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Sumário
1. Introdução............................................................................................................... 3
2. Princípio Valor ....................................................................................................... 5
3. Princípio Fluxo de Valor ........................................................................................ 9
4. Princípio Fluxo .................................................................................................... 15
5. Princípio Puxar ..................................................................................................... 19
6. Princípio Perfeição ............................................................................................... 23
7. Glossário............................................................................................................... 24
8. Referências Bibliográficas.................................................................................... 28
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1. Introdução
O Sistema Toyota de Produção surgiu logo após a Segunda Guerra Mundial, época
em que as indústrias japonesas estavam passando por momentos de baixa produtividade. A
criação do sistema se deve principalmente a três pessoas: o fundador da Toyota, Sakichi
Toyoda, seu filho Kiichiro Toyoda e o engenheiro Taiichi Ohno. O Sistema Toyota de
Produção objetiva aumentar a eficiência da produção pela eliminação contínua de
desperdícios.
Os sistemas de gestão desenvolvidos por Frederick Taylor e Henry Ford
predominaram de forma eficiente e amadurecida até a década de 50, e procuravam reduzir
os custos unitários dos produtos através da produção em larga escala e especialização do
trabalho no chão de fábrica. Após esta data, o sistema japonês mostrou-se cada vez mais
produtivo, colocando as indústrias japonesas entre as melhores no cenário do mercado
mundial.
A entrada súbita dos japoneses chamou a atenção de muitas empresas do ocidente
que perceberam que estavam perdendo mercado, pois não possuíam um conhecimento novo
e mais produtivo que os modelos de produção em massa provenientes do Fordismo. As
fábricas japonesas começaram a espalhar-se pelo mundo, ao mesmo tempo em que a
indústrias ocidentais procuravam igualar-se a elas, porém, encararam grandes dificuldades.
Para entender essa nova filosofia que se mostrava cada vez mais poderosa, o grupo IMVP
(Institute Motor Vehicle Program) dentro do MIT (Massachusetts Institute of Technology),
iniciou em 1985 um estudo de cinco anos sobre a indústria automobilística, pesquisando 90
plantas montadoras de veículos em 17 países.
Em 1990, foi publicado o livro “The Machine that Changed the World” de James P.
Womack, Daniel T. Jones & Daniel Roods. Eles chamaram inicialmente o Sistema Toyota
de Produção (STP) de lean manufacturing, que se apresentou como, além de um novo
paradigma, um contra-ponto à produção em massa. O termo Lean (enxuto), usado para
descrever essa nova filosofia, vinha do fato que a empresa produzia cada vez mais com
cada vez menos. As empresas da Toyota possuíam alta variedade e baixos volumes com
custos mínimos, investimentos reduzidos, elevados padrões de qualidade, menor número de
operários na fábrica, espaço de fabricação, ativos fixos, tempo para desenvolver novos
produtos, baixos estoques, poucos defeitos, etc.
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O livro trazia um benchmarking para mostrar que existia uma forma melhor de
organizar e gerenciar os relacionamentos com clientes, fornecedores, desenvolvimento de
produtos e operações de produção. O receio era saber se o mundo estava preparado para
receber tal filosofia que se opunha fortemente a maneira com a qual estavam todos
costumados a fazer: “será que o sonho da produção em massa era tão profundo?”, dizia um
dos autores. Felizmente o sucesso foi grande e o livro chegou a ser traduzido em 11
idiomas. Muitos empresários estavam dispostos a experimentar a produção enxuta, porém
surgiu um problema, eles não sabiam como implementá-la. O livro trazia as novas práticas
e ferramentas específicas isoladas e os resultados obtidos com elas, mas não indicava os
princípios-chave que eles deveriam usar para guiar suas ações.
Para auxiliá-los na implementação enxuta, utilizando o resultado de estudos sub-
seqüentes, Womack e Jones publicam outro livro chamado “A Mentalidade Enxuta” em
1996. Após 5 anos, desde a publicação de “A Máquina que mudou o mundo”, Jones e
Womack interagiram com muitas empresas e acompanharam várias delas em diferentes
ramos industriais (não só no automobilístico como no primeiro livro) durante a fase de
transformação de uma empresa de produção em massa em uma de produção enxuta. Dessa
forma, conseguiram resumir a produção lean em cinco princípios:
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2. Princípio do Valor
Para conseguir definir o verdadeiro sentido de valor (aquilo que realmente o cliente
espera de um produto) é necessário aproximá-lo da empresa e estabelecer um canal de
comunicação. Deve-se deixar que o cliente expresse seus desejos e vontades, pois na
maioria das vezes, eles valorizam muito mais outras customizações e até estão dispostos a
pagar mais por elas.
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Uma alternativa que auxilia no processamento das informações obtidas dos clientes
é dividir a empresa em equipes de trabalho responsáveis pela produção de um produto
específico. Cada equipe deve ser constituída por membros do grupo de marketing,
engenheiros de equipamentos/processos, engenheiros de produto, entre outros, dependendo
do tipo de produto a ser produzido. O engenheiro chefe que lidera essas equipes é
conhecido como shusa - termo utilizado pela Toyota. O shusa conduz desde a concepção
do produto até a sua produção, ou seja, ele e sua equipe ficam alocados durante todo o ciclo
de vida do produto.
Custo-alvo
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capital para ser usado na empresa. Pode-se tanto abaixar o preço do produto, como investir
em produtos novos, ou ainda acrescentar novos serviços ao produto, entre outros.
Por fim, o custo-alvo, que é calculado fora de desperdícios, serve como uma lente
para examinar cada processo do fluxo de valor (desenvolvimento, entrada de pedidos e
produção) e verificar se todas as atividades estão realmente criando algum valor para o
cliente.
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.
Tecla Power
Figura 1 – teclado
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3. Princípio Fluxo de Valor
Com a definição do valor e seu custo-alvo, o próximo passo para dar continuidade à
aplicação da mentalidade enxuta em uma empresa é mapear o fluxo do produto desde a
matéria-prima até o produto acabado, do pedido à entrega e da concepção ao lançamento.
Esse mapeamento descreve todas as etapas envolvidas nos fluxos de materiais e
informações necessárias para atender aos clientes, e pode enquadrá-las em uma das três
categorias explicitadas abaixo:
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momento vendas quebras Redução do Set-up
Processamento
em lotes
grandes para
gerar mais
saída
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máquina comunicação anomalias)
Office Kaizen
TPM (manutenção
produtiva total)
Falta de ordem
no
processamento
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incapazes
Fonte: www.gemba.com
De uma maneira mais simples, mapear o fluxo de valor é seguir todo o caminho
percorrido pelo produto desde a matéria-prima até o produto acabado, batendo de porta em
porta em cada processo, para poder representá-lo como um todo e visualizar os fluxos de
materiais e informações da empresa. Através desta representação fica visível o sistema
empurrado de produção, no qual o produtor é quem define a quantidade a ser produzida e
não o cliente (ao contrário do sistema puxado), e também os pontos onde não há fluxo de
materiais, dois fatores que geram acúmulo de estoques.
Após a visualização da situação atual da empresa e a identificação de todas as ações
que não criam valor, planeja-se um novo mapa de fluxo de forma que não haja mais
desperdícios e que ocorra a integração entre as etapas de produção.
A figura 2 mostra um exemplo de um mapa de fluxo.
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Mapa do estado atual – Estamparia ABC
Previsão de CONTROLE DE
Previsões de
6 semanas PRODUCÃO
90/60/30 dias Montadora
Aços São Jorge
São Paulo Fax Pedidos
MRP
Semanal Diários
Bobinas 500 pés 18.400 pçs/mês
Programação Semanal 12.000 “E”
6.400 “D”
2 Turnos
Bandeja=20 pçs
Programação
diária de entregas
Terças e
Quintas
Diário
E E E E E E
200 T
Bobinas 4.600 E 1.100 E 1.600 E 1.200 E 2700 E
1 1 1 1 1
5 dias 2.400 D 600 D 850 D 640 D 1.440 D
T/C = 1 seg. T/C = 39 seg. T/C = 46 seg. T/C = 62 seg. T/C = 40 seg.
T/R = 1 hora T/R = 10 min. T/R = 10 min. T/R = 0 T/R = 0
Disponibilidade = 85% Disponibilidade = 100% Disponibilidade = 100% Disponibilidade = 100% Disponibilidade = 100%
5 dias 7,6 dias 1,8 dias 2,7 dias 2 dias 4,5 dias
Lead time = 23,6 dias
1 segundo 39 segundos 46 segundos 62 segundos 40 segundos
Tempo de = 188 seg.
Processamento
fonte:Lean Institute
Figura 2 - Exemplo de um mapa de fluxo
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provenientes da montadora. Nessa parte, percebe-se o quanto a empresa trabalha com
previsões de demanda, que são dados não confiáveis e podem gerar desperdícios.
Lean enterprise
Por exemplo, uma empresa enxuta de automóveis que queira terceirizar a produção
de pára-choques de uma linha de produtos deve interagir com a nova empresa de forma
colaborativa e não como adversários isolados. Essa empresa terceirizada deve entrar no
ritmo de produção da fábrica de automóveis e fornecer os produtos de forma contínua e
sem desperdício. Para tal, é preciso que ambas tenham um conhecimento das limitações e
capacidades produtivas de cada uma e trabalhem juntas para minimizar essas diferenças,
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evitando assim possíveis atrasos nas encomendas que afetariam o planejamento da empresa
compradora e causariam descontentamento entre as partes.
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PRESIDENTE
Vendas e Recursos
Engenharia Operações Qualidade Finanças
Marketing Humanos
Engenharia de
ferramentas
Figura 3 - obstáculos
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a Toyota pudesse explicar a evolução do seu sistema para os funcionários e os
fornecedores.
Estabilidade
Como se pode ver, a figura 4 representa uma casa como o propósito de evidenciar as
características do sistema que formam a base e os pilares que sustentam o telhado.
Começando pela base, encontram-se as três primeiras ferramentas que asseguram a
estabilidade: Heijunka, trabalho padronizado e Kaizen. Heijunka é o nivelamento do tipo e
da quantidade de produção durante um período fixo de tempo para que a empresa consiga
atender eficientemente aos pedidos dos clientes, assim como evitar excesso de estoque,
reduzir o custo e diminuir o tempo de lead time em toda produção.
O Kaizen é a prática de melhoria contínua de um fluxo completo ou de um processo
individual, a fim de agregar mais valor com menos desperdício.
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Já o trabalho padronizado consiste em tornar padrão todas as ações que criam valor
na empresa para garantir a qualidade e facilitar na melhoria contínua.
Por exemplo, se uma fábrica opera 480 minutos por dia e a demanda do cliente é de
240 unidades diárias, o tempo takt é de dois minutos. Do mesmo modo, se os clientes
desejam dois novos produtos por mês, o tempo takt é de duas semanas. Com a noção do
tempo takt em mãos, a empresa pode decidir se há ou não a necessidade de diminuir o lead
time, de modo que ele esteja em uma região de segurança - bem abaixo do tempo takt - para
que a empresa não corra o risco de deixar de atender à demanda real dos clientes devido às
oscilações do mercado. Logo, a confiabilidade na entrega de produtos da empresa para o
cliente dentro do prazo especificado torna-se muito maior (valor para o cliente).
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Fluxo psicológico
5. Princípio Puxar
Depois que um produto deixa de ser um conceito e passa para linha de produção,
um dos principais custos envolvidos na etapa de produção, o qual pode ser minimizado para
aumentar o lucro da empresa ou garantir market share, é o custo com estoques (matéria-
prima, produto em processamento e produto acabado). Este custo é o principal desperdício
a ser atacado na etapa produtiva de um produto.
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deixar de ser refém dos dados estatísticos do mercado, isto é, com as três etapas anteriores
bem executadas, a empresa pode produzir somente o que o mercado quer e na hora em que
for desejado. Em outras palavras, deve-se esperar o mercado puxar a produção do produto.
Um sistema puxado só faz o necessário quando necessário, mantendo um bom nível de
estoque, através de mecanismos de controle e ferramentas de produção em excesso. Já em
um sistema empurrado, as etapas de processo ou de fluxo de valor são desconectadas, dessa
forma cada etapa recebe sua própria programação baseadas em previsões de demandas (que
nem sempre estão certas) e causam problemas na programação da produção.
Assim, o sistema puxado, juntamente com a idéia de fluxo contínuo, permite que
todos trabalhem dentro de um ritmo mais nivelado, que é uma maneira uniforme de
distribuir a utilização dos recursos, evitando sobrecargas (Muri), irregularidades (Mura) e
desperdícios (Muda). Dentro desse sistema regularizado, pode-se criar o nivelamento de
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mix, que é a capacidade da empresa em produzir diferentes produtos dentro de um intervalo
de tempo. Quanto maior o grau de nivelamento dela, maior será a capacidade de produzir
pequenos lotes e maior será a flexibilidade que a empresa terá para atender a vários pedidos
de diferentes produtos. Para isso, é também necessário reduzir o tempo de troca de
ferramentas, aumentar a freqüência de entregas e agilizar o tempo de resposta a problemas.
Uma empresa XX produz 3 tipos de produtos (A, B e C), ela pode ter um
nivelamento semanal, no qual segundas e terças produz A, quartas produz B e quintas e
sextas produz C. Isso leva a empresa a produzir grandes lotes de cada produto, o que gera a
formação de grandes estoques, tanto de produto acabado como entre os processos
produtivos. Além de correr o risco de não poder atender na segunda-feira, por exemplo, ao
pedido de um produto C, que pode não haver mais no estoque da empresa, causando
insatisfação cliente que irá esperar no mínimo até a próxima quinta-feira. Ou caso o cliente
gostaria de uma customização específica nesse produto C, ele também teria que esperar no
mínimo até quinta.
Se outras empresas podem fornecer o produto que o consumidor quer, na hora que
ele precisa, a empresa XX passará a perder seus clientes para as concorrentes.
Para evitar esse fato, uma alternativa é o aumento no grau de nivelamento de mix. A
programação da produção da empresa passará de semanal para diária, ou seja, todo dia ela
produzirá uma certa quantidade de cada produto (A, B e C).
O gráfico 1 evidencia lado a lado os dois tipos de programação da produção:
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– demanda semanal: 2000 (A), 1000 (B), 2000 (C)
peças
Nivelamento Semanal Nivelamento diário
1000
A B C
400
200 A CA CA CA CA C
B B B B B
seg ter qua qui sex seg ter qua qui sex
Gráfico 1 – programação da produção
Porém, o aumento do grau de nivelamento de mix não é uma tarefa tão simples. A
empresa deve ter um conhecimento bem detalhado de toda a sua cadeia produtiva, de forma
que ela saiba quais repercussões terá cada modificação feita. Deve-se aplicar técnicas de
diminuição no tempo de troca de máquinas (setup), aumentar o tempo de resposta a
problemas, fazer promoções e descontos a pedidos com maior regularidade, entender e
questionar as flutuações de demanda, entre outros.
Por fim, com a produção de lotes menores e entregas mais freqüentes, a empresa
passa a trabalhar constantemente com uma demanda real e não com uma previsão, evitando
desperdícios de produção em excesso e consecutivamente de acúmulo de estoque.
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6. Princípio da Perfeição
Pode-se dizer que o estado perfeito é apenas um objetivo que nunca será alcançado,
pois a eliminação total dos desperdícios é praticamente impossível. Então, o que se
recomenda aos gestores das empresas, é criar um ambiente onde a busca por melhorar
continuamente os processos produtivos, as trocas de ferramentas das máquinas, o layout, e
até outras áreas, seja uma tarefa inerente de cada colaborador.
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• Aumento de produtividade de 10 a 60%
• Reduções de custos de 10 a 30%
• Melhoria sensível da qualidade
7. Glossário
Benchmarking: processo positivo e pró-ativo por meio do qual uma empresa examina
como outra realiza uma função específica a fim de melhorar como realizar a mesma ou uma
função semelhante.
Cinco S (5S): Cinco palavras japonesas iniciadas por S utilizadas para criar um local de
trabalho adequado ao controle visual e à produção enxuta. Seire significa separar as
ferramentas, peças e instruções necessárias dos matériais desnecessários e eliminar esses
últimos. Seiton significa arrumar e identificar peças e ferramentas, tendo como objetivo a
facilidade de uso. Seiso significa promover uma campanha de limpeza geral. Seiketsu
significa realizar seiri, seiton e seiso em intervalos freqüentes, diários até, para manter o
local de trabalho em perfeitas condições. Shitsuke significa formar o hábito de seguir
sempre os quatro primeiros Ss.
Custo-alvo: Custo de desenvolvimento e produção que um produto não pode exceder para
que o cliente fique satisfeito com o valor do produto e o fabricante obtenha um retorno
aceitável de seu investimento.
Engenheiro chefe (Shusa): Termo utilizado na Toyota para o gerente com total
responsabilidade pelo desenvolvimento e sucesso de uma linha de produtos (uma
plataforma de carro ou uma variante desenvolvida a partir de uma plataforma). O
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engenheiro-chefe (antes conhecido pelo termo japonês "shusa" conduz o processo de
desenvolvimento desde o início do desenvolvimento do produto até sua produção.
Estoque: Materiais (e informações) presentes ao longo de um fluxo de valor entre as etapas
de processamento. Estoques físicos são normalmente categorizados por sua posição no
fluxo de valor e por seu objetivo. Matérias-primas, estoque em processo e produtos
acabados são termos utilizados para descrever a posição do estoque no processo de
produção. Pulmões, estoques de segurança e estoques para expedição são termos utilizados
para descrever o objetivo do estoque.
Fluxo contínuo: Produzir e movimentar um item por vez (ou um lote pequeno de itens) ao
longo de uma série de etapas de processamento, continuamente, sendo que em cada etapa se
realiza apenas o que é exigido pela etapa seguinte.
Fluxo de uma só peça (on- piece flow): Situação na qual os produtos passam, um produto
completo de cada vez, por várias operações no projeto, recebimento de pedidos e produção,
sem interrupções, retrofluxos ou refugo.
Fluxo de valor: Todas as ações, tanto as de agregação quanto as de não agregação de valor,
exigidas para trazer um produto, desde a matéria-prima até o produto acabado, ou do
pedido até a entrega, ou ainda, da concepção ao lançamento. Incluem as ações para
processar as informações vindas do cliente e as ações para transformar o produto em seu
caminho fluxo abaixo.
Gerenciamento Visual: Colocação em local fácil de ver de todas as ferramentas, peças,
atividades de produção e indicadores de desempenho do sistema de produção, de modo que
a situação do sistema possa ser entendida rapidamente por todos os envolvidos.
Heijunka: Nivelamento do tipo e da quantidade de produção durante um período fixo de
tempo. Isso permite que a produção atenda eficientemente às exigências do cliente, ao
mesmo tempo em que evita excesso de estoque, reduz custos, mão-de-obra e lead time de
produção em todo o fluxo de valor.
Ilhas de processo: Agrupamento de atividades por tipo, e não na seqüência necessária para
projetar ou fabricar um produto.
Jidoka: Fornecer às máquinas e aos operadores a habilidade de detectar quando uma
condição anormal ocorreu e interromper imediatamente o trabalho. Isso possibilita que as
operações construam a qualidade do produto em cada etapa do processo e separa os homens
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das máquinas para um trabalho mais eficiente. O Jidoka é um dos dois pilares do Sistema
de Produção Toyota, junto com o Just-in-Time.
Just in time: Sistema de produção e entrega dos produtos certos no momento certo e na
quantidade certa. O just in time aproxima-se do just on time quando as atividades em etapas
anteriores ocorrem minutos ou segundos antes das atividades posteriores, possibilitando
assim o fluxo contínuo. Os elementos-chave do just in time são fluxo, puxar, trabalho
padronizado e tempo takt.
Kaizen: Melhoria contínua e incremental de uma atividade a fim de criar mais valor com
menos desperdício. Chamado também de kaizen pontual e kaizen do processo.
Kanban: O kanban é um dispositivo sinalizador que autoriza e dá instruções para a
produção ou para a retirada de itens em um sistema puxado. O termo significa "sinal" em
japonês.
Layout: O layout é um esboço mostrando a distribuição física, tamanhos e pesos de
elementos como texto, gráficos ou figuras num determinado espaço. Pode ser apenas
formas rabiscadas numa folha para depois realizar o projeto ou pode ser o projeto em fase
de desenvolvimento.
Lead time: O tempo total que um consumidor deve esperar para receber um produto depois
de fazer um pedido.
Manutenção produtiva total (TPM): Uma série de técnicas empregadas pioneiramente
pela Denso (Grupo Toyota) no Japão, para garantir que todas as máquinas do processo de
produção estejam sempre aptas a realizar suas tarefas.
Mapeamento do fluxo de valor: Diagrama simples de todas as etapas envolvidas nos
fluxos de material e informação, necessárias para atender aos clientes, desde o pedido até a
entrega.
MRP (Material Requirement Planning): pode ser traduzido por Planejamento das
Necessidades de Materiais. A ênfase está na elaboração de um plano de suprimentos de
materiais, seja interna ou externamente. Pode determinar o que, quando e quanto comprar
ou fabricar um determinado produto.
Muda: Qualquer atividade que consuma recursos sem agregar valor ao cliente. Dentro
dessa categoria geral, é útil distinguir entre muda tipo 1 que consiste das atividades que não
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podem ser eliminadas imediatamente e muda tipo 2, as atividades que podem ser
rapidamente eliminadas por kaizen.
Mura: Falta de regularidade em uma operação, como os altos e baixos na programação
causados não pela demanda do cliente final mas, em verdade, pelo sistema de produção, ou
um ritmo de trabalho irregular em uma operação, fazendo com que os operadores tenham
picos de trabalho intensos e depois momentos de espera.
Muri: Sobrecarga intensa dos equipamentos ou dos operadores, exigindo-se que operem
em um ritmo mais intenso ou acelerado, empregando mais força ou esforço, por um período
maior de tempo do que aquele que o equipamento pode suportar ou o que permite um
gerenciamento adequado do pessoal.
Poka-yoke: Métodos que ajudam os operadores a evitar erros em seu trabalho, tais como
escolha de peça errada, montagem incorreta de uma peça, esquecimento de um componente
etc.
Produção em massa: Sistema de negócios desenvolvido no início do século XX para
organizar e gerenciar o desenvolvimento de produtos, as operações de produção, o sistema
de compras e o relacionamento com os clientes.
Produção empurrada: Processamento de grandes lotes de produtos em um ritmo máximo,
com base em previsão da demanda, movimentando esses lotes para o processo seguinte,
fluxo abaixo, ou para armazenamento, sem levar em conta as variações reais no ritmo de
trabalho do processo seguinte.
Produção Puxada: Método de controle da produção em que as atividades fluxo abaixo
avisam às atividades fluxo acima sobre suas necessidades. A produção puxada tenta
eliminar a produção em excesso e é um dos três componentes principais de um sistema de
produção Just-in-Time completo.
Redução de Set-up: Processo de redução do tempo necessário para a troca de modelo de
um processo, da última peça do produto anterior até a primeira peça boa do produto
seguinte.
Tempo Takt: Tempo disponível para a produção dividido pela demanda do cliente.
Trabalho Padronizado: Estabelecimento de procedimentos precisos para o trabalho de
cada um dos operadores em um processo de produção, baseado nos três seguintes
elementos: no tempo takt, na seqüência exata de trabalho em que um operador realiza suas
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tarefas dentro do tempo takt e no estoque padrão, incluindo os itens nas máquinas, exigido
para manter o processo operando suavemente.
Três P (3P): Método disciplinado de projetar um processo de produção enxuta para um
novo produto ou para o reprojetar radicalmente o processo de produção de um produto já
existente quando o produto ou a demanda mudaram substancialmente. Pode também ser
chamado de Desenvolvimento de Processos Enxuto.
8. Referências Bibliográficas
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