências e condições emergentes na dinâmica social.

Diante da necessidade de construção de novas alternativas

profissionais, tendo como orientação as exigências de mudanças estruturais da

sociedade brasileira, a formação profissional representa um constante desafio

para as Unidades de Ensino Superior. Especificamente, em relação ao Serviço

Social, cabe ressaltar o papel da ABEPSS neste processo, conforme já

destacado anteriormente, que desde 1978, dirigiu o processo de redefinição da

formação profissional do assistente social, pós-Movimento de Reconceituação,

articulando-o às questões conjunturais.

A década de 1980 caracterizou-se por um repensar do Serviço Social


12

frente às novas demandas da sociedade, e, conseqüentemente, o processo de

formação profissional também tornou-se alvo de discussões.

A formação profissional em Serviço Social constituiu-se num fórum

constante de discussões, estudos e análises sobre o desenvolvimento e a

construção da própria profissão na sociedade brasileira, que levaram o ensino

do Serviço Social a um profundo mergulho nas questões relativas à

reorganização do Estado, frente à globalização da economia, às modificações

do mundo do trabalho, da cultura, destacando-se, inclusive, a necessidade de

repensar os rumos da educação para o século XXI, com base nas previsões das

profundas transformações que esta nova conjuntura vem trazendo ao perfil

profissional, ao mercado de trabalho, ao perfil docente e discente.

Analisando a segunda metade dos anos de 1980 e a década de 1990,

podemos afirmar que este foi um período de grandes avanços para o Serviço

Social, na redefinição de seus rumos técnico-acadêmicos e político-

profissionais.

Em 1993, foi aprovado o Novo Código de Ética do Assistente Social,

mediante revisão do Código de 1986, com um amplo debate da categoria,

alicerçado no compromisso ético-político da profissão.

Também em 1993, foi sancionada a Lei Orgânica da Assistência Social

(LOAS), Lei 8662/93 que regulamentou a profissão de Serviço Social, trazendo

no seu artigo 1º a caracterização da assistência social 12, como direito do cidadão

12
Com o advento da Constituição de 1988, a assistência social passa a compor com a saúde e a
previdência social, o tripé da seguridade social brasileira (art. 194). Com isso, a assistência
passa a ser considerada como um meio, uma estratégia de redistribuição, estendendo direitos a
todos, independentemente de qualquer contribuição prévia, interagindo com as demais políticas
públicas.
13

e dever do Estado, buscando-se a implementação da cidadania e a emancipação

da população mediante o reconhecimento, a garantia e a divulgação de seus

direitos.

Ainda nos anos de 1990, podemos afirmar que o Serviço Social:

[...] deu um salto de qualidade em sua autoqualificação na


sociedade. Essa adquiriu visibilidade pública por meio do
Novo Código de Ética do Assistente Social, das revisões da
legislação profissional e das profundas alterações verificadas
no ensino universitário na área. (...) houve, também, um
adensamento do mercado editorial e da produção acadêmica.
(...) Os assistentes sociais ingressaram nos anos 90, como
uma categoria que também é pesquisadora, reconhecida,
como tal, pelas agências de fomento. (Iamamoto, 1998, p.
51)

Também nesse quadro de avanços do Serviço Social na atualidade, se

insere a pesquisa como uma dimensão integrante do exercício profissional,

devendo subsidiar o assistente social na formulação de propostas coerentes

com o projeto que orienta os princípios ético-políticos da profissão e que,

portanto, respondam às necessidades oriundas da realidade social.

As novas demandas profissionais são decorrentes inclusive das novas

relações estabelecidas entre o Estado e a Sociedade Civil – um Estado

“mínimo”, cada vez mais submetido aos interesses e políticas dominantes e

uma sociedade que, paulatinamente, vem assumindo grande parte do conjunto

das responsabilidades sociais do país. É o chamado encolhimento dos espaços

públicos e o alargamento dos privados.

Associado a tais questões, as mudanças no mundo do trabalho incidem

diretamente nas condições e relações de trabalho do assistente social – o


14

profissional polivalente, a terceirização dos serviços, a subcontratação, a

ampliação de contratos temporários, o baixo padrão salarial, o desemprego –

exigindo mudanças no perfil profissional.

Hoje, a exigência é a de um assistente social qualificado, que tenha

competência e habilidades necessárias para negociar seus projetos profissionais

no espaço sócio-ocupacional onde desenvolve sua atuação, que saiba

decodificar as questões inerentes à realidade social e, assim, propor ações que

se materializem na busca da efetivação dos direitos da população usuária, do

cidadão.

Esse conjunto de imperativos que é colocado para o assistente social,

tem provocado um redimensionamento em relação ao exercício profissional e,

conseqüentemente, à formação profissional.

O debate contemporâneo no âmbito do Serviço Social aponta para a

necessidade de uma formação profissional conciliada com os novos tempos,

com as novas demandas profissionais, emergindo daí a premência de uma

revisão curricular, alicerçada no projeto ético-político-profissional 13, tendo

como grande desafio um salto qualitativo no processo de formação dos

assistentes sociais.

Um dos quesitos para assegurar essa atualização da profissão é a

construção de respostas profissionais sólidas frente às especificidades da

13
O projeto ético-político do Serviço Social foi amplamente discutido e coletivamente
construído ao longo das duas últimas décadas, constituindo-se a base social da reorientação
profissional do Serviço Social. Para maior detalhamento do referido projeto consultar NETTO,
José Paulo. “A construção do projeto ético-político do Serviço Social frente à crise
contemporânea”. Capacitação em serviço social e política social: Mód. 1. Brasília: CEAD,
1999, pp. 91-110.
15

questão social emergente do atual contexto político-sócio-econômico do país.

O Serviço Social, enquanto profissão, se realiza e se reproduz no

mercado de trabalho. Assim, é fundamental a articulação entre formação

profissional e mercado de trabalho, sem ficar à mercê de suas transformações e

condicionamentos, estabelecendo-se, entretanto, um distanciamento crítico do

mesmo.

Iamamoto ressalta tal necessidade:

Ora, a sintonia da formação profissional com o mercado de


trabalho é a condição para se preservar a própria
sobrevivência do Serviço Social. Como qualquer profissão,
inscrita na divisão social e técnica do trabalho, sua
reprodução depende de sua utilidade social, isto é, de que
seja capaz de responder às necessidades sociais, que são a
fonte de sua demanda. (1998, p. 172)

Assim, a reformulação do projeto de formação profissional não poderá

ignorar as demandas do mercado de trabalho e deverá estar atenta às

transformações nos padrões de acumulação capitalista: as mudanças observadas

no mundo do trabalho, na esfera do Estado e no campo da cultura.

Uma exigência apontada no processo de formação profissional é a

criação de um profissional dotado de competência teórico-crítica alicerçada nas

principais matrizes do pensamento social da modernidade e suas expressões

teórico-práticas no Serviço Social e, competência técnico-política, que além do

conhecimento e o domínio das ações diretas e indiretas pertinentes ao agir

profissional, requer também o compromisso político, conforme nos aponta Rosa

Pinto:

[...] a competência profissional não é apenas técnica. Ela


possui uma outra dimensão que é política. Sem a dimensão
política, a competência técnica fica esvaziada de sentido, de
16

finalidade, pois a competência técnica já supõe um


compromisso político. (Pinto, 1997, p. 71)

Outro ponto na formação profissional, que inclusive é considerado

problemático, é o distanciamento entre o tratamento teórico-sistemático das

matrizes teórico-metodológicas e a cotidianidade da prática profissional.

Associada a esta problemática tem-se no âmbito do ensino de Serviço

Social uma fragilidade no tocante às estratégias de intervenção, táticas e a

instrumentalização, que incidem diretamente na efetivação da prática

profissional.

Martinelli destaca a importância do Serviço Social na dinâmica da

sociedade, porém alerta para a necessidade de fortalecermos nossa ação

profissional, enquanto assistentes sociais para “manter” a prática inserida no

espaço profissional:

Há toda uma literatura que diz que somos profissionais


indispensáveis do ponto de vista social. Mas, evidentemente,
é preciso que tenhamos condição de construir algo neste
espaço que aí está pronto, porque senão realmente
acabaremos desaparecendo como profissão. Nenhuma
profissão da área social chegará devidamente legitimada ao
final do milênio senão tiver vigor teórico, consistência
argumentativa e um sólido conjunto de instrumentais
operativos. (1994, p. 71)

E, discutir os dilemas e as perspectivas para a ação profissional adquire

especial relevância, neste momento, em que nos defrontamos com o desafio de

implantação da nova proposta de currículo mínimo para o curso de Serviço

Social.14
14
A referida proposta foi apreciada na II Oficina Nacional de Formação Profissional e aprovada
em Assembléia Geral da ABEPSS, ambas realizadas no Rio de Janeiro, nos dias 07 e 08 de
novembro de 1996. Com a promulgação da LDB, em 20 de dezembro de 1996, a ABEPSS
17

Cabe destacar que a nova LDB – Lei de Diretrizes e Base da Educação

– Lei 9394, promulgada em 1996, imputou às universidades a definição das

diretrizes curriculares para os cursos de graduação para substituir os antigos

currículos mínimos. No Serviço Social, esta exigência foi empreendida pela

ABEPSS, numa construção coletiva da categoria profissional.

Segundo Mariângela Wanderley15, o estudo das diretrizes curriculares

requer algumas considerações sobre a universidade e o estabelecimento de

princípios e pressupostos inerentes a um projeto de formação universitária e

profissional.

A universidade, compreendida como lugar de ensino, pesquisa e

extensão, deve responder às exigências do mundo contemporâneo, construindo

respostas acadêmicas situadas em seus projetos curriculares, que expressam a

necessidade de articulação entre formação universitária e mercado profissional.

Cabe destacar que esta articulação não se restringe a uma mera

adequação aos ditames do mercado de trabalho, e sim há um conhecimento e

sintonia do mesmo, associado a um distanciamento crítico.

Em relação ao estabelecimento de princípios e pressupostos

necessários para a construção de um projeto de formação universitária e

profissional, que darão o norte ao projeto universitário, a referida autora

destaca:

atenta à necessidade do estabelecimento dos padrões de qualificação do ensino, enquanto


entidade nacional representativa das IES no âmbito do Serviço Social, encaminhou a proposta
para apreciação do Conselho Nacional de Educação do MEC, que foi aprovada em 03 de abril
de 2001. (Anexo A)
15
Como uma das consultoras da ABEPSS, a referida autora faz um estudo sobre a formação
profissional, destacando a reforma da educação brasileira, enfocando a LDB. Cf.
WANDERLEY, Mariângela B. Formação Profissional no contexto da reforma do sistema
educacional. Cadernos ABESS n º. 8. pp. 7-18.
18

 exercício do pluralismo e da interdisciplinaridade como condições essenciais da


vida acadêmica e profissional;
 qualificação de uma formação generalista e abrangente assegurada pelo rigor
teórico, metodológico e técnico na apreensão dos conhecimentos e pelos padrões
de competência técnica profissional, através da articulação dos conhecimentos
básicos e dos conhecimentos específicos de cada área;
 ensino que assegure elevados padrões de competência profissional pelo domínio
do instrumental técnico, operativo e das habilidades de cada área de formação,
capacitando para a atuação nas diversas realidades e âmbitos de pesquisa e
exercício profissional;
 compromisso ético-social como princípio formativo, perpassando o conjunto da
formação curricular;
 articulação entre ensino, pesquisa e extensão não apenas como princípio, mas
efetiva realidade na condução dos projetos acadêmicos;
 articulação das diversas dimensões investigativas e interventivas próprias dessas
áreas de formação profissional, como expressão da relação teoria, realidade,
através da constituição de um espaço de pensar crítico, da dúvida, da autonomia,
da investigação e da busca de soluções;
 indissociabilidade entre estágio e supervisão acadêmica e profissional;
 padrões de desempenho e qualidade idênticos para os cursos diurnos e noturnos
(formação universitária com um período mínimo de 4 anos);
 ensino organizado na observância dos Códigos de Ética e na observância das
competências e atribuições previstas na Legislação Profissional de cada área
específica de formação;
 dinamismo na organização dos currículos plenos de cada curso, possibilitando a
definição e organização dos vários componentes curriculares – disciplinas,
oficinas, estágios supervisionados, núcleos temáticos, atividades complementares,
como forma de garantir o acompanhamento das transformações sociais, culturais,
científicas e tecnológicas. (Wanderley, 1998, p. 16-17)

Além dos pressupostos norteadores e dos princípios que fundamentam

a formação profissional do Serviço Social, a ABEPSS apresentou no documento

da “Proposta das diretrizes gerais para o Curso de Serviço Social” as diretrizes

curriculares.

Tais diretrizes foram definidas considerando-se que a formação

profissional do assistente social apresenta como foco central a questão social. O

Serviço Social, nas suas determinações sócio-históricas e ídeo-políticas,

necessita inovar as respostas profissionais no enfrentamento da questão social,

daí o significado da definição das diretrizes curriculares “que implicam


19

capacitação teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa para a:

1. apreensão crítica do processo histórico como totalidade;


2. investigação sobre a formação histórica e os processos sociais contemporâneos que
conformam a sociedade brasileira, no sentido de aprender as particularidades da
constituição e desenvolvimento do capitalismo e do Serviço Social no País;
3. apreensão do significado social da profissão desvelando as possibilidades de ação
contidas na realidade;
4. apreensão das demandas – consolidadas e emergentes – postas ao Serviço Social
via mercado de trabalho, visando a formular respostas profissionais que potenciem
o enfrentamento da questão social, considerando as novas articulações entre
público e privado;
5. exercício profissional cumprindo as competências e atribuições previstas na
legislação profissional em vigor. (ABESS/CEDEPSS, 1997, p. 62)

O projeto de formação profissional em Serviço Social, alicerçado nos

pressupostos, princípios e diretrizes da proposta básica, remete a um conjunto

de conhecimentos indissociáveis, que numa nova lógica curricular, são

materializados em três núcleos de fundamentação16:

1. teórico-metodológicos da vida social;

2. da formação sócio-histórica da sociedade brasileira;

3. do trabalho profissional.

É importante salientar que o primeiro núcleo, responsável


pelo tratamento do ser social enquanto totalidade histórica,
analisa os componentes fundamentais da vida social, que
serão particularizados nos dois outros núcleos de
fundamentação, o da formação sócio-histórica da sociedade
brasileira e o do trabalho profissional. Portanto, a formação

16
Não cabe, nos limites deste artigo a análise detalhada de cada núcleo. Para maiores estudos,
consultar: Diretrizes gerais para o curso de Serviço Social – ABESS/CEDEPSS. Cadernos
ABESS n º. 7, pp. 64-71; Proposta básica para o projeto de formação profissional. Ver. Serviço
Social e Sociedade n º. 50, pp. 143-171.
20

profissional constitui-se de uma totalidade de conhecimentos


que estão expressos nestes três núcleos, contextualizados
historicamente e manifestos em suas particularidades.
(ABESS/CEDEPSS, 1997, p. 63)

Os três núcleos reúnem os conteúdos que fundamentam o trabalho do

assistente social, constituindo-se assim eixos articuladores da formação

profissional almejada. Estes eixos desdobram-se em áreas do conhecimento,

que são traduzidas pedagogicamente pelo conjunto de componentes

curriculares, irrompendo numa lógica curricular inovadora. Esta apresenta

como principal proposta a superação da fragmenação do processo de ensino e

aprendizagem, numa articulação de saberes que permeie todo o processo de

formação profissional, envolvendo ensino, pesquisa e extensão, possibilitando

maior convivência acadêmica entre os diferentes sujeitos: professores, alunos e

comunidade.

Esta nova estrutura curricular deve refletir o atual momento


histórico e projetar-se para o futuro, abrindo novos caminhos
para a construção de conhecimentos, como experiência
concreta no decorrer da própria formação profissional.
(ABESS/CEDEPSS, 1997, p. 64)

E, é justamente dentro desta nova lógica curricular, alicerçada num

pensamento crítico, que busca propostas inovadoras de ação profissional, que o

estágio supervisionado é entendido e considerado como uma das atividades

integradoras do currículo.

O estágio supervisionado é um momento privilegiado de aprendizado

teórico-prático, concebido dentro da proposta básica da ABEPSS como:


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[...] uma atividade curricular obrigatória que se configura a


partir da inserção do aluno no espaço sócio-institucional
objetivando capacitá-lo para o exercício do trabalho
profissional, o que pressupõe supervisão sistemática. Esta
supervisão será feita pelo professor supervisor e pelo
profissional do campo, através da reflexão, acompanhamento
e sistematização com base em planos de estágio, elaborados
em conjunto entre unidade de ensino e unidade campo de
estágio, tendo como referência a Lei 8662/93 (Lei de
Regulamentação da Profissão) e o Código de Ética do
Profissional (1993). O estágio supervisionado é
concomitante ao período letivo escolar. (ABESS/CEDEPSS,
1997, p. 71)

O curso de Serviço Social tem uma carga horária mínima de 2700

horas, com duração média de 4 anos. Dada a importância do estágio

supervisionado no processo de formação do assistente social, na nova proposta

curricular, este deverá ter como carga horária mínima 15% da carga horária do

curso, o que totaliza 405 horas.

Um dos eixos do processo de reformulação da formação profissional é

o “ensino da prática” em suas dimensões teórica, ético-política e técnica,

vinculado diretamente ao estágio prático supervisionado enquanto atividade

curricular obrigatória.

Coloca-se, pois como um dos problemas centrais a mediação


entre o ‘ensino teórico’ e o ‘ensino da prática’, para que o
discente se aproprie de um instrumental de análise e, pela
apreensão crítica de situações singulares, possa compreender
a particularidade de seu objeto de investigação e intervenção.
(Iamamoto, 1998, p. 269)

Devido ao debate teórico ter se constituído um dos pontos

fundamentais nas reflexões sobre o ensino do Serviço Social, há temáticas que

necessitam de maior espaço para aprofundamento e discussões mais


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sistematizadas como, por exemplo, o significado do estágio supervisionado no

processo de formação profissional do assistente social.

O estágio supervisionado necessita ser analisado no contexto do ensino

teórico-prático do Serviço Social, caso contrário, estabelecemos um

descolamento da realidade da prática profissional com o ensino nas unidades

acadêmicas, reforçando o distanciamento entre o discurso acadêmico e o

cotidiano da ação profissional.

O aprendizado de uma profissão, em parte atribuído ao


estágio, envolve uma dinâmica típica e específica, que
estabelece na produção de conhecimentos da prática, o qual
supõe o redimensionamento dos conhecimentos teóricos na
sua relação com a realidade. (Pinto, 1997, p. 13)

Enquanto espaço privilegiado de aprendizagem, o estágio é o lócus

propício para o aluno desenvolver sua matriz de identidade profissional,

efetivada através da responsabilidade, consciência, compromisso, espírito

crítico e inovador. Na medida que o aluno se sente sujeito nesta atividade

educativa, o estágio é efetivamente o espaço de legitimidade profissional.

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