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1 - Conceito de Corrosão
A corrosão consiste na deterioração dos materiais pela ação química ou eletroquímica do
meio, podendo estar ou não associado a esforços mecânicos.
A corrosão pode incidir sobre diversos tipos de materiais, sejam metálicos como os aços
ou as ligas de cobre, por exemplo, ou não metálicos, como plásticos, cerâmicas ou
concreto. A ênfase aqui descrita será sobre a corrosão dos materiais metálicos. Esta
corrosão é denominada corrosão metálica.
- Corrosão Eletroquímica;
- Corrosão Química.
Nos processos de corrosão, os metais reagem com os elementos não metálicos presentes
no meio, O2, S, H2S, CO2 entre outros, produzindo compostos semelhantes aos
encontrados na natureza, dos quais foram extraídos. Conclui-se, portanto, que nestes
casos a corrosão corresponde ao inverso dos processos metalúrgicos, Figura 1.
- Figura 01 -
Como na corrosão química não se necessita de água líquida, ela também é denominada
em meio não aquoso ou corrosão seca.
- Figura 02 -
Pilha de Corrosão Eletroquímica
Na área catódica, que é uma área protegida (não ocorre corrosão), as reações são
de redução de íons do meio corrosivo, onde as principais reações são:
2 H2O + 2e H2 + 2 OH-
- Figura 04 -
Pilha de Ação Local
- Figura 05 -
Pilha Ativa-Passiva
- Figura 06 -
Pilha de Concentração Iônica Diferencial
- Figura 07 -
Pilha de Concentração Iônica Diferencial
- pilha de aeração diferencial: esta pilha é formada por concentrações
diferentes do teor de oxigênio.
-
Assim, o interior da fresta, devido a maior dificuldade de renovação do
eletrólito, tende a ser menos concentrado em oxigênio (menos aerado), logo ,
área anódica. Por sua vez a parte externa da fresta, onde o eletrólito é
renovado com facilidade, tende a ser mais concentrada em oxigênio (mais
aerada), logo, área catódica. O desgaste se processará no interior da fresta.
- Figura 08 -
Pilha de Concentração Diferencial de Oxigênio
3 - Meios Corrosivos
Os meios corrosivos em corrosão eletroquímica são responsáveis pelo aparecimento do
eletrólito. O eletrólito é uma solução eletricamente condutora constituída de água
contendo sais, ácidos ou bases.
- águas naturais (rios, lagos e do subsolo): estas águas podem conter sais
minerais, eventualmente ácidos ou bases, resíduos industriais, bactérias,
poluentes diversos e gases dissolvidos. O eletrólito constitui-se principalmente da
água com sais dissolvidos. Os outros constituintes podem acelerar o processo
corrosivo;
- água do mar: estas águas contêm uma quantidade apreciável de sais. Uma
análise da água do mar apresenta em média os seguintes constituintes em gramas
por litro de água:
- produtos químicos: os produtos químicos, desde que em contato com água ou com
umidade e formem um eletrólito, podem provocar corrosão eletroquímica
As reações de redução são realizadas com íons do meio corrosivo ou, eventualmente, com
íons metálicos da solução.
As reações catódicas mais comuns nos processos corrosivos são "a", "b" e "c" as
reações "d" e "e" são menos freqüentes, a última aparece apenas em processos
de redução química ou eletrolítica.
Serão detalhados a seguir as reações catódicas apresentadas anteriormente e que
ocorrem em meios neutros ou aerados e não aerados.
H2O H+ + OH-
+
H +e H
H+ + 1/2 O2 + e 2 OH-
______________________
H2O + 1/2 O2 + 2e 2 OH-
2 H2O 2 H+ + 2 OH-
2 H+ + 2e H2
______________________
2 H2O + 2e 2 OH- + H2
Conclusões Importantes:
Observação:
Em meios ácidos haverá um decréscimo da acidez no entorno da área catódica e em
meios básicos haverá um acréscimo da alcalinidade no entorno da área catódica.
Quando o meio corrosivo contiver outros íons poderá haver a formação de outros
componentes insolúveis e o produto de corrosão pode ser constituído de sulfetos, sulfatos,
cloretos, dentre outras.
5.1 - POLARIZAÇÃO
- sobrevoltagem do hidrogênio, em V;
onde: , em V e , em A/cm2 - constantes que dependem do metal e do meio;
- densidade de corrente aplicada que provoque a sobrevoltagem , em A/cm2.
- Figura 01 -
Curva de TAFEL
Sobre voltagem em função da densidade de corrente
C - POLARIZAÇÃO ÔHMICA
5.2 PASSIVAÇÃO
Passivação é a modificação do potencial de um eletrodo no sentido de menor
atividade (mais catódico ou mais nobre) devido a formação de uma película de
produto de corrosão. Esta película é denominada película passivante.
- Figura 02 - - Figura 03 -
Taxas de Corrosão de um Taxas de Corrosão de um Metal
Metal Passivável Não Passivável
5.3 CURVAS DE POLARIZAÇÃO
As modificações no potencial de eletrodo resultante da polarização provoca
mudança no valor deste potencial alterando o ponto de equilíbrio, fazendo com que
o potencial anódico desloque no sentido catódico e vice-versa.
a. Método Galvanostático
O método mais simples, e também o mais antigo, é o galvanostático, que é
caracterizado pelo fato de ter como variável de controle a intensidade da
corrente que circula no sistema, a qual é variada por meio de um
resistência.
b. Método Potenciostático
O outro método, de que se dispõe para a realização e ensaio de
polarização, é o método potenciostático, o qual apresenta como variante o
método potenciocinético. Este método é caracterizado pelo fato de ter
como variável de controle o potencial e não a intensidade da corrente,
como no modo galvanostático. A célula de polarização é semelhante à
anterior, porém a aparelhagem requerida é diferente. Para variar o
potencial aplicado ao corpo de prova em estudo é necessário um
potenciostato, que é uma aparelho bem mais complexo. Por meio do
potenciostato varia, no sentido anódico ou no catódico, o potencial do
metal em relação ao eletrodo de referência.
Para cada valor do potencial imposto, o sistema demanda uma certa
corrente que é suprida pelo próprio potenciostato.
- Figura 04 - - Figura 05 -
Curva de Polarização
Potencial anódico e catódico
Anódica e Catódica
Os fenômenos de polarização assumem
grande importância na cinética dos
processos de corrosão eletroquímica e muito
particularmente para a proteção catódica, a
qual consiste essencialmente na polarização
catódica da estrutura a proteger.
m = e.i.t
m = massa desgastada, em g;
e = equivalente eletroquímico do metal;
onde:
i = corrente de corrosão, em A;
t = tempo em que se observou o processo, em s.
A velocidade de corrosão pode ser, ainda, alterada por outros fatores que serão tratados
no item seguinte e que influenciam de modo direto ou indireto na polarização ou na
passivação.
Para conversão das taxas dadas em mm/ano e mpy para mdd usa-se as seguintes
expressões:
7 - Tipos de Corrosão
Os processos corrosivos de natureza eletroquímica apresentam mecanismos idênticos
porque sempre serão constituídos por áreas anódicas e catódicas, entre as quais
circula uma corrente de elétron e uma corrente de íons. Entretanto a perda de massa e
modo de ataque sobre o material dá-se de formas diferentes.
Nos materiais passiváveis a quebra da passividade ocorre em geral pela ação dos
chamados íons halogenetos (Cl-, Br-, I-, F-) e esta dissolução localizada da
película gera um área ativa que diante do restante passivado provoca uma
corrosão muito intensa e localizada. Uma grandeza importante neste caso é o
potencial em que haja a quebra de passividade. Na verdade o que ocorre é a
alteração na curva de polarização anódica.
Este tipo de corrosão ocorre toda vez que se tem variações na concentração de
íons do metal no eletrólito. Como resultado ter-se-á potenciais eletroquímicos
diferentes e consequentemente uma pilha onde a área em contato com menor
concentração funcionará como anodo e a área em contato com maior
concentração como catodo.
Este tipo de corrosão ocorre toda vez que se tem variações na concentração de
oxigênio no eletrólito.
Fe + Cu++ Fe2+ + Cu
Designa-se corrosão grafítica ao processo corrosivo que ocorre nos ferros fundidos
cinzentos e no ferro fundido nodular.
Observa-se então em tubos velhos de ferro fundido, que se pode com uma faca ou
canivete desagregar com facilidade a parede do tubo à semelhança de um bloco
de grafite.
Observa-se maior tendência a dezincificação nos latões com alto teor de zinco,
como por exemplo: latão alumínio (76% Cu, 22% Zn e 2% Al), latão amarelo (67%
Cu e 33% Zn).
7.6.1 CORROSÃO-EROSÃO
A ação erosiva sobre um material metálico é mais freqüente nos seguintes casos:
• quando se desloca um material sólido;
• quando se desloca um líquido contendo partículas sólidas;
• quando se desloca um gás contendo partículas líquidas ou sólidas.
Desta forma, um processo corrosivo torna-se mais intenso quando combinado com
erosão.
Deste modo, mesmo que a alteração na composição química não seja suficiente
para eliminar totalmente a capacidade de formação da camada passiva, verifica-se
que existe uma corrente de corrosão devido a diferença de potencial ocasionada
pelas características diferentes dos materiais.
Por outro lado diversos meios causam corrosão intergranular, como: ácidos acético
à quente, nítrico, sulfúrico, fosfórico, crômico, clorídrico, cítrico, fórmico, lático,
oxálico, ftálico, maleico e graxos; nitrato de amônia, sulfato de amônia, cloreto
ferroso, sulfato de cobre e SO2 (úmido).
Existem diversos testes para se verificar a susceptibilidade à corrosão
intergranular, sendo que os mais comuns se encontram descritos no ASTM A 262.
Um destes (prática A) é o ataque eletrolítico numa solução de ácido oxálico, que é
um ensaio da realização simples e rápida e que permite ou a aprovação do
material (ausência de sensitização) ou indica a necessidade de um teste adicional,
mais caro e demorado.
No caso das ligas alumínio-cobre os precipitados de CuAl2 são mais nobres que a
matriz, aparentemente agindo como catodos e acelerando a corrosão da região
vizinha ao contorno de grão, empobrecida em cobre.
Neste item são abordados mecanismos de corrosão que produzem trincas e que
estão associados com esforços mecânicos, sejam aplicados sobre o material,
sejam decorrentes do processo de fabricação, como tensões residuais, ou sejam
ainda conseqüência do próprio processo corrosivo.
A propagação de trinca por corrosão sob tensão é geralmente lenta, até atingir o
tamanho crítico para uma ruptura brusca.
Nos diversos casos de corrosão sob tensão podem ocorrer simultaneamente dois
ou mais modelos. Alguns, dentre os principais modelos, são:
c. Modelo da Adsorção
7.8.4 CORROSÃO-FADIGA
Para ver a fotografia em tamanho maior, com mais detalhes, tecle sobre o ícone
(miniatura) ou link respectivo.
Generalizada em
Generalizada em
Atmosférica Industrial Atmosférica Rotor de Bomba
Carcaça de Bomba
Submersa
8 - Corrosão Química
Corrosão química é um processo que se realiza na ausência de água, em geral em
temperaturas elevadas (temperatura acima do ponto de orvalho da água), devido a
interação direta entre o metal e o meio corrosivo.
O deslocamento pode ser dos ânions no sentido do metal, dos cátions no sentido
do meio ou simultânea.
y = Kt
Esta lei é seguida para metais que formam películas porosas ou voláteis
como, por exemplo, Na, Ca, Mg e K (películas porosas), Mo e W (películas
voláteis);
y = espessura da película
onde: t = tempo
= constantes
Para
a película é formada sob compressão podendo ser protetora;
Para
• oxigênio e gases contendo enxofre: presentes em fornos, caldeiras, unidades de processo, nas
chamadas atmosferas sulfurosas.
O enxofre e o H2S formam sulfetos de metal que não são protetores e agravam o processo
corrosivo por formarem eutéticos de baixo ponto de fusão com os óxidos de metal. Em ligas
contendo níquel o sulfeto localiza-se nos contornos de grão formando um eutético Ni3S2 - Ni que
funde a 645 oC tornando estas ligas pouco resistentes a atmosferas sulfurosas;
• vapor d'água: em temperatura elevada o vapor d'água pode atacar certos metais formando óxido e
liberando hidrogênio que pode provocar fragilização pelo hidrogênio;
• cinzas: a queima de combustível em fornos, caldeiras, turbinas a gás, etc., pode provocar sérios
problemas de corrosão devido a cinzas contendo vanádio e sulfato de sódio.
O vanádio presente no combustível oxida-se a V2O5 e forma eutéticos de baixo ponto de fusão com os óxidos
do metal destruindo as películas protetoras das superfícies metálicas.
O sulfato de sódio origina-se de reações de SO2 com o NaCl presente no combustível. Este sulfato de sódio
reage posteriormente com os óxidos formados destruindo também, as películas protetoras.
A ação combinada do vanádio e sulfato de sódio é muito mais acentuada sobretudo em cinzas contendo cerca
de 85% de V2O5 e 15% de Na2SO4.
É um tipo de corrosão que se manifesta em alguns aços e outras ligas onde ocorre
uma oxidação extremamente rápida, conduzindo à destruição da liga.
9.2.2.1 Revestimentos
Além dos inibidores que agem através do meio corrosivo há outras técnicas
importantes de modificação do meio, dentre elas vale destacar a
desaeração e o controle do pH.
Com esse objetivo, como se viu, pode-se agir no metal de forma a se obter
películas protetoras ou utilizar revestimento refratários e isolantes.
10 - Inibidores de Corrosão
Os inibidores são compostos químicos que, quando adicionados ao meio
corrosivo, diminuem a sua agressividade, por um dos seguintes
mecanismos:
Exemplo:
o destilação de petróleo;
o tratamento de água (caldeira, refrigeração e de injeção);
o limpeza química e decapagem ácida;
o sistemas de oleodutos e gasodutos;
o testes hidrostático;
o sistema de embalagem;
o área de perfuração e produção-fluidos e acidificação.
11 - Revestimentos Protetores
11 - Revestimentos Protetores
Os revestimentos protetores são películas aplicadas sobre a superfície metálica e
que dificultam o contato da superfície com o meio corrosivo, objetivando minimizar
a degradação da mesma pela ação do meio.
As películas mais anódicas podem ser imperfeitas porque elas conferem proteção
catódica à superfície do metal de base.