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Direito Constitucional

Exame de Ordem

Prof. Antonio C. KozikoskiJunior
INTRODUÇÃO
Seu objetivo
Sobre a prova

Quatro questões subjetivas valendo 1,25 (Total 5,0) para serem respondidas em 
30 linhas, no máximo, cada.

Uma peça valendo 5,0 para ser elaborada em no máximo 150 linhas (5 páginas 
de 30 linhas).

Aprovação: 6

Tempo de prova: 5 horas
Sobre a peças

Bloco 1
• Ação pelo Procedimento Comum
• Ação Popular
• Ação Civil Pública
Sobre a peças

Bloco 2
• Habeas Corpus
• Habeas Data
• Mandado de Segurança (individual e coletivo)
• Mandado de Injunção
• Reclamação
Sobre a peças

Bloco 3 ‐ Ações do controle concentrado
• Ação direta de inconstitucionalidade
• Ação declaratória de constitucionalidade
• Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
• Ação direta de inconstitucionalidade por omissão
• Ação direta de inconstitucionalidade interventiva
Sobre a peças

Bloco 4 ‐ Recursos
• Recurso Ordinário para o STF
• Recurso Ordinário para o STJ
• Recurso Extraordinário
• Recurso Especial
Sobre a peças

Bloco 5
• Contestação
• Agravo de Instrumento
• Apelação
• Parecer
Distribuição do conteúdo das peças

Folha de rosto Fatos Hipótese de cabimento


Mérito Pedidos
O que não fazer

Rasurar!
O que não fazer

Escrever fora das margens!
O que não fazer

Perder tempo na prova!

Deixar de treinar!
Folha de rosto

Local apropriado para a indicação do endereçamento, nome e qualificação das partes, indicação 
da ação, etc. 
Folha de rosto ‐ endereçamento

Sobre o endereçamento: o endereçamento abre qualquer peça. Através dele nos dirigimos ao 
órgão jurisdicional com competência para decidir no caso concreto. Esse endereçamento pode 
ser para o primeiro ou segundo grau, tribunais superiores ou mesmo Supremo Tribunal Federal, 
em ações ou recursos novos ou em curso.
Folha de rosto ‐ endereçamento

É imprescindível o conhecimento da estrutura judiciária brasileira. O aluno deve compreender o 
posicionamento dos Tribunais de Segundo Grau (Tribunais de Justiça, Tribunais Regionais 
Federal, Tribunais Regionais do Trabalho, Tribunais Regionais Eleitorais), Tribunais Superiores 
(Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior do Trabalho, Tribunal Superior Eleitoral e 
Superior Tribunal Militar) e do próprio Supremo Tribunal Federal.
Folha de rosto ‐ endereçamento

Ações novas em primeiro grau: em primeiro grau, o endereçamento segue a lógica 
“Excelentíssimo Senhor Doutor” + Juiz + Vara + Comarca + Estado”. Dentro dessa lógica, são 
vários os possíveis endereçamentos a depender das mais variadas organizações judiciárias. A 
título de exemplo, os mais comuns endereçamentos são os seguintes:
Folha de rosto ‐ endereçamento

“Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Cível da Comarca de ..., Estado ...”.

“Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da Vara Cível da Comarca de..., Estado  ...”.

“Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de ..., Estado ...”.

“Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da Vara Criminal da Comarca de ..., Estado...”.
Folha de rosto ‐ endereçamento

Quando o problema apresentar dados concretos, o aluno deverá utilizá‐los. Por exemplo, no IX 
Exame de Ordem, a segunda fase de direito constitucional trouxe um problema assim redigido: 
“José, brasileiro, desempregado, domiciliado no Município “ABC”, capital do Estado X”. Nesse 
caso, supondo tratar‐se de uma discussão envolvendo a Justiça Federal (como ocorreu no 
exame em questão), o endereçamento seria “Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da Vara 
Cível da Comarca de ABC, Estado X”.
Folha de rosto ‐ endereçamento

Ações em Tribunais (segundo grau, superiores ou Supremo Tribunal Federal): em casos como 
esses, o endereçamento deve ser sempre feito ao Presidente do Tribunal. Assim, a fórmula é 
mais simples e consiste em “Excelentíssimo Senhor Doutor + Cargo + Presidente + Tribunal”. 
Assim sendo, as possibilidades são as seguintes:
Folha de rosto ‐ endereçamento

“Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça do Estado ...”.

“Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Tribunal Regional Federal ...”.

“Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Superior Tribunal de Justiça”.

“Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal”.
Folha de rosto – nome e qualificação

Pessoa física:

“AUTOR, nacionalidade..., estado civil ..., profissão ..., CPF ..., com endereço residencial em..., 
endereço eletrônico..., por intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de 
mandato anexado), com endereço profissional em..., endereço eletrônico..., vem, com 
fundamento”
Folha de rosto – nome e qualificação

Pessoa jurídica

“AUTOR, inscrito no CNPJ sob o n°..., com endereço..., endereço eletrônico..., por intermédio de 
seu advogado ao final assinado (instrumento de mandato anexado), com endereço profissional 
em..., endereço eletrônico..., vem, com fundamento”
Distribuição do conteúdo das peças

Folha de rosto Fatos Hipótese de cabimento


Mérito Pedidos
Fatos

Descrever com brevidade o que aconteceu. Não gaste muito tempo porque não pontua (mas 
deve ser feito), mesmo porque se trata de um requisito da petição inicial.
Distribuição do conteúdo das peças

Folha de rosto Fatos Hipótese de cabimento


Mérito Pedidos
Hipótese de cabimento

Discorrer sobre as hipóteses de cabimento, indicando os artigos que embasam a pretensão, 
legitimados ativo e passivo, etc.
Distribuição do conteúdo das peças

Folha de rosto Fatos Hipótese de cabimento


Mérito Pedidos
Mérito

Discorrer sobre os fundamentos do pedido
Distribuição do conteúdo das peças

Folha de rosto Fatos Hipótese de cabimento


Mérito Pedidos
Tutela urgente

Discorrer sobre o provimento urgente no caso. Pode ser uma tutela de urgência, de evidência, 
um pedido cautelar, um pedido liminar. Cada ação tem uma sistemática, embora elas se 
pareçam e muito no fim.
Distribuição do conteúdo das peças

Folha de rosto Fatos Hipótese de cabimento


Mérito Pedidos
Pedido

Delimitar os pedidos da ação. Os pedidos são muito importantes e pontuam muito na prova.
Distribuição do conteúdo das peças

Folha de rosto Fatos Hipótese de cabimento


Mérito Pedidos
AÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM

Hipótese de cabimento

Hipótese de cabimento: não há uma específica hipótese de cabimento de pelo procedimento 
comum. Ela é a ação padrão na área cível, e se presta para obter declarar um direito, fixar uma 
indenização, efetuar uma cobrança, obrigação de fazer, etc.
Foro

O foro é definido pelas regras de competência do CPC, elencadas à partir do artigo 42.

A regra é o domicílio do Réu, devendo o Autor atentar para a competência federal ou estadual.
Legitimados

Os legitimados podem ser qualquer pessoa física ou jurídica, tanto no pólo ativo quanto no pólo
passivo
Procedimento

O procedimento é o do CPC. Atenção para os artigo 319 do CPC:

Art. 319.  A petição inicial indicará:
I ‐ o juízo a que é dirigida;
II ‐ os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número 
de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o 
endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III ‐ o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV ‐ o pedido com as suas especificações;
Procedimento

V ‐ o valor da causa;
VI ‐ as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII ‐ a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
Prática

ENDEREÇAMENTO (CONFORME REGRAS JÁ APONTADAS)

AUTOR, nacionalidade..., estado civil/união estável..., profissão..., CPF..., com endereço 
residencial em..., endereço eletrônico..., por intermédio de seu advogado ao final assinado 
(instrumento de mandato anexado), com endereço profissional em..., endereço eletrônico..., 
vem, com fundamento no artigo 318 e seguintes do Código de Processo Civil, ajuizar
Prática

AÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE 
URGÊNCIA/EVIDÊNCIA

em face de RÉU, nacionalidade..., estado civil/união estável ..., profissão ..., CPF ..., com 
endereço residencial em ..., endereço eletrônico...
Prática

1. FATOS

Descrever os fatos conforme as informações contidas no problema. Não acrescentar 
informações estranhas ao problema para não configurar identificação de peça!
Prática

2. MÉRITO

Discorrer sobre os fundamentos da ação.
Prática

3. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA/EVIDÊNCIA

É regra nas ações pelo procedimento comum.
Em caso de tutela de urgência, pedir com base no artigo 300 do CPC/2015:
“Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”.
Prática

Note que os elementos para a concessão da tutela de urgência são, basicamente, o antigo 
fumus boni juris e o periculum in mora, que agora são chamados de “elementos que evidenciam 
a probabilidade do direito” e o “perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”.
Prática

Sugestão de redação:

“Nos termos do artigo 300 do CPC (copiar o artigo).
No presente caso, estão presentes todos os elementos para a concessão da tutela de urgência.
Em primeiro lugar, é nítida a  probabilidade do direito”, uma vez que (explicar à luz do 
direito material que ampara a pretensão inicial).
Em segundo lugar, também há perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, pois 
(explicar)”.
Prática

Em caso de tutela de evidência, pedir com base no artigo 311 do CPC/2015, que assim dispõe:

Art. 311.  A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I ‐ ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da 
parte;
Prática

II ‐ as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III ‐ se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação 
de multa;
IV ‐ a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do 
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Prática

4. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) A concessão de tutela provisória de urgência/evidência, com o fim de determinar ao 
requerido que (descrever), uma vez que presentes os requisitos do artigo 300 do CPC.
Prática

b)  A designação de audiência prévia de conciliação/mediação, nos termos do art. 319, VII, do 
CPC/2015.

Obs: Caso o problema deixe claro que o Autor não queira a audiência, pedir da seguinte forma:

Desde logo informa o Autor que não tem interesse na realização de audiência de 
conciliação/mediação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015.
Prática

c)  A citação do requerido, nos termos do art. 246, do CPC/2015
d)  A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente a prova 
documental, depoimento pessoal das partes, prova testemunhal e prova pericial.
e)  Julgamento de procedência do pedido para fins de (descrever).
g)  A condenação dos Requeridos ao pagamento de custas e honorários de sucumbência.
Prática

Valor da causa: R$ 1.000,00 (ou o valor mencionado no problema).

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Problema

(OAB 2011.2 ‐ V EXAME) Mévio, brasileiro, solteiro, estudante universitário, domiciliado na 
capital do Estado W, requereu o seu ingresso em programa de bolsas financiado pelo Governo 
Federal, estando matriculado em Universidade particular. Após apresentar a documentação 
exigida, é surpreendido com a negativa do órgão federal competente, que aduz o não 
preenchimento de requisitos legais. Entre eles, está a exigência de pertencer a determinada 
etnia, uma vez que o programa é exclusivo de inclusão social para integrantes de grupo étnico 
descrito no edital, podendo, ao arbítrio da Administração, ocorrer integração de outras pessoas, 
caso ocorra saldo no orçamento do programa. Informa, ainda, que existe saldo financeiro e que, 
por isso, o seu requerimento ficará no aguardo do prazo estabelecido em regulamento. O 
referido prazo não consta na lei que instituiu o programa, e o referido ato normativo também 
não especificou a
Problema

limitação do financiamento para grupos étnicos. Com base na negativa da Administração 
Federal, a matrícula na Universidade particular ficou suspensa, prejudicando a continuação do 
curso superior. O valor da mensalidade por ano corresponde a R$ 20.000,00, sendo o curso de 
quatro anos de duração. O estudante pretende produzir provas de toda a espécie, receoso de 
que somente a prova documental não seja suficiente para o deslinde da causa. 
Problema

Isso foi feito em atendimento à consulta respondida pelo seu advogado Tício, especialista em 
Direito Público, que indicou a possibilidade de prova pericial complexa, bem como depoimentos 
de pessoas para comprovar a sua necessidade financeira e outros depoimentos para indicar 
possíveis beneficiários não incluídos no grupo étnico referido pela Administração. Aduz ainda 
que o pleito deve restringir‐se no reconhecimento do seu direito constitucional e que eventuais 
perdas e danos deveriam ser buscadas em outro momento. Há urgência, diante da proximidade 
do início do semestre letivo.
Na qualidade de advogado contratado por Mévio, elabore a peça cabível ao tema, observando: 
a) competência do juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito 
constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça inaugural. (Valor: 5,0)
AÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM
Distribuição do conteúdo das peças

Folha de rosto Fatos Hipótese de cabimento


Mérito Pedidos
Gabarito

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO W 

Mévio, brasileiro, solteiro, estudante universitário, CPF ..., com endereço residencial em..., na 
capital do Estado W, endereço eletrônico..., por intermédio de seu advogado ao final assinado 
(instrumento de mandato anexado), com endereço profissional em ..., endereço eletrônico..., 
vem, com
Gabarito

fundamento no artigo 318 e seguintes do Código de Processo Civil, ajuizar

AÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

em face de (1) UNIÃO, com endereço em..., endereço eletrônico..., e (2) UNIVERSIDADE, com 
endereço em..., endereço eletrônico... 
Gabarito

1. FATOS

O autor requereu o seu ingresso em programa de bolsas financiado pelo Governo Federal, 
estando matriculado em Universidade particular que ora apresenta como Requerida. Após 
apresentar a documentação exigida, foi surpreendido com a negativa do órgão federal 
competente, que aduz o não preenchimento de requisitos legais. Entre eles, está a exigência de 
pertencer a determinada etnia, 
Gabarito

uma vez que o programa é exclusivo de inclusão social para integrantes de grupo étnico descrito 
no edital, podendo, ao arbítrio da Administração, ocorrer integração de outras pessoas, caso 
ocorra saldo no orçamento do programa. Ocorre que ainda há saldo financeiro para amparar a 
sua pretensão. Mesmo assim, a União determinou que o Requerente aguarde o prazo 
estabelecido no regulamento.
O referido prazo não consta na lei que instituiu o programa, e o referido ato normativo também 
não
Gabarito

especificou a limitação do financiamento para grupos étnicos. Com base na negativa da 
Administração Federal, a matrícula na Universidade particular ficou suspensa, prejudicando a 
continuação do curso superior. 
Diante disso, tendo em vista o início das aulas e o perigo de danos para o Impetrante, cabível é a 
presente Ação Ordinária
Gabarito

2. MÉRITO

Conforme o artigo 6º da Constituição: 

São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o transporte, o trabalho, a moradia, o 
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição.

Ainda, o artigo 205 da Constituição afirma que:
Gabarito

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada 
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo 
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

No presente caso, o direito foi violado em razão do ato coator praticado pelas Requeridas, uma 
vez que sem qualquer justificativa razoável, 
Gabarito

pautada em lei, o Requerente foi proibido de dar sequência aos seus estudos com a matrícula 
no estabelecimento universitário pretendido.
Não bastasse, também a isonomia foi no presente caso ofendida, uma vez que a justificativa 
para a sua não inclusão foi o não pertencimento a determinada etnia. Ora, considerando que 
segundo o artigo 5º, caput e inciso I, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, e homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
Gabarito

termos desta Constituição, a exigência de integração a uma específica e determinada etnia é 
flagrantemente inconstitucional.
Ainda, é evidente a violação do direito do Requerente uma vez que a exigência de integrar 
determinada etnia não decorre de lei, e sim de capricho das Requeridas. Logo, também está 
violado o artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal que assim dispõe:
Gabarito

II ‐ ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Finalmente, há que se ressaltar que a conduta das Requeridas vai de encontro aos mais 
basilares princípios da Administração Pública. Esta, no caso concreto, está agindo de maneira 
absolutamente discricionária, deixando pautar‐se não pela vinculação que dela se espera, mas 
sim por preconceito relacionado a não inclusão de pessoa de etnia específica.
Gabarito

3. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

Nos termos do artigo 300 do Código de Processo Civil
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Gabarito

Em primeiro lugar, é nítida a probabilidade do direito, uma vez que o autor tem direito à 
educação, nos termos do artigo mencionado acima. Da mesma forma, ficou demonstrada a 
violação aos direitos fundamentais elencados.

Em segundo lugar, também há perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, pois há 
risco de a demora causar prejuízo, eis que é iminente o início das aulas.
Gabarito

4. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a)  A concessão de tutela provisória de urgência, com o fim de autorizar a inscrição do 
Requerente no programa de bolsas financiado pelo Governo Federal e, consequentemente, dar 
sequência aos seus estudos na Universidade Particular, uma vez que presentes os requisitos do 
artigo 300 do CPC.
Gabarito

b)  A designação de audiência prévia de conciliação/mediação, nos termos do art. 319, VII, do 
CPC/2015.
c)  A citação do requerido, nos termos do art. 246, do CPC/2015
d)  A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente a prova 
documental, depoimento pessoal das partes, prova testemunhal e prova pericial.
Gabarito

e)  Julgamento de procedência do pedido para fins de autorizar o Requerente a ingressar no 
programa de bolsas financiado pelo Governo Federal e consequentemente, a dar continuidade 
aos seus estudos na Universidade particular.
f)  Condenação dos Requeridos ao pagamento de custas processuais e honorários de 
sucumbência.
Gabarito

Valor da causa: R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Comentários da Banca

O tema envolve, de início, o exame da competência para julgamento da causa que envolve a 
União Federal e Universidade particular havendo fatos encadeados que indicam a atuação 
conjunta dessas pessoas no polo passivo da demanda, o que indica a competência por atração 
da Justiça Federal da capital do Estado W, domicílio do autor (CRFB, art. 109, §2º).
Por outro lado, atuará no polo ativo o estudante Mévio e no polo passivo a União
Comentários da Banca

Federal, que negou o financiamento e a Universidade que suspendeu a matrícula, por força do 
primeiro ato. Esse litisconsórcio se afigura necessário para solver a situação do autor, de forma 
definitiva, condenando ambos os sujeitos passivos, nos limites das suas responsabilidades.
A petição inicial será obediente ao rito ordinário pela complexidade da questão envolvida e por 
envolver a possibilidade de prova pericial complexa.
Comentários da Banca

Quanto aos fundamentos que devem servir de supedâneo para a peça exordial deve o candidato 
indicar: a) ofensa ao principio da isonomia pois esse tipo de financiamento não pode beneficiar 
somente determinado grupo étnico; b) ofensa ao princípio da legalidade vez que há confronto 
entre o regulamento e o texto legal; c) ofensa aos princípios constitucionais da Administração 
Pública pois o ato da Administração não pode ser arbitrário podendo ser
Comentários da Banca

discricionário. d) ofensa ao direito constitucional à educação.
No caso em exame, o valor da causa corresponderá ao beneficio econômico postulado, que será 
de 20.000,00 vezes 4, devendo ser fixado em 80.000,00. Diante da urgência da medida, deverá o 
autor apresentar requerimento de tutela antecipada caracterizando os requisitos do art. 273 do 
CPC.
Comentários da Banca

Alternativamente, aceitando a ideia de que a atitude do novo advogado seria recusar a 
produção de provas, caberia mandado de segurança, corrigido conforme espelho 2.
Gabarito Ação Ordinária
Gabarito Ação Ordinária
Problema

(IX Exame – 2013) José, brasileiro, desempregado, domiciliado no Município “ABC”, capital do 
Estado “X”, chegou a um hospital municipal que não possui Centro de Tratamento Intensivo (CTI) 
– sentindo fortes dores de cabeça. José aguardou atendimento na fila da emergência pelo 
período de 12 (doze) horas, durante o qual foi tratado de forma áspera e vexatória pelos 
servidores do hospital, que, entre outros comportamentos
Problema

aviltantes, debocharam do fato de José estar de pé há tanto tempo esperando atendimento. 
Após tamanha espera e sofrimento, o quadro de saúde de José agravou‐se e ele entrou em 
estado de incapacidade absoluta, sem poder locomover‐se e sem autodeterminação, momento 
no qual, enfim, um médico do hospital veio atendê‐lo. 
Problema

Adamastor, também desempregado, pai de José, revela que, segundo laudo do médico 
responsável, seu filho necessita urgentemente ser removido para um hospital que possua CTI, 
pois José corre risco de sofrer danos irreversíveis à sua saúde e, inclusive, o de morrer. Informa 
ainda que o médico mencionou a existência de hospitais municipais, estaduais e federais nas 
proximidades de onde José se encontra internado, todos possuidores de CTI.
Problema

Ocorre que José e Adamastor são economicamente hipossuficientes, de modo que não 
possuem condições financeiras de arcar com a remoção para outro hospital público, nem de 
custear a internação em hospital particular, sem prejuízo do sustento próprio ou da família. 
Indignado com todo o ocorrido, e ansioso para preservar a saúde de seu filho, Adamastor o 
procura para, na qualidade de advogado, identificar e minutar a medida judicial adequada à 
tutela dos
Problema

direitos de José em face de todos os entes que possuem hospitais próximos ao local onde José 
se encontra e que seja levado em consideração o tratamento hostil por ele recebido no hospital 
municipal. (Valor: 5,0)
Gabarito

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA COMARCA DE ABC, SEÇÃO JUDICIÁRIA 
DE X

JOSÉ, brasileiro, estado civil ..., desempregado, CPF ..., com endereço residencial em ..., neste 
ato representado por ADAMASTOR, nacionalidade..., estado civil ..., desempregado, CPF ..., com 
endereço residencial em...
Gabarito

endereço eletrônico ..., por intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de 
mandato anexado), com endereço profissional em..., endereço eletrônico ..., vem, com 
fundamento no artigo 318 e seguintes do Código de Processo Civil, ajuizar

AÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

em face de (1) MUNICÍPIO ABC, com endereço em..., 
Gabarito

endereço eletrônico..., (2) ESTADO X, com endereço em..., endereço eletrônico..., e (3) UNIÃO, 
com endereço em ..., endereço eletrônico...

1. FATOS

José, filho de Adamastor, chegou a um hospital municipal que não possui Centro de Tratamento 
Intensivo (CTI) – sentindo fortes dores de cabeça. José aguardou atendimento na fila da 
emergência
Gabarito

pelo período de 12 (doze) horas, durante o qual foi tratado de forma áspera e vexatória pelos 
servidores do hospital, que, entre outros comportamentos aviltantes, debocharam do fato de 
José estar de pé há tanto tempo esperando atendimento. Após tamanha espera e sofrimento, o 
quadro de saúde de José agravou‐se e ele entrou em estado de incapacidade absoluta, sem 
poder locomover‐se e sem autodeterminação, momento no qual, enfim, um médico do hospital 
veio atendê‐lo.
Gabarito

Segundo seu pai, Adamastor, seu filho necessita urgentemente ser removido para um hospital 
que possua CTI, pois José corre risco de sofrer danos irreversíveis à sua saúde e, inclusive, o de 
morrer. Informa ainda que o médico mencionou a existência de hospitais municipais, estaduais 
e federais nas proximidades de onde José se encontra internado, todos possuidores de CTI.
Ocorre que José e Adamastor são economicamente hipossuficientes, de modo que não 
possuem
Gabarito

condições financeiras de arcar com a remoção para outro hospital público, nem de custear a 
internação em hospital particular, sem prejuízo do sustento próprio ou da família.
Nessa condição, opção outra não resta senão entrar com a presente.
Gabarito

2. MÉRITO

Diz a Constituição no artigo 196 que:

A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso 
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Gabarito

Ainda, segundo o artigo 23, inciso II do texto Constitucional:

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
II ‐ cuidar da saúde e assistência pública (...).

Logo, é direito do Requerente fruir do direito de saúde que deve ser prestado de maneira 
solidária pela União, Estado e Município.
Gabarito

Assim sendo, a fim de que se garanta tal direito ao Requerente é necessária a remoção de José 
para um hospital a fim de que lá se desenvolva o seu tratamento.
Contudo, além da remoção, é direito de José receber indenização pelos danos morais sofridos, 
uma vez que durante o período que passou no Hospital Municipal foi alvo de chacotas por parte 
de funcionários. Assim, sendo, demonstrado o dano, o nexo causal e o resultado, é plenamente 
viável o
Gabarito

pagamento de indenização a José, lembrando que segundo o artigo 37, parágrafo 6º, da 
Constituição, a responsabilidade estatal é objetiva, com base no risco administrativo:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Gabarito

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Assim sendo, viável é a presente ação.
Gabarito

3. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

Nos termos do artigo 300 do Código de Processo Civil
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Gabarito

Em primeiro lugar, é nítida a probabilidade do direito, uma vez que o autor tem direito à saúde, 
que deve ser prestada por todos os entes da Federação, nos termos dos artigos mencionados 
acima. 
Em segundo lugar, também há perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, pois em 
não se atendendo o pedido a saúde do autor poderá ficar severamente comprometida.
Gabarito

4. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a)  A concessão de tutela provisória de urgência para determinar a remoção imediata do 
paciente para um Hospital dos Requeridos com CTI, sob pena de multa pelo descumprimento, 
uma vez que presentes os requisitos do artigo 300 do Código de Processo Civil.
Gabarito

b)  A designação de audiência prévia de conciliação/mediação, nos termos do art. 319, VII, do 
CPC/2015.
c)  A citação dos requeridos, nos termos do art. 246, do CPC/2015
d)  A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente a prova 
documental, depoimento pessoal das partes, prova testemunhal e prova pericial.
Gabarito

d) Julgamento de procedência dos pedidos para fins de obrigar a remoção do paciente para um 
Hospital com CTI, obrigação esta de todos os Requeridos.
e) Julgamento de procedência dos pedidos para fins de obrigar o Município a pagar uma 
indenização por danos morais sofridos pelo Requerente.
f)  Condenação dos Requeridos ao pagamento de custas processuais e honorários de 
sucumbência.
Gabarito

Valor da causa: R$ 1.000,00 (ou o valor mencionado no problema).

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Gabarito comentado

A peça a ser elaborada consiste em uma ação condenatória com pedidos de obrigação de fazer 
e de indenizar.
Não cabe mandado de segurança pelas seguintes razões:
1) É inviável a postulação de perdas e danos.
2) Inexistem autoridades coatoras no enunciado.
3) Haveria necessidade de produção de provas testemunhal e pericial para aferição dos danos e 
do risco de vida.
Gabarito comentado

Tendo em vista o pedido no sentido de obter remoção e internação em hospitais municipais, 
estaduais ou federais próximos, devem integrar o polo passivo o Município ABC, o Estado “X” e a 
União. Logo, o juízo competente para processar e julgar a demanda será uma das varas federais 
da seção judiciária de “X”. É importante que o examinando destaque que o autor da ação é José, 
o qual é representado por seu pai, tendo em vista sua momentânea
Gabarito comentado

incapacidade absoluta. O pedido de obrigação de fazer refere‐se à remoção de José para 
hospital que possua CTI, a correspondente internação e o fornecimento de tratamento 
adequado, em hospital municipal, estadual ou federal, tendo em vista a solidariedade dos entes 
federativos na prestação de serviços de saúde, com base no Art. 196, da Constituição da 
República.
Gabarito comentado

Diante da extrema urgência do caso, e da possibilidade de dano irreversível, o examinando 
deverá pleitear a antecipação de tutela, para que seja realizada a imediata internação do autor. 
O pedido de indenização (exclusivamente em face do Município) refere‐se aos danos morais 
sofridos por José em decorrência da conduta ilícita praticada pelos servidores municipais que 
trabalham no hospital municipal, com fulcro no § 6º, do
Gabarito comentado

Art. 37, da Constituição da República.
O enunciado deixa claro que o pai de José procura advogado com o intuito de obter não apenas 
a remoção de seu filho, mas a reparação por danos morais sofridos no hospital municipal. 
Gabarito comentado
Gabarito comentado
AÇÃO POPULAR
Hipóteses de cabimento

Art. 5°, LXXIII: qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato 
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo 
comprovada má‐fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

Regulamentação: Lei 4.717/1965
Hipóteses de cabimento

Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, 
nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar‐se‐ão as seguintes normas:
Hipóteses de cabimento

a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do 
agente que o praticou;
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de 
formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, 
regulamento ou outro ato normativo;
Hipóteses de cabimento

d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se 
fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado 
obtido;
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele 
previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
Hipóteses de cabimento

Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou privado, ou das 
entidades mencionadas no art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas especificações do 
artigo anterior, serão anuláveis, segundo as prescrições legais, enquanto compatíveis com a 
natureza deles.
Hipóteses de cabimento

Art. 4º São também nulos os seguintes atos ou contratos, praticados ou celebrados por 
quaisquer das pessoas ou entidades referidas no art. 1º.
I ‐ A admissão ao serviço público remunerado, com desobediência, quanto às condições de 
habilitação, das normas legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais.
II ‐ A operação bancária ou de crédito real, quando:
a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, estatutárias, regimentais 
ou internas;
Hipóteses de cabimento

b) o valor real do bem dado em hipoteca ou penhor for inferior ao constante de escritura, 
contrato ou avaliação.
III ‐ A empreitada, a tarefa e a concessão do serviço público, quando:
c) o respectivo contrato houver sido celebrado sem prévia concorrência pública ou 
administrativa, sem que essa condição seja estabelecida em lei, regulamento ou norma geral;
Hipóteses de cabimento

sem que estejam previstas em lei ou nos respectivos instrumentos.,
V ‐ A compra e venda de bens móveis ou imóveis, nos casos em que não cabível concorrência 
pública ou administrativa, quando:
a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, ou constantes de 
instruções gerais;
b) o preço de compra dos bens for superior ao corrente no mercado, na época da operação;
Hipóteses de cabimento

c) o preço de venda dos bens for inferior ao corrente no mercado, na época da operação.
VI ‐ A concessão de licença de exportação ou importação, qualquer que seja a sua modalidade, 
quando:
a) houver sido praticada com violação das normas legais e regulamentares ou de instruções e 
ordens de serviço;
b) resultar em exceção ou privilégio, em favor de exportador ou importador.
Hipóteses de cabimento

VII ‐ A operação de redesconto quando sob qualquer aspecto, inclusive o limite de valor, 
desobedecer a normas legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais.
VIII ‐ O empréstimo concedido pelo Banco Central da República, quando:
a) concedido com desobediência de quaisquer normas legais, regulamentares,, regimentais ou 
constantes de instruções gerias:
b) o valor dos bens dados em garantia, na época da operação, for inferior ao da avaliação.
Hipóteses de cabimento

IX ‐ A emissão, quando efetuada sem observância das normas constitucionais, legais e 
regulamentadoras que regem a espécie.
Hipóteses de cabimento

b) no edital de concorrência forem incluídas cláusulas ou condições, que comprometam o seu 
caráter competitivo;
c) a concorrência administrativa for processada em condições que impliquem na limitação das 
possibilidades normais de competição.
IV ‐ As modificações ou vantagens, inclusive prorrogações que forem admitidas, em favor do 
adjudicatário, durante a execução dos contratos de empreitada, tarefa e concessão de serviço 
público, 
Legitimidade Ativa

Qualquer cidadão

Art. 6º, § 5º ‐ É facultado a qualquer cidadão habilitar‐se como litisconsorte ou assistente do 


autor da ação popular.

Art. 1º, § 3º ‐ A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou 


com documento que a ele corresponda.
Legitimidade Ativa

Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, serão publicados 
editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer 
cidadão, bem como ao representante do Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa) 
dias da última publicação feita, promover o prosseguimento da ação.
Legitimidade Passiva

Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no 
art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, 
aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado 
oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.
Legitimidade Passiva

Art. 6º, § 3º A pessoas jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de 
impugnação, poderá abster‐se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde 
que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou 
dirigente.
Prazo

Art. 21. A ação prevista nesta lei prescreve em 5 (cinco) anos.
Procedimento – intimação do MP

Art. 7º A ação obedecerá ao procedimento ordinário, previsto no Código de Processo Civil, 
observadas as seguintes normas modificativas:
I ‐ Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
a) além da citação dos réus, a intimação do representante do Ministério Público;
(...)
Procedimento – intimação do MP

§ 4º O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo‐lhe apressar a produção da prova e 
promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo‐lhe vedado, em 
qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores.
Procedimento ‐ Contestação

Art. 7, IV ‐ O prazo de contestação é de 20 (vinte) dias, prorrogáveis por mais 20 (vinte), a 
requerimento do interessado, se particularmente difícil a produção de prova documental, e será 
comum a todos os interessados, correndo da entrega em cartório do mandado cumprido, ou, 
quando for o caso, do decurso do prazo assinado em edital.
Procedimento ‐ Decisão

Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato 
impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os 
beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, 
quando incorrerem em culpa.
Competência

Art. 5º ‐ Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá‐
la e julgá‐la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as 
causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.
Prática

ENDEREÇAMENTO (CONFORME ACIMA APONTADO)

AUTOR, nacionalidade..., estado civil ..., profissão ..., CPF ..., portador do título de eleitor n° ..., 
com endereço residencial em ..., endereço eletrônico ...., por intermédio de seu advogado ao 
final assinado (instrumento de mandato anexado), com endereço profissional em..., 
Prática
vem, com fundamento no artigo 5°, inciso LXXIII da Constituição e nas disposições da Lei 
4.717/1965, ajuizar

AÇÃO POPULAR COM PEDIDO LIMINAR

em face de (1) AGENTE QUE PRATICOU O ATO LESIVO, com endereço em ..., endereço eletrônico 
...,
Prática
(2) BENEFICIÁRIO DO ATO, com endereço em, endereço eletrônico..., (3) PESSOA JURÍDICA OU 
PARTICULAR ENVOLVIDA, com endereço em..., endereço eletrônico...
Prática
1. FATOS

Descrever os fatos conforme as informações contidas no problema. Não acrescentar 
informações estranhas ao problema para não configurar identificação de peça!
Prática
2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Discorrer brevemente sobre: (i) legitimidade ativa: citar o artigo 5°, inciso LXXIII da Constituição, 
ressaltando a condição de eleitor do autor, e desde logo pedir a juntada do comprovante de tal 
condição, qual seja, título de eleitor ou outros documento hábil (Art. 1°, § 3°, da Lei 
4.717/1965);
Prática
(ii) legitimidade passiva: citar o artigo 6°, da Lei 4717/1965 e informar quem praticou o ato, 
quem se beneficiou e a pessoa jurídica ou particular envolvido; 
(iii) mencionar a tempestividade, informando que o ato lesivo ocorreu em período menor do 
que aquele previsto no artigo 21 da Lei 4717/1965, qual seja, cinco anos.
Prática

Sugestão de redação:
“Conforme o artigo 5°, inciso LXXIII, da Constituição (copiar o artigo). Logo, é legítimo o 
ajuizamento da presente Ação Popular pelo Autor Popular para impugnar o ato lesivo ao 
(descrever), uma vez que reveste‐se da condição de cidadão, juntando, neste ato, o título de 
eleitor/comprovante do
Prática

exercício da cidadania, conforme determina o artigo 1°, §3°, da Lei 4717/1965 que assim 
determina (copiar).
Ainda, a ação é direcionada em face dos réus acima indicados uma vez que todos eles 
contribuíram comissivamente ou omissivamente para a violação ao (descrever), conforme artigo 
6°, da Lei 4717/1965
Prática

Finalmente, há que se ressaltar que os danos ora apontados ocorreram em prazo menor do que 
aquele estabelecido no artigo 21 da Lei 4717/1965, qual seja, cinco anos”.
Prática

3. MÉRITO

Discorrer sobre os fundamentos de mérito da Ação Popular.
Atentar para o artigo 37 da Constituição.
Atentar para os artigos 2°, 3° e 4° da Lei 4717/1965
Prática

4. LIMINAR

É regra na ação popular.
Segundo o artigo 5°, § 4°, da Lei 4.717/1965, “Na defesa do patrimônio público caberá a 
suspensão liminar do ato lesivo impugnado”. Os fundamentos são: 
a) Fumus boni juris (fumaça do bom direito): retomar com muita brevidade o mérito da 
ação.
Prática

b)  Periculum in mora (perigo da demora): alertar sobre o risco de manter o ato impugnado.

Sugestão de redação:
“De acordo com o artigo 5°, parágrafo 4°, da Lei da Ação Popular (copiar o artigo).
Para fins de concessão da liminar é necessário a presença dos requisitos previstos no Código de 
Processo Civil, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora.
Prática

Presente o fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos acima mencionados, a 
conduta praticada pelos Requeridos ofende o artigo (descrever).
Da mesma forma, presente o periculum in mora, pois caso seja se mantenha o ato lesivo 
(descrever).
Prática

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a)  A concessão de medida liminar para (descrever), uma vez que presentes o fumus boni juris e 
o periculum in mora, tudo na forma do artigo 5°, § 4°, da Lei 4.717/1965.
Prática

b)  A citação dos réus para contestarem a presente ação no prazo de 20 dias, sob pena de 
revelia, conforme artigo 7°, inciso I, alínea “a” e IV, da Lei 4717/1965.
c)  A intimação do representante do Ministério Público, conforme artigo 6°, § 4°, da Lei 
4.717/1965.
d)  A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente a prova 
documental, depoimento pessoal das partes, prova testemunhal e prova pericial.
Prática

e) Julgamento de procedência do pedido para fins de declarar a nulidade do ato lesivo ao 
(descrever) e a condenação ao pagamento de perdas e danos (se houver), conforme artigo 11 
da Lei 4717/1965.
f)  A condenação dos Requeridos ao pagamento de custas e honorários de sucumbência, 
conforme artigo 12 da Lei 4.717/1965.
Prática

Valor da causa: R$ 1.000,00 (ou o valor mencionado no problema).

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Identificando a Ação Popular

Referência a autor com os direitos políticos em dia, cidadão, no gozo ou exercício de direitos 
políticos, com título de eleitor, etc, defendendo um direito ligado ao patrimônio público 
material ou imaterial, à moralidade administrativa ou ao meio ambiente ou ao patrimônio 
histórico e cultural.
Hipótese em que não cabe a AP

Legitimado ativo não ser cidadão (estrangeiro, pessoa jurídica, menor de dezesseis anos, 
Ministério Público, salvo, neste caso, se a questão falar que o autor popular desistiu e que 
ninguém quis assumir o polo ativo após a publicação dos editais pelo juiz da causa).
Modelo

(OAB 2015.3 ‐ XVIII Exame Unificado) Após receber “denúncia de irregularidades” em contratos 
administrativos celebrados pela Autarquia Federal A, que possui sede no Rio de Janeiro, o 
Ministério Público Federal determina a abertura de inquérito civil e penal para apurar os fatos. 
Neste âmbito, são colhidas provas robustas de superfaturamento e fraude nos quatro últimos 
contratos celebrados por esta Autarquia Federal, sendo certo que estes fatos e grande parte 
destas provas acabaram divulgados na imprensa. Assim é que o cidadão Pedro da Silva, 
Modelo

indignado, procura se inteirar mais sobre o acontecido, e acaba ficando ciente de que estes 
contratos foram realizados nos últimos 2 (dois) anos com a multinacional M e ainda estão em 
fase de execução. Mas não só. Pedro obtém, também, documentos que comprovam, mais 
ainda, a fraude e a lesão, além de evidenciarem a participação do presidente da Autarquia A, de 
um Ministro de Estado e do presidente da comissão de licitação, bem como do diretor executivo 
da multinacional M.  Diante deste quadro, Pedro, eleitor regular e ativo do
Modelo

Município do Rio de Janeiro/RJ, indignado com o descaso pela moralidade administrativa na 
gestão do dinheiro público, pretende mover ação judicial em face dos envolvidos nos escândalos 
citados, objetivando desfazer os atos ilegais, com a restituição à Administração dos gastos 
indevidos, bem como a sustação imediata dos atos lesivos ao patrimônio público.   
Na condição de advogado (a) contratado (a) por Pedro, considerando os dados acima, elabore a 
medida judicial cabível, utilizando‐se do instrumento constitucional adequado. (Valor: 5,00). 
Modelo

Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar 
respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não será pontuada. 
Modelo

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO, 
ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PEDRO, nacionalidade..., estado civil..., profissão, CPF ..., título de eleitor n..., com endereço 
residencial em..., endereço eletrônico..., por intermédio de seu
Modelo

advogado ao final assinado (instrumento de mandato anexado),  com endereço profissional em 
..., vem, endereço eletrônico..., com fundamento no artigo 5°, inciso LXXIII da Constituição e nas 
disposições da Lei 4.717/1965, ajuizar

AÇÃO POPULAR COM PEDIDO LIMINAR
Modelo

em face de (1) AUTARQUIA FEDERAL, com endereço em ..., endereço eletrônico..., (2) 
PRESIDENTE DA AUTARQUIA FEDERAL, com endereço em..., endereço eletrônico...; (3) 
PRESIDENTE DA COMISSÃO DA LICITAÇÃO, com endereço em ..., endereço eletrônico..., (4) 
MULTINACIONAL M, com endereço em ..., endereço eletrônico..., (5) DIRETOR EXECUTIVO DA 
MULTINACIONAL M., com endereço em..., endereço eletrônico..., (6) MINISTRO DE ESTADO, com 
endereço em..., endereço eletrônico...
Modelo

1. FATOS

Após receber “denúncia de irregularidades” em contratos administrativos celebrados pela 
Autarquia Federal A, que possui sede no Rio de Janeiro, o Ministério Público Federal determina 
a abertura de inquérito civil e penal para apurar os fatos. Neste âmbito, são colhidas provas 
robustas de superfaturamento e fraude nos quatro últimos contratos celebrados por esta 
Autarquia Federal, 
Modelo

sendo certo que estes fatos e grande parte destas provas acabaram divulgados na imprensa. 
Assim é que o cidadão Pedro da Silva, indignado, procura se inteirar mais sobre o acontecido, e 
acaba ficando ciente de que estes contratos foram realizados nos últimos 2 (dois) anos com a 
multinacional M e ainda estão em fase de execução. Mas não só. Pedro obtém, também, 
documentos que comprovam, mais ainda, a fraude e a lesão, além de evidenciarem a 
participação do presidente da Autarquia A, de um
Modelo

Ministro de Estado e do presidente da comissão de licitação, bem como do diretor executivo da 
multinacional M. 
Diante desse quadro, ajuíza‐se a presente ação popular com pedido liminar.

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO
Modelo

Conforme o artigo 5°, inciso LXXIII, da Constituição, qualquer cidadão é parte legítima para 
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o 
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má‐fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência. 
Modelo

Logo, é legítimo o ajuizamento da presente Ação Popular pelo Autor Popular para impugnar o 
ato lesivo ao patrimônio público, uma vez que reveste‐se da condição de cidadão, juntando, 
neste ato o título de eleitor/comprovante do exercício da cidadania, conforme determina o 
artigo 1°, §3°, da Lei 4717/1965 que assim determina: “A prova da cidadania, para ingresso em 
juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda”.
Modelo

Ainda, a ação é direcionada em face dos réus acima indicados uma vez que todos eles 
contribuíram para a violação ao patrimônio público, conforme artigo 6° da Lei 4717/1965.
Finalmente, há que se ressaltar que os danos ora apontados ocorreram em prazo menor do que 
aquele estabelecido no artigo 21 da Lei 4717/1965, qual seja, cinco anos”.
Modelo

3. MÉRITO

Dispõe o artigo 37, caput, que a
“administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência”.
Modelo

Os Requeridos agiram na contramão dos princípios acima indicados, pois realizaram e foram 
beneficiados com contratos fraudulentos.
Em primeiro lugar, a conduta ofendeu a legalidade, pois esta pressupõe para o Poder Público um 
agir conforme os ditames previstos em lei. E a lei, sabe‐se bem, exige a licitação na contratação 
de bens ou serviços públicos.
Modelo

Em segundo lugar e pelo mesmo motivo a moralidade também foi ofendida. Isso porque a 
moralidade impõe que os atos administrativos sejam praticados tendo em vista padrões éticos 
de conduta que, certamente, não se afinam com o favorecimento pessoal.
Modelo

Ainda, a conduta ofendeu os artigos 3 e 4, inciso III, alínea “c” da lei da ação popular, que assim 
dispõem:

Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou privado, ou das 
entidades mencionadas no art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas especificações do 
artigo anterior, serão anuláveis, segundo as prescrições legais, enquanto compatíveis com a 
natureza deles.
Modelo

Art. 4º São também nulos os seguintes atos ou contratos, praticados ou celebrados por 
quaisquer das pessoas ou entidades referidas no art. 1º.
III ‐ A empreitada, a tarefa e a concessão do serviço público, quando:
(...)
c) a concorrência administrativa for processada em condições que impliquem na limitação das 
possibilidades normais de competição.
Modelo

4. LIMINAR

De acordo com o artigo 5°, parágrafo 4°, da Lei 4717/1965, “na defesa do patrimônio público 
caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado”.
Para fins de concessão da liminar é necessário a presença dos requisitos previstos no Código de 
Processo Civil, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora.
Modelo

Presente o fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos acima mencionados, a 
conduta praticada pelos Requeridos ofende o artigo 37, caput, da Constituição, e a própria Lei 
da Ação Popular.
Modelo

Da mesma forma, presente o periculum in mora, pois caso se mantenha o ato lesivo o ‘prejuízo 
ao erário será incomensurável.
Modelo

5.PEDIDOS

Ante o exposto, requer‐se:

a)  A concessão de medida liminar para suspender os contratos administrativos superfaturados, 
uma vez que previstos o fumus boni juris e o periculum in mora, tudo na forma do artigo 5°, §
4°, da Lei 4.717/1965.
Modelo

b)  A citação dos réus para contestarem a presente ação no prazo de 20 dias, sob pena de 
revelia, conforme artigo 7°, inciso I, alínea “a” e IV, da Lei  4717/1965.
c)  A intimação do representante do Ministério Público, conforme artigo 6°, § 4°, da Lei 
4.717/1965.
d)  A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente a prova 
documental, depoimento pessoal das partes, prova testemunhal e prova pericial.
Modelo

e)  Julgamento de procedência do pedido para fins de declarar a nulidade do ato lesivo, qual 
seja, os contratos administrativos superfaturados
f)  A condenação dos Requeridos ao pagamento de custas e honorários de sucumbência, 
conforme artigo 12 da Lei 4.717/1965.
Modelo

Valor da causa: R$ 1.000,00

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
AÇÃO POPULAR
AÇÃO POPULAR
Comentários da Banca

Fundamentação constitucional: o enunciado acima indica o cabimento de uma Ação Popular 
ajuizada por Pedro, na medida em que visa à defesa dos interesses do cidadão na proteção do 
patrimônio público, conforme o disposto no Art. 5º, LXXIII, da CRFB/88 (“qualquer cidadão é 
parte legítima para propor ação popular que vise à anulação de ato lesivo ao patrimônio público 
ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, 
Comentários da Banca

ficando o autor, salvo comprovada má‐fé, isento de custas judiciais e ônus de sucumbência”). 
Fundamentação legal: Art. 3º e Art. 4º, III, c, ambos da Lei nº. 4.717/65, pois a narrativa 
descreve a contratação fraudulenta de serviço, com preço mais elevado que o ofertado no 
mercado, o que caracteriza evidente afronta à legalidade e provoca grande lesividade ao 
patrimônio público. Competência: na medida em que está presente o interesse de autarquia 
federal, a ação deve ser
Comentários da Banca

ajuizada perante a Justiça Federal (Art. 109, I, da CRFB/88) e o foro competente para a 
propositura, processamento e julgamento da ação é o da Seção Judiciária do Rio de Janeiro (RJ) 
conforme dispõe o Art. 5º da Lei nº 4.717/65, verbis: “Conforme a origem do ato impugnado, é 
competente para conhecer da ação, processá‐la e julgá‐la o juiz que, de acordo com a 
organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito 
Federal, ao Estado ou ao
Comentários da Banca

Município”.  Muito embora o Ministro de Estado seja um dos legitimados passivos da referida 
ação popular, a jurisprudência do STF é firme no sentido de considerar que o rol do Art. 102 e 
do Art. 105, ambos da CRFB/88, que estabelecem a competência do STF e do STJ, é taxativo e 
não exemplificativo. Portanto, como tais dispositivos não preveem o julgamento de ação 
popular ajuizada em face do Ministro de Estado, o STF entende que o processo e julgamento 
ficam a cargo do juiz de primeira
Comentários da Banca

Poder Público, e seu diretor executivo, conforme o disposto no Art. 6º da Lei nº 4.717/65 (“A 
ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no Art. 1º, 
contra as
Comentários da Banca

instância.  As partes envolvidas: o autor será Pedro, com a devida comprovação de sua condição 
de cidadão, o que ocorre com a juntada da cópia de seu título de eleitor, nos termos do Art. 1º, 
§ 3º, da Lei nº 4.717/65 (“A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título 
eleitoral, ou com documento que a ele corresponda”). Os réus deverão ser a autarquia federal A 
e seu presidente, o ministro de estado, o presidente da comissão de licitação, a multinacional 
M, que contratou com o
Modelo

(OAB 2011.3 ‐ VI Exame Unificado) Esculápio da Silva, brasileiro, casado, engenheiro, 
domiciliado na capital do Estado de WYK, é comunicado por amigos que a Administração do 
Estado está providenciando um plano de obras custosas e pretendendo que elas sejam 
entregues, independentemente de licitação, a empresas com vínculos pessoais com dirigentes 
do seu partido político. Os valores correspondentes às obras são incluídos no orçamento, 
observado o devido processo legislativo. Quando da realização das
Modelo

obras, aduz a necessidade de urgência diante de evento artístico de grande repercussão a 
realizar‐se em aproximadamente um ano, o que inviabilizaria a realização de procedimento 
licitatório e designa três empresas para repartir as verbas orçamentárias, cabendo a cada uma 
realizar parte da obra preconizada. As empresas Mastodonte S.A., Mamute S.A. e Dente de 
Sabre S.A. aceitam, de bom grado, o encargo e assinam os contratos com a Administração. 
Modelo

O valor das obras corresponde a um bilhão de reais. 
Inconformado com esse fato, Esculápio da Silva, cidadão que gosta de participar ativamente da 
defesa da Administração Pública e está em dia com seus direitos políticos, procura orientação 
jurídica e, após, resolve ajuizar a competente ação. Na qualidade de advogado, elabore a peça 
cabível, observando: a) competência do
Modelo

juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais e legais 
vinculados; d) os requisitos formais da peça; e) tutela de urgência.
Modelo

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA 
COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO WYK

ESCULÁPIO DA SILVA, brasileiro, casado, engenheiro, domiciliado na capital do Estado de WYK, 
CPF ..., portador do título de eleitor n° ..., com endereço residencial em..., endereço 
eletrônico..., por intermédio de seu
Modelo

advogado ao final assinado (instrumento de mandato anexado),  com endereço profissional em 
..., endereço eletrônico..., vem, com fundamento no artigo 5°, inciso LXXIII da Constituição e nas 
disposições da Lei 4.717/1965, ajuizar

AÇÃO POPULAR COM PEDIDO LIMINAR
Modelo

em face de (1) ESTADO WYK, com endereço em..., endereço eletrônico..., (2) MASTODONTE S.A., 
com endereço em..., endereço eletrônico...; (3) MAMUTE S.A., com endereço em..., (4) DENTE 
DE SABRE S.A., com endereço em..., endereço eletrônico:
Modelo

1. FATOS

O autor tomou conhecimento de que a Administração do Estado está providenciando um plano 
de obras custosas e pretendendo que elas sejam entregues, independentemente de licitação, a 
empresas com vínculos pessoais com dirigentes do seu partido político. 
Modelo

Segundo consta, a dispensa da licitação deve‐se a urgência diante de evento artístico de grande 
repercussão a realizar‐se em aproximadamente um ano. Em razão disso, três empresas foram 
designadas para repartir as verbas orçamentárias, cabendo a cada uma realizar parte da obra 
preconizada, quais sejam, as empresas Mastodonte S.A., Mamute S.A. e Dente de Sabre S.A.. 
Modelo

Todas já aceitaram de bom grado o encargo e assinam os contratos com a Administração, cujo 
valor equivale a um bilhão de reais.
Inconformado e acreditando que a providência adotada pelo Estado WYK ofende o patrimônio 
público, o autor vem a Juízo aforar a presente ação popular.

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO
Modelo

Conforme o artigo 5°, inciso LXXIII, da Constituição, qualquer cidadão é parte legítima para 
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o 
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má‐fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência. 
Modelo

Logo, é legítimo o ajuizamento da presente Ação Popular pelo Autor Popular para impugnar o 
ato lesivo ao patrimônio público consistente na dispensa de licitação para a contratação de 
empresas com vínculos pessoais com dirigentes do partido político da Administração do Estado, 
uma vez que reveste‐se da condição de cidadão, juntando, neste ato
Modelo

o título de eleitor/comprovante do exercício da cidadania, conforme determina o artigo 1°, §3°, 
da Lei 4717/1965 que assim determina: “A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita 
com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda”.
Modelo

Ainda, a ação é direcionada em face dos réus acima indicados uma vez que todos eles 
contribuíram para a violação ao patrimônio público, conforme artigo 6° da Lei 4717/1965.
Finalmente, há que se ressaltar que os danos ora apontados ocorreram em prazo menor do que 
aquele estabelecido no artigo 21 da Lei 4717/1965, qual seja, cinco anos”.
Modelo

3. MÉRITO

Pular linha

Dispõe o artigo 37, caput, que a
“administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência”.
Modelo

Os Requeridos agiram na contramão dos princípios acima indicados, pois realizaram e foram 
beneficiados com um contrato bilionário sem processo licitatório.
Em primeiro lugar, a conduta ofendeu a legalidade, pois esta pressupõe para o Poder Público um 
agir conforme os ditames previstos em lei. E a lei, sabe‐se bem, exige a licitação na contratação 
de bens ou serviços públicos.
Modelo

Em segundo lugar, a impessoalidade também foi ferida no caso concreto, pois o Poder Público 
deve tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas. Nem 
favoritismo nem perseguições são toleráveis. Assim sendo, não poderia o Poder Público ter 
anuído com a contratação de empresas que mantém vínculos com os dirigentes do Governo 
Estadual Local.
Modelo

Em terceiro lugar e pelo mesmo motivo a moralidade também foi ofendida. Isso porque a 
moralidade impõe que os atos administrativos sejam praticados tendo em vista padrões éticos 
de conduta que, certamente, não se afinam com o favorecimento pessoal.
Em quarto lugar, a publicidade também foi ofendida, pois não houve qualquer divulgação da 
contratação.
Modelo

Em quinto lugar, a eficiência também foi atacada, pois na medida em que admite‐se a 
contratação independentemente de licitação, os custos acabam subindo e a Administração 
deixa de agir de forma eficiente.
Finalmente, não é demais mencionar que o artigo 37 inciso XXI afirma que “ressalvados os casos 
especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados 
mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições
Modelo

a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as 
condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de 
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações”.
Assim sendo, é cabível a presente ação popular.
Modelo

4. LIMINAR

De acordo com o artigo 5°, parágrafo 4°, da Lei 4717/1965, “na defesa do patrimônio público 
caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado”.
Para fins de concessão da liminar é necessário a presença dos requisitos previstos no Código de 
Processo Civil, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora.
Modelo

Presente o fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos acima mencionados, a 
conduta praticada pelos Requeridos ofende o artigo 37, caput, e 37 inciso XXI da Constituição, 
aquele estabelecendo os princípios informadores da Administração Pública e este a exigência de 
licitação.
Modelo

Da mesma forma, presente o periculum in mora, pois caso se mantenha o ato lesivo o ‘prejuízo 
ao erário será incomensurável (lembrando, para todos os efeitos, que o valor orçado é de um 
bilhão de reais).
Modelo

5.PEDIDOS

Ante o exposto, requer‐se:

a) A concessão de medida liminar para suspender a contratação das empresas e impedir a 
realização das obras sem licitação, uma vez que previstos o fumus boni juris e o periculum in 
mora, tudo na forma do artigo 5°, § 4°, da Lei 4.717/1965.
Modelo

b)  A citação dos réus para contestarem a presente ação no prazo de 20 dias, sob pena de 
revelia, conforme artigo 7°, inciso I, alínea “a” e IV, da Lei  4717/1965.
c)  A intimação do representante do Ministério Público, conforme artigo 6°, § 4°, da Lei 
4.717/1965.
d)  A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente a prova 
documental, depoimento pessoal das partes, prova testemunhal e prova pericial.
Modelo

e) Julgamento de procedência do pedido para fins de declarar a nulidade do ato lesivo, qual 
seja, a contratação das empresas sem licitação.
f) A condenação dos Requeridos ao pagamento de custas e honorários de sucumbência, 
conforme artigo 12 da Lei 4.717/1965.
Modelo

Valor da causa: R$ 1.000.000.000,00.

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Gabarito comentado pela Banca

A ação popular pode ser proposta por qualquer cidadão para proteção contra atos que causem 
danos ao erário.
No caso vertente, havendo irregularidades na licitação, possível a ação popular lastreada na 
violação dos princípios regentes da Administração Pública (CF, art. 37, caput), quais sejam, 
moralidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. , bem como o do inciso XXI –
(ressalvados os
Gabarito comentado pela Banca

casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados 
mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os 
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições 
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação 
técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações)
Gabarito comentado pela Banca

O autor será o cidadão indicado no enunciado e os réus serão: o Estado e as empresas 
beneficiárias (art. 6º, da Lei no. 4.717/65).
Os requisitos da petição inicial seguem os mesmos do rito ordinário(CPC,art. 282).
Há intervenção obrigatória do Ministério Público (art. 6º, § 4º, da Lei no. 4.717/65).
O juízo competente é aquele com competência fazendária (art. 5º., da Lei no. 4.717/65)
Gabarito comentado pela Banca

Consoante o enunciado o Juízo competente é o da Comarca sede, que tem competência 
fazendária.
Gabarito comentado pela Banca
Gabarito comentado pela Banca
Hipótese de cabimento – Lei 7347/1985

Art. 1º  Regem‐se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de 
responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: (Redação dada pela Lei nº 12.529, 
de 2011).
l ‐ ao meio‐ambiente;
ll ‐ ao consumidor;
III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
Hipótese de cabimento – Lei 7347/1985

IV ‐ a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. (Incluído pela Lei nº 8.078 de 1990)
Definição dos bens difusos e coletivos: art. 81, parágrafo único, do CDC
(i) Difusos: transindividuais de natureza indivisível de que sejam titulares pessoas 
indeterminadas ligadas por circunstâncias de fato (Ex: meio ambiente).
Hipótese de cabimento – Lei 7347/1985

(ii) Coletivos: transindividuais de natureza indivisível de que sejam titulares
grupos, categorias ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte
contrária por uma relação jurídica de base (Ex: empregados de uma
determinada empresa).
Hipótese de cabimento – Lei 7347/1985

(iii) Individuais homogêneos: decorrentes de origem comum (Ex: proprietários de
veículos X que podem sofrer um determinado dano).
Hipótese de cabimento – Lei 7347/1985

V ‐ por infração da ordem econômica; (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
VI ‐ à ordem urbanística. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180‐35, de 2001)
VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos.      (Incluído pela Lei nº 
12.966, de 2014)
VIII – ao patrimônio público e social.       (Incluído pela  Lei nº 13.004, de 2014)
Hipótese de não cabimento

Parágrafo único.  Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam 
tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ‐ FGTS ou 
outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente 
determinados. 
Legitimados

Art. 5o  Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada pela Lei 
nº 11.448, de 2007).
I ‐ o Ministério Público; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007).
II ‐ a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007).
III ‐ a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 
2007).
Legitimados

IV ‐ a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; (Incluído pela Lei 
nº 11.448, de 2007).
V ‐ a associação que, concomitantemente:
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; (Incluído pela Lei nº 
11.448, de 2007).
Legitimados

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao 
meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos 
raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e 
paisagístico.       (Redação dada pela  Lei nº 13.004, de 2014)
Legitimados

§ 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente 
como fiscal da lei.
§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos deste artigo 
habilitar‐se como litisconsortes de qualquer das partes.
§ 3º Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o 
Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa. 
Legitimados

§ 4.° O requisito da pré‐constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto 
interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do 
bem jurídico a ser protegido. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990)
§ 5.° Admitir‐se‐á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito 
Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei. (Incluído pela Lei 
nª 8.078, de 11.9.1990)
Legitimados

§ 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de 
ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de 
título executivo extrajudicial. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990)
Legitimados

Art. 6º Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a iniciativa do Ministério 
Público, ministrando‐lhe informações sobre fatos que constituam objeto da ação civil e 
indicando‐lhe os elementos de convicção.
Legitimados

Art. 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de fatos que 
possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças ao Ministério Público para as 
providências cabíveis.
Legitimados

Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo 
juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa.

Parágrafo único  A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações 
posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Incluído 
pela Medida provisória nº 2.180‐35, de 2001)
Procedimento
Julgamento

Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de 
obrigação de fazer ou não fazer. 

Art. 11. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz 
determinará o cumprimento da prestação da atividade devida ou a cessação da atividade 
nociva, sob pena de execução específica, ou de cominação de multa diária, se esta for suficiente 
ou compatível, independentemente de requerimento do autor.
Julgamento

Art. 13. Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado reverterá a um 
fundo gerido por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que participarão 
necessariamente o Ministério Público e representantes da comunidade, sendo seus recursos 
destinados à reconstituição dos bens lesados. 
Julgamento

§ 2º  Havendo acordo ou condenação com fundamento em dano causado por ato de 
discriminação étnica nos termos do disposto no art. 1o desta Lei, a prestação em dinheiro 
reverterá diretamente ao fundo de que trata o caput e será utilizada para ações de promoção da 
igualdade étnica, conforme definição do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial, 
na hipótese de extensão
Julgamento

nacional, ou dos Conselhos de Promoção de Igualdade Racial estaduais ou locais, nas hipóteses 
de danos com extensão regional ou local, respectivamente.
Julgamento

Art. 15. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da sentença condenatória, sem que a 
associação autora lhe promova a execução, deverá fazê‐lo o Ministério Público, facultada igual 
iniciativa aos demais legitimados. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990)
Julgamento

Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial do 
órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, 
hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, 
valendo‐se de nova prova. (Redação dada pela Lei nº 9.494, de 10.9.1997)
Modelo

ENDEREÇAMENTO (CONFORME COMPETÊNCIA APONTADA ACIMA)

AUTOR, nacionalidade..., estado civil ..., profissão ..., CPF ..., com endereço residencial em..., 
endereço eletrônico..., por intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de 
mandato anexado), com endereço profissional em...
Modelo

endereço eletrônico..., vem, com fundamento nas disposições da Lei 7347/1985, ajuizar

AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO LIMINAR

em face de RÉU (qualificar), com endereço em..., endereço eletrônico...:
Modelo

1. FATOS

Descrever os fatos conforme as informações contidas no problema. Não acrescentar 
informações estranhas ao problema para não configurar identificação de peça!
Modelo

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Discorrer brevemente sobre: (i) legitimidade ativa: citar o artigo 5°, da Lei 7347/1985; (ii) 
legitimidade passiva; (iii) Hipótese de cabimento.
Modelo

3. MÉRITO

Discorrer sobre os fundamentos de mérito da Ação Civil Pública
Atentar para o artigo 37 da Constituição.
Atentar para o artigo 1º da Lei 7347/1985
Art. 225, meio ambiente.
Modelo

4. LIMINAR

Citar o artigo 12 da Lei 7347/1985 e fundamentar no fumus boni juris e no periculum in mora.
Modelo

5. PEDIDOS

Ante o exposto, requer‐se:

a) A concessão de medida liminar para fins de (descrever), com base no artigo 12 da Lei 
7347/1985, uma vez que presentes os requisitos fumus boni juris e periculum in mora
Modelo

b) A designação de audiência prévia de conciliação/mediação, nos termos do art. 319, VII, do 
CPC/2015.
c) A produção de todas as provas em direito admitidas.
d) Intimação do MP – art. 5, parágrafo 1, da Lei Ação Civil Pública
e) Julgamento de procedência do pedido para fins de condenar o Réu a pagar ou fazer.
f) Condenação do Réu ao pagamento de custas e honorários.
Modelo

Valor da causa: R$ 1.000,00

Pede deferimento
Local, data
Advogado
AÇÃO CIVIL PÚBLICA

(OAB FGV XXI EXAME – 2016.3) A Associação Alfa, constituída há 3 (três) anos, cujo objetivo é a
defesa do patrimônio social e, particularmente, do direito à saúde de todos, mostrou‐se
inconformada com a negativa do Posto de Saúde Gama, gerido pelo Município Beta, de oferecer
atendimento laboratorial adequado aos idosos que procuram esse serviço. O argumento das
autoridades era o de que não havia profissionais capacitados e medicamentos disponíveis em
quantitativo suficiente. Em razão desse estado de coisas e do elevado número de idosos
correndo risco de morte, a Associação resolveu peticionar ao Secretário municipal de Saúde,
requerendo providências imediatas para a regularização do serviço público de Saúde.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA

O Secretário respondeu que a situação da Saúde é realmente precária e que a comunidade


precisa ter paciência e esperar a disponibilização de repasse dos recursos públicos federais, já
que a receita prevista no orçamento municipal não fora integralmente realizada. Reiterou, ao
final e pelas razões já aventadas, a negativa de atendimento laboratorial aos idosos. Apesar
disso, as obras públicas da área de lazer do bairro em que estava situado o Posto de Saúde
Gama, nos quais eram utilizados exclusivamente recursos públicos municipais, continuaram a
ser realizadas.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA

Considerando os dados acima, na condição de advogado(a) contratado(a) pela Associação Alfa,


elabore a medida judicial cabível para o enfrentamento do problema, inclusive com
providências imediatas, de modo que seja oferecido atendimento adequado a todos os idosos
que venham a utilizar os serviços do Posto de Saúde. A demanda exigirá dilação probatória.
(Valor: 5,00)
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar
respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere
pontuação.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA BETA,


ESTADO...

ASSOCIAÇÃO ALFA, com endereço profissional em..., endereço eletrônico..., por intermédio de
seu advogado ao final assinado (instrumento de mandato anexado), com endereço profissional
em..., endereço eletrônico..., vem, com fundamento nas disposições da Lei 7347/1985, ajuizar
Modelo

AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO LIMINAR

em face de MUNICÍPIO BETA, com endereço profissional em..., endereço eletrônico...:


Modelo

1. FATOS

A Associação Alfa, constituída há 3 (três) anos, cujo objetivo é a defesa do patrimônio social e,
particularmente, do direito à saúde de todos, mostrou‐se inconformada com a negativa do
Posto de Saúde Gama, gerido pelo Município Beta, de oferecer atendimento laboratorial
adequado aos idosos que procuram esse serviço. O argumento das autoridades era o de que
não havia profissionais capacitados e medicamentos disponíveis em quantitativo suficiente.
Modelo

Em razão desse estado de coisas e do elevado número de idosos correndo risco de morte, a
Associação resolveu peticionar ao Secretário municipal de Saúde, requerendo providências
imediatas para a regularização do serviço público de Saúde.
O Secretário respondeu que a situação da Saúde é realmente precária e que a comunidade
precisa ter paciência e esperar a disponibilização de repasse dos recursos públicos federais, já
que a receita prevista no orçamento municipal não fora integralmente realizada.
Modelo

Reiterou, ao final e pelas razões já aventadas, a negativa de atendimento laboratorial aos


idosos. Apesar disso, as obras públicas da área de lazer do bairro em que estava
situado o Posto de Saúde Gama, nos quais eram utilizados exclusivamente recursos públicos
municipais, continuaram a ser realizadas.
Modelo

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

A Associação demandante conta com legitimidade ativa para ajuizar a Ação Civil Pública, pois
nos termos do artigo 5º, inciso V, da Lei 7347/1985. Diz o referido artigo:
Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
V ‐ a associação que, concomitantemente:
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;
Modelo

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao


meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos
raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico
No caso em tela a Associação demandante possui legitimidade para ajuizar a ação civil pública.
Isso porque seu objetivos são defensáveis por esta ação e a Associação conta com três anos de
existência, mais do que exige a lei, portanto.
Modelo

Da mesma maneira o Município Beta pode ser demandado porquanto deu causa à violação
sistemática do direito à saúde dos seus habitantes na qualidade de gestor do Posto de Saúde no
qual os problemas se apresentaram.
Finalmente, não é demais mencionar que a tutela do direito à saúde dos idosos pode ser
tutelada via Ação Civil Pública conforme prevê o artigo 1º, inciso IV, da Lei 7347/1985. Trata‐se
de direito difuso porque não pode ser individualizado o atendimento aos idosos do Município
em questão.
Modelo

3. MÉRITO

Primeiramente, vale a pena mencionar que a reiterada negativa ao direito de saúde dos idosos
do Município ofende sistematicamente a dignidade da pessoa humana, fundamento da
República Federativa do Brasil veiculada no artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal.
Em segundo lugar, é nítida a violação ao direito à saúde prevista tanto no artigo 6º quando no
artigo 196 e seguintes da Constituição Federal. Em se tratando de direito à saúde, vale a pena
mencionar que sua exigibilidade pode ser feita perante o Poder Público.
Modelo

Ora, como narrado nos fatos, os idosos estão sendo colocados em situação de extremo risco na
medida em que o seu direito à saúde tem sido violado pelo Município com base em tão
infundado argumento: escassez de recursos!
A vida – prevista no artigo 5º caput da Constituição – não pode ceder à essa linha de
argumentação. Logo, deve o pedido formulado ao fim da presente ação civil pública ser julgado
procedente.
Ainda, no que diz respeito a escassez de recursos com base na ausência de repasses federais,
vale a pena mencionar que a Constituição Federal estabelece que a
Modelo

prestação do direito à saúde incumbe a todos os entes federativos, logo, incumbe também ao
próprio Município. É o que se depreende dos artigos 23, inciso II e 30, inciso VII da Constituição
Federal.
Portanto, não há qualquer fundamento constitucional ou legal para autorizar a conduta do
Município. Posto isto, deve ser assegurado o direito à saúde para os idosos do Município Beta.
Modelo

4. LIMINAR

De acordo com o artigo 12 da Lei 7347/1985 é cabível a liminar na Ação Civil Pública com ou
sem justificação prévia. No presente caso, é mais que cabível a concessão de liminar para fins
de, desde logo, assegurar o direito à saúde para os idosos do Município Beta, sobremodo
porque presentes os requisitos que a autorizam, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum
in mora.
Em primeiro lugar, o fumus boni juris encontra‐se presente na medida em que o direito à saúde
tem morada constitucional. Da mesma maneira é do Município
Modelo

também o direito de prestar a saúde, conforme artigos já citados.


Em relação ao periculum in mora, é fácil perceber que em se mantendo a omissão do Poder
Público no que diz respeito ao atendimento dos idosos, o quadro de saúde destes ou mesmo o
direito à vida poderá restar prejudicado, de modo que a concessão da liminar é a medida que se
impõe.
Posto isto, requer‐se seja concedida a liminar para determinar ao Município o atendimento aos
seus idosos, com base nos argumentos acima indicados.
Modelo

5. PEDIDOS

Ante o exposto, requer‐se:

a) A concessão de medida liminar para fins de garantir aos idosos do Município Beta o
atendimento no posto de saúde municipal, com base no artigo 12 da Lei 7347/1985, uma vez
que presentes os requisitos fumus boni juris e periculum in mora.
Modelo

b) A designação de audiência prévia de conciliação/mediação, nos termos do art. 319, VII, do


CPC/2015.
c) A produção de todas as provas em direito admitidas.
d) Intimação do MP – art. 5, parágrafo 1, da Lei Ação Civil Pública
e) Julgamento de procedência do pedido para fins de condenar o Réu a realizar o atendimento
aos seus idosos no posto de saúde.
f) Condenação do Réu ao pagamento de custas e honorários.
Modelo

Valor da causa: R$ 1.000,00

Pede deferimento
Local, data
Advogado
Modelo

A peça adequada nesta situação é a petição inicial de uma Ação Civil Pública. A petição deve ser
endereçada ao Juízo Cível da Comarca X ou ao Juízo de Fazenda Pública da Comarca X, já que os
dados constantes do enunciado não permitem identificar a organização judiciária do local.
O(A) examinando(a) deve indicar, na qualificação das partes, a Associação Alfa como
demandante, e o Município
Beta, como demandado.
A legitimidade ativa da Associação Alfa decorre do fato de ter sido constituída há mais de 1 (um)
ano e destinar‐se à defesa do patrimônio social e do direito à saúde de todos, atendendo ao
disposto no Art. 5º, inciso V, alíneas a e b, da
Modelo

Lei nº 7.347/85. A legitimidade passiva do Município Beta é justificada por ser o responsável
pela gestão do Posto de Saúde Gama.
O cabimento da ação civil pública decorre do fato de o objetivo da demanda judicial ser a defesa
de todos os idosos que procuram o atendimento do Posto de Saúde Gama, nos termos das
finalidades estatutárias da Associação – defesa do patrimônio social e, particularmente, do
direito à saúde de todos – , e não eventual defesa de direito ou interesse individual. Como se
discute a qualidade do serviço público oferecido à população e esses idosos não podem ser
individualizados, trata‐se de típico interesse difuso, enquadrando‐se no Art.
Modelo

1º, incisos IV e VIII, da Lei nº 7.347/85.


O que se verifica, na hipótese, é a necessidade de defesa do direito à vida e à saúde dos idosos
que procuram os serviços do Posto de Saúde Gama, bem como de sua dignidade, amparados
pelo Art. 1º, inciso III, pelo Art. 5º, caput, pelo Art. 6º e pelo Art. 196, todos da CRFB/88. Na
fundamentação, deve ser indicado que esses direitos estão sendo preteridos para a realização
de obras públicas na área de lazer, o que é constitucionalmente inadequado em razão da maior
importância dos referidos direitos. Afinal, sem vida e saúde, não há possibilidade de lazer. O
Município tem o dever de assegurar o direito à saúde dos idosos e de cumprir a competência
constitucional
Modelo

conferida para fins de prestação do serviço público de saúde (Art. 30, inciso VII, Art. 196 e Art.
230, todos da CRFB/88).
É importante que o(a) examinando(a) formule pedido de concessão de medida liminar, a fim de
compelir o Município a regularizar o sistema de saúde e prestar o atendimento laboratorial
adequado aos idosos na localidade abrangida pelo Posto de Saúde. O examinando deve indicar a
proteção constitucional dos direitos à vida e à saúde, bem como da dignidade humana, e o risco
de ineficácia da medida final, se a liminar não for deferida, tendo em vista a urgência da
situação, uma vez que os idosos estão sujeitos a complicações de saúde e a risco
Modelo

de morte, caso não recebam o tratamento de saúde adequado. Deve ser demonstrada,
portanto, a presença do fumus boni iuris e do periculum in mora.
Ao final, deve ser formulado pedido para que a medida pleiteada em caráter liminar seja
tornada definitiva.
Deve ser requerida a produção das provas necessárias à demonstração da narrativa inaugural.
Por fim, deve‐se apontar o valor da causa.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Modelo
Modelo
HABEAS CORPUS
Hipótese de cabimento

Art. 5°, LXVIII: “conceder‐se‐á "habeas‐corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder.

Art. 5°, LXXVII: gratuidade


Espécies

Habeas Corpus Preventivo

Habeas Corpus Repressivo


Impetrante

Qualquer pessoa física (inclusive estrangeiro), independentemente de sua capacidade civil.


Também se admite impetração por Pessoa Jurídica e pelo MP (Art. 654, CPP)
O Juiz de Ofício pode concedê‐lo.
Pode o impetrante defender direito seu ou de terceiro.
Na parte prática, o Impetrante será sempre o “ADVOGADO”.
Impetrante

Autoridade pública ou, eventualmente, contra atos particulares (Exemplos amplamente


admitidos pela jurisprudência: habeas corpus contra clínicas psquiátricas, hospitais particulares,
dentre outros, que se recusam a liberar pacientes alegando não pagamento das diárias de
internação).
Paciente

A pessoa que tem a sua liberdade de locomoção violada ou ameaçada por ilegalidade ou abuso
de poder.
Hipótese de não cabimento

Art. 142, parágrafo 2, CF: Não caberá "habeas‐corpus" em relação a punições disciplinares
militares
Súmulas

Súmula 695: não cabe "habeas corpus" quando já extinta a pena privativa de liberdade.

Súmula 694: não cabe "habeas corpus" contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de
perda de patente ou de função pública.
Súmulas

Súmula 693: não cabe “HC" contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo
em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.

Súmula 692: não se conhece de "habeas corpus" contra omissão de relator de extradição, se
fundado em fato ou direito estrangeiro cuja prova não constava dos autos, nem foi ele
provocado a respeito.
Súmulas

Súmula 691: não compete ao supremo tribunal federal conhecer de "habeas corpus" impetrado
contra decisão do relator que, em "habeas corpus" requerido a tribunal superior, indefere a
liminar
Súmulas

Súmula 690: compete originariamente ao supremo tribunal federal o julgamento de "habeas


corpus" contra decisão de turma recursal de juizados especiais criminais.

OBS: Súmula Cancelada pelo Plenário do STF: com o cancelamento da Súmula, o STF
admite que a competência é do Tribunal de Justiça (se for juizado especial estadual) ou do
Tribunal Regional Federal (se for juizado especial federal).
Súmulas

Súmula 606: não cabe "habeas corpus" originário para o tribunal pleno de decisão de turma, ou
do plenário, proferida em "habeas corpus" ou no respectivo recurso.

Súmula 395: não se conhece de recurso de "habeas corpus" cujo objeto seja resolver sobre o
ônus das custas, por não estar mais em causa a liberdade de locomoção.
Procedimento

Artigo 5, inciso LXVIII, CF


Art. 647 e seguintes do CPP

Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de
outrem, bem como pelo Ministério Público.
§ 1o A petição de habeas corpus conterá:
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação e o de quem
exercer a violência, coação ou ameaça;
Procedimento

b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça de coação, as


razões em que funda o seu temor;
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não puder
escrever, e a designação das respectivas residências.
Procedimento

STF (Art. 102, Inciso I, alínea “d” c/c 102, inciso I, alíneas “b” e “c”): o STF será o órgão
processante quando o paciente for Presidente da República, Vice‐Presidente da República,
Membro do Congresso Nacional, Ministro do STF, Procurador Geral da República, Ministro de
Estado, Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, Membro de Tribunais Superiores,
Membros do Tribunal de Contas da União e Chefes de Missão Diplomática de Caráter
permanente.
Prática ‐ Competência

STF (Art. 102, Inciso I, alínea “d” c/c 102, inciso I, alíneas “b” e “c”): o STF será o órgão
processante quando o paciente for Presidente da República, Vice‐Presidente da República,
Membro do Congresso Nacional, Ministro do STF, Procurador Geral da República, Ministro de
Estado, Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, Membro de Tribunais Superiores,
Membros do Tribunal de Contas da União e Chefes de Missão Diplomática de Caráter
permanente.
Prática ‐ Competência

STF (Art. 102, Inciso I, alínea “i”, segunda parte – foro definido com base na autoridade coatora
e/ou paciente): o STF será o órgão processante quando a autoridade coatora ou o paciente for
autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo
Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.
Prática ‐ Competência

STJ (Art. 105, Inciso I, alínea “c”, primeira parte, c/c art. 105, Inciso I, alínea “a” – foro definido
com base no paciente): o STJ será o foro processante quando o paciente for Governador de
Estado ou do Distrito Federal, Membros de Tribunais de Segunda Instância (TJ, TRF, TRT e TRE),
Membros de TCE, Membros dos Tribunais ou Conselhos de Contas Municipais e Membros do
Ministério Público da União que oficiem perante tribunais.
Prática ‐ Competência

STJ (Art. 105, Inciso I, alínea “c”, segunda parte – foro definido com base na autoridade coatora):
o STJ será o foro processante quando o ato coator for Tribunal sujeito a sua jurisdição, Ministro
de Estado ou Comandante da Marinha, Exército ou Aeronáutica, ressalvadas as competências da
Justiça Eleitoral.
Prática ‐ Competência

TRFs (Art. 108, Inciso I, alínea “d” – foro definido com base na autoridade coatora): o TRF será o
foro processante quando o coator for juiz federal.
Prática – Competência

Juízes Federais (Art. 109, Inciso VII – foro definido com base na autoridade coatora): a justiça 
federal será o foro processante em matéria criminal de sua competência ou quando o 
constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra 
jurisdição.
Prática – Competência

Juízes do Trabalho (Art. 114, Inciso IV – foro definido com base na autoridade coatora): os Juízes 
do Trabalho serão o foro processante quando o ato questionado envolver matéria sujeita a sua 
jurisdição.
Prática – Competência

Tribunal de Justiça: ato coator praticado por juiz estadual

Juiz estadual: residual. 
Endereçamento

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal de..., Estado...
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ... Vara Cível de ..., Estado ...
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ... Vara Criminal de ..., Estado ...
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça do Estado ...
Endereçamento

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Tribunal Regional Federal da ... 
Região.
Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal
Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Superior Tribunal de Justiça
Estrutura da peça

ENDEREÇAMENTO (CONFORME COMPETÊNCIA APONTADA ACIMA)

ADVOGADO, nacionalidade..., estado civil ..., CPF ..., OAB ..., com endereço profissional em..., 
endereço eletrônico..., vem, com fundamento no artigo 5°, inciso LXVIII da Constituição e 647 e 
seguintes do Código de Processo Penal, impetrar:
Estrutura da peça

HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR

em favor do PACIENTE, nacionalidade ..., estado civil ..., profissão ..., CPF ..., com endereço 
residencial em..., endereço eletrônico..., preso/em vias de ser preso em razão de ator coator 
praticado por AUTORIDADE COATORA/PARTICULAR, com endereço em..., endereço eletrônico...:
Estrutura da peça

1.   FATOS

Descrever os fatos conforme as informações contidas no problema. Não acrescentar 
informações estranhas ao problema para não configurar identificação de peça!

2.   HIPÓTESE DE CABIMENTO
Estrutura da peça

Discorrer brevemente sobre: (i) legitimidade ativa: citar o artigo 5°, LXVIII da Constituição e o 
artigo 654 do CPP, segundo o qual “O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, 
em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público”; (ii) legitimidade passiva: 
apontar quem é a autoridade ou o particular; (iii) reiterar que o remédio constitucional está 
sendo utilizado em favor de um paciente que está preso ou em vias de ser preso.
Estrutura da peça

Sugestão de redação:
“Conforme o artigo 5°, inciso LXVIII, da Constituição (copiar o artigo). Da mesma forma, o artigo 
654 do CPP afirma que (copiar o artigo). Logo, é legítima a impetração do Habeas Corpus pelo 
Impetrante para proteger o direito de locomoção do paciente, já que violado/em vias de ser 
violado por ato coator praticado pela autoridade coatora/particular.
Estrutura da peça

3. MÉRITO

Discorrer sobre os fundamentos de mérito do Habeas Corpus.
Para a fundamentação, obrigatoriamente citar o artigo 5°, incisos XV (Liberdade de Locomoção) 
e reiterar o inciso LXVIII.
Também mencionar o artigo 648 do CPP que elenca algumas hipóteses de ilegalidade na coação.
Estrutura da peça

Atenção para a Súmula Vinculante n. 25 que estabelece a ilegalidade da prisão civil do 
depositário infiel.
Estrutura da peça

Sugestão de redação:
“Conforme o artigo 5°, inciso XV, da Constituição (copiar o artigo). No caso concreto, o paciente 
foi violado em sua liberdade de locomoção em razão de ato coator praticado pela autoridade 
coatora impetrada/particular consistente no (descrever a coação).
Estrutura da peça

Logo, é cabível a impetração do Habeas Corpus com base no artigo 5°, inciso LXVIII, acima 
mencionado, já que é evidente a ilegalidade e/ou o abuso de poder no presente caso.
Ademais, o artigo 648 do CPP elenca uma série de condutas que configuram ilegalidade na 
conduta da autoridade, dentre elas (destacar aquela que mais se assemelha ao caso concreto).
Estrutura da peça

4. LIMINAR

É a regra no Habeas Corpus.
Quando o paciente estiver preso ou em vias de ser preso, informar para o juiz a necessidade de 
soltá‐lo ou conceder ordem para evitar a prisão.
Estrutura da peça

Os fundamentos do pedido liminar são:
a) Fumus boni juris (fumaça do bom direito): retomar com muita brevidade o mérito da 
ação. 
b) Periculum in mora (perigo da demora): alertar sobre o perigo de se manter o paciente 
preso ou de coloca‐lo na prisão.
Estrutura da peça

Sugestão de redação:
“Presente o fumus boni juris, pois na linha dos artigos acima mencionados, a conduta da 
autoridade coatora/particular configura ato ilegal e/ou abusivo. Logo, fica desde logo 
evidenciado que o paciente deve ser imediatamente posto em liberdade (ou evitar a sua 
prisão).
Da mesma forma, presente o periculum in mora, pois a manutenção do paciente na
Estrutura da peça

prisão (ou a realização da sua prisão) pode causar‐lhe danos irreparáveis, inclusive de ordem 
moral e patrimonial”.
Estrutura da peça

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) Concessão da liminar para fins de expedir o alvará de soltura/salvo conduto a favor do 
paciente, uma vez que presentes o fumus boni juris e o periculum in mora
Estrutura da peça

b) Notificação da autoridade coatora (indicar) para apresentar as informações, conforme 
artigo 662 do CPP.
c) Intimação do Ministério Público para apresentar seu parecer.
d) Procedência do pedido para fins de fazer cessar a violência ou coação na liberdade de 
locomoção do paciente.
e) Prioridade de julgamento, conforme artigo 664 do CPP.
Estrutura da peça

f) Juntada dos documentos que demonstram a violência ou coação na liberdade de 
locomoção da paciente.

Valor da causa: R$ 1.000,00  (ou o valor mencionado no problema)

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Exemplo de problema

(OAB 2007.1) Maria adquiriu um veículo popular por meio de contrato de arrendamento 
mercantil (leasing), em 60 prestações de R$ 800,00. A partir da 24.ª prestação, Maria começou a 
ter dificuldades financeiras e resolveu vender o veículo a Pedro, o qual se comprometeu a pagar 
as prestações vincendas e vencidas. Tal fato não foi comunicado ao agente financeiro, já que 
havia o risco de o valor da prestação ser majorado. 
Exemplo de problema

Pedro deixou de pagar mais de cinco prestações, o que suscitaria rescisão contratual. O agente 
financeiro houve por bem propor ação de busca e apreensão do veículo, tentativa essa que 
restou frustrada em face de Maria não possuir o veículo em seu poder, já que o alienara a 
Pedro. 
Exemplo de problema

O agente financeiro pediu a transformação, nos mesmos autos, da ação de busca e apreensão 
em ação de depósito e requereu a prisão de Maria, por ser depositária infiel do referido veículo. 
O juiz competente determinou a prisão civil de Maria até que ela devolvesse o referido veículo 
ou pagasse as prestações em atraso. Maria não tem mais o veículo em seu poder e perdeu o 
seu...
Exemplo de problema

emprego em virtude da prisão civil. Dois dias depois da efetivação da prisão, o advogado 
contratado interpôs, inicialmente, recurso de agravo de instrumento contra aquela decisão 
judicial, o qual não foi conhecido pelo tribunal, diante da ausência de documento imprescindível 
ao seu processamento. Ingressou com ação de rito ordinário contra Pedro, com pedido de tutela 
antecipada, visando receber as prestações em atraso, ação essa que foi extinta sem julgamento
Exemplo de problema

de mérito. Ingressou, ainda, com ação de rito
ordinário contra o arrendador discutindo algumas cláusulas do contrato de arrendamento, ação 
essa que continua em curso, sem sentença. Maria continua presa. Por ter perdido a confiança 
nesse advogado, ao qual pagou os honorários devidos e do qual recebeu o devido 
substabelecimento, sem reservas de poderes, Maria resolveu contratar os serviços de outro 
advogado. 
Exemplo de problema

Diante da situação hipotética apresentada, na condição de atual advogado de Maria, redija um 
texto que contenha a peça judicial mais apropriada ao caso, a ser apresentada ao órgão judicial 
competente, com os argumentos que reputar pertinentes.
HABEAS CORPUS
Exemplo de problema‐correção

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
DO ESTADO

ADVOGADO, nacionalidade ..., estado civil ..., profissão ..., OAB ..., CPF ..., com endereço 
profissional em..., endereço eletrônico...vem, com fundamento no artigo 5°, inciso LXVIII da 
Constituição e 647 e seguintes do Código de Processo Penal, impetrar:
Exemplo de problema‐correção

HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR

em favor da paciente MARIA, nacionalidade ..., estado civil ..., profissão ..., CPF ..., com 
endereço residencial em..., endereço eletrônico..., presa em razão de ator coator praticado pelo 
JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA..., ESTADO..., com endereço em..., endereço 
eletrônico...
Exemplo de problema‐correção

1. FATOS

A paciente adquiriu um veículo popular por meio de contrato de arrendamento mercantil 
(leasing), em 60 prestações de R$ 800,00. Contudo, a partir da 24.ª prestação, a paciente 
começou a ter dificuldades financeiras e resolveu vender o veículo a Pedro, o qual se 
comprometeu a pagar as prestações vincendas e vencidas. 
Exemplo de problema‐correção

Como Pedro deixou de pagar mais de cinco prestações, o agente financeiro houve por bem 
propor ação de busca e apreensão do veículo, tentativa essa que restou frustrada em face de 
Maria não possuir o veículo em seu poder, já que o alienara a Pedro. O agente financeiro pediu 
a transformação, nos mesmos autos, da ação de busca e apreensão em ação de depósito e 
requereu a prisão de Maria, por ser depositária infiel do referido veículo. 
Exemplo de problema‐correção

Diante de tal pedido, o juiz competente determinou a prisão civil de Maria até que ela 
devolvesse o referido veículo ou pagasse as prestações em atraso. 
Até o momento Maria encontra‐se presa, razão pela qual impetra‐se o presente Habeas Corpus.
Exemplo de problema‐correção

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Conforme o artigo 5°, inciso LXVIII, da Constituição, conceder‐se‐á "habeas‐corpus" sempre que 
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”. 
Exemplo de problema‐correção

Da mesma forma, o artigo 654 do CPP afirma que o habeas corpus poderá ser impetrado por 
qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público. Logo, é 
legítima a impetração do Habeas Corpus pelo Impetrante  ‐ ADVOGADO ‐ para proteger o direito 
de locomoção da paciente Maria, já que violado por ato coator praticado por autoridade 
coatora.
Exemplo de problema‐correção

3. MÉRITO

Conforme o artigo 5°, inciso XV, da Constituição, é livre a locomoção no território nacional em 
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele 
sair com seus bens. No caso concreto, a paciente foi violada em sua liberdade de locomoção em 
razão de ato coator praticado pela autoridade coatora impetrada consistente na prisão em razão
Exemplo de problema‐correção

de dívida civil, conduta proibida com base na Súmula Vinculante n. 25 do STF, segundo a qual “é 
ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito”.
Logo, é cabível a impetração do Habeas Corpus com base no artigo 5°, inciso LXVIII, acima 
mencionado, já que é evidente a ilegalidade e/ou o abuso de poder no presente caso.
Exemplo de problema‐correção

Ademais, o artigo 648 do CPP elenca uma série de condutas que configuram ilegalidade na 
conduta da autoridade, dentre elas a ausência de justa causa. Nesse sentido:

648.  A coação considerar‐se‐á ilegal:
I ‐ quando não houver justa causa;

Logo, deve o pedido ser julgado procedente para fins de imediatamente determinar a expedição 
de alvará de soltura a favor da paciente.
Exemplo de problema‐correção

4. LIMINAR

Presente o fumus boni juris, pois na linha dos artigos acima mencionados, a conduta da 
autoridade coatora configura ato ilegal e/ou abusivo. Logo, fica desde logo evidenciado que a 
paciente deve ser imediatamente posta em liberdade, uma vez que a impossibilidade de prisão 
civil do depositário infiel está há tempos reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, 
Exemplo de problema‐correção

conforme Súmula Vinculante n. 25.
Da mesma forma, presente o periculum in mora, pois a manutenção da paciente na prisão pode 
causar‐lhe danos irreparáveis, inclusive de ordem moral e patrimonial. 
Para evidenciar alguns desses danos, cumpre informar que a paciente perdeu o seu emprego 
em virtude da prisão civil.
Exemplo de problema‐correção

5. PEDIDOS

Antes o exposto, requer‐se:

a) Concessão da liminar para fins de expedir o alvará de soltura a favor da paciente Maria, 
uma vez que presentes o fumus boni juris e o periculum in mora.
b) Notificação da autoridade coatora – Juiz de Direito da Vara Cível– para prestar as 
informações, conforme artigo 662 do CPP.
Exemplo de problema‐correção

c) Intimação do Ministério Público apresentar seu parecer
d) Procedência do pedido para fins de fazer cessar a violência ou coação na liberdade de 
locomoção da paciente.
e) Prioridade de julgamento, conforme artigo 664 do CPP.
Exemplo de problema‐correção

f) Juntada dos documentos que demonstram a violência ou coação na liberdade de 
locomoção da paciente.

Dá‐se a causa o valor de R$ 1.000,00.

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Indicativos de HC

Prisão já realizada ou na iminência de ser realizada.
Abuso de poder e ilegalidade praticado por autoridade pública
Questão mencionando depositário infiel (sujeito que recebeu um bem de outro a título de 
depósito e não devolveu, ou que ficou responsável pela custódia de algum bem penhorado por 
determinação judicial e não entregou quando solicitado), pois não é mais possível realiza‐la em 
razão da Súmula Vinculante n. 25.
Indicativos de HC

Crime prescrito.
Preso há mais tempo do que determinou a sentença.
Prisão militar disciplinar abusiva (tortura ou ordenada por quem não tem competência para 
fazê‐lo). Exceção ao artigo 142, § 2°, CF).
Necessidade de uma resposta rápida.
HABEAS DATA
Hipotese de cabimento

Art. 5, LXXII ‐ conceder‐se‐á "habeas‐data":
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes 
de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê‐lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo;

Art. 5, LXXVII: gratuidade
Hipotese de cabimento– Lei HD

Art. 7° Conceder‐se‐á habeas data:
I ‐ para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes 
de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
II ‐ para a retificação de dados, quando não se prefira fazê‐lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo;
Hipotese de cabimento– Lei HD

III ‐ para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre 
dado verdadeiro mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável.
Impetrante

Impetrante: qualquer pessoa física ou jurídica (inclusive estrangeiros), desde que em busca de 
informações personalíssimas. Na parte prática, é extremamente importante deixar claro que o 
Impetrante está em busca de informações pessoais!
Impetrado

Impetrado: gestor do banco de dados de entidade governamental ou de caráter público ou 
autoridade que em última instância negou o pedido administrativo para conhecimento, 
retificação ou complementação da informação constante em registro de entidade 
governamental ou de caráter público. 
Impetrado

Não esquecer que os bancos de dados que reúnem informações de terceiros para repassá‐las a 
outros – como o SERASA, SPC, etc. – têm caráter público e, por isso, podem ser acionados na via 
do Habeas Data (Art. 1°, parágrafo único, da Lei 9507/1997 c/c artigo 43, § 4°, CDC).
Procedimento administrativo

Art. 2°: O requerimento será apresentado ao órgão ou entidade depositária do registro ou 
banco de dados e será deferido ou indeferido no prazo de quarenta e oito horas”.
Parágrafo único. A decisão será comunicada ao requerente em vinte e quatro horas.
Competência

Art. 20. O julgamento do habeas data compete:
I ‐ originariamente:
a) ao Supremo Tribunal Federal, contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador‐Geral da 
República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
b) ao Superior Tribunal de Justiça, contra atos de Ministro de Estado ou do próprio Tribunal;
Competência

c) aos Tribunais Regionais Federais contra atos do próprio Tribunal ou de juiz federal;
d) a juiz federal, contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos 
tribunais federais;
e) a tribunais estaduais, segundo o disposto na Constituição do Estado;
f) a juiz estadual, nos demais casos;
Procedimento judicial

Artigo 8°
Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova:
I ‐ da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão;
II ‐ da recusa em fazer‐se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão; ou
III ‐ da recusa em fazer‐se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do decurso de mais de 
quinze dias sem decisão.
Procedimento judicial

Súmula 2 STJ: segundo a qual não cabe o habeas data (CF, Art. 5º, LXXII, letra a) se não houve 
recusa de informações por parte da autoridade administrativa
Procedimento judicial

Art. 9° Ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se notifique o coator do conteúdo da petição, 
entregando‐lhe a segunda via apresentada pelo impetrante, com as cópias dos documentos, a 
fim de que, no prazo de dez dias, preste as informações que julgar necessárias.
Procedimento judicial

Art. 12. Findo o prazo a que se refere o art. 9°, e ouvido o representante do Ministério Público 
dentro de cinco dias, os autos serão conclusos ao juiz para decisão a ser proferida em cinco dias.
Procedimento judicial

Art. 13. Na decisão, se julgar procedente o pedido, o juiz marcará data e horário para que o 
coator:
I ‐ apresente ao impetrante as informações a seu respeito, constantes de registros ou bancos de 
dadas; ou
II ‐ apresente em juízo a prova da retificação ou da anotação feita nos assentamentos do 
impetrante.
Procedimento judicial
Prática

ENDEREÇAMENTO (CONFORME COMPETÊNCIA APONTADA ACIMA)

IMPETRANTE, nacionalidade ..., estado civil ..., profissão ..., CPF ..., com endereço residencial 
em..., endereço eletrônico..., por intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de 
mandato anexado), com endereço profissional em..., endereço eletrônico..., vem, com 
fundamento no artigo 5, inciso LXXII da...
Prática

Constituição e nas disposições da Lei 9507/1997, impetrar:

HABEAS DATA

em face de IMPETRADO, com endereço em..., endereço eletrônico...
Prática

1. FATOS

Descrever os fatos conforme as informações contidas no problema. Não acrescentar 
informações estranhas ao problema para não configurar identificação de peça!
Prática

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Discorrer brevemente sobre: (i) legitimidade ativa: citar o artigo 5°, inciso LXXII da Constituição 
juntamente com o artigo 7° da Lei 9507/1997 e deixar claro que o Impetrante está em busca de 
informações pessoais/personalíssimas; (ii) legitimidade passiva: apontar que o ato coator foi 
praticado por gestor de Banco de Dados de
Prática

Entidade Governamental ou de Caráter Público, citando, neste caso, o artigo 1°, parágrafo único, 
da Lei 9507/1997 e o artigo 43, § 4° do CDC; (iii) esgotamento da via administrativa: apontar que 
houve pedido administrativo realizado sem resposta ou indeferido, de modo que os requisitos 
do artigo 8°, parágrafo único, e da Súmula 2/STJ foram preenchidos; (iv) informar que junto com 
a petição inicial segue cópia com todos os documentos.
Prática

Sugestão de redação:
“Conforme o artigo 5°, inciso LXXII, da Constituição (copiar o artigo). Ainda, o artigo 7° da Lei 
9507/1997 afirma que (copiar o artigo com o inciso aplicável ao caso – conhecimento, 
retificação ou complementação da informação). Logo, considerando que o Impetrante busca 
conhecer/retificar/complementar (conforme o caso) informações personalíssimas suas, 
Prática

constantes no Banco de Dados de Entidade Governamental ou de Caráter Público (conforme o 
caso) vinculado a autoridade coatora, é legítima a impetração do Habeas Data.
Ainda, o Impetrante informa que esgotou a via administrativa, tendo realizado pedido por 
escrito junto ao Banco de Dados administrado pelo Impetrado, conforme comprovam os 
protocolos anexados. Assim, preenchidos os requisitos do artigo 8°, 
Prática

parágrafo único da Lei 9507/1997, segundo o qual (copiar o artigo). Ainda, também está 
preenchido o requisito da Súmula 2/STJ, segundo a qual (copiar a súmula).
Finalmente, informa o Impetrante que a presente petição inicial segue acompanhada por cópia 
com a reprodução de todos os documentos ora juntados, conforme exige o artigo 8° da Lei 
9507/1997”.
Prática

3. MÉRITO

Discorrer sobre os fundamentos de mérito do Habeas Data.
Para a fundamentação, obrigatoriamente citar o artigo 5°, incisos XIV (Direito de Informação) e 
XXXIII e reiterar o artigo LXXII.
Prática

Sugestão de redação:
“Conforme o artigo 5°, inciso XIV, da Constituição (copiar o artigo). Ainda, o artigo 5° inciso 
XXXIII afirma que (copiar o artigo). No caso concreto, o Impetrante foi violado em seu direito de 
informação em razão de ato coator praticado pela autoridade coatora impetrada consistente no 
(descrever a coação). Logo, é cabível a impetração do Habeas Data com base no artigo 5°, inciso 
LXXII, acima mencionado.
Prática

4. LIMINAR

Não é regra, mas pode estar presente em casos que exijam a retificação ou a complementação 
de informações.
Os fundamentos do pedido liminar são:
a) Fumus boni juris (fumaça do bom direito): retomar com muita brevidade o mérito da 
ação. 
Prática

b) Periculum in mora (perigo da demora): indicar os perigos que o caso oferece.
Prática

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) Concessão da liminar para fins de (descrever), uma vez que presentes o fumus boni 
juris e o periculum in mora.
OBS: Este pedido de liminar pode não existir.
Prática

b) Notificação da autoridade coatora – indicar – para prestar informações no prazo de 10 


dias, conforme artigo 9°, Lei 9507/1997.
c) A oitiva do Ministério Público no prazo de 5 dias, conforme artigo 12 da Lei 9507/1997.
d) O julgamento de procedência do pedido para fins de determinar à autoridade coatora 
que (i) apresente as informações em dia e hora  marcadas por este Juízo, conforme artigo 
13, inciso I, da Lei 9507/1997 ou (ii)
Prática

comprove em Juízo a retificação ou complementação dos dados, conforme artigo 13, inciso II, 
da Lei 9507/1997.
e) A juntada dos documentos anexados, especialmente o comprovante da negativa 
administrativa, conforme artigo 8°, § único, inciso I, II ou III (conforme o caso) da Lei 9507/1997 
e Súmula 2/STJ.
Prática

Valor da causa: R$ 1.000,00 (ou o valor mencionado no problema)

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Exemplo

(OAB 2010.3) Tício, brasileiro, casado, engenheiro, na década de setenta, participou de 
movimentos políticos que faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais 
atividades, foi vigiado pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. 
Seus movimentos foram monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de 
Segurança do Estado, organizados por agentes federais. 
Exemplo

Após longos anos, no ano de 2010, Tício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, 
tendo o seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato 
praticado pelo Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de 
preservação do sigilo das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período 
desejado estão indisponíveis para todos os cidadãos. 
Exemplo

Tício, inconformado, procura aconselhamentos com seu sobrinho Caio, advogado, que propõe 
apresentar ação judicial para acessar os dados do seu tio. 
Na qualidade de advogado contratado por Tício, redija a peça cabível ao tema, observando: a) 
competência do Juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais 
e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça inaugural.
HABEAS DATA
Exemplo – Gabarito

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA

TÍCIO, brasileiro, casado, engenheiro, CPF ..., com endereço residencial em..., endereço 
eletrônico..., por intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de mandato 
anexado), 
Exemplo – Gabarito

com endereço profissional em..., endereço eletrônico..., onde recebe intimações, vem, com 
fundamento no artigo 5°, inciso LXXII da Constituição e nas disposições da Lei 9507/1997, 
impetrar:

HABEAS DATA

em face do MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, com endereço em..., endereço eletrônico...
Exemplo – Gabarito

1. FATOS

Tício, brasileiro, casado, engenheiro, na década de setenta, participou de movimentos políticos 
que faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi vigiado pelos 
agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. Seus movimentos foram 
monitorados pelos
Exemplo – Gabarito

órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado, organizados por agentes 
federais. Após longos anos Tício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o 
seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado 
pelo Impetrado, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das 
atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão 
indisponíveis.
Exemplo – Gabarito

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Pular linha

Conforme o artigo 5°, inciso LXXII, da Constituição, conceder‐se‐á "habeas‐data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes 
de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
Exemplo – Gabarito

Ainda, o artigo 7° da Lei 9507/1997 afirma que conceder‐se‐á habeas data:
I ‐ para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes 
de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
Exemplo – Gabarito

Logo, considerando que o Impetrante busca conhecer informações personalíssimas suas, 
constantes no registro mantido pelo Ministério da Defesa, vinculado a autoridade coatora, é 
legítima a impetração do Habeas Data.
Ainda, o Impetrante informa que esgotou a via administrativa, tendo realizado pedido por 
escrito junto ao detentor das informações, conforme comprovam os protocolos
Exemplo – Gabarito

anexados, os quais foram indeferidos. Nesse sentido, há que se lembrar que todos os pedidos 
foram indeferido, em todas as instâncias administrativas, tendo o último ato sido praticado pelo 
Ministro de Estado da Defesa. Assim, preenchidos o requisito do artigo 8°, parágrafo único da 
Lei 9507/1997, segundo o qual a petição inicial, que deverá preencher os requisitos dos arts. 
Exemplo – Gabarito

Art. 8, Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova:
I ‐ da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão; 
Exemplo – Gabarito

Ainda, também está preenchido o requisito da Súmula 2/STJ, segundo a qual não cabe o habeas 
data (CF, Art. 5º, LXXII, letra a) se não houve recusa de informações por parte da autoridade 
administrativa.
Finalmente, informa o Impetrante que a presente petição inicial segue acompanhada por cópia 
com a reprodução de todos os documentos ora juntados, conforme exige o artigo 8° da Lei 
9507/1997.
Exemplo – Gabarito

3. MÉRITO

Conforme o artigo 5°, inciso XIV, da Constituição, “é assegurado a todos o acesso à informação e 
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”. 
Exemplo – Gabarito

Ainda, o artigo 5° inciso XXXIII afirma que “todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas 
no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.
Exemplo – Gabarito

No caso concreto, o Impetrante foi violado em seu direito de informação em razão de ato coator 
praticado pela autoridade coatora impetrada consistente na negativa das informações 
personalíssimas a seu respeito.
Logo, é cabível a impetração do Habeas Data com base no artigo 5°, inciso LXXII, acima 
mencionado.
Exemplo – Gabarito

4. PEDIDOS

Ante o exposto, requer‐se:

a) Notificação da autoridade coatora – Ministro de Estado da Defesa – para prestar 


informações no prazo de 10 dias, conforme artigo 9°, Lei 9507/1997.
Exemplo – Gabarito

b) A oitiva do Ministério Público no prazo de 5 dias, conforme artigo 12, Lei 9507/1997.
c) O julgamento de procedência do pedido para fins de determinar à autoridade coatora, 
Ministro de Estado da Defesa, que apresente ao Impetrante, em dia e hora marcadas por este 
Juízo, as informações personalíssimas completas, conforme artigo 13, inciso I.
Exemplo – Gabarito

d) A juntada dos documentos anexados, especialmente o comprovante da negativa 
administrativa, conforme artigo 8°, parágrafo único, da Lei 9507/1997 e Súmula 2/STJ.

Valor da causa: R$ 1.000,00

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Exemplo – Gabarito

Comentários da Banca: o tema acesso às informações pessoais foi alçado em nível 
constitucional pela Constituição de 1988, que previu, no seu art. 5º, LXXII (conceder‐se‐á 
"habeas‐data": a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê‐lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo;).O tema foi influência das constituições europeias que
Exemplo – Gabarito

surgiram na Espanha e em Portugal também após regimes autoritários como no Brasil, como 
nos informa José Afonso da Silva, no seu Comentário Contextual à Constituição (pág. 168). O 
acesso é pertinente a dados pessoais, não podendo ocorrer o requerimento para acesso de 
dados de terceiras pessoas. A legitimidade ativa é daquele que deseja o acesso aos seus 
próprios dados, no caso Tício e a passiva da autoridade coatora, no enunciado o Ministro de 
Estado da Defesa. A lei que regula o
Exemplo – Gabarito

Habeas Data é a de número 9.507/97 e estabelece os requisitos da petição inicial, além do 
requisito formal, que foi preenchido no caso em tela, consistente no prévio requerimento 
administrativo. Remete os requisitos da peça inicial às regras do Código de Processo Civil, 
naquilo que não regula, como o requerimento de provas e a notificação da autoridade que 
praticou o ato. No caso em exame, a competência será do Superior Tribunal de Justiça (art. 20, I, 
b), da Lei 9.507/97, que repete norma do art. 105, I, “b”, da
Exemplo – Gabarito

Constituição Federal. Em relação aos itens da correção, assim ficaram divididos:
Exemplo – Gabarito
Particularidades

Não pedir produção de provas;
Pedir a juntada dos documentos, especialmente a cópia da negativa administrativa.
Não pedir condenação em honorários.
Embora seja ação gratuita, a FGV entende que é preciso dar valor à causa para efeitos fiscais no 
valor de R$ 1.000,00.
Particularidades

É possível o pedido da concessão de medida liminar, estando presentes os seus pressupostos. A 
medida liminar é pouco provável num exemplo em que o Impetrante queira somente conhecer 
a informação, posto que neste caso não há urgência. No entanto, poderá ocorrer hipóteses em 
que o Impetrante necessite de uma correção urgente num dado que está atrapalhando‐o em 
determinada finalidade, como um financiamento. Neste caso, poderia perfeitamente ser 
pleiteada uma liminar.
Identificando o Habeas Data

Cliente – pessoa física, jurídica ou mesmo estrangeiro – pretendendo conhecer, retificar ou 


complementar informações, sem necessitar de um suporte físico como certidão.
Interesse em resolver de forma rápida e sem custos.
Identificando o Habeas Data

Problemas envolvendo bancos de dados de entidades governamentais (dados de contribuintes, 
de devedores de impostos, referências a ditadura militar, etc.) ou de caráter público (SERASA, 
SPC, etc.). Neste ponto, muito cuidado com problemas sugerindo a pretensão de excluir o nome 
dos bancos de dados de restrição ao crédito.
Menção de esgotamento da via administrativa (clientes já fez o pedido administrativo, o qual foi 
negado ou ignorado).
Hipóteses em que não cabe o HD

Cliente pretendendo a obtenção de certidões (cabe Mandado de Segurança).
Cliente pretendendo informação de terceiros (pessoas que o caluniaram, por exemplo).
Cliente em busca de autos de processo administrativo ou judicial.
MANDADO DE SEGURANÇA
Hipóteses de cabimento

Art. 5º, LXIX ‐ conceder‐se‐á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não 
amparado por "habeas‐corpus" ou "habeas‐data", quando o responsável pela ilegalidade ou 
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições 
do Poder Público;
Hipóteses de cabimento

Art. 5, LXX ‐ o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou 
associados;
Impetração sem documentos

Art. 6, § 1° ‐ No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição 
ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê‐lo por certidão 
ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em 
original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) 
dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá‐las à segunda via da petição. 
Hipóteses de não cabimento

Art. 1°, § 2° ‐ Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados 
pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de 
concessionárias de serviço público.
Hipóteses de não cabimento

Art. 5° ‐ Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: 
I ‐ de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de 
caução; 
II ‐ de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; 
III ‐ de decisão judicial transitada em julgado
Hipóteses jurisprudenciais de não cabimento

Súmula 101/STF: O mandado de segurança não substitui a ação popular.

Súmula 266/STF: Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.

Súmula 269/STF: O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança.
Impetrante

Pessoa Física ou Jurídica

Art. 1º, § 3º ‐ “Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas 
poderá requerer o mandado de segurança”.
Impetrante

Art. 3º ‐ O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de 
terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular 
não o fizer, no prazo de 30 (trinta) dias, quando notificado judicialmente.
Parágrafo único ‐ O exercício do direito previsto no caput deste artigo submete‐se ao prazo 
fixado no art. 23 desta Lei, contado da notificação.
Impetrado

Art. 1° ‐ Conceder‐se‐á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não 
amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, 
qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê‐la por parte de 
autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
Impetrado

§ 1° ‐ Equiparam‐se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de 
partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de 
pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente 
no que disser respeito a essas atribuições..
Impetrado

Art. 2º ‐ Considerar‐se‐á federal a autoridade coatora se as consequências de ordem 
patrimonial do ato contra o qual se requer o mandado houverem de ser suportadas pela União 
ou entidade por ela controlada

Art. 6º, § 3º ‐ Considera‐se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou 
da qual emane a ordem para a sua prática.
Indicação da pessoa jurídica vinculada

Art. 6º A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, 
será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos 
na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se 
acha vinculada ou da qual exerce atribuições.
Procedimento ‐ Prazo

Art. 23.  O direito de requerer mandado de segurança extinguir‐se‐á decorridos 120 (cento e 
vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. 

OBS: no MS preventivo não corre o prazo.
Competências

STF (Art. 102, Inciso I, alínea “d”, segunda parte): o STF será o órgão processante quando o ato 
coator tiver sido praticado por Presidente da República, Mesa da Câmara dos Deputados, Mesa 
do Senado Federal, Tribunal de Contas da União, do Procurador Geral da República ou do 
próprio Tribunal. Também serão de competência do STF os mandados de segurança contra ato 
do CNJ e do CNMP (art. 102, I, “r”).
Competências

STJ (Art. 105, Inciso I, alínea “b”): o STJ será o órgão processante quando o ato coator tiver sido 
praticado por Ministro de Estado, Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica ou pelo 
próprio STJ.

TRFs (Art. 108, Inciso I, alínea “c”): o TRF será o foro processante quando o coator for juiz federal  
ou o próprio Tribunal.
Competências

Juízes Federais (Art. 109, Inciso VIII): a justiça federal será o foro processante quando o ato 
coator tiver sido praticado por autoridade federal, excetuada a competência dos TRFs.

Juízes do Trabalho (Art. 114, Inciso IV): os Juízes do Trabalho são o foro processante quando o 
ato questionado envolver matéria sujeita a sua jurisdição.
Competências

Turma Recursal: a Turma Recursal será foro processante quando o ato questionado tiver sido 
praticado pelos Juizados Especiais (Súmula 376/STJ) ou pela própria Turma Recursal.

Tribunal de Justiça: depende de previsão na CE.

Juízes estaduais: residual
Procedimento ‐ Informações

Art. 7.  Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
I ‐ que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, enviando‐lhe a segunda via 
apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 dias, preste as 
informações; 
II ‐ que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, 
enviando‐lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito; 
Procedimento ‐ MP

Art. 12.  Findo o prazo a que se refere o inciso I do caput do art. 7o desta Lei, o juiz ouvirá o 
representante do Ministério Público, que opinará, dentro do prazo improrrogável de 10 (dez) 
dias. 
Procedimento ‐ Julgamento

Art. 13.  Concedido o mandado, o juiz transmitirá em ofício, por intermédio do oficial do juízo, 
ou pelo correio, mediante correspondência com aviso de recebimento, o inteiro teor da 
sentença à autoridade coatora e à pessoa jurídica interessada. 
Procedimento
Procedimento ‐ liminar

Art. 7, III ‐ que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento 
relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente 
deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de 
assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica.
Procedimento – não cabimento liminar

§ 2° ‐ Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos 
tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou 
equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou 
pagamento de qualquer natureza.
Prática

ENDEREÇAMENTO (CONFORME COMPETÊNCIA APONTADA ACIMA)

IMPETRANTE, nacionalidade..., estado civil ..., profissão ..., CPF ..., com endereço residencial 
em..., endereço eletrônico..., por intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de 
mandato anexado), com endereço profissional em..., onde recebe intimações, endereço 
eletrônico...
Prática

vem, com fundamento no artigo 5°, inciso LXIX da Constituição e nas disposições da Lei 
12.016/2009, impetrar:

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR

em face de IMPETRADO (AUTORIDADE), com endereço em..., endereço eletrônico..., vinculado a 
PESSOA JURÍDICA A QUE ESTA INTEGRA.
Prática

1. FATOS

Descrever os fatos conforme as informações contidas no problema. Não acrescentar 
informações estranhas ao problema para não configurar identificação de peça!
Prática

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Discorrer brevemente sobre: (i) legitimidade ativa: citar o artigo 5°, inciso LXIX da Constituição e 
o artigo 1° da Lei 12.016/2009; (ii) legitimidade passiva: apontar que o ato coator foi praticado 
por uma autoridade pública em sentido amplo; (iii) informar que está juntando no ato todos os 
documentos – prova pré‐constituída – comprovando o
Prática

direito líquido e certo do Impetrante; (iv) informar que a impetração ocorreu em prazo inferior a 
120 dias a contar da ciência do ato coator, conforme artigo 23 da Lei 12.016/2009 (exceto 
quando se tratar de mandado de segurança preventivo, pois aí não ocorreu o termo inicial para 
o prazo) junto com a petição inicial segue cópia com todos os documentos.
Prática

Sugestão de redação:
“Conforme o artigo 5°, inciso LXIX, da Constituição (copiar o artigo). Da mesma forma, o artigo 
1° da Lei 12.016/2009 afirma que (copiar o artigo). Logo, é legítima a impetração do Mandado 
de Segurança pelo Impetrante para proteger o direito líquido e certo consistente em (descrever) 
violado pela autoridade (descrever) com ilegalidade ou abuso de poder.
Prática

Ainda, conforme confere‐se a partir do protocolo, a impetração do presente mandado de 
segurança foi feita dentro do prazo de que trata o artigo 23 da Lei 12.016/2009, qual seja, 120 
dias a contar do ato coator.
Finalmente, informa o Impetrante que a presente petição inicial segue acompanhada por cópia 
com a reprodução de todos os documentos ora juntados, conforme exige o artigo 6° da Lei 
12016/2009”.
Prática

3. NO MÉRITO

Discorrer sobre os fundamentos de mérito do Mandado de Segurança.
Atentar para os princípios da Administração Pública (Art. 37, CF), para os direitos e deveres 
individuais e coletivos do artigo 5° e para a temática tributária das imunidades previstas no 
artigo 150 da Constituição.
Prática

4. LIMINAR

É a regra no Mandado de Segurança. Os fundamentos do pedido liminar estão previstos no 
artigo 7°, inciso III, da Lei 12.016/2009 e são os seguintes:
a) Fundamento Relevante/Fumus boni juris (fumaça do bom direito): retomar com muita 
brevidade o mérito da ação.
Prática

b) Risco de o ato impugnado tornar ineficaz a medida/Periculum in mora (perigo da 
demora): alertar sobre o risco de manter vigente o ato.

Sugestão de redação:
“De acordo com o artigo 7°, inciso III, da Constituição, (copiar o artigo).
Presente o fundamento relevante/fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos 
acima mencionados, a conduta da
Prática

autoridade coatora violou direito líquido e certo do Impetrante com ilegalidade e/ou abuso de 
poder, pois (descrever).
Da mesma forma, presente o risco de o ato impugnado tornar ineficaz a medida/periculum in 
mora, pois caso seja mantido o ato coator (descrever)
Prática

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) Concessão da liminar para fins de (descrever), uma vez que presentes os requisitos 
previstos no artigo 7° inciso III, da Lei 12.016/2009, quais sejam, o fundamento relevante/fumus 
boni juris e o risco de o ato
Prática

impugnado tornar ineficaz a medida/periculum in mora.

OBS: Quando se tratar de Mandado de Segurança Coletivo e houver necessidade de liminar 
(regra), pedir:

a) Concessão da liminar para fins de (descrever), uma vez que presentes os requisitos 
previstos no artigo 7° inciso
Prática

III, da Lei 12.016/2009, quais sejam, o fundamento relevante/fumus boni juris e o risco de o ato 
impugnado tornar ineficaz a medida/periculum in mora, após a audiência do representante 
judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 horas, 
conforme artigo 22, §2°, da Lei 12.016/2009.
Prática

b) Notificação da autoridade coatora (descrever) para prestar as informações no prazo de 
dez dias, conforme artigo art. 7º, I, da Lei 12.016/2009.
c) Que seja dada ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica 
interessada, enviando‐lhe cópia da inicial para que, querendo, ingresse no feito, conforme artigo 
7º, II, da Lei 12.016/2009.
Prática

d) Intimação do Ministério Público para apresentar seu parecer no prazo de dez dias, 
conforme artigo 12, da Lei 12.016/2009.
e) Ao final, o provimento do pedido para fins de conceder a segurança, declarando o 
direito líquido e certo de o Impetrante (descrever).
f) A juntada dos documentos anexados demonstrando o direito líquido e certo do 
Impetrante e da cópia da petição inicial com todos os documentos, conforme artigo 6°, da Lei 
12.016/2009.
Prática

g) Condenação do Impetrado ao pagamento de custas processuais.

Pedidos eventuais (só em casos específicos)

Quando o problema deixar claro que os documentos se acham em repartição ou 
estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê‐lo por certidão 
ou de terceiro.
Prática

h) Determinação para que a autoridade coatora (ou terceiro) apresentem os documentos 
indispensáveis a demonstração do direito líquido e certo no prazo de 10 dias, conforme artigo 
6°, §1°, da Lei 12.016/2009.
Prática

Valor da causa: R$ 1.000,00 (ou o valor mencionado no problema)

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Identificando o Mandado de Segurança

Menção a direito líquido e certo.
Menção a desnecessidade de dilação probatória (cliente apresentou todos os documentos 
comprovando o ato ou se trata de matéria de direito, apenas).
Ato coator praticado há menos de 120 dias.
Necessidade de uma resposta rápida.
Meio menos oneroso (não há condenação em honorários).
Identificando o Mandado de Segurança

Autoridade coatora é pessoa jurídica de direito público ou particular no exercício de atribuição 
pública (Ex: Reitor de Universidade Particular).
MS de parlamentar contra a mesa da casa a que pertence, no exercício de controle de 
constitucionalidade preventivo (direito ao devido processo legislativo) – utilização do MS como 
instrumento de controle judicial preventivo de constitucionalidade no caso concreto.
Identificando o Mandado de Segurança

Pretensão de obtenção de certidão (Art. 5°, XXXIV, CF).
Medida menos onerosa.
Identificando o MS Coletivo

Menção a partido político com representação no Congresso Nacional.
Menção a violação de direito líquido e certo de integrantes de partido político ou das 
finalidades partidárias.
Menção a organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída 
buscando garantir direito líquido e certo violado de modo objetivo, com um prejuízo evidente, 
ou em vias de ser praticado.
Identificando o MS Coletivo

Decurso de mais de 120 dias entre o ato coator e a data em que o cliente lhe procura (salvo atos 
coatores continuados, como descontos indevidos em folha de salário ou em caso de MS 
preventivo).
Referência à necessidade de produção de provas.
Necessidade de condenação (obrigação de pagar), pois o MS não é substitutivo da ação de 
cobrança
Prática

(OAB 2014.2 – XIV EXAME) João, sócio‐diretor da empresa MM Ltda., foi surpreendido com uma 
notificação do Município X para pagar multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) e encerrar as 
atividades empresariais na cidade em um período de até 90 (noventa) dias. Atônito, João, ao ler 
a notificação, descobre que foi aberto um processo administrativo para apurar denúncia de 
violação ao Decreto Municipal nº 5.678, de 2014, sem lastro em prévia lei municipal, que veda a 
instalação de lojas de produtos eletrônicos em bairros de perfil residencial, 
Prática

determina a aplicação de multa e estabelece um prazo de até 90 (noventa) dias para o 
encerramento das atividades empresariais no Município. Após a abertura do processo e 
instrução com registro fotográfico, foi proferida decisão, pelo Secretário de Posturas do 
Município, sem prévia oitiva da empresa, determinando a aplicação da multa, no valor indicado, 
bem como fixando o prazo de 90 (noventa) dias para o encerramento das atividades 
empresariais, sob pena de interdição e lacre do estabelecimento, na forma do Decreto 
Municipal. 
Prática

A notificação vem acompanhada de cópia integral daquele processo administrativo. Você foi 
contratado como advogado para ajuizar a medida necessária à defesa dos interesses do cliente 
– afastar a exigência da multa e garantir a permanência das atividades empresariais. Elabore a 
peça adequada, considerando‐se aquela que tem, em tese, o rito mais célere e considerando 
que, desde o recebimento da notificação, já se passaram 60 (sessenta) dias, tendo transcorrido 
in albis o prazo para eventual recurso administrativo. (Valor: 5,00)
MANDADO DE SEGURANÇA
Gabarito

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO MUNICÍPIO X, ESTADO ...

MM LTDA., pessoa jurídica inscrita no CNPJ n. ..., com endereço em..., endereço eletrônico..., 
por intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de mandato anexado), com 
endereço profissional em..., endereço eletrônico..., onde recebe intimações, vem, com 
fundamento no artigo
Gabarito

5°, inciso LXIX da Constituição e nas disposições da Lei 12.016/2009, impetrar:

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR

em face do SECRETARIA DE POSTURA DO MUNICÍPIO X, com endereço em..., endereço 
eletrônico..., vinculado ao MUNICÍPIO X.
Gabarito

1. FATOS

A empresa MM Ltda. foi surpreendida com uma notificação do Município X para pagar multa de 
R$ 10.000,00 (dez mil reais) e encerrar as atividades empresariais na cidade em um período de 
até 90 (noventa) dias. Isso porque foi aberto um processo administrativo para apurar denúncia 
de violação ao Decreto Municipal nº 5.678, de 2014, sem lastro em prévia lei municipal, que 
veda a instalação de lojas de produtos eletrônicos em bairros de perfil
Gabarito

residencial, determina a aplicação de multa e estabelece um prazo de até 90 (noventa) dias para 
o encerramento das atividades empresariais no Município. Após a abertura do processo e 
instrução com registro fotográfico, foi proferida decisão, pelo Secretário de Posturas do 
Município, sem prévia oitiva da empresa, determinando a aplicação da multa, no valor indicado, 
bem como fixando o prazo de 90 (noventa) dias para o encerramento das atividades 
empresariais, sob pena de interdição e
Gabarito

lacre do estabelecimento, na forma do Decreto Municipal. A notificação vem acompanhada de 
cópia integral daquele processo administrativo.
Contudo, a determinação viola direito líquido e certo do Impetrante, razão pela qual impetra‐se 
o presente Mandado de Segurança.

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Conforme o artigo 5°, inciso LXIX, da Constituição, “conceder‐se‐á mandado de segurança para
Gabarito

proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas‐corpus" ou "habeas‐data", quando 
o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa 
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”.
Da mesma forma, o artigo 1° da Lei 12.016/2009 afirma que “conceder‐se‐á mandado de 
segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas 
data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer
Gabarito

pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê‐la por parte de 
autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça”.
Logo, é legítima a impetração do Mandado de Segurança pelo Impetrante para proteger o 
direito líquido e certo consistente em ver o afastamento da multa imposta e a continuação de 
suas atividades.
Ainda, conforme confere‐se a partir do protocolo, a impetração do presente mandado de 
segurança foi
Gabarito

feita dentro do prazo de que trata o artigo 23 da Lei 12.016/2009, qual seja, 120 dias a contar do 
ato coator.
Finalmente, informa o Impetrante que a presente petição inicial segue acompanhada por cópia 
com a reprodução de todos os documentos ora juntados, conforme exige o artigo 6° da Lei 
12016/2009.

3. NO MÉRITO

Conforme apontado acima, o Impetrante foi surpreendido com a informação de que lhe foi
Gabarito

imposta multa e determinada a suspensão de suas atividades em razão do Decreto Municipal


5678 de 2014, editado pelo Município X.
Contudo, a previsão é ilegal/inconstitucional pois fere direito líquido certo consubstanciado no
artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal, qual seja, o princípio da legalidade.
Gabarito

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo‐se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
II ‐ ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Gabarito

Isso porque somente a lei pode determinar o que os indivíduos devem fazer ou deixar de fazer,
e no presente caso, a imposição deu‐se por meio de Decreto feito pelo Município.
Ainda, a determinação viola o direito de contraditório e ampla defesa, uma vez que foi imposto
ao Impetrante multa e determinação para encerramento de suas atividades sem a sua
manifestação. Assim, é evidente a violação ao artigo 5º, inciso LV, segundo o qual:
Gabarito

LV ‐ aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são


assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;a mesma
forma, a discriminação não é razoável, pois não é possível repassar ao candidato que possui
total condições de participar do concurso a responsabilidade no equacionamento das contas
públicas.
Gabarito

Não bastasse, também o inciso LIV do artigo foi violado, uma vez que foi imposta sanção ao
Impetrante sem o devido processo legal. Segundo o inciso:

LIV ‐ ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

Assim sendo, após toda a fundamentação acima, não há dúvidas de que o Decreto 4567 de
2014 é
Gabarito

absolutamente inconstitucional, razão pela qual deve ser agora anulado pelo Poder Judiciário.
Ainda, a título de conclusão há que se mencionar que a imposição é absolutamente
desarrazoada e desproporcional, eis que não há nenhuma justificativa plausível para proibir o
desenvolvimento das atividades da Impetrante – comércio de materiais eletrônicos – em bairro
residencial. É dizer, não há qualquer risco ou potencial de dano aos moradores.
Gabarito

4. LIMINAR

De acordo com o artigo 7°, inciso III, da Constituição, “ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
III ‐ que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e
do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo
facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o
ressarcimento à pessoa jurídica”.
Gabarito

Presente o fundamento relevante/fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos
acima mencionados, a conduta da autoridade coatora violou direito líquido e certo do
Impetrante com ilegalidade e/ou abuso de poder, pois estabeleceu imposição inconstitucional,
desarrazoada e violadora tanto da ilegalidade, do devido processo legal, do contraditório e da
ampla defesa.
Da mesma forma, presente o risco de o ato impugnado tornar ineficaz a medida/periculum in
mora, pois caso seja mantido o ato coator o
Gabarito

Impetrante fatalmente será forçado a arcar com multa e a encerrar as suas atividades no local.

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) Concessão da liminar para fins de suspender o ato do Secretário de Postura, uma vez
que presentes os requisitos previstos no artigo 7° inciso III, da Lei 12.016/2009, quais sejam, o
Fundamento
Gabarito

Relevante/Fumus boni juris e o risco de o ato impugnado tornar ineficaz a medida/Periculum in


mora.
b) Notificação da autoridade coatora – Secretário de Posturas – para que preste as
informações no prazo de dez dias, conforme artigo art. 7º, I, da Lei 12.016/2009.
c) Que seja dada ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica
interessada, Município X, enviando‐lhe cópia da inicial para que, querendo, ingresse no feito,
Gabarito

conforme artigo 7º, II, da Lei 12.016/2009.


d) Intimação do Ministério Público para apresentar seu parecer no prazo de dez dias,
conforme artigo 12, da Lei 12.016/2009.
e) Ao final, o provimento do pedido para fins de conceder a segurança, declarando o
direito líquido e certo de o Impetrante continuar com suas atividades empresariais no local e de
não pagar a multa imposta.
Gabarito

f) A juntada dos documentos anexados demonstrando o direito líquido e certo do


Impetrante e da cópia da petição inicial com todos os documentos, conforme artigo 6°, da Lei
12.016/2009.
g) Condenação do Impetrado ao pagamento de custas processuais.

Dá‐se a causa o valor de R$ 1.000,00.

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Prática

(OAB 2014.2 – XIV EXAME) João, sócio‐diretor da empresa MM Ltda., foi surpreendido com uma
notificação do Município X para pagar multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) e encerrar as
atividades empresariais na cidade em um período de até 90 (noventa) dias. Atônito, João, ao ler
a notificação, descobre que foi aberto um processo administrativo para apurar denúncia de
violação ao Decreto Municipal nº 5.678, de 2014, sem lastro em prévia lei municipal, que veda a
instalação de lojas de produtos eletrônicos em bairros de perfil
Prática

lacre do estabelecimento, na forma do Decreto Municipal. A notificação vem acompanhada de


cópia integral daquele processo administrativo. Você foi contratado como advogado para ajuizar
a medida necessária à defesa dos interesses do cliente – afastar a exigência da multa e garantir
a permanência das atividades empresariais. Elabore a peça adequada, considerando‐se aquela
que tem, em tese, o rito mais célere e considerando que, desde o recebimento da notificação, já
se passaram
Prática

60 (sessenta) dias, tendo transcorrido in albis o prazo para eventual recurso administrativo.
(Valor: 5,00). A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados
para dar respaldo à pretensão.
Prática

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO MUNICÍPIO X, ESTADO ...:

MM LTDA., pessoa jurídica inscrita no CNPJ n. ..., com endereço em..., endereço eletrônico...por
intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de mandato anexado), com
endereço profissional em..., onde recebe intimações, endereço eletrônico..., vem, com
fundamento no artigo 5°, inciso LXIX da Constituição e nas disposições da Lei 12.016/2009,
impetrar:
Prática

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR

em face do SECRETARIA DE POSTURA DO MUNICÍPIO X, com endereço em..., endereço


eletrônico..., vinculado ao MUNICÍPIO X:

1. FATOS

A empresa MM Ltda. foi surpreendida com uma notificação do Município X para pagar multa de
R$ 10.000,00 (dez mil reais) e encerrar as atividades
Prática

empresariais na cidade em um período de até 90 (noventa) dias. Isso porque foi aberto um
processo administrativo para apurar denúncia de violação ao Decreto Municipal nº 5.678, de
2014, sem lastro em prévia lei municipal, que veda a instalação de lojas de produtos eletrônicos
em bairros de perfil residencial, determina a aplicação de multa e estabelece um prazo de até
90 (noventa) dias para o encerramento das atividades empresariais no Município. Após a
abertura do processo e instrução
Prática

com registro fotográfico, foi proferida decisão, pelo Secretário de Posturas do Município, sem
prévia oitiva da empresa, determinando a aplicação da multa, no valor indicado, bem como
fixando o prazo de 90 (noventa) dias para o encerramento das atividades empresariais, sob
pena de interdição e lacre do estabelecimento, na forma do Decreto Municipal. A notificação
vem acompanhada de cópia integral daquele processo administrativo.
Contudo, a determinação viola direito líquido e certo do Impetrante, razão pela qual impetra‐se
o presente Mandado de Segurança.
Prática

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Conforme o artigo 5°, inciso LXIX, da Constituição, “conceder‐se‐á mandado de segurança para
proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas‐corpus" ou "habeas‐data", quando
o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”.
Prática

Da mesma forma, o artigo 1° da Lei 12.016/2009 afirma que “conceder‐se‐á mandado de


segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas
data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer
violação ou houver justo receio de sofrê‐la por parte de autoridade, seja de que categoria for e
sejam quais forem as funções que exerça”.
Prática

Logo, é legítima a impetração do Mandado de Segurança pelo Impetrante para proteger o


direito líquido e certo consistente em ver o afastamento da multa imposte a continuação de
suas atividades.
Ainda, conforme confere‐se a partir do protocolo, a impetração do presente mandado de
segurança foi feita dentro do prazo de que trata o artigo 23 da Lei 12.016/2009, qual seja, 120
dias a contar do ato coator.
Prática

Finalmente, informa o Impetrante que a presente petição inicial segue acompanhada por cópia
com a reprodução de todos os documentos ora juntados, conforme exige o artigo 6° da Lei
12016/2009.

3. NO MÉRITO

Conforme apontado acima, o Impetrante foi surpreendido com a informação de que lhe foi
imposta multa e determinada a suspensão de suas atividades em razão do Decreto Municipal
5678 de 2014, editado pelo Município X.
Prática

Contudo, a previsão é ilegal/inconstitucional pois fere direito líquido certo consubstanciado no


artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal, qual seja, o princípio da legalidade.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo‐se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Prática

II ‐ ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Isso porque somente a lei pode determinar o que os indivíduos devem fazer ou deixar de fazer,
e no presente caso, a imposição deu‐se por meio de Decreto feito pelo Município.
Ainda, a determinação viola o direito de contraditório e ampla defesa, uma vez que foi imposto
ao Impetrante multa e determinação para encerramento de suas atividades sem a sua
Prática

manifestação. Assim, é evidente a violação ao artigo 5º, inciso LV, segundo o qual:

LV ‐ aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são


assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;a
mesma forma, a discriminação não é razoável, pois não é possível repassar ao candidato
que possui total condições de participar do concurso a responsabilidade no
equacionamento das contas públicas.
Prática

Não bastasse, também o inciso LIV do artigo foi violado, uma vez que foi imposta sanção ao
Impetrante sem o devido processo legal. Segundo o inciso:

LIV ‐ ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

Assim sendo, após toda a fundamentação acima, não há dúvidas de que o Decreto 4567 de
2014 é absolutamente inconstitucional, razão pela qual
Prática

deve ser agora anulado pelo Poder Judiciário. Ainda, a título de conclusão há que se mencionar
que a imposição é absolutamente desarrazoada e desproporcional, eis que não há nenhuma
justificativa plausível para proibir o desenvolvimento das atividades da Impetrante – comércio
de materiais eletrônicos – em bairro residencial. É dizer, não há qualquer risco ou potencial de
dano aos moradores.
Prática

4. LIMINAR

De acordo com o artigo 7°, inciso III, da Constituição, “ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
III ‐ que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento
relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente
deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o
Prática

objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica”.


Presente o fundamento relevante/fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos
acima mencionados, a conduta da autoridade coatora violou direito líquido e certo do
Impetrante com ilegalidade e/ou abuso de poder, pois estabeleceu imposição inconstitucional,
desarrazoada e violadora tanto da ilegalidade, do devido processo legal, do contraditório e da
ampla defesa.
Prática

Da mesma forma, presente o risco de o ato impugnado tornar ineficaz a medida/periculum in


mora, pois caso seja mantido o ato coator o Impetrante fatalmente será forçado a arcar com
multa e a encerrar as suas atividades no local.

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:


Prática

a) Concessão da liminar para fins de suspender o ato do Secretário de Postura, uma vez
que presentes os requisitos previstos no artigo 7° inciso III, da Lei 12.016/2009, quais sejam, o
Fundamento Relevante/Fumus boni juris e o risco de o ato impugnado tornar ineficaz a
medida/Periculum in mora.
b) Notificação da autoridade coatora – Secretário de Posturas – para que preste as
informações no prazo de dez dias, conforme artigo art. 7º, I, da Lei 12.016/2009.
Prática

c) Que seja dada ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica
interessada, Município X, enviando‐lhe cópia da inicial para que, querendo, ingresse no feito,
conforme artigo 7º, II, da Lei 12.016/2009.
d) Intimação do Ministério Público para apresentar seu parecer no prazo de dez dias,
conforme artigo 12, da Lei 12.016/2009.
e) Ao final, o provimento do pedido para fins de conceder a segurança, declarando o
direito líquido e
Prática

certo de o Impetrante continuar com suas atividades empresariais no local e de não pagar a
multa imposta.
f) A juntada dos documentos anexados demonstrando o direito líquido e certo do
Impetrante e da cópia da petição inicial com todos os documentos, conforme artigo 6°, da Lei
12.016/2009.
g) Condenação do Impetrado ao pagamento de custas processuais.
Prática

Dá‐se a causa o valor de R$ 1.000,00.

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Prática

Comentários da Banca: A peça a ser elaborada consiste em uma petição inicial de mandado de
segurança. O examinando deve endereçar a petição a algum Juízo de Fazenda Pública da
Comarca X (admitindo‐se, ainda, o endereçamento a “Juízo Cível” ou “Juízo”, uma vez que os
dados constantes do enunciado não permitem identificar a organização judiciária local).
O examinando deve indicar, na qualificação das partes, o impetrante (MM Ltda.) e a autoridade
coatora (o Secretário de Posturas).
Prática

Devem ser indicados ainda os fundamentos para a concessão da medida liminar, quais sejam: o
fundamento relevante e o risco de ineficácia da medida final, caso não seja deferida a liminar.
No mérito, devem ser apontados os fundamentos pelos quais se pretende impugnar a autuação
sofrida. Em primeiro lugar, o examinando deve indicar a flagrante violação ao contraditório e à
ampla defesa e devido processo legal, garantias inscritas no Art. 5º da Constituição, uma vez
que tramitou um processo administrativo com aplicação
Prática

de penalidade sem que fosse dada oportunidade à oitiva da empresa, a fim de apresentar
defesa.
O Decreto viola ainda o princípio da razoabilidade/proporcionalidade, tendo em vista que a
própria exigência e, sobretudo, as cominações previstas nele são manifestamente excessivas,
configurando intervenções desmedidas sobre o patrimônio e sobre a atividade econômica
exercida pelo particular.
Prática

Por fim, o Decreto viola o princípio da legalidade, uma vez que, consoante a fórmula consagrada
no Art. 5º, II, da Constituição, “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei”. Dessa forma, eventual restrição à livre concorrência e à livre iniciativa
somente podem ser veiculadas por lei em sentido formal, não pelo Decreto.
Devem ser formulados pedidos de notificação da autoridade coatora, para prestar informações
de ciência do feito ao órgão de representação judicial
Prática

da pessoa jurídica interessada, de concessão da medida liminar, de anulação da multa e de


anulação do ato que determinou o encerramento das atividades empresariais.
Por fim, devem ser juntados os documentos comprobatórios do direito do autor,
consubstanciados na cópia integral do processo administrativo.
Prática
Prática
Prática
Prática

(OAB 2010.2) Mévio de Tal, com quarenta e dois anos de idade, pretende candidatar‐se a cargo
vago, mediante concurso público, organizado pelo Estado X, tendo, inclusive, se matriculado em
escola preparatória. Com a publicação do edital, é surpreendido com a limitação, para inscrição,
dos candidatos com idade de, no máximo, vinte e cinco anos. Inconformado, apresenta
requerimento ao responsável pelo concurso, que aduz o interesse público, tendo em vista que
Prática

quanto mais jovem, maior tempo permanecerá no serviço público o aprovado no certame, o
que permitirá um menor déficit nas prestações previdenciárias, um dos problemas centrais do
orçamento do Estado na contemporaneidade. O responsável pelo concurso é o Governador do
Estado X. Não há previsão legal para o estabelecimento de idade mínima, sendo norma
constante do edital do concurso.
Prática

Não há necessidade de produção de provas e o prazo entre a publicação do edital e da


impetração da ação foi menor que 120 (cento e vinte) dias.
Na qualidade de advogado contratado por Mévio, redigir a peça cabível ao tema, observando:
a) competência do Juízo
b) legitimidade ativa e passiva;
Prática

c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados;


d) os requisitos formais da peça inaugural;
e) necessidade de tutela de urgência.
Prática

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO X

Mévio de Tal, nacionalidade..., estado civil ..., profissão ..., CPF ..., com endereço residencial
em..., endereço eletrônico..., por intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de
mandato anexado), com endereço profissional em..., endereço eletrônico...
Prática

vem, com fundamento no artigo 5°, inciso LXIX da Constituição e nas disposições da Lei
12.016/2009, impetrar:

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR

em face do GOVERNADOR DO ESTADO X,


Prática

Com endereço em..., endereço eletrônico..., vinculado ao ESTADO X, .:

1. FATOS

Mévio de Tal, com quarenta e dois anos de idade, pretendeu candidatar‐se a cargo vago,
mediante concurso público, organizado pelo
Prática

Estado X, tendo, inclusive, se matriculado em escola preparatória. Com a publicação do edital,


foi surpreendido com a limitação, para inscrição, dos candidatos com idade de, no máximo,
vinte e cinco anos. Inconformado, apresentou requerimento ao responsável pelo concurso, que
aduziu o interesse público, tendo em vista que, quando mais jovem, maior tempo permanecerá
no serviço público o aprovado no certame, o que
Prática

permitirá um menor déficit nas prestações previdenciárias, um dos problemas centrais do


orçamento do Estado na contemporaneidade. O responsável pelo concurso é o Governador do
Estado X. Não há previsão legal para o estabelecimento de idade mínima, sendo norma
constante do edital do concurso.
Dessa forma, entendendo ter sido violado em seu direito líquido e certo, cabível o presente
Mandado de Segurança com pedido liminar.
Prática

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Conforme o artigo 5°, inciso LXIX, da Constituição, “conceder‐se‐á mandado de segurança para
proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas‐corpus" ou "habeas‐data", quando
o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica
Prática

no exercício de atribuições do Poder Público”. Da mesma forma, o artigo 1° da Lei 12.016/2009


afirma que “conceder‐se‐á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder,
qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê‐la por parte de
autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça”.
Prática

Logo, é legítima a impetração do Mandado de Segurança pelo Impetrante para proteger o


direito líquido e certo consistente em participar do concurso organizado pelo Estado X violado
pela autoridade Governador do Estado X com ilegalidade ou abuso de poder.
Prática

Ainda, conforme confere‐se a partir do protocolo, a impetração do presente mandado de


segurança foi feita dentro do prazo de que trata o artigo 23 da Lei 12.016/2009, qual seja, 120
dias a contar do ato coator.
Finalmente, informa o Impetrante que a presente petição inicial segue acompanhada por cópia
com a reprodução de todos os documentos ora juntados, conforme exige o artigo 6° da Lei
12016/2009.
Prática

3. NO MÉRITO

Conforme apontado acima, o Impetrante foi surpreendido com a informação de que não
poderia participar do concurso organizado pelo Estado X em razão de limitação de idade
prevista no Edital divulgado.
Contudo, a previsão é ilegal/inconstitucional pois fere direito líquido certo seu, qual seja, o
direito de igualdade que proíbe qualquer
Prática

forma de discriminação previsto no artigo 5°, caput e inciso I da Constituição.


Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo‐se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I ‐ homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
Prática

Da mesma forma, a discriminação não é razoável, pois não é possível repassar ao candidato que
possui total condições de participar do concurso a responsabilidade no equacionamento das
contas públicas.
Finalmente, não é demais mencionar que a conduta do Impetrado feriu o princípio da
legalidade talhado no artigo 5°, inciso II, da Constituição, e no artigo 37, caput, e no inciso I,
segundo os quais:
Prática

Art. 5°, II ‐ ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei;
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Prática

I ‐ os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
Isso porque não há qualquer previsão legal admitindo a restrição de idade para o concurso em
questão, sendo esta previsão norma constante do edital do concurso.
Prática

Finalmente, não é demais mencionar que a Súmula 683 do STF afirma que o “limite de idade
para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição,
quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido”.

4. LIMINAR
Prática

De acordo com o artigo 7°, inciso III, da Lei, “ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
III ‐ que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e
do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo
facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o
ressarcimento à pessoa jurídica”.
Prática

Presente o fundamento relevante/fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos
acima mencionados, a conduta da autoridade coatora violou direito líquido e certo do
Impetrante com ilegalidade e/ou abuso de poder, pois estabeleceu limitação a participação em
concurso público com base em critério discriminatório, sem previsão legal, e que não atende o
princípio da razoabilidade.
Prática

Da mesma forma, presente o risco de o ato impugnado tornar ineficaz a medida/periculum in


mora, pois caso seja mantido o ato coator o Impetrante fatalmente será impedido de participar
do concurso que seguirá o seu trâmite normalmente.

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:


Prática

a) Concessão da liminar para fins de autorizar a inscrição do Impetrante no concurso


realizado pelo Governo do Estado X, independentemente de sua idade, uma vez que presentes
os requisitos previstos no artigo 7° inciso III, da Lei 12.016/2009, quais sejam, o Fundamento
Relevante/Fumus boni juris e o risco de o ato impugnado tornar ineficaz a medida/Periculum in
mora.
Prática

b) Notificação da autoridade coatora – Governador do Estado X – para que preste as


informações no prazo de dez dias, conforme artigo art. 7º, I, da Lei 12.016/2009.
c) Que seja dada ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica
interessada, Estado X, enviando‐lhe cópia da inicial para que, querendo, ingresse no feito,
conforme artigo 7º, II, da Lei 12.016/2009.
Prática

d) Intimação do Ministério Público para apresentar seu parecer no prazo de dez dias,
conforme artigo 12, da Lei 12.016/2009.
e) Ao final, o provimento do pedido para fins de conceder a segurança, declarando o
direito líquido e certo de o Impetrante participar do concurso realizado pelo Estado X,
independentemente de sua idade.
Prática

f) A juntada dos documentos anexados demonstrando o direito líquido e certo do


Impetrante e da cópia da petição inicial com todos os documentos, conforme artigo 6°, da Lei
12.016/2009.
g) Condenação do Impetrado ao pagamento de custas processuais.

Valor da causa: R$ 1.000,00.


Prática

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Gabarito comentado

O tema acesso a cargos públicos tem assento constitucional, consoante pode‐se aferir do exame
da norma do art. 37, da CF, que impõe a acessibilidade aos cargos públicos mediante concurso
público. A jurisprudência não tem acolhido que normas editalícias, sem previsão legal e com
manifesta afronta às normas constitucionais, restrinjam o limite de idade, admitindo a restrição
quando houver
Gabarito comentado

previsão legal, desde que adequado ao cargo postulado. Nesse sentido: STF, Agravo Regimental
Nº 486439, Relator: Ministro Joaquim Barbosa; Agravo Regimental Nº 559823, Relator: Ministro
Joaquim Barbosa. Assim, embora o edital seja a lei do concurso, não se pode impor restrição
sem respaldo em lei formal e ainda que tal lei seja razoável, como não permitindo que
postulantes ao cargo de médico da Polícia
Gabarito comentado

Militar tenham restrição de idade. Assim, o interesse público meramente financeiro ou


orçamentário, aduzido pela autoridade que preside o concurso público não tem o condão de
vedar a candidatura de pessoas com idade superior á prevista no edital. Há aqui um problema
de competência que caberá ao examinando resolver. É que, sendo o Estado X, organizador do
concurso, a competência é do Tribunal de Justiça, visto
Gabarito comentado

que o Governador do Estado tem foro por prerrogativa de função. Pelo texto, o candidato
deverá optar pelo Mandado de Segurança, vez que preenchidos os elementos para a
impetração, o que levará ao exame dos requisitos formais dessa peça.
Gabarito comentado
Prática

(OAB 2011.2 ‐ V EXAME UNIFICADO) Mévio, brasileiro, solteiro, estudante universitário,


domiciliado na capital do Estado W, requereu o seu ingresso em programa de bolsas financiado
pelo Governo Federal, estando matriculado em Universidade particular. Após apresentar a
documentação exigida, é surpreendido com a negativa do órgão federal competente, que aduz o
não preenchimento de requisitos legais. Entre eles, está a exigência de pertencer a determinada
etnia,
Prática

uma vez que o programa é exclusivo de inclusão social para integrantes de grupo étnico
descrito no edital, podendo, ao arbítrio da Administração, ocorrer integração de outras pessoas,
caso ocorra saldo no orçamento do programa. Informa, ainda, que existe saldo financeiro e que,
por isso, o seu requerimento ficará no aguardo do prazo estabelecido em regulamento. O
referido prazo não consta na lei que instituiu o programa, e o referido ato normativo também
não especificou a limitação do financiamento para grupos étnicos. Com base na
Prática

negativa da Administração Federal, a matrícula na Universidade particular ficou suspensa,


prejudicando a continuação do curso superior. O valor da mensalidade por ano corresponde a
R$ 20.000,00, sendo o curso de quatro anos de duração. O estudante pretende produzir provas
de toda a espécie, receoso de que somente a prova documental não seja suficiente para o
deslinde da causa. Isso foi feito em atendimento à consulta respondida pelo seu advogado Tício,
especialista
Prática

em Direito Público, que indicou a possibilidade de prova pericial complexa, bem como
depoimentos de pessoas para comprovar a sua necessidade financeira e outros depoimentos
para indicar possíveis beneficiários não incluídos no grupo étnico referido pela Administração.
Aduz ainda que o pleito deve restringir‐se no reconhecimento do seu direito constitucional e
que eventuais perdas e danos deveriam ser buscadas em outro momento. Há urgência, diante
da proximidade do início do
Prática

semestre letivo. Na qualidade de advogado contratado por Mévio, elabore a peça cabível ao
tema, observando: a) competência do juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de
mérito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça inaugural. (Valor:
5,0)
Gabarito

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA CAPITAL DO ESTADO W

Mévio, brasileiro, solteiro, estudante universitário, CPF ..., com endereço residencial em...,
endereço eletrônico..., por intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de
mandato anexado), com endereço profissional na Rua em..., endereço eletrônico..., vem, com
fundamento no artigo 5°, inciso LXIX da
Gabarito

Constituição e nas disposições da Lei 12.016/2009, impetrar:

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR

em face da (1) UNIÃO, com endereço em..., endereço eletrônico..., e (2) UNIVERSIDADE, com
endereço em..., endereço eletrônico...
Pular uma linha
1. FATOS
Gabarito

O impetrante requereu o seu ingresso em programa de bolsas financiado pelo Governo Federal,
estando matriculado em Universidade particular que ora apresenta como Impetrada. Após
apresentar a documentação exigida, foi surpreendido com a negativa do órgão federal
competente, que aduz o não preenchimento de requisitos legais. Entre eles, está a exigência de
pertencer a determinada etnia, uma vez que o programa é exclusivo de inclusão social para
integrantes de grupo étnico descrito no
Gabarito

edital, podendo, ao arbítrio da Administração, ocorrer integração de outras pessoas, caso ocorra
saldo no orçamento do programa. Ocorre que ainda há saldo financeiro para amparar a sua
pretensão. Mesmo assim, a União – primeira Impetrada – determinou que o Impetrante
aguarde o prazo estabelecido no regulamento.
O referido prazo não consta na lei que instituiu o programa, e o referido ato normativo também
não especificou a limitação do financiamento para
Gabarito

grupos étnicos. Com base na negativa da Administração Federal, a matrícula na Universidade


particular ficou suspensa, prejudicando a continuação do curso superior.
Diante disso, tendo em vista o início das aulas e o perigo de danos para o Impetrante, cabível é
o mandado de segurança.
Gabarito

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Conforme o artigo 5°, inciso LXIX, da Constituição, “conceder‐se‐á mandado de segurança para
proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas‐corpus" ou "habeas‐data", quando
o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”.
Da mesma forma, o artigo 1° da Lei 12.016/2009 afirma que “conceder‐se‐á mandado de
segurança
Gabarito

para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre
que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou
houver justo receio de sofrê‐la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais
forem as funções que exerça”.
Logo, é legítima a impetração do Mandado de Segurança pelo Impetrante para proteger o
direito líquido e certo consistente em dar sequencia aos
Gabarito

seus estudos, violado pela no presente caso pelas Impetradas com ilegalidade ou abuso de
poder.
Ainda, conforme confere‐se a partir do protocolo, a impetração do presente mandado de
segurança foi feita dentro do prazo de que trata o artigo 23 da Lei 12.016/2009, qual seja, 120
dias a contar do ato coator.
Finalmente, informa o Impetrante que a presente petição inicial segue acompanhada por cópia
com a reprodução de todos os documentos ora juntados, conforme exige o artigo 6° da Lei
12016/2009.
Gabarito

3. MÉRITO

Conforme o artigo 6º da Constituição:

São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a


segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.

Ainda, o artigo 205 da Constituição afirma que:


Gabarito

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada


com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

No presente caso, ambos os direitos foram violados em razão do ato coator praticado pelas
Impetradas, uma vez que sem qualquer justificativa razoável, pautada em lei, o Impetrante foi
proibido de dar
Gabarito

sequência aos seus estudos com a matrícula no estabelecimento universitário pretendido.


Não bastasse, também a isonomia foi no presente caso ofendida, uma vez que a justificativa
para a sua não inclusão foi o não pertencimento a determinada etnia. Ora, considerando que
segundo o artigo 5º, caput e inciso I, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, e homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição, a exigência de
Gabarito

integração a uma específica e determinada etnia é flagrantemente inconstitucional.


Ainda, é evidente a violação do direito líquido e certo do Impetrante uma vez que a exigência de
integrar determinada etnia não decorre de lei, e sim de capricho da Impetrada. Logo, também
está vioado o artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal que assim dispõe:

II ‐ ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Gabarito

Finalmente, há que se ressaltar que a conduta da Impetrada vai de encontro aos mais basilares
princípios da Administração Pública. Esta, no caso concreto, está agindo de maneira
absolutamente discricionária, deixando pautar‐se não pela vinculação que dela se espera, mas
sim por preconceito relacionado a não inclusão de pessoa de etnia específica.
Gabarito

4. LIMINAR

De acordo com o artigo 7°, inciso III, da Constituição, “ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
III ‐ que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante
e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida,
sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o
Gabarito

objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica”.

Presente o fundamento relevante/fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos
acima mencionados, a conduta da autoridade coatora violou direito líquido e certo do
Impetrante com ilegalidade e/ou abuso de poder, pois violou o seu direito de educação em
razão de ato coator discricionário, na contramão da legalidade e da isonomia.
Gabarito

Da mesma forma, presente o risco de o ato impugnado tornar ineficaz a medida/periculum in


mora, pois caso seja mantido o ato coator o Impetrante fatalmente será impedido de dar
sequencia aos seus estudos que estão por iniciar.

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) Concessão da liminar para fins de autorizar a inscrição do Impetrante no programa de


bolsas
Gabarito

financiado pelo Governo Federal e, consequentemente, a continuação dos seus estudos na


Universidade particular, uma vez que presentes os requisitos previstos no artigo 7° inciso III, da
Lei 12.016/2009, quais sejam, o Fundamento Relevante/Fumus boni juris e o risco de o ato
impugnado tornar ineficaz a medida/Periculum in mora.
b) Notificação das autoridades coatoras para que prestem as informações no prazo de dez
dias, conforme artigo art. 7º, I, da Lei 12.016/2009.
Gabarito

c) Que seja dada ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica
interessada, Estado X, enviando‐lhe cópia da inicial para que, querendo, ingresse no feito,
conforme artigo 7º, II, da Lei 12.016/2009.
d) Intimação do Ministério Público para apresentar seu parecer no prazo de dez dias,
conforme artigo 12, da Lei 12.016/2009.
e) Ao final, o provimento do pedido para fins de conceder a segurança, declarando o
direito líquido e certo de o Impetrante ingressar no programa de
Gabarito

bolsas financiado pelo Governo Federal e, consequentemente, a continuação dos seus estudos
na Universidade particular.
f) A juntada dos documentos anexados demonstrando o direito líquido e certo do
Impetrante e da cópia da petição inicial com todos os documentos, conforme artigo 6°, da Lei
12.016/2009.
g) Condenação do Impetrado ao pagamento de custas processuais.

Dá‐se a causa o valor de R$ 1.000,00.


Gabarito

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Gabarito

Comentários da banca: O tema envolve, de início, o exame da competência para julgamento da


causa que envolve a União Federal e Universidade particular havendo fatos encadeados que
indicam a atuação conjunta dessas pessoas no polo passivo da demanda, o que indica a
competência por atração da Justiça Federal da capital do Estado W, domicílio do autor (CRFB,
art. 109, §2º).
Por outro lado, atuará no polo ativo o estudante Mévio e no polo passivo a União Federal, que
Gabarito

negou o financiamento e a Universidade que suspendeu a matrícula, por força do primeiro ato.
Esse litisconsórcio se afigura necessário para solver a situação do autor, de forma definitiva,
condenando ambos os sujeitos passivos, nos limites das suas responsabilidades. A petição inicial
será obediente ao rito ordinário pela complexidade da questão envolvida e por envolver a
possibilidade de prova pericial complexa. Quanto aos fundamentos que devem servir de
supedâneo para a peça exordial deve o candidato indicar: a) ofensa ao
Gabarito

principio da isonomia pois esse tipo de financiamento não pode beneficiar somente
determinado grupo étnico; b) ofensa ao princípio da legalidade vez que há confronto entre o
regulamento e o texto legal; c) ofensa aos princípios constitucionais da Administração Pública
pois o ato da Administração não pode ser arbitrário podendo ser discricionário. d) ofensa ao
direito constitucional à educação. No caso em exame, o valor da causa corresponderá ao
beneficio
Gabarito

econômico postulado, que será de 20.000,00 vezes 4, devendo ser fixado em 80.000,00. Diante
da urgência da medida, deverá o autor apresentar requerimento de tutela antecipada
caracterizando os requisitos do art. 273 do CPC.
Alternativamente, aceitando a ideia de que a atitude do novo advogado seria recusar a
produção de provas, caberia mandado de segurança, corrigido conforme espelho 2.
Gabarito
AÇÃO ORDINÁRIA
Hipótese da Cabimento

Não há uma específica hipótese de cabimento de ação ordinária. Ela é a ação padrão na área
cível, e se presta para obter declarar um direito, fixar uma indenização, efetuar uma cobrança,
obrigação de fazer, etc.
Legitimados

Os legitimados podem ser qualquer pessoa física ou jurídica, tanto no pólo ativo quanto no pólo
passivo
MANDADO DE INJUNÇÃO
Hipótese da Cabimento

Art. 5°, LXXI ‐ conceder‐se‐á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Hipótese da Cabimento

Lei 13.300/2016: Art. 2o Conceder‐se‐á mandado de injunção sempre que a falta total ou
parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Parágrafo único. Considera‐se parcial a regulamentação quando forem insuficientes as normas
editadas pelo órgão legislador competente.
Impetrante e Impetrado

Art. 3º São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou
jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no
art. 2o e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma
regulamentadora.
Impetrante COLETIVO e Impetrado

Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido:


I ‐ pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa
da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis;
II ‐ por partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício de
direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade
partidária;
Impetrante COLETIVO e Impetrado

III ‐ por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em


funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e
prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de
seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização
especial;
Impetrante COLETIVO e Impetrado

IV ‐ pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a
promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados,
na forma do inciso LXXIV do art. 5o da Constituição Federal.
Parágrafo único. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de
injunção coletivo são os pertencentes, indistintamente, a uma coletividade indeterminada de
pessoas ou determinada por grupo, classe ou categoria.
Procedimento ‐ Inicial

Art. 4º A petição inicial deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual e
indicará, além do órgão impetrado, a pessoa jurídica que ele integra ou aquela a que está
vinculado.
§ 1º Quando não for transmitida por meio eletrônico, a petição inicial e os documentos que a
instruem serão acompanhados de tantas vias quantos forem os impetrados.
Procedimento ‐ Inicial

§ 2º Quando o documento necessário à prova do alegado encontrar‐se em repartição ou


estabelecimento público, em poder de autoridade ou de terceiro, havendo recusa em fornecê‐lo
por certidão, no original, ou em cópia autêntica, será ordenada, a pedido do impetrante, a
exibição do documento no prazo de 10 (dez) dias, devendo, nesse caso, ser juntada cópia à
segunda via da petição.
Procedimento ‐ Inicial

§ 3º Se a recusa em fornecer o documento for do impetrado, a ordem será feita no próprio


instrumento da notificação.
Procedimento – Notificação

Art. 5º Recebida a petição inicial, será ordenada:


I ‐ a notificação do impetrado sobre o conteúdo da petição inicial, devendo‐lhe ser enviada a
segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez)
dias, preste informações;
II ‐ a ciência do ajuizamento da ação ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica
interessada, devendo‐lhe ser enviada cópia da petição inicial, para que, querendo, ingresse no
feito.
Procedimento – Ministério Público

Art. 7º Findo o prazo para apresentação das informações, será ouvido o Ministério Público, que
opinará em 10 (dez) dias, após o que, com ou sem parecer, os autos serão conclusos para
decisão.
Procedimento – Decisão

Art. 8º Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para:


I ‐ determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma
regulamentadora;
II ‐ estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das
prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover
ação própria visando a exercê‐los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo
determinado.
Procedimento – Decisão

Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o inciso I do caput quando
comprovado que o impetrado deixou de atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo
estabelecido para a edição da norma.
Procedimento – Decisão

Art. 9º A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da
norma regulamentadora.
§ 1º Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for
inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da
impetração.
§ 2º Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos análogos
por decisão monocrática do relator.
Procedimento – Decisão

§ 3º O indeferimento do pedido por insuficiência de prova não impede a renovação da


impetração fundada em outros elementos probatórios.
Procedimento – Decisão

Art. 11. A norma regulamentadora superveniente produzirá efeitos ex nunc em relação aos
beneficiados por decisão transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes for
mais favorável.
Parágrafo único. Estará prejudicada a impetração se a norma regulamentadora for editada
antes da decisão, caso em que o processo será extinto sem resolução de mérito.
Decisão

Determinação das condições para o Impetrante exercer o direito (analogia)

Exemplo: art. 37, VII – Lei 7.783/1989


Exemplo: art. 40, parágrafo 4 – Lei 8.213/1991

OBS: Súmula vinculante n. 33


Decisão

Súmula Vinculante 33 ‐ Aplicam‐se ao servidor público, no que couber, as regras do Regime


Geral de Previdência Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, parágrafo 4º,
inciso III, da Constituição Federal, até edição de lei complementar específica
Competências

STF (Art. 102, Inciso I, alínea “q”): será o STF o foro processante quando a elaboração da norma
regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara
dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de
Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal.
Competências

STJ (Art. 105, Inciso I, alínea “h”): será o STJ o foro processante: quando a elaboração da norma
regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração
direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos
órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal.
Prática

ENDEREÇAMENTO (CONFORME COMPETÊNCIA APONTADA ACIMA)

IMPETRANTE, nacionalidade..., estado civil ..., profissão ..., CPF ..., com endereço residencial
em..., endereço eletrônico..., por intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de
mandato anexado), com endereço profissional em..., onde recebe intimações, endereço
eletrônico...
Prática

vem, com fundamento no artigo 5°, inciso LXXI da Constituição e nas disposições da Lei
13.300/2016:

MANDADO DE INJUNÇÃO

em face de IMPETRADO (AUTORIDADE), com endereço em..., endereço eletrônico..., vinculado a


PESSOA JURÍDICA A QUE ESTA INTEGRA, .:
Prática

1. FATOS

Descrever os fatos conforme as informações contidas no problema. Não acrescentar


informações estranhas ao problema para não configurar identificação de peça!
Prática

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Discorrer brevemente sobre: (i) legitimidade ativa: citar o artigo 5°, inciso LXXI da Constituição;
(ii) legitimidade passiva: apontar que o ato coator foi praticado por algumas das pessoas
indicadas nos artigos 102, Inciso I, alínea “q” ou 105, Inciso I, alínea “h”; (iii) informar que o
procedimento a ser utilizado é o da Lei 13.300/2016.
Prática

Sugestão de redação:
“Conforme o artigo 5°, inciso LXXI, da Constituição (copiar o artigo). Logo, é legítima a
impetração do Mandado de Injunção pelo Impetrante para suprir a ausência de norma
regulamentadora imputada ao Impetrado (descrever) que está a inviabilizar o exercício do
direito de (descrever).
Prática

Ainda, o Mandado de Injunção rege‐se pelas disposições da Lei 13.300/2016.


Prática

3. NO MÉRITO

Discorrer sobre os fundamentos de mérito do Mandado de Injunção.


Falar sobre omissão inconstitucional
Falta de norma regulamentadora
Posição concretista
Prática

Atentar para os artigos 37, incisos VII e 40, § 4° da Constituição. No primeiro caso, a ausência da
norma regulamentadora poderá ser sanada pela aplicação analógica da Lei n. 7.783/1989,
principalmente dos artigos 10 e 11. No segundo caso, a ausência poderá ser sanada pela
aplicação analógica do artigo 57 da Lei n. 8.213/1991.
Prática

Falar sobre a posição concretista adotada pelo Supremo Tribunal Federal.

Atenção para a Súmula Vinculante n. 33: Aplicam‐se ao servidor público, no que couber, as
regras do Regime Geral de Previdência Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo
40, parágrafo 4º, inciso III, da Constituição Federal, até edição de lei complementar específica
Prática

Sugestão de redação:
“De acordo com o artigo 7°, inciso III, da Lei – aplicável por analogia ao caso concreto em razão
do artigo 24, par. único, da Lei 8.038/1990 – (copiar o artigo).
Presente o fundamento relevante/fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos
acima mencionados, a inércia da autoridade coatora está inviabilizando o exercício de direitos e
liberdades constitucionais e/ou das prerrogativas
Prática

inerentes a nacionalidade, soberania ou cidadania para o Impetrante (descrever).


Da mesma forma, presente o risco de o ato impugnado tornar ineficaz a medida/periculum in
mora, pois diante da ausência de norma regulamentadora (descrever)
Prática

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) Notificação da(s) autoridade(s) coatora(s) para que prestem as informações no prazo de dez
dias, conforme artigo art. 5º, I, da Lei 13.300/2016.
Prática

b) Que seja dada ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica
interessada (descrever), enviando‐lhe cópia da inicial para que, querendo, ingresse no feito,
conforme artigo 5º, II, da Lei 13.300/2016.
Prática

d) A intimação do Ministério Público para apresentar seu parecer no prazo de dez dias,
conforme artigo 7, da Lei 13.300/2016.
e) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de declarar (i) a mora legislativa e
para fins de (ii) conceder a injunção para determinar prazo razoável para que o impetrado
promova a edição da norma regulamentadora e (iii) estabelecer as condições em que se dará o
exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as
condições em que poderá o
Prática

Interessado promover ação própria visando a exercê‐los, caso não seja suprida a mora
legislativa no prazo determinado.
Valor da causa: R$ 1.000,00 (ou o valor mencionado no problema)
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Indicativo de Mandado de Injunção

Referências a greve do servidor público (Art. 37, VII) ou aposentadoria especial do servidor
público portador de necessidade especial, ou que trabalhe em situação de risco ou insalubre
(Art. 40, parágrafo 4).
Impossibilidade de exercício de um determinado direito em razão da ausência de determinada
lei.
Expressões como omissão inconstitucional, falta de lei regulamentadora, etc.
Modelo

(XXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO (2017.1) Definitivo:


Servidores públicos do Estado Beta, que trabalham no período da noite, procuram o Sindicato
ao qual são filiados, inconformados por não receberem adicional noturno do Estado, que se
recusa a pagar o referido benefício em razão da inexistência de lei estadual que regulamente as
normas constitucionais que asseguram o seu pagamento.
O Sindicato resolve, então, contratar escritório de advocacia para ingressar com o adequado
remédio judicial, a fim de viabilizar o exercício em concreto, por seus filiados, da
supramencionada prerrogativa constitucional, sabendo que há a previsão do valor de vinte por
cento, a título de adicional noturno, no Art. 73 da Consolidação das Leis do Trabalho.
Considerando os dados acima, na condição de advogado(a) contratado(a) pelo Sindicato,
utilizando o instrumento constitucional adequado, elabore a medida judicial cabível. (Valor:
5,00)
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar
respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere
pontuação.
Correção

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO BETA

SINDICATO, devidamente inscrito no CNPJ n., com endereço em..., endereço eletrônico..., por
intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de mandato anexado), com
endereço profissional em..., onde recebe intimações, endereço eletrônico..., vem, com
fundamento no artigo 5°, inciso LXXI da Constituição e nas disposições da Lei 13.300/2016:

MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO
em face de GOVERNADOR DO ESTADO BETA), com endereço em..., endereço eletrônico...,
vinculado ao ESTADO BETA, com endereço em..., endereço eletrônico...,

1. FATOS

Conforme documentos acostados com a inicial, servidores públicos do Estado Beta estão
inconformados porque não recebem adicional noturno do Estado, que se recusa a pagar o
referido benefício em razão da inexistência de lei estadual que regulamente as normas
constitucionais que asseguram o seu pagamento.
Contudo, embora não exista previsão legal expressa autorizando os servidores do Estado a
receberem o benefício, há a previsão do valor de vinte por cento, a título de adicional noturno,
no Art. 73 da Consolidação das Leis do Trabalho.

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Conforme o artigo 5°, inciso LXXI, da Constituição:

LXXI ‐ conceder‐se‐á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;
Logo, é legítima a impetração do Mandado de Injunção pelo Impetrante para suprir a ausência
de norma regulamentadora imputada ao Impetrado que está a inviabilizar o exercício do direito
de receber o pagamento pelas horas trabalhadas durante a noite.

Ainda, o Mandado de Injunção rege‐se pelas disposições da Lei 13.300/2016, que autoriza a
impetração pelo Sindicato, na modalidade de Mandado de Injunção Coletivo. Nesse sentido,
confira‐se o artigo 12, inciso III, da Lei em referêcia:

Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido:


(...)
III ‐ por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e
prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de
seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização
especial;

Na linha do dispositivo acima, inclusive vale a pena mencionar que é desnecessária a


autorização especial por parte dos membros do Sindicato para que este impetre o Mandado de
Injunção.
Ainda, o presente Mandado de Injunção é dirigido ao Governador do Estado Beta uma vez que a
competência para deflagrar o processo legislativo em casos como o presente é dele, por
simetria ao que dispõe o artigo Art. 61, § 1º, II, alínea ´a´:

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da
República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador‐Geral da
República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
II ‐ disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou
aumento de sua remuneração;

Com base nessa mesma simetria, o Mandado de Injunção segue dirigido para o Tribunal de
Justiça, por força no que dispõe o artigo 125, § 1°, da Constituição Brasileira:

3. NO MÉRITO

Com efeito, os servidores públicos fazem jus ao recebimento do adicional por trabalho noturno
conforme disposição dos artigos 7°, inciso IX e 39, parágrafo 3° que, respectivamente, assim
dispõem:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política
de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos
respectivos Poderes.
§ 3º Aplica‐se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII,
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de
admissão quando a natureza do cargo o exigir. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
Em que pese a previsão constitucional, até o momento não houve qualquer regulamentação do
dispositivo por parte do governo do Estado Beta, razão pela qual é lícito ao Sindicato,
representando os seus, impetrar o Mandado de Injunção para defesa dos sindicalizados.

Apesar da ausência de norma regulamentadora, é possível a concessão do benefício com base


no artigo 73 da CLT que estabelece um percentual de 20% a ser pago sobre o salário do
trabalhador.
4. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) Notificação do Governador do Estado Beta para que prestem as informações no prazo


de dez dias, conforme artigo art. 5º, I, da Lei 13.300/2016.
b) Que seja dada ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica
interessada (descrever), enviando‐lhe cópia da inicial para que, querendo, ingresse no feito,
conforme artigo 5º, II, da Lei 13.300/2016.
C) A intimação do Ministério Público para apresentar seu parecer no prazo de dez dias,
conforme artigo 7, da Lei 13.300/2016.
D) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de declarar (i) a mora legislativa e
para fins de (ii) conceder a injunção para determinar prazo razoável para que o impetrado
promova a edição da norma regulamentadora e (iii) estabelecer as condições em que se dará o
exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as
condições em que poderá o Interessado promover ação própria visando a exercê‐los, caso não
seja suprida a mora legislativa no prazo determinado, qual seja, a extensão do benefício para os
servidores públicos com base na referência do artigo 73 da CLT.
Valor da causa: R$ 1.000,00 (ou o valor mencionado no problema)
Pede deferimento. Local, data.
Advogado...
Comentários da Banca

Fundamentação constitucional: o enunciado acima indica o cabimento de um Mandado de


Injunção Coletivo ajuizado pelo Sindicato, na medida em que visa à defesa dos interesses dos
seus filiados na proteção do direito ao adicional noturno, conforme o disposto no Art. 5º, inciso
LXXI, da CRFB/88 (“conceder‐se‐á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.”)

Fundamentação legal: Lei nº 13.300, de 23 de junho de 2016.


As partes: O impetrante será o Sindicato, na forma do Art. 12, inciso III, da Lei nº 13.300/16,
dispensada a autorização dos filiados. O impetrado será o governador do Estado Beta, pois é a
parte legítima para integrar o polo passivo da presente ação constitucional, haja vista que, no
processo legislativo estadual, é quem detém competência privativa para iniciar o processo
legislativo no presente caso, vez que as regras constitucionais estaduais de competência devem
observar, por simetria, o que determina a CRFB/88. No caso, o Art. 61, § 1º, II, alínea ´a´, da
CRFB/88.
Competência: Do Tribunal de Justiça do Estado Beta, uma vez que a Constituição da República
Federativa do Brasil repartiu a competência para julgamento com base na fonte de onde deveria
ter emanado a norma faltante e procurou concentrar a competência para processamento e
julgamento do Mandado de Injunção nos
efetividade do direito à percepção do adicional noturno no percentual de 20% em relação à
hora normal de trabalho, conforme disposições, aplicáveis por analogia, contidas no Art. 73 da
Consolidação das Leis do Trabalho, com eficácia para todos os servidores estaduais no exercício
de atividade laboral noturna, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado
(Art. 8º, incisos I e II, e Art. 13, ambos da Lei 13.300/16.
Modelo

(OAB 2008.3) Joana Augusta laborou, durante vinte e seis anos, como enfermeira do quadro do
hospital universitário ligado a determinada universidade federal, mantendo, no desempenho de
suas tarefas, em grande parte de sua carga horária de trabalho, contato com agentes nocivos
causadores de moléstias humanas bem como com materiais e objetos contaminados. Em
conversa com um colega, Joana obteve a informação de que, em razão das atividades que ela
desempenhava, poderia requerer
Modelo

aposentadoria especial, com base no § 4.º do art. 40 da Constituição Federal de 1988. A


enfermeira, então, requereu administrativamente sua aposentadoria especial, invocando como
fundamento de seu direito o referido dispositivo constitucional. No dia 30 de novembro de
2008, Joana recebeu notificação de que seu pedido havia sido indeferido, tendo a administração
pública justificado o indeferimento com base na ausência de lei que regulamente a contagem
diferenciada do
Modelo

tempo de serviço dos servidores públicos para fins de aposentadoria especial, ou seja, sem uma
lei que estabeleça os critérios para a contagem do tempo de serviço em atividades que possam
ser prejudiciais à saúde dos servidores públicos, a aposentadoria especial não poderia ser
concedida. Nessa linha de entendimento, Joana deveria continuar em atividade até que
completasse o tempo necessário para a aposentadoria por tempo de serviço. Inconformada,
Joana procurou escritório de
Modelo

advocacia, objetivando ingressar com ação para obter sua aposentadoria especial. Em face
dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Joana, redija a
petição inicial da ação cabível para a defesa dos interesses de sua cliente, atentando,
necessariamente, para os seguintes aspectos:
Modelo

a) competência do órgão julgador;


b) legitimidade ativa e passiva;
c) argumentos de mérito;
d) requisitos formais da peça judicial proposta.
MANDADO DE INJUNÇÃO
Modelo

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

JOANA AUGUSTA, nacionalidade..., estado civil ..., enfermeira, CPF ..., com endereço em...,
endereço eletrônico..., por
Modelo

intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de mandato anexado), com


endereço profissional em..., onde recebe intimações, endereço eletrônico..., vem, com
fundamento no artigo 5°, inciso LXXI da Constituição e nas disposições da Lei 13.300/2016,
impetrar

MANDADO DE INJUNÇÃO
Modelo

em face de (1) PRESIDENTE DA REPÚBLICA, com endereço em..., endereço eletrônico...,


vinculado a UNIÃO FEDERAL, e (2) CONGRESSO NACIONAL, com endereço em..., endereço
eletrônico...
Modelo

1. DOS FATOS

Conforme documentos anexados, Joana Augusta laborou, durante vinte e seis anos, como
enfermeira do quadro do hospital universitário ligado a determinada universidade federal,
mantendo, no desempenho de suas tarefas, em grande parte de sua carga horária de trabalho,
contato com agentes nocivos causadores de moléstias humanas bem como com materiais e
objetos contaminados. Nessa condição,
Modelo

informada de que poderia requerer aposentadoria especial, com base no § 4.º do art. 40 da
Constituição Federal de 1988, requereu administrativamente sua aposentadoria especial,
invocando como fundamento de seu direito o referido dispositivo constitucional. No dia 30 de
novembro de 2008, Joana recebeu notificação de que seu pedido havia sido indeferido, tendo a
administração pública justificado o indeferimento com base na ausência de lei que regulamente
a contagem
Modelo

diferenciada do tempo de serviço dos servidores públicos para fins de aposentadoria especial,
ou seja, sem uma lei que estabeleça os critérios para a contagem do tempo de serviço em
atividades que possam ser prejudiciais à saúde dos servidores públicos, a aposentadoria
especial não poderia ser concedida. Nessa linha de entendimento, Joana deveria continuar em
atividade até que completasse o tempo necessário para a aposentadoria por tempo de serviço.
Modelo

Contudo, a ausência de norma regulamentadora não pode ser imposta a Impetrante que,
conforme adiante restará demonstrado, tem o direito de aposentadoria especial.

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO
Modelo

Conforme o artigo 5°, inciso LXXI, da Constituição, “conceder‐se‐á mandado de injunção sempre
que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”. Logo,
é legítima a impetração do Mandado de Injunção pela Impetrante para suprir a ausência de
norma regulamentadora imputada ao Impetrado –
Modelo

Presidente da República e Congresso Nacional – que está a inviabilizar o exercício do direito de


aposentadoria especial da Impetrante.
Ainda, o Mandado de Injunção rege‐se pelas disposições da Lei 13.300/2016.
Modelo

3. NO MÉRITO

O artigo 40, §4°, da Constituição estabelece que “é vedada a adoção de requisitos e critérios
diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este
artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:
Modelo

I portadores de deficiência;
II que exerçam atividades de risco;
III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física”.
Acima foi mencionado que Joana Augusta trabalha há vinte e seis anos em hospital universitário
ligado a universidade federal mantendo contato com agentes nocivos causadores de moléstias
humanas e com materiais e outros objetos contaminantes.
Modelo

Logo, é absolutamente insalubre o seu ambiente de trabalho.


Dessa forma, tem Joana o direito a aposentadoria prevista no artigo 40, § 4°, inciso III.
Contudo, como até o momento não houve a edição da lei regulamentando tal situação, Joana
está impossibilitada de exercer o direito constitucionalmente assegurado. Por esse motivo, vem
impetrar o Mandado de Injunção para conseguir judicialmente a
Modelo

regulamentação através da aplicação analógica do artigo 57 da Lei n. 8213/1991, que assim


dispõe:
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao
segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a
lei.
Modelo

§ 1º A aposentadoria especial, observado o disposto no art. 33 desta Lei, consistirá numa renda
mensal equivalente a 100% (cem por cento) do salário‐de‐benefício.
Ora, considerando que a lei possibilitou a aposentadoria especial na esfera privada para os
trabalhadores que tenham laborado em contato com agentes nocivos durante 15, 20 ou 25
anos, e considerando que a Impetrante já tem 26 anos de serviços – mais,
Modelo

portanto, do que o tempo máximo previsto pela lei – faz jus ao recebimento da aposentadoria
especial.
Sabe‐se que o Supremo Tribunal Federal tem adotado um posicionamento concretista em seus
julgamentos a fim de assegurar o exercício do direito e/ou liberdade constitucional pelo
jurisdicionado.
Modelo

Ademais, o STF possui a Súmula Vinculante n. 33 que determina “Aplicam‐se ao servidor público,
no que couber, as regras do Regime Geral de Previdência Social sobre aposentadoria especial de
que trata o artigo 40, parágrafo 4º, inciso III, da Constituição Federal, até edição de lei
complementar específica.
Modelo

Dessa forma, é legítima a impetração do presente Mandado de Injunção para permitir que a
Impetrante aposente‐se a partir de uma contagem especial e diferenciada.
Modelo

5. PEDIDOS

Ante o exposto, requer‐se:

a) Notificação da(s) autoridade(s) coatora(s) para que prestem as informações no prazo


de dez dias, conforme artigo art. 5º, I, da Lei 13.300/2016
Modelo

b) Que seja dada ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica
interessada, enviando‐lhe cópia da inicial para que, querendo, ingresse no feito, conforme artigo
5º, II, da Lei 13.300/2016.
c) A intimação do Ministério Público para apresentar seu parecer no prazo de dez dias,
conforme artigo 7, da Lei 13.300/2016.
Modelo

d) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de declarar (i) a mora legislativa e
para fins de (ii) conceder a injunção para determinar prazo razoável para que o impetrado
promova a edição da norma regulamentadora do artigo 40, § 4°, da Constituição e (iii)
estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das
prerrogativas reclamados , isto é, o direito de se aposentar antes, recomendando‐se a aplicação
por analogia da Lei 8213/1991.
Modelo

Valor de causa: R$ 1.000,00.

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
CONTROLE DIFUSO
Características
Titularidade: Feito por qualquer Juiz ou Tribunal!

Legitimidade: A pedido de qualquer um!

Modo de exercício: Feito de maneira incidental a um caso concreto (diz‐se que o controle é
feito por via de defesa)!

Controle difuso = controle incidental ou controle concreto

Não há ação específica para seu exercício

Efeitos da decisão: inter partes e ex tunc!


Papel do Senado Federal

O STF pode comunicar o SF Erga Omnes


que, por sua vez, pode Ex tunc/nunc
suspender, no todo ou em
parte, a execução da lei Resolução
declarada inconstitucional pelo Irretratável
STF
STF: inconstitucionalidade IP + ET

2º grau: inconstitucionalidade IP + ET

1º grau: inconstitucionalidade IP + ET
Papel do Senado Federal

“Art. 52: Compete privativamente ao Senado Federal:


X ‐ Suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão
definitiva do Supremo Tribunal Federal”;
Cláusula de Reserva de Plenário

Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou


dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público.

Sozinhos, os órgãos fracionários ou colegiados não podem declarar a 
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos
Cláusula de Reserva de Plenário
Exceção: não se aplica a cláusula
de reserva de plenário quando
houver precedente do Tribunal ou
do Plenário do STF

Plenário (30) – Órgão Especial
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Órgãos fracionários ou colegiados
(Câmaras ou Turmas), compostos
por três Desembargadores.
Apelação (inconstitucionalidade)

Primeiro grau: constitucionalidade


Cláusula de Reserva de Plenário

Art. 481, Parágrafo único, CPC. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário,
ou ao órgão especial, a argüição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento
destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
Cláusula de Reserva de Plenário

Súmula Vinculante n. 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de
órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
Características

Titularidade: Apenas um órgão ou tribunal pode exercê‐lo na defesa de uma Constituição!

Legitimado: A pedido de legitimados específicos!

Modo de exercício: Feito de maneira objetiva, sem casos concretos por detrás, para averiguar a
compatibilidade de uma lei ou ato normativo com a Constituição!

Há ações específicas (ADI, ADC, ADPF, ADO e ADI Interventiva)

Efeitos: da decisão são erga omnes e ex tunc


AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
(GENÉRICA)
ADI
Introdução

Previsão constitucional: Art. 102, inciso I, alínea “a”

“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo‐lhe:
I ‐ processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;”

Previsão legal: Lei 9868/1999

Foro: Supremo Tribunal Federal


Objeto

Objeto é o que pode ser atacado.

Lei ou ato normativo federal ou estadual.

Leis distritais podem ser controladas se editadas no exercício da competência estadual. 
Exemplo: a lei distrital que institui o IPVA pode (estadual), ao passo que a lei que institui o IPTU 
(municipal) não pode.

Pressupostos: as leis ou atos normativos federais ou estaduais devem ser (i) vigentes, (ii)
posteriores ao parâmetro que se quer proteger – Constituição Federal – e (iii) atos primários.
ADI
Objeto

Lei ou ato normativo federal ou estadual (desde que vigentes, posteriores ao parâmetro que se
quer proteger – Constituição Federal – e atos primários).

Lei ou ato normativo federal: 
emendas constitucionais, leis 
ordinárias, leis complementares, 
medidas provisórias, decretos, 
resoluções (Art. 59, CF)
Objeto

Lei ou ato normativo federal ou estadual (desde que vigentes, posteriores ao parâmetro que se
quer proteger – Constituição Federal – e atos primários).

Lei ou ato normativo federal: 
emendas constitucionais, leis 
Lei ou ato normativo estadual: 
ordinárias, leis complementares,  leis estaduais ou normas da 
medidas provisórias, decretos,  Constituição estadual
resoluções (Art. 59, CF)
Objeto
Decreto: organização e
Decreto: fiel execução da lei (Art. 84, 
funcionamento da Administração
IV)
Pública (Art. 84, VI)
Indelegável Delegável

Constituição Constituição

1 Lei Decreto

2 Decreto
Parâmetro

Parâmetro é o que se protege.

Constituição Federal atual, exceto o preâmbulo.

Preâmbulo Parte dispositiva (Art. 1‐250) ADCT (Art. 1‐97)


Legitimados

Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de


constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I ‐ o Presidente da República;
II ‐ a Mesa do Senado Federal;
III ‐ a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
Legitimados

V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI ‐ o Procurador‐Geral da República;


VII ‐ o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII ‐ partido político com representação no Congresso Nacional;
IX ‐ confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Legitimados
Legitimados especiais: 
Legitimados universais
pertinência temática
I) Presidente da República IV) Mesa da ALE ou DF
II) Mesa do Senado Federal V) Governador do Estado ou DF
III) Mesa da Câmara dos Deputados
IX) Confederação Sindical ou 
Entidade de Classe Nacional
VI) Procurador Geral da República

VII) Conselho Federal da OAB
VIII) Partido Político com 
representação no Congresso 
Nacional
Legitimados passivos
Competência

STF: Artigo 102, inciso I, alínea “a”, CF.

Endereçamento: Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Supremo Tribunal


Federal
Petição inicial

Art. 3° ‐ A petição indicará:


I ‐ o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em
relação a cada uma das impugnações;
II ‐ o pedido, com suas especificações.
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando
subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter
Petição inicial

cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a
impugnação.
Informações

Art. 6° ‐ O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o
ato normativo impugnado.
Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do
recebimento do pedido.
AGU e PGR

Artigo 103, Parágrafos 1º e 3º da CF:


§ 1º ‐ O Procurador‐Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de
inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
§ 3º ‐ Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma
legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado‐Geral da União, que defenderá o ato ou
texto impugnado.
AGU e PGR

Art. 8° ‐ Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado‐Geral


da União e o Procurador‐Geral da República, que deverão manifestar‐se, cada qual, no prazo de
quinze dias.
Julgamento

Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato


normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros.
Julgamento

Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar‐se‐á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade


da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo
menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação
declaratória de constitucionalidade.
Julgamento

Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade


ou de inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no
julgamento, este será suspenso a fim de aguardar‐se o comparecimento dos Ministros ausentes,
até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido.
Procedimento
“Amicus Curiae”

Órgão/ AGU PGR


Inicial
Autoridade
Defesa do ato  Parecer
(salvo decisão  Prazo: 15 dias
Informações do STF)
Prazo: 30 dias Prazo: 15 dias

Cautelar
Decisão
Quórum para iniciar o julgamento: 8
(2/3)
Quórum para decidir: 6 (maioria
absoluta)

Julgamento Procedência: inconstitucional


Improcedência: constitucional

Efeitos:
a) Erga Omnes
b) Vinculantes (AP + PJ)
c) Ex tunc
Modulação dos efeitos

Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de
segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por
maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que
ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser
fixado.
Cautelar

Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por
decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a
audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que
deverão pronunciar‐se no prazo de cinco dias.
§ 1º O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado‐Geral da União e o Procurador‐Geral
da República, no prazo de três dias.
Cautelar

§ 2º No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos


representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela
expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal.
§ 3º Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a
audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.
Cautelar

Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção
especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão,
no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o
ato, observando‐se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo.
Cautelar

§ 1º A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc,
salvo se o Tribunal entender que deva conceder‐lhe eficácia retroativa.

§ 2º A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo
expressa manifestação em sentido contrário.
Prática

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

AUTOR, inscrito no CNPJ, com sede na Rua ..., n° ..., Cidade de ..., Estado ..., CEP ..., por
intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de mandato anexado), com
endereço profissional na Rua ..., n..., Cidade de ..., Estado ..., CEP ..., onde recebe intimações,
Prática

vem, com fundamento no artigo 102, inciso I, alínea “a” da Constituição e nas disposições da Lei
9.868/1999, ajuizar

AÇÀO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO CAUTELAR


Prática

em face da LEI OU ATO NORMATIVO FEDERAL OU ESTADUAL editada por ÓRGÃO/AUTORIDADE


Prática

1. FATOS

Descrever os fatos conforme as informações contidas no problema. Não acrescentar


informações estranhas ao problema para não configurar identificação de peça!
Prática

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Discorrer brevemente sobre: (i) legitimidade ativa: citar o artigo 103 da Constituição e 2 da Lei
9868/1999 e indicar se o legitimado é universal ou especial (explicando, neste caso, qual o
vínculo de pertinência temática que o une a lei ou ato normativo impugnado); (ii) objeto: citar o
artigo 102, inciso I, “a”, da Constituição,
Prática

(informando que o objeto pode ser controlado, que é posterior a Constituição de 1988, que está
vigente e é primário; (iii) capacidade postulatória: discorrer sobre a capacidade postulatória,
informando sobre o patrocínio por advogado ou não; (iv) juntada dos documentos obrigatórios:
informar a juntada dos documentos necessários, quais sejam, cópia da lei ou do ato normativo e
demais documentos.
Prática

Sugestão de redação:
“O autor é parte legítima para ajuizar a presente ação direta de inconstitucionalidade, uma vez
que o artigo 103 da Constituição determina que (copiar o artigo). Idêntica redação, inclusive,
encontra‐se no artigo 2 da Lei 9868/1999.
E na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o autor é legitimado (universal ou
especial).
Prática

Em caso de ser legitimado universal: Dessa forma, não precisa demonstrar a pertinência
temática, isto é, o vínculo institucional que o une ao ato impugnado.
Em caso de ser legitimado especial: Dessa forma, para fins de processamento da presente ação,
desde logo informa o autor a pertinência temática, isto é, o vínculo institucional o que une ao
ato impugnado, consistente em (descrever). *
Prática

Ainda, o objeto da presente ação pode perfeitamente ser controlado através de ação direta de
inconstitucionalidade, pois esta pode ser manejada contra lei ou ato normativo federal ou
estadual, na linha do artigo 102, Inciso I, alínea “a”, da Constituição, desde que vigentes,
posteriores a Constituição de 1988 e primário, como ocorre no presente caso.
Prática

Em caso de assistência por advogado: Além disso, a presente ação vem assinada por advogado
regularmente inscrito na OAB, pois assim tem exigido a jurisprudência do STF quando o
legitimado for (descrever) *.
Em caso de desnecessidade de assistência por advogado: Além disso, a presente ação não vem
assinada por advogado regularmente inscrito na OAB, mas sim pelo
Prática

próprio Autor, pois assim tem permitido a jurisprudência do STF quando o legitimado for
(descrever).
Finalmente, informa o autor que a inicial é apresentada em duas vias com as cópias de todos os
documentos indispensáveis a propositura da ação, inclusive da lei/ato normativo impugnada”.
Prática

3. MÉRITO

Discorrer sobre os fundamentos de mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade.


Iniciar discorrendo sobre o objeto.
Informar quais artigos da Constituição foram ofendidos.
Informar se se trata de inconstitucionalidade formal ou material.
Prática

Sugestões de inconstitucionalidades: Razoabilidade, proporcionalidade, Dignidade da pessoa


humana, direitos fundamentais (artigo 5, dentre outros), artigo 37, tributária.
Prática

4. CAUTELAR

É regra na ação direta de inconstitucionalidade, podendo ser requerida com base nos artigos 10
a 12 da Lei 9.868/1999. Os fundamentos são:
a) Fumus boni juris (fumaça do bom direito): retomar com muita brevidade o mérito da
ação.
Prática

b) Periculum in mora (perigo da demora): alertar sobre o risco de manter o ato


impugnado.

Sugestão de redação:
“De acordo com o artigo 10 da Lei 9.868/1999 (copiar). Para fins de concessão da liminar é
necessário a presença dos requisitos previstos no Código de Processo Civil, quais sejam, o fumus
boni juris e o periculum in mora.
Prática

Presente o fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos acima mencionados, a
(lei ou ato normativo impugnado) ofende a Constituição na medida em que (descrever).
Da mesma forma, presente o periculum in mora, pois caso seja se mantenha o ato lesivo
(descrever).
Prática

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) A concessão de medida cautelar para (descrever), conforme artigos 10 e 11, da Lei


9868/1999, uma vez que previstos o fumus boni juris e o periculum in mora
Prática

b) A notificação das autoridades interessadas (descrever) para prestar informações, no


prazo de 30 dias, conforme art. 6º, da Lei 9868/1999;
c) A citação do Advogado‐Geral da União para fazer a defesa do ato impugnado, no prazo
de quinze dias, conforme art. 8º, da Lei 9868/1999 e artigo 103, § 3°, da Constituição Federal;
Prática

d) A intimação do Procurador‐Geral da República para apresentar seu parecer no prazo de


quinze dias, conforme art. 8º, da Lei 9868/99 e artigo 103, parágrafo 1, da Constituição Federal;
Prática

e) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de declarar a inconstitucionalidade


da lei/ato normativo por ofensa ao artigo (descrever) da Constituição, com eficácia contra
todos, efeito ex tunc e efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e a
Administração Pública direta e indireta nas esferas federal, estadual e municipal.
Prática

Valor da causa: R$ 1.000,00 (ou o valor mencionado no problema).

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Prática

(OAB 2015.2 – XVII EXAME) O Partido Político "Z", que possui apenas três representantes na
Câmara dos Deputados, por entender presente a violação de regras da CRFB, o procura para
que, na qualidade de advogado especialista em Direito Constitucional, se posicione sobre a
possibilidade de ser obtida alguma medida judicial em face da Lei Estadual "Y", de janeiro de
2015, que contém 3 (três) artigos.
De acordo com a exposição de motivos do projeto que culminou na Lei Estadual “Y”, o seu
objetivo é criar, no âmbito estadual, ambiente propício às
Prática

discussões políticas de âmbito nacional, e, para alcançar esse objetivo, estabelece, em sua parte
dispositiva, novas regras eleitorais, sendo estabelecidas, em seu artigo 1º, regras temporais
sobre a criação de partidos políticos; em seu artigo 2º fica retirada a autorização para que
partidos políticos com menos de cinco Deputados Federais possam ter acesso gratuito ao rádio
e à televisão na circunscrição do Estado; e, por fim, em seu artigo 3º fica estabelecida a vigência
imediata da referida legislação.
Prática

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PARTIDO POLÍTICO Z, devidamente inscrito no CNPJ sob o n° ..., com sede na Rua ..., n° ...,
Município ..., Estado ..., CEP ..., por intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento
de mandato anexado), com endereço profissional na Rua ..., n..., Município ..., Estado ..., CEP ...,
onde recebe intimações, vem, com fundamento no artigo
Prática

102, inciso I, alínea “a” da Constituição e nas disposições da Lei 9.868/1999, ajuizar

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO CAUTELAR

em face da LEI ESTADUAL Y, publicada no Diário Oficial em janeiro de 2015 editada pela
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO e GOVERNADOR DO ESTADO.
Prática

1. FATOS

Em janeiro de 2015 foi publicada a Lei Estadual "Y“ com três artigos voltados para criar, no
âmbito estadual, ambiente propício às discussões políticas de âmbito nacional.
Para alcançar esse objetivo, estabelece, em sua parte dispositiva, novas regras eleitorais, sendo
estabelecidas, em seu artigo 1º, regras temporais sobre a criação de partidos políticos; em seu
artigo 2º fica retirada a autorização para que partidos
Prática

políticos com menos de cinco Deputados Federais possam ter acesso gratuito ao rádio e à
televisão na circunscrição do Estado; e, por fim, em seu artigo 3º fica estabelecida a vigência
imediata da referida legislação.
Contudo, referida lei viola diversos artigos constitucionalmente consagrados, razão pela qual
deve ser anulada.
Prática

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

O autor é parte legítima para ajuizar a presente ação direta de inconstitucionalidade, uma vez
que o artigo 103 da Constituição determina que:
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de
constitucionalidade:
Prática

(...)
VIII – partido político com representação no Congresso Nacional.
Idêntica redação encontra‐se no artigo 2, inciso VIII, da Lei 9868/1999.
E na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o autor é legitimado universal. Dessa
forma, para fins de processamento da presente ação, desde logo informa o autor a
desnecessidade de demonstrar a pertinência temática, isto é, o vínculo institucional o que une
ao ato impugnado.
Prática

Ainda, o objeto da presente ação pode perfeitamente ser controlado através de ação direta de
inconstitucionalidade, pois esta pode ser manejada contra lei ou ato normativo federal ou
estadual, na linha do artigo 102, Inciso I, alínea “a”, da Constituição, desde que primários,
vigentes e posteriores a Constituição de 1988, como ocorre no presente caso.
Prática

Além disso, a presente ação vem assinada por advogado regularmente inscrito na OAB, pois
assim tem exigido a jurisprudência do STF quando o legitimado for Partido Político com
Representação no Congresso Nacional.
Finalmente, informa o autor que a inicial é apresentada em duas vias com as cópias de todos os
documentos indispensáveis a propositura da ação, inclusive da lei/ato normativo impugnada”.
Prática

3. MÉRITO

A Lei Estadual Y deve ser anulada porque ofende diversos artigos constitucionais.
Em primeiro lugar, na medida em que estabeleceu regras para a criação de partidos políticos e
critérios de acesso gratuito ao rádio e a televisão, ofendeu diretamente o artigo 21, incisos I e IV
da Constituição, que estabelecem ser da União a competência para legislar sobre direito
eleitoral, telecomunicações e radiodifusão.
Prática

Há inconstitucionalidade formal, portanto.


Não bastasse, a referida lei também afronta o artigo 1, inciso V, da Constituição e o art. 17,
caput e parágrafo 3, os quais preveem o pluralismo político como fundamento da República
Federativa do Brasil e o acesso gratuito ao rádio e a televisão como critérios de regência dos
partidos políticos.
Assim, há vício material na questão.
Ademais, não é exagero sustentar que a lei ofende os critérios de proporcionalidade e de
razoabilidade, eis que criam regras exageradas para partidos.
Prática

4. CAUTELAR

De acordo com o artigo 10 da Lei 9.868/1999, “salvo no período de recesso, a medida cautelar
na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal,
observado o
Prática

disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato
normativo impugnado, que deverão pronunciar‐se no prazo de cinco dias”.
Para fins de concessão da cautelar é necessário a presença dos requisitos previstos no Código
de Processo Civil, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora.
Presente o fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos acima mencionados, a
lei
Prática

editada pelo Estado Y ofende a Constituição nos artigos indicados.


Da mesma forma, presente o periculum in mora, pois caso se mantenha o ato lesivo o exercício
da democracia e da atividade partidária restará prejudicada.
Prática

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) A concessão de medida cautelar para suspender a aplicação da Lei Estadual "Y",


conforme artigos 10 e 11, da Lei 9868/99, uma vez que previstos o fumus boni juris e o
periculum in mora.
b) A intimação das autoridades interessadas – Assembleia Legislativa do Estado e o
Governador do Estado ‐ para prestarem informações, no prazo
Prática

de 30 dias, conforme art. 6º, da Lei 9868/99;


c) A citação do Advogado‐Geral da União para fazer a defesa do ato impugnado, no prazo
de quinze dias, conforme art. 8º, da Lei 9868/99 e artigo 103, parágrafo 3 da Constituição
Federal;
d) A intimação do Procurador‐Geral da República para apresentar seu parecer, no prazo
de quinze dias, conforme art. 8º, da Lei 9868/99 e artigo 103, parágrafo 1 da Constituição
Federal;
Prática

e) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de declarar a inconstitucionalidade


da Lei Estadual Y por ofensa aos artigos, com eficácia contra todos, efeito ex tunc e efeito
vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública direta e
indireta nas esferas federal, estadual e municipal.
f) Juntada dos documentos anexados.
Prática

Dá‐se a causa o valor de R$ 1.000,00

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Prática

COMENTÁRIOS DA BANCA: O examinando deverá elaborar uma petição inicial de Ação Direta de
Inconstitucionalidade (Lei nº 9868/1999). A petição deve ser direcionada ao Presidente do
Supremo Tribunal Federal. A ação deve ser ajuizada pelo Partido Político “Z”, representado pelo
presidente de sua Comissão Executiva Nacional.
A legitimidade ativa decorre do fato de o Partido Político “Z” possuir representação no
Congresso Nacional.
Prática

O examinando deverá argumentar que a Lei Estadual “Y” afronta o disposto no Art. 22, I e IV, da
Constituição da República Federativa do Brasil [Art. 22. Compete privativamente à União legislar
sobre: I ‐ direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,
espacial e do trabalho (...) IV ‐ águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
(grifos)].
Prática

Em relação à inconstitucionalidade material, o examinando deverá demonstrar a afronta ao


princípio da proporcionalidade ou razoabilidade, como também ao Art. 1º, V (pluralismo
político) e ao Art. 17, caput e § 3º, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
[(Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, (...) § 3º Os partidos políticos
têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na
Prática

forma da lei (grifos)].


Deve ser pedida a medida cautelar, de modo a suspender a eficácia da Lei até que seja
definitivamente julgada a presente Ação Direta de Inconstitucionalidade. O examinando deve
demonstrar que a tutela jurisdicional cautelar se faz necessária, pois estão suficientemente
demonstrados os requisitos do fumus boni iuris, pela clareza dos vícios de inconstitucionalidade
apontados, e do periculum in mora, isso em razão do
Prática

constrangimento decorrente do impedimento ao exercício de atividade lícita e constitucional


dos partidos políticos.
Deve ser formulado o pedido de declaração de inconstitucionalidade da Lei Estadual “Y”.
Devem ser solicitadas informações ao Governador e à Assembleia Legislativa do Estado, órgãos
responsáveis pela edição do ato normativo e ouvidos o Advogado Geral da União e o Procurador
Geral da República.
A petição deve ser datada e assinada pelo advogado.
Prática
Prática
Prática
Prática

(OAB 2014.3 – XVI EXAME) A Assembleia Legislativa do Estado Y edita, em 1º de março de 2015,
a Lei nº 8888, que estabelece que a concessionária exploradora do serviço de fornecimento de
energia elétrica no território do Estado fica obrigada a remover, sem qualquer ônus para os
interessados, os postes de sustentação à rede elétrica que estejam causando transtornos aos
proprietários e aos promitentes compradores de terrenos.
Ressalta‐se que não há qualquer Lei Complementar que autorize excepcionalmente ao Estado Y
dispor
Prática

sobre a questão, sendo certo que, ao contrário, no âmbito federal existe norma expedida pela
agência reguladora que autoriza a remoção desses postes de energia, cujo serviço fica às
expensas dos usuários interessados. Há notícia também de que o Governador do Estado Y vetou
integralmente o projeto de Lei Estadual, mas restou superado pela vontade da Assembleia
Legislativa do Estado, que, ao final, promulgou a referida Lei.
Diante da relevância e da urgência da questão, o partido político “Para Frente Brasil” – PFB,
Prática

representado unicamente por um Deputado Federal, procura os seus serviços para objetar
contra a Lei Estadual, por entender que a norma estadual viola diretamente a Constituição
Federal.
Considerando os dados acima, formule a peça adequada, fazendo introito sobre a legitimidade
ativa e observando que O partido entende ser urgente a questão. (Valor: 5,00)
Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a
fundamentação legal pertinente ao caso.
Prática

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PARA FRENTE BRASIL ‐ PFB, devidamente inscrito no CNPJ sob o n° ..., com sede na Rua ..., n° ...,
Município ..., Estado ..., CEP ..., por intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento
de mandato anexado), com endereço profissional na Rua ..., n..., Município ..., Estado ..., CEP ...,
onde recebe intimações, vem, com fundamento no artigo
Prática

102, inciso I, alínea “a” da Constituição e nas disposições da Lei 9.868/1999, ajuizar

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO CAUTELAR

em face da LEI N° 8888, publicada no Diário Oficial em de 1º de março de 2015, editada pela
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO Y e GOVERNADOR DO ESTADO Y.
Prática

1. FATOS

A Assembleia Legislativa do Estado Y editou, em 1º de março de 2015, a Lei nº 8888, que


estabelece que a concessionária exploradora do serviço de fornecimento de energia elétrica no
território do Estado fica obrigada a remover, sem qualquer ônus para os interessados, os postes
de sustentação à rede elétrica que estejam causando transtornos aos proprietários e aos
promitentes compradores de terrenos.
Prática

Não há qualquer Lei Complementar que autorize excepcionalmente ao Estado Y dispor sobre a
questão, sendo certo que, ao contrário, no âmbito federal existe norma expedida pela agência
reguladora que autoriza a remoção desses postes de energia, cujo serviço fica às expensas dos
usuários interessados. Há notícia também de que o Governador do Estado Y vetou
integralmente o projeto de Lei Estadual, mas restou superado pela vontade da Assembleia
Legislativa do Estado, que, ao final, promulgou a referida Lei.
Prática

Contudo, a lei ofende à vários dispositivos constitucionais, razão pela qual merece ser anulada.

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

O autor é parte legítima para ajuizar a presente ação direta de inconstitucionalidade, uma vez
que o artigo 103 da Constituição determina que:
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de
constitucionalidade:
Prática

(...)
VIII – partido político com representação no Congresso Nacional.
Idêntica redação encontra‐se prevista no artigo 2 da Lei 9868/1999.
E na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o autor é legitimado universal. Dessa
forma, para fins de processamento da presente ação, desde logo informa o autor a
desnecessidade de demonstrar a pertinência temática, isto é, o vínculo institucional o que une
ao ato impugnado.
Prática

Ainda, o objeto da presente ação pode perfeitamente ser controlado através de ação direta de
inconstitucionalidade, pois esta pode ser manejada contra lei ou ato normativo federal ou
estadual, na linha do artigo 102, Inciso I, alínea “a”, da Constituição, desde que primários,
vigentes e posteriores a Constituição de 1988, como ocorre no presente caso.
Além disso, a presente ação vem assinada por advogado regularmente inscrito na OAB, pois
assim
Prática

tem exigido a jurisprudência do STF quando o legitimado for Partido Político com Representação
no Congresso Nacional.
Finalmente, informa o autor que a inicial é apresentada em duas vias com as cópias de todos os
documentos indispensáveis a propositura da ação, inclusive da lei/ato normativo impugnada”.
Prática

3. MÉRITO

Conforme dos autos consta, o Assembleia Legislativa do Estado Y editou em 1º de março de


2015 a Lei n. 8888 que impôs que a concessionária de serviços de eletricidade do Estado
retirasse, sem
qualquer ônus para os interessados, os postes de sustentação à rede elétrica que estivessem
causando transtorno aos proprietários e aos promitentes compradores de terrenos.
Prática

Contudo, a referida Lei ofende vários artigos da Constituição. Em primeiro lugar, a lei ofende o
artigo 21, inciso XII, alínea b, da Constituição Federal que afirma:

Art. 21. Compete à União (...)


XII ‐ explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:(...)
Prática

b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de


água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;

Assim sendo, não é competente o Estado para agir como agiu.


Prática

Da mesma forma, a competência para legislar sobre o assunto também não é do Estado, e sim
da União, forte no que diz o artigo 22, inciso IV, da Constituição:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
(...)
IV ‐ águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
Prática

Não bastasse, também o artigo 175, parágrafo 4º, inciso III, da Constituição foi violado, uma vez
que dispõe:

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Prática

Parágrafo único. A lei disporá sobre:


(...)
III ‐ política tarifária;

4. CAUTELAR

De acordo com o artigo 10 da Lei 9.868/1999, “salvo no período de recesso, a medida cautelar
na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal,
observado o
Prática

disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato
normativo impugnado, que deverão pronunciar‐se no prazo de cinco dias”.
Para fins de concessão da cautelar é necessário a presença dos requisitos previstos no Código
de Processo Civil, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora.
Presente o fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos acima mencionados, a
lei
Prática

editada pelo Estado Y ofende a Constituição nos artigos 21, inciso XII, alínea b, 22, inciso IV e
175, parágrafo único, inciso III.
Da mesma forma, presente o periculum in mora, pois caso se mantenha o ato lesivo a
concessionária poderá arcar com custos elevados, uma vez que terá que retirar os postes de
maneira gratuita.
Prática

5 PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) A concessão de medida cautelar para suspender a aplicação da Lei n. 8888, conforme


artigos 10 e 11, da Lei 9868/99, uma vez que previstos o fumus boni juris e o periculum in mora.
b) A intimação das autoridades interessadas – Assembleia Legislativa do Estado Y e o
Governador do Estado Y ‐ para prestarem informações, no prazo
Prática

de 30 dias, conforme art. 6º, da Lei 9868/99;


c) A citação do Advogado‐Geral da União para fazer a defesa do ato impugnado, no prazo
de quinze dias, conforme art. 8º, da Lei 9868/99 e artigo 103, parágrafo 3 da Constituição
Federal;
d) A intimação do Procurador‐Geral da República para apresentar seu parecer, no prazo
de quinze dias, conforme art. 8º, da Lei 9868/99 e artigo 103, parágrafo 1 da Constituição
Federal;
Prática

e) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de declarar a inconstitucionalidade


da lei n. 8888 do Estado Y por ofensa aos artigos 21, inciso XII, alínea b, 22, inciso IV e 175,
parágrafo único, inciso
III, da Constituição, com eficácia contra todos, efeito ex tunc e efeito vinculante em relação aos
demais órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública direta e indireta nas esferas
federal, estadual e municipal.
f) Juntada dos documentos anexados.
Prática

Dá‐se a causa o valor de R$ 1.000,00

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Prática

Comentários da Banca: o enunciado indica que a peça adequada a ser redigida é a Ação Direta
de Inconstitucionalidade ‐ ADI a ser proposta perante o Supremo Tribunal Federal (Art. 102, I,
“a”, da Constituição Federal). A petição deve ser endereçada ao Ministro Presidente do Supremo
Tribunal Federal. O objeto da referida ADI será a Lei Estadual atacada e terá como parâmetro
diversos dispositivos constitucionais. O Partido Político possui legitimidade para propor a ADI
(Art. 103, VIII, da Constituição Federal) e deve figurar como autor
Prática

da ação, pois é representado por Deputado Federal no Congresso Nacional. É considerado


legitimado universal para propor ADI e não se sujeita ao exame da pertinência temática, pois
seu papel institucional já o autoriza a promover tal ação em qualquer hipótese, conforme
entendimento pacificado no STF: “Partido político. Ação direta. Legitimidade ativa.
Inexigibilidade do vínculo de pertinência temática. Os partidos políticos, desde que possuam
representação no Congresso Nacional, podem, em sede de controle abstrato, arguir, perante o
STF, a
Prática

inconstitucionalidade de atos normativos federais, estaduais ou distritais, independentemente


de seu conteúdo material, eis que não incide sobre as agremiações partidárias a restrição
jurisprudencial derivada do vínculo de pertinência temática.” (ADI 1.407‐MC, rel. min. Celso de
Mello, julgamento em 7‐3‐1996, Plenário, DJ de 24‐11‐2000.)
A Assembleia Legislativa do Estado deve ser indicada no polo passivo da ação e o Governador do
Estado intimado a prestar informações sobre o processo legislativo.
Prática

Os fundamentos da Ação Direta de Inconstitucionalidade devem ser:


a) Desencontro entre o dispositivo da legislação estadual e o Art. 21, XII, “b”, da Constituição
Federal. A imposição, por meio de ato normativo estadual, da obrigação de remover, sem custo
para o usuário, postes de sustentação da rede elétrica que estejam causando transtornos ou
impedimentos a particulares configuraria intervenção indevida do poder estadual em serviço
púbico de titularidade da União. Trata‐se de campo de distribuição
Prática

constitucional de competência. É a denominada competência administrativa da União.


b) Vulneração ao Art. 22, IV, da Constituição Federal, pela lei estadual, pois a Carta da República
reserva à União a competência privativa para dispor legislativamente sobre energia o que
demarca primazia federal sobre o tema a e não abre espaço para a atuação dos Estados e dos
Municípios.
c) Afronta ao Art. 175, parágrafo único, inciso III, da Constituição Federal pela lei estadual. A lei
estadual
Prática

ao dispor que a remoção dos postes fica a cargo da concessionária do serviço público, se imiscui
na tarefa da União para definir, por meio de lei, a política tarifária a ser observada na exploração
deste serviço no que tange aos elementos definidores do equilíbrio econômico‐financeiro de
contratos de concessão, isto é, na ingerência na política tarifária do serviço público.
O examinando deve formular pedido de concessão de medida cautelar, com amparo no Art. 10,
da Lei nº 9.868/99, a fim de suspender a vigência da lei
Prática

estadual que entende ser inconstitucional. Os pressupostos da medida cautelar devem ser
apontados, ou seja, o fumus boni iuris e o periculum in mora. O primeiro demonstrado a partir
da violação das normas constitucionais e o segundo porque a lei estadual criou, para as
concessionárias de serviço público, uma obrigação de alto custo a ser prestada em hipóteses
extremamente vagas para o proveito de interesses individuais. Trata‐se, de norma estadual que
instituiu verdadeiro direito potestativo,
Prática

a ser exercido ao alvedrio pessoal de titulares de direito real sobre terrenos, impondo‐lhes
encargos extraordinários, não previstos nos contratos de concessão celebrados com o poder
concedente, e, com isso, alterou a matriz de custos da prestação do serviço e rompeu com os
parâmetros estipulados pela agência federal do setor elétrico para a remoção de postes de
energia.
No mérito, o examinando deve demonstrar que a Lei estadual fere dispositivos constitucionais,
a repartição de competências, ao princípio da
Prática

razoabilidade/proporcionalidade.
Por derradeiro, o examinando deve formular, expressamente, pedido de concessão de medida
cautelar e, ao final, pedido de declaração de inconstitucionalidade.
Devem ser requeridas as oitivas do Advogado Geral da União, a fim de defender o ato normativo
estadual e também do Ministério Público.
Prática

(OAB XIII – 2013.3) O Presidente da República editou o Decreto nº 5555, estabelecendo a


obrigatoriedade, como exigência à obtenção do diploma de graduação em engenharia, de um
elevado aproveitamento nas disciplinas do curso, e, para inscrição nos Conselhos Regionais, a
conclusão de uma pós‐graduação com carga horária mínima de 480 horas de aula. A medida
tem por objetivo conferir maior controle sobre a formação do profissional, num momento de
expansão das obras de infraestrutura no país.
Prática

A Confederação Sindical dos Engenheiros, entidade que reúne 18 (dezoito) Federações de


sindicatos em diferentes Estados, cada uma com ao menos 10 (dez) sindicatos, procura os seus
serviços para impugnar o Decreto expedido pelo Presidente da República, salientando que o
mesmo viola diretamente a Constituição, sendo certa a urgência na obtenção de um provimento
judicial favorável, tendo em vista a aproximação do final de ano, época em que,
tradicionalmente, são formados milhares de bacharéis em todo o território nacional.
Prática

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

CONFEDERAÇÃO SINDICAL DOS ENGENHEIROS, devidamente inscrita no CNPJ sob o n° ..., com
sede na Rua ..., n° ..., Município ..., Estado ..., CEP ..., por intermédio de seu advogado ao final
assinado (instrumento de mandato anexado), com endereço profissional na Rua ..., n...,
Município ..., Estado ..., CEP ..., onde recebe intimações, vem, com fundamento no artigo 102,
inciso I, alínea “a” da
Prática

Constituição e nas disposições da Lei 9.868/1999, ajuizar

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO CAUTELAR

em face da LEI N° 5555, publicada no Diário Oficial em ..., editada pelo PRESIDENTE DA
REPÚBLICA..
Prática

1. FATOS

O Presidente da República editou o Decreto nº 5555, estabelecendo a obrigatoriedade, como


exigência à obtenção do diploma de graduação em engenharia, de um elevado aproveitamento
nas disciplinas do curso, e, para inscrição nos Conselhos Regionais, a conclusão de uma pós‐
graduação com carga horária mínima de 480 horas de aula. A medida tem por objetivo conferir
maior controle sobre a formação do profissional, num momento de expansão das obras de
infraestrutura no país.
Prática

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

O autor é parte legítima para ajuizar a presente ação direta de inconstitucionalidade, uma vez
que o artigo 103 da Constituição determina que:
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de
constitucionalidade:
(...)
VIII – confederação sindical.
Prática

E na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o autor é legitimado especial. Dessa


forma, para fins de processamento da presente ação, desde logo informa o autor a pertinência
temática, isto é, o vínculo institucional o que une ao ato impugnado.
Ainda, o objeto da presente ação pode perfeitamente ser controlado através de ação direta de
inconstitucionalidade, pois esta pode ser manejada contra lei ou ato normativo federal ou
estadual, na linha do artigo 102, Inciso I, alínea “a”,
Prática

da Constituição, desde que vigentes e posteriores a Constituição de 1988, como ocorre no


presente caso.
Além disso, a presente ação vem assinada por advogado regularmente inscrito na OAB, pois
assim tem exigido a jurisprudência do STF quando o legitimado for Partido Político com
Representação no Congresso Nacional.
Finalmente, informa o autor que junto com a inicial é apresentada em duas vias com as cópias
de todos
Prática

os documentos indispensáveis a propositura da ação, inclusive da lei/ato normativo


impugnada”.

3. MÉRITO

O Presidente da República editou o Decreto 5555 e estabelecendo a obrigatoriedade, como


exigência à obtenção do diploma de graduação em engenharia, de um elevado aproveitamento
nas disciplinas do curso, e, para inscrição nos Conselhos Regionais, a conclusão de uma pós‐
graduação com carga
Prática

horária mínima de 480 horas de aula.


Contudo, a referida Lei ofende vários artigos da Constituição.
Em primeiro lugar, a lei ofende a separação de poderes, porque o Presidente da República
acabou fazendo as vezes de legislador ao inovar de maneira tão significativa na ordem jurídica:

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o


Executivo e o Judiciário.
Prática

E justamente por tal motivo, há que se falar em ofensa à legalidade.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo‐se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
Prática

II ‐ ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Além disso, a Constituição também foi ofendida no artigo 5º, inciso XIII.

5º, inciso XIII: é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer;
Prática

Finalmente, a conduta adotada pelo Presidente da República ofende a


proporcionalidade/razoabilidade.

4. CAUTELAR

De acordo com o artigo 10 da Lei 9.868/1999, “salvo no período de recesso, a medida


cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do
Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou
Prática

autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar‐se 
no prazo de cinco dias”.
Para fins de concessão da liminar é necessário a presença dos requisitos previstos no Código de 
Processo Civil, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora.
Presente o fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos acima mencionados, o 
decreto ofende o artigo 2º, 5º, inciso II, inciso XIII e razoabilidade/proporcionalidade.
Prática

Da mesma forma, presente o periculum in mora, pois caso seja se mantenha o ato lesivo haverá 
prejuízos para os representados pelos representados pela Confederação autora.

5 PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:
Prática

a) A concessão de medida cautelar para suspender a aplicação do Decreto, conforme 
artigos 10 a 12, da Lei 9868/99, uma vez que previstos o fumus boni juris e o periculum in mora.
b) A intimação das autoridades interessadas – Presidente da República ‐ para prestarem 
informações, no prazo de 30 dias, conforme art. 6º, da Lei 9868/99 e artigo 103, parágrafo 3 da 
Constituição Federal;
Prática

c)    A citação do Advogado‐Geral da União para fazer a defesa do ato impugnado, no prazo de 
quinze dias, conforme art. 8º, da Lei 9868/99 e artigo 103, parágrafo 3 da Constituição Federal;
d)    A intimação do Procurador‐Geral da República para apresentar seu parecer, no prazo de 
quinze dias, conforme art. 8º, da Lei 9868/99 e artigo 103, parágrafo 1 da Constituição Federal;
Prática

e) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de declarar a inconstitucionalidade 
do Decreto n. 5555 pelo Presidente da República, por ofensa aos artigos constitucionais 
mencionados acima, com eficácia contra todos, efeito ex tunc e efeito vinculante em relação aos 
demais órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública direta e indireta nas esferas 
federal, estadual e municipal.
Prática

f) Juntada dos documentos anexados.

Dá‐se a causa o valor de R$ 1.000,00

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Prática

Comentários da banca: a peça a ser elaborada consiste em uma petição inicial de Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADIn), a qual terá, por objeto, o Decreto expedido pelo Presidente da
República, e, como parâmetros, diversos dispositivos da Constituição da República. De início,
deve‐se destacar que os decretos do Chefe do Poder Executivo podem ser regulamentares ou
autônomos. Na jurisprudência do STF, somente se admite a propositura de ação direta tendo
por objeto decreto autônomo, aquele que inova
Prática

autonomamente na ordem jurídica, e não o decreto que tenha por escopo regulamentar a lei.
Isso porque o decreto regulamentar não possui autonomia normativa. Se o decreto apenas fere
a lei, ou desborda dos limites regulamentares, abrir‐se‐á a via do controle de legalidade, e não
do controle de constitucionalidade. Desse modo, o examinando deve destacar a autonomia
normativa do Decreto em questão, tendo em vista a ausência de lei da qual decorra aquele ato
normativo. A
Prática

competência para julgamento da Ação Direta é do Supremo Tribunal Federal, e para essa corte
deve ser endereçada a petição inicial. Somente possuem legitimidade para propositura da Ação
Direta de Inconstitucionalidade aqueles explicitados no rol do artigo 103 da Constituição. No
caso em análise, a Confederação Sindical dos Engenheiros tem legitimidade com base no inciso
IX do citado dispositivo: entidade de classe de âmbito nacional. Deve ser demonstrado o
preenchimento dos
Prática

requisitos constantes dos Artigos 533 a 535 da CLT (“as Confederações organizar‐se‐ão com o
mínimo de 3 Federações” e “é facultado aos Sindicatos, quando em número não inferior a 5,
desde que representem a maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas,
similares ou conexas, organizarem‐se em federação”), uma vez que tais requisitos são exigidos
pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
Ainda em relação à legitimidade, o examinando
Prática

deve identificar que o Supremo Tribunal Federal erigiu o requisito da pertinência temática – que
se traduz na relação de congruência que necessariamente deve existir entre os objetivos
estatutários ou as finalidades institucionais da entidade autora e o conteúdo material da norma
questionada em sede de controle abstrato – à condição de pressuposto qualificador da própria
legitimidade ativa ad causam para efeito de instauração do processo objetivo de fiscalização
concentrada de constitucionalidade. O examinando
Prática

deve demonstrar, assim, a pertinência temática, na medida em que a Confederação sindical


atuará na defesa do interesse de uma classe diretamente atingida pelo decreto impugnado. O
Presidente da República, que editou a norma impugnada, deve ser indicado no polo passivo da
ação. O examinando deve formular pedido de concessão da medida cautelar, a fim de
suspender a vigência do decreto cuja inconstitucionalidade arguiu. Os pressupostos à concessão
da medida são o fumus boni iuris e o
Prática

periculum in mora. O primeiro é demonstrado pela direta e frontal violação às normas


constitucionais que estabelecem o princípio da separação de poderes, o princípio da legalidade
e a liberdade de exercício de profissão; o segundo, pela proximidade da conclusão do curso de
milhares de bacharéis, que restarão impossibilitados de concluir o curso e/ou obter a inscrição
nos Conselhos Regionais com base em exigência sem previsão legal. No mérito, o examinando
deve demonstrar que o Decreto, a um só tempo, viola o
Prática

princípio da separação de poderes (pois ingressa em atividade legislativa não autorizada pela
Constituição, em violação à separação constitucional de funções entre cada um dos Poderes) e o
princípio da legalidade (pois restringe direitos e disciplina matéria sujeita à lei em sentido
formal). O examinando deve demonstrar, ainda, que o Decreto viola o princípio da liberdade de
exercício de atividades ou profissões, inscrito no artigo 5º, XIII da CRFB, que estabelece ser livre
o exercício de
Prática

qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei


estabelecer. Por fim, deve ser apontada a violação ao princípio da
razoabilidade/proporcionalidade, pois a medida prevista na lei, ainda que adequada à finalidade
declarada, falha nos subprincípios da necessidade (que impõe a utilização, dentre as possíveis,
da medida menos gravosa para atingir determinado objetivo) e da proporcionalidade em
sentido estrito (que impõe a análise da relação custo‐benefício da
Prática

norma avaliada, de modo que o ônus imposto pela norma seja inferior ao benefício por ela
engendrado, sob pena de inconstitucionalidade). O examinando deve formular, expressamente,
pedido de concessão da medida cautelar (a fim de suspender a vigência e a eficácia do decreto
impugnado, pena de restar consolidada a violação) e, ao final, pedido de declaração da
inconstitucionalidade do Decreto. Deve ser requerida a oitiva do Ministério Público e da AGU.v
Prática
Prática
Prática
Prática

(OAB VII – 2012.1) O Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos
estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados,
hipermercados, shopping centers, determinando multas pelo descumprimento, estabelecendo
gradação nas punições administrativas e delegando ao PROCON local a responsabilidade pela
fiscalização dos estabelecimentos
Prática

relacionados no instrumento normativo. Tício, contratado como advogado Junior da


Confederação Nacional do Comércio, é consultado sobre a possibilidade de ajuizamento de
medida judicial, apresentando seu parecer positivo quanto à matéria, pois a referida lei
afrontaria a CRFB. Em seguida, diante desse pronunciamento, a Diretoria autoriza a propositura
da ação judicial constante do parecer. Na qualidade de
Prática

advogado elabore a peça cabível, observando:


a) competência do Juízo;
b) legitimidade ativa e passiva;
c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados;
d) requisitos formais da peça;
e) tutela de urgência.
Prática

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO, devidamente inscrita no CNPJ sob o n° ..., com sede
na Rua ..., n° ..., Município ..., Estado ..., CEP ..., por intermédio de seu advogado ao final
Prática

assinado (instrumento de mandato anexado), com endereço profissional na Rua ..., n...,
Município ..., Estado ..., CEP ..., onde recebe intimações, vem, com fulcro no artigo 102, inciso I,
alínea “a” da Constituição e nas disposições da Lei 9.868/1999, ajuizar

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO CAUTELAR


Prática

em face DO ATO NORMATIVO ESTADUAL ..., editada pelo ESTADO KWY.

1. FATOS

Conforme documentos anexados, o Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos
estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados,
hipermercados,
Prática

shopping centers, determinando multas pelo descumprimento, estabelecendo gradação nas


punições administrativas e delegando ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização dos
estabelecimentos relacionados no instrumento normativo. Contudo, a norma não merece ser
mantida no ordenamento jurídico, pois contrária a Constituição, na linha do que adiante será
demonstrado.
Prática

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

O autor é parte legítima para ajuizar a presente ação direta de inconstitucionalidade, uma vez
que o artigo 103 da Constituição determina que:
Prática

Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de


constitucionalidade:
IX ‐ confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
E na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o autor é legitimado especial. Dessa
forma, para fins de processamento da presente ação, desde logo informa o autor a pertinência
temática, isto é, o vínculo institucional queo une ao ato
Prática

impugnado, consistente na representação do segmento econômico diretamente atingido pela


norma editada pelo Estado KWY, quais sejam, os comerciantes que serão prejudicados com a lei
determinando a gratuidade do estacionamento. Ainda, o objeto da presente ação pode
perfeitamente ser controlado através de ação direta de inconstitucionalidade, pois esta pode
ser manejada contra lei ou ato normativo federal ou estadual, na linha do artigo 102, Inciso I,
Prática

alínea “a”, da Constituição, desde que vigentes, posteriores a Constituição de 1988 e primários,
como ocorre no presente caso.
Além disso, a presente ação vem assinada por advogado regularmente inscrito na OAB, pois
assim tem exigido a jurisprudência do STF quando o legitimado for Confederação Sindical.
Prática

Finalmente, informa o autor que a inicial é apresentada em duas vias com as cópias de todos os
documentos indispensáveis a propositura da ação, inclusive da lei/ato normativo impugnada”
Prática

3. MÉRITO

Conforme dos autos consta, o Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos
estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados,
hipermercados, shopping centers, determinando multas pelo descumprimento, estabelecendo
gradação
Prática

nas punições administrativas e delegando ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização


dos estabelecimentos relacionados no instrumento normativo.
Contudo, referida norma ofende diretamente a Constituição, pois ofende o direito de
propriedade consagrado no caput do artigo 5° e em seu inciso XXII que, respectivamente, assim
dispõem:
Prática

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo‐se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes
(...)
XXII ‐ é garantido o direito de propriedade
Prática

E em se tratando de direito de propriedade, a competência para legislar é da União, pois o


artigo 22, inciso I, afirma categoricamente que:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I ‐ direito civil.
Assim sendo, vê‐se que no caso há inconstitucionalidade material, uma vez que houve colisão
com o direito de propriedade, e formal, uma vez que o assunto não poderia
Prática

ter sido legislado pelo Estado KWY, mas sim pela União.

4. CAUTELAR

De acordo com o artigo 10 da Lei 9.868/1999, “salvo no período de recesso, a medida cautelar
na ação direta será concedida por
Prática

decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a
audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que
deverão pronunciar‐se no prazo de cinco dias”.
Para fins de concessão da cautelar é necessário a presença dos requisitos previstos no Código
de Processo Civil, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora.
Prática

Presente o fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos acima mencionados, a
lei editada pelo Estado KWY ofende a Constituição na medida em que viola os artigos 5°, caput e
inciso XXII (direito de propriedade) e 22, inciso I (Competência da União para legislar sobre
direito civil).
Prática

Da mesma forma, presente o periculum in mora, pois caso se mantenha o ato lesivo o segmento
representado pela Autora poderá arcar com prejuízos imensos decorrentes da não cobrança dos
estacionamentos, os quais não poderão ser repetidos caso seja julgado procedente o presente
pedido.
Prática

5 PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) A concessão de medida cautelar para suspender a aplicação da lei, conforme artigos 10


e 11, da Lei 9868/99, uma vez que previstos o fumus boni juris e o periculum in mora.
Prática

b) A notificação das autoridades interessadas – Assembleia Legislativa do Estado KWY e o


Governador do Estado KWY ‐ para prestarem informações, no prazo de 30 dias, conforme art.
6º, da Lei 9868/1999;
c) A citação do Advogado‐Geral da União para oferecer contestação, no prazo de quinze
dias, conforme art. 8º, da Lei 9868/1999 e Art. 102, parágrafo 3, CF;
Prática

d) A intimação do PGR para apresentar seu parecer , no prazo de quinze dias, conforme
art. 8º, da Lei 9868/99, Art. 102, parágrafo 3, CF
Prática

e) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de declarar a inconstitucionalidade


da norma do Estado KWY por ofensa ao artigo 5°, caput, e inciso XXII, e ao artigo 22, inciso I,
ambos da Constituição, com eficácia contra todos, efeito ex tunc e efeito vinculante em relação
aos demais órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública direta e indireta nas esferas
federal, estadual e municipal.
Prática

f) Juntada dos documentos anexados.

Valor da causa: R$ 1.000,00

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Gabarito comentado

A ação referida no parecer, consoante jurisprudência assente, é a Ação Direta de


Inconstitucionalidade.
O autor será a Confederação Nacional do Comércio, legitimada pela norma do art. 103, IX, da
CRFB, que deve comprovar a pertinência temática que está caracterizada nesse caso.
Serão interessados o Governador do Estado e a Assembleia Legislativa estadual.
Gabarito comentado

A competência será do Supremo Tribunal Federal.


O fundamento constitucional assente nesse caso é a violação da competência legislativa para o
Direito Civil privativa da União Federal, pelo Congresso Nacional (CRFB, art. 22, I), pois ocorre
violação ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII).
Há necessidade de medida liminar vez que estão preenchidos os pressupostos legais.
Gabarito comentado

Os requisitos formais da peça são os previstos no art. 282, do CPC, ressaltando o requerimento
de intervenção do Ministério Público e da Advocacia Geral da União.
O fundamento legal para a cautelar é o art. 10 da Lei n. 9868/99.
Gabarito comentado
Gabarito comentado
Foro, parâmetro e objeto

Regulamentação: Lei 9868/1999

Foro: STF (Art. 102, Inciso I, “a”, CF)

Objeto: lei ou ato normativo federal (vigentes, posteriores a Constituição Federal de 1988 e
primários).

Parâmetro: Constituição Federal (Exceto o preâmbulo)


ADC
Legitimados
Petição inicial

Art. 14. A petição inicial indicará:


I ‐ o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido;
II ‐ o pedido, com suas especificações;
III ‐ a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação
declaratória.
Petição inicial

Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando


subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato
normativo questionado e dos documentos necessários para comprovar a procedência do pedido
de declaração de constitucionalidade.
Informações
PGR

Art. 19. Decorrido o prazo do artigo anterior, será aberta vista ao Procurador‐Geral da
República, que deverá pronunciar‐se no prazo de quinze dias.
Julgamento

Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato


normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros.
Julgamento

Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar‐se‐á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade


da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo
menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação
declaratória de constitucionalidade.
Julgamento

Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade


ou de inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no
julgamento, este será suspenso a fim de aguardar‐se o comparecimento dos Ministros ausentes,
até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido.
Modulação dos efeitos

Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de
segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por
maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que
ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser
fixado.
Cautelar

Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá
deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na
determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que
envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo.
Cautelar

Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em
seção especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias,
devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena
de perda de sua eficácia.
Prática

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

AUTOR, inscrito no CNPJ, com sede na Rua ..., n° ..., Cidade de ..., Estado ..., CEP ..., por
intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de mandato anexado), com
endereço profissional na Rua ..., n..., Cidade de ..., Estado ..., CEP ..., onde recebe intimações,
Prática

vem, com fundamento no artigo 102, inciso I, alínea “a” da Constituição e nas disposições da Lei
9.868/1999, ajuizar

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO CAUTELAR

em face da LEI OU ATO NORMATIVO FEDERAL, editada por ÓRGÃO/AUTORID.:


Prática

1. FATOS

Descrever os fatos conforme as informações contidas no problema. Não acrescentar


informações estranhas ao problema para não configurar identificação de peça!
Prática

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Discorrer brevemente sobre: (i) legitimidade ativa: citar o artigo 103 da Constituição e indicar se
o legitimado é universal ou especial (explicando, neste caso, qual o vínculo de pertinência
temática que o une a lei ou ato normativo impugnado); (ii) objeto: citar o artigo 102, inciso I,
“a”, da Constituição,
Prática

informando que o objeto pode ser controlado, que é posterior a Constituição de 1988, está
vigente e é primário; (iii) capacidade postulatória: discorrer sobre a capacidade postulatória,
informando sobre o patrocínio por advogado ou não; (iv) citar o artigo 14, Inciso III, da Lei
9.868/1999, fazendo menção a controvérsia judicial; (v) citar o artigo 14, § único, fazendo
menção a juntada dos documentos obrigatórios: informar a juntada
Prática

dos documentos necessários, quais sejam, cópia da lei ou do ato normativo e demais
documentos.

Sugestão de redação:
“O autor é parte legítima para ajuizar a presente ação declaratória de constitucionalidade, uma
vez que o artigo 103 da Constituição determina que (copiar o artigo). E na linha da
jurisprudência do
Prática

Supremo Tribunal Federal, o autor é legitimado (universal ou especial).


Em caso de ser legitimado universal: Dessa forma, não precisa demonstrar a pertinência
temática, isto é, o vínculo institucional que o une ao ato questionado.
Prática

Em caso de ser legitimado especial: Dessa forma, para fins de processamento da presente ação,
desde logo informa o autor a pertinência temática, isto é, o vínculo institucional o que une ao
ato questionado, consistente em (descrever). *
Prática

Em caso de assistência por advogado: Além disso, a presente ação vem assinada por advogado
regularmente inscrito na OAB, pois assim tem exigido a jurisprudência do STF quando o
legitimado for (descrever). *
Em caso de desnecessidade de assistência por advogado: Além disso, a presente ação não vem
assinada por advogado regularmente inscrito na OAB, mas sim pelo próprio Autor, pois assim
tem permitido a jurisprudência do STF quando o legitimado for (descrever).
Prática

Da mesma forma, há que se apontar desde logo a existência de controvérsia judicial relevante,
pois dispõe o artigo 14, III, da Lei 9.868/1999 que (descrever). E a demonstração da controvérsia
está sobremaneira feita, pois no ato o Autor junta aos autos as cópias das decisões judiciais
conflitantes.
Prática

Finalmente, informa o Autor que a inicial é apresentada em duas vias com as cópias de todos os
documentos indispensáveis a propositura da ação, inclusive da lei/ato normativo questionada”.
Prática

3. MÉRITO

Discorrer sobre os fundamentos de mérito da Ação Declaratória de Constitucionalidade.


Iniciar discorrendo sobre o objeto.
Informar quais artigos da Constituição conferem a constitucionalidade à lei.
Prática

4. CAUTELAR

É regra na ação declaratória de constitucionalidade, podendo ser requerida com base no artigo
21 da Lei 9.868/1999. Os fundamentos são:
a) Fumus boni juris (fumaça do bom direito): retomar com muita brevidade o mérito da
ação.
Prática

b) Periculum in mora (perigo da demora): alertar sobre o risco de não suspender os


julgamentos envolvendo a lei ou o ato normativo questionados.

Sugestão de redação:
“De acordo com o artigo 21 da Lei 9.868/1999 (copiar).
Prática

Para fins de concessão da liminar faz‐se necessária a presença dos requisitos previstos no
Código de Processo Civil, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora.
Presente o fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos acima mencionados, a
(lei ou ato normativo impugnado) está em perfeita sintonia com a Constituição na medida em
que (descrever).
Prática

Da mesma forma, presente o periculum in mora, pois caso não sejam suspensos os julgamentos
envolvendo a lei/ato normativo questionado (descrever).
Prática

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) A concessão de medida cautelar para suspender o julgamento dos processos que


envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo (descrever), objeto da presente
Prática

ação até seu julgamento definitivo, conforme artigo 21, da Lei 9868/1999, uma vez que
previstos o fumus boni juris e o periculum in mora.
b) A intimação das autoridades interessadas (descrever) para prestar informações, no
prazo de 30 dias, conforme art. 6º, da Lei 9868/99;
Prática

c) A intimação do Procurador‐Geral da República para apresentar seu parecer no prazo de


quinze dias, conforme art. 19, da Lei 9868/1999;
Prática

c) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de declarar a constitucionalidade


do ato normativo (descrever), com eficácia contra todos, efeito ex tunc e efeito vinculante em
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública direta e indireta nas
esferas federal, estadual e municipal.
d) Juntada dos documentos anexados.
Prática

Valor da causa: R$ 1.000,00 (ou o valor mencionado no problema).

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Prática

Em meados de 2012 o Congresso Nacional aprovou a Lei n. X/2012 reconhecendo o casamento


entre pessoas do mesmo sexo. Temendo entrar em atrito com eleitores contrários ao teor da lei,
a Presidente da República quedou‐se silente por mais de 15 dias úteis, razão pela qual a lei foi
sancionada tacitamente. Já em vigor, centenas de casais homossexuais depararam‐se com
dificuldades na realização
Prática

do casamento, as quais acabaram redundando em ações individuais com o objetivo de


conquistar o direito recém consagrado na lei. Se alguns juízes e Tribunais decidiram pela
constitucionalidade da lei, outros juízes e Tribunais decidiram pela inconstitucionalidade
alegando ofensa ao artigo 226, § 3°, da Constituição, o que causou um contexto de insegurança
jurídica demasiadamente intenso. Repudiando as decisões declarando a inconstitucionalidade
Modelo

da lei n. X/2012, O Conselho Federal da OAB decidiu adotar uma providência para, de uma vez
por todos, resolver o impasse. Representando‐o, adote a medida judicial cabível.
Modelo

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, inscrito no CNPJ sob o n° ..., com
sede na Rua ..., n° ..., Cidade ..., Estado ..., CEP ..., vem, por intermédio de seu advogado ao final
Modelo

assinado (instrumento de mandato anexado), com endereço profissional na Rua ..., n...,
Município ..., Estado ..., CEP ..., onde recebe intimações, vem, com fundamento no artigo 102,
inciso I, alínea “a” da Constituição e nas disposições da Lei 9.868/1999, ajuizar

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO CAUTELAR


Modelo

em face da LEI X/2012, editada pelo CONGRESSO NACIONAL.


Modelo

1. FATOS

Conforme documentos anexados, em meados de 2012 o Congresso Nacional aprovou a Lei n.


X/2012 reconhecendo o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Como a Presidenta da
República quedou‐se silente, a referida lei foi sancionada tacitamente. Já em vigor, centenas de
casais
Modelo

homossexuais depararam‐se com dificuldades na realização do casamento, as quais acabaram


redundando em ações individuais com o objetivo de conquistar o direito recém consagrado na
lei. Se alguns juízes e Tribunais decidiram pela constitucionalidade da lei, outros juízes e
Tribunais decidiram pela inconstitucionalidade alegando ofensa ao artigo 226, § 3°, da
Constituição, o que
Modelo

causou um contexto de insegurança jurídica demasiadamente intenso. Contudo, conforme


adiante restará demonstrado a Lei n. X/2012 está perfeitamente alinha com a Constituição
Federal, razão pela qual o Conselho Federal da OAB decidiu adotar uma providência para, de
uma vez por todos, resolver o impasse.
Modelo

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

O autor é parte legítima para ajuizar a presente ação declaratória de constitucionalidade, uma
vez que o artigo 103 da Constituição determina que
Art. 103: Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de
constitucionalidade:
Modelo

(...)
VII ‐ o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
(...)
E na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o autor é legitimado universal. Dessa
forma, não precisa demonstrar a pertinência temática, isto é, o vínculo institucional que o une
ao ato questionado.
Modelo

Ainda, o objeto da presente ação pode perfeitamente ser controlado através de ação
declaratória de constitucionalidade, pois esta pode ser manejada contra lei ou ato normativo
federal, na linha do artigo 102, Inciso I, alínea “a”, da Constituição, desde que vigentes,
posteriores a Constituição de 1988 e primários, como ocorre no presente caso.
Modelo

Além disso, a presente ação vem assinada pelo próprio Autor, pois assim tem permitido a
jurisprudência do STF quando o legitimado for o Conselho Federal da OAB.
Da mesma forma, há que se apontar desde logo a existência de controvérsia judicial relevante,
pois dispõe o artigo 14, III, da Lei 9.868/1999 que
Modelo

Art. 14. A petição inicial indicará:


(...)
III ‐ a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da
ação declaratória.

E a demonstração da controvérsia está sobremaneira feita, pois no ato o Autor junta aos autos
as cópias das decisões judiciais conflitantes.
Modelo

Finalmente, informa o Autor que a inicial é apresentada em duas vias com as cópias de todos os
documentos indispensáveis a propositura da ação, inclusive da lei/ato normativo questionada.

3. MÉRITO
Modelo

Conforme dos autos consta, a LeI X/2012 reconheceu o casamento entre pessoas do mesmo
sexo. Em razão disso, instaurou‐se uma intensa controvérsia no Judiciário brasileiro, uma vez
que algumas instâncias do Poder Judiciário passaram a decidir pela constitucionalidade da lei ao
passo que outras pela inconstitucionalidade, alegando ofensa ao artigo 226, § 3°, da
Constituição que assim dispõe:
Modelo

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.


(...)
§ 3º ‐ Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a
mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
Contudo, com a devida vênia, as decisões contrárias a lei não merecem prosperar, pois apesar
de o artigo 226, § 3°, da Constituição, expressamente falar em homem e mulher,
Modelo

não está ele proibindo a união entre pessoas do mesmo sexo, mas apenas impondo uma tarefa
ao Estado no sentido de facilitar a conversão da união entre ambos em casamento.
Assim, o melhor é interpretar a Lei X/2012 a luz do artigo 5°, caput, e inciso I, da Constituição
que, em duas passagens diferentes, reconhecem a igualdade.
Modelo

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo‐se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I ‐ homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
Modelo

Ora, é sabido que o Brasil adotou um modelo material de igualdade que busca de fato colocar as
pessoas num mesmo patamar de direitos. Dessa forma, não há porque negar o casamento entre
pessoas do mesmo sexo, visto que os direitos fundamentais são reconhecidos a todos,
independentemente de distinção.

4. CAUTELAR
Modelo

De acordo com o artigo 21 da Lei 9.868/1999, “o Supremo Tribunal Federal, por decisão da
maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação
declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais
suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo
objeto da ação até seu julgamento definitivo”.
Modelo

Para fins de concessão da cautelar faz‐se necessária a presença dos requisitos previstos no
Código de Processo Civil, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora.
Presente o fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos acima mencionados, a
lei está em perfeita sintonia com a Constituição na medida em que alinhada a premissa da
igualdade material consubstanciada no artigo 5°, caput, e inciso I.
Modelo

Da mesma forma, presente o periculum in mora, pois caso não sejam suspensos os julgamentos
envolvendo a lei/ato normativo questionado diversas decisões poderão ser proferidas em
sentido diametralmente oposto a de eventual declaração de constitucionalidade pelo Supremo
Tribunal Federal na presente ação, vindo a sofrer, inclusive, os efeitos da coisa julgada.
Modelo

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:


a) A concessão de medida cautelar para suspender o julgamento dos processos que
envolvam a aplicação da lei X/2012, objeto da presente ação até seu julgamento definitivo,
conforme artigo 21, da Lei 9868/1999, uma vez que previstos o fumus boni juris e o periculum in
mora.
Modelo

b) A intimação da autoridade interessada, Congresso Nacional, para prestar informações,


no prazo de 30 dias, conforme art. 6º, da Lei 9868/1999;
Modelo

c) A intimação do Procurador‐Geral da República para apresentar seu parecer no prazo de


quinze dias, conforme art. 19, da Lei 9868/1999;
d) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de declarar a constitucionalidade
da Lei X/2012, com eficácia contra todos, efeito ex tunc e efeito vinculante em relação aos
demais órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública direta e indireta nas esferas
federal, estadual e municipal.
Modelo

Valor da causa: R$ 1.000,00 (ou o valor mencionado no problema).

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
ADPF
Hipótese de cabimento

Art. 102, § 1º ‐ A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta


Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei
Hipótese de cabimento

Art. 1º ‐ A argüição prevista no § 1º do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o
Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental,
resultante de ato do Poder Público.
Hipótese de cabimento

Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental:


I ‐ quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo
federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição;
Requisito específico

Art. 4º A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não for o caso de
argüição de descumprimento de preceito fundamental, faltar algum dos requisitos prescritos
nesta Lei ou for inepta.

§ 1º Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver


qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.
Legitimados

Art. 4º A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não for o caso de
argüição de descumprimento de preceito fundamental, faltar algum dos requisitos prescritos
nesta Lei ou for inepta.

§ 1º Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver


qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.
Petição Inicial

Art. 3º A petição inicial deverá conter:


I ‐ a indicação do preceito fundamental que se considera violado;
II ‐ a indicação do ato questionado;
III ‐ a prova da violação do preceito fundamental;
IV ‐ o pedido, com suas especificações;
V ‐ se for o caso, a comprovação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a
aplicação do preceito fundamental que se considera violado.
Petição Inicial

Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de mandato, se for o caso, será
apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos documentos
necessários para comprovar a impugnação.
Informações

Art. 6º Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as informações às autoridades


responsáveis pela prática do ato questionado, no prazo de dez dias.
Ministério Público

Art. 7º Decorrido o prazo das informações, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os
ministros, e pedirá dia para julgamento.
Parágrafo único. O Ministério Público, nas argüições que não houver formulado, terá vista do
processo, por cinco dias, após o decurso do prazo para informações.
Julgamento

Art. 10. Julgada a ação, far‐se‐á comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis pela
prática dos atos questionados, fixando‐se as condições e o modo de interpretação e aplicação
do preceito fundamental.
§ 1o O presidente do Tribunal determinará o imediato cumprimento da decisão, lavrando‐se o
acórdão posteriormente.
Julgamento

§ 2º Dentro do prazo de dez dias contado a partir do trânsito em julgado da decisão, sua parte
dispositiva será publicada em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União.
Julgamento

§ 3º A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do
Poder Público.
Julgamento

Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de argüição de


descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de
excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de
seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a
partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
Liminar

Art. 5º O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá
deferir pedido de medida liminar na argüição de descumprimento de preceito fundamental.
§ 1º Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso,
poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno.
Liminar

§ 2º O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem
como o Advogado‐Geral da União ou o Procurador‐Geral da República, no prazo comum de
cinco dias.
Liminar

§ 3º A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o


andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que
apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito
fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada. (Vide ADIN 2.231‐8, de 2000)
Prática

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

AUTOR, inscrito no CNPJ, com sede na Rua ..., n° ..., Cidade de ..., Estado ..., CEP ..., por
intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de mandato anexado), com
endereço profissional na Rua ..., n..., Cidade de ..., Estado ..., CEP ..., onde
Prática

recebe intimações vem, com fundamento no artigo 102, parágrafo 1°, da Constituição e nas
disposições da Lei 9.882/1999, ajuizar
Prática

ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL COM PEDIDO LIMINAR

em face de ATO DO PODER PÚBLICO, editado por AUTORIDADE/ÓRGÃO.


Prática

1. FATOS

Descrever os fatos conforme as informações contidas no problema. Não acrescentar


informações estranhas ao problema para não configurar identificação de peça!
Prática

2. HIOPÓTESE DE CABIMENTO

Discorrer brevemente sobre: (i) legitimidade ativa: citar o artigo 103 da Constituição e 2°, inciso
I, da Lei 9882/1999. Também indicar se o legitimado é universal ou especial (explicando, neste
caso, qual o vínculo de pertinência temática que o une ao ato do
Prática

Poder Público impugnado); (ii) objeto: citar o artigo 102, § 1° da Constituição e o artigo 1°, da
Lei 9.882/1999, indicando que a pretensão do legitimado ativo é anular ato do Poder Público
que viola preceito fundamental da Constituição; (iii) Subsidiariedade: citar o artigo 4°, parágrafo
1, da Lei 9882/1999 e indicar que inexiste outro meio ao alcance do legitimado ativo capaz de
sanar a lesividade;
Prática

(iv) Capacidade postulatória: discorrer sobre a capacidade postulatória, informando sobre o


patrocínio por advogado ou não; (v) citar o artigo 3°, § único, fazendo menção a juntada dos
documentos obrigatórios: informar a juntada dos documentos necessários, quais sejam, cópia
da lei ou do ato normativo e demais documentos.
Prática

Sugestão de redação:
“O autor é parte legítima para ajuizar a presente arguição de descumprimento de preceito
fundamental, uma vez que o artigo 103 da Constituição determina que (copiar o artigo). O
mesmo rol de legitimados encontra‐se indiretamente previsto no artigo 2°, inciso I, da Lei n.
9.882/1999. E na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o autor é legitimado
(universal ou especial).
Prática

Em caso de ser legitimado universal: Dessa forma, não precisa demonstrar a pertinência
temática, isto é, o vínculo institucional que o une ao ato questionado.
Em caso de ser legitimado especial: Dessa forma, para fins de processamento da presente ação,
desde logo informa o autor a pertinência temática, isto é, o vínculo institucional o que une ao
ato questionado, consistente em (descrever).
Prática

Ainda, o objeto da presente ação pode perfeitamente ser controlado através de arguição de
descumprimento de preceito fundamental, pois os artigos 102, § 1° da Constituição e 1° da Lei
9882/1999 assim dispõem (copiar os artigos):
Em caso de assistência por advogado: Além disso, a presente ação vem assinada por advogado
regularmente inscrito na OAB, pois assim tem exigido a jurisprudência do STF quando o
legitimado for (descrever). *
Prática

Em caso de desnecessidade de assistência por advogado: Além disso, a presente ação não vem
assinada por advogado regularmente inscrito na OAB, mas sim pelo próprio Autor, pois assim
tem permitido a jurisprudência do STF quando o legitimado for (descrever).
Prática

Ademais, a opção pela arguição de descumprimento de preceito fundamental decorre da


inexistência de outro meio capaz de sanar a lesividade, conforme artigo 4°, parágrafo primeiro,
da Lei 9.882/1999, visto que o objeto não pode ser controlado na via da Ação Direta de
Inconstitucionalidade ou da Ação Declaratória de Constitucionalidade, uma vez tratar‐se de
(descrever)
Prática

Finalmente, informa o Autor que a inicial é apresentada em duas vias com cópias do ato
questionado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação, conforme artigo 3°,
§ único da Lei 9882/1999.
Prática

3. MÉRITO

Discorrer sobre os fundamentos de mérito da Arguição de Descumprimento de Preceito


Fundamental
Iniciar discorrendo sobre o objeto.
Informar quais artigos da Constituição – preceitos fundamentais – foram ofendidos pelo objeto
impugnado.
Prática

4. LIMINAR

É regra na arguição de descumprimento de preceito fundamental, podendo ser requerida com


base no artigo 5° da Lei 9.882/1999. Os fundamentos são:
a) Fumus boni juris (fumaça do bom direito): retomar com muita brevidade o mérito da
ação.
Prática

b) Periculum in mora (perigo da demora): alertar sobre o risco.

Sugestão de redação:
“De acordo com o artigo 5°, parágrafo 3°, da Lei 9.882/1999 (copiar).
Para fins de concessão da liminar faz‐se necessária a presença dos requisitos previstos no
Código de Processo Civil, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora.
Prática

Presente o fumus boni juris no caso em análise, pois na linha dos artigos acima mencionados, o
ato do Poder Público impugnado ofende os dispositivos da Constituição ora apontados como
preceitos fundamentais.
Da mesma forma, presente o periculum in mora, pois caso não sejam suspensos os julgamentos
envolvendo a lei/ato normativo questionado (descrever).
Prática

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:


a) A concessão de medida liminar para fins de suspender o andamento de processo ou os
efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria
objeto da arguição de
Prática

descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada, conforme


artigo 5°, parágrafo 3, da Lei 9882/1999, uma vez que previstos o fumus boni juris e o periculum
in mora.
b) A intimação das autoridades interessadas (descrever) para prestarem informações, no
prazo de 10 dias, conforme art. 6º, da Lei 9.882/1999;
Prática

c) A intimação do Procurador‐Geral da República para apresentar seu parecer no prazo de


cinco dias, conforme art. 7°, parágrafo único, da Lei 9.882/1999;
Prática

d) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de anular o ato lesivo ao preceito
fundamental praticado pelo Poder Público, qual seja, (descrever), com eficácia contra todos e
efeitos vinculantes em relação aos demais órgãos do Poder Público, conforme artigo 10° da Lei
9.882/1999, preservando‐se, com isso, o preceito constitucional fundamental (descrever).
Prática

OBS: Em caso de fixação de interpretações, pedir da seguinte maneira:


d) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de declarar a inconstitucionalidade das
interpretações dos (descrever) diante dos preceitos fundamentais indicados, com eficácia
contra todos e efeitos vinculantes em relação aos demais órgãos do Poder Público, conforme
artigo 10° da Lei 9.882/1999.
Prática

Valor da causa: R$ 1.000,00 (ou o valor mencionado no problema).

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Modelo

(XXV Exame de Ordem – 2018) O Município Alfa, situado na área de fronteira do território
brasileiro, passou a receber intenso fluxo de imigrantes, fruto de graves complicações políticas e
humanitárias ocorridas em país vizinho. Em razão desse fluxo, ocorreu um aumento exponencial
da população em situação de rua, os serviços públicos básicos tiveram a sua capacidade
operacional saturada e verificou‐se um grande aumento nos índices de criminalidade.
Para evitar o agravamento desse quadro, a Câmara Municipal aprovou e o Prefeito Municipal
sancionou a Lei nº 123/2018, que vedou o ingresso de novos imigrantes, no território do
Município, pelo período de 12 (doze) meses, e fixou o limite máximo para a população
flutuante, de modo que o referido ingresso seria obstado sempre que alcançado esse limite.
Além disso, foi previsto que a contratação de imigrantes estaria condicionada à prévia
aprovação da Secretaria Municipal do Trabalho, que avaliaria a proporção entre o quantitativo
de trabalhadores nacionais e estrangeiros, podendo autorizá‐la, ou não.
Ao tomar conhecimento da entrada em vigor da Lei nº 123/2018, o Partido Político Beta, que
somente conta com representantes na Câmara dos Deputados, entendeu que ela seria
dissonante de comandos estruturais da Constituição da República Federativa do Brasil,
submetendo os imigrantes a uma situação vexatória. Não bastasse isso, a aplicação da Lei nº
123/2018, ao conferir prioridade para os nacionais nas relações de trabalho, acirrara os ânimos
no Município Alfa, que passou a ser palco de conflitos diários.
À luz desse quadro, o Partido Político Beta contratou os seus serviços como advogado, para que
ingressasse com a medida judicial cabível, perante o Tribunal Superior competente, de modo a
obstar a aplicação da Lei nº 123/2018 do Município Alfa. (Valor: 5,00)
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar
respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere
pontuação.
Modelo

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PARTIDO POLÍTICO BETA, devidamente inscrito no CNPJ sob o n° ..., com sede na Rua ..., n° ...,
Município ..., Estado ..., CEP ..., por intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento
de mandato anexado), com endereço profissional na Rua ..., n..., Município ..., Estado ..., CEP ...,
onde recebe intimações, com fundamento no artigo 102, §1º, da Constituição Federal e no
artigo 1º e seguintes das Lei 9882/1999, vem respeitosamente, propor
Modelo

ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL COM PEDIDO LIMINAR

em face da Lei nº 123/2018, aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo Prefeito do
Município Alfa.
Modelo

1. FATOS
O Município Alfa, situado na área de fronteira do território brasileiro, passou a receber intenso
fluxo de imigrantes, fruto de graves complicações políticas e humanitárias ocorridas em país
vizinho. Em razão desse fluxo, ocorreu um aumento exponencial da população em situação de
rua, os serviços públicos básicos tiveram a sua capacidade operacional saturada e verificou‐se
um grande aumento nos índices de criminalidade.
Para evitar o agravamento desse quadro, a Câmara Municipal aprovou e o Prefeito Municipal
sancionou a Lei nº 123/2018, que vedou o ingresso de novos imigrantes, no território do
Município, pelo período de 12 (doze)
meses, e fixou o limite máximo para a população flutuante, de modo que o referido ingresso
seria obstado sempre que alcançado esse limite. Além disso, foi previsto que a contratação de
imigrantes estaria condicionada à prévia aprovação da Secretaria Municipal do Trabalho, que
avaliaria a proporção entre o quantitativo de trabalhadores nacionais e estrangeiros, podendo
autorizá‐la, ou não.
Ao tomar conhecimento da entrada em vigor da Lei nº 123/2018, o Partido Político Beta, que
somente conta com representantes na Câmara dos Deputados, entendeu que ela seria
dissonante de comandos estruturais da Constituição da República Federativa do Brasil,
submetendo os imigrantes a uma situação vexatória. Não bastasse isso, a aplicação da Lei nº
123/2018, ao conferir prioridade para os nacionais nas relações de trabalho, acirrara os ânimos
no Município Alfa, que passou a ser palco de conflitos diários.
Modelo

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

O autor é parte legítima para ajuizar a presente arguição de descumprimento de preceito


fundamental, uma vez que o artigo 103 da Constituição determina que:
Art. 103: Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de
constitucionalidade:
Modelo

VIII – Partido político com representação no Congresso Nacional.

O mesmo rol de legitimados encontra‐se indiretamente previsto no artigo 2°, inciso I, da Lei n.
9.882/1999.
E na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o autor é legitimado universal. Dessa
forma, para fins de processamento da presente ação, não precisa demonstrar a pertinência
temática, isto é, o vínculo institucional o que une ao ato questionado.
Modelo

Ainda, o objeto da presente ação pode perfeitamente ser controlado através de arguição de
descumprimento de preceito fundamental, pois os artigos 102, § 1° da Constituição e 1° da Lei
9882/1999 assim dispõem:

Art. 102, § 1º ‐ A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta


Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
Art. 1° ‐ A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o
Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental,
resultante de ato do Poder Público.
Modelo

Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental:


I ‐ quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo
federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição;

Além disso, a presente ação vem assinada por advogado regularmente inscrito na OAB, pois
assim tem exigido a jurisprudência do STF quando o legitimado for Partido Político com
Representação no Congresso Nacional.
Modelo

Ademais, a opção pela arguição de descumprimento de preceito fundamental decorre da


inexistência de outro meio capaz de sanar a lesividade, conforme artigo 4°, parágrafo único, da
Lei 9.882/1999, visto que o objeto não pode ser controlado na via da Ação Direta de
Inconstitucionalidade ou da Ação Declaratória de Constitucionalidade, uma vez tratar‐se de
norma legal anterior a promulgação da Constituição.
Modelo

Finalmente, informa o Autor que a inicial é apresentada em duas vias com cópias do ato
questionado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação, conforme artigo 3°,
§ único da Lei 9882/1999.

3. MÉRITO

A Lei do Município Alfa ofende frontalmente a Constituição Federal em diversos de seus pr


Primeiramente, de acordo com a Constituição Federal cabe a União legislar sobre emigração e
imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros, tudo conforme o artigo 22, inciso XV
do texto constitucional. Logo, não poderia o Município ter legislado a esse respeito, sob pena de
usurpar competência da União Federal.
Em segundo lugar, o Município também afrontou o texto constitucional federal quando
estabeleceu condições para os imigrantes exercerem profissões, eis que legislar sobre Direito do
Trabalho representa competência legislativa privativa da União, de acordo com o artigo art. 22,
inciso I, da Constituição.
Em terceiro lugar, a lei viola direitos sociais dos estrangeiros, especialmente o direito de
trabalho, previsto tanto no artigo 6 quanto no artigo 196 da Constituição Federal.
Finalmente, a partir de tudo o que foi exposto, resta claro que o princípio da dignidade da
pessoa humana foi frontalmente violado pela política discriminatória adotada pelo Município
Alfa, razão pela qual requer‐se seja desde logo declarada inconstitucional a Lei objeto da
presenta Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental.

4. LIMINAR

De acordo com o artigo 5° da Lei 9.882/1999:


Art. 5º O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá
deferir pedido de medida liminar na argüição de descumprimento de preceito fundamental.
(...)
§ 3º A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o
andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que
apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito
fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada.

Para fins de concessão da liminar faz‐se necessária a presença dos requisitos previstos no
Código de Processo Civil, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora. Presente o
fumus boni juris no caso em análise, pois na linha do artigo acima mencionado, o ato do Poder
Público impugnado ofende os dispositivos da Constituição ora apontados como preceitos
fundamentais.
Da mesma forma, presente o periculum in mora, pois caso não sejam suspensos os julgamentos
envolvendo a lei/ato normativo questionado, diversos estrangeiros serão prejudicados em
direitos fundamentais, como os sociais, mencionado acima.

5. PEDIDOS

a) A concessão de medida cautelar para fins de suspender a lei municipal objeto da


presente Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, conforme artigo 5° da Lei
9882/1999, uma vez que previstos o fumus boni juris e o periculum in mora.
b) A intimação das autoridades interessadas para prestarem informações, no prazo de 10 dias,
conforme art. 6º, da Lei 9.882/1999;
c) A intimação do Procurador‐Geral da República para apresentar seu parecer no prazo de
cinco dias, conforme art. 7°, parágrafo único, da Lei 9.882/1999;
d) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de declarar a inconstitucionalidade da
Lei 123/2018, com eficácia erga omnes, efeito vinculante e efeito ex tunc.
Modelo

Valor da causa: R$ 1.000,00.

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Gabarito

A peça adequada é a Petição Inicial da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental.


A petição deve ser endereçada ao Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal, órgão
jurisdicional competente para processar e julgar a referida ação, conforme o Art. 102, § 1º, da
CRFB/88 c/c. o Art. 1º da Lei nº 9.882/99.
A ação deve ser proposta pelo Partido Político Beta. A legitimidade do partido decorre do fato
de possuir representantes no Congresso Nacional, conforme o disposto no Art. 103, inciso VIII,
da CRFB/88 c/c. o Art. 2º, inciso I, da Lei nº 9.882/99.
Devem ser indicados a Câmara Municipal e o Prefeito do Município Alfa como os autores da Lei
nº 123/2018.
Deve ser informado o teor da Lei nº 123/2018, nos termos do Art. 3º, inciso II, da Lei nº
9.882/99. Deve ser demonstrado que o cumprimento do requisito da subsidiariedade, previsto
no Art. 4º, § 1º, da Lei nº 9.882/1999, já que não há outro meio adequado de tutela da ordem
constitucional pelo Supremo Tribunal Federal.
Deve ser justificado o cabimento da ADPF, pois a Lei nº 123/2018 descumpriu preceitos
fundamentais da Constituição da República, conforme previsto no Art. 102, § 1º, da CRFB/88
c/c. Art. 3º, inciso I, da Lei nº 9.882/99.
A ação deve ser proposta pelo Partido Político Beta. A legitimidade do partido decorre do fato
de possuir representantes no Congresso Nacional, conforme o disposto no Art. 103, inciso VIII,
da CRFB/88 c/c. o Art. 2º, inciso I, da Lei nº 9.882/99. Devem ser indicados a Câmara Municipal
e o Prefeito do Município Alfa como os autores da Lei nº 123/2018.
O examinando deve informar e demonstrar, justificadamente, os preceitos fundamentais da
CRFB/88 violados, quais sejam:
(i) a competência legislativa privativa da União para legislar sobre emigração e imigração,
entrada, extradição e expulsão de estrangeiros, nos termos do Art. 22, inciso XV, da CRFB/88;
(ii) a competência legislativa privativa da União para legislar sobre direito do trabalho, nos
termos do Art. 22, inciso I, da CRFB/88;
(iii) o direito social ao trabalho, previsto no Art. 6º da CRFB/88, que foi restringido para os
estrangeiros;
(iv) a dignidade da pessoa humana, prevista no Art. 1º, inciso III, da Lei nº 9.882/99, pois, ao
serem impedidos de trabalhar, os estrangeiros não poderão garantir sua subsistência.
Além dos fundamentos de mérito, também deve ser indicado o embasamento da medida
liminar a ser pleiteada.
Além da patente afronta aos referidos preceitos fundamentais, a esfera jurídica dos estrangeiros
está sendo severamente afrontada, sendo evidentes os danos a serem causados caso a Lei nº
123/2018 permaneça em vigor.
Deve ser formulado pedido de medida liminar, com fundamento no Art. 5º da Lei 9.882/99, com
o objetivo específico de suspender os efeitos da Lei nº 123/2018.
O pedido principal deve ser o reconhecimento da inconstitucionalidade da Lei nº 123/2018.
Por fim, deve haver o fechamento da petição com a identificação do advogado.
Modelo

No início do ano a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde tomou conhecimento de


decisões proferidas pelas mais variadas instâncias do Poder Judiciário brasileiro tipificando
como crime de aborto a antecipação terapêutica de partos em casos de gestação de fetos
anencefálicos ou condicionando a realização de tais interrupções a pedidos de alvarás judiciais
Modelo

que, muitas vezes, acabavam sendo indeferidos ou extintos em razão da perda de objeto
decorrente do nascimento.
Entendendo não haver na hipótese a incidência dos artigos 124 e seguintes do Código Penal,
pois a vida extrauterina de uma criança anencefálica é comprovadamente inviável conforme
laudos produzidos por vários especialistas da área, bem como compreendendo que as hipóteses
do artigo
Modelo

128 não garantem expressamente a não incidência do tipo penal, a referida Confederação
procurou um advogado para adotar uma providência que resolvesse de forma definitiva o
impasse.
Na qualidade de advogado contratado, adote a medida cabível.
Modelo

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

CONFEDERAÇÀO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA SAÚDE, devidamente inscrita no CNPJ


sob o n° ..., com sede na Rua ..., n° ..., Município ..., Estado ..., CEP ..., por intermédio de seu
Modelo

advogado ao final assinado (instrumento de mandato anexado), com endereço profissional na


Rua ..., n..., Município ..., Estado ..., CEP ..., onde recebe intimações, com fundamento no artigo
102, §1º, da Constituição Federal e no artigo 1º e seguintes das Lei 9882/1999, vem
respeitosamente, propor
Modelo

ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL COM PEDIDO LIMINAR

em face do artigo 128 do Código Penal, editado pelo Congresso Nacional, tendo em vista ofensa
aos preceitos fundamentais previstos no artigo 1°, inciso III, artigo 5°,
inciso II, artigo 6° e artigo 196 da Constituição.
Modelo

1. FATOS

Conforme documentos anexados, diversas decisões vêm sendo “proferidas pelas mais variadas
instâncias do Poder Judiciário brasileiro tipificando como crime de aborto a antecipação
terapêutica de partos em casos de gestação de fetos anencefálicos ou condicionando a
realização de tais
Modelo

interrupções a pedidos de alvarás judiciais que, muitas vezes acabavam sendo indeferidos ou
extintos em razão da perda de objeto decorrente do nascimento”. Contudo, na linha dos laudos
anexados, “a vida extrauterina de uma criança anencefálica é comprovadamente inviável” e, por
isso, não há porque tipificar a interrupção de tais gestações como crime de aborto. Por esses
motivos, ajuíza‐se a presente Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental.
Modelo

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

O autor é parte legítima para ajuizar a presente arguição de descumprimento de preceito


fundamental, uma vez que o artigo 103 da Constituição determina que:
Art. 103: Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de
constitucionalidade:
Modelo

IX ‐ confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

O mesmo rol de legitimados encontra‐se indiretamente previsto no artigo 2°, inciso I, da Lei n.
9.882/1999.
Modelo

E na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o autor é legitimado especial. Dessa


forma, para fins de processamento da presente ação, desde logo informa o autor a pertinência
temática, isto é, o vínculo institucional o que une ao ato questionado, consistente em ser
representante dos profissionais da área da saúde que, por participarem dos
Modelo

procedimentos de interrupção das gestações, acabam ficando sujeitos a incidência da norma


penal criminalizadora.
Ainda, o objeto da presente ação pode perfeitamente ser controlado através de arguição de
descumprimento de preceito fundamental, pois os artigos 102, § 1° da Constituição e 1° da Lei
9882/1999 assim dispõem (copiar os artigos):
Modelo

Art. 102, § 1º ‐ A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta


Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
Art. 1° ‐ A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o
Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental,
resultante de ato do Poder Público.
Modelo

Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental:


I ‐ quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo
federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição;
Além disso, a presente ação vem assinada por advogado regularmente inscrito na OAB, pois
assim tem exigido a jurisprudência do STF quando o legitimado for Entidade de Classe de
Âmbito Nacional.
Modelo

Ademais, a opção pela arguição de descumprimento de preceito fundamental decorre da


inexistência de outro meio capaz de sanar a lesividade, conforme artigo 4°, parágrafo único, da
Lei 9.882/1999, visto que o objeto não pode ser controlado na via da Ação Direta de
Inconstitucionalidade ou da Ação Declaratória de Constitucionalidade, uma vez tratar‐se de
norma legal anterior a promulgação da Constituição.
Modelo

Finalmente, informa o Autor que a inicial é apresentada em duas vias com cópias do ato
questionado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação, conforme artigo 3°,
§ único da Lei 9882/1999.

3. MÉRITO
Modelo

De acordo com os artigos 124, 126 e 128 do Código Penal:


Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento.
Art. 124 – Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lhe provoque:
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Aborto provocado por terceiro
Art. 126 – Provocar aborto com o consentimento da gestante:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Modelo

Art. 128 – Não se pune o aborto praticado por médico:


Aborto necessário:
I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante.
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante, ou
quando incapaz, de seu representante legal.
Modelo

Logo, na medida em que as gestantes de crianças anencefálicas optam por interromper a gestão
praticam crime de aborto. Da mesma forma, os profissionais da área da saúde que participam
do procedimento sujeitam‐se as punições da lei, mais precisamente do artigo 126 do Código
Penal.
Modelo

Ocorre que a incidência dos tipos penais mencionados não é constitucional, pois ofendem
artigos que, sem dúvida, merecem ser reconhecidos como preceitos fundamentais, quais sejam,
os artigos 1°, inciso III, 5°, inciso II, 6° e 196 da Constituição que, respectivamente, assim
dispõem:

Transcrever
Modelo

Em primeiro lugar, submeter a mulher gestante de uma criança anencefálica aos desconfortos
da gravidez e, principalmente, a expectativa de um nascimento com vida e/ou tipificar como
aborto a opção daquela que decide com base em motivos cientificamente comprovados pela
interrupção da gravidez é violador a dignidade da pessoa humana, princípio este que ocupa,
sem dúvida, o
Modelo

papel de preceito fundamental pois fundador da República Federativa do Brasil.


Em segundo lugar, privar a mulher da escolha de interromper a gravidez considerando as
particularidades da anencefalia viola a liberdade da mulher, de modo que também encontrasse
ofendido o artigo 5°, inciso II, da Constituição Federal, o qual também ocupa o papel de preceito
Modelo

fundamental, posto que representativo de um dos valores mais caros ao Estado Democrático de
Direito.
Em terceiro lugar, a questão é de saúde pública, pois na medida em que a conduta acaba sendo
tipificada, várias mulheres recorrem a clandestinidade e, com isso, acabam sujeitando‐se a
problemas como infecções e/ou complicações de um parto mal
Modelo

feito, de modo que os artigos 6° e 196 também acabam sendo absolutamente ofendidos.
Por isso, a presente arguição de descumprimento de preceito fundamental vinga.

4. LIMINAR
Modelo

De acordo com o artigo 5° da Lei 9.882/1999:


Art. 5º O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá
deferir pedido de medida liminar na argüição de descumprimento de preceito fundamental.
(...)
§ 3º A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o
andamento de processo ou os
Modelo

efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria
objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa
julgada.
Para fins de concessão da liminar faz‐se necessária a presença dos requisitos previstos no
Código de Processo Civil, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora.
Modelo

Presente o fumus boni juris no caso em análise, pois na linha do artigo acima mencionado, o ato
do Poder Público impugnado ofende os dispositivos da Constituição ora apontados como
preceitos fundamentais.
Modelo

Da mesma forma, presente o periculum in mora, pois caso não sejam suspensos os julgamentos
envolvendo a lei/ato normativo questionado, diversas gestantes ou profissionais da área de
saúde poderão ser condenados pelos crimes tipificados nos artigos 124 e 126 do Código Penal.

5. PEDIDOS
Modelo

Diante do exposto, requer‐se:

a) A concessão de medida cautelar para fins de suspender o andamento de processo ou


os efeitos de decisões judiciais de modo a evitar a condenação de gestantes ou profissionais da
área de saúde, conforme artigo 5° da Lei 9882/1999, uma vez que previstos o fumus boni juris e
o periculum in
Modelo

mora. Consectário lógico, requer‐se que as gestantes de fetos anencefálicos possam optar pelo
procedimento de interrupção independentemente de autorização judicial, sem que incida a elas
ou aos profissionais da
área da saúde os dispositivos do Código Penal mencionados.
b) A intimação das autoridades interessadas para prestarem informações, no prazo de 10
dias, conforme art. 6º, da Lei 9.882/1999;
Modelo

c) A intimação do Procurador‐Geral da República para apresentar seu parecer no prazo de


cinco dias, conforme art. 7°, parágrafo único, da Lei 9.882/1999;
Modelo

d) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de declarar a inconstitucionalidade


das interpretações dos artigos 124, 126 e 128 do Código Penal que considerem como crime de
aborto a interrupção das gestações de fetos anencefálicos autorizados pelas gestantes ou
realizados pelos profissionais da área de saúde, diante dos preceitos fundamentais
Modelo

indicados, com eficácia contra todos e efeitos vinculantes em relação aos demais órgãos do
Poder Público, conforme artigo 10° da Lei 9.882/1999.

Valor da causa: R$ 1.000,00.

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
ADO
Hipótese de cabimento

Art. 103, § 2º ‐ Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva
norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê‐lo em trinta dias.
Parãmetro e Objeto
Legitimados

Art. 12‐A. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade por omissão os legitimados à
propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de
constitucionalidade. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Legitimados

Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, se for o caso,


será apresentada em 2 (duas) vias, devendo conter cópias dos documentos necessários para
comprovar a alegação de omissão. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Petição Inicial

Art. 12‐B. A petição indicará: (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).


I ‐ a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao cumprimento de dever constitucional
de legislar ou quanto à adoção de providência de índole administrativa; (Incluído pela Lei nº
12.063, de 2009).
II ‐ o pedido, com suas especificações. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Procedimento

Art. 12‐E. Aplicam‐se ao procedimento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no


que couber, as disposições constantes da Seção I do Capítulo II desta Lei. (Incluído pela Lei nº
12.063, de 2009).
§ 1º Os demais titulares referidos no art. 2º desta Lei poderão manifestar‐se, por escrito, sobre
o objeto da ação e pedir a juntada de documentos reputados úteis para o exame da matéria, no
prazo das informações, bem como apresentar memoriais.
Procedimento

§ 2º O relator poderá solicitar a manifestação do Advogado‐Geral da União, que deverá ser


encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
§ 3º O Procurador‐Geral da República, nas ações em que não for autor, terá vista do processo,
por 15 (quinze) dias, após o decurso do prazo para informações. (Incluído pela Lei nº 12.063, de
2009).
Decisão

Art. 12‐H. Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do disposto no art.
22, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias..
§ 1º Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser
adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente
pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público
envolvido.
Decisão

§ 2º Aplica‐se à decisão da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que couber, o


disposto no Capítulo IV desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Cautelar

Art. 12‐F. Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal, por decisão da
maioria absoluta de seus membros, observado o disposto no art. 22, poderá conceder medida
cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão
inconstitucional, que deverão pronunciar‐se no prazo de 5 (cinco) dias. (Incluído pela Lei nº
12.063, de 2009).
Cautelar

§ 1º A medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo


questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de
procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal.
(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
§ 2º O relator, julgando indispensável, ouvirá o Procurador‐Geral da República, no prazo de 3
(três) dias.
Cautelar

Art.12‐G. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar, em seção
especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União, a parte dispositiva da decisão
no prazo de 10 (dez) dias, devendo solicitar as informações à autoridade ou ao órgão
responsável pela omissão inconstitucional, observando‐se, no que couber, o procedimento
estabelecido na Seção I do Capítulo II desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Prática

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

AUTOR, vem, com fulcro no artigo 103, parágrafo 2, da Constituição e nas disposições da Lei
9.868/1999, ajuizar

AÇÀO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO COM PEDIDO CAUTELAR


Prática

em face da omissão deixada pelo ÓRGÃO OU AUTORIDADE, com endereço na Rua ..., n ..., Bairro
..., Cidade ..., Estado ...
Prática

1. FATOS

Descrever os fatos conforme as informações contidas no problema. Não acrescentar


informações estranhas ao problema para não configurar identificação de peça!
Prática

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Discorrer brevemente sobre: (i) legitimidade ativa: citar o artigo 103 da Constituição e 12‐A da
Lei 9868/1999 e indicar se o legitimado é universal ou especial
Prática

(explicando, neste caso, qual o vínculo de pertinência temática que o une a lei ou ato normativo
impugnado); (ii) objeto; (iii) capacidade postulatória: discorrer sobre a capacidade postulatória,
informando sobre o patrocínio por advogado ou não; (iv) juntada dos documentos obrigatórios:
informar a juntada dos documentos necessários, quais sejam, cópia da lei ou do ato normativo e
demais documentos.
Prática

3. MÉRITO

Discorrer sobre os fundamentos de mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade por


Omissão.
Iniciar discorrendo sobre o objeto.
Informar quais artigos da Constituição foram ofendidos.
Prática

4. CAUTELAR

É regra na ação direta de inconstitucionalidade, podendo ser requerida com base nos artigos 12‐
F da Lei 9.868/1999. Os fundamentos são:
a) Excepcional urgência.
b) Relevância da matéria
Prática

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) A concessão de medida cautelar para (descrever), conforme artigos 12‐F, da Lei 9868/99,
uma vez que previstos os requisitos.
Prática

b) A intimação do órgão/autoridade responsável pela edição do ato normativo para


prestar informações no prazo de 30 dias, conforme Lei 9868/1999
c) Caso entenda‐se pela necessidade, a intimação do Advogado‐Geral da União para se
manifestar a respeito do pedido.
d) A intimação do Procurador‐Geral da República para apresentar seu parecer no prazo de
quinze dias, conforme art. 12‐E, Parágrafo 3º da Lei 9868/99;
Prática

e) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de cientificar o poder Competente


a respeito da omissão Art. 12‐H,, da Lei 9868/1999) /intimar o órgão administrativo para adotar
uma providência no prazo de 30 dias ou outro prazo razoável (Art. 12‐H, Parágrafo 1º, da Lei
9868/1999)

Pede
Modelo

Exemplo de cobrança (FGV OAB – XIX EXAME DE ORDEM – 2016.2) Determinado partido
político, que possui dois deputados federais e dois senadores em seus quadros, preocupado
com a efetiva regulamentação das normas constitucionais, com a morosidade do Congresso
Nacional e com a adequada proteção à saúde do trabalhador, pretende ajuizar, em nome do
partido, a medida judicial objetiva apropriada, visando à regulamentação do Art. 7º, inciso XXIII,
da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. O partido informa, por fim, que não
se pode compactuar com desrespeito à Constituição da República por mais de 28 anos.
Considerando a narrativa acima descrita, elabore a peça processual judicial objetiva
adequada.´(Valor : 5,00) Obs.: o examinando deve fundamentar suas respostas. A mera citação
do dispositivo legal não confere pontuação.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PARTIDO POLÍTICO COM REPRESENTAÇÃO NO CONGRESSO NACIONAL, inscrito no CNPJ sob o


n..., com endereço em..., endereço eletrônico..., vem, com fulcro no artigo 103, parágrafo 2,
da Constituição e nas disposições da Lei 9.868/1999, ajuizar

AÇÀO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO COM PEDIDO CAUTELAR

em face da omissão deixada pelo CONGRESSO NACIONAL, com endereço na Rua ..., n ..., Bairro
..., Cidade ..., Estado ...
1. FATOS

Determinado partido político, que possui dois deputados federais e dois senadores em seus
quadros, preocupado com a efetiva regulamentação das normas constitucionais, com a
morosidade do Congresso Nacional e com a adequada proteção à saúde do trabalhador,
pretende ajuizar, em nome do partido, a medida judicial objetiva apropriada, visando à
regulamentação do Art. 7º, inciso XXIII, da Constituição da República Federativa do Brasil de
1988. Não se pode compactuar com desrespeito à Constituição da República por mais de 28
anos.

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

O autor é parte legítima para ajuizar a presente ação direta de inconstitucionalidade, uma vez
que o artigo 103 da Constituição determina que:
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de
constitucionalidade:
VIII – Partido Político com representação no Congresso Nacional.

E de acordo com o artigo 12‐A da Lei 9868/1999 os mesmos legitimados para o ajuizamento da
Ação Direta de Inconstitucionalidade têm legitimidade para ajuizar a Ação Direta de
Inconstitucionalidade Interventiva.

E na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o autor é legitimado universal. Dessa


forma, para fins de processamento da presente ação, não precisa o autor demonstrar a
pertinência temática, isto é, o vínculo institucional que o une a omissão impugnada.

Ainda, a omissão pode ser impugnada por Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão,
uma vez que esta volta‐se à atacar a falta de norma regulamentadora, como acontece no
caso. De acordo com a Constituição, numa interpretação extensiva do artigo 102, Inciso I,
alínea “a” da Constituição, cabe ao STF processar essa ação.
Da mesma forma, a petição inicial vem subscrita por advogado, mesmo tendo a jurisprudência
do STF já se manifestado sobre a desnecessidade de constituição de profissional da área.

3. MÉRITO

Com efeito, o artigo 7º inciso XXXIII da Constituição dispõe que:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
XXIII ‐ adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma
da lei;

Embora a Constituição tenha determinado a criação de uma lei dispondo sobre a proteção para
o trabalhador urbano e rural no que tange às atividades penosas, até o momento não houve
qualquer legislação feita pelo Congresso Nacional.
Dessa forma, trabalhadores são constantemente expostos à risco sem que haja qualquer tutela
estatal para protegê‐los.

Isso porque o dispositivo representa norma de eficácia limitada que, sem a interferência do
Estado, fica com a aplicabilidade prejudicada.

4. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) A intimação do órgão omisso – Congresso Nacional – para prestar informações no prazo da lei.
b)Caso entenda‐se pela necessidade, a intimação do Advogado‐Geral da União para se
manifestar a respeito do pedido.
c) A intimação do Procurador‐Geral da República para apresentar seu parecer no prazo de
quinze dias, conforme art. 12‐E, Parágrafo 3º da Lei 9868/99;
d)O julgamento de procedência dos pedidos para fins de cientificar o poder Competente a
respeito da omissão Art. 12‐H,, da Lei 9868/1999), qual seja, a não regulamentação do artigo
7º, inciso XXIII, da Constituição Federal.

Valor da causa: R$ 1.000,00

Pede deferimento. Local, data.

Advogado...
.
Comentários da Banca

Peça processual: Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão, a qual terá por objeto
declarar a omissão na regulamentação do Art. 7º, inciso XXIII, da CRFB/88. O candidato deverá
elaborar uma petição dessa natureza, visto o comando da questão solicitar a peça processual
objetiva adequada.
Competência: Supremo Tribunal Federal, segundo o Art. 102 , inciso I, a, da CRFB/88.
Legitimidade ativa: Partido Político. Os legitimados à propositura da ADO estão arrolados no Art.
103, incisos I a IX, da Constituição Federal, conforme dispõem o Art. 2º e o Art. 12‐
Comentários da Banca

A, ambos da Lei nº 9.868/99, acrescidos pela Lei nº 12.063/2009.


Legitimidade passiva: Congresso Nacional.
Fundamentação:
Antes de adentrar o mérito, devem ser abertos os seguintes tópicos:
da Legitimidade Ativa ‐ A legitimidade ativa do partido político para a propositura da presente
encontra assento no Art. 103, inciso VIII, da CRFB/88; da Competência Originária – Na forma do
Art. 102, inciso I, a, da CRFB/88, é de competência originária do STF o processamento e
julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão; do Cabimento da Ação –
Comentários da Banca

Eficácia limitada do Art. 7º, inciso XXIII, da CRFB/1988 e a sua necessária regulamentação.
Pedido: diante do exposto e com fulcro na Lei nº 9.868/99,
1. seja julgado procedente o pedido, para que seja declarada a mora legislativa do Congresso
Nacional na elaboração da Lei específica do Art. 7º, inciso XXIII, da CRFB/88;
2. seja dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias;
3. seja promovida a oitiva do Exmo. Sr. Procurador Geral da República para que emita o seu
parecer, nos termos do Art. 12‐E, § 3º, da Lei nº 9.868/99.
Comentários da Banca

Provas ‐ Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, na forma do Art. 14,
parágrafo único, da Lei
nº 9.868/99.
Local e data
Advogado/OAB
Gabarito
Gabarito
Gabarito
Prática

Valor da causa: R$ 1.000,00 (ou o valor mencionado no problema).

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
ADI INTERVENTIVA
Hipótese de cabimento

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:


(...)
III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador‐Geral da
República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Parâmetro

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
(...)
VII ‐ assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
Parâmetro

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a


proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e
serviços públicos de saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
Objeto

Ato do Governo estadual ou distrital que ofenda os princípios sensíveis OU recusa a aplicação de
lei federal ou decisão/ordem judicial

OBS: Pode ser um ato normativo, administrativo, concreto ou omissão (Art. 3°, inciso II, Lei
12.562/2011)
Legitimado ativo

PGR (Art. 36, III, CF)


Petição Inicial

Art. 3º A petição inicial deverá conter:


I ‐ a indicação do princípio constitucional que se considera violado ou, se for o caso de recusa à
aplicação de lei federal, das disposições questionadas;
II ‐ a indicação do ato normativo, do ato administrativo, do ato concreto ou da omissão
questionados;
III ‐ a prova da violação do princípio constitucional ou da recusa de execução de lei federal;
IV ‐ o pedido, com suas especificações.
Procedimento

Art. 6º Apreciado o pedido de liminar ou, logo após recebida a petição inicial, se não houver
pedido de liminar, o relator solicitará as informações às autoridades responsáveis pela prática
do ato questionado, que as prestarão em até 10 (dez) dias.
§ 1º Decorrido o prazo para prestação das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o
Advogado‐Geral da União e o Procurador‐Geral da República, que deverão manifestar‐se, cada
qual, no prazo de 10 (dez) dias.
Procedimento

§ 2º Recebida a inicial, o relator deverá tentar dirimir o conflito que dá causa ao pedido,
utilizando‐se dos meios que julgar necessários, na forma do regimento interno.
Decisão

Art. 9º A decisão sobre a representação interventiva somente será tomada se presentes na


sessão pelo menos 8 (oito) Ministros.

Art. 10. Realizado o julgamento, proclamar‐se‐á a procedência ou improcedência do pedido


formulado na representação interventiva se num ou noutro sentido se tiverem manifestado
pelo menos 6 (seis) Ministros.
Decisão

Parágrafo único. Estando ausentes Ministros em número que possa influir na decisão sobre a
representação interventiva, o julgamento será suspenso, a fim de se aguardar o
comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para a prolação
da decisão.
Decisão

Art. 11. Julgada a ação, far‐se‐á a comunicação às autoridades ou aos órgãos responsáveis pela
prática dos atos questionados, e, se a decisão final for pela procedência do pedido formulado na
representação interventiva, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, publicado o acórdão,
levá‐lo‐á ao conhecimento do Presidente da República para, no prazo improrrogável de até 15
(quinze) dias, dar cumprimento aos §§ 1o e 3o do art. 36 da Constituição Federal.
Decisão

Parágrafo único. Dentro do prazo de 10 (dez) dias, contado a partir do trânsito em julgado da
decisão, a parte dispositiva será publicada em seção especial do Diário da Justiça e do Diário
Oficial da União.
Decisão

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PGR, vem, com fulcro no artigo 36, inciso III, da Constituição e nas disposições da Lei
12562/2011, ajuizar

AÇÀO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA COM PEDIDO LIMINAR


Prática

em face de ATO DO GOVERNO ESTADUAL/DISTRITAL, que está a violar o artigo 34, inciso VI ou
VII, a Constituição Federal.
Prática

1. FATOS

Descrever os fatos conforme as informações contidas no problema. Não acrescentar


informações estranhas ao problema para não configurar identificação de peça!
Prática

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Discorrer brevemente sobre: (i) legitimidade ativa: citar o artigo 36, inciso III, da Constituição e
indicar tratar‐se de ação movida pelo Procurador Geral da República; (ii) legitimidade passiva:
indicando que o ato é destinado em face de ato do Governador do Estado ou do Distrito
Federal; (iii) juntada dos documentos obrigatórios: mencionar o artigo 3°, inciso III, da Lei
12.562/2011
Prática

3. MÉRITO

Discorrer sobre os fundamentos de mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva,


analisando no problema apresentado a violação.
Mencionar o (i) parâmetro: citar o artigo 34, inciso VII, e da Constituição, e o artigo 3°, inciso I,
da Lei 12.562/2011 informando qual dos princípios foi violado, ou se houve inexecução de lei
federal; (
Prática

ii) objeto: indicar o ato do governo estadual ou distrital (normativo, administrativo, concreto ou
omissivo) que violou o parâmetro (Art. 3°, inciso II, Lei 12.562/2011).

4. LIMINAR

Pode ser pedida com base no artigo 5° da Lei 12.562/2011. Os fundamentos são:
a) Fumus boni juris (fumaça do bom direito): retomar com muita brevidade o mérito da ação.
Prática

b) Periculum in mora (perigo da demora): alertar sobre o risco de manter o ato impugnado.
Pode ser pedido conforme o artigo 5°, § 2°, da Lei 12.562/2011: “A liminar poderá consistir na
determinação de que se suspenda o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais
ou administrativas ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da
representação interventiva”.
Prática

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) A concessão de medida cautelar para (descrever), conforme artigos 5°, da Lei


12.562/2011, uma vez que presentes o fumus boni juris e o periculum in mora.
b) A intimação das autoridades interessadas (descrever) para prestar informações, no
prazo de dez dias, conforme art. 6º, da Lei 12.562/2011;
Prática

c) A citação do Advogado‐Geral da União para oferecer contestação, no prazo de dez dias,


conforme art. 6º, § 1°, da Lei 12.562/2011;
d) A intimação do Procurador‐Geral da República para apresentar seu parecer no prazo de
quinze dias, conforme Lei 12.562/2011;
Prática

e) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de declarar a inconstitucionalidade


do ato e determinar ao Presidente da República que proceda a intervenção no Estado no prazo
de quinze dias, conforme artigo11 da Lei 12.562/2011, dando, com isso, cumprimento aos §§
1o e 3o do art. 36 da Constituição Federal.
Dá‐se a causa o valor de R$ 1.000,00 (ou o valor mencionado no problema).
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Possibilidade de cobrança: No início do mês, os noticiários brasileiros trouxeram uma série de
reportagens mostrando a crise no sistema carcerário do Estado X. As reportagens apontaram
uma alta taxa de homicídios nos presídios estaduais, os quais já conviviam com altos índices de
superlotação. Segundo os dados apontados, no ano foram assassinados sessenta e oito presos
nas dependências de apenas um dos presídios, e todos os demais contavam com lotação 400%
superior aos números recomendados pela ONU. Ainda, uma auditoria apresentada apontou que
a alimentação na penitenciária era precária e que a água potável estava altamente contaminada
com culeiformes fecais.
Instado a se manifestar, o Governador do Estado reconheceu a crise. Contudo, afirmou que nada
faria em razão das dificuldades financeiras presentes no Estado. Afirmou que os recursos
presentes no caixa mal eram suficientes para pagar a folha de salário dos servidores públicos,
razão pela qual os detentos deveria se acostumar à situação. Inclusive, o Governador editou um
Decreto destinando verbas do Fundo Penitenciário – repassado pelo Governo Federal – seria
usados para quitar as dívidas de décimo terceiro dos servidores do Estado.
Diante desse contexto, o Procurador Geral da República consultou‐o, iminente advogado na área
constitucional para minutar a ação cabível. Adote‐a.
EXCELENTÍSSIMOSENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA, vem, com fundamento no artigo 36, inciso III, da
Constituição e nas disposições da Lei 12.562/2011, ajuizar

AÇÀO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA COM PEDIDO LIMINAR

em face de ATO DO GOVERNO ESTADUAL X, que está a violar o artigo 34, inciso VI ou VII, a
Constituição Federal.
1. FATOS

Conforme dos autos consta, a crise penitenciária recaiu sobre o Estado X. Os noticiários tem
apontado para uma série de descasos do Governador Estadual que, inclusive desviou dinheiro do
fundo penitenciário para pagar dívidas de salário dos servidores.

Cabível, portanto, a intervenção federal no Estado X.


2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

De acordo com o artigo 36, inciso III, da Constituição, a intervenção federal depende, dentre
outros casos, de provocação do Procurador Geral da República.

Ainda, a ação direta de inconstitucionalidade interventiva pode atacar ato normativo, ato
administrativo, ato concreto ou omissão do Poder Público. No caso presente, a crise do sistema
penitenciário enquadra‐se em diversas dessas possibilidades.
A petição inicial preenche todos os requisitos do artigo 3º da Lei 12562/2011, bem como é
apresentada com todos os documentos comprobatórios do alegado. Logo, é cabível a presente
ação.

3. MÉRITO

Com efeito, os atos comissivos e omissivos do Governador do Estado X, bem como seus atos
normativos (a exemplo do Decreto publicado) violam a Constituição Federal no artigo 34, inciso
VII, alínea “b”, que assim dispõe:
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
VII ‐ assegurar a observância dos seguintes princípios
constitucionais:
b) direitos da pessoa humana;

Não há dúvida de que todas as ações e omissões do Poder Público estadual colidem
frontalmente com o artigo 34, inciso VII, alínea “b” na medida em que colocam os detentos
recolhidos ao sistema carcerário do Estado X numa situação de verdadeira miséria.
A dignidade da pessoa humana – fundamento da República Federativa do Brasil, conforme artigo
1º, inciso III, da Constituição Federal – encontra‐se francamente atacado pela ação e pela inércia
do Estado que se recusa a resolver a situação.

Cabível, pois, a intervenção.

Nesse contexto, é importante destacar que o Decreto feito pelo Governador deve ser declarado
inconstitucional. Da mesma maneira, todo o estado de coisas deve ser declarado
inconstitucional, autorizando‐se, com isso, a intervenção federal, a fim de evitar a propagação
de maior caos na Administração do Estado X.
4. LIMINAR

No caso, é necessária a concessão de medida liminar, com fulcro no artigo 5° da Lei 12.562/2011,
para fins de resguardar os direitos dos detentos.

Há no presente caso Fumus boni juris (fumaça do bom direito), pois a dignidade da pessoa
humana encontra‐se totalmente violada no presente caso. Da mesma maneira, viu‐se que a
situação enquadra‐se na hipótese de cabimento da ADI interventiva.

Ainda, o risco na demora é evidente, uma vez que em persistindo a situação mais detentos
poderão morrer ou adoecer, dados os maus tratos praticados dentro do sistema penitenciário.
Assim, liminarmente requer‐se, conforme artigo 5°, § 2°, da Lei 12.562/2011, que se suspenda o
efeito da decisão administrativa do Governador do Estado que autorizou o repasse das verbas do
fundo penitenciário para pagar dívidas de décimo terceiro.

5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:


a) A concessão de medida cautelar para suspender a utilização das verbas do fundo
penitenciário para pagar dívidas de décimo terceiro dos servidores do Estado, conforme artigos
5°, da Lei 12.562/2011, uma vez que presentes o fumus boni juris e o periculum in mora.
b) A intimação das autoridades interessadas – Governado do Estado X ‐ para prestar
informações, no prazo de dez dias, conforme art. 6º, da Lei 12.562/2011;
c)A citação do Advogado‐Geral da União para oferecer contestação, no prazo de dez dias,
conforme art. 6º, § 1°, da Lei 12.562/2011;
d)A intimação do PGR para se manifestar no prazo de dez dias, conforme art. 6º, § 1°, da Lei
12.562/201
d) O julgamento de procedência dos pedidos para fins de declarar a inconstitucionalidade do ato
– Decreto ‐ e determinar ao Presidente da República que proceda a intervenção no Estado no
prazo de quinze dias, conforme artigo11 da Lei 12.562/2011, dando, com isso, cumprimento aos
§§ 1o e 3o do art. 36 da Constituição Federal.
Dá‐se a causa o valor de R$ 1.000,00 (ou o valor mencionado no problema).

Pede deferimento. Local, data.

Advogado...
.
RECLAMAÇÃO
Natureza

Direito de petição: ADI 2212‐1


RECLAMAÇÃO
Hipótese de cabimento
Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:
I ‐ preservar a competência do tribunal;
II ‐ garantir a autoridade das decisões do tribunal;
III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo
Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;
RECLAMAÇÃO
Hipótese de cabimento
IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de
demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência;
Hipótese de cabimento

OBS: As decisões do STF com efeito vinculante são as decisões definitivas e cautelares
proferidas em ADI, ADC, ADPF. Ainda, cabe a Reclamação contra a decisão judicial ou ato
administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar‐lhe vigência ou aplicá‐lo
indevidamente, lembrando que contra omissão ou ato da administração pública, o uso da
reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas (Art. 103‐A, parágrafo
3, Constituição, e Art. 7°, Lei 11.417/2006).
Hipótese de cabimento

Art. 103‐A(...)
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando‐a
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará
que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Hipótese de cabimento

Art. 7 ‐ Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula


vinculante, negar‐lhe vigência ou aplicá‐lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo
Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.
§ 1º Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido
após esgotamento das vias administrativas.
Hipótese de não cabimento

Art. 988, § 5º É inadmissível a reclamação:


I – proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada; (Incluído pela Lei nº 13.256, de
2016)
II – proposta para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão
geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou
especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias.
Prazo

Não há prazo legal para interposição de reclamação. O direito deve ser exercido enquanto a
decisão judicial não tiver transitado em julgado (Súmula 734, do STF). Logo, é indispensável, em
algumas hipóteses, a interposição do recurso cabível, a fim de impedir a formação da coisa
julgada e tornar possível o manejo da reclamação.
Hipótese de cabimento

A possibilidade de recurso contra a decisão judicial não impede o uso da reclamação, pois o
recurso impugna o desacerto da decisão ao passo que a reclamação impugna o desacato à
competência ou à decisão. Nesse sentido, o art. 7º, da Lei 11.417/06 deixa claro que a
reclamação é cabível sem prejuízo dos recursos ou outros meios de impugnação. Contudo, o
interessado não pode apenas reclamar porque a reclamação não é sucedâneo de recurso.
Legitimado Ativo

Art. 13 da Lei 8038/1990 ‐ Para preservar a competência do Tribunal ou garantir a autoridade


das suas decisões, caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público.
Parágrafo único ‐ A reclamação, dirigida ao Presidente do Tribunal, instruída com prova
documental, será autuada e distribuída ao relator da causa principal, sempre que possível.
Legitimado Passivo

Qualquer autoridade que desacate as decisões dos Tribunais mencionados ou que lhes negue a
competência
Competências e endereçamento
STF, STJ ou Tribunais (a depender de previsão nas Constituições Estaduais): conforme artigos
102, Inciso I, alínea “l”, e 105, Inciso I, alínea “f”, da Constituição.
Endereçamento
Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal
Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Superior Tribunal de Justiça
Excelentíssimo Senhor Doutor Presidente do Tribunal de Justiça do Estado ...
Petição Inicial

Art. 989 ‐ § 1o A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e seu julgamento
compete ao órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se
pretenda garantir.
§ 2o A reclamação deverá ser instruída com prova documental e dirigida ao presidente do
tribunal.
§ 3o Assim que recebida, a reclamação será autuada e distribuída ao relator do processo
principal, sempre que possível.
Informações

Art. 989. Ao despachar a reclamação, o relator:


I ‐ requisitará informações da autoridade a quem for imputada a prática do ato impugnado, que
as prestará no prazo de 10 (dez) dias;
II ‐ se necessário, ordenará a suspensão do processo ou do ato impugnado para evitar dano
irreparável;
III ‐ determinará a citação do beneficiário da decisão impugnada, que terá prazo de 15 (quinze)
dias para apresentar a sua contestação.
Parecer do Ministério Público

Art. 991 ‐ Na reclamação que não houver formulado, o Ministério Público terá vista do processo
por 5 (cinco) dias, após o decurso do prazo para informações e para o oferecimento da
contestação pelo beneficiário do ato impugnado.
Decisão

Art. 992 ‐ Julgando procedente a reclamação, o tribunal cassará a decisão exorbitante


de seu julgado ou determinará medida adequada à solução da controvérsia.
Decisão

Art. 103‐A (...)


§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando‐a
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará
que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso
Liminar

Art. 989 ‐ Ao despachar a reclamação, o relator:


(...)
II ‐ se necessário, ordenará a suspensão do processo ou do ato impugnado para evitar dano
irreparável;
Contestação

Art. 989 ‐ Ao despachar a reclamação, o relator:


(...)
III ‐ determinará a citação do beneficiário da decisão impugnada, que terá prazo de 15 (quinze)
dias para apresentar a sua contestação.
Modelo
ENDEREÇAMENTO (CONFORME COMPETÊNCIA APONTADA ACIMA)

AUTOR, nacionalidade..., estado civil ..., profissão ..., CPF ..., com endereço residencial em...,
endereço eletrônico..., por intermédio de seu advogado ao final assinado (instrumento de
mandato anexado), com endereço profissional em..., onde recebe intimações, endereço
eletrônico..., vem, com fundamento no artigo 102, Inciso I, alínea “l” da Constituição/artigo 105,
Inciso I, alínea “f” da Constituição/artigo 111‐A, parágrafo 3, da Constituição, e art. 988 e
seguintes do CPC ajuizar
Modelo

RECLAMAÇÃO COM PEDIDO LIMINAR

em face de AUTORIDADE QUE USURPOU A COMPETÊNCIA OU NEGOU A AUTORIDADE DA


DECISÃO DO STF/STJ/TST/TJ, com endereço em...
Modelo

1. FATOS

Descrever os fatos conforme as informações contidas no problema. Não acrescentar


informações estranhas ao problema para não configurar identificação de peça!
Modelo

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Discorrer brevemente sobre: (i) legitimidade ativa: citar o artigo 988, parágrafo primeiro do CPC;
(ii) legitimidade passiva: informar quem usurpou a competência do Tribunal ou negou a sua
autoridade; (iii) citar o artigo 988, parágrafo segundo, do CPC, informando que está juntando
todos os documentos necessários a demonstração da usurpação da competência ou da negativa
da autoridade do Tribunal.
Modelo
Sugestão de redação:
“O autor é parte legítima para ajuizar a presente Reclamação, uma vez que o artigo 988 do
Código de Processo Civil determina que (copiar).Assim, tem total legitimidade para ajuizar a
Reclamação em face de (descrever autoridade), uma vez que este usurpou a competência do
Tribunal/negou autoridade a decisão do Tribunal. Finalmente, informa o Autor que anexado a
inicial seguem todos os documentos indispensáveis a propositura da ação, conforme determina
o artigo 988, parágrafo 2 do Código de Processo Civil”.
Modelo

3. MÉRITO

Discorrer sobre os fundamentos de mérito da Reclamação


Informar a competência usurpada ou a decisão vinculante desrespeitada.
Eventualmente discorrer sobre o artigo 103‐A da Constituição, quando a Reclamação versar
sobre Súmula Vinculante.
Modelo

4. LIMINAR

É regra na Reclamação e pode ser requerida com fundamento no artigo 989, inciso II, do Código
de Processo Civil. O fundamento é a existência de dano irreparável:
Art. 989.Ao despachar a reclamação, o relator:
II ‐ se necessário, ordenará a suspensão do processo ou do ato impugnado para evitar dano
irreparável;
Sugestão de redação:

“De acordo com o artigo 989, inciso II, do Código de Processo Civil ao despachar a reclamação, o
relator, se necessário, ordenará a suspensão do processo ou do ato impugnado para evitar dano
irreparável;
No presente caso, há possibilidade de o ato impugnado causar dano irreparável para o
Reclamante uma vez que...
Modelo

5. PEDIDOS
Diante do exposto, requer‐se:
a) A suspensão do processo ou do ato impugnado para evitar dano irreparável, conforme
artigo 989, inciso II, do Código de Processo Civil, uma vez que...
b) A intimação da autoridade – indicar – para prestar as informações no prazo de 10 dias,
conforme art. 989, inciso I, do Código de Processo Civil.
c) A intimação do MP/Procurador‐Geral da República para se manifestar , no prazo de
cinco dias, conforme art. 991 do Código de Processo Civil.
d) A citação do beneficiário da decisão impugnada, que terá prazo de 15 (quinze) dias
para apresentar a sua contestação, conforme artigo 989, inciso III, do Código de Processo Civil.
e) A procedência do pedido para fins de cassar a decisão exorbitante de seu julgado ou
determinar a medida adequada à solução da controvérsia.
Valor da causa: R$ 1.000,00 (ou o valor mencionado no problema).

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado...
Exemplo de cobrança

Romualdo, concluinte do ensino médio e residente na Cidade X, pretende dar sequência aos
seus estudos. Para tanto, inscreve‐se no vestibular da Universidade Federal do Estado Y
objetivando uma vaga no Curso de Medicina. Para sua alegria, Romualdo obtém a aprovação em
quinto lugar. No prazo da matrícula, Romualdo dirige‐ se à Universidade com os documentos
necessários para efetivar o seu ingresso no ensino superior. Contudo, no ato da matrícula é
surpreendido com a cobrança de uma taxa de R$
800,00. A taxa foi criada por portaria do Reitor da Universidade Federal sob o pretexto de criar
caixa para a revitalização da biblioteca, desatualizada em razão da ausência de repasses pelo
Governo Federal.
Indignado com a cobrança e impossibilitado de realizar o pagamento em razão de ser de baixa
renda, Romualdo procura um advogado que, no prazo, impetra um Mandado de Segurança em
face do Reitor para tentar a matrícula independentemente do pagamento da taxa. Em sede de
informações, a autoridade coatora justifica‐se reiterando a finalidade da taxa – revitalização da
biblioteca
– e sustenta que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade (artigo 205 da Constituição Federal). Em sentença,
o Juiz Federal da Primeira Vara Cível da Comarca de X denega a segurança, acatando os
argumentos do Reitor da Universidade Federal do Estado Y. Dado esse contexto,
independentemente do recurso processual cabível, adote uma ação judicial adequada para
atender a expectativa de Romualdo.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

ROMUALDO, nacionalidade..., estado civil/união estável..., estudante, CPF..., com endereço


residencial em..., endereço eletrônico..., por intermédio de seu advogado ao final assinado
(instrumento de mandato anexado), com endereço profissional em..., endereço eletrônico...,
vem, com fundamento no artigo 102, Inciso I, alínea “l” da Constituição e no artigo 988 do
Código de Processo Civil, ajuizar
RECLAMAÇÃO COM PEDIDO LIMINAR

em face de JUIZ FEDERAL DA PRIMEIRA VARA CÍVEL DA COMARCA DE X , com endereço


em..., endereço eletrônico...

1. FATOS

Conforme documentos anexados, Romualdo, estudante, foi forçado a efetuar pagamento de


taxa de matrícula para se inscrever no Curso de Medicina da Universidade Federal do Estado Y,
na qual foi aprovado em quinto lugar para o Curso de Medicina.
Para combater tal ilegalidade, Romualdo impetrou um Mandado de Segurança em face do
Reitor da Universidade, ação esta distribuída para a Primeira Vara Federal Cível da Comarca de
X.
Ao apreciar o pedido, em sede de sentença o Juízo entendeu que a cobrança era legítima com
base no artigo 205 da Constituição Federal, o qual afirma que a educação deve ser sustentada
pela sociedade de um modo geral.
Contudo, a decisão afigura‐se absolutamente insustentável, pois ofende texto de súmula
vinculante editada pelo Supremo Tribunal Federal.
Por este motivo, além do recurso processual cabível, ajuiza‐se a presente Reclamação com base
no artigo 102, inciso I, alínea “l” da Constituição.

2. HIPÓTESE DE CABIMENTO

O Reclamante é parte legítima para ajuizar a presente Reclamação, uma vez que o artigo 988 do
Código de Processo Civil determina que qualquer pessoa e o Ministério Público podem ajuizar
Reclamação.
Assim, tem total legitimidade para ajuizar a Reclamação em face do Juiz Federal da Primeira
Vara Cível da Comarca de X, uma vez que este negou autoridade a decisão deste Tribunal, mais
especificamente a autoridade que decorre da Súmula Vinculante n. 12.

Finalmente, informa o Autor que anexado a inicial seguem todos os documentos indispensáveis
a propositura da ação, conforme determina o artigo 988, parágrafo 2 do Código de Processo
Civil.
3. MÉRITO

Com efeito, a cobrança imposta pela Universidade Federal do Estado Y é manifestamente


contrária à Sumula Vinculante n. 12, a qual dispõe que:
“A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição
Federal”.

De fato, não pode o Poder Público cobrar matrícula para instrumentalizar o acesso ao ambiente
universitário, sobremodo daqueles que não têm condições, como o Reclamante.
Dessa forma, dada a ofensa à Súmula Vinculante acima indicada, cabível a presente
Reclamação.
Vale a pena ressaltar que a Constituição afirma categoricamente que em caso de desrespeito ao
texto de Súmula, a Reclamação é a ação cabível. Confira‐se, nesse sentido, o que diz o artigo
103‐A, parágrafo 3º, da Constituição Federal:

“Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá
reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando‐a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a
decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme
o caso”.
Cabível, portanto, a presente Reclamação.
Ademais, vale a pena ressaltar que o artigo 206, inciso IV, da Constituição afirma que o ensino
será ministrado com base em diversos princípios, dentre eles o da gratuidade no ensino público
nos estabelecimentos oficiais. Assim, a cobrança é ilegítima.
Com ela, fica o Reclamante privado do direito de educação que também vem previsto no artigo
6º da Constituição Federal, direito que assume um viés de direito social.
Finalmente, cabe mencionar que a decisão judicial proferida pela autoridade pública reclamada
não transitou em julgado em razão do recurso cabível oportunamente manejado.

4. LIMINAR

De acordo com o artigo 989, inciso II, do Código de Processo Civil ao despachar a reclamação, o
relator, se necessário, ordenará a suspensão do processo ou do ato impugnado para evitar
dano irreparável;
No presente caso, há possibilidade de o ato impugnado causar dano irreparável para o
Reclamante uma vez que em se mantendo a decisão, o próprio acesso ao estabelecimento de
ensino ficará prejudicado. Como mencionado, o Reclamante não tem condições financeiras que
lhe permitam efetuar o pagamento imposto, razão pela qual a liminar deve ser concedida.
5. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:


a) A suspensão do processo ou do ato impugnado para evitar dano irreparável, conforme
artigo 989, inciso II, do Código de Processo Civil, permitindo‐se, com isso, a inscrição imediata
do Reclamante no Curso de Medicina da Universidade Federal Y
b) A intimação da autoridade – Juiz Federal da Primeira Vara Cível da Comarca de X – para
prestar as informações no prazo de 10 dias, conforme art. 989, inciso I, do Código de Processo
Civil.
c) A intimação do MP/Procurador‐Geral da República para se manifestar , no prazo de
cinco dias, conforme art. 991 do Código de Processo Civil.
d) A citação do beneficiário da decisão impugnada – Reitor da Universidade Federal Y –,
que terá prazo de 15 (quinze) dias para apresentar a sua contestação, conforme artigo 989,
inciso III, do Código de Processo Civil.
e) A procedência do pedido para fins de cassar a decisão exorbitante de seu julgado ou
determinar a medida adequada à solução da controvérsia, tornando definitiva a autorização
para matrícula independentemente do pagamento de taxa.
Valor da causa: R$ 1.000,00 (ou o valor mencionado no problema).

Pede deferimento. Local, data.

Advogado...
Identificando a Reclamação

Tramitação, em outro Tribunal ou Instância, de processo de competência originária do STF (Art.


102, Inciso I, alínea “a”).
Identificando a Reclamação

Desrespeito a Súmula Vinculante (como a do nepotismo, uso de algemas, dissolução do vínculo


de união estável no curso do mandado eletivo), sem, contudo, mencioná‐la
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Hipótese de cabimento

Previsão constitucional: Art. 102, Inciso III, CF.

Previsão infraconstitucional: Art. 1029 e seguintes do NCPC.


Hipótese de cabimento

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo‐lhe:
(...)
III ‐ julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância,
quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
Hipótese de cabimento

d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. (Incluída pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
Legitimados

Partes dos processos prejudicados por decisão judicial


Endereçamento

Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição
Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice‐presidente do tribunal recorrido, em
petições distintas que conterão:
I ‐ a exposição do fato e do direito;
II ‐ a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III ‐ as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
Endereçamento

O endereçamento deve ser feito para o Presidente/Vice‐Presidente do Tribunal responsável pela


prolação da decisão: conforme artigo acima mencionado, o endereçamento deve ser feito para
o Presidente/Vice‐Presidente do Tribunal responsável pela prolação da decisão solicitando que
as razões anexadas sejam enviadas ao STF.
Prazo

Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos:


V ‐ recurso ordinário;
VI ‐ recurso especial;
VII ‐ recurso extraordinário;

Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta‐se da data em que os advogados, a
sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são
intimados da decisão.
§ 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para
responder‐lhes é de 15 (quinze) dias.
Requisitos específicos

Requisitos específicos: o Recorrente deverá demonstrar alguns requisitos específicos sob pena
de não processamento do Recurso. São eles:

Tempestividade: conforme acima demonstrado, o Recurso Extraordinário deve ser interposto no


prazo de 15 dias a contar da publicação da decisão.
Requisitos específicos

Preparo: deve ser requerido com a petição inicial a juntada da guia de preparo/custas, sem as
quais o Recurso não é conhecido.

Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela
legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena
de deserção.
Requisitos específicos

Prequestionamento: a discussão levada para o Supremo Tribunal Federal deve ter sido debatida
nas instâncias ordinárias. Isto é, deve ser demonstrado ao STF o prequestionamento. É o que
estabelecem as Súmulas 282 e 356 do STF:
Requisitos específicos

Súmula 282/STF ‐ É inadmissível o recurso extraordinário quando não ventilada, na decisão


recorrida, a questão federal suscitada.

Sumula 356/STF ‐ O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos
declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do
prequestionamento
Requisitos específicos

Discussão apenas sobre matéria de direito, e não de fato: o Recurso Extraordinário não
comporta a discussão sobre matéria de fato, mas apenas sobre matéria de direito. Tal óbice
encontra‐se na Súmula n. 279 do STF:

Súmula 279/STF: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário
Requisitos específicos

Repercussão geral (Art. 102, § 3°, CF e Art. 1035, CPC): no recurso extraordinário o recorrente
deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos
termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo
recusá‐lo pela manifestação de dois terços de seus membros.
Requisitos específicos

Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso
extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos
termos deste artigo.
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões
relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os
interesses subjetivos do processo.
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação
exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal.
Requisitos específicos

§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:


I ‐ contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal;
II‐ Revogado
III ‐ tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art.
97 da Constituição Federal.
§ 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de terceiros,
subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal
Federal.
Requisitos específicos

§ 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a


suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que
versem sobre a questão e tramitem no território nacional.
§ 6º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice‐presidente do tribunal de origem,
que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha sido
interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar‐se
sobre esse requerimento.
Requisitos específicos

§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar entendimento


firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá
agravo interno. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
§ 8º Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice‐presidente do tribunal de origem
negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre
matéria idêntica.
Requisitos específicos

§ 9º O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1 (um)
ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os
pedidos de habeas corpus.
§ 10. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
§ 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será publicada no
diário oficial e valerá como acórdão.
Contrarrazões

Contrarrazões: recebido o Recurso, a parte contrária será intimada para apresentar as suas
contrarrazões no prazo de 15 dias.

Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado
para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão
conclusos ao presidente ou ao vice‐presidente do tribunal recorrido, que deverá:
Juízo de Admissibilidade

Juízo de admissibilidade: findo o prazo das contrarrazões, o Tribunal prolator da decisão fará o
juízo de admissibilidade recursal. Sendo negado, cabe Agravo nos próprios autos no prazo de 10
dias (Art. 544, CPC). Sendo admitido, o Tribunal providenciará a remessa do Recurso para o
Supremo Tribunal Federal.
Juízo de Admissibilidade

Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado
para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão
conclusos ao presidente ou ao vice‐presidente do tribunal recorrido, que deverá:
V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal
Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que:
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento
de recursos repetitivos;
Juízo de Admissibilidade

b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou


c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação. (Incluída pela Lei nº 13.256,
de 2016) (Vigência)
Juízo de Admissibilidade

OBS: O Tribunal Local tem a competência para analisar os pressupostos formais do Recurso
Extraordinário (preparo, tempestividade, existência de tópico demonstrando a repercussão
geral, dentre outros).
Prática

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR/MINISTRO PRESIDENTE DO TRIBUNAL ...

Autos n...

RECORRENTE, já qualificado nos autos acima indicados, decorrentes de (indicar a ação) que move em face
de /ou movida por RECORRIDO, por intermédio de seu procurador ao final assinado (instrumento de
procuração anexado), vem, com fundamento no art. 102, inciso III, alínea ..., da Constituição Federal, e
1029 e seguintes do Código de Processo Civil, interpor
Prática

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

em face da decisão de fls. ..., proferida por ÓRGÃO PROLATOR DA DECISÃO (CÂMARA, TURMA),
com base nas razões anexadas, requerendo sejam as mesmas recebidas e remetidas ao
Supremo Tribunal Federal.

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado..
Prática

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

RAZÕES DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO


Prática

1. FATOS

Descrever os fatos conforme as informações contidas no problema. Não acrescentar


informações estranhas ao problema para não configurar identificação de peça!
Prática

2. PRELIMINARMENTE

2.1. REPERCUSSÃO GERAL

Citar o artigo 102, § 3°, da Constituição, o artigo 1035 do CPC.


Identificar e apontar a repercussão geral, ou seja, demonstrar os possíveis fundamentos que
farão o Supremo Tribunal Federal
Prática

acreditar que a discussão contém questões relevantes do ponto de vista econômico, político,
social ou jurídico, que ultrapassam os interesses subjetivos da causa.

Sugestão de redação:
“Conforme o artigo 102, §3°, da Constituição (citar).
Ainda, o artigo 1035 do Código de Processo Civil dispõe que (citar).
Prática

No presente caso, é patente que as questões relevantes do ponto de vista econômico, político,
social ou jurídico ultrapassam os interesses subjetivos da causa, na linha do artigo 1035, §1°,
pois (descrever)”.
Prática

2.2. TEMPESTIVIDADE E PREPARO

Citar o artigo 1003, parágrafo 5, do CPC e informar que o Recurso é interposto no prazo de 15
dias a contar da publicação da decisão recorrida.
Informar que anexo às razões recursais seguem as guias de preparo/custas do Recurso.
Prática

Sugestão de redação:
“Conforme o artigo 1003 do CPC (Citar).
O recurso é interposto no prazo acima indicado, razão pela qual há que se tê‐lo como
tempestivo.
Ainda, acompanham as razões recursais as guias de preparo/custas, de modo que o presente
recurso deve ser admitido e processado”.
Prática

2.3. NÃO INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282, 356 E 279 DO STF

Citar as súmulas 282 e 356 do STF e demonstrar que já houve prequestionamento nas instâncias
inferiores.
Citar a súmula 279 e informar que não se pretende questionar matéria de fato, mas apenas de
direito.
Prática

Sugestão de redação:
“As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem, respectivamente, que (copiar)
Contudo, nenhuma delas incide no presente caso, uma vez que as instâncias inferiores já se
pronunciaram a respeito dos argumentos do presente Recurso Extraordinário (se possível
descrever).
Por sua vez, a Súmula 279 do STF dispõe que (copia).
Prática

Assim como no caso acima, não há se falar na sua aplicação pois não pretende o Recorrente
discutir aspectos de fato, mas apenas e tão somente matérias de direito (se possível descrever)”
Prática

3. MÉRITO

Discorrer sobre os motivos que impõem a reforma da decisão.


Mencionar obrigatoriamente o artigo 102, Inciso III, e apontar com base em qual alínea o recurso é
interposto. Por exemplo, no caso de contrariedade a Constituição, deve ser mencionada a alínea “a”. No
caso de declaração de inconstitucionalidade de tratado internacional, discorrer sobre a alínea “b”, etc.
Prática

4. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:


a) A intimação da parte recorrida para que, querendo, apresente as suas contrarrazões no
prazo de 15 dias, conforme artigo 1030 do CPC.
b) O provimento do recurso com base no artigo 102, Inciso III, alínea (citar) para fins de
reformar a decisão proferida por (citar), uma vez que (explicar brevemente).
Prática

c) A inversão do ônus de sucumbência.


d) A juntada da guia de preparo anexada.

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado ...
Indicativos de Recurso Extraordinário

Decisão judicial contrariando dispositivo da Constituição, declarado a inconstitucionalidade de


tratado ou lei federal, julgado válida lei ou ato de governo local contestado em face desta
Constituição ou julgado válida lei local contestada em face de lei federal.

Menção a prequestionamento (inclusive feito através de embargos declaratórios) ou


repercussão geral.
Modelo

(OAB 2012.2 – VIII Exame) Com fundamento na recente Lei n. 1.234, do Estado Y, que exclui as
entidades de direito privado da Administração Pública do dever de licitar, o banco X (empresa
pública daquele Estado) realiza a contratação direta de uma empresa de informática ‐ a Empresa
W ‐ para atualizar os sistemas do banco. O caso vem a público após a revelação de que a
empresa contratada pertence ao filho do presidente do banco e nunca prestou tal serviço antes.
Modelo

Além disso, o valor pago (milhões de reais) estava muito acima do preço de mercado do serviço
em outras empresas. José, cidadão local, ajuíza ação popular em face do Presidente do banco X
e da empresa W perante o Juízo de 1ª instância da capital do Estado Y, em que pleiteia a
declaração de invalidade do ato de contratação e o pagamento das perdas e danos, ao
fundamento de violação ao art. 1º, parágrafo
Modelo

único da Lei n. 8.666/1993 (norma geral sobre licitação e contratos) e a diversos princípios
constitucionais.
A sentença, entretanto, julgou improcedente o pedido formulado na petição inicial, afirmando
ser válida a lei estadual que autoriza a contratação direta, sem licitação, pelas entidades de
direito privado da Administração Pública, analisada em face da lei federal, não considerando
violados os
Modelo

princípios constitucionais invocados. José interpõe recurso de apelação, ao qual se negou


provimento, por unanimidade, pelo mesmo fundamento levantado na sentença. Dez dias após
a publicação da decisão que rejeitou os seus embargos declaratórios, José procura um advogado
para assumir a causa e ajuizar a medida adequada. Na qualidade de advogado, elabore a peça
Modelo

cabível, observando todos os requisitos formais e a fundamentação pertinente ao tema.


Modelo

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO Y

Autos n...

JOSÉ, cidadão local, já qualificado nos autos acima indicados, decorrentes de ação popular que
move em face de BANCO X e EMPRESA W, por intermédio de seu procurador ao final assinado
(instrumento de procuração anexado), vem, com fundamento
Modelo

no art. 102, inciso III, alínea “a” e “d”, da Constituição Federal, interpor

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

em face da decisão de fls. ..., proferida por TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Y, com base nas razões
anexadas, requerendo sejam as mesmas recebidas e remetidas ao Supremo Tribunal Federal.
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado..
Modelo

EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

RAZÕES DE RECURSO EXTRAORDIONÁRIO

1. FATOS

Conforme dos autos consta, com fundamento na recente Lei n. 1.234, do Estado Y, que excluiu
as entidades de direito privado da Administração Pública do dever de licitar, o banco X (empresa
pública daquele Estado)
Modelo

realizou a contratação direta de uma empresa de informática ‐ a Empresa W ‐ para atualizar os


sistemas do banco. Contudo, veio a tona
que a empresa contratada pertence ao filho do presidente do banco e nunca prestou tal serviço
antes. Além disso, o valor pago (milhões de reais) estava muito acima do preço de mercado do
serviço em outras empresas.
Modelo

Com base nisso, o Recorrente ajuízou ação popular em face do Presidente do banco X e da
empresa W perante o Juízo de 1ª instância da capital do Estado Y, em que pleiteia a declaração
de invalidade do ato de
contratação e o pagamento das perdas e danos, ao fundamento de violação ao art. 1º, parágrafo
único da Lei n. 8.666/1993 (norma geral sobre licitação e contratos) e a diversos princípios
constitucionais. A sentença,
Modelo

entretanto, julgou improcedente o pedido formulado na petição inicial, afirmando ser válida a
lei estadual que autoriza a contratação direta, sem licitação, pelas entidades de direito privado
da Administração Pública, analisada em face da
lei federal, não considerando violados os princípios constitucionais invocados.
Modelo

O Recorrente interpôs recurso de apelação, ao qual se negou provimento, por unanimidade,


pelo mesmo fundamento levantado na sentença.
Com base nesses fatos, o Recorrente interpõe o presente Recurso Extraordinário.

2. PRELIMINARMENTE

2.1. REPERCUSSÃO GERAL


Modelo

Conforme o artigo 102, §3°, da Constituição, no recurso extraordinário o recorrente deverá


demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da
lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá‐lo pela
manifestação de dois terços de seus membros.
Modelo

Ainda, o artigo 1035 do Código de Processo Civil dispõe que o Supremo Tribunal Federal, em
decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário, quando a questão
constitucional nele versada não oferecer repercussão geral, nos termos deste artigo.
No presente caso, é patente que as questões relevantes do ponto de vista econômico, político,
social ou jurídico que ultrapassam os interesses subjetivos da causa, na linha
Modelo

do artigo 1035, §1°, pois ao se manter a Lei n. 1234 do Estado Y outras contratações poderão ser
feitas sem licitação, violando, com isso, o patrimônio público de qualquer uma das cidades do
Estado.

2.2. TEMPESTIVIDADE E PREPARO


Modelo

Conforme o artigo 1003, parágrafo 5, do NCPC, o prazo para a interposição do recurso é de 15


(quinze) dias.
O recurso é interposto no prazo acima indicado, razão pela qual há que se tê‐lo como
tempestivo.
Modelo

Ainda, acompanham as razões recursais as guias de preparo/custas, de modo que o presente


recurso deve ser admitido e processado.
Modelo

2.3. NÃO INCIDÊNCIA DAS SUMULAS 282, 356 E 279 DO STF

As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem, respectivamente, que:


Súmula 282/STF ‐ É inadmissível o recurso extraordinário quando não ventilada, na decisão
recorrida, a questão federal suscitada.
Sumula 356/STF ‐ O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos
Modelo

embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do
prequestionamento
Contudo, nenhuma delas incide no presente caso, uma vez que as instâncias inferiores já se
pronunciaram a respeito dos argumentos do presente Recurso Extraordinário. Da análise dos
autos, vê‐se que, inclusive, foram opostos embargos de declaração em face da decisão ora
recorrida. Por sua vez, a Súmula 279 do STF dispõe que (copiaR).
Modelo

Súmula 279/STF: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.
Assim como no caso acima, não há se falar na sua aplicação pois não pretende o Recorrente
discutir aspectos de fato, mas apenas e tão somente matérias de direito consistente na
incompatibilidade da Lei 1234 do Estado Y com a Constituição. Ou seja, não
Modelo

se pretende discutir os aspectos fáticos relacionados a contratação, mas sim a impossibilidade


de dispensa da licitação na forma da lei.

3. MÉRITO

Conforme artigo 102, Inciso III, alíneas “a” e “d” da Constituição:


Modelo

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo‐lhe:
(...)
III ‐ julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância,
quando a decisão recorrida:
contrariar dispositivo desta Constituição;
(...)
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
Modelo

Dessa forma, é cabível o presente Recurso Extraordinário com base em ambas as alíneas, uma
vez que a decisão do Tribunal de Justiça do Estado Y violou vários dispositivos constitucionais e
ao mesmo tempo julgou válida lei local contestada em face de lei federal, qual seja, a Lei 1234
do Estado Y em face da Lei 8.666/1993.
Modelo

Violação a Constituição (Art. 102, Inciso III, alínea “a”, CF).

No que diz respeito a violação da Constituição, na medida em que a Lei excluiu as entidades de
direito privado da Administração Pública do dever de licitar, violou vários artigos constitucionais.
Modelo

Em primeiro lugar, não é atribuição do Estado legislar sobre normas gerias de licitação e
contratação, e sim da União, de modo que restou ofendido o artigo 22, inciso XXVII, da
Constituição Federal que assim dispõe:
Modelo

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:


(...)
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de
economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III
Modelo

Logo, tendo exorbitado a sua competência legislativa, a lei 1234 do Estado Y é absolutamente
inconstitucional.
Em segundo lugar, não bastasse a violação ao artigo acima indicado, é fato que a dispensa da
licitação prevista na – inconstitucional – Lei 1234 do Estado Y implicou na contratação de
Empresa W, de propriedade do filho do Presidente do Banco
Modelo

X, que além de não ter experiência em tal serviço, cobrou preços muito mais altos do que os
usualmente praticados.
Dessa forma, a conduta violou também os princípios que regem a Administração Pública
previstos no artigo 37 da Constituição, notadamente os princípios da moralidade e da
impessoalidade.
Modelo

Conflito federativo

Ainda, como a lei 1234 do Estado Y foi julgada válida em face da Lei 8666/1993 – que
estabeleceu normas gerais de licitação –, instaurou‐se um verdadeiro conflito
Modelo

federativo, pois na forma em que está, de quem realmente é a competência para estabelecer
normas gerais em matéria de licitação, da União ou do Estado Y?
Por esse motivo, também é cabível o Recurso Extraordinário com base no permissivo do Art.
102, Inciso III, alínea “d” da Constituição.

4. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:


Modelo

a) A intimação da parte recorrida – Banco X e Empresa W – para que, querendo,


apresente as suas contrarrazões no prazo de 15 dias, conforme artigo 542 do CPC.
b) O provimento do recurso com base no artigo 102, Inciso III, alíneas “a” e “d” para fins
de reformar a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado Y, uma vez que houve a
violação de vários dispositivos
Modelo

constitucionais e usurpação de competência pelo Estado Y, declarando, com isso, a invalidade da


Lei 1234 do Estado Y, a invalidade dos atos de contratação e a condenação dos Recorridos ao
pagamento das perdas e danos, tal qual deduzido na inicial.
c) A inversão do ônus de sucumbência.
Modelo

d) A juntada da guia de preparo anexada.

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado ...
Gabarito Comentado
A peça cabível é o Recurso Extraordinário, com fundamento no art. 102, III, alíneas “a” e “d” da
Constituição. Não é cabível o Recurso Especial porque o objeto da decisão recorrida é a validade
da lei local em face da lei federal e da Constituição Federal. Ademais, conforme o enunciado
da Súmula 126 do STJ, não é cabível a interposição isolada de Recurso Especial quando a
decisão recorrida possui fundamento infraconstitucional e constitucional, qualquer deles
suficiente, por si só, para mantê‐la. É importante a observância do
art. 541 do Código de Processo Civil, que determina que seja o Recurso Extraordinário
endereçado ao Presidente ou ao Vice‐Presidente do tribunal local (“Art. 541. O recurso
extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão
interpostos perante o presidente ou o vice‐presidente do tribunal recorrido”). Isso porque o
Recurso Extraordinário está sujeito a um exame de admissibilidade na origem, após o que os
autos serão submetidos ao Supremo Tribunal Federal. Devem ser indicados, na qualificação das
partes, o recorrente (José, o autor popular) e
os dois recorridos, que compõem o polo passivo da demanda (o Presidente do banco X e a
empresa W). Deve ser demonstrado o cabimento do recurso, conforme art. 541, inciso II do CPC.
O examinando deve indicar o cabimento do recurso não apenas com fundamento na alínea
“a” do inciso III do art. 102 da Constituição da .
República (cabimento do RE nos casos em que a decisão recorrida contrariar dispositivo da
Constituição), mas também com fundamento no art. 102, III, “d” da Constituição (cabimento do
RE quando a decisão recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal). Desde a
Emenda Constitucional n. 45/2004, o Supremo Tribunal Federal passou a ser competente
para julgar recursos contra decisão judicial que entender válida lei local contestada em
face de lei federal, tendo sido tal competência retirada do elenco de competências do Superior
Tribunal de Justiça. A justificativa para tal alteração reside
no fato de que o conflito entre leis local e federal é também um conflito federativo, a ser
resolvido pelo órgão de cúpula do Judiciário. Devem ser demonstrados, ainda, a existência
de repercussão geral e o pré‐questionamento. A exigência de demonstração da
repercussão geral foi veiculada pela EC n. 45/2004, que incluiu o § 3º ao art. 102 da
Constituição. A lei n. 11.418/2006 disciplinou aquela exigência, incluindo o art. 543‐A no CPC, o
qual determina que o recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, a existência de
repercussão geral (2º). No caso, José deverá demonstrar a existência de questões de interesse
econômico e jurídico que
ultrapassa os interesses subjetivos da causa, tendo em vista o prejuízo ao Erário e à moralidade
administrativa. Já o requisito do pré‐questionamento decorre de construção jurisprudencial
dos Tribunais superiores, e, no caso, foi cumprido não apenas pela efetiva manifestação do
Tribunal de origem, como, ainda, pela oposição de embargos de declaração. O examinando
deve indicar, como fundamento do seu recurso, que compete privativamente à União
legislarsobre normas gerais de licitação e contratação (art. 22, XXVII da CRFB), e que tal
competência foi exercida por meio da edição da Lei n. 8.666/93).
A Lei n. 1.234, do Estado X, desbordou dos limites da competência do Estado, e, portanto, é
inválida. Nada obstante, o Tribunal de origem entendeu válida a lei local contestada em face da
lei federal (que impõe a licitação às empresas públicas), e, assim, dá ensejo a um conflito
quanto às competências de cada ente federativo (União e Estado X). Ainda, a conduta
impugnada viola os princípios da moralidade e da impessoalidade, pois foi contratada,
sem licitação, uma empresa sem experiência na área, por um preço muito acima do valor de
mercado, apenas pelo fato de a empresa pertencer ao
filho do dirigente do banco estatal (empresa pública). Por fim, deve ser formulado pedido
para que seja dado provimento ao recurso, a fim de reformar a decisão recorrida, para
declarar a invalidade do ato de contratação e o pagamento das perdas e danos ao Erário.
Modelo

(OAB XII Exame) Após mais de 40 (quarenta) dias de intensa movimentação popular, em
protestos que chegaram a reunir mais de um milhão de pessoas nas ruas de diversas cidades do
Estado, e que culminaram em atos de violência, vandalismo e depredação de patrimônio
público e particular, o Governador do Estado X edita o Decreto nº 1968. A pretexto de disciplinar
a participação
Modelo

da população em protestos de caráter público, e de garantir a finalidade pacífica dos


movimentos, o Decreto dispõe que, além da prévia comunicação às autoridades, o
aviso deve conter a identificação completa de todos os participantes do evento, sob pena de
desfazimento da manifestação. Além disso, prevê a revista pessoal de todos, como forma de
preservar a segurança dos participantes e do restante da população. Na
Modelo

qualidade de advogado do Partido Político “Frente Brasileira Unida”, de oposição ao


Governador, você ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o Tribunal de
Justiça do Estado X, alegando a violação a normas da Constituição do Estado
referentes a direitos e garantias individuais e coletivos (que reproduzem disposições constantes
da Constituição da República). O
Modelo

Plenário do Tribunal de Justiça local, entretanto, por maioria, julgou improcedente o pedido
formulado, de declaração de inconstitucionalidade dos dispositivos do Decreto estadual, por
entender compatíveis as previsões constantes daquele ato com a Constituição do Estado, na
interpretação que restou prevalecente na corte. Alguns dos Desembargadores registraram em
seus votos,
Modelo

ainda, a impossibilidade de propositura de ação direta tendo por objeto um decreto estadual.
Entendendo que a decisão da corte estadual, apesar de não conter obscuridade, omissão ou
contradição, foi equivocada, e que não apenas as disposições do Decreto são inconstitucionais
como também a própria
interpretação dada pelo Tribunal de Justiça é incompatível com o ordenamento jurídico
nacional, os dirigentes do Partido pedem que
Modelo

você proponha a medida judicial cabível a impugnar aquela decisão.


RECURSO ESPECIAL
Hipóteses de cabimento

Previsão constitucional: Art. 105, Inciso III, CF.

Previsão infraconstitucional: Art. 1029 e seguintes do CPC.


Hipóteses de cabimento

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:


(...)
III ‐ julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar‐lhes vigência;
Hipóteses de cabimento

b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
Legitimados

Legitimados ativos e passivos: parte do processo judicial.


Competência e endereçamento

Competência para julgar o Recurso Especial: Superior Tribunal de Justiça (Art. 105, Inciso III, CF).
Endereçamento: apesar de a competência ser do STJ, o endereçamento deve ser feito para o
Presidente ou para o Vice‐Presidente do Tribunal prolator da decisão recorrida (idem ao Recurso
Extraordinário, portanto).
Prazo

Prazo (Art. 1003, parágrafo 5, NCPC): o prazo é de 15 dias a contar da publicação da decisão
afrontosa.
Procedimento

Endereçamento para o Presidente/Vice‐Presidente do Tribunal responsável pela prolação da


decisão: conforme artigo acima mencionado, o endereçamento deve ser feito para o
Presidente/Vice‐Presidente do Tribunal responsável pela prolação da decisão solicitando que as
razões anexadas sejam enviadas ao STJ.
Procedimento

Requisitos específicos: o Recorrente deverá demonstrar alguns requisitos específicos sob pena
de não processamento do Recurso. São eles:
• Tempestividade: conforme acima demonstrado, o Recurso Especial deve ser interposto
no prazo de 15 dias a contar da publicação da decisão.
Procedimento

• Preparo: deve ser requerido com a petição inicial a juntada da guia de preparo/custas,
sem as quais o Recurso não é conhecido.
• Prequestionamento: a discussão levada para o Superior Tribunal de Justiça deve ter
sido debatida nas instâncias ordinárias. Isto é, deve ser demonstrado ao STJ o
prequestionamento. É o que estabelece a Súmula 211/STJ.
Procedimento

Súmula 211/STJ: “Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição
de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal a quo.”.
Procedimento

• Discussão apenas sobre matéria de direito, e não de fato: o Recurso Especial não
comporta a discussão sobre matéria de fato, mas apenas sobre matéria de direito. Tal óbice
encontra‐se na Súmula n. 7 do STJ:

Súmula 7/STJ: A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
Procedimento

Contrarrazões: recebido o Recurso, a parte contrária será intimada para apresentar as suas contrarrazões
no prazo de 15 dias.
Procedimento

OBS: O Tribunal Local tem a competência para analisar os pressupostos formais do Recurso
Extraordinário (preparo, tempestividade, existência de tópico demonstrando a repercussão geral, dentre
outros).
Procedimento

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL ...

Autos n...

RECORRENTE, já qualificado nos autos acima indicados, decorrentes de (indicar a ação) que move em face
de /ou movida por RECORRIDO, por intermédio de seu procurador ao final assinado (instrumento de
procuração anexado), vem, com fundamento
Estrutura da peça
no art. 105, inciso III, alínea ..., da Constituição Federal, interpor

RECURSO ESPECIAL

em face da decisão de fls. ..., proferida por ÓRGÃO PROLATOR DA DECISÃO (CÂMARA, TURMA), com base
nas razões anexadas, requerendo sejam as mesmas recebidas e remetidas ao Superior Tribunal de Justiça.

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado..
Estrutura da peça

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

RAZÕES DE RECURSO ESPECIAL

1. FATOS

Descrever os fatos conforme as informações contidas no problema. Não acrescentar informações


estranhas ao problema para não configurar identificação de peça!
Estrutura da peça

2. PRELIMINARMENTE

2.1. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Citar o artigo 105, inciso III, alíneas “a”, “b” e/ou “c” da Constituição Federal, destacando o
objeto recorrido:
Estrutura da peça

Sugestão de redação
“Conforme o artigo 105, inciso III, alínea (....), da Constituição (citar)
Cabível, portanto, o presente Recurso Especial na medida em que pretende‐se combater a
decisão proferida por (descrever) que (descrever, indicando a hipótese de cabimento).
Estrutura da peça

2.2.TEMPESTIVIDADE E PREPARO

Citar o artigo 1003, parágrafo 5, do CPC e informar que o Recurso é interposto no prazo de 15
dias a contar da publicação da decisão recorrida.
Informar que anexo as razões recursais seguem as guias de preparo/custas do Recurso.
Estrutura da peça

Sugestão de redação:
“Conforme o artigo 1003, parágrafo 5, do CPC (Citar).
O recurso é interposto no prazo acima indicado, razão pela qual há que se tê‐lo como
tempestivo.
Ainda, acompanham as razões recursais as guias de preparo/custas, de modo que o presente
recurso deve ser admitido e processado”.
Estrutura da peça

2.3. NÃO INCIDÊNCIA DAS SUMULAS 211 E 207 DO STJ

Citar as súmulas 211 do STj e demonstrar que já houve prequestionamento nas instâncias
inferiores.
Citar a súmula 207 do STJ e informar que não se pretende questionar matéria de fato, mas
apenas de direito.
Estrutura da peça

Sugestão de redação:
“A Súmula 211 do STJ assim dispõe: (copiar)
Contudo, dita Súmula não incide no presente caso, uma vez que as instâncias inferiores já se
pronunciaram a respeito dos argumentos do presente Recurso Especial (se possível descrever).
Por sua vez, a Súmula 207 do STJ dispõe que (copia).
Estrutura da peça

Assim como no caso acima, não há se falar na sua aplicação pois não pretende o Recorrente
discutir aspectos de fato, mas apenas e tão somente matérias de direito (se possível descrever)”

3. MÉRITO

Discorrer sobre os motivos que impõem a reforma da decisão.


Estrutura da peça

Mencionar obrigatoriamente o artigo 105, Inciso III, e apontar com base em qual alínea o
recurso é interposto.

4. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) Intimação da parte recorrida para que, querendo, apresente as suas contrarrazões no


prazo de 15 dias, conforme artigo 1030 do CPC.
Estrutura da peça

b) O provimento do recurso com base no artigo 105, Inciso III, alínea (citar) para fins de reformar a
decisão proferida por (citar), uma vez que (explicar brevemente).
c) A inversão do ônus de sucumbência.
d) A juntada da guia de preparo anexada.

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado ...
(OAB CIVIL – XXV EXAME) Em uma determinada ação indenizatória que tramita na capital do Rio de
Janeiro, o promitente comprador de um imóvel, Serafim, pleiteia da promitente vendedora, Incorporadora
X, sua condenação ao pagamento de quantias indenizatórias a título de (i) lucros cessantes em razão da
demora exacerbada na entrega da unidade imobiliária e (ii) danos morais. Todas as provas pertinentes
e relevantes dos fatos constitutivos do direito do autor foram carreadas nos autos.Na contestação, a
ré suscitou preliminar de ilegitimidade passiva, apontando como devedora de eventual indenização a
sociedade Construtora Y contratada para a execução da obra. Alegou, no mérito, o descabimento de
danos morais por mero
inadimplemento contratual e, ainda, aduziu que a situação casuística não demonstrou a ocorrência dos
lucros cessantes alegados pelo autor. O juízo de primeira instância, transcorridos regularmente os atos
processuais sob o rito comum, acolheu a preliminar de ilegitimidade passiva. Da sentença proferida já
à luz da vigência do CPC/15, o autor interpôs recurso de apelação, mas o acórdão no Tribunal de
Justiça correspondente manteve integralmente a decisão pelos seus próprios fundamentos, sem
motivar específica e casuisticamente a decisão. O autor, diante disso, opôs embargos de declaração
por entender que havia omissão no Acórdão, para pré‐questionar a violação de norma
federal aplicável ao caso em tela. No julgamento dos embargos declaratórios, embora tenha
enfrentado os dispositivos legais aplicáveis à espécie, o Tribunal negou provimento ao recurso e
também aplicou a multa prevista na lei para a hipótese de embargos meramente protelatórios. Na
qualidade de advogado(a) de Serafim, indique o meio processual adequadopara a tutela integral do
seu direito em face do acórdão do Tribunal, elaborando a peça processual cabível no caso, excluindo‐se a
hipótese de novos embargos de declaração, indicando os seus requisitos e fundamentos nos termos
da legislação vigente.(Valor:5,00).
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Autos n...

SERAFIM, já qualificado nos autos acima indicados, decorrentes de ação indenizatória que move em face
de INCORPORADORA X, por intermédio de seu procurador ao final assinado (instrumento de procuração
anexado), vem, com fundamento
Estrutura da peça
no art. 105, inciso III, alínea “A”, da Constituição Federal, interpor

RECURSO ESPECIAL

em face da decisão de fls., proferida por TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, com base
nas razões anexadas, requerendo sejam as mesmas recebidas e remetidas ao Superior Tribunal de Justiça.

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado..
Estrutura da peça

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

RAZÕES DE RECURSO ESPECIAL

1. FATOS

Conforme dos autos consta, o Recorrente pleiteia junto á Recorrida, Incorporadora X, sua condenação ao
pagamento de quantias indenizatórias a título de (i) lucros cessantes em razão da demora exacerbada na
entrega da unidade imobiliária e (ii) danos morais.
Na contestação, a ré suscitou preliminar de ilegitimidade passiva, apontando como devedora de
eventual indenização a sociedade Construtora Y contratada para a execução da obra. Alegou, no mérito, o
descabimento de danos morais por mero inadimplemento contratual e, ainda, aduziu que a situação
casuística não demonstrou a ocorrência dos lucros cessantes alegados pelo autor. O juízo de primeira
instância, transcorridos regularmente os atos processuais sob o rito comum, acolheu a preliminar de
ilegitimidade passiva. Da sentença proferida já à luz da vigência do CPC/15, o autor interpôs
recurso de apelação, mas o acórdão no Tribunal de Justiça correspondente manteve
integralmente a decisão pelos seus próprios fundamentos, sem motivar específica e casuisticamente a
decisão. O autor, diante disso, opôs embargos de declaração por entender que havia omissão no
Acórdão, para pré‐questionar a violação de norma federal aplicável ao caso em tela. No julgamento
dos embargos declaratórios, embora tenha enfrentado os dispositivos legais aplicáveis à espécie, o
Tribunal negou provimento ao recurso e também aplicou a multa prevista na lei para a hipótese de
embargos meramente protelatórios..
Estrutura da peça

2. PRELIMINARMENTE

2.1. HIPÓTESE DE CABIMENTO

Conforme o artigo 105, inciso III, alínea “a”, da Constituição, compete ao Superior Tribunal de
Justiça processar e julgar o Recurso Especial quando a decisão proferida por Tribunal de Justiça
contrariar tratado ou lei federal, ou negar‐lhes vigência.
Cabível, portanto, o presente Recurso Especial na medida em que pretende‐se combater a
decisão proferida por Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que violou o Código de
Defesa do Consumidor no artigo 25, parágrafo primeiro.

2.2.TEMPESTIVIDADE E PREPARO

Conforme o artigo 1003, parágrafo 5, do CPC, o Recurso Especial deve ser interposto no prazo de
15 dias úteis a contar da publicação da decisão.
O recurso é interposto no prazo acima indicado, razão pela qual há que se tê‐lo como
tempestivo.
Ainda, acompanham as razões recursais as guias de preparo/custas, de modo que o presente
recurso deve ser admitido e processado”.

2.3. NÃO INCIDÊNCIA DAS SUMULAS 211 e 7 DO STJ

A Súmula 211 do STJ assim dispõe que é “Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a
despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal a quo”.
Contudo, dita Súmula não incide no presente caso, uma vez que as instâncias inferiores já se
pronunciaram a respeito dos argumentos do presente Recurso Especial.
Da mesma forma, a Súmual 7 do STJ afirma que a pretensão de simples reexame de prova não
enseja recurso especial.
Assim como no caso acima, não há se falar na sua aplicação pois não pretende o Recorrente
discutir aspectos de fato, mas apenas e tão somente matérias de direito.
3. MÉRITO
4. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) Intimação da parte recorrida – Incorporadora X ‐ para que, querendo, apresente as


suas contrarrazões no prazo de 15 dias, conforme artigo 1030 do CPC.
Estrutura da peça

b) O provimento do recurso com base no artigo 105, Inciso III, alínea “a” para fins de reformar a
decisão proferida por Tribunal de Justiça do Estado X.
c) A inversão do ônus de sucumbência.
d) A juntada da guia de preparo anexada.

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado ...
A medida cabível para Serafim, emseu processo, é a interposição do Recurso Especialpara o STJ,
cujas razões recursais devem rechaçar a ilegitimidade passiva da incorporadora imobiliária, visto
que é ela responsável solidária pelos danos ocasionados, na forma do Art. 25, § 1º, do Código de
Defesa do Consumidor, do Art. 942 do Código Civil oudo Art. 30 da Lei nº 4.591/64. Além disso, o
examinando deve abordar a prática do ilícito contratual e os danos sofridos. Ao final, o pedido
recursal deve ser no sentido de obter a anulação do acórdãoem razão da falta de fundamentação
específica e, caso o STJ entenda que a invalidação será excessivamente prejudicial ao recorrente,
deve ser pedida reforma integral do julgado, com base no Art. 282, § 2º, do CPC.Em relação à multa
aplicada em razão do entendimento do Tribunal (embargos protelatórios), esta também deve ser
rechaçada pelo examinando, por se tratar de recurso com finalidade de pre‐questionamento, o que
resulta na inaplicabilidade do Art. 1026, § 2º, do CPC/15 e na violação ao enunciado de Súmula
de Jurisprudência predominante do STJ (Súmula 98).
medida cabível para Serafim, emseu processo, é a interposição do Recurso Especialpara o STJ,
cujas razões recursais devem rechaçar a ilegitimidade passiva da incorporadora imobiliária, visto
que é ela responsável solidária pelos danos ocasionados, na forma do Art. 25, § 1º, do Código de
Defesa do Consumidor, do Art. 942 do Código Civil oudo Art. 30 da Lei nº 4.591/64. Além disso, o
examinando deve abordar a prática do ilícito contratual e os danos sofridos. Ao final, o pedido
recursal deve ser no sentido de obter a anulação do acórdãoem razão da falta de fundamentação
específica e, caso o STJ entenda que a invalidação será excessivamente prejudicial ao recorrente,
deve ser pedida reforma integral do julgado, com base no Art. 282, § 2º, do CPC.Em relação à multa
aplicada em razão do entendimento do Tribunal (embargos protelatórios), esta também deve ser
rechaçada pelo examinando, por se tratar de recurso com finalidade de pre‐questionamento, o que
resulta na inaplicabilidade do Art. 1026, § 2º, do CPC/15 e na violação ao enunciado de Súmula
de Jurisprudência predominante do STJ (Súmula 98).
Recurso Ordinário

Previsão constitucional: Art. 102, Inciso II, e Art. 105, Inciso II, da CF.

Previsão infraconstitucional: Art. 1027 e seguintes do CPC.


Recurso Ordinário

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo‐lhe
(...)
II ‐ julgar, em recurso ordinário:
a) o "habeas‐corpus", o mandado de segurança, o "habeas‐data" e o mandado de injunção
decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
b) o crime político;
Recurso Ordinário

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:


(...)
II ‐ julgar, em recurso ordinário:
a) os "habeas‐corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais
ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for
denegatória;
Recurso Ordinário

b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais


ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e,
do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;
Legitimados

Legitimados ativos e passivos: serão sempre as partes prejudicadas por uma decisão judicial na
forma dos artigos acima mencionados.
Competência e endereçamento

Competência para julgar o Recurso Ordinário: Supremo Tribunal Federal (Art. 102, Inciso II, CF)
ou Superior Tribunal de Justiça (Art. 105, Inciso I, CF), conforme artigos acima citados.
Competência e endereçamento

Endereçamento: idêntico ao Recurso Extraordinário: deve ser feita uma folha de interposição
para o Juízo ou Tribunal Local solicitando sejam as razões anexadas encaminhadas para o STF ou
para o STJ, a depender do caso. Nesse sentido, assim dispõe o artigo 1028, parágrafo 2, do CPC:
Competência e endereçamento

Art. 1.028. Ao recurso mencionado no art. 1.027, inciso II, alínea “b”, aplicam‐se, quanto aos
requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as disposições relativas à apelação e o
Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.
(...)
§ 2º O recurso previsto no art. 1.027, incisos I e II, alínea “a”, deve ser interposto perante o
tribunal de origem, cabendo ao seu presidente ou vice‐presidente determinar a intimação do
recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as contrarrazões.
Competência e endereçamento

§ 3º Findo o prazo referido no § 2o, os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior,
independentemente de juízo de admissibilidade.
Procedimento

Endereçamento para o Presidente/Vice‐Presidente do Tribunal responsável pela prolação da


decisão: o endereçamento deve ser feito para o Presidente/Vice‐Presidente do Tribunal
responsável pela prolação da decisão solicitando que as razões anexadas sejam enviadas ao STF
ou ao STJ, dependendo do caso..
Procedimento

Requisitos específicos: o Recorrente deverá demonstrar alguns requisitos específicos sob pena
de não processamento do Recurso. São eles:
• Tempestividade: conforme acima demonstrado, o Recurso Extraordinário deve ser
interposto no prazo de 15 dias a contar da publicação da decisão.
Procedimento

• Preparo: deve ser requerido com a petição inicial a juntada da guia de preparo/custas,
sem as quais o Recurso não é conhecido.
Procedimento

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR/MINISTRO PRESIDENTE DO


TRIBUNAL/ JUIZ FEDERAL

Autos n...

RECORRENTE, já qualificado nos autos acima indicados, decorrentes de (indicar a ação) que
move em face de /ou movida por RECORRIDO, por intermédio de seu procurador ao final
assinado (instrumento de procuração anexado),
Modelo
vem, com fundamento no art. (descrever), da Constituição Federal, interpor

RECURSO ORDINÁRIO

em face da decisão de fls. ..., proferida por ÓRGÃO PROLATOR DA DECISÃO (CÂMARA, TURMA/ JUIZ
FEDERAL), com base nas razões anexadas, requerendo sejam as mesmas recebidas e remetidas ao
Supremo Tribunal Federal (ou Superior Tribunal de Justiça).

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado..
Modelo

EGRÉGIO ...

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

1. FATOS

Descrever os fatos conforme as informações contidas no problema. Não acrescentar


informações estranhas ao problema para não configurar identificação de peça!
Modelo

2. PRELIMINARMENTE‐TEMPESTIVIDADE E PREPARO

Citar o artigo 508 do CPC e informar que o Recurso é interposto no prazo de 15 dias a contar da
publicação da decisão recorrida.
Informar que anexo as razões recursais seguem as guias de preparo/custas do Recurso.
Modelo

Sugestão de redação:
“Conforme o artigo 1003, parágrafo 5, do CPC (Citar).
O recurso é interposto no prazo acima indicado, razão pela qual há que se tê‐lo como
tempestivo.
Ainda, acompanham as razões recursais as guias de preparo/custas, de modo que o presente
recurso deve ser admitido e processado”.
Modelo

3. MÉRITO

Discorrer sobre os motivos que impõem a reforma da decisão.


Modelo

4. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) A intimação da parte recorrida – indicar – para que, querendo, apresente as suas


contrarrazões no prazo de 15 dias, conforme artigo 1028, parágrafo 2, do CPC.
b) O provimento do recurso com base no artigo (citar) para fins de reformar a decisão proferida
por (citar), uma vez que (explicar brevemente).
Modelo

c) A intimação do MO.
d) A inversão do ônus de sucumbência.
e) A juntada da guia de preparo anexada.

Pede deferimento.
Local, data.
Advogado ...
Modelo

(OAB XIV Exame 2014.2) João e José são pessoas com deficiência física, tendo concluído curso
de nível superior. Diante da abertura de vagas para preenchimento de cargos vinculados ao
Ministério da Agricultura, postularam a sua inscrição no número que deveria ser reservado, por
força de disposição em lei federal, aos deficientes físicos com o grau de deficiência de João e
Modelo

José, o que restou indeferido por ato do próprio Ministro de Estado, aduzindo que a citada lei
apesar de vigente há dois anos e com plena eficácia, não se aplicaria
àquele concurso, pois não houve previsão no seu edital. Irresignados, os candidatos
apresentaram Mandado de Segurança originariamente no âmbito do Superior Tribunal de
Justiça, tendo a seção competente, por maioria de votos, denegado
Modelo

a segurança, dando razão ao Ministro de Estado. Houve embargos de declaração, improvidos.


Ainda inconformados, apresentaram o recurso cabível contra a decisão do colendo Superior
Tribunal de Justiça. Redija a peça cabível.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA

Autos n...

JOÃO E JOSÉ, já qualificados nos autos acima indicados, decorrentes de Mandado de Segurança
que movem em face de MINISTRO DA AGRICULTURA, por intermédio de seu procurador ao final
assinado (instrumento de procuração anexado), vem, com fundamento no art. 102, Inciso II,
alínea “a”, da Constituição Federal,

RECURSO ORDINÁRIO
em face da decisão de fls. ..., proferida por SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, com base nas
razões anexadas, requerendo sejam as mesmas recebidas e remetidas ao Supremo Tribunal
Federal.

Pede deferimento. Local, data.

Advogado..
EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

1. FATOS

Conforme dos autos consta, João e José foram proibidos de fazer a inscrição em concurso
público para concorrerem às vagas destinadas à portadores de necessidades especiais sob o
pretexto de que o edital respectivo não trouxe nenhuma previsão nesse sentido.

Contudo, é fato que o edital encontra respaldo em lei que expressamente autoriza pe•ssoas
com necessidades especiais a concorrerem em vagas específicas.
Irresignados, os ora Recorrentes impetraram Mandado de Segurança contra ato do próprio
Ministro de Estado da Agricultura, o qual foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça.

Nesse caso, cabível o presente Recurso Ordinário.

2. PRELIMINARMENTE‐TEMPESTIVIDADE E PREPARO

Conforme o artigo 1003, parágrafo 5, do CPC, com exceção dos embargos declaratórios os
recursos – inclusive o recurso ordinário – devem ser interpostos no prazo de 15 dias úteis a
contar da intimação da decisão.
O recurso é interposto no prazo acima indicado, razão pela qual há que se tê‐lo como
tempestivo.

Ainda, acompanham as razões recursais as guias de preparo/custas, de modo que o presente


recurso deve ser admitido e processado.

3. MÉRITO

Com efeito, a negativa imposta aos Recorrentes de participarem do concurso público


concorrendo às vagas de portadores de necessidades especiais viola frontalmente a
Constituição, posto que o seu artigo 37, inciso VIII assegura expressamente a reserva de vagas
para pessoas portadoras de deficiência. Nesse sentido.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(...)
VIII ‐ a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

Dentro dessa premissa, não poderia a falta de previsão editalicia se sobrepor, na medida em
que somente a lei pode obrigar as pessoas a fazerem ou a deixar de fazer alguma coisa. É o que
se depreende do artigo 5º, inciso II, da Constituição:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo‐se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
II ‐ ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Na medida em que a autorização foi negada, também a igualdade foi violada. A igualdade
encontra guarida no texto constitucional, mais especificamente no artigo 5º, caput, da
Constituição, segundo o qual:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo‐se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Assim sendo, a decisão deve ser reformada!

4. PEDIDOS

Diante do exposto, requer‐se:

a) A intimação da parte recorrida – Ministro de Estado (da Agricultura) – para que,


querendo, apresente as suas contrarrazões no prazo de 15 dias, conforme artigo 1028,
parágrafo 2, do CPC.
b) A intimação do MP.
c) O provimento do recurso com base no artigo 102, inciso II, alínea “a” da Constituição,
para fins de reformar a decisão proferida por Superior Tribunal de Justiça, uma vez que ofende a
Constituição nos artigos acima citados.
d) A inversão do ônus de sucumbência.
e) A juntada da guia de preparo anexada.

Pede deferimento. Local, data.

Advogado ...
.
Gabarito comentado:
O enunciado indica a competência originária do Superior Tribunal de Justiça para julgamento
dos Mandados de Segurança impetrados contra atos de Ministro de Estado, a teor do Art. 105, I,
b) da CRFB (Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I ‐ processar e julgar,
originariamente: b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de
Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 23, de 1999).
Ocorrendo a denegação da segurança, como afirmado, por unanimidade ou por maioria, cabe a
apresentação de recurso ordinário ao Supremo Tribunal Federal, consoante o Art. 102, II, a), da
CRFB (II ‐ julgar, em recurso ordinário: a) o habeas‐ corpus, o mandado de segurança, o habeas‐
data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se
denegatória a decisão;) Essa regra é replicada no Art. 539, do CPC.
O recurso deve ser dirigido ao Presidente do STJ para encaminhamento ao STF para julgamento.
Os fundamentos do recurso devem ser:
a) reserva de vagas para os portadores de deficiência – Art. 37, VIII, da CRFB (VIII ‐ a lei reservará
percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá
os critérios de sua admissão); ou Art. 2º, III, c, da Lei 7.853/1989 ou Art. 5º, §2º da Lei
8.112/1990 ou Convenção Internacional sobre os direitos das pessoas com deficiência, Art. 27,
1, g. b) preservação do principio da legalidade, CRFB, Art. 5º, II: “ninguém será obrigado a fazer
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”; c) principio da isonomia, CRFB, Art. 5º,
caput (Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo‐se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, ...).
Aplicam‐se ao Recurso Ordinário as regras de procedimento previstas no CPC. Assim, devem ser
apresentadas razões. Os recorrentes são os impetrantes, no caso os portadores de necessidades
especiais e o recorrido o Ministro de Estado. Deve haver pedido de reforma da decisão atacada.
Deve ser requerida a intervenção do Ministério Público e a remessa do autos ao STF.
Contestação

Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo
termo inicial será a data:
I ‐ da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando
qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
II ‐ do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação
apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I;
III ‐ prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.
§ 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6o, o termo inicial
previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo
pedido de cancelamento da audiência.
§ 2o Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o
autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data
de intimação da decisão que homologar a desistência.
Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões
de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende
produzir.

Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:


I ‐ inexistência ou nulidade da citação;
II ‐ incompetência absoluta e relativa;
III ‐ incorreção do valor da causa;
IV ‐ inépcia da petição inicial;
V ‐ perempção;
VI ‐ litispendência;
VII ‐ coisa julgada;
VIII ‐ conexão;
IX ‐ incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X ‐ convenção de arbitragem;
XI ‐ ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII ‐ falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII ‐ indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
§ 1o Verifica‐se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente
ajuizada.
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o
mesmo pedido.
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em
julgado.
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de
ofício das matérias enumeradas neste artigo.
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste
Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.

Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo
prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial
para substituição do réu.
Parágrafo único. Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará os
honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por cento do
valor da causa ou, sendo este irrisório, nos termos do art. 85, § 8o.

Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação
jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas
processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação.
§ 1o O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo de 15 (quinze) dias, à alteração da
petição inicial para a substituição do réu, observando‐se, ainda, o parágrafo único do art. 338.
§ 2o No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar por alterar a petição inicial para incluir,
como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu.
Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá ser
protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente comunicado ao juiz da
causa, preferencialmente por meio eletrônico.

§ 1o A contestação será submetida a livre distribuição ou, se o réu houver sido citado por meio
de carta precatória, juntada aos autos dessa carta, seguindo‐se a sua imediata remessa para o
juízo da causa.
§ 2o Reconhecida a competência do foro indicado pelo réu, o juízo para o qual for distribuída a
contestação ou a carta precatória será considerado prevento.

§ 3o Alegada a incompetência nos termos do caput, será suspensa a realização da audiência de


conciliação ou de mediação, se tiver sido designada.

§ 4o Definida a competência, o juízo competente designará nova data para a audiência de


conciliação ou de mediação.
Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar‐se precisamente sobre as alegações de fato
constantes da petição inicial, presumindo‐se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
I ‐ não for admissível, a seu respeito, a confissão;
II ‐ a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância
do ato;
III ‐ estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.

Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor
público, ao advogado dativo e ao curador especial.
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando:

I ‐ relativas a direito ou a fato superveniente;

II ‐ competir ao juiz conhecer delas de ofício;

III ‐ por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de
jurisdição.”
ENDEREÇAMENTO

Autos n.

AUTOR, qualificação, por intermédio de seu advogado ao final assinado, vem, apresentar sua

CONTESTAÇÃO

na ação movida por AUTOR, com base nos argumentos adiante


1. PRELIMINARES

2. MÉRITO

3. PEDIDO

a) Recebimento da presente contestação


b) Acolhimento das preliminares de mérito
c) Produção de todas as provas
d) Julgamento de improcedência do pedido
1. PRELIMINARES
2. MÉRITO
3. PEDIDO

a) Recebimento da presente contestação


b) Acolhimento das preliminares de mérito
c) Produção de todas as provas
d) Julgamento de improcedência do pedido
e) Condenação do AUTOR ao pagamento de custas e honorários.
Loca, Data
Advogado
Apelação

Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.

§ 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não


comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas
em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas
contrarrazões.
§ 2o Se as questões referidas no § 1o forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será
intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar‐se a respeito delas.
§ 3o O disposto no caput deste artigo aplica‐se mesmo quando as questões mencionadas no art.
1.015 integrarem capítulo da sentença.

Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
I ‐ os nomes e a qualificação das partes;
II ‐ a exposição do fato e do direito;
III ‐ as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
IV ‐ o pedido de nova decisão.
§ 1o O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2o Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar
contrarrazões.
§ 3o Após as formalidades previstas nos §§ 1o e 2o, os autos serão remetidos ao tribunal pelo
juiz, independentemente de juízo de admissibilidade.

Art. 1.011. Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator:


I ‐ decidi‐lo‐á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V;
II ‐ se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do recurso
pelo órgão colegiado.
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a
sua publicação a sentença que:
I ‐ homologa divisão ou demarcação de terras;
II ‐ condena a pagar alimentos;
III ‐ extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
IV ‐ julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V ‐ confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI ‐ decreta a interdição.
§ 2o Nos casos do § 1o, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois
de publicada a sentença.
§ 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser formulado
por requerimento dirigido ao:
I ‐ tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição,
ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá‐la;
II ‐ relator, se já distribuída a apelação.
§ 4o Nas hipóteses do § 1o, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o
apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a
fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.

Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.


§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões
suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que
relativas ao
capítulo impugnado.
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um
deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
§ 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde
logo o mérito quando:
I ‐ reformar sentença fundada no art. 485;
II ‐ decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da
causa de pedir;
III ‐ constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá‐lo;
IV ‐ decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4o Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se
possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do
processo ao juízo de primeiro grau.
§ 5o O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável
na apelação.
Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na
apelação, se a parte provar que deixou de fazê‐lo por motivo de força maior.
Excelentíssimo Senhor Doutor.....
Autos n.
APELANTE, devidamente qualificado nos autos de (indicar), que move/que é movida por
APELADO, por intermédio de seu procurador ao final assinado, vem, interpor

RECURSO DE APELAÇÃO

Contra a decisão proferida por...


Local, Data
Advogado
1. FATOS
2. HIPÓTESE DE CABIMENTO
3. MÉRITO
4. PEDIDOS
a) Recebimento da presente apelação
b) Intimação da parte recorrida para contrarrazoar o recurso
c) Provimento da apelação
d) Inversão do ônus de sucumbência.
Local, data
Advogado
Agravo de Instrumento

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I ‐ tutelas provisórias;
II ‐ mérito do processo;
III ‐ rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV ‐ incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V ‐ rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI ‐ exibição ou posse de documento ou coisa;
VII ‐ exclusão de litisconsorte;
VIII ‐ rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX ‐ admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X ‐ concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI ‐ redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;
XII ‐ (VETADO);
XIII ‐ outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de
execução e no processo de inventário.

Art. 1.016. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por
meio de petição com os seguintes requisitos:
I ‐ os nomes das partes;
II ‐ a exposição do fato e do direito;
III ‐ as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;
IV ‐ o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo.

Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída:


I ‐ obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a
decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro
documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos
advogados do agravante e do
agravado;
II ‐ com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo
advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;
III ‐ facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.
§ 1o Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte
de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais.
§ 2o No prazo do recurso, o agravo será interposto por:
I ‐ protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá‐lo;
II ‐ protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias;
III ‐ postagem, sob registro, com aviso de recebimento;
IV ‐ transmissão de dados tipo fac‐símile, nos termos da lei;
V ‐ outra forma prevista em lei.
§ 3o Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a
admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932,
parágrafo único.

§ 4o Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de dados tipo fac‐símile ou similar,
as peças devem ser juntadas no momento de protocolo da petição original.
§ 5o Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam‐se as peças referidas nos incisos I e II
do caput, facultando‐se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a
compreensão da controvérsia.
Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição
do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos
que instruíram o recurso.

§ 1o Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado


o agravo de instrumento.

§ 2o Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no


prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento.
§ 3o O descumprimento da exigência de que trata o § 2o, desde que arguido e provado pelo
agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento.

Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não


for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I ‐ poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou
parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;

II ‐ ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento,


quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de
recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de 15 (quinze) dias,
facultando‐lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso;
III ‐ determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico,
quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias.

Art. 1.020. O relator solicitará dia para julgamento em prazo não superior a 1 (um) mês da
intimação do agravado.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL...

Autos n.

AGRAVANTE, qualificar, por intermédio de seus procuradores ao final assinados, vem, nos autos
de (indicar) que move/movida por AGRAVADO, vem, interpor
AGRAVO DE INSTRUMENTO
contra a decisão proferida por (indicar)
Local, Data
Advogado
1. FATOS
2. HIPÓTESE DE CABIMENTO
3. MÉRITO
4. PEDIDOS
A) Recebimento do presente Agravo
B) Intimação da parte contrária para contrarrazoar no prazo.
C) Provimento do recurso para fins de reformar a decisão.
Local, data
Advogado
IDENTIFICAÇÃO DE PEÇAS
Remédios Constitucionais

Responda nos campos abaixo indicados qual seria o remédio constitucional cabível na hipótese
apresentada no enunciado.

OBS: Em algumas hipóteses, não será possível o ajuizamento de nenhuma ação. Nesse caso,
o aluno deverá responder com a palavra “NADA”
Remédios Constitucionais

1) João pretende conhecer informações relacionadas à sua pessoa constantes em registro do


Ministério da Justiça:
Resposta: ______________________________

2) André está preso em virtude de sentença penal condenatória transitada em julgado na qual
exerceu contraditório e ampla defesa
Resposta: ______________________________
Remédios Constitucionais

3) Andressa pretende obter certidão no Departamento de Trânsito de Curitiba na qual conste


inexistir pendências de multa em seu nome
Resposta: ______________________________

4) José pretende insurgir‐se contra a implosão de prédio tombado pelo Poder Público de sua
cidade
Resposta: ______________________________
Remédios Constitucionais

5) Ana Maria, servidora pública, portadora de necessidade especial, tendo já cumprido 26 anos
de atividade, pretende aposentar‐se:
Resposta: ______________________________

6) Cristiano, homossexual, pretende inscrever‐se em concurso público regido por edital que
proibia a participação de não héteros
Resposta: ______________________________
Remédios Constitucionais

7) Marina deseja descobrir junto a Banco de Dados de Entidade Governamental a identidade de pessoas
envolvidas em movimentos guerrilheiros ocorridos na década de 60
Resposta: ______________________________

8) J.A Participações Comerciais pretende anular cobrança tributária referente a imposto instituído em 2014
e cobrado no mesmo ano
Resposta: ______________________________
Remédios Constitucionais

9) André, servidor público, pretende realizar greve junto aos demais colegas da repartição
Resposta: ______________________________

10) Arlindo foi preso após ter negado a entrega de carro penhorado e em seu poder na qualidade de
depositário
Resposta: ______________________________
Controle Concentrado

Responda nos campos abaixo indicados qual seria a ação do controle concentrado exercido pelo
STF ou pelos TJs cabível na hipótese apresentada no enunciado.

OBS: Em algumas hipóteses, não será possível o ajuizamento de nenhuma ação. Nesse caso,
o aluno deverá responder com a palavra “NADA”

1) Conselho Federal da OAB pretende impugnar a Lei Federal X/2009:


Controle Concentrado

2) Partido Político X, com um Deputado Federal, pretende impugnar a edição da Medida


Provisória X/2013 publicada em 03/03/2013.
Resposta:_______________________________________________________________

3) Presidente da República, tendo interesse em manter a tributação instituída a favor da


União pela Lei Federal X/2013, deve ajuizar:
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

4) Mesa da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul pretende anular a lei paranaense
editada em 14/05/2010 que autorizou a contratação de serviços sem licitação:
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

5) A Mesa do Senado Federal pretende impugnar a lei do Estado do Mato Grosso do Sul
revogada em março de 2013 a fim de obter um pronunciamento definitivo do STF com efeito
vinculante e eficácia erga omnes, facilitando, com isso, a defesa dos interesses dos particulares
prejudicados pela lei enquanto vigente.
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

6) O Conselho Federal da OAB pretende insurgir‐se contra a ausência de norma


regulamentando o artigo 40, § 4°, da Constituição Federal que estabelece a aposentadoria
especial para algumas categorias de servidores públicos;
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

7) O Procurador Geral da República pretende insurgir‐se contra o enunciado da súmula


vinculante n. 12, por entender que a taxa de matrícula pode ser cobrada nas Universidades
Públicas:
Resposta:_______________________________________________________________

8) O Presidente do Congresso Nacional pretende anular a lei do Estado do Paraná editada


em 05/09/2008:
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

9) O Conselho Federal da OAB pretende resolver impasse acerca da constitucionalidade


ou inconstitucionalidade da lei federal K/2012 travado no âmbito dos tribunais regionais
federais brasileiros:
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

10) O Partido Político A, com representação no Congresso Nacional, pretende anular a


emenda constitucional X/2013 que diminuiu a maioridade penal para 12 anos:
Resposta:_______________________________________________________________

11) O Partido Político Y, com representação no Senado Federal, pretende anular o decreto
presidencial Ω/2013 que regulamentou a Lei do Imposto de Renda:
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

12) Presidente da República decide impugnar disposição da lei da anistia (Lei 6683/1979):
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

13) O Presidente da República, acometido por uma doença grave, no último ano do
mandato exercido sem vice‐presidente, decide impugnar a ausência de norma regulamentando
o artigo 81, § único, da Constituição Federal:
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

14) O Governador do Estado Y pretende impugnar a Medida Provisória W/2013 por


entender que a mesma não atendeu aos seus pressupostos objetivos:
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

15) A Federação Sindical dos Servidores Públicos do Estado do Paraná pretende insurgir‐se
contra a omissão deixada pelo Poder Público na regulamentação da greve do servidor público
(Art. 37, inciso VII, CF).
Resposta:_______________________________________________________________

16) O Procurador Geral da República decide impugnar a lei delegada feita pelo Presidente
da República em 24/06/2012:
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

17) O Conselho Federal da OAB pretende anular o decreto legislativo y/2013 editado pelo
Presidente da República dispondo sobre a organização e funcionamento da Administração
Pública Federal:
Resposta:_______________________________________________________________

18) A Confederação Sindical Y pretende anular a resolução ministerial que estava


prejudicando a categoria representada:
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

19) O Governador do Estado do Paraná decide impugnar previsão constante no Regimento


Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná que ofende a celeridade processual:
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

20) O Governador do Estado do Paraná pretende anular a lei municipal X/2013 que violou
o artigo 5°, inciso II, da Constituição Federal.
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

21) O Conselho Federal da OAB decide questionar o artigo 80, § 1°, da Constituição Federal
que estabelece eleições indiretas para o cargo de Presidente da República, por entender que a
previsão viola o artigo 60, § 4°,inciso II, da Constituição Federal:
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

22) O Presidente da República decide impugnar a lei λ/2011, editada pela Assembleia
Legislativa de Roraima, que autorizava a contratação de médicos sem registro no CRM para
atuarem no serviço público:
Resposta:_______________________________________________________________
23) A Mesa do Senado Federal decidiu impugnar previsão da atual lei orçamentária federal:
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

24) O Governador do Distrito Federal decidiu impugnar a lei Ѱ/2012 aprovada pela Câmara
Distrital que aumentou o valor do IPTU para o atual exercício fiscal:
Resposta:_______________________________________________________________

25) Em quais hipóteses acima indicadas o legitimado ativo deverá comprovar a pertinência
temática? Responda indicando os números das questões:
Resposta:_______________________________________________________________
Controle Concentrado

26) Em quais hipóteses acima indicadas o legitimado ativo deverá estar representado por
advogado? Responda indicando os números das questões?
Resposta:_______________________________________________________________
Recursos

1) Decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná em ação ordinária declarando a


inconstitucionalidade de lei X/2013 editada pelo Congresso Nacional.
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

2) Denegação de Habeas Data impetrado em face de ato coator praticado pelo Ministro
da Defesa X:
Resposta: ______________________________________________________________

3) Decisão denegatória de Mandado de Injunção ajuizado perante o STJ:


Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

4) Decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul que manteve a sentença
de primeiro grau ofendendo disposição expressa da Constituição;
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

5) Decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado X em sentido diametralmente


oposto a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado Y sobre a mesma matéria:
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

6) Habeas Corpus impetrado a favor do Governador de Estado do Paraná é denegado:


Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

7) Decisão proferida pelo Tribunal Superior do Trabalho declarando a


inconstitucionalidade da lei que regulamentou o trabalho do trabalhador doméstico.
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

8) Decisão proferida pela Turma Recursal do Sistema de Juizados Especiais Cíveis de


Curitiba/PR violando a liberdade de manifestação de pensamento.
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

9) Decisão proferida pela 1ª Vara Federal de Curitiba condenando José Aparecido pela
prática de crime político:
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

10) Decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná reconhecendo a validade da
contratação de técnicos de informática sem licitação no Município de Curitiba.
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

11) Decisão do Tribunal de Justiça do Paraná mantendo a sentença de primeiro grau que
julgou válida a lei local contestada em face da lei federal 123/2012.
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

12) Habeas Corpus impetrado diretamente no Tribunal de Justiça do Estado X é denegado


em decisão que afronta diretamente a Constituição.
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

13) Denegatória de mandado de segurança impetrado em face de ato coator praticado


pelo Juiz Federal da X Vara de Curitiba, Estado do Paraná:
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

14) Decisão que declarou válida a lei municipal impugnada pelo Ministério Público
autorizando a criação do sistema de correios públicos do município de Curitiba.
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

15) Decisão de primeiro grau que deu a lei federal interpretação divergente da
interpretação dada por outro Tribunal:
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

16) Decisão que declarou a constitucionalidade da lei do Estado de São Paulo que
autorizou a dispensa de contratação sem necessidade de licitação, conforme Lei 8666..
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

17) Decisão que mantém José na prisão, após o manejo do Habeas Corpus impetrado em
face de ato coator praticado por Juiz Estadual.
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

18) Decisão de primeira instância que ofende lei federal:


Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

19) Decisão do Tribunal Regional Federal da Primeira Região que nega isenção tributária
concedida pela Lei Federal 1/2013.
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

20) Denegação de Habeas Corpus impetrado por ADVOGADO em favor de PACIENTE,


coagido em sua liberdade de locomoção, pelo Ministro de Estado Y:
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

21) Decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná declarando a


constitucionalidade da Lei Federal X/2010 que autorizou a pena de trabalhados forçados dentro
das penitenciárias federais.
Resposta: ______________________________________________________________
Recursos

22) Decisão do Tribunal Regional Federal da Segunda Região que não reconhece aos réus
assistidos por diferentes procuradores o prazo em dobro para contestar:
Resposta: ______________________________________________________________

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