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João Vitor Souza Santos

Departamento de Ciências Sociais


Centro de Educação e Ciências Humanas
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Por que estudar os clássicos da Sociologia? Qual a importância desses para a


compreensão efetiva dos fenômenos do mundo atual? A leitura feita por eles pode
ajudar na análise do mundo em que vivemos? Todas essas perguntas são de total
validade dentro da disciplina Sociologia, bem como podem ser feitas – com as devidas
adaptações – às outras Ciências Sociais.
A discussão pode ter início com o debate entre clássicos e fundadores. Por que,
dentro das Ciências Sociais em sua totalidade, usa-se a terminologia, o conceito de
clássicos e não fundadores? Em meio às justificativas teóricas para tal uso têm-se como
objeto de justificação um evento posterior aos tais clássicos, há quem diga que a
proposição se coloca diante de uma conjectura intelectual contemporânea ao século XX,
mais precisamente a década de 1930-60, cujo contexto era a empreitada intelectual de
Talcott Parsons.
Até então, anteriormente a esse intelectual, o que hoje se considera – de forma
sumária, ampla e consensual – como clássicos da Sociologia não se configurava de
forma relevante tal como foi considerado, discutido e debatido a partir de Parsons e seus
contemporâneos pares acadêmicos. Marx, Weber e Durkheim figuravam como
intelectuais de destaque até então nacional, respectivamente, na Alemanha e na França;
com um adendo para o coautor do Socialismo Científico, juntamente com Friedrich
Engels, conhecido também no meio da luta sindical.
Acontece que Parsons abriu uma discussão – consciente ou inconscientemente -
a partir da consideração de alguns aspectos, conceitos e discussões das obras de Weber
e Durkheim que os interessava para compor a sua tese, e consequentemente, a
construção daquilo que ele chamou de “paradigma” [metodologia hegemônica]. É certo
que Parsons assume uma considerável importância para o contexto de sua época (e para
a consideração do que comumente, hoje, vem a ser chamado de tripé da sociologia),
dado que a sua inciativa fomenta uma discussão um tanto quanto produtiva – mesmo
que em si, ela é envolta de interesse, e se caracterize como tendenciosa [visto que ele
negligencia voluntariamente Marx].
Dessa forma, é possível hoje entender que os clássicos – e aqui leia-se para além
do famigerado tripé – exercem uma influenciam até hoje no pensamento sociológico, e
na forma de fazer sociologia; bem como essa proposição se estende para as outras áreas
das Ciências Humanas com as devidas adaptações. Assim temos a figura dos clássicos
como um ponto crucial a ser revisitado durantes as crises, inclusive, períodos de alerta
como os tempos atuais.
Tendo isso em vista, pode-se compreender que a principal diferença entre
clássicos e fundadores se materializa na possibilidade de revisitação daqueles. Por
conseguinte, urge a necessidade de olharmos com ainda mais atenção para as obras
daqueles que alicerçam o pensamento sociológico como um tempo. Com isso, objetiva-
se dizer que é de fulcral importância distinguirmo-nos de Parsons no tocante à
consideração das contribuições desses tais autores clássicos. Seja para focalizar a
questão do cansaço, da divisão social do trabalho, da moral, da religião ou do suicídio
em Durkheim; o quesito do método marxiano, do materialismo dialético, da crítica da
economia política e análise do capitalismo, e do rigor científico em Marx; não obstante,
a relação e ação social, da jaula de ferro, do estudo das vocações, da análise da
modernidade em Weber; entre tantos outros clássicos nas suas respectivas áreas de
atuação, bem como de contribuição intelectual.

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