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Teoria e História

da Arte e do Design
Material Teórico
Arte e Design

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Christian David Rizzato Petrini

Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Arte e Design

• Introdução;
• Conceituação: Arte x Design;
• Definição de Arte e História da Arte;
• Estudo da Estética.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Estudar a relação de proximidade que a Arte e a História da Arte têm com o Design;
• Apresentar conteúdo teórico sobre como a Arte e a Estética influenciam nesta relação;
• Mostrar como os movimentos artísticos oferecem fundamentação para a atuação do
designer contemporâneo.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Arte e Design

Introdução
Seja muito bem-vindo(a) à nossa disciplina Teoria e História da Arte e do
Design! Espero que este conteúdo seja muito útil para a sua formação e seu desen-
volvimento profissional.

Antes de iniciarmos nossa viagem, passando por movimentos artísticos, por


artistas, por técnicas empregadas, por motivações e razões históricas que levaram
ao surgimento desses movimentos, é necessário entender o porquê a Arte ser im-
portante para o Design e vice-versa.

O Design, com esse nome e definição, surgiu após a Revolução Industrial, po-
rém, seria no mínimo menosprezo considerar que o Design começou “apenas” a
partir de 1820, uma vez que outros períodos da História da humanidade fornece-
ram influências e referências para o que conhecemos hoje como Design.

Portanto, a Arte e o Design sempre caminharam lado a lado. Estudar a História da


Arte nos ajuda a entender a História do Design. Veremos que diversos movimentos
que podem ser considerados “próprios” do Design estão intimamente relacionados
com a Arte, só aconteceram porque o homem passou por outros movimentos artís-
ticos e momentos históricos e, na sua essência, são também movimentos artísticos.

Sem falar que, saber mais sobre a História da Arte, além de aprendizado, repre-
senta um enriquecimento nas referências e fundamentações de qualquer designer,
contribuindo na criação e na realização de trabalhos.

Em muitos casos, a atuação profissional e os trabalhos desenvolvidos por você


estão sujeitos à aprovação de uma pessoa. Seja o indivíduo que solicitou o trabalho
diretamente a você, o cliente, ou mesmo um profissional de cargo superior em
algum estúdio, agência ou empresa em que você esteja atuando, assim, você terá
embasamento para justificar suas escolhas através de referências sólidas.

Importante! Importante!

Elimine qualquer barreira que você possa ter entre Arte e Design. Procure entender que
tudo o que você aprender aqui será importante para a sua formação pessoal e profissio-
nal. Tudo o que aprendemos serve para nosso conteúdo intelectual e para o desenvolvi-
mento da sua carreira!

Conceituação: Arte x Design


Tudo o que mencionamos até aqui sobre a relação entre Arte e Design já seria
importante para percebemos como ambos são importantes e estão relacionados,
porém, para reforçarmos ainda mais a proximidades entre essas duas áreas, come-
çaremos respondendo a seguinte pergunta: o que é Design?

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Design é o esforço criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração
e definição de algo, como um objeto, uma imagem, entre outros, voltados a uma
determinada função.
Uma maneira simples de entender o que é Design, é pensarmos em tudo o que
é visualmente agradável e funcionalmente eficaz. Tudo o que tem estes dois
quesitos buscando facilitar a vida das pessoas ou mesmo tornar uma mensagem
interpretável de uma maneira mais eficaz e interessante. É a solução prévia de um
problema com base em um projeto.
De acordo com o designer e teórico alemão Gui Bonsiepe (1997), o Design
consiste no domínio no qual se estrutura a interação entre usuário e produto, para
facilitar ações efetivas.
Design vem do latim disegnare, que traduz desenhar, portanto, um projeto é
um desenho de alguma ideia. Um desenho que pode começar amador e vazio,
mas que, num segundo momento, respeita algumas coerências geométricas para
se sustentar. Assim como o nome que deriva do latim, o Design nasceu na Itália,
principalmente relacionado com produtos.
O Design pode ser visto em utensílios, vestimentas, máquinas, ambientes, sites,
interfaces de programas etc. Portanto, começa na parte funcional, do conteúdo, da
embalagem, etc., até o visual daquele produto, sua representação gráfica. O concei-
to do Design foi aplicado em diferentes áreas, sempre pensando no ponto de vista
da funcionalidade x beleza:
• Design de Produto: Design de Embalagem, Design Automobilístico, etc.;
• Design Gráfico: Design Tipográfico, Design Editorial, Design de Jogos,
WebDesign, etc.;
• Design de Moda: Design de Joias, etc.;
• Design de Ambientes: Design de Interiores, Design de Iluminação, etc.;
• Entre outros.
Aqui, já conseguimos relacionar o Design com a História da Arte. As pinturas
rupestres nas cavernas podem ser consideradas uma forma primitiva de Design,
uma vez que elas têm um cunho utilitário, ou seja, transmitiam para outros uma
informação necessária, usando a técnica mais adequada possível para que essa
imagem fosse mais identificável.
Para reforçar ainda mais essa relação, somente como exemplo, o termo “Grá-
fico”, presente no nome Design Gráfico, deve ser entendido, de maneira es-
sencial e universal como uma representação pictórica ou um registro visual,
e não como um significado relacionado apenas à técnica de impressão (LAS-CASAS,
2006). Portanto, por conceituação, o próprio Design Gráfico, já se relaciona com
as Artes Visuais. As próprias pinturas rupestres pré-históricas são consideradas
uma forma de Arte, a Arte Rupestre.

Contudo, isso não chega a ser uma unanimidade. Muitos pesquisadores não
consideram as pinturas rupestres como uma forma de Arte, assim como designers

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UNIDADE Arte e Design

não acreditam que o Design se aproxime da Arte. O próprio Bonsiepe, por exem-
plo, tem uma opinião um tanto quanto controversa sobre esse assunto. Para ele:
Design não é e nem será Arte. Não há justificação para uma interpre-
tação do Design como uma atividade artística, supostamente intuitiva.
A Arte, através dos seus arquétipos há muito hegemónicos (pintura, es-
cultura, desenho etc.), não é a única possibilidade da experiência estética.
O mundo do Design está ligado ao da estética, mas não necessariamente
ao da Arte. (BONSIEPE, 1982 apud RIBEIRO, 2014, p. 48)

Trocando ideias... Importante!


Na própria citação, Bonsiepe menciona que: “O mundo do Design está ligado ao da esté-
tica, mas não necessariamente ao da Arte”. Podemos dizer que essa opinião do autor é
controversa, pois a própria estética está relacionada à Arte desde os tempos mais remo-
tos. Diversos pensadores usaram a Arte para falar do conceito de estética, como veremos
mais adiante.

Concluindo, apesar de termos autores que discordam da relação entre Arte e Design,
existem outros muitos autores, artistas e designers que consideram que o Design está
muito próximo da Arte, se influenciam. Como exemplo, os autores Rita Ribeiro e
Camilo Belchior publicaram um livro intitulado “Design & Arte: entre os limites e as
interseções”, no qual apresentam diversos exemplos e opiniões dessa proximidade.

Como vimos, as primeiras manifestações visuais do homem na Terra já podem


ser consideradas trabalhos de Design, tanto pela estética como pela técnica e,
principalmente, pela função que tinham. Mas isso é um assunto que falaremos mais
adiante no curso. Falando de Arte como um todo…

Definição de Arte e História da Arte


Mesmo sem que saibamos ou não percebamos, estamos cercados por Arte,
não necessariamente que estamos rodeados de quadros por todos os lados como
quando vamos a um museu, mas a Arte está presente em nossa vida. Monumentos
ou mesmo prédios nas ruas têm influência de movimentos artísticos. Mas fica uma
pergunta: o que é Arte?

Arte é a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por


artistas a partir de percepção, emoções e ideias. Tem o objetivo de estimular um
interesse de consciência em um ou mais espectadores, e cada obra de Arte possui
um significado único e diferente. Como vimos, a Arte é a manifestação de uma per-
cepção, emoção e ideia por parte de um artista. Percepção, pois o artista percebe
o mundo que o cerca. Emoção, pois esse mundo que o cerca desperta nele algum
tipo de sentimento. Ideia, pois faz parte da intenção do artista transmitir alguma
mensagem. Assim como um designer quando desenvolve um trabalho!

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E também como vimos, uma obra de Arte tem o objetivo de despertar interesse
e diálogo com um espectador. Uma pessoa pode ter uma reação diante de uma
obra de Arte diferente de outra. A Arte reage ao indivíduo de maneira individual.
Mas uma obra exposta em um local público pode influenciar a percepção de uma
pessoa com base na experiência que ela teve ao ter contato com a obra.

Pode-se definir qual a intenção do artista, mas não existe uma regra exata para
descrever qual o resultado que a sua obra vai gerar. Depende do conteúdo de cada
espectador e da situação em que o espectador teve acesso à obra de Arte. O re-
sultado da Arte depende da cultura de cada povo, dos valores, dos anseios e da
subjetividade humana e o resultado pode ser individual ou coletivo.

Um designer quando realiza um trabalho também deve pensar em diversos fatores como a
Explor

cultura e os hábitos das pessoas que irão receber aquele trabalho. Se as escolhas do designer
não estiverem de acordo com a cultura e os hábitos do espectador, o produto desenvolvido
pelo designer pode não ser efetivo!

Mencionamos anteriormente que as pinturas rupestres, as primeiras manifesta-


ções visuais do homem na Terra, recebem o nome de Arte Rupestre, além de já
poderem ser consideradas trabalhos de Design, tanto pela estética como pela téc-
nica e, principalmente, pela função que tinham. A técnica é outro fator importante
para nós que também se relaciona com a Arte.
Arte é um termo que vem do latim “ars”. Para nos ajudar a traduzir essa palavra,
podemos buscar a sua equivalente em grego, “tékne”. Ambas as palavras podem
ser traduzidas como técnica, ou seja, os meios para se criar, fabricar ou produzir
algo, uma vez que para os gregos, por exemplo, havia a Arte de fazer esculturas e
pinturas ou mesmo a Arte de fazer sapatos ou navios, ou seja, o domínio das ferra-
mentas e das linguagens para nos auxiliar a realizar um trabalho. Daí se reforça a
tradução de Arte que vimos como a técnica ou habilidade de se produzir algo. Mais
uma vez, exatamente como um designer, quando domina os softwares grá-
ficos necessários e tem conhecimento técnico para desenvolver um projeto.
A Arte é um reflexo do ser humano e muitas vezes representa a sua condição
social e essência de ser pensante. Tanto para quem produz, quanto para quem
recebe, a Arte se apresenta através de diversas formas como: plástica, música,
escultura, cinema, teatro, dança, arquitetura, etc. Tanto que pensadores e autores
decidiram organizar as diferentes formas de Arte em uma lista numerada muito co-
mum nos dias de hoje. Uma lista que não representa necessariamente uma ordem
cronológica ou de importância, mas que sofreu a inclusão de outras formas de Arte
que surgiram com a evolução da sociedade:
• 1ª Arte: Música;
• 2ª Arte: Dança/Coreografia;
• 3ª Arte: Pintura;
• 4ª Arte: Escultura/Arquitetura;

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UNIDADE Arte e Design

• 5ª Arte: Teatro;
• 6ª Arte: Literatura;
• 7ª Arte: Cinema;
• 8ª Arte: Fotografia;
• 9ª Arte: Histórias em Quadrinhos;
• 10ª Arte: Jogos de Computador e de Vídeo;
• 11ª Arte: Arte Digital.

É dessa lista que surgiu o termo “A Sétima Arte” como sinônimo do Cinema.

A Arte também se manifesta em grupos, ou seja, formas de Arte que se asseme-


lham e são definidas dentro de áreas mais amplas, por exemplo:
• Artes Plásticas: conjunto de arquitetura, escultura, artes gráficas e artesanato artístico;
• Artes Cênicas: teatro;
• Artes Visuais: representação do real ou do imaginário que tem a visão como
principal forma de avaliação e apreensão.

Escultura e Artes Gráficas são duas das quatro formas de Artes Plásticas. Será mesmo que o
Explor

Design de Produto, que trabalha com modelagem, e o Design Gráfico, que utiliza elementos
gráficos em sua elaboração não se relacionam com a Arte?

Em relação às definições apresentadas anteriormente, é interessante assimilar que


nem toda forma de Arte Plástica ou Cênica é uma forma de Arte Visual. Isso ocorre
porque a Arte visual depende exclusivamente do sentido da visão para ser apreendi-
da, ou seja, é necessário que se visualize a obra de Arte. O teatro, por exemplo, pode
ser frequentado por uma pessoa com deficiência visual, que não necessariamente vê
a peça de teatro, porém, ainda assim, é uma forma de Arte, a Arte Cênica.

Isso se relaciona com a experiência de uma pessoa ao ter contato com uma
obra de Arte, como dissemos anteriormente. Uma obra de Arte exposta em um
local com iluminação ruim ou de difícil acesso, por exemplo, influencia na forma
como cada pessoa vai reagir àquela obra. Assim como a reação das pessoas ao re-
dor. Portanto, vemos que o conceito de experiência do usuário (user experience),
muito comum no Design atual, já é estudado e aplicado à Arte há muito tempo.

Com base em tudo o que vimos até aqui, podemos definir que a História da Arte
é a ciência que estuda os movimentos artísticos, as modificações na valorização
estética, as obras de Arte e os artistas. Este estudo é feito de acordo com a vertente
social, política e religiosa da época que é estudada. Várias outras ciências servem
de auxílio para a História da Arte, como a numismática, paleografia, história, ar-
queologia, etc. Com a História da Arte é possível aprender um pouco sobre o ser
humano através a evolução das diversas expressões e manifestações artísticas.

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Contudo, vimos algumas vezes até aqui, a palavra estética ligada à Arte. A Arte
está ligada à estética, porque é considerada uma intenção ou ato pelo qual, traba-
lhando um material físico, uma imagem ou um som, o homem cria beleza ao se
esforçar por dar expressão ao mundo material ou imaterial que o inspira, ou seja,
é a tentativa do homem reproduzir algo que considere belo, manipulando materiais
através das técnicas que tem. Os conceitos de beleza e belo se relacionam com a
estética, que veremos a seguir.

Estudo da Estética
A própria Filosofia sempre tentou estudar a Arte de diferentes maneiras. A Arte
já foi definida como intuição, expressão, projeção, sublimação, evasão, etc. Por
exemplo: Aristóteles definiu a Arte como uma imitação da realidade; já Bergson
ou Proust a veem como a exacerbação da condição atípica inerente à realidade;
enquanto Kant considera que a Arte é uma manifestação que produz uma “satis-
fação desinteressada”. São definições diferentes, porém, elas se assemelham ao
relacionar a Arte à estética.

Como vimos anteriormente, a estética é a tentativa do homem em reprodu-


zir o que é belo, contudo, não é “apenas” isso, não é tão simples assim definir
a estética, pois ela é completamente subjetiva.

Estética vem do grego “aisthetiké”, que significa conhecimento sensorial, expe-


riência sensível, sensibilidade. Portanto, refere-se a tudo aquilo que pode ser per-
cebido pelos sentidos, não somente da visão como vimos em Arte visual, mas por
todos os sentidos. Essa, inclusive, foi a definição de estética de Kant como o estudo
das condições da percepção pelos sentidos. Até então, a estética era relacionada
somente ao quê uma experiência sensorial causa no homem, sem nenhuma relação
com a Arte. Foi Alexander Baumgarten quem utilizou o termo estética pela primei-
ra vez no sentido de teoria do belo e das suas manifestações através da Arte. Não
necessariamente sobre uma obra de Arte ser bela ou não, mas sobre o efeito que
ela causa em um expectador. Se uma obra de Arte é agradável ou não, de acordo
com a cultura e os valores de cada um.

Tentar definir com exatidão o conceito de beleza é uma das maiores discussões
da filosofia. Alguns pensadores se dedicaram à investigação do que é a beleza e
houve uma divisão nos pensamentos quanto a essa questão. Para uns, a beleza é
algo que está objetivamente nas coisas. Para outros, a beleza é apenas um juízo
subjetivo, pessoal e intransferível a respeito das coisas.

Para os filósofos idealistas, a beleza é algo que existe em si mesma, por exem-
plo, para Platão a beleza seria uma forma ideal que subsistiria por si mesma, como
um modelo, no mundo das ideias. Para os filósofos materialistas-empiristas (como
Hume), a beleza não está propriamente nos objetos, mas depende do gosto de cada
um, da maneira como cada pessoa vê e valoriza o objeto. Esta última definição dos

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filósofos materialistas-empiristas é mais aceita atualmente. A beleza é um estado de


espírito, é uma reação causada no ser humano e, novamente, pode ser individual (o
que é belo para um, pode não ser para o outro) ou coletiva (depende da experiência
que o espectador terá em conjunto com outras pessoas).

A beleza depende de uma série de julgamentos feitos pelo ser humano em uma
fração de segundos, são eles:
• Juízo de Fato: dizer o que são as coisas;
• Juízo de Valor: julgar se determinada coisa é boa, ruim, agradável, bonita,
feia, etc.;
• Juízo Moral: se algo faz bem ou mal de acordo com valores;
• Juízo Estético: julgamos se algum objeto, algum acontecimento, alguma pes-
soa ou algum outro ser é belo de acordo com nossos gostos.

O pensador Hegel, por sua vez, deu uma interessante contribuição em relação
ao estudo da estética, quando interpretou a questão da beleza sob uma perspectiva
histórica. Para ele, o relativo consenso acerca de quais são as coisas belas mostra
apenas que o entendimento do que é belo depende do momento histórico e do
desenvolvimento cultural. Esses dois fatores determinariam uma visão de mundo, a
partir da qual algumas coisas seriam consideradas belas e outras não.

Isso explica o fato de movimentos artísticos ou obras de Arte serem bem aceitos
apenas muitos anos depois de quando foram originalmente desenvolvidos. O mun-
do muda e o momento em que vivemos nos permite ver de maneira mais agradável
um movimento artístico ou uma obra de Arte do que antes.

Para Hegel, a beleza artística não diz respeito apenas à sensação de prazer que
determinada obra possa proporcionar, mas à capacidade que ela tem de sintetizar
um dado conteúdo cultural de um momento histórico. A Arte não é apenas fruição,
mas tem como função mostrar, de modo sensível, a evolução espiritual dos homens
ao longo da história.

Essa discussão sobre o belo na sociedade levou a algumas convenções universais


que não necessariamente representam uma verdade absoluta, mas se relacionam
com a ideia dos valores que comentamos anteriormente. A primeira delas é a con-
venção de que “o que é belo é bom”. Muitas especulações tomaram o rumo de
associar o belo ao bom, entrelaçando os campos filosóficos da estética e da ética.
Sócrates e Platão já diziam que o que é bom é belo, e o que é belo é bom. A se-
gunda convenção criada relaciona o belo à educação, ou seja, a educação estética.
Também se verifica um entrelaçamento entre estética e ética quando se constata
que o belo pode despertar o bom no indivíduo e que por isso, deve fazer parte de
sua educação. E por fim, a beleza também está muito associada à cultura de massa
e é explorada pelo marketing. De acordo com Adorno, a Arte e os bens culturais
estão submetidos aos interesses do mercado e, dessa forma, não passam de negó-
cios, como qualquer outro produto. A indústria de lazer e divertimento investe em
determinados produtos culturais que agradam às massas de forma imediata.

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A estética, como vimos, pretende alcançar um tipo específico de conhecimento:
aquele que é captado pelos sentidos. De uma forma geral, belo é algo que nos agra-
da, que nos satisfaz os sentidos, que nos proporciona prazer sensível e espiritual.

Por todos esses motivos que citamos, podemos dizer que a beleza é subjetiva.
O que é belo para alguns pode não ser para outros. Tudo depende da cultura, dos
valores e dos hábitos de cada indivíduo ou do grupo ou momento em que esse indi-
víduo está inserido. Por exemplo, no Brasil, um país ocidental, um movimento ar-
tístico ou uma obra de Arte pode ser mais bem aceita, ou mais bela, que no Japão,
um país oriental, com uma cultura diferente.

É nesse sentido que a estética se relaciona com a Arte, pois esta tende a prender
o espectador também pelos sentidos e na experiência ao ver uma obra. A estética
parte da experiência sensorial, da sensação, da percepção sensível, para chegar a
um resultado que não apresenta a mesma clareza e distinção da lógica e da mate-
mática. Seu principal objeto de investigação é o fenômeno artístico que se traduz
na obra de Arte ou numa peça de comunicação. Portanto, a estética (a representa-
ção subjetiva do belo) é uma sensação causada no espectador, pode estar presente
em qualquer tipo de Arte (ou qualquer coisa).

O escritor Ferreira Gullar disse que: “a Arte existe porque a vida não basta”.
O importante, é que a Arte e a estética sempre estimularam o debate e estimula-
ram, por consequência, a própria Arte e estética.

Como dissemos anteriormente, estamos cercados por Arte diariamente, não


apenas nas obras de Arte presentes pela cidade ou nos museus. No Design tam-
bém. Os movimentos artísticos são referência para quem trabalha com Design,
em qualquer segmento, assim como você pode conferir em alguns itens descritos
no Material Complementar. Aproveito a oportunidade para reforçar a necessidade
de você estar sempre atento para o que está ao seu redor e assim como apresen-
tamos aqui, estar aberto a diferentes pontos de vista. Isso será importante para a
sua formação de repertório e para os seus trabalhos. É muito comum pensar que
o Design surgiu “recentemente”, porém, assim como vimos, o conceito de Design
está implícito desde as pinturas rupestres, portanto, o Design e a História da Arte
estão intimamente relacionados desde o início. O início é a Pré-História, tema que
abre nossa próxima unidade!

Assista à videoaula desta unidade. Lá, são mostrados exemplos que irão complementar seus
Explor

estudos e seus conhecimentos!

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UNIDADE Arte e Design

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
A história da arte
GOMBRICH, E. H. A história da arte. Tradução: Álvaro Cabral – Rio de Janeiro:
LTC, 2008.

 Vídeos
PIXO
Preview do documentário Pixo que aborda o conceito sobre Arte e Estética.
https://youtu.be/TtlRZdLGi3I
Arte Cubista
Vídeo intitulado Arte Cubista, do grupo de humor Porta dos Fundos, com referência
sobre arte abstrata e também sobre o conceito de Arte e Estética.
https://youtu.be/kxethi3ufcM
Alkaline Trio – "I Wanna Be A Warhol"
Videoclipe da música I Wanna Be A Warhol, da banda Alkaline Trio, com diversas
referências do artista Andy Warhol, importante nome da Pop Art.
https://youtu.be/7trRQX0XP9k

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Referências
BONSIEPE, G. Design: do material ao digital. Trad. Cláudio Dutra. Florianópolis:
FIESC/IEL, 1997.

LAS-CASAS, L. F. CineDesign: typography and graphics Design in motion pic-


tures – the AMPAS awards 1927 to 2004 – best pictures. Doctor of Philosophy in
The Steinhardt School of Education. Art Education Program. New York: New York
University, 2006.

PETRINI, C. D. R. Legenda Cinética: tipografia em movimento e traduções nar-


rativas. São Paulo: Gênio Criador, 2018.

RIBEIRO, R. A. C. Design & Arte: entre os limites e as interseções / Rita A. C.


Ribeiro & Camilo Belchior; assistente de pesquisa Pamilla Vilas Boas; coordenação
gráfica Clãudio Valentin. 1. Ed. Contagem, MG: Ed. do Autor, 2014.

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