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Disciplina: Libras I

Autores: Esp. Liliane Assumpção Oliveira

Revisão de Conteúdos: Esp. Larissa Carla Costa

Revisão Ortográfica: Juliano de Paula Neitzki

Ano: 2018

Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas


páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de
Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em
cobrança de direitos autorais.

1
Liliane Assumpção Oliveira

Libras I
1ª Edição

2018
Curitiba, PR
Editora São Braz

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FICHA CATALOGRÁFICA

OLIVEIRA, Liliane Assumpção.


Libras I / Liliane Assumpção Oliveira. – Curitiba, 2018.
32 p.
Revisão de Conteúdos: Larissa Carla Costa.

Revisão Ortográfica: Juliano de Paula Neitzki.


Material didático da disciplina de Libras I – Faculdade São Braz (FSB),
2018.
ISBN: 978-85-5475-218-7

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PALAVRA DA INSTITUIÇÃO

Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz!

Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier,


nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão
Universitária.
A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas
também brasileiros conscientes de sua cidadania.
Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e
estudantes.

Bons estudos e conte sempre conosco!


Faculdade São Braz

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Apresentação da disciplina

A disciplina de Libras I será a porta de entrada para um mundo diferente,


em que será aprendido a “ouvir” com os olhos e a “falar” com as mãos. Será
apresentado um breve histórico das línguas de sinais, o que é Libras, os
aspectos básicos da gramática da Libras, assim como os parâmetros que a
compõem, os sinais icônicos e arbitrários, a datilologia, o alfabeto manual, os
tipos de frases e ainda um vocabulário composto dos seguintes temas:
numerais, calendário, cumprimentos e saudações, família, material escolar,
cores, sentimentos e sensações, países, estados brasileiros e alguns verbos.

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Aula 1 – Libras...afinal o que é isso?

Apresentação da aula 1

Esta aula tem por objetivo levar o aluno a conhecer como surgiram as
línguas de sinais e os conceitos que as definem, compreender como a Libras é
caracterizada no Brasil, apresentar o alfabeto manual e o vocabulário referente
aos numerais, calendário, cumprimentos e saudações.

1.1 Um pouco de história

Não se tem registro exato sobre em que momento as Línguas de Sinais


foram criadas, nem o local, porém segundo Albres (2005):

[...] consideramos que estas foram criadas por homens que tentam
resgatar o funcionamento comunicativo através dos demais canais por
terem um impedimento físico, ou seja, surdez. (ALBRES, 2005, p.1).

Segundo a autora, a necessidade de se comunicar transformou-se em


prática, possibilitando a criação de uma língua gestual-visual.
Os primeiros relatos sobre uma língua de sinais remetem aos anos entre
1750 e 1760, em Paris na França, onde o abade Charles Michel de L’Epée reuniu
os surdos dos arredores da cidade e criou a primeira escola pública para surdos,
que também era precursora no uso da língua de sinais. Seu trabalho se destaca
também, pois foi o primeiro a adotar um método de educação coletiva.
Foi a partir desse marco que se iniciou a multiplicação de professores
surdos e ouvintes, disseminando o uso da Língua de Sinais. Também foram
criadas várias outras escolas no mundo, em que além do uso das Línguas de
Sinais, usavam outros recursos na educação dos surdos, de acordo com Perlin
(2003).
Devido a esse processo, muitas línguas de sinais têm origem na língua de
sinais francesa, pois estudiosos de vários países deslocaram-se para a França
para aprender tanto a língua quanto o método de ensino. Dentre esses países,
incluem-se os Estados Unidos e o Brasil.

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Em 1815, o norte-americano Thomas Hopkins Gallaudet (1787-1851),
após ser recusado em Londres, na Inglaterra, para aprender o método lá
utilizado, seguiu para Paris, onde conheceu Laurent Clerc (1785-1869), surdo
francês e educador que o acompanhou aos Estados Unidos com o objetivo de
criar uma escola para surdos naquele país. O ensino era baseado na Língua
Gestual Americana, como foi denominada na época, sendo uma mescla da
língua de sinais francesa com o inglês, e mais tarde estruturou-se como
American Sign Language – ASL (Língua Americana de Sinais).
No Brasil, a educação de surdos e o uso da língua de sinais iniciaram-se
em 1855, com a chegada de Hernest Huet, professor surdo francês, trazido pelo
Imperador D. Pedro II, para iniciar um trabalho com duas crianças surdas
beneficiadas com bolsas de estudos pagas pelo governo. O trabalho baseava-
se no método francês, com a utilização da língua de sinais e a escrita.

Importante
A surdez é caracterizada pela perda ou diminuição do sentido
da audição. Pode ser causada por problemas genéticos,
infecciosos, traumas, tóxicos, desnutrição entre outros. A perda
auditiva é medida em Decibéis (dB) e é classificada por graus
que variam de leve a profundo, sendo que cada grau
compromete de alguma forma o indivíduo. Os indivíduos com
surdez severa e profunda têm influência nas habilidades de
ouvir e falar, apresentam dificuldade de entender a oralidade e
não desenvolvem a comunicação oral de forma espontânea.
Sendo assim, a língua de sinais é a principal forma de
comunicação para os surdos, considerada sua língua natural.

1.2 Definição de Língua Sinais

Ao contrário do que muitos pensam, as línguas de sinais não são


universais. Como já citado, existe a Língua de Sinais Americana, a Língua de
Sinais Francesa, a Língua de Sinais Portuguesa e a Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS), dentre outras.
As Línguas de Sinais não são apenas um conjunto de gestos que explicam
as línguas orais, são complexas e expressivas, permitindo aos seus usuários

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discutir sobre qualquer assunto, desde filosofia e política, até moda, poesia e
teatro, conforme apresenta Felipe (2001).
Libras é de modalidade visuoespacial, pois o sistema de signos
compartilhados é recebido pelos olhos, e sua produção é realizada pelas mãos,
no espaço. São reconhecidas como línguas pela linguística, que lhes atribui o
conceito de línguas naturais (QUADROS, KARNOPP, 2004). Possuem o mesmo
status das línguas orais, comuns aos ouvintes, como o português, o inglês, o
alemão, e outras.

1.2.1 A Libras – Língua Brasileira de Sinais

A lei 10.436 de 24 de abril de 2002, também conhecida como Lei da


Libras, reconhece a Língua Brasileira de Sinais como língua oficial em território
nacional. Em seu artigo 1º, parágrafo único, define como Língua Brasileira de
Sinais – Libras:

A forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de


natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um
sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de
comunidades de pessoas surdas do Brasil. (BRASIL, 20202).

Ressalta-se que a comunidade surda é composta obviamente


dos surdos, usuários nativos da Libras, mas também de todos
aqueles que utilizam a Libras de forma fluente. Este grupo
normalmente é composto por familiares, professores e
intérpretes.

1.3 O alfabeto manual ou datilológico em Libras

Antes de conhecer o alfabeto e o vocabulário inicial em Libras ressaltam-


se algumas especificidades importantes para melhor compreensão, como a
datilologia e as variações regionais.

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1.3.1 Datilologia

A datilologia é a produção, por diferentes formatos, das mãos que


representam as letras do alfabeto escrito e é utilizada para a “escrita no ar” de
substantivos próprios, outras palavras que ainda não possuem sinal, ou ainda,
para enfatizar determinada palavra que tenha sinal, porém, ainda é nova ao
vocabulário do surdo, que assim, precisa conhecê-la também em sua forma
escrita.
Outro ponto importante é que a datilologia deve ser contínua e rítmica.
Mesmo que o sinalizador esteja aprendendo, em um estágio inicial, sem muita
habilidade de coordenação, precisa lembrar que deve haver uma sequência e
nunca a soletração isolada de cada letra. A leitura das mãos se faz pelos
movimentos integrais que são realizados e não fragmentada letra por letra.

1.4 Variações regionais

Da mesma forma que acontece com as línguas orais, na Libras também


acontecem as variações regionais. Por exemplo: aipim, mandioca e macaxeira,
que são palavras diferentes na língua oral, porém sinônimos, representando o
mesmo significado. Na Libras existem, em alguns casos, mais de um sinal para
a mesma expressão ou palavra. Dessa forma, pode-se encontrar na bibliografia,
em sites, dicionários impressos ou digitais, sinais diferentes para um mesmo
significado. Isso não quer dizer que um está certo e outro errado, são apenas
diferentes, provavelmente pela sua região de utilização.
Sendo assim, se as fontes de informação e consulta dos sinais são
confiáveis, pode-se aceitar qualquer uma das formas como oficial e utilizar
normalmente no cotidiano.

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Alfabeto manual em Libras
Fonte:https://escritadesinais.files.wordpress.com/2010/09/alfabeto-manual-em-
ls.jpgCuriosidade

Curiosidade
Exemplos de Alfabetos de outras línguas de sinais:

ASL – Língua de Sinais Americana

Fonte: http://www.queerasl.com/asl-alphabet/

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BSL – Língua de Sinais Britânica

Fonte:http://www.supercoloring.com/pt/desenhos-para-
colorir/conjunto-do-alfabeto-da-linguagem-de-sinais-britanica

1.5 Vocabulário

Vocabulários estudados nesta aula:

Numerais: 0 a 10

Calendário: ontem, hoje, amanhã, depois de amanhã, de manhã, a tarde, a


noite, mês (Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto,
Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro), semana (2ª feira, 3ª feira, 4ª feira,
5ª feira, 6ª feira, sábado, domingo), Primavera, Verão, Outono, Inverno.

Cumprimentos e saudações: oi, tudo bem?, bom dia, boa tarde, boa noite,
tchau, com licença, obrigada, de nada, por favor, prazer em conhecer, seu sinal?,
meu sinal, seu nome?, meu nome, quantos anos você tem?

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Converse Com Seus Colegas
Agora que você já conhece o alfabeto datilológico da Libras,
os numerais e os cumprimentos, treine e junto com os
colegas façam pequenas apresentações pessoais com seu
nome, idade e data de nascimento.

Os conceitos apresentados nesta aula são fundamentais para o restante


do curso, pois a partir deles serão aprofundados vários conhecimentos que
servirão de base para a aquisição da Libras, aperfeiçoando a coordenação
motora manual, com vistas a maior fluência possível.

Resumo da aula 1

Nesta aula pôde-se conhecer a origem das línguas de sinais, bem como
o processo de expansão que as difundiu mundialmente. Também foi conceituada
a Libras como língua brasileira oficializada pela Lei 10.436/2002, como meio de
comunicação e expressão das comunidades surdas do país. Por fim,
apresentou-se o vocabulário inicial da disciplina com o alfabeto datilológico, os
numerais e verbetes referentes ao calendário, cumprimentos e saudações.

Atividade de Aprendizagem
No texto, foi apresentado o abade Charles Michel de
L’Epée, pioneiro no uso da língua de sinais. Pesquise de
que forma ele procedeu para aprender a língua francesa de
sinais e quais outras contribuições para a área.

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Aula 2 – Aspectos linguísticos da Libras

Apresentação da aula 2

Esta aula traz os aspectos básicos da gramática da Libras, composta


pelos cinco parâmetros que a compõe. São eles: configuração das mãos, ponto
de articulação, movimentos, orientação ou direcionalidade e expressões não
manuais. Apresenta também a continuação do vocabulário com temas referentes
à família, graus de parentesco, educação, materiais escolares e cores.

2.1 Parâmetros da Libras

Por volta da década de 1960, Willian C. Stokoe, linguista americano,


começou a pesquisar a língua de sinais americana (ASL) e concluiu que as
línguas de sinais também são decompostas em unidades menores de estruturas
linguísticas, da mesma forma que acontece com as línguas orais. Ou seja,
existem estruturas próprias e regras que as constituem.
Nas línguas orais os fonemas são as menores unidades sonoras
(fonológicas), que estabelecem contraste de significado para diferenciar
palavras. Já nas línguas de sinais, conforme Quadros e Karnopp (2004), as
unidades mínimas foram inicialmente chamadas de "quiremas" (do grego,
mãos). Porém, pesquisadores atuais têm usado a terminologia “fonemas” da
Libras para se referir às suas unidades espaciais que não têm nada a ver com
som, mas funcionam igualmente aos fonemas das línguas orais, como as
unidades menores que compõem os sinais.
Desta forma apresenta-se a estrutura linguística dessa língua, que se
organiza por cinco parâmetros principais:

 CM – Configuração das mãos;


 PA – Ponto de articulação;
 M – Movimentos;
 O – Orientação ou direcionalidade;
 Expressões não manuais.

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Estes parâmetros podem se combinar de forma sequencial ou simultânea,
para a composição de um sinal na Libras.

Importante
Toda e qualquer língua, seja ela oral ou de sinais, possui uma
estrutura gramatical que define seus padrões de uso correto.
São as regras necessárias para organizar as ideias com clareza
e coesão. A Libras também é delimitada pelos aspectos
morfológicos, semânticos e sintáticos, como ocorre com a nossa
língua portuguesa. Assim, é importante conhecer como essas
características aparecem, quais são os critérios de uso e a
aplicabilidade na comunicação cotidiana.

2.1.1 Configuração das mãos (CM)

São os formatos que as mãos assumem para a produção dos sinais.


Podem ser feitos pela mão dominante (direita ou esquerda) ou por ambas as
mãos. Atualmente, são aceitas 63 configurações de mãos diferentes (Pimenta,
Quadros, 2008).

Configurações de mãos
Fonte: https://izabelapce.files.wordpress.com/2011/03/configuracao_mao-
11.jpg?w=300&h=297

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São exemplos de sinais com a mesma configuração de mãos: brincar,
desculpas e sofrer.

2.1.2 Ponto de articulação (PA)

É o local de incidência da mão configurada, ou seja, onde o sinal é feito.


Pode ser em contato com alguma parte do corpo ou no espaço neutro.

Vocabulario
Espaço neutro: espaço em frente ao corpo que vai desde a
linha da cintura até o topo da cabeça, com amplitude lateral
da largura dos ombros.

As principais partes do corpo tocadas para a execução dos sinais são as


mãos, que podem tocar-se entre si, e, cabeça, face, pescoço, tórax e braços.
Exemplos de PA:

Cabeça – pensar, rei e Paraná


Tórax – saúde, coração e ter
Espaço neutro – céu, trabalhar e televisão

Importante
Os exemplos mais claros que diferenciam a configuração das
mãos e o ponto de articulação referem-se aos sinais de
“aprender, laranja e amar”. Eles têm a mesma configuração de
mãos, porém, pontos de articulação diferentes.

Já os sinais “pensar e entender” são realizados na lateral da


face (testa), ou seja, no mesmo ponto de articulação, mas com
configurações de mãos diferentes.

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2.1.3 Movimentos

Este parâmetro é realizado pelo deslocamento de uma ou ambas as mãos


no espaço. Pode ainda, envolver outras partes como o braço, antebraço, punho
e dedos. Há também sinais que não tem movimentos, sendo apenas compostos
pela configuração da mão e ponto de articulação.
Além disso, o parâmetro de movimento possui diferentes propriedades ou
características relacionadas aos seus elementos, variando em: forma, direção,
frequência e intensidade (Brito, 1995). Porém, essas especificidades serão
apresentadas nas disciplinas de Libras II e III, pois, para sua compreensão são
necessários conhecimentos mais aprofundados, que serão adquiridos
gradativamente no decorrer do curso.

2.1.4 Orientação ou direcionalidade

Neste parâmetro há autores que vinculam a orientação à direção do


movimento, ou seja, unidirecional (uma única direção), bidirecional (duas
direções diferentes) e multidirecional (várias direções), como é o caso de Felipe
(1998).
Já outros autores como Brito (1995) e Quadros; Karnopp (2004) se
referem à orientação com a posição da palma das mãos na execução dos sinais.
Esse tem sido o posicionamento mais aceito para definir o parâmetro de
orientação.
Assim, observa-se que na Libras as palmas das mãos podem orientar-se,
principalmente, para cima ou para baixo. Porém, a direção também pode estar
voltada para o corpo ou para frente; para a direita ou para a esquerda ou, ainda,
em diagonal.

2.1.5 Expressões não manuais

As expressões não manuais são compostas pelas expressões faciais e


corporais, que são imprescindíveis para identificação do contexto a que se insere
o sinal e a intenção dos interlocutores.

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São observadas duas formas principais de uso das expressões. O
primeiro refere-se à ênfase nos significados, ou seja, palavras que exprimem
sentimentos, emoções e sensações, sempre serão acompanhadas das
expressões. Ninguém demonstra alegria, medo ou frio, por exemplo, sem
manifestar, também, de forma visível pela face ou corpo. Por outro lado, as
expressões tem função de possibilitar a distinção entre significados de sinais
semelhantes. Alguns são compostos pela mesma configuração de mãos, mesmo
ponto de articulação, porém, o significado é revelado pela expressão.
As expressões complementam, ainda, o parâmetro de movimento, na
variação da intensidade ou frequência de repetição. Além disso, representam
marcas de construção sintática, produzindo ideia de pontuação de frases
afirmativas, interrogativas, negativas e exclamativas.

2.2 Vocabulário

Vocabulários estudados nesta aula:

Família e graus de parentesco: família, menino, menina, homem, mulher, mãe,


pai, filho(a), irmão(ã), tio(a), avô(ó), sobrinho(a), neto(a), primo(a),
padrinho/madrinha, bebê, namorar, noivar, casar, engravidar, nascer, abortar,
viver, morrer, solteiro(a), viúvo(a), separado/divorciado, cunhado(a), bisavô(ó),
padrasto/madrasta, adotado.

Escola/educação: escola, professor(a), pedagogo(a), aluno(a), diretor(a), sala


de aula, secretaria, pátio, refeitório, banheiro, cozinha, biblioteca, educação
infantil, 1° ao 9 ano anos, ensino médio, faculdade, pós-graduação, mestrado,
doutorado, metodologia, objetivos, planejamento, avaliação, prova, conteúdos,
Libras, Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História, Geografia, Ensino
Religioso, Artes, Ed. Física, Química, Biologia, Física, Inglês, Espanhol, boletim,
aprovado(a)/reprovado(a).

Materiais escolares: lápis, caneta, caderno, livro, borracha, régua, cola, lápis
de cor, apontador, papel, dicionário, computador.

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Cores: branco, preto, azul, verde, amarelo, laranja, vermelho, marrom, bege,
cinza, roxo, dourado, prateado, claro, escuro.

Saiba Mais
O avanço tecnológico proporcionou inovações no que se
refere à comunicação entre surdos e ouvintes, com novos
softwares e aplicativos, que funcionam como tradutores de
textos e voz para Libras, sendo, portanto, ferramentas de
acessibilidade. Os mais difundidos são: ProDeaf e Hand
Talk.

Resumo da aula 2

Nesta aula pode-se concluir que a aprendizagem da Libras requer


atenção para a forma como os sinais são executados, pois existem regras
próprias da gramática que devem ser respeitadas. Assim como qualquer língua
oral, a língua de sinais se organiza por unidades menores, que combinadas
geram significados.
A aula proporcionou a compreensão de que a sinalização na Libras
obedece cinco parâmetros principais, partindo-se da forma que as mãos
assumem, como se posicionam, o local em que o sinal é realizado, até o
movimento que realizam e as expressões que o acompanham. Apresentou,
ainda, o vocabulário referente aos temas de família, graus de parentesco,
educação, materiais escolares e cores.

Atividade de Aprendizagem
Pesquise nos softwares e aplicativos sugeridos anteriormente,
sinais que sejam realizados nos seguintes pontos de
articulação: cabeça, braço, espaço neutro.

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Aula 3 – Libras: uma outra língua no contexto social brasileiro

Apresentação da aula 3

A aula terá como tópico principal as variações linguísticas da Libras,


oriundas de diferentes contextos históricos, geográficos e socioculturais.
Também abordará os aspectos da iconicidade e arbitrariedade, que fazem parte
da sua estrutura gramatical. O vocabulário proposto trará temas de: animais,
alimentos e bebidas, e vestuário.

3.1 Variações linguísticas na Libras

Em todas as línguas, independentemente da modalidade ser oral auditiva


ou visuoespacial, pode-se identificar variações, pois são fenômenos diretamente
vinculados aos aspectos humanos e contextos históricos, geográficos,
comunicativos e socioculturais. Isso ocorre porque as línguas se formam
naturalmente nos meios onde estão inseridas, e desta forma, são diretamente
influenciadas por seus membros, suas ações, escolhas e realidade.

Importante
Observando atentamente as línguas orais é possível perceber
que existem variações na fala, como um “sotaque”, dentro de
um mesmo país, ou em países diferentes de mesma língua. O
inglês falado nos Estados Unidos é diferente do falado no Reino
Unido. Da mesma forma, na região sul dos Estados Unidos há
uma forma específica de pronúncia diferente de outras regiões.
Nas línguas de sinais, este fenômeno também acontece.

3.2 Variação geográfica ou regional

São variações que ocorrem entre usuários da Libras, porém que habitam
regiões distintas. Alguns sinais têm formas diversas de apresentação nos
estados brasileiros. Por exemplo: verde, papai.

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3.3 Variação histórica

Na medida em que os avanços acontecem na sociedade e que a história


se descortina, alguns paradigmas são quebrados e outros novos surgem. Novas
formas de viver são incorporadas, novas necessidades emergem e, também,
novas formas de falar, de se comunicar. Na Libras, assim como nas outras
línguas, muitas palavras são gradativamente deixadas fora de uso, outras são
modificadas e há, ainda, as que são substituídas. Como exemplos, pode-se
citar: nós, e-mail.

3.4 Variação sociocultural

O vocabulário utilizado na comunicação está diretamente ligado ao


contexto social, cultural e econômico do usuário. Os principais fatores que
influenciam essa variação são a faixa etária, grau de instrução, gênero e nível
econômico. Esse aspecto é bem fácil de ser verificado, pois as palavras usadas
para a comunicação com crianças, por exemplo, são sempre mais simples e
diretas, em comparação com as usadas numa conversa entre universitários.
Normalmente essas variações são percebidas em detalhes na
sinalização, ou seja, na mudança da configuração das mãos ou dos movimentos.
Exemplos: ajudar, avião.

3.5 Variação comunicativa

A variação comunicativa se refere à adaptação necessária para enquadrar


o diálogo em uma determinada situação, que pode ser mais ou menos formal,
pode ter conteúdos científicos ou de senso comum, pode ser engraçada ou
trágica. Em cada caso, a escolha dos sinais que serão utilizados deverá servir
para transmitir não somente a ideia, mas também, todo o contexto. Assim, essa
variação é mais postural do que de vocabulário.

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3.6 Iconicidade e arbitrariedade na Libras

A Libras não é apenas a língua natural da comunidade surda, como


também reflete as singularidades do mundo surdo, ou seja, a realidade visual
como meio de apreensão do mundo que o cerca.
A ideia de iconicidade na Libras refere-se à relação entre o sinal e aquilo
que representa. Desta forma, sinais icônicos são aqueles que fazem alusão à
imagem do seu significado, ou seja, apresentam correspondência visual com o
que representam. Há uma relação visível entre a “forma” e o “sentido”. São
exemplos de sinais icônicos: telefone, bebê, árvore, banho. (PEIRCE, 1999).
A ideia de arbitrariedade de uma língua está relacionada com a ideia de
convenção. (SAUSSURE, 2006). Isso quer dizer que há uma convenção entre o
grupo linguístico que usa a língua e define qual palavra, ou no caso, qual sinal,
representará determinado significado.
Assim, os sinais arbitrários são aqueles que não mantêm nenhuma
semelhança com o dado da realidade que representam, não tem
correspondência visual com seu significado. Ex: teimoso, mês, desculpe.

Embora nas línguas de sinais, a realização de um sinal tenha


muitos componentes icônicos, decorrentes de sua natureza
visual, isso não significa que em todas as línguas, os sinais
icônicos sejam iguais. Não há uma regra predeterminada.

Curiosidade
Sinal: é o signo linguístico na língua de sinais, o qual contém
uma unidade de informação convencionada pela
comunidade surda e que serve para comunicar algo a
alguém.
Gesto: movimento espontâneo, voluntário ou involuntário, do
corpo, especialmente das mãos, braços e cabeça como uma
forma de dar ênfase ao discurso na interação comunicativa.
Mímica: arte de exprimir os pensamentos e sentimentos,
imitar seres e representar objetos, ou seja, se comunicar e
se fazer entender sem fazer uso da fala, mas por gestos,
expressões corporais ou fisionômicas.

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3.7 Vocabulário

Vocabulários estudados nesta aula:

Animais: boi/vaca, bode, burro, cachorro, camelo, canguru, carneiro, cobra,


cavalo, coelho, elefante, foca, gato, girafa, gorila, jacaré, leão, lobo, macaco,
minhoca, onça, porco, rato, rinoceronte, sapo, tartaruga, tigre, urso, passarinho,
pato, arara/papagaio, coruja, galinha/galo/frango, peru, pinguim, pombo, baleia,
golfinho, tubarão, aranha,abelha, formiga, barata, borboleta.
Alimentos e bebidas: açúcar, azeite, arroz, bala, batata, biscoito/bolacha, bolo,
cachorro-quente, carne, cebola, cenoura, chocolate, churrasco, couve-flor, doce,
ervilha, farinha, feijão, gelatina, linguiça, macarrão, manteiga, milho, ovo, pão,
pastel, picolé, pizza, pipoca, presunto, queijo, sal, tomate, sanduíche, água, café,
cerveja, chá, coca-cola, guaraná, refrigerante, leite, maçã, banana, laranja,
limão, melancia, abóbora, pera, pêssego, maracujá, caju, abacate, abacaxi,
coco, mamão, manga, uva.
Vestuário: boné, bota, calça, bermuda, calcinha, camisa, camiseta, casaco,
cueca, chapéu, chinelo, meia, saia, vestido, sapato, tênis.

Amplie Seus Estudos


SUGESTÃO DE LEITURA

Libras: Que língua é essa?, de autoria da


linguista Audrei Gesser, é o primeiro livro
autoral nesta perspectiva, publicado no
Brasil na área da Linguística Aplicada. O
livro contém um conjunto de artigos que
esboçam possíveis respostas às perguntas
relacionadas aos três assuntos principais
que o norteiam: "A Língua Brasileira de
Sinais (LIBRAS)", "O surdo" e "A surdez".

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Resumo da aula 3

A aula reforçou a Libras como uma língua que permite aos usuários tratar
de assuntos de qualquer natureza, sejam fatos cotidianos, ciência, Filosofia,
política, entretenimento, etc. A única diferença é que tem sua base numa
estrutura gestual, e não oral como as línguas comuns, mas que não implica em
prejuízo, nem de compreensão e nem de argumento para seus usuários.
Ressaltou-se que embora a Libras não seja uma derivação da Língua
Portuguesa, muitas das características gramaticais são análogas. Aspectos
como a iconicidade e arbitrariedade, estão presentes em todas as línguas, assim
como, outras classificações gramaticais. Porém, não se deve estudar Libras de
forma dependente do Português. Ao contrário, deve-se aprofundar em seus
aspectos próprios, específicos, como as variações linguísticas, para garantir a
compreensão plena dos conceitos e assim, poder aplicá-los no dia a dia. O
vocabulário apresentado proporciona maior conhecimento das necessidades
cotidianas com temas sobre animais, alimentos e bebidas, e vestuário.

Atividade de Aprendizagem
Pesquise nos dicionários, softwares ou aplicativos de Libras,
sinais icônicos e sinais arbitrários e preencha a lista abaixo.

Sinais icônicos Sinais arbitrários

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Aula 4 – Libras...Vamos conversar

Apresentação da aula 4

Esta aula apresentará tópicos da estrutura sintática da Libras, referentes


à formação de frases e o fenômeno da topicalização. Abordará a formação de
frases afirmativas, negativas, interrogativas, exclamativas e imperativas na
língua de sinais. O vocabulário será referente aos temas sobre países, estados
brasileiros, sentimentos/sensações, pronomes interrogativos, antônimos e
verbos do cotidiano.

4.1 A sintaxe na Libras

A sintaxe é a divisão da linguística que identifica as relações dos


elementos estruturais da frase, bem como, das regras que regem as frases.
Fiorin (2010) entende por sintaxe, a percepção de como os itens lexicais de uma
língua estruturam-se em uma sentença, ou seja, de que forma se ordenam as
palavras para formar uma estrutura de sentido, no caso, a frase.

Importante
De acordo com Kenedy (2013), os aspectos linguísticos que
compõem uma língua são: morfologia, fonologia, sintaxe, léxico,
semântica e pragmática. A sintaxe e o léxico serão os principais
recursos utilizados para um falante construir frases dentro da
sua língua. Sendo assim, para que seja possível manter um
diálogo, é necessário que os interlocutores conheçam de que
forma ocorre a composição das frases, para que a comunicação
seja compreensível e possa transmitir a ideia que realmente se
quer.

4.2 Topicalização

Na língua portuguesa, assim como nas línguas orais, a estrutura sintática


segue uma ordem predefinida tendo como base a organização sujeito-predicado

24
ou SVO (sujeito-verbo-objeto). Já na língua de sinais essa estrutura se constitui
como o tipo tópico-comentário, também chamada de topicalização.
Pontes (1987) afirma que a característica principal da topicalização é a de
ser uma construção marcada, em que se coloca em evidência um elemento,
chamado de tópico, e faz-se sobre esse tópico um comentário. Nesse modelo, o
objeto passa a ser o tópico de sentença, enquanto que o verbo, o sujeito e os
demais componentes configuram o comentário do tópico. Ex: Frutas, eu gosto
de maçã / Faculdade, eu estudo Medicina.

4.3 Formação de frases

Para a formação de frases, os marcadores não manuais é que são


responsáveis por indicar as sentenças como afirmativas, negativas,
interrogativas, exclamativas e imperativas.
Outra informação importante é que na Libras não são usados artigos,
preposições, conjunções, porque esses conectivos estão incorporados ao sinal.

4.3.1 Frases afirmativas

Para as frases afirmativas as marcações não manuais são neutras, ou


seja, não há expressão facial ou corporal que enfatize a informação.

4.3.2 Frases negativas

As frases negativas na Libras podem ser construídas por três processos:

 Acrescentando-se o sinal NÃO à frase afirmativa.


 Ex: Não vou brincar. (Brincar não)

 Incorporando-se um sinal de negação, que já compõe o léxico


normal.
 Ex: ter / não ter, querer / não querer.

25
 Realizando um movimento negativo com a cabeça,
simultaneamente à ação que está sendo negada.
 Ex: conhecer / não conhecer, acreditar / não acreditar.

4.3.3 Frases interrogativas

Para construção de frases interrogativas na Libras, as expressões não


manuais são fundamentais e, de forma geral, são obtidas pelas sobrancelhas
franzidas na formulação da pergunta.
Há três principais possibilidades para a formação de frases interrogativas.
A primeira delas se dá com o uso dos pronomes interrogativos: o que, como,
onde, quem, por que, para que, quando, quanto, dentre outros. Ex: Quem vai
viajar com João? Quanto falta para arrecadar R$ 500,00?
Outra forma refere-se às perguntas simples para obter confirmação ou
negação a respeito de alguma situação, ou seja, quando a resposta só pode ser
sim ou não. Ex: Você está com fome? Ela vai viajar hoje?
Finalmente, a terceira possibilidade é quando a frase interrogativa
expressa dúvida e desconfiança. Neste caso, os referenciais não manuais são
os lábios comprimidos ou em protrusão, olhos mais fechados e testa franzida,
leve inclinação dos ombros para um lado.

4.3.4 Frases exclamativas

As frases exclamativas são empregadas quando o emissor quer


manifestar emoção. Na Libras as marcações não manuais envolvem as
sobrancelhas levantadas acompanhadas por expressões faciais que
acompanham emoções de medo, alegria, surpresa e outros.
Ex: Surpresa! Estou tão feliz!

4.3.5 Frases imperativas

As frases imperativas são utilizadas para emissão de ordens. Para


marcação desse tipo de frase na Libras, usa-se as sobrancelhas franzidas e
movimento firme da cabeça para baixo. Ex: Obedeça! Silêncio! Saia!

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Curiosidade
Ludwig Van Beethoven (1770-1827),
alemão consagrado como o maior
compositor do século, ficou surdo
aos 28 anos. Teve momentos de
depressão que influenciaram toda
sua vida, mas mesmo assim, após
1800 teve o período mais brilhante
da carreira, compondo sua obra mais famosa a "9ª Sinfonia".
Acredita-se que por não ter nascido surdo, tinha memória
auditiva para compor de forma harmônica e que serrou os
pés do seu piano para que ao tocar pudesse perceber mais
facilmente as vibrações da música.

4.4 Vocabulário

Vocabulários estudados nesta aula:

Países: Afeganistão, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina,


Austrália, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Norte/Sul,
Cuba, Egito, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Holanda, Índia,
Inglaterra, Iraque, Israel, Itália, Jamaica, Japão, México, Paraguai, Portugal,
Rússia, Turquia, Uruguai, Venezuela.

Estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo,
Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas,
Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins,
Pará, Amapá, Amazonas, Roraima, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, Goiás.

Sentimentos/sensações: Amor, ódio, paz, bravo, tristeza, felicidade, alegria,


dor, sofrimento, desejo/vontade, sonho (projeção), depressão, emoção,
ansiedade, orgulho (bom, ruim), dó/coitado/pena, vergonha, culpa,
arrependimento, nervoso, ciúme, inveja, preocupação, desprezo, paciência,
medo, problema, susto, falsidade, traição, vingança, alívio, saudade, raiva,
preguiça, esperança, coragem, calmo.
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Pronomes interrogativos: Quem, o que, quando, como, onde, por que, quanto.

Antônimos: feio/bonito, grande/pequeno, alto/baixo, grosso/fino, quente/frio,


novo/velho, mal/bem/bom, fraco/forte, cheio/vazio, limpo/sujo, feliz/triste,
magro/gordo, antes/depois, doente/saudável, mentira/verdade, perto/longe,
fácil/difícil.

Verbos: Abençoar, abraçar, abrir, acabar, achar, acontecer, acordar, acreditar,


ajoelhar, ajudar, almoçar, amar, andar, aprender, arrumar, atrasar, bagunçar,
beber, beijar, brigar, brincar, cair, cantar, chorar, combinar, começar, comer,
comprar, conhecer, conversar, deitar, dormir, ensinar, entender, errar, esquecer,
estudar, falar, fazer, gostar, lembrar, ler, obedecer, pagar, passear, pensar,
perder, procurar, quebrar, querer, rir/sorrir, sentir, sentar, ter, não ter, trabalhar.

Vídeo
Mr. Holland - Adorável Professor
Estados Unidos, 1995, 2h20min. Direção: Stephen Herek. O
filme retrata a história de um professor de música que inicia sua
trajetória profissional com grande dificuldade, mas que com o
passar dos anos torna-se muito respeitado. A surdez é incluída
na história, numa ironia do destino que envolve o professor e
sua família.
Disponível no link:
https://www.youtube.com/watch?v=fec59TLfQUE

Resumo da aula 4

Nesta aula foram apresentadas noções que devem garantir um bom nível
de conceitos e vocabulário para subsidiar a comunicação entre ouvintes e
surdos, atendendo as demandas das relações cotidianas. Compreender as
bases da estrutura gramatical da Libras, proporciona a comparação com a língua
portuguesa e, desta forma, permite perceber similaridades e diferenças, para
que se possa, a partir da experiência individual de cada um, buscar meios de

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memorização dos conteúdos e das palavras, para efetivar diálogos na busca da
fluência dessa nova língua que está adquirindo.

Atividade de Aprendizagem
Juntamente com um colega, forme frases em Libras com suas
cinco formas de expressão (afirmativas, negativas,
interrogativas, exclamativas e imperativas), utilizando os
vocabulários da aula, no intuito de manter um diálogo pelo
maior tempo possível. Tenha como meta conseguir montar
pelo menos 10 frases.

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Resumo da disciplina

Esta disciplina trouxe as noções básicas e fundamentais da Libras,


visando fornecer subsídios para o desenvolvimento da conversação com surdos.
O aprendizado de uma língua está diretamente ligado ao seu uso e prática.
Sendo assim, utilizar os recursos da melhor maneira, respeitando as regras da
língua e suas especificidades, tornará o processo mais efetivo. Pelas estruturas
linguísticas como os parâmetros, as variações regionais, a formação de frases,
e dos vocabulários apresentados, a Libras deve estar se tornando mais familiar,
começando a fazer parte da rotina, e vinculada às necessidades do dia a dia do
aluno, para que esse possa, finalmente, manter uma comunicação adequada e
autônoma com indivíduos com surdez.

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Referências

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MS. Editora Arara Azul Ltda., Petrópolis RJ, 2005.

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BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Lei 10.436,

BRITO, L. F. Por uma gramática de língua de sinais. Tempo Brasileiro UFRJ.


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Sinais: o mundo do surdo em Libras. São Paulo: Fundação Vitae; Favesp;
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