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que, de fato, a Prefeitura entregou este cheque a Nilza, para que quitasse o
aluguel devido. Nada mais.
A caracterização do ilícito capitulado no art. 41-A da Lei n 9.504/97
exige, além da comprovação da oferta, promessa ou entrega de vantagem
econômica, a específica finalidade de obtenção de votos, o que, nem de
longe, restou evidenciado nos autos.
Ora, sequer foi colhido o depoimento da eleitora supostamente
cooptada, para que se apurasse se a entrega do cheque se fez acompanhar
por pedido de voto, muito menos há a informação de quem teria fornecido
o cheque.
Portanto, à míngua de comprovação do envolvimento, ainda que
indireto, dos recorrentes, bem como do fim específico de obtenção de votos,
afasto a alegação de captação ilícita de sufrágio.
CONCLUSÃO
Portanto, considero caracterizada apenas a prática de abuso de
poder político, por meio da utilização de escola pública para confecção de
bandeiras de campanha.
Entretanto, tal ilícito não se reveste de gravidade suficiente para
ensejar a cassação dos mandatos dos recorrentes, razão pela qual reputo
suficiente a apenação do prefeito e do vice-prefeito com a pena de multa,
452 que fixo no valor individual de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
Por todo o exposto, dissentindo do Relator, voto pelo PROVIMEN-
TO PARCIAL DO RECURSO, para afastar a decretação de inelegibilidade
dos recorrentes pelo período de 08 (oito) anos, mantendo, contudo, a
condenação ao pagamento de multa, no valor individual de R$ 20.000,00
(vinte mil reais).
É como voto.
ACÓRDÃO
RELATÓRIO
VOTO
‘[…]
1. As conclusões da decisão agravada que não foram especi-
ficamente impugnadas devem ser mantidas por seus próprios
fundamentos.
2. A Súmula n° 182/STJ incide no agravo de instrumento
interposto pelo agravante, pois este não infirmou o fundamento
da decisão regional que negou seguimento ao recurso especial,
limitando-se a repetir os argumentos do especial.
[...]
4. Agravo regimental desprovido.’
(AgR-AI n° 220-39/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 26/8/2013);
e
‘[...] 1. Nas razões do instrumento, os Agravantes deixaram de
se voltar contra os fundamentos da decisão agravada, quais