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“CINEMA DE MULHERES”:
UMA PEDAGOGIA DA RESISTÊNCIA
VITÓRIA DA CONQUISTA – BA
2019
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SUMÁRIO
1 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 3
2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 4
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 4
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................. 4
3 REFERÊNCIAL TEÓRICO-METOLÓGICO .............................................................. 5
3.1 O CINEMA (FEMINISTA) COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO DE
REFLEXÃO E TRANSFORMAÇÃO DA CONDIÇÃO FEMININA ................................ 7
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 10
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1 JUSTIFICATIVA
Soma-se a isso, constituir este um tema caro à autora do presente anteprojeto, que
consiste na oportunidade de aprofundamento das pesquisas que floresceram em
sua dissertação monográfica intitulada “A participação feminina no mercado
cinematográfico (2012-2015)”, defendida em 2017, no curso de Cinema e
Audiovisual da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Entrevendo, portanto,
a importância de preencher essas lacunas resultantes das idiossincrasias históricas
e assumindo, por sua vez, a condição de mulher que pretende pensar a linguagem
cinematográfica para, enfim, ter condições de expressá-la artisticamente, a mesma
considera fundamental trazer à luz, sob a perspectiva do diálogo entre o movimento
feminista e a pedagogia narrativa e visual do cinema, este outro lado da história que,
aos poucos tem conquistando cadeiras na academia, mas devido à tímida
publicação dedicada à análise e a exposição dessas temáticas, permanece longe de
esgotar-se.
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2 OBJETIVOS
3 REFERÊNCIAL TEÓRICO-METOLÓGICO
E, em sua busca para uma solução possível ao problema de "não se ter memória",
pontua que se não há uma memória espontânea e verdadeira, há, no entanto, a
possibilidade de se acessar uma memória reconstituída que nos dê o sentido
necessário de identidade, mas para isso “é preciso criar arquivos (...) porque estas
operações não são naturais". (NORA, 1993, p.13). E, seguindo este mesmo
raciocínio, o cinema pode ser caracterizado tanto “como meio, linguagem e
possibilidade expressiva, quanto suporte material de memórias, mediação que
viabiliza processos de aprendizagem, engedrando e ressignificando práticas sociais”
(DUARTE; GUSMÃO, 2019). Através, portanto, do exercício de enfrentamento da
pesquisa e compreendendo a cinematografia como um lugar de memória, as
questões do cinema feminista e os seus desdobramentos pedagógicos começam a
aparecer como questões sociológicas.
Constitui uma difícil tarefa definir o feminismo1, já este termo traduz todo um
processo enraizado no passado, e construído, até os dias atuais, cotidianamente;
não havendo, portanto, um episódio fundador de sua origem. E, como todo processo
de transformação, em sua intrínseca complexidade, contém contradições, avanços,
recuos, medos e alegrias (ALVES; PITANGUY, 1982). Todavia, em termos didáticos,
podemos sintetizá-lo como um conjunto de múltiplas correntes políticas, sociais,
ideológicas e filosóficas, cujo principal objetivo consiste em assegurar direitos
equânimes para homens e mulheres. Para Alves e Pitanguy (1985):
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Há controvérsias, mas o Oxford English Dictionary lista 1894 como o ano da primeira aparição do
termo “feminista” e 1895 para a palavra “feminismo”. Curiosamente, mesmo ano no qual os irmãos
Lumière realizaram a primeira exibição pública de uma série de filmes, em Paris.
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É importante considerar que tal periodização consiste em uma construção histórica de análise que
não consegue dar conta da pluralidade das lutas feministas.
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HANISCH, Carol. O Pessoal é Político. Tradução Livre. Fevereiro, 1969.
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A revista apareceu pela primeira vez em 1972, resultado de um esforço colaborativo de duas jovens:
Siew Hwa Beh e Saundra Salyer. Um espaço dedicado às análises feministas do cinema que
forneceu um dos primeiros fóruns para destacar a desigualdade de gênero na indústria
cinematográfica, bem como o papel das mulheres nos filmes, além das primeiras tentativas de
implantar a teoria semiótica do cinema na discussão das mulheres e da tela.
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Na última década ou pouco mais que isso, cada filme é tomado como um
acontecimento, um demarcador ou uma dissidência. Não que não fosse
assim com o “cinema de mulheres”, com todo o seu impacto e “mal-estar-
social”. Mais do que imagens ou representações das mulheres, os filmes
dirigidos por elas são tomados como ações no sentido da visibilidade e da
equidade na ocupação de espaços discursivos e midiáticos, como o cinema,
seu fascínio e sua popularidade (VEIGA, Ana Maria. In: HOLANDA;
TEDESCO, 2017)
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O movimento Time’s Up, popularizado nas redes sociais através da hashtag MeToo, é uma
campanha movida por centenas de atrizes, roteiristas, diretoras, agentes e executivas da indústria do
cinema e do entretenimento, que visa combater o assédio e a agressão sexual generalizados em
Hollywood.
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4 CRONOGRAMA
CRONOGRAMA
ATIVIDADES 2020.1 2020.2 2021.1 2021.2
Adaptação do projeto e do plano de trabalho
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em conjunto com o orientador
5 Exame de qualificação
7 Defesa da Dissertação
REFERÊNCIAS