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1. APRESENTAÇÃO DA EMENTA:
a. Teoria geral do contrato
b. Classificação dos contratos
c. Cessão de contratos
d. Efeitos e vícios nos contratos
e. Extinção dos contratos
f. Contratos de compra e venda
g. Doação
h. Locação
i. Comodato
j. Mútuo
k. Depósito
l. Seguro
m. Empreitada
n. Mandato
o. Fiança
Tratativas Existência
Pré-contratual Pagar o Sinal (Arras)
Deveres de Probidade e Boa-fé (Art. 421 do CC) Confirmatórias (Arts. 417, 418 e 419 do CC)
Formação do Contrato Penitenciais (Art. 420 do CC) – Direito de Arrependimento
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3. Artigos que merecem destaque da Seção I do título que versa sobre contratos
Neste último tópico do conteúdo “Teoria Geral dos Contratos” são apresentados os artigos
constantes na seção I (Preliminares) do Título V que trata “Dos contratos em geral”.
ANOTAÇÕES
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b. Evolução histórica
Ao longo dos anos, assim como no caso dos demais negócios jurídicos, os contratos
passaram por algumas modificações. Na visão de Gonçalves (2009) o direito romano
diferenciava „contrato‟ de „convenção‟, pois, esta representava o gênero, do qual o contrato e o
pacto eram espécies. O Código Napoleônico de 1804 manteve a concepção de que a convenção
era o gênero, além disso, associava a noção de contrato à liberdade e interligava ao direito de
propriedade, considerando o contrato um instrumento técnico-jurídico adequado para a
transferência de riquezas.
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Na visão do referido autor, o Código Civil alemão, alguns anos depois, passou a considerar o
contrato como uma espécie de negócio jurídico. Os Códigos Civis francês e alemão concebiam o
contrato com a predominância da autonomia da vontade, de forma que as partes pudessem
deliberar livremente para a formação do contrato, em situação de igualdade. Contudo, essa
espécie de contrato, eminentemente privado e paritário representa uma pequena parcela dos que
são realizados nos dias atuais.
O Código Civil de 2002 também concebeu o contrato como um negócio jurídico.
Atualmente, de modo geral, as expressões contrato, convenção e pacto têm sido empregadas
como sinônimas. O aludido código deixou claro que a liberdade de contratar só pode ser
concretizada em consonância com os fins sociais do contrato, sem que se perca de vista os
valores primordiais da boa-fé e da probidade. Neste sentido, o art. 421 do CC/2002 destaca que:
“A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato”,
este artigo abre as disposições preliminares do “Título V - Dos Contratos em geral”. Segundo
Farias e Rosenvald (2017), o negócio jurídico deriva do elemento volitivo (vontade humana). De
modo que, a exteriorização da vontade é uma das características que se destaca nos negócios
jurídicos. Apesar disto, cabe registrar que o elemento volitivo, decorrente da autonomia da
vontade e da autonomia privada, característica dos negócios jurídicos, não mais assume caráter
absoluto, pois, vem sofrendo a ingerência das normas de ordem pública, especialmente, das
normas constitucionais em que se busca respeitar os valores essenciais da vida humana
(dignidade, segurança, igualdade, liberdade) e as fundamentais instâncias de sua promoção e
desenvolvimento (saúde, trabalho, educação).
A economia de massa exige contratos impessoais e padronizados, que não mais estão em
consonância com o princípio da autonomia da vontade, que será apresentado mais
detalhadamente na próxima aula. Hodiernamente, o Estado tem intervindo, constantemente, na
relação contratual privada visando garantir a supremacia das previsões constitucionais,
relegando a autonomia privada a um plano secundário. A intervenção estatal tem apontado para
um dirigismo contratual, em determinados setores que são de interesse da coletividade.
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Nessa mesma linha Gonçalves (2009) também afirma que a grande aplicabilidade do direito
dos contratos nas casuísticas cotidianas ratifica a relevância desta temática. Por exemplo, no
direito civil, o contrato encontra-se presente não só no direito das obrigações, assim como, no
direito das coisas (como no caso da hipoteca), no direito de família (como no caso do
casamento), no direito das sucessões (como no caso da partilha em vida). Daí, depreende-se a
importância do estudo deste conteúdo para a compreensão deste ramo do direito privado que é o
direito civil.
c. Função social do contrato
O Código Civil de 2002 adotou o „princípio da socialidade‟, sobre o tema Gonçalves (2009)
salienta que, por meio deste princípio o aludido código reflete a prevalência dos valores
coletivos sobre os individuais, sem perda, porém, do valor fundamental da pessoa humana. A
função social dos contratos representa um dos princípios contemporâneos que deve ser
observado e aplicado aos contratos.
Segundo Caio Mário apud Gonçalves (2009), a função social do contrato tem como função
precípua limitar a autonomia da vontade, ainda que a acenada limitação possa atingir a própria
liberdade de contratar. O texto do art. 421 do CC/2002 evidencia a compreensão de que a
restrição à liberdade contratual não representa apenas uma exceção a um direito absoluto, mas
como expressão da função metaindividual que integra o direito de contratar.
Para o autor em tela, o atendimento à função social pode ser focalizado sob dois prismas: um
individual, no que concerne aos contratantes, que se amparam no contrato para atender a
interesses particulares, e outro, público, que representa o interesse da coletividade sobre o
contrato.
Dentro desta perspectiva, o parágrafo único do art. 2.035 do CC/2002 salienta que;
“Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os
estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos”.
Como observado, as partes podem celebrar seus contratos com ampla liberdade, desde que em
consonância com as normas de ordem pública, como é o caso da disposição constante no art.
421 do Código Civil.
d. Condições de validade do contrato
Na concepção de Gonçalves (2009) para que um certo negócio jurídico possa produzir
efeitos, de modo que se possibilite a aquisição, modificação ou extinção de direitos faz-se
necessário o preenchimento de determinados requisitos de validade. Pois, quando ocorre a falta
de um desses requisitos, o negócio jurídico é considerado inválido, de forma que não produz o
efeito jurídico em questão será nulo ou anulável.
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Diante do exposto no quadro anterior, pode-se dizer que um contrato é inválido quando há a
ausência ou o defeito de um de seus requisitos, não produzindo efeitos desde a sua formação
(contrato nulo) ou produzindo efeitos por certo tempo, até ser anulado (contrato anulável).
Além do exposto, é necessário abordar acerca dos requisitos ou condições de validade dos
contratos, sendo elas segundo Gonçalves (2009, p. 13-14) de duas espécies: “a) de ordem geral,
comuns a todos os atos e negócios jurídicos, como a capacidade do agente, o objeto lícito, possível,
determinado ou determinável, e a forma prescrita ou não defesa em lei (CC, art. 104); b) de ordem
especial, específico dos contratos: o consentimento recíproco [...]”. Neste contexto, os requisitos de
validade do contrato podem ser distribuídos em três grupos: subjetivos, objetivos e formais, como
dispostos nos quadros a seguir.
REQUISITOS SUBJETIVOS
Capacidade Os contratos serão nulos (CC, art. 166, I) ou anuláveis (CC, art. 171, I),
genérica se a capacidade, absoluta ou relativa, não for provida pela representação
ou pela assistência (CC, arts. 1.634, V, 1.747, I, e 1.781). No que
concerne as pessoas jurídicas exige-se a intervenção de quem os seus
estatutos apontarem para representa-las ativa e passivamente, judicial e
extrajudicialmente.
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Aptidão específica Além da capacidade geral, exige a lei especial para contratar. Algumas
para contratar vezes, para celebrar determinados contrato, requer-se uma capacidade
especial , mais intensa que a habitual, como ocorre na doação, na
transação, na alienação onerosa, em que se exigem a capacidade ou o
poder de disposição das coisas ou dos direitos que são objeto do
contrato.
Consentimento O requisito de ordem especial, próprio dos contratos, é o consentimento
recíproco ou acordo de vontades. Deve engendrar os seus três aspectos:
a) acordo sobre a existência e natureza do contrato; b) acordo sobre o
objeto do contrato; c) acordo sobre as cláusulas que o compõem.
REQUISITOS OBJETIVOS
Licitude de seu Objeto lícito é o que não atenta contra a lei, a moral ou bons costumes.
objeto Objeto imediato do negócio é sempre uma conduta humana e se
denomina prestação: dar, fazer ou não fazer. Objeto mediato são os bens
ou prestações sobre os quais incide a relação jurídica obrigacional.
Possibilidade O objeto deve ser, também, possível. Quando impossível, o negócio é
física ou jurídica nulo (CC, art. 166, II). A impossibilidade do objeto pode ser física ou
do objeto jurídica. Impossibilidade física é a que emana das leis físicas ou
naturais.
Determinação de O objeto do negócio jurídico deve ser, igualmente, determinado ou
seu objeto determinável (indeterminado relativamente ou suscetível de
determinação no momento da execução). Admite-se, assim, a venda de
coisa incerta, indicada ao menos pelo gênero e pela quantidade (CC, art.
243), que será determinada pela escolha, bem como a venda alternativa,
cuja indeterminação cessa com a concentração (CC, art. 252).
REQUISITOS FORMAIS
Forma livre É a dominante no direito brasileiro (CC, art. 107). É qualquer
instrumento de manifestação da vontade, não imposto obrigatoriamente
pela lei (palavra escrita ou falada, escrito público ou particular, etc.)
Forma especial ou É a estabelecida pela lei, como requisito de validade de determinados
solene negócios jurídicos. Em regra, a existência de que o ato seja praticado
com observância de certa solenidade tem por objetivo garantir a
autenticidade dos negócios, assegurar a livre manifestação da vontade,
demonstrar a seriedade do ato e facilitar a sua prova. A forma especial
pode ser única ou múltipla (plural). Sendo única quando por lei não pode
ser substituída por outra. Já, múltipla quando o ato é solene, mas a
norma permite a formalização do negócio por variadas formas, podendo
o interessado optar validamente por uma delas.
Forma contratual É aquela convencionada pelas partes. Neste sentido, o art. 109 do
CC/2002 versa que: “no negócio jurídico celebrado com a cláusula de
não valer ser instrumento público, este é da substância do ato”. Como
exemplos, pode-se citar a escritura pública, na aquisição do imóvel (CC,
art. 108), e as formas de reconhecimento de filhos (CC, art. 1.609).
Quadro 1.2: Requisitos de validade dos contratos.
Fonte: Gonçalves (2009), adaptado pelo autor.
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Para Farias e Rosenvald (2017), a partir da organização constante na figura anterior (escada
ponteana) percebeu-se a seguinte estruturação do negócio jurídico:
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Disponível em <http://www.conteudojuridico.com.br/questao,promotorsp-2010-mpsp-87o-concurso-civil-questao-37-
37-assinale-a-alternativa-correta,70896.html>, acesso em 21 jan. 20.
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i. Omissão legislativa:
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j. Referências bibliográficas
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de direito civil: contratos. 7. ed.
ver., e atual. – Salvador: Ed. JusPodivm, 2017.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: contratos e atos unilaterais. – Volume
III – São Paulo: Saraiva, 2017.
TEPEDINO, Gustavo; BARBOSA, Heloisa Helena; Moraes, Maria Celina Bodin de. Código
civil interpretado: conforme a constituição da República. – Rio de Janeiro: Renovar, 2016.
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