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Paripiranga
2019
JANETH RIANY PAIVA MARINHO BRITO
Paripiranga
2019
JANETH RIANY PAIVA MARINHO BRITO
BANCA EXAMINADORA
UniAGES
UniAGES
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RESUMO
Este trabalho de pesquisa bibliográfico foi escrito com o intuito de compreender
melhor a Síndrome de Down, mudança genética que acomete em alguns seres
humanos, de apresentar as características específicas, assim como o
desenvolvimento da criança que nasce com a síndrome, de questionar sobre o papel
do enfermeiro e uma equipe multidisciplinar nesse contexto, pois, abordar o cuidado
desse profissional às pessoas com Síndrome de Down assume ampla relevância na
sociedade, pois o mesmo pode atuar de forma a contribuir para sanar ou pelo menos
amenizar os desgastes advindo muita das vezes do próprio programa de saúde que
muitas das vezes se torna falho. Nesse contexto, contendo como palavras chaves a
deficiência, enfermagem, intersetoralidade, saúde e síndrome de down, este
trabalho objetiva de forma geral analisar a prática do enfermeiro na promoção e
prevenção à saúde de crianças portadoras de Síndrome de Down de acordo com a
Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência. Para pesquisa foi
utilizado um levantamento bibliográfico onde foi feito busca em bases de dados
como Scielo, PubMed, Artigos Científicos, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e
livros. Para análise dos dados foi realizado uma avaliação na primeira fase dos
materiais bibliográficos identificados com base nos títulos e resumos e por fim os
materiais bibliográficos incluídos foram analisados.
1. INTRODUÇÃO
Essa condição genética ocorre igualmente nos dois sexos, podendo assim
acometer todas as raças, grupos étnicos, classes sociais e pode ocorrer em
qualquer país. Sua incidência é de 1 em 1.550 recém-nascidos em mulheres com
menos de 20 anos de idade, em contraste à incidência de 1 em 25 recém-nascidos
em mulheres com mais de 45 anos de idade Roobins e Cotran (2010).
Mas, na maioria das vezes isso não acontece, pois alguns pais retraem-se com
receio do preconceito alheio, e também com o objetivo de proteger a criança de
constrangimentos Garcia et al (2008). Além disso, o desenvolvimento de uma
criança com Síndrome de Down se difere em pouca coisa do desenvolvimento das
outras crianças, pois o convívio entre elas irá contribuir no seu crescimento. Com
isso, esse convívio também será positivo para as demais crianças, pois faz com que
cresçam respeitando as diferenças, sem nenhum tipo de restrição em seu círculo de
amizade, seja por raça, aparência, religião ou nacionalidade Percília (2008).
Portanto, este trabalho tem por objetivo geral analisar a prática do enfermeiro na
promoção e prevenção à saúde de crianças portadoras de Síndrome de Down de
acordo com a Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência.
Enquanto os seus objetivos específicos são: identificar a realização da consulta de
enfermagem às crianças com síndrome de Down; avaliar o acompanhamento pela
ESF de crianças com Síndrome de Down e; averiguar a realização de
intersetorialidade para assistência à saúde integralizada pelo enfermeiro da ESF.
1.1 Metodologia
Para análise dos dados foi realizado uma avaliação na primeira fase dos
materiais bibliográficos identificados com base nos títulos e resumos, podendo ser
analisados na integra na base dos critérios de elegibilidades do estudo, e por fim os
materiais bibliográficos incluídos foram analisados, no qual o trabalho foi separado
em três fases: ordenação dos dados, classificação dos dados e a análise com
apresentação e discussão do material, onde foi possível utilizar o instrumento de
coleta de dados através de roteiro de fichamento bibliográfico utilizando excel e word
para confecção dos gráficos, tabelas e quadros para apresentar os resultados
Minayo (2009).
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Síndrome de down: fatores causais e aspectos clínicos
Ainda de acordo com Trentin e Santos (2017), outros fatores que podem
desencadear para esse risco além da idade materna é o uso indiscriminado de
contraceptivos orais, de álcool, de fumo e substâncias químicas, que podem
determinar riscos de não-disjunção ocasionando distúrbios genéticos. Também pode
ser citada a presença de portadores de distúrbios cromossômicos na família, longo
intervalo estéril e histórico de abortos que são indicadores de uma desordem
cromossômica. Além, dos agentes ambientais, como as radiações, que se
aglomeram no organismo, aumentando a possibilidade de qualquer tipo de
malformação, visto que afetam diretamente o DNA celular.
Além disso, a idade paterna também deve ser mencionada, pois ao contrário
do que acontece com a mulher, as células reprodutoras masculinas
(espermatozóides) se renovam a cada 72 horas, portanto, não envelhecem. Porém
há casos de síndrome de Down proveniente da falta de segregação ocorrida na
gametogênese paterna, mas esse efeito só é constatado claramente em pais com
idade superior a 55 anos Trentin e Santos (2017).
A síndrome de down agrupa diversidades de características clínicas variando
seu fenotípico entre os indivíduos. Diante das características, é verificado com maior
frequência o atraso mental, hipotonia muscular generalizada, dismorfia facial, além
de apresentarem as articulações mais fragilizadas e com hipermobilidade, alterações
motoras e no sistema endócrino e extrema sonolência. Todavia, uma das
características articulares que esta síndrome propicia está relacionada às duas
primeiras vértebras da cervical (articulação atlanto – axial) que devido à sua maior
instabilidade e hipermobilidade exige cuidados na mesma proporção, visto que
traumas nessa região podem ocasionar lesões raqui medulares e consequente
tetraplegia Trindade e Nascimento (2016).
Ainda em seu art. 5° relata que, nenhuma criança ou adolescente será objeto de
qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão, punido na forma da lei algum atentado, por ação ou omissão, aos seus
direitos fundamentais. Já em seu capítulo I art. 7° a criança e o adolescente têm
direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais
públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em
condições dignas de existência CEDECA (2017).
Portanto, toda pessoa com deficiência tem o direto de ser atendida nos
serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), desde as unidades básicas
até os serviços de reabilitação e hospitais, direito à consulta médica, dentista,
enfermagem, visita dos agentes comunitários de saúde, aos exames básicos e aos
medicamentos que sejam distribuídos pelo SUS, assegurando pleno acesso e
inclusão nas atividades desenvolvidas pelos profissionais de saúde BRASIL (2009).
Seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde (2009), a universalidade da
assistência no Sistema Único de Saúde significa que toda e qualquer pessoa, sem
nenhum tipo de discriminação ou exclusão, tem direito aos cuidados de saúde,
acessíveis na rede de serviços públicos do SUS, proporcionando oportunidades de
inclusão e melhoria geral na qualidade de vida das pessoas.
Os indivíduos com deficiência não devem ser considerados doentes, mas sim
vivendo em circunstâncias especiais que a sociedade e os governos têm a
obrigação de considerar no sentido de coincidir as oportunidades de convivência,
modificando os ambientes e adaptando-os, para que permitam o livre acesso de
todos. Ressaltando que, a acessibilidade não está apenas associada a ambientes
físicos e mobiliários adequados, mas também ao acolhimento humanizado nos
serviços públicos, à escola sem discriminação, com material didático em formatos
acessíveis, às bibliotecas que ofereçam meios de comunicação adequados que
permitam acesso à pesquisa, internet e acervo bibliográfico e notícias de jornais
diários BRASIL (2009).
Existe uma gama de políticas de saúde no SUS que assegura esses direitos
para as pessoas com deficiência, a exemplo da promulgação da Constituição da
República Federativa do Brasil, em 1988, fruto do processo de democratização do
País, a qual veio garantir direitos fundamentais para os cidadãos brasileiros, e em
seu artigo 23, capítulo II, intensifica que é competência comum da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, cuidar da saúde e assistência públicas, da proteção e
garantia das pessoas portadoras de deficiências. E desde então segundo BRASIL
(2010), outros instrumentos legais vêm sendo estabelecidos, e regulamentando os
ditames constitucionais relativos a esse segmento populacional, com destaque para
as Leis nº 7.853/89 que salienta sobre o apoio às pessoas com deficiência e sua
integração social, a lei nº 8.080/90 que trata da Lei Orgânica da Saúde, a lei nº
10.048/00 que estabelecendo prioridades ao atendimento, lei nº 10.098/00 que
determina critérios para a promoção da acessibilidade, e os Decretos nº 3.298/99
que dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência e nº 5.296/04 regulamenta as Leis nº 10.048/00 e nº 10.098/00.
No período de fevereiro a abril de 2019, foi realizada uma busca de dados nas
bases eletrônicas BVS, CAPES e HOLOS, gerando os seguintes quantitativos
expostos na seguinte tabela.
BASE N %
BVS 03 33,33%
CAPES 03 33.33%
HOLOS 01 11,12%
Scielo 02 22,22
Total 09 100%
Tabela 1: Total de bases utilizadas para análise dos dados - Paripiranga, 2019
Fonte: Elaboração da autora (criada em 2019).
Quadro 1: Publicações científicas segundo título, autores, ano e objetivo, Paripiranga, 2019.
Fonte: Elaboração da autora (criado em 2019).
LIVROS
44% ARTIGOS
LEIS
44%
3. CONCLUSÃO
Diante das hipóteses que foram traçadas as quais defendem que o enfermeiro
deve realizar um acompanhamento permanente, além da necessidade de atuação
de uma equipe multidisciplinar e intersetorial como processo facilitador do
crescimento, do desenvolvimento e da vivência desses sujeitos e de seus familiares
através da busca de estratégias de enfrentamento dos problemas que afetam a
inclusão, viabilizando a elaboração de mecanismos que promovam a inserção dos
portadores na ESF, pode-se concluir que o exposto ao longo da escrita satisfez tais
hipóteses uma vez que se percebeu um nexo muito forte entre as mesmas. Portanto,
cabe reafirmar que o trabalho em Equipe Multiprofissional é uma necessidade, visto
permitir aos profissionais, maior satisfação pelo elevado nível de assistência ao
paciente com ampla margem de segurança.
No que condiz ao profissional de enfermagem dentro de um perfil de atuação
vinculado às equipes multiprofissionais de saúde, pode frisar que fortalece a
construção de novos conhecimentos na interface dos variados campos
ocupacionais, ressaltando-se, ainda, o avanço na formação médica que se constrói
com esta residência diante de outros programas que não privilegiam a
aprendizagem-trabalho dos residentes em equipes na participação de processos de
gestão e organização das práticas em saúde. Em suma, é dentro deste movimento
interdisciplinar do trabalho em equipe multiprofissional, que estes profissionais
constroem um processo de aprendizagem voltado ao cuidado integral à saúde das
pessoas, a organização de um trabalho voltado para a melhora da qualidade de vida
da comunidade, assim como a abordagem integral das necessidades de saúde da
população além do âmbito individual-biológico.