Elaboração

Divino Nunes Mesquita

(Engº. Agr. EMATER-AC)
mesquit@agronomo.eng.br
Cel: (68)9.9967-0413

Fotos: SILVA, 2004

Solicitação deste documento pode ser feita à EMATER-AC:

Av, das Nações,2.604, Estação Experimental

Rio Branco – AC, CEP 69918-172
Tel: (68) 3226-4365
MARACUJAZEIROS
(Passiflora edulis f. flavicarpa)

Não use agrotóxicos sem prévia consulta a um Engº. Agrônomo (a)!

Coleta (para indústria)

Efetuar a coleta semanalmente de todos ss frutas caídos e os
desgarrados e não caídos; mantê-los ensacados à sombra;
remeter ao comprador o mais rápido possível; retirar da lavoura EMATER ACRE
e enterrar frutas atacados por pragas e doenças e, deixar na
lavoura àqueles ainda verdes até definição da cor da casca.

Colheita (consumo in natura)

Colher de acordo com os dias favoráveis de comercialização,
normalmente 2 a 3 vezes por semana; as frutas devem ser reti-
radas das plantas com aproximadamente 50% da casca amare-
lada com uso de anel de colheita, sacos, caixas ou outros. Tais
utensílios não devem ser misturados àqueles utilizados no
transporte.
Evite transitar ou utilizar em seu pomar embalagens provenien-
tes de outros pomares ou, e principalmente, vindas de centros
de comercialização.
Cultivar ou variedade
No estado do Acre, as cultivares Sol do Cerrado e Gigante
Amarelo (EMBRAPA) podem alcançar ótimas produtividades,
entretanto a alta susceptibilidade a cladosporiose aumenta os
custos de produção.
Época de plantio
O ano todo, desde que haja água para suprimento da necessi-
dade hídrica das plantas.
Os fertilizantes podem ser fornecidos por fertirrigação, cuja fre-
quência deve ser menor ou igual que o turno de rega, geral-
mente em torno de1 a 2 dias.
O uso de hidrogel agrícola pode ser uma alternativa viável
para reduzir a freqüência de irrigação.
Adubação em cobertura
1)- Pós Plantio: Dividida em 3 aplicações (30, 60 e aos 90 DAP
usando a formulação 20 (N) - 00 (P) - 20 (K) ou 80 + 76g gramas/
planta com Uréia+KCl.
2) - Formação: Em 3 aplicações (105, 120 e 135 DAPeio e fim do
período chuvoso) usando a formulação 20 (N) - 00 (P) - 20 (K) -
com doses variando de 50 a 100 gramas/cova ou 160 + 150g
gramas/planta com Uréia+KCl

Escolha da área 3) - Produção: com base na máxima capacidade genética da plan-

Muito importante implantar a cultura no sentido leste-oeste
para melhor aproveitamento da radiação solar.
Maracujazeiros não toleram longos períodos de encharcamen-
to e insolação intensa.
Melhor implantar a cultura em solo de textura média, profundo,
bem drenado, com alto teor de matéria orgânica e nível satisfa-
tório de fertilidade.
Preparo do solo e Correção da acidez e da fertilidade
Realizar coleta e análise de solo e manter o pH entre 6-6,8 e
saturação por base em 80%. Abrir as covas nas dimensões de
0,50 x 0,50 x 0,50 m (comprimento, largura e profundidade), em
espaçamentos de 1,8-2,5 x 5,0-6,0 m. Se os solos não estiver
compactado é dispensável o preparo com arado ou grade.
Produção de mudas
O Passifloracultor (a) deverá ADQUIRIR sementes caso opte
por cultivar híbridos (BRS Gigante, Rubi, Sol do Cerrado). Em
caso de variedade o Passifloracultor (a) PODERÁ retirar se-
mentes, desde que o pomar esteja em boas condições nutricio-
nais e fitossanitárias. As mudas devem ser plantadas no início
da saída de raízes pelo fundo dos recipientes, e após a perda
de raízes, se não plantadas, devem ser descartadas.
Obs: alternância de híbridos/variedade é IMPRESCINDÍVEL
para aumentar a eficiência floral
Irrigação
O sistema de irrigação localizada por gotejamento é o mais
adequado para o maracujazeiro, porém antes da implantação
o Passifloracultor (a) deverá solicitar elaboração de projeto
técnico.
ta e conforme EXPORTAÇÃO PELA CULTURA.
Controle de plantas daninhas
Manter a cultura no limpo com uso de roçadeiras ou herbicidas
com ação de contato (consultar um Eng. Agrônomo).
O uso de mulching no raio das plantas ou aplicação periódica
de herbicidas em pré-emergentes são alternativas viáveis técni-
ca e economicamente.
Em áreas em que haja domínio de gramíneas, os herbicidas
Targa (quizalofof), Fusilade (fluazifop) ou Verdict (haloxifop)
podem apresentar eficácia, inclusive em sub-doses.
O controle com aplicação direta de Paraquat é muito eficaz,
mas deve-se evitar contato do herbicida com o colo da planta.
Evite aplicar glifosato (roundap) em cultivos já implanta-
dos!
Condução
Pode ser feita em espaldeira vertical (cerca) com um fio de ara- Polinização
me liso nº 12 sobre estacas de madeira/cimento com 2-2,10 m
de altura, de modo que o comprimento da espaldeira não ultra- As flores abrem-se após as 11:00 h e fecham-se por volta
passe a 80 m. das 16:00 h, estando viáveis somente neste período. Para
Árvores com baixa densidade de copa (ou controle com podas) obtenção de uma boa produtividade é imprescindível que
e crescimento rápido como mulateiro e eucalipto podem ser se efetue a polinização manual que deve ser realizada nes-
plantadas e sobre elas construída a espaldeira. se período com o polinizador trabalhando em forma de
As plantas jovens são tutoradas com fios de barbante até alcan- zigue-zague em duas linhas.
çar o arame. Na fase de condução, devem-se realizar desbro-
tas periódicas dos ramos laterais, de modo que assegure o Controle fitossanitário
crescimento de apenas uma haste até que a planta emita duas
Pragas e doenças são fatores limitantes, inclusive insetos
gemas acima do fio de arame, onde deve ser realizada a poda.
sugadores que transmitem viroses (pulgões, percevejos), e
As gemas emitirão brotos que crescerão e deverão ser direcio- fusariose e phytopthora que ocasionam morte súbita e cu-
nados um para cada lado da espaldeira.
jos controle são primordialmente preventivos e culturais.
A irrigação localizada por gotejamento e o plantio distantes
de áreas onde há histórico de incidência são fatores que
tende a reduzir o ataque de Phytopthora e de Fusariose
que são limitantes.
Rotação de princípios ativos para inseticidas e fungicidas
são necessárias e misturas de fungicidas para controle
multissítios são INDISPENSÁVEIS.