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BIONATOR DE BALTERS

INTRODUÇÃO e HISTÓRIA

• 1863 – G. Von Langdorf (Alemanha). Primeiro a se preocupar com a influência


dos tecidos moles sobre a posição dos dentes.
• 1869 – Kleinmann (Alemanha). “A ação da língua sobre a posição dentária.
• 1880 – Norman Kingsley (EUA). Aparelhos que mudavam a posição da
mandíbula para frente (“Jumping the bite”). Teoria deu ensejo a construção de
diversos aparelhos protratores mandibulares.
• 1880 – Walkoff (Alemanha) desenvolveu a “Teoria da Tensão” que tinha como
objetivo explicar como forças ortodônticas agindo sobre o osso alveolar
produziam alterações de ordem morfológicas (mudança de forma) e estruturais
(reabsorção e neoformação).
• 1902 – Pierre Robin: Desenvolveu o aparelho monobloco a partir de estudos
com ativadores.
• 1918 – Alfred P. Rogers: Disse: “Exercícios dos músculos orofaciais poderiam
ajudar a corrigir certos estados ortodônticos.”
• Até 1950 – EUA: Correção da má-oclusão de CL. II dentária sem alteração do
perfil facial.
 1950 E 1960 - Concebido e aperfeiçoado por Dr. Balters, na Alemanha no final
da década de 50 e princípios dos anos 60, o Bionator não nasceu em sua mente novo
e completamente formado, pelo contrário, foi o produto final de uma série
dolorosamente grande e lenta de etapas evolutivas, com métodos de tentativa e erro,
que remontam a 1879.
O conceito de um aparelho ativador funcional para tratar más- oclusões, deve-se
a grande parte pelas teorias e desenho de um aparelho ativador feitos por Viggo
Andresen. Seu aparelho foi chamado de ativador.
O Bionator foi desenvolvido em 1968 a partir do aparelho de Andresen. O
aparelho possuía um palato aberto com uma mola de Coffin, porém se escudos
anteriores. Também possuía arcos bucinadores para auxiliar o afastamento da
invaginação dos tecidos orais. O aparelho que conhecemos hoje em dia, na realidade é
um aparelho tipo Bionator modificado. Ele foi modificado pelo Dr. G.P. Schmuth,
de Bonn. Ele adicionou o aparelho mantendo igual a porção de acrílico, porém
acrescentando o antigo arco vestibular do ativador original de Andresen. Também
adicionou um parafuso na linha media para abaixar a placa lingual. Com isto ele
resolveu dois problemas: 1) o Bionator original tinha uma alta incidência de fraturas
nessa área. 2) também permitia um certo grau de expansão lateral das arcadas
dentárias.Além do mais, eliminou os arcos de afastamento do bucinador e adicionou um
escudo vestibular de acrílico à porção lingual inferior do aparelho para prevenir a
extrusão dos dentes ântero-inferiores. Este plano anterior proporcionava, da mesma
forma, uma superfície contra a qual se podiam articular os dentes ântero-inferiores, e
também impedia que os dentes ântero-inferiores ficassem inclinados para vestibular.
Assim, o que conhecemos com Bionator não é na realidade o Bionator original , mas um
aparelho funcional que não é puramente funcional, porque o parafuso situado na área
ântero-inferior torna esta parte do aparelho uma placa ativa.

Mais recentemente, com o advento de resinas acrílicas mais modernas foi


novamente abolido o parafuso ântero-inferior.
Balters acreditava que hábitos adquiridos agem como fatores etiológicos de
anomalias dento-faciais; e que a correção poderia ser feita mediante o restabelecimento
do crescimento natural do corpo.
APRESENTAÇÃO

O Bionator é essencialmente um aparelho bioplástico, ou seja, construído

com grande base em acrílico e poucos componentes em metal, o que permite o avanço

mandibular em uma posição única e a desoclusão dos dentes posteriores. A correção do

perfil retruso do paciente se dá diretamente pela projeção mandibular e posterior

remodelação da cabeça do côndilo e cavidade glenóide em uma posição mais anterior,

ao contrário de outros aparelhos ortopédicos bioelásticos que promovem este avanço

indiretamente pelo estímulo de outras estruturas bucais. Assim sendo, este aparelho foi

desenvolvido para corrigir uma Classe II, primeira divisão (Angle) para uma

normoclusão de Classe I (Angle).

Além disso, o Bionator, por ser de fácil confecção, é um aparelho higiênico e

confortável, características que ajudam no uso do mesmo por pacientes pouco

colaboradores. Também é estético e de fácil adaptação quanto à fonação.

Uma outra característica interessante é o fato do Bionator usar forças musculares

(extrínsecas ao aparelho) para mudar a posição da mandíbula ao contrário de placas

ativas que se valem de forças de dispositivos próprios para esta mudança de posição.

Dra. Vilma Simões (2003) acrescentou que o aparelho de Balters trabalha

promovendo estímulos bucais proprioceptíveis moderados na língua, na guia

interincisiva e principalmente no periodonto e estímulos exterioceptivos na mucosa

palatina frontal. Outros dispositivos ortopédicos como o Planas, Bimler e Fränkel

promovem estes estímulos preferencialmente em outras regiões como a ATM, os

músculos de lateralidade e mucosa do vestíbulo oral.


Vilma, 2003

COMPONENTES DO APARELHO

Elementos do Bionator e suas principais funções segundo a descrição de Balters:

1 – Plano Oclusal (PO):

É um plano de acrílico com orientação paralela ao plano de Camper. Ele vai orientar os
dentes logo após a erupção;
2 – Alça Palatina (AP) ou Mola Coffin:
Colocada na base de acrílico, entre a língua e o palato. Serve para sustentação do corpo
do Bionator e orienta o posicionamento da língua. É confeccionada com fio 1,2
mm e se insere na base acrílica na região de mesial dos primeiros pré-molares
superiores.
Tem a forma oval voltada para distal e vai até a região medial dos primeiros molares
superiores. A alça palatina está ligeiramente afastada do palato e é passiva.
Objetivo - Estimular a alteração de postura da língua e estabilizar as partes laterais da

base acrílica.

3 - Alça Vestibular (AV):


Confeccionada com fio 0.9 mm que se insere na base acrílica, no plano de mordida
posterior, na região dos primeiros pré-molares superiores, e apresenta um percurso
superior posterior até a medial do primeiro molar superior,retornando em sentido
anterior inferior até a região dos primeiros pré-molares.
É formada por duas partes:
3.1 - Parte Labial: estimula o selamento labial. É passiva e está distante cerca de 1 mm
dos incisivos superiores. Ela não pode ser ativada de encontro com os incisivos.

3.2 - Parte Bucinadora: continuação da alça labial ocupa o espaço entre a arcada
dentária e o músculo bucinador. Ela vai evitar a interferência dos tecidos moles
das bochechas sobre as arcadas dentárias; afastando os tecidos moles das
bochechas. Deverá estar afastada cerca de 3 mm dos dentes.
4 - Apoios Verticais:
Asseguram uma fixação permanente da oclusão funcional. Devem evitar os
desvios da mandíbula no plano vertical. Quando reduzidos por meio de fresas, formam-
se áreas de deslizamento até que o dente chegue ao plano de oclusão;

5 - Apoios Interproximais:
- Evitam os desvios sagitais ântero-posteriores do Bionator.

6 - Base Acrílica:
 Lateralmente - o acrílico se estende de distal dos caninos superiores até cerca de
2 a 3mm atrás dos primeiros molares.

 Sentido vertical – o acrílico se estende somente 2 a 3 mm abaixo da margem


gengival dos dentes posteriores superiores e inferiores.

 Região anterior inferior - o acrílico se estende de distal de canino a distal


de canino, protegendo a arcada inferior da pressão lingual. O acrílico, nesta
região, não deve tocar dentes e gengiva. A base acrílica não se estende à região
anterior superior, portanto, não há proteção acrílica nos dentes anteriores
superiores.

 Altura da desoclusão posterior – corresponde à dimensão vertical da mordida


de construção.

VARIANTES DO APARELHO
 Pode ser adaptado para expandir, moderadamente, as arcadas. Não é um
objetivo primário do aparelho. Para tal efeito é preciso uma ativação leve
com o alicate “meia cana” na alça vestibular e uma ativação no sentido
lateral na parte bucinadora da alça vestibular de ambos os lados do aparelho.
Obs: Esta ativação deverá ser bem suave para evitar fraturas nas regiões
rígidas do aparelho.

 Promover movimentações dentárias individuais. Na confecção do


aparelho poderá ser adaptados molas digitais conforme a necessidade para
movimentações individuais de elementos dentários lingualizados (Obs. Não
é um efeito primário da aparelho).

 Melhorar o posicionamento lingual.


Também na confecção do aparelho, grades
palatinas (barra ondulada) poderão ser
inseridas no corpo do aparelho para auxiliar
no fechamento de mordidas abertas e
posicionar a língua em regiões mais
fisiológicas.

 Auxiliar no tratamento da mordida


profunda. Equiplans também poderão ser
colocados no corpo do aparelho para aumentar
a desoclusão do dentes posteriores e ajudar
nas correções de mordidas profundas.

INDICAÇÕES

• CLASSE II; PRIMEIRA DIVISÃO, COM RETRUSÃO MANDIBULAR.

• PERFIL CONVEXO.

• ARCADAS POUCO DESNIVELADAS.

• ALTURA FACIAL DIMINUÍDA.

• AUXILIAR NO SELAMENTO LABIAL.


• AUXILIAR NA CORREÇÃO DA DEGLUTIÇÃO ATÍPICA.

Obs: Além da correção da classe II, após as modificações introduzidas no aparelho, é


possível indicar o Bionator também para:
– Expansão moderada das arcadas;
– Movimentos dentários individuais.

CONTRA – INDICAÇÕES

• PACIENTES COM ALTURA FACIAL AUMENTADA. O aparelho quando


instalado promove extrusão diferencial dos dentes posteriores o que aumenta o
componente vertical de crescimento.

• PACIENTES COM ARCADAS MUITO DESNIVELADAS. (Deve-se fazer


pré-alinhamento). A estabilização do aparelho em arcadas muito desniveladas é
difícil de ser conseguida.
• PACIENTES ADULTOS. (Sem crescimento ativo). Os efeitos ortopédicos são
nulos em pacientes que não estão em fase de crescimento.

• PACIENTES COM PROBLEMAS ARTICULARES. Desordens têmporo-


mandibulares pré-existentes poderão ser agravadas com o uso do Bionator.

• PACIENTES NÃO COLABORADORES. É preferível o uso de aparelhos


fixos.
MODUS OPERANDI

O mecanismo de ação do aparelho Bionator baseia-se no conceito de aparelho


funcional, uma vez que, mobiliza várias estruturas intra- orais para manter a mandíbula
em uma posição mais anterior reestabelecendo a homeostasia do sistema
estomatológico. Na verdade, Dr. Balters acreditava que o paciente portador de uma
Classe II (Angle) por retrusão mandibular apresentava um palato atrésico por conta de
uma série de eventos que impediam o palato e
a maxila, de uma forma geral, de se
desenvolverem de uma forma harmoniosa.
Exemplos destes eventos seriam a posição
perniciosa da língua, a ação contráctil dos
músculos adjacentes as arcadas e a posição
mais posterior do osso mandibular. O autor,
para justificar suas descobertas, sugere então
que se dentro da boca existisse um ovo, em
condições de normalidade, ele estaria com seu
pólo maior para frente tendo sua amplitude
máxima na região dos primeiros molares.

Tal situação não seria vista em


um paciente Classe II primeira
divisão, onde o estreitamento da
arcada superior pela compressão dos
músculos da face impediriam a
mandíbula de crescer para anterior.
Desta forma, a estenose sanguínea e a
êxtase linfática na região da pré-
maxila seriam as responsáveis pelo
aspecto pontiagudo na região de
incisivos.
A função do Bionator, então, é a de promover uma verdadeira ginástica e
treinamento muscular a fim de devolver a boca
estímulos normais de crescimento e
desenvolvimento, devolver o espaço bucal ideal para
manutenção de arcadas niveladas e corrigir a
posição e a função da língua. A alteração postural da
mandíbula (desloca-se para baixo e para frente)
desbloqueia as ATM’s estimulando o
desenvolvimento condilar. Além disso, a posição da
língua torna-se mais posterior para sustentar o corpo do aparelho através da alça
palatina. Este fato contribui para o remodelamento da abóboda palatina.
Secundariamante a esses objetivos, o aparelho promove uma desoclusão do
setor intermediário do arco favorecendo a correção da mordida profunda por
extrusão dos pré-molares e desenvolvimento vertical dos alvéolos. Além disso, a
tensão e o estiramento muscular causados pela posição mais anterior da mandíbula
traciona pra distal a dentição superior auxiliando na correção esquelética ântero-
posterior.
O aparelho de Balters trabalha, essencialmente com a noção de conjunto
deslocando todo o complexo mandibular para frente, o que faz dele um aparelho
pouco eficiente nas correções individuais de elementos dentários. Um outro efeito
indesejável causado pelo Bionator é a tendência de retroinclinar os dentes superiores
e vestibularizar os inferiores; o que pode ser controlado perfeitamente retirando o
contato do arco vestibular dos dentes superiores e encapsulando os dentes inferiores
com resina.
Os elementos do Bionator não são ativos e nem devem ser ativados. Os
benefícios proporcionados por ele são frutos apenas da instalação e correto uso pelo
paciente assim sendo; as alterações morfológicas são conseqüências apenas da
normalização funcional.
O aparelho deverá ser usado por um período mínimo de 5 meses, sem
qualquer ativação ou modificação. A prerrogativa desta conduta é a espera da
remodelação da fossa glenóide coma cabeça da mandíbula em uma posição mais
anterior.
Após este período, desgastes seletivos (broca maxicut) serão realizados
no acrílico do aparelho na região que corresponde às oclusais dos dentes inferiores
para permitir a extrusão diferencial dos dentes posteriores.

EFEITOS

ALTERAÇÕES NO PERFIL MOLE

• Elimina sulco submandibular ;

• Auxilia no selamento labial; normalizando a musculatura


perioral.

• Controla danos periodontais;

• Auxilia na correção da deglutição atípica.

• Melhora o posicionamento lingual.

O Bionator de Balters é um aparelho de fácil confecção e de difícil quebra porque


tem um grande corpo de acrílico; ao contrário de aparelhos como os “Binlers” que
são aparelhos ricos em dobras metálicas. Esta característica faz dele um ativador
de fácil higienização e bom controle periodontal. A projeção anterior da mandíbula
favorece a abertura do ângulo submandibular pela retroinclinação do lábio inferior
e avanço do mento. O posicionamento mais fisiológico da língua, bem como a
correção da deglutição é atribuído ao fato do aparelho ser sustentado pelos
contatos oclusais e, principalmente pelo contato contínuo da língua com a alça
palatina em uma posição mais posterior. Por fim, o selamento labial é alcançado
pelo estímulo constante dos lábios contra a alça vestibular.

ALTERAÇÕES FUNCIONAIS

 Deslocamento para baixo e para frente da mandíbula;


 Promove alteração postural da mandíbula em relação à maxila.
 Estimula o desenvolvimento condilar;
 Devolve ao aparelho estomatognático estímulos normais de crescimento e
desenvolvimento, dando-lhes condições para normalização através de forças
próprias do organismo.
 Traciona para distal a dentição superior através de tensão e estiramento
muscular;
 Promove retroinclinação dos dentes superiores e de vestibularização os dentes
inferiores (o escudo labial minimiza este efeito)
 Promove o desenvolvimento vertical do alvéolo corrigindo a mordida profunda.


 Controla danos periodontais, devido a correção da sobremordida;

SCHULHOF e ENGEL: o tratamento com o bionator estimulou maior crescimento


que o esperado.
• eixo condilar: aumento maior que o crescimento normal;
• eixo do corpo: aumento maior que o crescimento normal;
• ângulo goníaco: não houve mudança significativa;
• eixo facial: constante;
• incisivos inferiores: sem extrusão com o crescimento;
• incisivos superiores: inclinados para palatino;
• molares inferiores: pequena diferença do crescimento normal;
• molares superiores: permanecem distal contra o crescimento.

DROSCHL enumerou os efeitos atingidos com o Bionator, segundo o seu idealizador


Balters:
1- selamento labial e contato do dorso da língua com o palato;
2- aumento do espaço bucal;
3- estabelecimento de uma boa relação entre os incisivos superiores inferiores;
4- avanço mandibular com conseqüente aumento do espaço bucal melhora do
posicionamento lingual;
5- obtenção como resultado de todas essas adaptações de um melhor relacionamento
entre as bases ósseas e um melhor posicionamento da língua, das arcadas dentárias e dos
tecidos moles peribucais.

MCNAMARA JR. e BRUDON indicaram o Bionator para o tratamento dessas más


oclusões Classe II divisão 1, com ênfase para pacientes com extrema diminuição da
Altura Facial Ântero-Inferior. Nesses casos, o Bionator seria usado para aumentar a
dimensão vertical, através da erupção diferencial dos dentes posteriores.

ALMEIDA realizou estudo com o propósito de avaliar as mudanças nas dimensões


transversas dos arcos dentários no tratamento da má oclusão de Classe II com
retrognatismo mandibular, usando o aparelho “Bionator Base de Balters”. Um aumento
significante na largura dos arcos para todas as medidas foi observado, exceto para as
distâncias intercaninos inferiores e intermolares inferiores a nível alveolar. Os
resultados indicam que normalmente ocorre uma expansão passiva dos arcos quando o
Bionator é usado. Essa expansão foi significantemente maior no arco maxilar do que no
arco mandibular.

CONFECÇÃO DO APARELHO

Segundo seu idealizador, Balters, o espaço bucal apresenta limites que podem
ser modificados. Para que tal objetivo seja alcançado uma correta confecção do aparelho
deve ser conseguida. O ativador ortopédico de Balters funciona projetando todo
complexo mandibular para anterior, e para tal, é necessário que façamos o registro da
mordida do paciente em uma posição mais a frente que a posição espacial de máxima
intercuspidação que sua mandíbula exerce. Este procedimento se chama: Registro da
Mordida Construtiva e é a única etapa da confecção do ativador que se difere de uma
moldagem convencional.

REGISTRO DA MORDIDA CONSTRUTIVA


(MORDIDA DE CONSTRUÇÃO)
MATERIAL NECESSÁRIO:
 Lâminas de cêra 7.
 Lamparina a álcool.
 Espátula abaixadoras de língua.
 Caneta de retroprojetor.
 Compasso de ponta seca.
 Régua milimetrada.

Essencial para o posicionamento mandibular e para obtenção do espaço bucal ideal.

Se a mordida incisiva de topo a topo for possível, ela deve ser registrada na mordida
de construção. Quando o trespasse horizontal é acentuado, utiliza-se uma posição
intermediária (3mm à 5mm de avanço).
Para a obtenção correta da mordida construtiva do ativador, deve - se
considerar o posicionamento mandibular nos três sentidos do espaço:
Ântero-posterior, Vertical e Lateral.
Para a obtenção de obtenção do registro da mordida construtiva, o paciente deverá estar
na posição supino. Para que a regularização do plano oclusal aconteça automaticamente
durante o tratamento, o plano oclusal e a linha ouvido-nariz (Plano de Camper) devem
estar paralelos.

 Ântero- posterior :

Quanto maior o avanço mandibular, maior será as


forças musculares para restringir o crescimento maxilar e
para inclinar os incisivos superiores para lingual.
PFEIFFER e GROBETY sugerem que, para
restringir o crescimento maxilar, o avanço sagital deve ser
de 2 a 3 mm aquém do máximo deslocamento ântero-posterior da mandíbula. Outros
autores sugerem um avanço inicial de 4 a 7mm; e após se
conseguir uma remodelação estável do complexo articular, confeccionar novos

ativadores até conseguir a guia anterior.

 Vertical :

Uma abertura de 4 mm na região anterior proporciona um bom


controle do desenvolvimento vertical dos dentes anteriores e permite
um menor desenvolvimento vertical dos dentes posteriores inferiores,
propiciando ainda, conforto para o paciente.

 Transversal :
o Buscar, sempre que possível, na tomada da
mordida construtiva, a coincidência das
LM superior e inferior. (Até 3 mm.)
o A coicidência das LM superior e inferior só
será alcançada se o desvio for
esquelético.
o Se o desvio for dentário, este permanecerá
sem correção.
Caso o desvio for maior do que 3 mm,
indicar para cirurgia ortognática.

MORDIDA CONSTRUTIVA – SEQÜÊNCIA

1 – SELEÇÃO DO CASO

2 – TIRAR REFERÊNCIAS NO MODELO DE GESSO INICIAL


3 – MEDIR E MARCAR QUANTIDADE DE AVANÇO
4 – TREINAR PACIENTE PARA “MORDER DE TOPO”
5 –
PLASTIFICAR
CERA

6 – IMPRESSÃO DA CERA

7 – COINCIDIR AS LINHAS MÉDIA SUPERIOR E INFERIOR


8 – FASE LABORATORIAL

AJUSTES DO APARELHO

Os ajustes efetuados neste aparelho são os que governam e guiam a direção e o


fluxo do tratamento. Administrando corretamente os ajustes, no momento
adequado, reduz-se o tempo de tratamento e pode-se obter melhores resultados.
Os ajustes do Bionator se dividem em 4 categorias básicas. A primeira é o grupo de
ajustes relacionados com a “expansão” lateral ou “desenvolvimento lateral”, o segundo
ajuste refere-se ao aumento em sentido vertical, o terceiro ajuste se refere aos avanços
mandibulares secundários, o quarto ajuste se relaciona com a comodidade do paciente,
movimentos dentários individuais ou outros problemas específicos que surjam.

Ajustes para inserção:

- Verificar alças do arco vestibular estão contactando com os tecidos gengivais da


eminência dos caninos, causando desconforto (separar com alicate tridente de forma que
o arco fique separado dos tecidos gengivais).
- Verificar se as aletas de acrílico estão demasiadamente apertadas sobre o tecido
gengival nas áreas mandibulares.
- Verificar o acrílico da área mandibular que se estende por debaixo da crista
gengival dos dentes posteriores (como em uma prótese total inferior). Esses rebordos
não devem estender-se na área sublingual, mas simplesmente prolongar-se de 2 a 3 mm
para baixo da depressão mais baixa da gengiva seguindo a superfície lingual dos
molares inferiores.
- Verificar se a mola Coffin está pressionando o palato. Ajustar com o alicate.

Ajustes para expandir as arcadas

A expansão das arcadas não é o objetivo primário do bionator. Porém pode


conseguir um grau moderado deste movimento graças à abertura do parafuso inferior e
o escudo ântero-inferior e da mola Coffin. O aparelho promove apenas expansão
simultânea das arcadas. Portanto se uma arcada se encontra menor em tamanho que a
outra, devemos expandir esta arcada menor, antes de tratar o paciente com o Bionator. O
ajuste deve se iniciar pelo arco inferior, após um mês de adaptado o aparelho. Deve se
nessa fase cortar o arco retentor lingual, se este estiver presente. Conforme o aparelho se
expande, o arco guia vestibular e a mola Coffin devem ser ajustados periodicamente
para permitir que a expansão do aparelho continue suavemente sem distorções.

Ajustes para aumentar a dimensão vertical

O aumento da dimensão vertical da oclusão, durante o tratamento com o


Bionator, não permite tanto o resultado do que faz o aparelho, mas sim o resultado do
que o aparelho permite fazer. Ele permite que atuem forças naturais inerentes à erupção
dos dentes e alvéolos.
Após 3 meses de uso do Bionator deve-se iniciar o ajuste do aparelho (ajustes delicados)
nas facetas inferior do acrílico que toca as cúspides linguais dos dentes inferiores.
No quarto mês de tratamento, inicia-se o rebaixamento do acrílico da parte inferior do
aparelho para permitir que os dentes inferiores extruam. O acrílico das faces
interproximais podem ser removidos após 4 meses, porque neste período, apesar de não
haver crescimento condilar, os músculos faciais já se adaptaram a esta nova posição da
mandíbula. O espaço existente entre os primeiros pré-molares superiores e inferiores é o
ultimo a se fechar. Em certas ocasiões, se fecham após ter completado o tratamento e o
aparelho ter sido retirado.

Ajustes para avançar a mandíbula

Existe a possibilidade de se ajustar o avanço mandibular colocando no aparelho


parafusos laterais no Bionator. Porém o melhor ajuste para o avanço mandibular é a
construção de um novo aparelho com a mandíbula mais protruída (tratamento em duas
fases).

PROTOCOLO DE USO

COMO PRESCREVER O BIONATOR


• DEVE SER USADO EM PERÍODO INTEGRAL, À EXCEÇÃO DOS:
– PERÍODOS DE ALIMENTAÇÃO

– PRÁTICAS ESPORTIVAS ONDE HAJA PERIGO DE TRAUMA

– SITUAÇÕES ONDE A DICÇÃO É MAIS REQUISITADA


• O APARELHO DEVERÁ SER INTRODUZIDO GRADATIVAMENTE:
– 4 HORAS / PRIMEIRA SEMANA

– 8 HORAS / SEGUNDA SEMANA

– DIA TODO / TERCEIRA SEMANA

– DIA E NOITE TODA (inclusive para dormir – 20 hs.) / QUARTA


SEMANA

• “Oriente seu paciente”:

O fechamento labial é necessário para o reequílibrio da musculaturas de

protração e retrusão mandibular e para o correto posicionamento da língua junto

ao palato.”

CRONOLOGIA:
 1 mês
 2 mês
 3 mês: Observar mudanças. Afastar arco vestibular.
 4 mês: Mordida aberta posterior

 5 mês: Desgaste seletivo no acrílico do aparelho

 6 mês: Cansaço do paciente


 9 mês: Fechamento espontâneo da mordida
 12 mês: Entrar com aparelho fixo

OUTROS TIPOS DE BIONATORES

1 – Bionator Fechado

Indicação:
Usado para correção da mordida aberta.
Melhora o posicionamento lingual, funcionando como uma grade palatina Auxilia na
correção da deglutição atípica
Correção da mordida aberta (Bionator fechado)
Características:
É idêntico ao Bionator Base, com uma característica especial: a base acrílica
apresenta uma extensão na região dos dentes anteriores superiores.
O acrílico nas regiões anteriores superior e inferior não podem tocar dentes e gengiva.
A eliminação da interferência lingual, a normalização da sua postura junto ao palato e a
excitação do selamento labial permitem o fechamento da mordida aberta anterior.

2– Bionator Invertido
Indicação:
- Correção da Classe III (Bionator Invertido)
Confecção:
A - Mordida de construção:
É tomada na posição mais retrusiva, no sentido ântero-posterior e no sentido
vertical, numa altura um pouco maior que topo a topo para permitir a correção da
mordida cruzada anterior.

B - Base acrílica:
É idêntica à do Bionator Base.

C - Alça palatina:
É invertida, isto é, se insere na região distal dos primeiros molares superiores e
apresenta um trajeto anterior em forma oval. Sua parte anterior fica na altura dos
primeiros pré-molares ou primeiros molares decíduos.

A alça palatina invertida tem por finalidade alterar a postura da língua, excitando
a ação da ponta da língua no sentido anterior posterior.
D - Alça Vestibular:
Apresenta as partes bucinadoras idênticas às do Bionator Base.
A parte labial não sofre as dobras no sentido superior e horizontal na região dos dentes
anteriores superiores. Seu trajeto continua inferior, contornando os dentes anteriores
inferiores (não pode ser ativada contra os dentes).

CONCLUSÕES

No tratamento das más-oclusões esqueléticas de Cl. II, tão importante quanto


as correções dento-alveolares é a melhora do perfil facial do paciente. Visando este
intuito, o alemão Wilhein Balters desenvolveu um ativador ortopédico de fácil
confecção, higiênico e eficiente para devolver ao sistema estomatológico estímulos
biológicos de crescimento adequado. Desta forma, o Bionator se tornou um aparelho
imprescindível na correção de retrusões mandibulares na fase ativa do crescimento
posicionando o complexo mandibular para anterior e com isso remodelando a cabeça
do côndilo e fossa glenóide. Além disso com a extrusão diferencial do segmento dos
prés-molares favorece o aumento do terço inferior da face em pacientes com pouco
desenvolvimento vertical do setor inferior da face.

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