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Fernando Mendes
February 5, 2010
ÍNDICE
Introdução
Conclusão
Bibliografia
Anexos
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Introdução
a fundamentação iconográfica que origina tal efeito. Para tanto torna-se essencial situar e
contra-cultura novaiorquina quando os The Velvet Underground, sob o manto mais do que
protector de Andy Warhol, lançam o seu álbum homónimo de estreia, The Velvet
Underground and Nico (anexa-se cópia do álbum original, com a respectiva capa).
cartazes um pouco por todo o lado, diluída na parafernália da imagética rock e pop,
seu percurso e história para melhor entender o conteúdo e o contexto que levaram (ou
The Velvet Underground & Nico é o álbum de estreia da banda rock norte-americana
The Velvet Underground e foi lançado originalmente no ano de 1967 (a produção da capa
alongou por vários meses, desde 1966). Este álbum ganhou notoriedade pelas suas
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tendências experimentais e pela temática das suas composições ser controversa, como
na canção Heroin por exemplo, abordando temas que até aí não tinham tido espaço no
universo pop anglo-saxónico. Convenhamos que, tirando um ou outro autor, o rock era um
tipo de som direcionado para um público adolescente. Os The Doors na costa leste
introduziam alguma poesia adulta no seu “discurso” psicadélico, mas é apenas com os
Velvet que a grande poesia e literatura fazem a sua entrada no espectro do Rock. Lou
Reed é formado em Língua Inglesa e estuda com Delmore Schwarz e John Cale toca
peças clássicas no violino desde os 6 anos. É desta mistura que são feitos os Velvet.
Adicione-se o som negro das ruas de Nova Iorque pela guitarra de Sterling Morrisson, a
real fracasso comercial no lançamento, o álbum tem, desde então, sido considerado um
na lista dos “500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos” feita pela revista Rolling Stone.
deve-se à insistência do produtor e mentor da banda, Andy Warhol. Nico canta em três
faixas (“Femme Fatale”, “All Tomorrowʼs Parties” e “Iʼll Be Your Mirror”) e integra ainda o
O álbum é notável pelas suas descrições explícitas de temas como o uso (e abuso)
for the Man” descreve a aventura e corrida desenfreada pelas ruas de NY para obter
heroína, enquanto “Venus in Furs” é quase uma interpretação literal do livro homónimo do
século XIX. “Run Run Run” ostenta também as drogas como premissa. Uma das canções
mais famosas do álbum é “Heroin”, cuja letra descreve o uso deste opiáceo por um
“lixo branco”, todo o género de epíteto lhes foi aposto. Andy Warhol também não foi
poupado e por diversas vezes foi acusado de manter uma corja de junkies sob o tecto da
Factory. A aversão aos VU assumiu contornos grotescos, com a maioria das canções a
Europa, a partir sobretudo da repescagem de Lou Reed pelo David Bowie, começa a
crescer um culto devoto aos Velvet, que em meados de 80 seria finalmente reconhecido
pelos EUA e por Nova Iorque, com a entrada da banda para o lendário Rock And Roll Hall
of Fame. Vinte anos depois, fazia-se justiça a uma banda absolutamente ímpar no
de A. Warhol
popular long play, em vinil) não há mais do que uma banana amarela com manchas
pretas sobre um fundo branco imaculado. O contraste e recorte entre o fundo e a banana
é absolutamente chocante, fazendo com que a banana pareça quase saltar do plano a
duas dimensões para um muito vívido efeito a três dimensões. Apesar de se tratar de uma
qualquer estúdio fotográfico, como se Warhol tivesse disposto o fruto sobre uma mesa de
Mas o que mais nos desperta os sentidos é indubitavelmente o jogo cromático que o
artista utilizou. Branco, preto e amarelo, sem a mínima concessão à gradação, matiz ou
sombreamento. Apenas amarelo, preto e branco. Um fundo branco tão imaculado quanto
até à sua depuração mais extrema, com traços e manchas grosseiras, dando forma a uma
banana amarela, num tom dessa cor que não conseguimos imaginar mais intenso e
poderoso, com a capacidade de nos quase cegar se fitada por algum tempo. As zonas/
Ao invés da quase totalidade das art-covers dos anos sessenta, a capa é assinada
pelo autor, à maneira clássica, no canto inferior direito da mesma, num tipo gráfico de
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julgamos indicar possessão e (muito) orgulho, como se de uma pintura se tratasse. Ainda
mais curioso e inédito é o facto do nome da banda não figurar sequer na capa (dada esta
banana). À direita da banana, em cima, uma pequena frase: “Peel slowly and see”.
Andy Warhol produziu este trabalho inicial dos The Velvet Underground de uma forma
que esta banda e respectivo álbum foram lançados, penso que não é excessivo dizer-se
que esta estratégia não poderia redundar em muito mais do que num rotundo fracasso. E
No entanto e apesar do total fracasso de vendas que foi a estreia dos The Velvet
Alguns anos depois, Brian Eno, outra luminária da pop, rotularia os Velvet e o álbum
famosa. A ideia seria que embora o álbum da banana apenas tenha vendido uma quantas
formado uma nova banda. É hoje ponto assente que o álbum e a música dos Velvet
Embora não tenha particular interesse discutir aqui a relação da música da banda e
do álbum com a capa desenhada por A. Warhol, vale a pena reproduzir aquela que,
reconhecidamente, era a canção favorita do artista, “All tomorrowʼs parties”, título que
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poderia ser traduzido literalmente como “Todas as festas do futuro”. Andy Warhol nunca
Lou Reed escreveu a maioria das letras do álbum mas nunca pretendeu escrever
para causar qualquer tipo de choque. Reed é fã de poetas como William Burroughs e
Allen Ginsberg e sobretudo admirador da obra de Poe (a quem dedicaria um álbum inteiro
universo da canção rock. Embora os assuntos tratados no disco ainda hoje sejam
Muitas destas canções foram escritas a partir de observações das figuras da entourage
De Warhol, ficaram famosas muitas das suas frases, proferidas a maior parte das
e as suas motivações. A mais célebre por ventura é o postulado de que “no futuro, todos
terão os seus quinze minutos de fama”. Andy levava esta máxima a sério e tratava de
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dinheiro eram tudo o que lhe interessava (a par do glamour dos artistas e das suas vidas
atribuladas). Muitas vezes num exercício de distanciamento das suas próprias obras,
abrindo o debate (à frente do seu tempo) sobre a autoria artística, o efémero, etc. “Não há
estrelas no céu de Nova Iorque, porque elas estão todas na rua”, uma referência ao star-
das inúmeras publicações sobre o (verdadeiro) Rei da Pop. Numa famosa e cómica
dirigidas ao artista.
Jornalista: “Se lhe faço uma pergunta, espero uma resposta, obviamente!”
a resposta, ok?”
A. W.: “Seria muito mais fácil para todos se pudesse fazer como lhe peço. Acha que
Jornalista: “...”
iconografia pop ligada à música. A recente edição “The Velvet Underground” (NY, Rizzoli,
Factory até que Warhol lhe tivesse encontrado a escala para a capa dos VU. Isto sugere
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que, provavelmente, este “objecto” não se destinaria ao álbum da banda e que Warhol
“apenas” terá usado de alguma reciclagem (que promovia constantemente com as suas
inúmeras produções). Sabe-se também que os membros da banda não tiveram qualquer
Nada disto belisca a simbologia associada a este objecto, que sobreviveu, apesar de
A expressão que fornece o título deste ponto foi usurpado ao Professor Manuel J.
Gandra, num comentário ouvido em sala de aula, no contexto da discussão dos trabalhos
facto, se há fruta de que não se faz (que eu saiba) sumo, essa é a banana. São
este facto, não deixou de me intrigar o facto de o Professor o ter proferido de forma tão
espontânea (o que me leva a pensar que algum “sumo” haverá nesta questão. Sites
banana é dificultada pelo facto de se produzir apenas polpa quando o fruto é esmagado.
Assim, não é possível obter "verdadeiro" sumo de banana, ainda que a sua polpa possa
[…]
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[…]
Tipográfica, 1781. Transcrição da edição da Livraria Garnier, Rio de Janeiro, sem data,
possivelmente de 1913.
(Em Cascudo, Luís da Câmara (org.). Antologia da alimentação no Brasil. Rio de Janeiro,
numerosas sementes. Foi o homem que a fez doméstica, tornando-a na versão actual que
conhecemos e, sobretudo, comestível. O mais antigo fóssil data da era terciária, na Índia.
Neste País, a banana era considerada a fruta do Paraíso e os hindus pretendiam que Eva
tinha oferecido uma banana a Adão (e não uma maçã). Acredita-se ainda que as folhas da
bananeira lhes serviram de protecção para tapar “as partes” quando foram expulsos do
Paraíso terrestre.
Nesta época, a bananeira selvagem era muito vezes utilizada por outras qualidades
que o seu fruto e muitas dessas utilizações subsistem ainda hoje. O tronco da árvore
fornece fibras com que se fazem cordames, roupas e sacos. Os mesmos troncos, ocos,
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folhas tinham todo o tipo de utilizações, por exemplo, para fazer um tipo de “papel”.
Apesar da ciência ter reconhecido o efeito tonificante deste fruto, ele foi alvo de todo o
instabilidade das coisa terrenas. “As construções mentais são iguais a uma bananeira”
Jane Grigson, no seu “Jane Grigsonʼs Fruit Book”, afirma que Musa tem origem na
palavra árabe mouz, que deriva do sânscrito moka. Lineu terá assim usado o termo
Musáceas para as definir. Lineu afirmou ainda que os sábios da Índia as conheciam bem
e delas se alimentavam: “A folha é como asa de pássaros (...) A fruta cresce directamente
antes figo: figo de Adão, “figue du Paradis” para os franceses, antes de adoptarem o
termo banane. Lineu denominou então a banana de Musa Paradisiaca, contribuindo para
reforçar a versão corrente no século XVIII que atribuía o valor simbólico de fruta proíbida
à banana.
Genesis, sugere que a extraordinária fecundidade de Sara, mulher de Abraão, foi por
Divertimento Erudito de Frei João Pacheco (Lisboa, 1734, p.293) onde se lembra o facto
da banana ter forma fálica, despertando o sentido erótico de Eva, além de ser a única
árvore que geme como a criatura humana nos momentos da frutificação (Gandra, 2007),
Mas a bananeira não é da família das mandrágoras embora o seu fruto também
Ásia e África são o berço da banana (não, não é oriunda da América do Sul!). Luís da
Câmara Cascudo diz na “História da Alimentação no Brasil” que ela foi introduzida no
século XVI. A banana tem no Brasil um peso cultural e comercial enorme. Na literatura
popular deste país, a banana é ainda a verdadeira fruta do Paraíso, onde (segundo essa
crença) as maçãs nunca constaram. Acredita-se ainda que quando uma bananeira não
produz frutos deve ser abraçada (fecundada?) por um homem (Gandra, 2007).
invariavelmente ilustrado com recurso a uma pele de banana (como se essa fosse a
substância mais escorregadia!) e são muitos os exemplos no cinema desta “deixa visual”.
A simples visão de uma pele de banana no chão induz imediatamente essa lembrança
americano.
Os símios são, também eles, vítimas do fruto proíbido. Não há virtualmente nenhuma
Repúblicas das ditas. Nem é preciso viajar até à América do Sul... A ofensa suave
também é possível, sugerindo alguma ingenuidade, quando não a total palermice, quando
ouro, para na outra enfrentarmos o amarelo do enxofre. Segundo Eva Heller (2000),
Gogh pintou a maioria dos seus girassóis com amarelo de crómio porque poucas vezes
se podia dar ao luxo de usar o amarelo de cádmio, mais nobre e consequentemente muito
mais caro). O clássico homem grego tratava as insónias e as ressacas com açafrão, mas
“Quando falamos do mundo das plantas, das flores e dos frutos o açafrão tem o
(se a isto juntarmos o preto do luto começamos a perceber o carácter malsão desta
banana).
O amarelo é, a par do azul e do vermelho, uma das três cores primárias, por não ser
possível obtê-las a partir da mistura de quaisquer outras cores. Das três é a mais viva.
Apesar da sua relação óbvia com o Sol, a luz e o ouro, raramente é uma cor apreciada,
porquê? Talvez por ser uma cor frágil, que não inspira confiança, uma cor que à mínima
definitivamente o amarelo.
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laranja e vermelho tornam-no amável e conferem-lhe vida e energia. “Todo o mundo sabe
Para muitas culturas, conceitos como luz e claridade são sinónimo de inteligência. O
amarelo pode então ser a cor de deus, o olho dentro do triângulo amarelo é o símbolo do
por “dourado”, por exemplo, raramente descrevemos um belo pôr-do-sol amarelo para
antes o elogiar como dourado. Também para as pessoas com o cabelo desta cor usamos
um artifício linguístico para fugir ao peso negativo do amarelo e estas pessoas passam a
louras.
Helios, o Deus grego, entediado pelo amor bacoco de Clítia, transformou-a num
girassol. Por isso estes se viram continuamente para o Sol. O verde da inveja tem raiz, na
pintada por Hugo Vandergoes era amarela esverdeada, com cabeça de homem e tentava
amarelo a sua cor maldita, desde obrigados a usar chapéus amarelos (séc. XII) a aros da
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mesma cor cosidos à roupa e, já em pleno séc. XX, o amarelo voltou para os discriminar.
Uma estrela de David amarela aposta às suas roupas desonrava-os e humilhava a sua
religião.
Não me alargarei sobre o branco do fundo, mas várias leituras cruzadas (embora
Conclusão
bananas. O amor inesperado por este fruto advém da descoberta de certas proriedades
Barb) a pele da banana conteria uma substância que actua sobre o sistema
Ao mesmo tempo que surgem avisos sobre os perigos do consumo deste produto,
outros (sobretudo jornalistas) avançam mesmo com uma receita para produzir a suposta
droga: congelar uma banana, reduzi-la a puré, secá-la num forno e, finalmente, fumá-la!
yellow power (por analogia com o flower-power do momento). Em Março de 1967, dois mil
Country Joe MacDonald, cantor Rock assegura que se pode atingir o céu fumando
pele de banana e distribui mesmo quinhentos destes cigarros num concerto, urrando: “It's
Os insuspeitos Time Magazine e New York Times escrevem artigos sobre o tema.
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Algum tempo antes, em 1966, Donovan (o suposto propagador da ideia de que a pele
da banana é uma poderosa droga) publica a canção Mellow Yellow. Tema da canção?
É aqui que entra a “nossa” banana. Nesse mesmo ano, Andy Warhol desenha uma
banana (que se pode pelar) sobre a capa do primeiro álbum dos The Velvet Underground.
Uma banana amarela, pintalgada de “nódoas negras”. Passa quase despercebida uma
pequena frase no topo superior à direita da banana, onde se pode ler: “Peel Slowly and
que, uma vez levantado (descascada a banana), deixa antever uma outra banana, já
do álbum. Entre outros problemas, a tecnologia da altura não permitia uma colagem
processo. Reza a lenda que foi a própria editora (Verve Records) a sabotar toda a
produção com o único intuito de garantir a saída antecipada do álbum de estreia dos
Mother of Invention de Frank Zappa. A inimizidade entre os dois grupos era conhecida e a
da exposição mediática que Warhol teria em mente. Várias rádios recusavam-se a passar
sucesso também pode ser atribuída ao estúdio, Verve, que falhou completamente a
O mundo da crítica também votou ao ostracismo o álbum. Uma das poucas resenhas
cérebro" e não deixando de lado os tópicos sombrios presentes na maioria das faixas.
críticos, muitos dos quais apontam a influência do disco nas canções do rock moderno.
Syndicate, The Feelies, The Modern Lovers, Big Star, Patti Smith, The Stooges, David
Bowie e muitos outros. Lou Reed é mesmo apontado como o verdadeiro pai do Punk.
A capa sofrerá, ao longo dos anos subsequentes, uma interminável lista de variações,
(ou se a houve sequer). Fosse ele influenciado pelo desvario químico da época e dos
dividido entre a compulsão gay e a profunda devoção católica) ou pela longa e simbólica
história da banana, uma coisa é certa: esta banana não apodrecerá nunca.
conta que muito do trabalho do artista era, na realidade, desenvolvido por outros artistas
que desenvolve para outros artistas, é incontornável a capa que desenha para os Rolling
Stones em Sticky Fingers, onde parece retomar o “tema”. Desta vez trata-se de uma
Sobre o carácter fálico da banana e sobre o falo propriamente dito, muito se poderia
escrever mas essa análise ultrapassa em muito os limites deste (necessariamente) curto
trabalho.
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Bibliografia
GANDRA, Manuel J. Portugal Sobrenatural - volume I, Lisboa: Ed. Ésquilo, 2007, p. 243 e 482-483
GRIGSON, Jane. Jane Grigsonʼs Fruit Book, New York: Atheneum, 1982, p. 48-66
HELLER, Eva. A psicologia das cores. Barcelona: Ed. Gustavo Gili, 2007, p. 83-102
CASCUDO, Luís da Câmara. História da Alimentação no Brasil. 3ª ed. São Paulo: Global, 2004
THE VISUAL Food Encyclopedia. Montreal, Canadá: Les Éditions Québec/Amérique inc., 1996
Anexos
Um cacho de bananas
aos nossos dias. Anexa-se ainda uma cópia integral, em CD independente, do álbum
Papéis de parede, t-shirts, sacos e roupa diversa, tudo se presta à colagem da banana e do seu
imaginário simbólico.
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