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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
LITISCONSÓRCIO
1. Conceito
2. Requisitos
3. Classificação / Espécies de Litisconsórcio
3.1. Quanto à Posição
3.2. Quanto à Formação
3.3. Quanto ao Resultado / Teor da Sentença
3.4. Quanto à Obrigatoriedade
3.4.1. Litisconsórcio Multitudinário
4. Competência
Encerrando Competência, o Professor respondeu à questão da aula passada - Uma ação foi ajuizada no RJ e o juiz
mandou o processo para SP. Em SP, o magistrado entendeu que, de fato, o processo era de competência do RJ. O
que o magistrado de SP pode fazer nessa situação? R.: Neste contexto, o juiz de SP, mesmo inconformado, deverá
dar seguimento ao processo, porque a competência é territorial e, portanto, relativa.
LITISCONSÓRCIO
1. Conceito
Parte da doutrina fala em pluralidade de partes no processo. Entretanto, segundo esse conceito, o litisconsórcio
ocorreria sempre que no processo tivesse mais de um autor ou réu e o problema é o seguinte: esse conceito inclui
litisconsórcio, intervenção de 3º e Intervenção do MP. Note-se que aqui há pluralidade de sujeitos participando da
relação processual.
2. Requisitos
A) Requisito Básico:
É a ligação por um ponto comum (de fato ou de direito).
EXTENSIVO REGULAR
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Este ponto comum pode ser:
i- Comunhão de Direitos ou Obrigações. Ex.1: Quando dois condôminos movem ação contra o invasor. Ex.2:
Quando o credor move ação contra dois devedores solidários;
ii- Conexão (causa de pedir ou pedidos iguais). Ex.1: Quando duas vítimas movem ação contra o motorista por
acidente de trânsito. Ex.2: Quando, na Oposição, o autor e o réu da ação anterior figuram em litisconsórcio como
opostos;
iii- Quando houver afinidade por qualquer ponto comum (seja de fato ou de direito). Ex.: quando os alunos movem
ação contra a faculdade.
Obs.: Essas três espécies de ponto comum variam conforme a intensidade do vínculo entre os litisconsortes, sendo
forte na Comunhão, médio na Conexão e fraco na Afinidade.
B) Outros Requisitos:
O litisconsórcio, na maioria das vezes, além da cumulação subjetiva também gera cumulação objetiva, isto é,
cumulação de pedidos, de ações, quando cada litisconsorte tem o seu direito. Nesses casos, é preciso reunir os
requisitos da cumulação de pedidos (art. 327, §1º, CPC).
C) Litisconsórcio Misto / Recíproco / Bilateral: vários autores demandando contra vários réus.
A) Litisconsórcio Inicial / Originário: formado desde a petição inicial (desde o começo do processo).
O autor pode formar o litisconsórcio ulterior através da emenda à petição inicial (correção) ou do aditamento
(acréscimo); O réu pode criar através do chamamento ao processo ou da denunciação da lide; O terceiro pode criar
litisconsórcio ulterior pedindo para entrar como litisconsorte (Intervenção Litisconsorcial Voluntária – veremos
depois); O juiz pode através da chamada Intervenção IUSSU IUDICIS (POR FORÇA DO JUIZ).
A) Litisconsórcio Simples: é aquele que admite resultados diferentes para os litisconsortes (é o exemplo dos
autores contra o motorista de ônibus que causou o acidente e dos alunos contra a faculdade).
B) Litisconsórcio Unitário: o resultado tem que ser único e uniforme para todos.
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Sobre o Litisconsórcio Unitário, ele é assim em razão do direito material ser único e indivisível para todos os
titulares. Além do direito material, pode ser também apenas uma relação material – Ex.: Quando o MP move ação
de anulação de casamento contra os cônjuges, cuja sentença de procedência anulará o casamento para ambos. O
casamento é uno e indivisível).
Sobre o Litisconsórcio Necessário, é obrigatório porque decorre de exigência expressa da lei. Exs.: art. 73, §1º, CPC
(de leitura obrigatória) e art. 246, §3º, CPC.
I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o
regime de separação absoluta de bens;
I - pelo correio;
II - por oficial de justiça;
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IV - por edital;
Porém, as vezes a lei não determina, mas há necessidade em decorrência do direito material, que é único e
indivisível. Ex.: Na Ação Revocatória (aquela para anular negócio jurídico com base em fraude – “Ação Pauliana”) o
credor é obrigado a colocar no polo passivo o devedor que vendeu e o comprador que adquiriu a coisa em fraude.
Ex.2: os cônjuges no polo passivo da ação de anulação de casamento.
Detalhe: O art. 114, CPC fala em “eficácia da sentença”. A doutrina tradicional sempre entendeu que era o caso de
validade, porém, o art. 115, CPC trouxe uma distinção que não existia, veja-se: Se o litisconsórcio for simples, trata-
se de eficácia (ou seja, não será eficaz para aquele que não foi citado), lado outro, se for litisconsórcio unitário, a
questão será de validade (será nulidade).
Obs.: Em regra, todo Litisconsórcio Unitário também será Necessário, em razão do direito material, salvo, quando
a lei permite aos titulares do direito que um substitua o outro no processo, prevendo “Legitimidade Concorrente
Disjuntiva” entre eles, o que o tornará, portanto, litisconsórcio Facultativo. Ex.: O Art. 1.314, CC – 3 condôminos
intentam ação contra o invasor -> trata-se de litisconsórcio Ativo Unitário, porém, Facultativo, porque, em razão
do art. 1.314, CC, cada condômino pode exercer os direitos e reivindicar a coisa sozinho.
Note-se que no caso mencionado acima, há uma exceção da Lei (art. 1.314, CC) para a regra e, se o CC for revogado
neste artigo, o Litisconsórcio Unitário neste caso (será Necessário).
Se for Facultativo, pode ser limitado de ofício ou a requerimento em duas situações: i- quando comprometer a
rápida solução do litígio; ou ii- dificultar a defesa ou o cumprimento de sentença.
Obs.1: O pedido de limitação interrompe o prazo de resposta ou manifestação, que se reinicia com a intimação da
decisão.
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Lado outro, se for Necessário, o litisconsórcio Multitudinário será inevitável.
Sobre o Litisconsórcio Alternativo, trata-se daquele baseado em dúvida quanto ao verdadeiro legitimado. O autor
move ação contra os prováveis legitimados, pedindo que, após a instrução, a sentença de mérito seja contra o
verdadeiro legitimado.
Ex.: Art. 339, §2º, CPC -> Quando se contesta a ação alegando ilegitimidade, tem-se o dever de indicar o verdadeiro
legitimado. O autor deve ingressar contra o indicado e mais alguém, se ficar na dúvida.
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