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Curso Introdutório de Análse Matemática

Flávio Falcão

Universidade Estadual do Ceará - FAFIDAM


flavio.falcao@uece.br

2019

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 1 / 33


Conteúdo

1 Introdução
Apresentação do Curso

2 Números Reais

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 2 / 33


Apresentação do Curso

Este é um curso introdutório de Análise Matemática para alunos de Licenciatura.


As notas aqui apresetadas estão baseados no Livro Análise Real: Funções de Uma
Variável Real cujo autor é Elon Lages Lima.
Sentimo-nos motivados a disponibilizar aos alunos do Curso de Matemática da
Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos - FAFIDAM, uma proposta de trabalho
que lhes permita um melhor rendimento na disciplina.
Sendo esta uma disciplina de final de Curso e com um número significativo de
reprovações, entendemos ser fundamental uma atenciosa explanação das definições,
bem como explorar cuidadosamente as demonstrações de cada resultado proposto
pelo autor.
Dessa forma, nossa contribuição consiste em expor o conteúdo de forma
didática, sem perder o rigor, porém de forma mais detalhada, a fim de garantir uma
maior assimilação do assunto e garantindo assim mais sucesso na disciplina e
consequentemente uma formação de qualidade.
Esperamos que estas notas de aula sejam úteis tanto a alunos, quanto a colegas
professores.
Flávio Falcão
Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 3 / 33
Conteúdo

1 Introdução

2 Números Reais
R é um corpo
R é um corpo ordenado
R é um corpo ordenado completo.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 4 / 33


Segue diretamente da definição de corpo que, dizer que R é um
corpo, significa que estão definidas em R duas operações, chamadas
adição e multiplicação, que cumprem certas condições abaixo
especificadas:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 5 / 33


Segue diretamente da definição de corpo que, dizer que R é um
corpo, significa que estão definidas em R duas operações, chamadas
adição e multiplicação, que cumprem certas condições abaixo
especificadas:
1 Associatividade:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 5 / 33


Segue diretamente da definição de corpo que, dizer que R é um
corpo, significa que estão definidas em R duas operações, chamadas
adição e multiplicação, que cumprem certas condições abaixo
especificadas:
1 Associatividade: ∀x, y, z ∈ R tem-se (x + y) + z = x + (y + z) e
(x · y) · z = x · (y · z)

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 5 / 33


Segue diretamente da definição de corpo que, dizer que R é um
corpo, significa que estão definidas em R duas operações, chamadas
adição e multiplicação, que cumprem certas condições abaixo
especificadas:
1 Associatividade: ∀x, y, z ∈ R tem-se (x + y) + z = x + (y + z) e
(x · y) · z = x · (y · z)
2 Comutatividade:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 5 / 33


Segue diretamente da definição de corpo que, dizer que R é um
corpo, significa que estão definidas em R duas operações, chamadas
adição e multiplicação, que cumprem certas condições abaixo
especificadas:
1 Associatividade: ∀x, y, z ∈ R tem-se (x + y) + z = x + (y + z) e
(x · y) · z = x · (y · z)
2 Comutatividade: ∀x, y ∈ R tem-se x + y = y + x e x · y = y · x

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 5 / 33


Segue diretamente da definição de corpo que, dizer que R é um
corpo, significa que estão definidas em R duas operações, chamadas
adição e multiplicação, que cumprem certas condições abaixo
especificadas:
1 Associatividade: ∀x, y, z ∈ R tem-se (x + y) + z = x + (y + z) e
(x · y) · z = x · (y · z)
2 Comutatividade: ∀x, y ∈ R tem-se x + y = y + x e x · y = y · x

3 Elementos neutros:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 5 / 33


Segue diretamente da definição de corpo que, dizer que R é um
corpo, significa que estão definidas em R duas operações, chamadas
adição e multiplicação, que cumprem certas condições abaixo
especificadas:
1 Associatividade: ∀x, y, z ∈ R tem-se (x + y) + z = x + (y + z) e
(x · y) · z = x · (y · z)
2 Comutatividade: ∀x, y ∈ R tem-se x + y = y + x e x · y = y · x

3 Elementos neutros: Existem 0, 1 ∈ R tais que x + 0 = x e


x · 1 = x para todo x ∈ R.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 5 / 33


Segue diretamente da definição de corpo que, dizer que R é um
corpo, significa que estão definidas em R duas operações, chamadas
adição e multiplicação, que cumprem certas condições abaixo
especificadas:
1 Associatividade: ∀x, y, z ∈ R tem-se (x + y) + z = x + (y + z) e
(x · y) · z = x · (y · z)
2 Comutatividade: ∀x, y ∈ R tem-se x + y = y + x e x · y = y · x

3 Elementos neutros: Existem 0, 1 ∈ R tais que x + 0 = x e


x · 1 = x para todo x ∈ R.
4 Elementos inversos:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 5 / 33


Segue diretamente da definição de corpo que, dizer que R é um
corpo, significa que estão definidas em R duas operações, chamadas
adição e multiplicação, que cumprem certas condições abaixo
especificadas:
1 Associatividade: ∀x, y, z ∈ R tem-se (x + y) + z = x + (y + z) e
(x · y) · z = x · (y · z)
2 Comutatividade: ∀x, y ∈ R tem-se x + y = y + x e x · y = y · x

3 Elementos neutros: Existem 0, 1 ∈ R tais que x + 0 = x e


x · 1 = x para todo x ∈ R.
4 Elementos inversos:Para todo x ∈ R existe −x ∈ R, tal que
x + (−x) = 0 e se x 6= 0, existe um inverso multiplicativo x−1 ∈ R
tal que x · x−1 = 1

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 5 / 33


Segue diretamente da definição de corpo que, dizer que R é um
corpo, significa que estão definidas em R duas operações, chamadas
adição e multiplicação, que cumprem certas condições abaixo
especificadas:
1 Associatividade: ∀x, y, z ∈ R tem-se (x + y) + z = x + (y + z) e
(x · y) · z = x · (y · z)
2 Comutatividade: ∀x, y ∈ R tem-se x + y = y + x e x · y = y · x

3 Elementos neutros: Existem 0, 1 ∈ R tais que x + 0 = x e


x · 1 = x para todo x ∈ R.
4 Elementos inversos:Para todo x ∈ R existe −x ∈ R, tal que
x + (−x) = 0 e se x 6= 0, existe um inverso multiplicativo x−1 ∈ R
tal que x · x−1 = 1
5 Distributividade:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 5 / 33


Segue diretamente da definição de corpo que, dizer que R é um
corpo, significa que estão definidas em R duas operações, chamadas
adição e multiplicação, que cumprem certas condições abaixo
especificadas:
1 Associatividade: ∀x, y, z ∈ R tem-se (x + y) + z = x + (y + z) e
(x · y) · z = x · (y · z)
2 Comutatividade: ∀x, y ∈ R tem-se x + y = y + x e x · y = y · x

3 Elementos neutros: Existem 0, 1 ∈ R tais que x + 0 = x e


x · 1 = x para todo x ∈ R.
4 Elementos inversos:Para todo x ∈ R existe −x ∈ R, tal que
x + (−x) = 0 e se x 6= 0, existe um inverso multiplicativo x−1 ∈ R
tal que x · x−1 = 1
5 Distributividade:Para quaisquer x, y, z ∈ R, tem-se
x · (y + z) = x · y + x · z

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 5 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 6 / 33
Dos axiomas vistos, resultam todas as regras conhecidas de
manipulação dos números reais.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 6 / 33


Dos axiomas vistos, resultam todas as regras conhecidas de
manipulação dos números reais.

Observação 1

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 6 / 33


Dos axiomas vistos, resultam todas as regras conhecidas de
manipulação dos números reais.

Observação 1
1 A soma x + (−y) será denotada por x − y e chamada da diferença
de x e y

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 6 / 33


Dos axiomas vistos, resultam todas as regras conhecidas de
manipulação dos números reais.

Observação 1
1 A soma x + (−y) será denotada por x − y e chamada da diferença
de x e y
2 O produto x · y −1 será representado por x \ y e chamado
quociente de x por y

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 6 / 33


Dos axiomas vistos, resultam todas as regras conhecidas de
manipulação dos números reais.

Observação 1
1 A soma x + (−y) será denotada por x − y e chamada da diferença
de x e y
2 O produto x · y −1 será representado por x \ y e chamado
quociente de x por y
3 As operações (x, y) 7→ x − y e (x, y) 7→ x \ y chamam-se,
respectivamente, subtração e divisão

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 6 / 33


Conteúdo

1 Introdução

2 Números Reais
R é um corpo
R é um corpo ordenado
R é um corpo ordenado completo.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 7 / 33


Dizer que R é um corpo ordenado significa que existe um subconjunto
R+ ⊂ R, chamado conjunto dos números reais positivos, que cumprem
as condicões:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 8 / 33


Dizer que R é um corpo ordenado significa que existe um subconjunto
R+ ⊂ R, chamado conjunto dos números reais positivos, que cumprem
as condicões:

P1: A soma e o produto de números reais positivos são positivos,


ou seja,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 8 / 33


Dizer que R é um corpo ordenado significa que existe um subconjunto
R+ ⊂ R, chamado conjunto dos números reais positivos, que cumprem
as condicões:

P1: A soma e o produto de números reais positivos são positivos,


ou seja, x, y ∈ R+ ⇒ x + y ∈ R+ e x · y ∈ R+

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 8 / 33


Dizer que R é um corpo ordenado significa que existe um subconjunto
R+ ⊂ R, chamado conjunto dos números reais positivos, que cumprem
as condicões:

P1: A soma e o produto de números reais positivos são positivos,


ou seja, x, y ∈ R+ ⇒ x + y ∈ R+ e x · y ∈ R+

P2: Dado x ∈ R, exatamente uma das três alternativas ocorrem:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 8 / 33


Dizer que R é um corpo ordenado significa que existe um subconjunto
R+ ⊂ R, chamado conjunto dos números reais positivos, que cumprem
as condicões:

P1: A soma e o produto de números reais positivos são positivos,


ou seja, x, y ∈ R+ ⇒ x + y ∈ R+ e x · y ∈ R+

P2: Dado x ∈ R, exatamente uma das três alternativas ocorrem:


x = 0,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 8 / 33


Dizer que R é um corpo ordenado significa que existe um subconjunto
R+ ⊂ R, chamado conjunto dos números reais positivos, que cumprem
as condicões:

P1: A soma e o produto de números reais positivos são positivos,


ou seja, x, y ∈ R+ ⇒ x + y ∈ R+ e x · y ∈ R+

P2: Dado x ∈ R, exatamente uma das três alternativas ocorrem:


x = 0, ou x ∈ R+ ,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 8 / 33


Dizer que R é um corpo ordenado significa que existe um subconjunto
R+ ⊂ R, chamado conjunto dos números reais positivos, que cumprem
as condicões:

P1: A soma e o produto de números reais positivos são positivos,


ou seja, x, y ∈ R+ ⇒ x + y ∈ R+ e x · y ∈ R+

P2: Dado x ∈ R, exatamente uma das três alternativas ocorrem:


x = 0, ou x ∈ R+ , ou −x ∈ R+

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 8 / 33


Dizer que R é um corpo ordenado significa que existe um subconjunto
R+ ⊂ R, chamado conjunto dos números reais positivos, que cumprem
as condicões:

P1: A soma e o produto de números reais positivos são positivos,


ou seja, x, y ∈ R+ ⇒ x + y ∈ R+ e x · y ∈ R+

P2: Dado x ∈ R, exatamente uma das três alternativas ocorrem:


x = 0, ou x ∈ R+ , ou −x ∈ R+

Observação 2
Se indicarmos por R− o conjunto dos números −x, onde x ∈ R+ , a
condição P2, diz que

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 8 / 33


Dizer que R é um corpo ordenado significa que existe um subconjunto
R+ ⊂ R, chamado conjunto dos números reais positivos, que cumprem
as condicões:

P1: A soma e o produto de números reais positivos são positivos,


ou seja, x, y ∈ R+ ⇒ x + y ∈ R+ e x · y ∈ R+

P2: Dado x ∈ R, exatamente uma das três alternativas ocorrem:


x = 0, ou x ∈ R+ , ou −x ∈ R+

Observação 2
Se indicarmos por R− o conjunto dos números −x, onde x ∈ R+ , a
condição P2, diz que R = R+ ∪ R− ∪ {0}

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 8 / 33


Dizer que R é um corpo ordenado significa que existe um subconjunto
R+ ⊂ R, chamado conjunto dos números reais positivos, que cumprem
as condicões:

P1: A soma e o produto de números reais positivos são positivos,


ou seja, x, y ∈ R+ ⇒ x + y ∈ R+ e x · y ∈ R+

P2: Dado x ∈ R, exatamente uma das três alternativas ocorrem:


x = 0, ou x ∈ R+ , ou −x ∈ R+

Observação 2
Se indicarmos por R− o conjunto dos números −x, onde x ∈ R+ , a
condição P2, diz que R = R+ ∪ R− ∪ {0} e os conjuntos R+ , R− e {0}
são dois a dois disjuntos.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 8 / 33


Definição 2.1

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 9 / 33


Definição 2.1
Escreve-se x < y e diz-se que x é menor que y quando
y − x ∈ R+ ,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 9 / 33


Definição 2.1
Escreve-se x < y e diz-se que x é menor que y quando
y − x ∈ R+ ,isto é,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 9 / 33


Definição 2.1
Escreve-se x < y e diz-se que x é menor que y quando
y − x ∈ R+ ,isto é, y = x + z, onde z é um número real positivo.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 9 / 33


Definição 2.1
Escreve-se x < y e diz-se que x é menor que y quando
y − x ∈ R+ ,isto é, y = x + z, onde z é um número real positivo.

Observação 3

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 9 / 33


Definição 2.1
Escreve-se x < y e diz-se que x é menor que y quando
y − x ∈ R+ ,isto é, y = x + z, onde z é um número real positivo.

Observação 3
1 Na definição, escreve-se também y > x

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 9 / 33


Definição 2.1
Escreve-se x < y e diz-se que x é menor que y quando
y − x ∈ R+ ,isto é, y = x + z, onde z é um número real positivo.

Observação 3
1 Na definição, escreve-se também y > x e diz-se que y é maior
que x

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 9 / 33


Definição 2.1
Escreve-se x < y e diz-se que x é menor que y quando
y − x ∈ R+ ,isto é, y = x + z, onde z é um número real positivo.

Observação 3
1 Na definição, escreve-se também y > x e diz-se que y é maior
que x

2 Em particular, x > 0 significa que x ∈ R+ , isto é, que x é positivo


enquanto x < 0, quer dizer que x é negativo, ou seja, −x ∈ R+

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 9 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 10 / 33
Valem as seguintes propriedades da relação de ordem x < y em R:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 10 / 33


Valem as seguintes propriedades da relação de ordem x < y em R:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 10 / 33


Valem as seguintes propriedades da relação de ordem x < y em R:

O1. Transitividade:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 10 / 33


Valem as seguintes propriedades da relação de ordem x < y em R:

O1. Transitividade: Se x < y e y < z, então x < z para todo


x, y, z real.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 10 / 33


Valem as seguintes propriedades da relação de ordem x < y em R:

O1. Transitividade: Se x < y e y < z, então x < z para todo


x, y, z real.

O2. Tricotomia:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 10 / 33


Valem as seguintes propriedades da relação de ordem x < y em R:

O1. Transitividade: Se x < y e y < z, então x < z para todo


x, y, z real.

O2. Tricotomia: Dados x, y ∈ R, ocorre exatamente uma das


alternativas:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 10 / 33


Valem as seguintes propriedades da relação de ordem x < y em R:

O1. Transitividade: Se x < y e y < z, então x < z para todo


x, y, z real.

O2. Tricotomia: Dados x, y ∈ R, ocorre exatamente uma das


alternativas:
x = y,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 10 / 33


Valem as seguintes propriedades da relação de ordem x < y em R:

O1. Transitividade: Se x < y e y < z, então x < z para todo


x, y, z real.

O2. Tricotomia: Dados x, y ∈ R, ocorre exatamente uma das


alternativas:
x = y, ou x < y,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 10 / 33


Valem as seguintes propriedades da relação de ordem x < y em R:

O1. Transitividade: Se x < y e y < z, então x < z para todo


x, y, z real.

O2. Tricotomia: Dados x, y ∈ R, ocorre exatamente uma das


alternativas:
x = y, ou x < y, ou y < x.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 10 / 33


Valem as seguintes propriedades da relação de ordem x < y em R:

O1. Transitividade: Se x < y e y < z, então x < z para todo


x, y, z real.

O2. Tricotomia: Dados x, y ∈ R, ocorre exatamente uma das


alternativas:
x = y, ou x < y, ou y < x.

O3. Monotonicidade da adição:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 10 / 33


Valem as seguintes propriedades da relação de ordem x < y em R:

O1. Transitividade: Se x < y e y < z, então x < z para todo


x, y, z real.

O2. Tricotomia: Dados x, y ∈ R, ocorre exatamente uma das


alternativas:
x = y, ou x < y, ou y < x.

O3. Monotonicidade da adição: Se x < y, então, para todo


z ∈ R, tem-se x + z < y + z.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 10 / 33


Valem as seguintes propriedades da relação de ordem x < y em R:

O1. Transitividade: Se x < y e y < z, então x < z para todo


x, y, z real.

O2. Tricotomia: Dados x, y ∈ R, ocorre exatamente uma das


alternativas:
x = y, ou x < y, ou y < x.

O3. Monotonicidade da adição: Se x < y, então, para todo


z ∈ R, tem-se x + z < y + z.

O4. Monotonicidade da multiplicação:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 10 / 33


Valem as seguintes propriedades da relação de ordem x < y em R:

O1. Transitividade: Se x < y e y < z, então x < z para todo


x, y, z real.

O2. Tricotomia: Dados x, y ∈ R, ocorre exatamente uma das


alternativas:
x = y, ou x < y, ou y < x.

O3. Monotonicidade da adição: Se x < y, então, para todo


z ∈ R, tem-se x + z < y + z.

O4. Monotonicidade da multiplicação: Se x < y, então, para


todo z > 0, tem-se x · z < y · z. E se z < 0, então
x < y ⇒ x · z > y · z.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 10 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33
O1. Transitividade.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33


O1. Transitividade.
Demonstração.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33


O1. Transitividade.
Demonstração.
Por hipótese, temos x < y e y < z.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33


O1. Transitividade.
Demonstração.
Por hipótese, temos x < y e y < z.
Isto implica que y − x ∈ R+ e z − y ∈ R+ .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33


O1. Transitividade.
Demonstração.
Por hipótese, temos x < y e y < z.
Isto implica que y − x ∈ R+ e z − y ∈ R+ .
Por P1, temos (y − x) + (z − y) ∈ R+ ,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33


O1. Transitividade.
Demonstração.
Por hipótese, temos x < y e y < z.
Isto implica que y − x ∈ R+ e z − y ∈ R+ .
Por P1, temos (y − x) + (z − y) ∈ R+ , isto é, z − x ∈ R+ , ou seja,
x < z.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33


O1. Transitividade.
Demonstração.
Por hipótese, temos x < y e y < z.
Isto implica que y − x ∈ R+ e z − y ∈ R+ .
Por P1, temos (y − x) + (z − y) ∈ R+ , isto é, z − x ∈ R+ , ou seja,
x < z.

O3. Monotonicidade da adição.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33


O1. Transitividade.
Demonstração.
Por hipótese, temos x < y e y < z.
Isto implica que y − x ∈ R+ e z − y ∈ R+ .
Por P1, temos (y − x) + (z − y) ∈ R+ , isto é, z − x ∈ R+ , ou seja,
x < z.

O3. Monotonicidade da adição.


Demonstração.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33


O1. Transitividade.
Demonstração.
Por hipótese, temos x < y e y < z.
Isto implica que y − x ∈ R+ e z − y ∈ R+ .
Por P1, temos (y − x) + (z − y) ∈ R+ , isto é, z − x ∈ R+ , ou seja,
x < z.

O3. Monotonicidade da adição.


Demonstração.
Se x < y, então y − x ∈ R+ .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33


O1. Transitividade.
Demonstração.
Por hipótese, temos x < y e y < z.
Isto implica que y − x ∈ R+ e z − y ∈ R+ .
Por P1, temos (y − x) + (z − y) ∈ R+ , isto é, z − x ∈ R+ , ou seja,
x < z.

O3. Monotonicidade da adição.


Demonstração.
Se x < y, então y − x ∈ R+ .
Daí vem que para todo z ∈ R,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33


O1. Transitividade.
Demonstração.
Por hipótese, temos x < y e y < z.
Isto implica que y − x ∈ R+ e z − y ∈ R+ .
Por P1, temos (y − x) + (z − y) ∈ R+ , isto é, z − x ∈ R+ , ou seja,
x < z.

O3. Monotonicidade da adição.


Demonstração.
Se x < y, então y − x ∈ R+ .
Daí vem que para todo z ∈ R, z + (−z) = 0, e

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33


O1. Transitividade.
Demonstração.
Por hipótese, temos x < y e y < z.
Isto implica que y − x ∈ R+ e z − y ∈ R+ .
Por P1, temos (y − x) + (z − y) ∈ R+ , isto é, z − x ∈ R+ , ou seja,
x < z.

O3. Monotonicidade da adição.


Demonstração.
Se x < y, então y − x ∈ R+ .
Daí vem que para todo z ∈ R, z + (−z) = 0, e
y−x=y+0−x

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33


O1. Transitividade.
Demonstração.
Por hipótese, temos x < y e y < z.
Isto implica que y − x ∈ R+ e z − y ∈ R+ .
Por P1, temos (y − x) + (z − y) ∈ R+ , isto é, z − x ∈ R+ , ou seja,
x < z.

O3. Monotonicidade da adição.


Demonstração.
Se x < y, então y − x ∈ R+ .
Daí vem que para todo z ∈ R, z + (−z) = 0, e
y − x = y + 0 − x = y + (z − z) + x

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33


O1. Transitividade.
Demonstração.
Por hipótese, temos x < y e y < z.
Isto implica que y − x ∈ R+ e z − y ∈ R+ .
Por P1, temos (y − x) + (z − y) ∈ R+ , isto é, z − x ∈ R+ , ou seja,
x < z.

O3. Monotonicidade da adição.


Demonstração.
Se x < y, então y − x ∈ R+ .
Daí vem que para todo z ∈ R, z + (−z) = 0, e
y − x = y + 0 − x = y + (z − z) + x = (y + z) − (x + z)

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33


O1. Transitividade.
Demonstração.
Por hipótese, temos x < y e y < z.
Isto implica que y − x ∈ R+ e z − y ∈ R+ .
Por P1, temos (y − x) + (z − y) ∈ R+ , isto é, z − x ∈ R+ , ou seja,
x < z.

O3. Monotonicidade da adição.


Demonstração.
Se x < y, então y − x ∈ R+ .
Daí vem que para todo z ∈ R, z + (−z) = 0, e
y − x = y + 0 − x = y + (z − z) + x = (y + z) − (x + z) ∈ R+

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33


O1. Transitividade.
Demonstração.
Por hipótese, temos x < y e y < z.
Isto implica que y − x ∈ R+ e z − y ∈ R+ .
Por P1, temos (y − x) + (z − y) ∈ R+ , isto é, z − x ∈ R+ , ou seja,
x < z.

O3. Monotonicidade da adição.


Demonstração.
Se x < y, então y − x ∈ R+ .
Daí vem que para todo z ∈ R, z + (−z) = 0, e
y − x = y + 0 − x = y + (z − z) + x = (y + z) − (x + z) ∈ R+
Isto é, x + z < y + z.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 11 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 12 / 33
O4. Monotonicidade da multiplicação.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 12 / 33


O4. Monotonicidade da multiplicação.
Demonstração.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 12 / 33


O4. Monotonicidade da multiplicação.
Demonstração.
Temos, por hipótese, que

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 12 / 33


O4. Monotonicidade da multiplicação.
Demonstração.
Temos, por hipótese, que x < y e z > 0.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 12 / 33


O4. Monotonicidade da multiplicação.
Demonstração.
Temos, por hipótese, que x < y e z > 0.
Então, y − x ∈ R+ e z ∈ R+ .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 12 / 33


O4. Monotonicidade da multiplicação.
Demonstração.
Temos, por hipótese, que x < y e z > 0.
Então, y − x ∈ R+ e z ∈ R+ .
Segue por P1, que

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 12 / 33


O4. Monotonicidade da multiplicação.
Demonstração.
Temos, por hipótese, que x < y e z > 0.
Então, y − x ∈ R+ e z ∈ R+ .
Segue por P1, que

(y − x) · z ∈ R+

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 12 / 33


O4. Monotonicidade da multiplicação.
Demonstração.
Temos, por hipótese, que x < y e z > 0.
Então, y − x ∈ R+ e z ∈ R+ .
Segue por P1, que

(y − x) · z ∈ R+ ⇒ y · z − x · z ∈ R+ .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 12 / 33


O4. Monotonicidade da multiplicação.
Demonstração.
Temos, por hipótese, que x < y e z > 0.
Então, y − x ∈ R+ e z ∈ R+ .
Segue por P1, que

(y − x) · z ∈ R+ ⇒ y · z − x · z ∈ R+ .

Ou seja, x · z < y · z.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 12 / 33


O4. Monotonicidade da multiplicação.
Demonstração.
Temos, por hipótese, que x < y e z > 0.
Então, y − x ∈ R+ e z ∈ R+ .
Segue por P1, que

(y − x) · z ∈ R+ ⇒ y · z − x · z ∈ R+ .

Ou seja, x · z < y · z.
Agora se x < y e z < 0, então y − x ∈ R+ e −z ∈ R+ .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 12 / 33


O4. Monotonicidade da multiplicação.
Demonstração.
Temos, por hipótese, que x < y e z > 0.
Então, y − x ∈ R+ e z ∈ R+ .
Segue por P1, que

(y − x) · z ∈ R+ ⇒ y · z − x · z ∈ R+ .

Ou seja, x · z < y · z.
Agora se x < y e z < 0, então y − x ∈ R+ e −z ∈ R+ .
Donde vem que:

(y −x)·(−z) ∈ R+ ⇔

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 12 / 33


O4. Monotonicidade da multiplicação.
Demonstração.
Temos, por hipótese, que x < y e z > 0.
Então, y − x ∈ R+ e z ∈ R+ .
Segue por P1, que

(y − x) · z ∈ R+ ⇒ y · z − x · z ∈ R+ .

Ou seja, x · z < y · z.
Agora se x < y e z < 0, então y − x ∈ R+ e −z ∈ R+ .
Donde vem que:

(y −x)·(−z) ∈ R+ ⇔ −y ·z +x·z ∈ R+

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 12 / 33


O4. Monotonicidade da multiplicação.
Demonstração.
Temos, por hipótese, que x < y e z > 0.
Então, y − x ∈ R+ e z ∈ R+ .
Segue por P1, que

(y − x) · z ∈ R+ ⇒ y · z − x · z ∈ R+ .

Ou seja, x · z < y · z.
Agora se x < y e z < 0, então y − x ∈ R+ e −z ∈ R+ .
Donde vem que:

(y −x)·(−z) ∈ R+ ⇔ −y ·z +x·z ∈ R+ ⇔ x·z −y ·z ∈ R+ ⇔

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 12 / 33


O4. Monotonicidade da multiplicação.
Demonstração.
Temos, por hipótese, que x < y e z > 0.
Então, y − x ∈ R+ e z ∈ R+ .
Segue por P1, que

(y − x) · z ∈ R+ ⇒ y · z − x · z ∈ R+ .

Ou seja, x · z < y · z.
Agora se x < y e z < 0, então y − x ∈ R+ e −z ∈ R+ .
Donde vem que:

(y −x)·(−z) ∈ R+ ⇔ −y ·z +x·z ∈ R+ ⇔ x·z −y ·z ∈ R+ ⇔ y ·z < x·z.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 12 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 13 / 33
Das propriedades enunciadas e provadas anteriormente,
conseguimos mais alguns resultados importantes:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 13 / 33


Das propriedades enunciadas e provadas anteriormente,
conseguimos mais alguns resultados importantes:

1 Se x < y e x0 < y 0 , então x + x0 < y + y 0 .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 13 / 33


Das propriedades enunciadas e provadas anteriormente,
conseguimos mais alguns resultados importantes:

1 Se x < y e x0 < y 0 , então x + x0 < y + y 0 .


Demonstração.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 13 / 33


Das propriedades enunciadas e provadas anteriormente,
conseguimos mais alguns resultados importantes:

1 Se x < y e x0 < y 0 , então x + x0 < y + y 0 .


Demonstração.
Da hipótese temos que

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 13 / 33


Das propriedades enunciadas e provadas anteriormente,
conseguimos mais alguns resultados importantes:

1 Se x < y e x0 < y 0 , então x + x0 < y + y 0 .


Demonstração.
Da hipótese temos que x − y ∈ R+ e y 0 − x0 ∈ R+ .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 13 / 33


Das propriedades enunciadas e provadas anteriormente,
conseguimos mais alguns resultados importantes:

1 Se x < y e x0 < y 0 , então x + x0 < y + y 0 .


Demonstração.
Da hipótese temos que x − y ∈ R+ e y 0 − x0 ∈ R+ .
Note que,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 13 / 33


Das propriedades enunciadas e provadas anteriormente,
conseguimos mais alguns resultados importantes:

1 Se x < y e x0 < y 0 , então x + x0 < y + y 0 .


Demonstração.
Da hipótese temos que x − y ∈ R+ e y 0 − x0 ∈ R+ .
Note que,

(y + y 0 ) − (x + x0 )

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 13 / 33


Das propriedades enunciadas e provadas anteriormente,
conseguimos mais alguns resultados importantes:

1 Se x < y e x0 < y 0 , então x + x0 < y + y 0 .


Demonstração.
Da hipótese temos que x − y ∈ R+ e y 0 − x0 ∈ R+ .
Note que,

(y + y 0 ) − (x + x0 ) = (y − x) + (y 0 − x0 )

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 13 / 33


Das propriedades enunciadas e provadas anteriormente,
conseguimos mais alguns resultados importantes:

1 Se x < y e x0 < y 0 , então x + x0 < y + y 0 .


Demonstração.
Da hipótese temos que x − y ∈ R+ e y 0 − x0 ∈ R+ .
Note que,

(y + y 0 ) − (x + x0 ) = (y − x) + (y 0 − x0 ) ∈ R+ .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 13 / 33


Das propriedades enunciadas e provadas anteriormente,
conseguimos mais alguns resultados importantes:

1 Se x < y e x0 < y 0 , então x + x0 < y + y 0 .


Demonstração.
Da hipótese temos que x − y ∈ R+ e y 0 − x0 ∈ R+ .
Note que,

(y + y 0 ) − (x + x0 ) = (y − x) + (y 0 − x0 ) ∈ R+ .

Ou seja, x + x0 < y + y 0 .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 13 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33
2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Demonstração.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Demonstração.
Com efeito,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Demonstração.
Com efeito,

y · y 0 − x · x0 = y · y 0 − y · x0 + y · x0 − x · x0

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Demonstração.
Com efeito,

y · y 0 − x · x0 = y · y 0 − y · x0 + y · x0 − x · x0
= y · (y 0 − x0 ) + x0 · (y − x).

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Demonstração.
Com efeito,

y · y 0 − x · x0 = y · y 0 − y · x0 + y · x0 − x · x0
= y · (y 0 − x0 ) + x0 · (y − x).

Onde y · (y 0 − x0 ) ∈ R+ e x0 · (y − x) ∈ R+ .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Demonstração.
Com efeito,

y · y 0 − x · x0 = y · y 0 − y · x0 + y · x0 − x · x0
= y · (y 0 − x0 ) + x0 · (y − x).

Onde y · (y 0 − x0 ) ∈ R+ e x0 · (y − x) ∈ R+ .
Portanto y · y 0 − x · x0 ∈ R+ que equivale a x · x0 < y · y 0

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Demonstração.
Com efeito,

y · y 0 − x · x0 = y · y 0 − y · x0 + y · x0 − x · x0
= y · (y 0 − x0 ) + x0 · (y − x).

Onde y · (y 0 − x0 ) ∈ R+ e x0 · (y − x) ∈ R+ .
Portanto y · y 0 − x · x0 ∈ R+ que equivale a x · x0 < y · y 0

3 Se 0 < x < y, então y −1 < x−1 .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Demonstração.
Com efeito,

y · y 0 − x · x0 = y · y 0 − y · x0 + y · x0 − x · x0
= y · (y 0 − x0 ) + x0 · (y − x).

Onde y · (y 0 − x0 ) ∈ R+ e x0 · (y − x) ∈ R+ .
Portanto y · y 0 − x · x0 ∈ R+ que equivale a x · x0 < y · y 0

3 Se 0 < x < y, então y −1 < x−1 .

Demonstração.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Demonstração.
Com efeito,

y · y 0 − x · x0 = y · y 0 − y · x0 + y · x0 − x · x0
= y · (y 0 − x0 ) + x0 · (y − x).

Onde y · (y 0 − x0 ) ∈ R+ e x0 · (y − x) ∈ R+ .
Portanto y · y 0 − x · x0 ∈ R+ que equivale a x · x0 < y · y 0

3 Se 0 < x < y, então y −1 < x−1 .

Demonstração.
Note que se x > 0, então x−1 = x−1 (x · x−1 )

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Demonstração.
Com efeito,

y · y 0 − x · x0 = y · y 0 − y · x0 + y · x0 − x · x0
= y · (y 0 − x0 ) + x0 · (y − x).

Onde y · (y 0 − x0 ) ∈ R+ e x0 · (y − x) ∈ R+ .
Portanto y · y 0 − x · x0 ∈ R+ que equivale a x · x0 < y · y 0

3 Se 0 < x < y, então y −1 < x−1 .

Demonstração.
Note que se x > 0, então x−1 = x−1 (x · x−1 ) = x · (x−1 )2 > 0.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Demonstração.
Com efeito,

y · y 0 − x · x0 = y · y 0 − y · x0 + y · x0 − x · x0
= y · (y 0 − x0 ) + x0 · (y − x).

Onde y · (y 0 − x0 ) ∈ R+ e x0 · (y − x) ∈ R+ .
Portanto y · y 0 − x · x0 ∈ R+ que equivale a x · x0 < y · y 0

3 Se 0 < x < y, então y −1 < x−1 .

Demonstração.
Note que se x > 0, então x−1 = x−1 (x · x−1 ) = x · (x−1 )2 > 0.
Analogamente, temos y −1 > 0.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Demonstração.
Com efeito,

y · y 0 − x · x0 = y · y 0 − y · x0 + y · x0 − x · x0
= y · (y 0 − x0 ) + x0 · (y − x).

Onde y · (y 0 − x0 ) ∈ R+ e x0 · (y − x) ∈ R+ .
Portanto y · y 0 − x · x0 ∈ R+ que equivale a x · x0 < y · y 0

3 Se 0 < x < y, então y −1 < x−1 .

Demonstração.
Note que se x > 0, então x−1 = x−1 (x · x−1 ) = x · (x−1 )2 > 0.
Analogamente, temos y −1 > 0.
Daí,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Demonstração.
Com efeito,

y · y 0 − x · x0 = y · y 0 − y · x0 + y · x0 − x · x0
= y · (y 0 − x0 ) + x0 · (y − x).

Onde y · (y 0 − x0 ) ∈ R+ e x0 · (y − x) ∈ R+ .
Portanto y · y 0 − x · x0 ∈ R+ que equivale a x · x0 < y · y 0

3 Se 0 < x < y, então y −1 < x−1 .

Demonstração.
Note que se x > 0, então x−1 = x−1 (x · x−1 ) = x · (x−1 )2 > 0.
Analogamente, temos y −1 > 0.
Daí,

x<y

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Demonstração.
Com efeito,

y · y 0 − x · x0 = y · y 0 − y · x0 + y · x0 − x · x0
= y · (y 0 − x0 ) + x0 · (y − x).

Onde y · (y 0 − x0 ) ∈ R+ e x0 · (y − x) ∈ R+ .
Portanto y · y 0 − x · x0 ∈ R+ que equivale a x · x0 < y · y 0

3 Se 0 < x < y, então y −1 < x−1 .

Demonstração.
Note que se x > 0, então x−1 = x−1 (x · x−1 ) = x · (x−1 )2 > 0.
Analogamente, temos y −1 > 0.
Daí,

x < y ⇒ x · (x−1 · y −1 ) < y · (x−1 · y −1 )

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Demonstração.
Com efeito,

y · y 0 − x · x0 = y · y 0 − y · x0 + y · x0 − x · x0
= y · (y 0 − x0 ) + x0 · (y − x).

Onde y · (y 0 − x0 ) ∈ R+ e x0 · (y − x) ∈ R+ .
Portanto y · y 0 − x · x0 ∈ R+ que equivale a x · x0 < y · y 0

3 Se 0 < x < y, então y −1 < x−1 .

Demonstração.
Note que se x > 0, então x−1 = x−1 (x · x−1 ) = x · (x−1 )2 > 0.
Analogamente, temos y −1 > 0.
Daí,

x < y ⇒ x · (x−1 · y −1 ) < y · (x−1 · y −1 ) ⇒ 1 · y −1 < 1 · x−1

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


2 Se 0 < x < y e 0 < x0 < y 0 , então x · x0 < y · y 0

Demonstração.
Com efeito,

y · y 0 − x · x0 = y · y 0 − y · x0 + y · x0 − x · x0
= y · (y 0 − x0 ) + x0 · (y − x).

Onde y · (y 0 − x0 ) ∈ R+ e x0 · (y − x) ∈ R+ .
Portanto y · y 0 − x · x0 ∈ R+ que equivale a x · x0 < y · y 0

3 Se 0 < x < y, então y −1 < x−1 .

Demonstração.
Note que se x > 0, então x−1 = x−1 (x · x−1 ) = x · (x−1 )2 > 0.
Analogamente, temos y −1 > 0.
Daí,

x < y ⇒ x · (x−1 · y −1 ) < y · (x−1 · y −1 ) ⇒ 1 · y −1 < 1 · x−1 ⇒ y −1 < x−1

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 14 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 15 / 33
Observação 4

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 15 / 33


Observação 4
Como 1 ∈ R é positivo, segue-se que

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 15 / 33


Observação 4
Como 1 ∈ R é positivo, segue-se que

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 15 / 33


Observação 4
Como 1 ∈ R é positivo, segue-se que

1<1+1

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 15 / 33


Observação 4
Como 1 ∈ R é positivo, segue-se que

1<1+1<1+1+1

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 15 / 33


Observação 4
Como 1 ∈ R é positivo, segue-se que

1 < 1 + 1 < 1 + 1 + 1 < ··· < 1 + 1 + 1··· + 1 < ···

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 15 / 33


Observação 4
Como 1 ∈ R é positivo, segue-se que

1 < 1 + 1 < 1 + 1 + 1 < ··· < 1 + 1 + 1··· + 1 < ···

Podemos então considerar que N ⊂ R.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 15 / 33


Observação 4
Como 1 ∈ R é positivo, segue-se que

1 < 1 + 1 < 1 + 1 + 1 < ··· < 1 + 1 + 1··· + 1 < ···

Podemos então considerar que N ⊂ R.


Segue-se que Z ⊂ R, pois 0 ∈ R e n ∈ R,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 15 / 33


Observação 4
Como 1 ∈ R é positivo, segue-se que

1 < 1 + 1 < 1 + 1 + 1 < ··· < 1 + 1 + 1··· + 1 < ···

Podemos então considerar que N ⊂ R.


Segue-se que Z ⊂ R, pois 0 ∈ R e n ∈ R, e isto implica que −n ∈ R.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 15 / 33


Observação 4
Como 1 ∈ R é positivo, segue-se que

1 < 1 + 1 < 1 + 1 + 1 < ··· < 1 + 1 + 1··· + 1 < ···

Podemos então considerar que N ⊂ R.


Segue-se que Z ⊂ R, pois 0 ∈ R e n ∈ R, e isto implica que −n ∈ R.
m
Além disso, se m, n ∈ Z com n 6= 0, então = m · n−1 ∈ R,
n

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 15 / 33


Observação 4
Como 1 ∈ R é positivo, segue-se que

1 < 1 + 1 < 1 + 1 + 1 < ··· < 1 + 1 + 1··· + 1 < ···

Podemos então considerar que N ⊂ R.


Segue-se que Z ⊂ R, pois 0 ∈ R e n ∈ R, e isto implica que −n ∈ R.
m
Além disso, se m, n ∈ Z com n 6= 0, então = m · n−1 ∈ R, o que nos
n
permite concluir que Q ⊂ R.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 15 / 33


Observação 4
Como 1 ∈ R é positivo, segue-se que

1 < 1 + 1 < 1 + 1 + 1 < ··· < 1 + 1 + 1··· + 1 < ···

Podemos então considerar que N ⊂ R.


Segue-se que Z ⊂ R, pois 0 ∈ R e n ∈ R, e isto implica que −n ∈ R.
m
Além disso, se m, n ∈ Z com n 6= 0, então = m · n−1 ∈ R, o que nos
n
permite concluir que Q ⊂ R.
Assim, N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 15 / 33


Observação 4
Como 1 ∈ R é positivo, segue-se que

1 < 1 + 1 < 1 + 1 + 1 < ··· < 1 + 1 + 1··· + 1 < ···

Podemos então considerar que N ⊂ R.


Segue-se que Z ⊂ R, pois 0 ∈ R e n ∈ R, e isto implica que −n ∈ R.
m
Além disso, se m, n ∈ Z com n 6= 0, então = m · n−1 ∈ R, o que nos
n
permite concluir que Q ⊂ R.
Assim, N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R.

Exemplo 2.1 (Desigualdade de Bernoulli)

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 15 / 33


Observação 4
Como 1 ∈ R é positivo, segue-se que

1 < 1 + 1 < 1 + 1 + 1 < ··· < 1 + 1 + 1··· + 1 < ···

Podemos então considerar que N ⊂ R.


Segue-se que Z ⊂ R, pois 0 ∈ R e n ∈ R, e isto implica que −n ∈ R.
m
Além disso, se m, n ∈ Z com n 6= 0, então = m · n−1 ∈ R, o que nos
n
permite concluir que Q ⊂ R.
Assim, N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R.

Exemplo 2.1 (Desigualdade de Bernoulli)


Para todo x ≥ 1, tem-se (1 + x)n ≥ 1 + nx.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 15 / 33


Demonstração.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 16 / 33


Demonstração.
Provaremos por indução:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 16 / 33


Demonstração.
Provaremos por indução:
Para n = 1, temos 1 + x = 1 + x.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 16 / 33


Demonstração.
Provaremos por indução:
Para n = 1, temos 1 + x = 1 + x.
Suponhamos a desigualdade válidade para n

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 16 / 33


Demonstração.
Provaremos por indução:
Para n = 1, temos 1 + x = 1 + x.
Suponhamos a desigualdade válidade para n, isto é

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 16 / 33


Demonstração.
Provaremos por indução:
Para n = 1, temos 1 + x = 1 + x.
Suponhamos a desigualdade válidade para n, isto é

(1 + x)n ≥ 1 + n · x

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 16 / 33


Demonstração.
Provaremos por indução:
Para n = 1, temos 1 + x = 1 + x.
Suponhamos a desigualdade válidade para n, isto é

(1 + x)n ≥ 1 + n · x

Provemos para n + 1.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 16 / 33


Demonstração.
Provaremos por indução:
Para n = 1, temos 1 + x = 1 + x.
Suponhamos a desigualdade válidade para n, isto é

(1 + x)n ≥ 1 + n · x

Provemos para n + 1.
Multiplicando a hipótese por 1 + x, temos

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 16 / 33


Demonstração.
Provaremos por indução:
Para n = 1, temos 1 + x = 1 + x.
Suponhamos a desigualdade válidade para n, isto é

(1 + x)n ≥ 1 + n · x

Provemos para n + 1.
Multiplicando a hipótese por 1 + x, temos

(1 + x)n+1 ≥ (1 + nx) · (1 + x)

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 16 / 33


Demonstração.
Provaremos por indução:
Para n = 1, temos 1 + x = 1 + x.
Suponhamos a desigualdade válidade para n, isto é

(1 + x)n ≥ 1 + n · x

Provemos para n + 1.
Multiplicando a hipótese por 1 + x, temos

(1 + x)n+1 ≥ (1 + nx) · (1 + x) = 1 + x(n + 1) + nx2

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 16 / 33


Demonstração.
Provaremos por indução:
Para n = 1, temos 1 + x = 1 + x.
Suponhamos a desigualdade válidade para n, isto é

(1 + x)n ≥ 1 + n · x

Provemos para n + 1.
Multiplicando a hipótese por 1 + x, temos

(1 + x)n+1 ≥ (1 + nx) · (1 + x) = 1 + x(n + 1) + nx2 ≥ 1 + x(n + 1)

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 16 / 33


Demonstração.
Provaremos por indução:
Para n = 1, temos 1 + x = 1 + x.
Suponhamos a desigualdade válidade para n, isto é

(1 + x)n ≥ 1 + n · x

Provemos para n + 1.
Multiplicando a hipótese por 1 + x, temos

(1 + x)n+1 ≥ (1 + nx) · (1 + x) = 1 + x(n + 1) + nx2 ≥ 1 + x(n + 1)

Isto conslui a demonstração.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 16 / 33


Demonstração.
Provaremos por indução:
Para n = 1, temos 1 + x = 1 + x.
Suponhamos a desigualdade válidade para n, isto é

(1 + x)n ≥ 1 + n · x

Provemos para n + 1.
Multiplicando a hipótese por 1 + x, temos

(1 + x)n+1 ≥ (1 + nx) · (1 + x) = 1 + x(n + 1) + nx2 ≥ 1 + x(n + 1)

Isto conslui a demonstração.

Observação 5

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 16 / 33


Demonstração.
Provaremos por indução:
Para n = 1, temos 1 + x = 1 + x.
Suponhamos a desigualdade válidade para n, isto é

(1 + x)n ≥ 1 + n · x

Provemos para n + 1.
Multiplicando a hipótese por 1 + x, temos

(1 + x)n+1 ≥ (1 + nx) · (1 + x) = 1 + x(n + 1) + nx2 ≥ 1 + x(n + 1)

Isto conslui a demonstração.

Observação 5
Note que de modo análogo, prova-se que (1 + x)n > 1 + nx, se x 6= 0,
x > −1 e n > 1

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 16 / 33


Definição 2.2

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 17 / 33


Definição 2.2
Chama-se valor absoluto, ou módulo de um número real x ∈ R, o número denotado
por: 
 x, x > 0,
|x| = −x, x < 0,
0, x = 0

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 17 / 33


Definição 2.2
Chama-se valor absoluto, ou módulo de um número real x ∈ R, o número denotado
por: 
 x, x > 0,
|x| = −x, x < 0,
0, x = 0

Em outras palavras |x| =max{x, −x}

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 17 / 33


Definição 2.2
Chama-se valor absoluto, ou módulo de um número real x ∈ R, o número denotado
por: 
 x, x > 0,
|x| = −x, x < 0,
0, x = 0

Em outras palavras |x| =max{x, −x}

Observação 6

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 17 / 33


Definição 2.2
Chama-se valor absoluto, ou módulo de um número real x ∈ R, o número denotado
por: 
 x, x > 0,
|x| = −x, x < 0,
0, x = 0

Em outras palavras |x| =max{x, −x}

Observação 6
(1): Note que a definição de módulo decorre imediatamente da definição de ordem
em R.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 17 / 33


Definição 2.2
Chama-se valor absoluto, ou módulo de um número real x ∈ R, o número denotado
por: 
 x, x > 0,
|x| = −x, x < 0,
0, x = 0

Em outras palavras |x| =max{x, −x}

Observação 6
(1): Note que a definição de módulo decorre imediatamente da definição de ordem
em R.

(2): Podemos caracterizar |x| como o único número maior ou igual a zero cujo
quadrado é x2

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 17 / 33


Definição 2.2
Chama-se valor absoluto, ou módulo de um número real x ∈ R, o número denotado
por: 
 x, x > 0,
|x| = −x, x < 0,
0, x = 0

Em outras palavras |x| =max{x, −x}

Observação 6
(1): Note que a definição de módulo decorre imediatamente da definição de ordem
em R.

(2): Podemos caracterizar |x| como o único número maior ou igual a zero cujo
quadrado é x2

Exercício para os alunos.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 17 / 33


Definição 2.2
Chama-se valor absoluto, ou módulo de um número real x ∈ R, o número denotado
por: 
 x, x > 0,
|x| = −x, x < 0,
0, x = 0

Em outras palavras |x| =max{x, −x}

Observação 6
(1): Note que a definição de módulo decorre imediatamente da definição de ordem
em R.

(2): Podemos caracterizar |x| como o único número maior ou igual a zero cujo
quadrado é x2

Exercício para os alunos.


Suponha x > 0 e y > 0 tais que x2 = y 2 . Mostre que x = y.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 17 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 18 / 33
Teorema 2.3

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 18 / 33


Teorema 2.3
Se x, y ∈ R, então |x + y| ≤ |x| + |y| e |x · y| = |x| · |y|.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 18 / 33


Teorema 2.3
Se x, y ∈ R, então |x + y| ≤ |x| + |y| e |x · y| = |x| · |y|.

Demonstração.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 18 / 33


Teorema 2.3
Se x, y ∈ R, então |x + y| ≤ |x| + |y| e |x · y| = |x| · |y|.

Demonstração.
Segue imediatamente da definição de módulo que x ≤ |x| e y ≤ |y|.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 18 / 33


Teorema 2.3
Se x, y ∈ R, então |x + y| ≤ |x| + |y| e |x · y| = |x| · |y|.

Demonstração.
Segue imediatamente da definição de módulo que x ≤ |x| e y ≤ |y|. Logo,

x + y ≤ |x| + |y|.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 18 / 33


Teorema 2.3
Se x, y ∈ R, então |x + y| ≤ |x| + |y| e |x · y| = |x| · |y|.

Demonstração.
Segue imediatamente da definição de módulo que x ≤ |x| e y ≤ |y|. Logo,

x + y ≤ |x| + |y|.

Analogamente, temos −x ≤ |x| e −y ≤ |y|,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 18 / 33


Teorema 2.3
Se x, y ∈ R, então |x + y| ≤ |x| + |y| e |x · y| = |x| · |y|.

Demonstração.
Segue imediatamente da definição de módulo que x ≤ |x| e y ≤ |y|. Logo,

x + y ≤ |x| + |y|.

Analogamente, temos −x ≤ |x| e −y ≤ |y|, e portanto

−(x + y) ≤ |x| + |y|.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 18 / 33


Teorema 2.3
Se x, y ∈ R, então |x + y| ≤ |x| + |y| e |x · y| = |x| · |y|.

Demonstração.
Segue imediatamente da definição de módulo que x ≤ |x| e y ≤ |y|. Logo,

x + y ≤ |x| + |y|.

Analogamente, temos −x ≤ |x| e −y ≤ |y|, e portanto

−(x + y) ≤ |x| + |y|.

Das duas relações acima, vem que,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 18 / 33


Teorema 2.3
Se x, y ∈ R, então |x + y| ≤ |x| + |y| e |x · y| = |x| · |y|.

Demonstração.
Segue imediatamente da definição de módulo que x ≤ |x| e y ≤ |y|. Logo,

x + y ≤ |x| + |y|.

Analogamente, temos −x ≤ |x| e −y ≤ |y|, e portanto

−(x + y) ≤ |x| + |y|.

Das duas relações acima, vem que,

|x + y| =max{x + y, −(x + y)} ≤ |x| + |y|.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 18 / 33


Teorema 2.3
Se x, y ∈ R, então |x + y| ≤ |x| + |y| e |x · y| = |x| · |y|.

Demonstração.
Segue imediatamente da definição de módulo que x ≤ |x| e y ≤ |y|. Logo,

x + y ≤ |x| + |y|.

Analogamente, temos −x ≤ |x| e −y ≤ |y|, e portanto

−(x + y) ≤ |x| + |y|.

Das duas relações acima, vem que,

|x + y| =max{x + y, −(x + y)} ≤ |x| + |y|.

Provaremos agora que |x · y| = |x| · |y|.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 18 / 33


Teorema 2.3
Se x, y ∈ R, então |x + y| ≤ |x| + |y| e |x · y| = |x| · |y|.

Demonstração.
Segue imediatamente da definição de módulo que x ≤ |x| e y ≤ |y|. Logo,

x + y ≤ |x| + |y|.

Analogamente, temos −x ≤ |x| e −y ≤ |y|, e portanto

−(x + y) ≤ |x| + |y|.

Das duas relações acima, vem que,

|x + y| =max{x + y, −(x + y)} ≤ |x| + |y|.

Provaremos agora que |x · y| = |x| · |y|.


Com efeito,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 18 / 33


Teorema 2.3
Se x, y ∈ R, então |x + y| ≤ |x| + |y| e |x · y| = |x| · |y|.

Demonstração.
Segue imediatamente da definição de módulo que x ≤ |x| e y ≤ |y|. Logo,

x + y ≤ |x| + |y|.

Analogamente, temos −x ≤ |x| e −y ≤ |y|, e portanto

−(x + y) ≤ |x| + |y|.

Das duas relações acima, vem que,

|x + y| =max{x + y, −(x + y)} ≤ |x| + |y|.

Provaremos agora que |x · y| = |x| · |y|.


Com efeito,

|x · y|2 = (x · y)2 = x2 · y 2 ,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 18 / 33


Teorema 2.3
Se x, y ∈ R, então |x + y| ≤ |x| + |y| e |x · y| = |x| · |y|.

Demonstração.
Segue imediatamente da definição de módulo que x ≤ |x| e y ≤ |y|. Logo,

x + y ≤ |x| + |y|.

Analogamente, temos −x ≤ |x| e −y ≤ |y|, e portanto

−(x + y) ≤ |x| + |y|.

Das duas relações acima, vem que,

|x + y| =max{x + y, −(x + y)} ≤ |x| + |y|.

Provaremos agora que |x · y| = |x| · |y|.


Com efeito,

|x · y|2 = (x · y)2 = x2 · y 2 , e (|x| · |y|)2 = |x|2 · |y|2 = x2 · y 2 .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 18 / 33


Teorema 2.3
Se x, y ∈ R, então |x + y| ≤ |x| + |y| e |x · y| = |x| · |y|.

Demonstração.
Segue imediatamente da definição de módulo que x ≤ |x| e y ≤ |y|. Logo,

x + y ≤ |x| + |y|.

Analogamente, temos −x ≤ |x| e −y ≤ |y|, e portanto

−(x + y) ≤ |x| + |y|.

Das duas relações acima, vem que,

|x + y| =max{x + y, −(x + y)} ≤ |x| + |y|.

Provaremos agora que |x · y| = |x| · |y|.


Com efeito,

|x · y|2 = (x · y)2 = x2 · y 2 , e (|x| · |y|)2 = |x|2 · |y|2 = x2 · y 2 .

Logo, |x · y|2 = (|x| · |y|)2

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 18 / 33


Teorema 2.3
Se x, y ∈ R, então |x + y| ≤ |x| + |y| e |x · y| = |x| · |y|.

Demonstração.
Segue imediatamente da definição de módulo que x ≤ |x| e y ≤ |y|. Logo,

x + y ≤ |x| + |y|.

Analogamente, temos −x ≤ |x| e −y ≤ |y|, e portanto

−(x + y) ≤ |x| + |y|.

Das duas relações acima, vem que,

|x + y| =max{x + y, −(x + y)} ≤ |x| + |y|.

Provaremos agora que |x · y| = |x| · |y|.


Com efeito,

|x · y|2 = (x · y)2 = x2 · y 2 , e (|x| · |y|)2 = |x|2 · |y|2 = x2 · y 2 .

Logo, |x · y|2 = (|x| · |y|)2 ⇒ |x · y| = |x| · |y|.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 18 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 19 / 33
Teorema 2.4

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 19 / 33


Teorema 2.4
Sejam a, x, δ ∈ R. Tem-se |x − a| < δ se, e somente se,
a − δ < x < a + δ.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 19 / 33


Teorema 2.4
Sejam a, x, δ ∈ R. Tem-se |x − a| < δ se, e somente se,
a − δ < x < a + δ.

Demonstração.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 19 / 33


Teorema 2.4
Sejam a, x, δ ∈ R. Tem-se |x − a| < δ se, e somente se,
a − δ < x < a + δ.

Demonstração.
Como |x − a| =max{x − a, −(x − a)}, temos que

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 19 / 33


Teorema 2.4
Sejam a, x, δ ∈ R. Tem-se |x − a| < δ se, e somente se,
a − δ < x < a + δ.

Demonstração.
Como |x − a| =max{x − a, −(x − a)}, temos que

|x − a| < δ

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 19 / 33


Teorema 2.4
Sejam a, x, δ ∈ R. Tem-se |x − a| < δ se, e somente se,
a − δ < x < a + δ.

Demonstração.
Como |x − a| =max{x − a, −(x − a)}, temos que

|x − a| < δ

⇔x−a<δ

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 19 / 33


Teorema 2.4
Sejam a, x, δ ∈ R. Tem-se |x − a| < δ se, e somente se,
a − δ < x < a + δ.

Demonstração.
Como |x − a| =max{x − a, −(x − a)}, temos que

|x − a| < δ

⇔ x − a < δ e −(x − a) < δ

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 19 / 33


Teorema 2.4
Sejam a, x, δ ∈ R. Tem-se |x − a| < δ se, e somente se,
a − δ < x < a + δ.

Demonstração.
Como |x − a| =max{x − a, −(x − a)}, temos que

|x − a| < δ

⇔ x − a < δ e −(x − a) < δ

⇔x−a<δ

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 19 / 33


Teorema 2.4
Sejam a, x, δ ∈ R. Tem-se |x − a| < δ se, e somente se,
a − δ < x < a + δ.

Demonstração.
Como |x − a| =max{x − a, −(x − a)}, temos que

|x − a| < δ

⇔ x − a < δ e −(x − a) < δ

⇔ x − a < δ e x − a > −δ

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 19 / 33


Teorema 2.4
Sejam a, x, δ ∈ R. Tem-se |x − a| < δ se, e somente se,
a − δ < x < a + δ.

Demonstração.
Como |x − a| =max{x − a, −(x − a)}, temos que

|x − a| < δ

⇔ x − a < δ e −(x − a) < δ

⇔ x − a < δ e x − a > −δ

⇔ −δ < x − a < δ

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 19 / 33


Teorema 2.4
Sejam a, x, δ ∈ R. Tem-se |x − a| < δ se, e somente se,
a − δ < x < a + δ.

Demonstração.
Como |x − a| =max{x − a, −(x − a)}, temos que

|x − a| < δ

⇔ x − a < δ e −(x − a) < δ

⇔ x − a < δ e x − a > −δ

⇔ −δ < x − a < δ
⇔a−δ <x<a+δ

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 19 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 20 / 33
Usaremos as seguintes notações para representar tipos especiais de
conjuntos de números reais, chamados intervalos:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 20 / 33


Usaremos as seguintes notações para representar tipos especiais de
conjuntos de números reais, chamados intervalos:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 20 / 33


Usaremos as seguintes notações para representar tipos especiais de
conjuntos de números reais, chamados intervalos:

Intervalos limitados por extremos a e b:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 20 / 33


Usaremos as seguintes notações para representar tipos especiais de
conjuntos de números reais, chamados intervalos:

Intervalos limitados por extremos a e b:

[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b}

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 20 / 33


Usaremos as seguintes notações para representar tipos especiais de
conjuntos de números reais, chamados intervalos:

Intervalos limitados por extremos a e b:

[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b}
(a, b) = {x ∈ R; a < x < b}

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 20 / 33


Usaremos as seguintes notações para representar tipos especiais de
conjuntos de números reais, chamados intervalos:

Intervalos limitados por extremos a e b:

[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b} [a, b) = {x ∈ R; a ≤ x < b}


(a, b) = {x ∈ R; a < x < b}

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 20 / 33


Usaremos as seguintes notações para representar tipos especiais de
conjuntos de números reais, chamados intervalos:

Intervalos limitados por extremos a e b:

[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b} [a, b) = {x ∈ R; a ≤ x < b}


(a, b) = {x ∈ R; a < x < b} (a, b] = {x ∈ R; a < x ≤ b}

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 20 / 33


Usaremos as seguintes notações para representar tipos especiais de
conjuntos de números reais, chamados intervalos:

Intervalos limitados por extremos a e b:

[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b} [a, b) = {x ∈ R; a ≤ x < b}


(a, b) = {x ∈ R; a < x < b} (a, b] = {x ∈ R; a < x ≤ b}

Intervalos ilimitados:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 20 / 33


Usaremos as seguintes notações para representar tipos especiais de
conjuntos de números reais, chamados intervalos:

Intervalos limitados por extremos a e b:

[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b} [a, b) = {x ∈ R; a ≤ x < b}


(a, b) = {x ∈ R; a < x < b} (a, b] = {x ∈ R; a < x ≤ b}

Intervalos ilimitados:

(−∞, b] = {x ∈ R; x ≤ b}

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 20 / 33


Usaremos as seguintes notações para representar tipos especiais de
conjuntos de números reais, chamados intervalos:

Intervalos limitados por extremos a e b:

[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b} [a, b) = {x ∈ R; a ≤ x < b}


(a, b) = {x ∈ R; a < x < b} (a, b] = {x ∈ R; a < x ≤ b}

Intervalos ilimitados:

(−∞, b] = {x ∈ R; x ≤ b}
(−∞, b) = {x ∈ R; x < b}

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 20 / 33


Usaremos as seguintes notações para representar tipos especiais de
conjuntos de números reais, chamados intervalos:

Intervalos limitados por extremos a e b:

[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b} [a, b) = {x ∈ R; a ≤ x < b}


(a, b) = {x ∈ R; a < x < b} (a, b] = {x ∈ R; a < x ≤ b}

Intervalos ilimitados:

(−∞, b] = {x ∈ R; x ≤ b} [a, +∞) = {x ∈ R; a ≤ x}


(−∞, b) = {x ∈ R; x < b}

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 20 / 33


Usaremos as seguintes notações para representar tipos especiais de
conjuntos de números reais, chamados intervalos:

Intervalos limitados por extremos a e b:

[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b} [a, b) = {x ∈ R; a ≤ x < b}


(a, b) = {x ∈ R; a < x < b} (a, b] = {x ∈ R; a < x ≤ b}

Intervalos ilimitados:

(−∞, b] = {x ∈ R; x ≤ b} [a, +∞) = {x ∈ R; a ≤ x}


(−∞, b) = {x ∈ R; x < b} (a, +∞) = {x ∈ R; a < x}

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 20 / 33


Usaremos as seguintes notações para representar tipos especiais de
conjuntos de números reais, chamados intervalos:

Intervalos limitados por extremos a e b:

[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b} [a, b) = {x ∈ R; a ≤ x < b}


(a, b) = {x ∈ R; a < x < b} (a, b] = {x ∈ R; a < x ≤ b}

Intervalos ilimitados:

(−∞, b] = {x ∈ R; x ≤ b} [a, +∞) = {x ∈ R; a ≤ x}


(−∞, b) = {x ∈ R; x < b} (a, +∞) = {x ∈ R; a < x}

Observação 7

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 20 / 33


Usaremos as seguintes notações para representar tipos especiais de
conjuntos de números reais, chamados intervalos:

Intervalos limitados por extremos a e b:

[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b} [a, b) = {x ∈ R; a ≤ x < b}


(a, b) = {x ∈ R; a < x < b} (a, b] = {x ∈ R; a < x ≤ b}

Intervalos ilimitados:

(−∞, b] = {x ∈ R; x ≤ b} [a, +∞) = {x ∈ R; a ≤ x}


(−∞, b) = {x ∈ R; x < b} (a, +∞) = {x ∈ R; a < x}

Observação 7
Quando a = b, o intervalo fechado [a, b] reduz-se a um único elemento
e chama-se um intervalo degenerado.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 20 / 33


Conteúdo

1 Introdução

2 Números Reais
R é um corpo
R é um corpo ordenado
R é um corpo ordenado completo.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 21 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 22 / 33
Definição 2.5

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 22 / 33


Definição 2.5
Um conjunto X ⊂ R diz-se limitado superiormente quando existe
algum b ∈ R tal que x ≤ b, para todo x ∈ X.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 22 / 33


Definição 2.5
Um conjunto X ⊂ R diz-se limitado superiormente quando existe
algum b ∈ R tal que x ≤ b, para todo x ∈ X.
Neste caso diz-se que b é cota superior de X.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 22 / 33


Definição 2.5
Um conjunto X ⊂ R diz-se limitado superiormente quando existe
algum b ∈ R tal que x ≤ b, para todo x ∈ X.
Neste caso diz-se que b é cota superior de X.
Analogamente, diz-se que o conjunto X é limitado inferiormente
quando existe a ∈ R, tal que a ≤ x, para todo x ∈ X.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 22 / 33


Definição 2.5
Um conjunto X ⊂ R diz-se limitado superiormente quando existe
algum b ∈ R tal que x ≤ b, para todo x ∈ X.
Neste caso diz-se que b é cota superior de X.
Analogamente, diz-se que o conjunto X é limitado inferiormente
quando existe a ∈ R, tal que a ≤ x, para todo x ∈ X.
O número a chama-se cota inferior de X.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 22 / 33


Definição 2.5
Um conjunto X ⊂ R diz-se limitado superiormente quando existe
algum b ∈ R tal que x ≤ b, para todo x ∈ X.
Neste caso diz-se que b é cota superior de X.
Analogamente, diz-se que o conjunto X é limitado inferiormente
quando existe a ∈ R, tal que a ≤ x, para todo x ∈ X.
O número a chama-se cota inferior de X.

Definição 2.6

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 22 / 33


Definição 2.5
Um conjunto X ⊂ R diz-se limitado superiormente quando existe
algum b ∈ R tal que x ≤ b, para todo x ∈ X.
Neste caso diz-se que b é cota superior de X.
Analogamente, diz-se que o conjunto X é limitado inferiormente
quando existe a ∈ R, tal que a ≤ x, para todo x ∈ X.
O número a chama-se cota inferior de X.

Definição 2.6
Se X é limitado superior e inferiormente, diz-se que X é limitado.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 22 / 33


Definição 2.5
Um conjunto X ⊂ R diz-se limitado superiormente quando existe
algum b ∈ R tal que x ≤ b, para todo x ∈ X.
Neste caso diz-se que b é cota superior de X.
Analogamente, diz-se que o conjunto X é limitado inferiormente
quando existe a ∈ R, tal que a ≤ x, para todo x ∈ X.
O número a chama-se cota inferior de X.

Definição 2.6
Se X é limitado superior e inferiormente, diz-se que X é limitado.
Isto significa que X está contido em algum intervalo [a, b],

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 22 / 33


Definição 2.5
Um conjunto X ⊂ R diz-se limitado superiormente quando existe
algum b ∈ R tal que x ≤ b, para todo x ∈ X.
Neste caso diz-se que b é cota superior de X.
Analogamente, diz-se que o conjunto X é limitado inferiormente
quando existe a ∈ R, tal que a ≤ x, para todo x ∈ X.
O número a chama-se cota inferior de X.

Definição 2.6
Se X é limitado superior e inferiormente, diz-se que X é limitado.
Isto significa que X está contido em algum intervalo [a, b],ou
equivalentemente que existe um k > 0, tal que,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 22 / 33


Definição 2.5
Um conjunto X ⊂ R diz-se limitado superiormente quando existe
algum b ∈ R tal que x ≤ b, para todo x ∈ X.
Neste caso diz-se que b é cota superior de X.
Analogamente, diz-se que o conjunto X é limitado inferiormente
quando existe a ∈ R, tal que a ≤ x, para todo x ∈ X.
O número a chama-se cota inferior de X.

Definição 2.6
Se X é limitado superior e inferiormente, diz-se que X é limitado.
Isto significa que X está contido em algum intervalo [a, b],ou
equivalentemente que existe um k > 0, tal que,

|x| ≤ k, ∀x ∈ X.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 22 / 33


Definição 2.7

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 23 / 33


Definição 2.7
Seja X ⊂ R um conjunto limitado superiormente e não vazio.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 23 / 33


Definição 2.7
Seja X ⊂ R um conjunto limitado superiormente e não vazio.
Um número b ∈ R chama-se supremo de X quando é a menor das
cotas superiores de X.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 23 / 33


Definição 2.7
Seja X ⊂ R um conjunto limitado superiormente e não vazio.
Um número b ∈ R chama-se supremo de X quando é a menor das
cotas superiores de X.
Mais explicitamente, b é o supremo de X quando cumpre as duas
condições:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 23 / 33


Definição 2.7
Seja X ⊂ R um conjunto limitado superiormente e não vazio.
Um número b ∈ R chama-se supremo de X quando é a menor das
cotas superiores de X.
Mais explicitamente, b é o supremo de X quando cumpre as duas
condições:
S1:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 23 / 33


Definição 2.7
Seja X ⊂ R um conjunto limitado superiormente e não vazio.
Um número b ∈ R chama-se supremo de X quando é a menor das
cotas superiores de X.
Mais explicitamente, b é o supremo de X quando cumpre as duas
condições:
S1: Para todo x ∈ X, tem-se x ≤ b.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 23 / 33


Definição 2.7
Seja X ⊂ R um conjunto limitado superiormente e não vazio.
Um número b ∈ R chama-se supremo de X quando é a menor das
cotas superiores de X.
Mais explicitamente, b é o supremo de X quando cumpre as duas
condições:
S1: Para todo x ∈ X, tem-se x ≤ b.
S2:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 23 / 33


Definição 2.7
Seja X ⊂ R um conjunto limitado superiormente e não vazio.
Um número b ∈ R chama-se supremo de X quando é a menor das
cotas superiores de X.
Mais explicitamente, b é o supremo de X quando cumpre as duas
condições:
S1: Para todo x ∈ X, tem-se x ≤ b.
S2: Se c ∈ R é tal que x ≤ c, para todo x ∈ X,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 23 / 33


Definição 2.7
Seja X ⊂ R um conjunto limitado superiormente e não vazio.
Um número b ∈ R chama-se supremo de X quando é a menor das
cotas superiores de X.
Mais explicitamente, b é o supremo de X quando cumpre as duas
condições:
S1: Para todo x ∈ X, tem-se x ≤ b.
S2: Se c ∈ R é tal que x ≤ c, para todo x ∈ X,então b ≤ c

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 23 / 33


Definição 2.7
Seja X ⊂ R um conjunto limitado superiormente e não vazio.
Um número b ∈ R chama-se supremo de X quando é a menor das
cotas superiores de X.
Mais explicitamente, b é o supremo de X quando cumpre as duas
condições:
S1: Para todo x ∈ X, tem-se x ≤ b.
S2: Se c ∈ R é tal que x ≤ c, para todo x ∈ X,então b ≤ c
A condição S2 admite a seguinte reformulação:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 23 / 33


Definição 2.7
Seja X ⊂ R um conjunto limitado superiormente e não vazio.
Um número b ∈ R chama-se supremo de X quando é a menor das
cotas superiores de X.
Mais explicitamente, b é o supremo de X quando cumpre as duas
condições:
S1: Para todo x ∈ X, tem-se x ≤ b.
S2: Se c ∈ R é tal que x ≤ c, para todo x ∈ X,então b ≤ c
A condição S2 admite a seguinte reformulação:
S2’:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 23 / 33


Definição 2.7
Seja X ⊂ R um conjunto limitado superiormente e não vazio.
Um número b ∈ R chama-se supremo de X quando é a menor das
cotas superiores de X.
Mais explicitamente, b é o supremo de X quando cumpre as duas
condições:
S1: Para todo x ∈ X, tem-se x ≤ b.
S2: Se c ∈ R é tal que x ≤ c, para todo x ∈ X,então b ≤ c
A condição S2 admite a seguinte reformulação:
S2’: Se c < b, então existe x ∈ X, tal que c < x.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 23 / 33


Definição 2.7
Seja X ⊂ R um conjunto limitado superiormente e não vazio.
Um número b ∈ R chama-se supremo de X quando é a menor das
cotas superiores de X.
Mais explicitamente, b é o supremo de X quando cumpre as duas
condições:
S1: Para todo x ∈ X, tem-se x ≤ b.
S2: Se c ∈ R é tal que x ≤ c, para todo x ∈ X,então b ≤ c
A condição S2 admite a seguinte reformulação:
S2’: Se c < b, então existe x ∈ X, tal que c < x.
Podemos entender S2’ ainda da seguinte maneira:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 23 / 33


Definição 2.7
Seja X ⊂ R um conjunto limitado superiormente e não vazio.
Um número b ∈ R chama-se supremo de X quando é a menor das
cotas superiores de X.
Mais explicitamente, b é o supremo de X quando cumpre as duas
condições:
S1: Para todo x ∈ X, tem-se x ≤ b.
S2: Se c ∈ R é tal que x ≤ c, para todo x ∈ X,então b ≤ c
A condição S2 admite a seguinte reformulação:
S2’: Se c < b, então existe x ∈ X, tal que c < x.
Podemos entender S2’ ainda da seguinte maneira: dado ε > 0, existe
x ∈ X tal que b − ε < x.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 23 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33
Definição 2.8

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2: Se c ∈ R é tal que c ≤ x, para todo x ∈ X,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2: Se c ∈ R é tal que c ≤ x, para todo x ∈ X,então c ≤ a

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2: Se c ∈ R é tal que c ≤ x, para todo x ∈ X,então c ≤ a

A condição I2 admite a seguinte reformulação:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2: Se c ∈ R é tal que c ≤ x, para todo x ∈ X,então c ≤ a

A condição I2 admite a seguinte reformulação:


I2’:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2: Se c ∈ R é tal que c ≤ x, para todo x ∈ X,então c ≤ a

A condição I2 admite a seguinte reformulação:


I2’: Se a < c, então existe x ∈ X, tal que x < c.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2: Se c ∈ R é tal que c ≤ x, para todo x ∈ X,então c ≤ a

A condição I2 admite a seguinte reformulação:


I2’: Se a < c, então existe x ∈ X, tal que x < c.

Podemos entender I2’ como:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2: Se c ∈ R é tal que c ≤ x, para todo x ∈ X,então c ≤ a

A condição I2 admite a seguinte reformulação:


I2’: Se a < c, então existe x ∈ X, tal que x < c.

Podemos entender I2’ como: dado ε > 0, existe x ∈ X tal que x < a − ε.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2: Se c ∈ R é tal que c ≤ x, para todo x ∈ X,então c ≤ a

A condição I2 admite a seguinte reformulação:


I2’: Se a < c, então existe x ∈ X, tal que x < c.

Podemos entender I2’ como: dado ε > 0, existe x ∈ X tal que x < a − ε.

Definição 2.9

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2: Se c ∈ R é tal que c ≤ x, para todo x ∈ X,então c ≤ a

A condição I2 admite a seguinte reformulação:


I2’: Se a < c, então existe x ∈ X, tal que x < c.

Podemos entender I2’ como: dado ε > 0, existe x ∈ X tal que x < a − ε.

Definição 2.9
Diz-se que um número b ∈ X é o maior elemento ou o máximo de X,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2: Se c ∈ R é tal que c ≤ x, para todo x ∈ X,então c ≤ a

A condição I2 admite a seguinte reformulação:


I2’: Se a < c, então existe x ∈ X, tal que x < c.

Podemos entender I2’ como: dado ε > 0, existe x ∈ X tal que x < a − ε.

Definição 2.9
Diz-se que um número b ∈ X é o maior elemento ou o máximo de X, quando x ≤ b,
para todo x ∈ X.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2: Se c ∈ R é tal que c ≤ x, para todo x ∈ X,então c ≤ a

A condição I2 admite a seguinte reformulação:


I2’: Se a < c, então existe x ∈ X, tal que x < c.

Podemos entender I2’ como: dado ε > 0, existe x ∈ X tal que x < a − ε.

Definição 2.9
Diz-se que um número b ∈ X é o maior elemento ou o máximo de X, quando x ≤ b,
para todo x ∈ X.
Isto quer dizer que b é uma cota superior de X pertencente a X e segue da definição
que b é o supremo de X.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2: Se c ∈ R é tal que c ≤ x, para todo x ∈ X,então c ≤ a

A condição I2 admite a seguinte reformulação:


I2’: Se a < c, então existe x ∈ X, tal que x < c.

Podemos entender I2’ como: dado ε > 0, existe x ∈ X tal que x < a − ε.

Definição 2.9
Diz-se que um número b ∈ X é o maior elemento ou o máximo de X, quando x ≤ b,
para todo x ∈ X.
Isto quer dizer que b é uma cota superior de X pertencente a X e segue da definição
que b é o supremo de X.

Definição 2.10

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2: Se c ∈ R é tal que c ≤ x, para todo x ∈ X,então c ≤ a

A condição I2 admite a seguinte reformulação:


I2’: Se a < c, então existe x ∈ X, tal que x < c.

Podemos entender I2’ como: dado ε > 0, existe x ∈ X tal que x < a − ε.

Definição 2.9
Diz-se que um número b ∈ X é o maior elemento ou o máximo de X, quando x ≤ b,
para todo x ∈ X.
Isto quer dizer que b é uma cota superior de X pertencente a X e segue da definição
que b é o supremo de X.

Definição 2.10
Diz-se que um número a ∈ X é o menor elemento ou o mínimo de X,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2: Se c ∈ R é tal que c ≤ x, para todo x ∈ X,então c ≤ a

A condição I2 admite a seguinte reformulação:


I2’: Se a < c, então existe x ∈ X, tal que x < c.

Podemos entender I2’ como: dado ε > 0, existe x ∈ X tal que x < a − ε.

Definição 2.9
Diz-se que um número b ∈ X é o maior elemento ou o máximo de X, quando x ≤ b,
para todo x ∈ X.
Isto quer dizer que b é uma cota superior de X pertencente a X e segue da definição
que b é o supremo de X.

Definição 2.10
Diz-se que um número a ∈ X é o menor elemento ou o mínimo de X, quando a ≤ x,
para todo x ∈ X

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33


Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2: Se c ∈ R é tal que c ≤ x, para todo x ∈ X,então c ≤ a

A condição I2 admite a seguinte reformulação:


I2’: Se a < c, então existe x ∈ X, tal que x < c.

Podemos entender I2’ como: dado ε > 0, existe x ∈ X tal que x < a − ε.

Definição 2.9
Diz-se que um número b ∈ X é o maior elemento ou o máximo de X, quando x ≤ b,
para todo x ∈ X.
Isto quer dizer que b é uma cota superior de X pertencente a X e segue da definição
que b é o supremo de X.

Definição 2.10
Diz-se que um número a ∈ X é o menor elemento ou o mínimo de X, quando a ≤ x,
para todo x ∈ X
Isto quer dizer que a é uma cota inferior de X pertencente a X e segue da definição
que a é o ínfimo de X.
Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33
Definição 2.8
Seja X ⊂ R um conjunto limitado inferiormente e não vazio.Um número a ∈ R
chama-se ínfimo de X quando é a maior das cotas inferiores de X.
Isto equivale a:

I1: Para todo x ∈ X, tem-se a ≤ x.


I2: Se c ∈ R é tal que c ≤ x, para todo x ∈ X,então c ≤ a

A condição I2 admite a seguinte reformulação:


I2’: Se a < c, então existe x ∈ X, tal que x < c.

Podemos entender I2’ como: dado ε > 0, existe x ∈ X tal que x < a − ε.

Definição 2.9
Diz-se que um número b ∈ X é o maior elemento ou o máximo de X, quando x ≤ b,
para todo x ∈ X.
Isto quer dizer que b é uma cota superior de X pertencente a X e segue da definição
que b é o supremo de X.

Definição 2.10
Diz-se que um número a ∈ X é o menor elemento ou o mínimo de X, quando a ≤ x,
para todo x ∈ X
Isto quer dizer que a é uma cota inferior de X pertencente a X e segue da definição
que a é o ínfimo de X.
Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 24 / 33
Definição 2.11
Diz-se que o corpo ordenado R é completo, pois todo conjunto não
vazio, limitado superiormente, X ⊂ R possui supremo:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 25 / 33


Definição 2.11
Diz-se que o corpo ordenado R é completo, pois todo conjunto não
vazio, limitado superiormente, X ⊂ R possui supremo:

b =supX ∈ R.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 25 / 33


Definição 2.11
Diz-se que o corpo ordenado R é completo, pois todo conjunto não
vazio, limitado superiormente, X ⊂ R possui supremo:

b =supX ∈ R.

Observação 8
De modo análogo concluimos também que todo conjunto não vazio
limitado inferiormente, X ⊂ R, possui ínfimo.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 25 / 33


Definição 2.11
Diz-se que o corpo ordenado R é completo, pois todo conjunto não
vazio, limitado superiormente, X ⊂ R possui supremo:

b =supX ∈ R.

Observação 8
De modo análogo concluimos também que todo conjunto não vazio
limitado inferiormente, X ⊂ R, possui ínfimo.
Com efeito, neste caso o conjunto Y = {−x; x ∈ X} é não vazio e
limitado superiormente,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 25 / 33


Definição 2.11
Diz-se que o corpo ordenado R é completo, pois todo conjunto não
vazio, limitado superiormente, X ⊂ R possui supremo:

b =supX ∈ R.

Observação 8
De modo análogo concluimos também que todo conjunto não vazio
limitado inferiormente, X ⊂ R, possui ínfimo.
Com efeito, neste caso o conjunto Y = {−x; x ∈ X} é não vazio e
limitado superiormente, logo possui supremo b ∈ R.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 25 / 33


Definição 2.11
Diz-se que o corpo ordenado R é completo, pois todo conjunto não
vazio, limitado superiormente, X ⊂ R possui supremo:

b =supX ∈ R.

Observação 8
De modo análogo concluimos também que todo conjunto não vazio
limitado inferiormente, X ⊂ R, possui ínfimo.
Com efeito, neste caso o conjunto Y = {−x; x ∈ X} é não vazio e
limitado superiormente, logo possui supremo b ∈ R.
Então, como se vê, o número a = −b é ínfimo de X.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 25 / 33


Definição 2.11
Diz-se que o corpo ordenado R é completo, pois todo conjunto não
vazio, limitado superiormente, X ⊂ R possui supremo:

b =supX ∈ R.

Observação 8
De modo análogo concluimos também que todo conjunto não vazio
limitado inferiormente, X ⊂ R, possui ínfimo.
Com efeito, neste caso o conjunto Y = {−x; x ∈ X} é não vazio e
limitado superiormente, logo possui supremo b ∈ R.
Então, como se vê, o número a = −b é ínfimo de X.

Uma forma mais rigorosa da utilização dos fatos na demonstração da


observação 8, fica a cargo dos alunos.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 25 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33
Teorema 2.12

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i):

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.

(ii):

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii):

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i):

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.
Então existe c =supN.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.
Então existe c =supN.
Logo c − 1 não é cota superior dos N,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.
Então existe c =supN.
Logo c − 1 não é cota superior dos N, segue disto que existe um n0 ∈ N, tal que
c − 1 < n0

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.
Então existe c =supN.
Logo c − 1 não é cota superior dos N, segue disto que existe um n0 ∈ N, tal que
c − 1 < n0 e daí c < n0 + 1 ∈ N,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.
Então existe c =supN.
Logo c − 1 não é cota superior dos N, segue disto que existe um n0 ∈ N, tal que
c − 1 < n0 e daí c < n0 + 1 ∈ N, que é uma contradição.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.
Então existe c =supN.
Logo c − 1 não é cota superior dos N, segue disto que existe um n0 ∈ N, tal que
c − 1 < n0 e daí c < n0 + 1 ∈ N, que é uma contradição.
Portanto, N não é limitado superiormente.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.
Então existe c =supN.
Logo c − 1 não é cota superior dos N, segue disto que existe um n0 ∈ N, tal que
c − 1 < n0 e daí c < n0 + 1 ∈ N, que é uma contradição.
Portanto, N não é limitado superiormente.
(ii):

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.
Então existe c =supN.
Logo c − 1 não é cota superior dos N, segue disto que existe um n0 ∈ N, tal que
c − 1 < n0 e daí c < n0 + 1 ∈ N, que é uma contradição.
Portanto, N não é limitado superiormente.
(ii): É imediato que 0 é uma cota inferior de X.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.
Então existe c =supN.
Logo c − 1 não é cota superior dos N, segue disto que existe um n0 ∈ N, tal que
c − 1 < n0 e daí c < n0 + 1 ∈ N, que é uma contradição.
Portanto, N não é limitado superiormente.
(ii): É imediato que 0 é uma cota inferior de X.
Resta-nos provar que 0 é a maior das cotas inferiores.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.
Então existe c =supN.
Logo c − 1 não é cota superior dos N, segue disto que existe um n0 ∈ N, tal que
c − 1 < n0 e daí c < n0 + 1 ∈ N, que é uma contradição.
Portanto, N não é limitado superiormente.
(ii): É imediato que 0 é uma cota inferior de X.
Resta-nos provar que 0 é a maior das cotas inferiores.
Suponhamos que exista c > 0 cota inferior de X,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.
Então existe c =supN.
Logo c − 1 não é cota superior dos N, segue disto que existe um n0 ∈ N, tal que
c − 1 < n0 e daí c < n0 + 1 ∈ N, que é uma contradição.
Portanto, N não é limitado superiormente.
(ii): É imediato que 0 é uma cota inferior de X.
Resta-nos provar que 0 é a maior das cotas inferiores.
Suponhamos que exista c > 0 cota inferior de X, ou seja,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.
Então existe c =supN.
Logo c − 1 não é cota superior dos N, segue disto que existe um n0 ∈ N, tal que
c − 1 < n0 e daí c < n0 + 1 ∈ N, que é uma contradição.
Portanto, N não é limitado superiormente.
(ii): É imediato que 0 é uma cota inferior de X.
Resta-nos provar que 0 é a maior das cotas inferiores.
Suponhamos que exista c > 0 cota inferior de X, ou seja,
1
0<c≤ , ∀n ∈ N.
n

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.
Então existe c =supN.
Logo c − 1 não é cota superior dos N, segue disto que existe um n0 ∈ N, tal que
c − 1 < n0 e daí c < n0 + 1 ∈ N, que é uma contradição.
Portanto, N não é limitado superiormente.
(ii): É imediato que 0 é uma cota inferior de X.
Resta-nos provar que 0 é a maior das cotas inferiores.
Suponhamos que exista c > 0 cota inferior de X, ou seja,
1
0<c≤ , ∀n ∈ N.
n

De (i), vem que N não é limitado superiormente,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.
Então existe c =supN.
Logo c − 1 não é cota superior dos N, segue disto que existe um n0 ∈ N, tal que
c − 1 < n0 e daí c < n0 + 1 ∈ N, que é uma contradição.
Portanto, N não é limitado superiormente.
(ii): É imediato que 0 é uma cota inferior de X.
Resta-nos provar que 0 é a maior das cotas inferiores.
Suponhamos que exista c > 0 cota inferior de X, ou seja,
1
0<c≤ , ∀n ∈ N.
n

De (i), vem que N não é limitado superiormente, ou seja,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33


Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.
Então existe c =supN.
Logo c − 1 não é cota superior dos N, segue disto que existe um n0 ∈ N, tal que
c − 1 < n0 e daí c < n0 + 1 ∈ N, que é uma contradição.
Portanto, N não é limitado superiormente.
(ii): É imediato que 0 é uma cota inferior de X.
Resta-nos provar que 0 é a maior das cotas inferiores.
Suponhamos que exista c > 0 cota inferior de X, ou seja,
1
0<c≤ , ∀n ∈ N.
n
1
De (i), vem que N não é limitado superiormente, ou seja, não é cota superior
c
de N,
Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 26 / 33
Teorema 2.12
(i): O conjunto N ⊂ R dos números naturais não é limitado superiormente.
1
(ii): O ínfimo do conjunto X = { , n ∈ N} é igual a zero.
n
(iii): Dados a, b ∈ R+ , existe n ∈ N tal que n · a > b.

Demonstração.
(i): Suponhamos, por absurdo, que N é limitado superiormente.
Então existe c =supN.
Logo c − 1 não é cota superior dos N, segue disto que existe um n0 ∈ N, tal que
c − 1 < n0 e daí c < n0 + 1 ∈ N, que é uma contradição.
Portanto, N não é limitado superiormente.
(ii): É imediato que 0 é uma cota inferior de X.
Resta-nos provar que 0 é a maior das cotas inferiores.
Suponhamos que exista c > 0 cota inferior de X, ou seja,
1
0<c≤ , ∀n ∈ N.
n
1
De (i), vem que N não é limitado superiormente, ou seja, não é cota superior
c
de N, donde segue que existe n1 ∈ N, tal que
Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) 1 Análise 1 2019 26 / 33
Demonstração. (Cont.)

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 27 / 33


Demonstração. (Cont.)
1
< n1
c

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 27 / 33


Demonstração. (Cont.)
1 1
< n1 ⇒ < c.
c n1

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 27 / 33


Demonstração. (Cont.)
1 1
< n1 ⇒ < c.
c n1
O que contraria o fato de c ser cota inferior.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 27 / 33


Demonstração. (Cont.)
1 1
< n1 ⇒ < c.
c n1
O que contraria o fato de c ser cota inferior.
1
concluimos assim que 0 =inf{ , n ∈ N}.
n

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 27 / 33


Demonstração. (Cont.)
1 1
< n1 ⇒ < c.
c n1
O que contraria o fato de c ser cota inferior.
1
concluimos assim que 0 =inf{ , n ∈ N}.
n

(iii):

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 27 / 33


Demonstração. (Cont.)
1 1
< n1 ⇒ < c.
c n1
O que contraria o fato de c ser cota inferior.
1
concluimos assim que 0 =inf{ , n ∈ N}.
n

(iii): Dados a, b ∈ R+ ,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 27 / 33


Demonstração. (Cont.)
1 1
< n1 ⇒ < c.
c n1
O que contraria o fato de c ser cota inferior.
1
concluimos assim que 0 =inf{ , n ∈ N}.
n
b
(iii): Dados a, b ∈ R+ , temos que ∈ R+
a

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 27 / 33


Demonstração. (Cont.)
1 1
< n1 ⇒ < c.
c n1
O que contraria o fato de c ser cota inferior.
1
concluimos assim que 0 =inf{ , n ∈ N}.
n
b
(iii): Dados a, b ∈ R+ , temos que ∈ R+ e de (i), vem que existe um n ∈ N tal
a
b
que < n
a

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 27 / 33


Demonstração. (Cont.)
1 1
< n1 ⇒ < c.
c n1
O que contraria o fato de c ser cota inferior.
1
concluimos assim que 0 =inf{ , n ∈ N}.
n
b
(iii): Dados a, b ∈ R+ , temos que ∈ R+ e de (i), vem que existe um n ∈ N tal
a
b
que < n ⇒ b < n · a.
a

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 27 / 33


Demonstração. (Cont.)
1 1
< n1 ⇒ < c.
c n1
O que contraria o fato de c ser cota inferior.
1
concluimos assim que 0 =inf{ , n ∈ N}.
n
b
(iii): Dados a, b ∈ R+ , temos que ∈ R+ e de (i), vem que existe um n ∈ N tal
a
b
que < n ⇒ b < n · a.
a
Isto prova o desejado.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 27 / 33


Demonstração. (Cont.)
1 1
< n1 ⇒ < c.
c n1
O que contraria o fato de c ser cota inferior.
1
concluimos assim que 0 =inf{ , n ∈ N}.
n
b
(iii): Dados a, b ∈ R+ , temos que ∈ R+ e de (i), vem que existe um n ∈ N tal
a
b
que < n ⇒ b < n · a.
a
Isto prova o desejado.

Observação 9

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 27 / 33


Demonstração. (Cont.)
1 1
< n1 ⇒ < c.
c n1
O que contraria o fato de c ser cota inferior.
1
concluimos assim que 0 =inf{ , n ∈ N}.
n
b
(iii): Dados a, b ∈ R+ , temos que ∈ R+ e de (i), vem que existe um n ∈ N tal
a
b
que < n ⇒ b < n · a.
a
Isto prova o desejado.

Observação 9
As propriedades (i), (ii) e (iii) são equivalentes e significam que R é um corpo
equivalente, ou arquimediano.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 27 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33
Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto A = {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é limitado,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto A = {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é limitado, em particular,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto A = {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é limitado, em particular, limitado superiormente,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto A = {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é limitado, em particular, limitado superiormente,


ou seja,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto A = {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é limitado, em particular, limitado superiormente,


ou seja, existe supA = c.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto A = {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é limitado, em particular, limitado superiormente,


ou seja, existe supA = c.
Segue da definição de supremo que an ≤ c, ∀n ∈ N.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto A = {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é limitado, em particular, limitado superiormente,


ou seja, existe supA = c.
Segue da definição de supremo que an ≤ c, ∀n ∈ N.
Afirmamos que cada bn é cota superior de A.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto A = {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é limitado, em particular, limitado superiormente,


ou seja, existe supA = c.
Segue da definição de supremo que an ≤ c, ∀n ∈ N.
Afirmamos que cada bn é cota superior de A.
De fato,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto A = {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é limitado, em particular, limitado superiormente,


ou seja, existe supA = c.
Segue da definição de supremo que an ≤ c, ∀n ∈ N.
Afirmamos que cada bn é cota superior de A.
De fato, suponhamos um ak , tal que ak > bn

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto A = {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é limitado, em particular, limitado superiormente,


ou seja, existe supA = c.
Segue da definição de supremo que an ≤ c, ∀n ∈ N.
Afirmamos que cada bn é cota superior de A.
De fato, suponhamos um ak , tal que ak > bn ⇒ k > n,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto A = {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é limitado, em particular, limitado superiormente,


ou seja, existe supA = c.
Segue da definição de supremo que an ≤ c, ∀n ∈ N.
Afirmamos que cada bn é cota superior de A.
De fato, suponhamos um ak , tal que ak > bn ⇒ k > n, portanto, pela construção da
questão In ⊃ Ik ,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto A = {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é limitado, em particular, limitado superiormente,


ou seja, existe supA = c.
Segue da definição de supremo que an ≤ c, ∀n ∈ N.
Afirmamos que cada bn é cota superior de A.
De fato, suponhamos um ak , tal que ak > bn ⇒ k > n, portanto, pela construção da
questão In ⊃ Ik , isto é

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto A = {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é limitado, em particular, limitado superiormente,


ou seja, existe supA = c.
Segue da definição de supremo que an ≤ c, ∀n ∈ N.
Afirmamos que cada bn é cota superior de A.
De fato, suponhamos um ak , tal que ak > bn ⇒ k > n, portanto, pela construção da
questão In ⊃ Ik , isto é
an < ak < bk < bn .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto A = {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é limitado, em particular, limitado superiormente,


ou seja, existe supA = c.
Segue da definição de supremo que an ≤ c, ∀n ∈ N.
Afirmamos que cada bn é cota superior de A.
De fato, suponhamos um ak , tal que ak > bn ⇒ k > n, portanto, pela construção da
questão In ⊃ Ik , isto é
an < ak < bk < bn .
Que é um absurdo.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto A = {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é limitado, em particular, limitado superiormente,


ou seja, existe supA = c.
Segue da definição de supremo que an ≤ c, ∀n ∈ N.
Afirmamos que cada bn é cota superior de A.
De fato, suponhamos um ak , tal que ak > bn ⇒ k > n, portanto, pela construção da
questão In ⊃ Ik , isto é
an < ak < bk < bn .
Que é um absurdo.
Logo, c ≤ bn , ∀n ∈ N

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33


Teorema 2.13 (Intervalos encaixados)
Dada uma sequência decrescente,

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

de intervalos intervalos limitados e fechados In = [an , bn ].


Existe pelo menos um número real c, tal que c ∈ In para todo n ∈ N.

Demonstração.
As inclusões In ⊃ In+1 , significam que

a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ · · · ≤ bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 .

O conjunto A = {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é limitado, em particular, limitado superiormente,


ou seja, existe supA = c.
Segue da definição de supremo que an ≤ c, ∀n ∈ N.
Afirmamos que cada bn é cota superior de A.
De fato, suponhamos um ak , tal que ak > bn ⇒ k > n, portanto, pela construção da
questão In ⊃ Ik , isto é
an < ak < bk < bn .
Que é um absurdo.
Logo, c ≤ bn , ∀n ∈ N
Portanto, c ∈ In , para todo n ∈ N.
Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 28 / 33
Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33
Teorema 2.14

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.
Fazendo X = R, temos que ele é finito.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.
Fazendo X = R, temos que ele é finito.
Portanto, afim de provar o desejado é suficiente que não exista uma bijeção
f : N → R,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.
Fazendo X = R, temos que ele é finito.
Portanto, afim de provar o desejado é suficiente que não exista uma bijeção
f : N → R, ou ainda,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.
Fazendo X = R, temos que ele é finito.
Portanto, afim de provar o desejado é suficiente que não exista uma bijeção
f : N → R, ou ainda, mostremos que nenhuma função f : N → R pode ser
sobrejetiva.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.
Fazendo X = R, temos que ele é finito.
Portanto, afim de provar o desejado é suficiente que não exista uma bijeção
f : N → R, ou ainda, mostremos que nenhuma função f : N → R pode ser
sobrejetiva.
Assim, seja f : N → R uma função qualquer.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.
Fazendo X = R, temos que ele é finito.
Portanto, afim de provar o desejado é suficiente que não exista uma bijeção
f : N → R, ou ainda, mostremos que nenhuma função f : N → R pode ser
sobrejetiva.
Assim, seja f : N → R uma função qualquer.
Afirmamos existir uma sequência decrescente de intervalos limitados e fechados:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.
Fazendo X = R, temos que ele é finito.
Portanto, afim de provar o desejado é suficiente que não exista uma bijeção
f : N → R, ou ainda, mostremos que nenhuma função f : N → R pode ser
sobrejetiva.
Assim, seja f : N → R uma função qualquer.
Afirmamos existir uma sequência decrescente de intervalos limitados e fechados:

I1

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.
Fazendo X = R, temos que ele é finito.
Portanto, afim de provar o desejado é suficiente que não exista uma bijeção
f : N → R, ou ainda, mostremos que nenhuma função f : N → R pode ser
sobrejetiva.
Assim, seja f : N → R uma função qualquer.
Afirmamos existir uma sequência decrescente de intervalos limitados e fechados:

I1 ⊃ I2

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.
Fazendo X = R, temos que ele é finito.
Portanto, afim de provar o desejado é suficiente que não exista uma bijeção
f : N → R, ou ainda, mostremos que nenhuma função f : N → R pode ser
sobrejetiva.
Assim, seja f : N → R uma função qualquer.
Afirmamos existir uma sequência decrescente de intervalos limitados e fechados:

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.
Fazendo X = R, temos que ele é finito.
Portanto, afim de provar o desejado é suficiente que não exista uma bijeção
f : N → R, ou ainda, mostremos que nenhuma função f : N → R pode ser
sobrejetiva.
Assim, seja f : N → R uma função qualquer.
Afirmamos existir uma sequência decrescente de intervalos limitados e fechados:

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.
Fazendo X = R, temos que ele é finito.
Portanto, afim de provar o desejado é suficiente que não exista uma bijeção
f : N → R, ou ainda, mostremos que nenhuma função f : N → R pode ser
sobrejetiva.
Assim, seja f : N → R uma função qualquer.
Afirmamos existir uma sequência decrescente de intervalos limitados e fechados:

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

Onde f (n) ∈
/ In .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.
Fazendo X = R, temos que ele é finito.
Portanto, afim de provar o desejado é suficiente que não exista uma bijeção
f : N → R, ou ainda, mostremos que nenhuma função f : N → R pode ser
sobrejetiva.
Assim, seja f : N → R uma função qualquer.
Afirmamos existir uma sequência decrescente de intervalos limitados e fechados:

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

Onde f (n) ∈
/ In .
Usaremos indução matemática para provar que a afirmação é verdadeira.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.
Fazendo X = R, temos que ele é finito.
Portanto, afim de provar o desejado é suficiente que não exista uma bijeção
f : N → R, ou ainda, mostremos que nenhuma função f : N → R pode ser
sobrejetiva.
Assim, seja f : N → R uma função qualquer.
Afirmamos existir uma sequência decrescente de intervalos limitados e fechados:

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

Onde f (n) ∈
/ In .
Usaremos indução matemática para provar que a afirmação é verdadeira.
Começamos tomando um intervalo [a1 , b1 ] tal que f (1) < a1 .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.
Fazendo X = R, temos que ele é finito.
Portanto, afim de provar o desejado é suficiente que não exista uma bijeção
f : N → R, ou ainda, mostremos que nenhuma função f : N → R pode ser
sobrejetiva.
Assim, seja f : N → R uma função qualquer.
Afirmamos existir uma sequência decrescente de intervalos limitados e fechados:

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

Onde f (n) ∈/ In .
Usaremos indução matemática para provar que a afirmação é verdadeira.
Começamos tomando um intervalo [a1 , b1 ] tal que f (1) < a1 .
Suponhamos por hipótese de indução obtidos intervalos I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In , tais que
f (j) ∈
/ Ij .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.
Fazendo X = R, temos que ele é finito.
Portanto, afim de provar o desejado é suficiente que não exista uma bijeção
f : N → R, ou ainda, mostremos que nenhuma função f : N → R pode ser
sobrejetiva.
Assim, seja f : N → R uma função qualquer.
Afirmamos existir uma sequência decrescente de intervalos limitados e fechados:

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

Onde f (n) ∈/ In .
Usaremos indução matemática para provar que a afirmação é verdadeira.
Começamos tomando um intervalo [a1 , b1 ] tal que f (1) < a1 .
Suponhamos por hipótese de indução obtidos intervalos I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In , tais que
f (j) ∈
/ Ij .
Devemos provar que existe In+1 tal que In ⊃ In+1 e f (n + 1) ∈ / In+1 .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Teorema 2.14
O conjuntos dos números reais não é enumerável.

Demonstração.
Lembremos que um conjunto X é enumerável quando é finito, ou existe uma bijeção
f : N → X.
Fazendo X = R, temos que ele é finito.
Portanto, afim de provar o desejado é suficiente que não exista uma bijeção
f : N → R, ou ainda, mostremos que nenhuma função f : N → R pode ser
sobrejetiva.
Assim, seja f : N → R uma função qualquer.
Afirmamos existir uma sequência decrescente de intervalos limitados e fechados:

I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In ⊃ · · ·

Onde f (n) ∈/ In .
Usaremos indução matemática para provar que a afirmação é verdadeira.
Começamos tomando um intervalo [a1 , b1 ] tal que f (1) < a1 .
Suponhamos por hipótese de indução obtidos intervalos I1 ⊃ I2 ⊃ · · · ⊃ In , tais que
f (j) ∈
/ Ij .
Devemos provar que existe In+1 tal que In ⊃ In+1 e f (n + 1) ∈ / In+1 .
Para isto olhamos para [an , bn ].

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 29 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33
Demonstração. (Cont.)

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In ,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In ,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an ,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1),

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈
/ In+1 ,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈
/ In+1 , donde concluimos
o afirmado.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈/ In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈/ In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.
Suponhamos que f seja sobrejetiva, então existe k ∈ N, tal que f (k) = c.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈/ In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.
Suponhamos que f seja sobrejetiva, então existe k ∈ N, tal que f (k) = c.
Em particular c ∈ Ik ,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈/ In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.
Suponhamos que f seja sobrejetiva, então existe k ∈ N, tal que f (k) = c.
Em particular c ∈ Ik , ou seja,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈/ In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.
Suponhamos que f seja sobrejetiva, então existe k ∈ N, tal que f (k) = c.
Em particular c ∈ Ik , ou seja, f (k) ∈ Ik

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈ / In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.
Suponhamos que f seja sobrejetiva, então existe k ∈ N, tal que f (k) = c.
Em particular c ∈ Ik , ou seja, f (k) ∈ Ik o que é um absurdo.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈ / In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.
Suponhamos que f seja sobrejetiva, então existe k ∈ N, tal que f (k) = c.
Em particular c ∈ Ik , ou seja, f (k) ∈ Ik o que é um absurdo.
Portanto f não é sobrejetiva

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈ / In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.
Suponhamos que f seja sobrejetiva, então existe k ∈ N, tal que f (k) = c.
Em particular c ∈ Ik , ou seja, f (k) ∈ Ik o que é um absurdo.
Portanto f não é sobrejetiva e por maior razão, não é bijetiva.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈ / In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.
Suponhamos que f seja sobrejetiva, então existe k ∈ N, tal que f (k) = c.
Em particular c ∈ Ik , ou seja, f (k) ∈ Ik o que é um absurdo.
Portanto f não é sobrejetiva e por maior razão, não é bijetiva.
Como f : N → R é uma função qualquer, concluimos que R não é enumerável.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈ / In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.
Suponhamos que f seja sobrejetiva, então existe k ∈ N, tal que f (k) = c.
Em particular c ∈ Ik , ou seja, f (k) ∈ Ik o que é um absurdo.
Portanto f não é sobrejetiva e por maior razão, não é bijetiva.
Como f : N → R é uma função qualquer, concluimos que R não é enumerável.

Definição 2.15

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈ / In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.
Suponhamos que f seja sobrejetiva, então existe k ∈ N, tal que f (k) = c.
Em particular c ∈ Ik , ou seja, f (k) ∈ Ik o que é um absurdo.
Portanto f não é sobrejetiva e por maior razão, não é bijetiva.
Como f : N → R é uma função qualquer, concluimos que R não é enumerável.

Definição 2.15
Um número real chama-se irracional quando não é racional.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈ / In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.
Suponhamos que f seja sobrejetiva, então existe k ∈ N, tal que f (k) = c.
Em particular c ∈ Ik , ou seja, f (k) ∈ Ik o que é um absurdo.
Portanto f não é sobrejetiva e por maior razão, não é bijetiva.
Como f : N → R é uma função qualquer, concluimos que R não é enumerável.

Definição 2.15
Um número real chama-se irracional quando não é racional.

Observação 10

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈ / In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.
Suponhamos que f seja sobrejetiva, então existe k ∈ N, tal que f (k) = c.
Em particular c ∈ Ik , ou seja, f (k) ∈ Ik o que é um absurdo.
Portanto f não é sobrejetiva e por maior razão, não é bijetiva.
Como f : N → R é uma função qualquer, concluimos que R não é enumerável.

Definição 2.15
Um número real chama-se irracional quando não é racional.

Observação 10
Como o conjunto Q dos racionais é enumerável,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈ / In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.
Suponhamos que f seja sobrejetiva, então existe k ∈ N, tal que f (k) = c.
Em particular c ∈ Ik , ou seja, f (k) ∈ Ik o que é um absurdo.
Portanto f não é sobrejetiva e por maior razão, não é bijetiva.
Como f : N → R é uma função qualquer, concluimos que R não é enumerável.

Definição 2.15
Um número real chama-se irracional quando não é racional.

Observação 10
Como o conjunto Q dos racionais é enumerável, resulta do teorema acima que
existem números irracionais, e mais

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈ / In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.
Suponhamos que f seja sobrejetiva, então existe k ∈ N, tal que f (k) = c.
Em particular c ∈ Ik , ou seja, f (k) ∈ Ik o que é um absurdo.
Portanto f não é sobrejetiva e por maior razão, não é bijetiva.
Como f : N → R é uma função qualquer, concluimos que R não é enumerável.

Definição 2.15
Um número real chama-se irracional quando não é racional.

Observação 10
Como o conjunto Q dos racionais é enumerável, resulta do teorema acima que
existem números irracionais, e mais R = Q ∪ (R − Q).

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈ / In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.
Suponhamos que f seja sobrejetiva, então existe k ∈ N, tal que f (k) = c.
Em particular c ∈ Ik , ou seja, f (k) ∈ Ik o que é um absurdo.
Portanto f não é sobrejetiva e por maior razão, não é bijetiva.
Como f : N → R é uma função qualquer, concluimos que R não é enumerável.

Definição 2.15
Um número real chama-se irracional quando não é racional.

Observação 10
Como o conjunto Q dos racionais é enumerável, resulta do teorema acima que
existem números irracionais, e mais R = Q ∪ (R − Q).
Note ainda que os irracionais são não enumeráveis,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33


Demonstração. (Cont.)
Se f (n + 1) ∈
/ In , simplesmente tomamos In+1 = In .
Se f (n + 1) ∈ In , ou seja, an ≤ f (n + 1) ≤ bn .
Pelo menos um dos extremos, digamos an , é diferente de f (n + 1), isto é,
an < f (n + 1).
an + f (n + 1)
Neste caso tomamos In+1 = [an+1 , bn+1 ] com an+1 = an e bn+1 = .
2
Qualquer que seja a situação, temos In > In+1 e f (n + 1) ∈ / In+1 , donde concluimos
o afirmado.
Concluimos do teorema anterior que existe c ∈ In , para todo n ∈ N.
Suponhamos que f seja sobrejetiva, então existe k ∈ N, tal que f (k) = c.
Em particular c ∈ Ik , ou seja, f (k) ∈ Ik o que é um absurdo.
Portanto f não é sobrejetiva e por maior razão, não é bijetiva.
Como f : N → R é uma função qualquer, concluimos que R não é enumerável.

Definição 2.15
Um número real chama-se irracional quando não é racional.

Observação 10
Como o conjunto Q dos racionais é enumerável, resulta do teorema acima que
existem números irracionais, e mais R = Q ∪ (R − Q).
Note ainda que os irracionais são não enumeráveis, pois a união de dois conjuntos
enumeráveis é enumerável.
Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 30 / 33
Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33
Corolário 2.16

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Demonstração.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Demonstração.
Inicialmente lembremos que todo intervalo não-degenerado contém um intervalo
aberto (a, b).

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Demonstração.
Inicialmente lembremos que todo intervalo não-degenerado contém um intervalo
aberto (a, b).
Afirmamos que a função
f : (−1, 1) → (a, b)

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Demonstração.
Inicialmente lembremos que todo intervalo não-degenerado contém um intervalo
aberto (a, b).
Afirmamos que a função
f : (−1, 1) → (a, b)

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Demonstração.
Inicialmente lembremos que todo intervalo não-degenerado contém um intervalo
aberto (a, b).
Afirmamos que a função
f : (−1, 1) → (a, b)

1
x 7−→ f (x) = ·[(b−a)·x+a+b]
2

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Demonstração.
Inicialmente lembremos que todo intervalo não-degenerado contém um intervalo
aberto (a, b).
Afirmamos que a função
f : (−1, 1) → (a, b)

1
x 7−→ f (x) = ·[(b−a)·x+a+b]
2
é injetiva

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Demonstração.
Inicialmente lembremos que todo intervalo não-degenerado contém um intervalo
aberto (a, b).
Afirmamos que a função
f : (−1, 1) → (a, b)

1
x 7−→ f (x) = ·[(b−a)·x+a+b]
2
é injetiva e está bem definida.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Demonstração.
Inicialmente lembremos que todo intervalo não-degenerado contém um intervalo
aberto (a, b).
Afirmamos que a função
f : (−1, 1) → (a, b)

1
x 7−→ f (x) = ·[(b−a)·x+a+b]
2
é injetiva e está bem definida.
Sejam, x1 , x2 ∈ (−1, 1), tais que f (x1 ) = f (x2 ),

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Demonstração.
Inicialmente lembremos que todo intervalo não-degenerado contém um intervalo
aberto (a, b).
Afirmamos que a função
f : (−1, 1) → (a, b)

1
x 7−→ f (x) = ·[(b−a)·x+a+b]
2
é injetiva e está bem definida.
Sejam, x1 , x2 ∈ (−1, 1), tais que f (x1 ) = f (x2 ), ou seja,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Demonstração.
Inicialmente lembremos que todo intervalo não-degenerado contém um intervalo
aberto (a, b).
Afirmamos que a função
f : (−1, 1) → (a, b)

1
x 7−→ f (x) = ·[(b−a)·x+a+b]
2
é injetiva e está bem definida.
Sejam, x1 , x2 ∈ (−1, 1), tais que f (x1 ) = f (x2 ), ou seja,
1 1
· [(b − a) · x1 + a + b] = [(b − a) · x2 + a + b]
2 2

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Demonstração.
Inicialmente lembremos que todo intervalo não-degenerado contém um intervalo
aberto (a, b).
Afirmamos que a função
f : (−1, 1) → (a, b)

1
x 7−→ f (x) = ·[(b−a)·x+a+b]
2
é injetiva e está bem definida.
Sejam, x1 , x2 ∈ (−1, 1), tais que f (x1 ) = f (x2 ), ou seja,
1 1
· [(b − a) · x1 + a + b] = [(b − a) · x2 + a + b] ⇒ x1 = x2
2 2

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Demonstração.
Inicialmente lembremos que todo intervalo não-degenerado contém um intervalo
aberto (a, b).
Afirmamos que a função
f : (−1, 1) → (a, b)

1
x 7−→ f (x) = ·[(b−a)·x+a+b]
2
é injetiva e está bem definida.
Sejam, x1 , x2 ∈ (−1, 1), tais que f (x1 ) = f (x2 ), ou seja,
1 1
· [(b − a) · x1 + a + b] = [(b − a) · x2 + a + b] ⇒ x1 = x2
2 2
O que prova a injetividade.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Demonstração.
Inicialmente lembremos que todo intervalo não-degenerado contém um intervalo
aberto (a, b).
Afirmamos que a função
f : (−1, 1) → (a, b)

1
x 7−→ f (x) = ·[(b−a)·x+a+b]
2
é injetiva e está bem definida.
Sejam, x1 , x2 ∈ (−1, 1), tais que f (x1 ) = f (x2 ), ou seja,
1 1
· [(b − a) · x1 + a + b] = [(b − a) · x2 + a + b] ⇒ x1 = x2
2 2
O que prova a injetividade.
Da injetividade da função f, temos por um resultado do capítulo 1,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Demonstração.
Inicialmente lembremos que todo intervalo não-degenerado contém um intervalo
aberto (a, b).
Afirmamos que a função
f : (−1, 1) → (a, b)

1
x 7−→ f (x) = ·[(b−a)·x+a+b]
2
é injetiva e está bem definida.
Sejam, x1 , x2 ∈ (−1, 1), tais que f (x1 ) = f (x2 ), ou seja,
1 1
· [(b − a) · x1 + a + b] = [(b − a) · x2 + a + b] ⇒ x1 = x2
2 2
O que prova a injetividade.
Da injetividade da função f, temos por um resultado do capítulo 1, que se (a, b) é
enumerável,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Demonstração.
Inicialmente lembremos que todo intervalo não-degenerado contém um intervalo
aberto (a, b).
Afirmamos que a função
f : (−1, 1) → (a, b)

1
x 7−→ f (x) = ·[(b−a)·x+a+b]
2
é injetiva e está bem definida.
Sejam, x1 , x2 ∈ (−1, 1), tais que f (x1 ) = f (x2 ), ou seja,
1 1
· [(b − a) · x1 + a + b] = [(b − a) · x2 + a + b] ⇒ x1 = x2
2 2
O que prova a injetividade.
Da injetividade da função f, temos por um resultado do capítulo 1, que se (a, b) é
enumerável, então (−1, 1) também é.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Corolário 2.16
Todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Demonstração.
Inicialmente lembremos que todo intervalo não-degenerado contém um intervalo
aberto (a, b).
Afirmamos que a função
f : (−1, 1) → (a, b)

1
x 7−→ f (x) = ·[(b−a)·x+a+b]
2
é injetiva e está bem definida.
Sejam, x1 , x2 ∈ (−1, 1), tais que f (x1 ) = f (x2 ), ou seja,
1 1
· [(b − a) · x1 + a + b] = [(b − a) · x2 + a + b] ⇒ x1 = x2
2 2
O que prova a injetividade.
Da injetividade da função f, temos por um resultado do capítulo 1, que se (a, b) é
enumerável, então (−1, 1) também é.
A fim de provarmos que (a, b) é não enumerável, basta provar que (−1, 1) é não
enumerável.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 31 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33
Demonstração. Cont.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1)

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

Tais que,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x
Tais que, ϕ(x) =
1 + |x|

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x
Tais que, ϕ(x) = e
1 + |x|

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x y
Tais que, ϕ(x) = e ψ(y) = .
1 + |x| 1 − |y|

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x y
Tais que, ϕ(x) = e ψ(y) = .
1 + |x| 1 − |y|
Note que,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x y
Tais que, ϕ(x) = e ψ(y) = .
1 + |x| 1 − |y|
Note que,

ϕ(ψ(y))

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x y
Tais que, ϕ(x) = e ψ(y) = .
1 + |x| 1 − |y|
Note que,

 
y
ϕ(ψ(y)) = ϕ
1 − |y|

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x y
Tais que, ϕ(x) = e ψ(y) = .
1 + |x| 1 − |y|
Note que,
y
 
y 1 − |y|
ϕ(ψ(y)) = ϕ =
1 − |y| |y|
1+
1 − |y|

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x y
Tais que, ϕ(x) = e ψ(y) = .
1 + |x| 1 − |y|
Note que,
y
     
y 1 − |y| y 1 − |y|
ϕ(ψ(y)) = ϕ = = ·
1 − |y| |y| 1 − |y| 1
1+
1 − |y|

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x y
Tais que, ϕ(x) = e ψ(y) = .
1 + |x| 1 − |y|
Note que,
y
     
y 1 − |y| y 1 − |y|
ϕ(ψ(y)) = ϕ = = · =y
1 − |y| |y| 1 − |y| 1
1+
1 − |y|

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x y
Tais que, ϕ(x) = e ψ(y) = .
1 + |x| 1 − |y|
Note que,
y
     
y 1 − |y| y 1 − |y|
ϕ(ψ(y)) = ϕ = = · =y
1 − |y| |y| 1 − |y| 1
1+
1 − |y|

Analogamente, concluimos que ψ(ϕ(x)) = x.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x y
Tais que, ϕ(x) = e ψ(y) = .
1 + |x| 1 − |y|
Note que,
y
     
y 1 − |y| y 1 − |y|
ϕ(ψ(y)) = ϕ = = · =y
1 − |y| |y| 1 − |y| 1
1+
1 − |y|

Analogamente, concluimos que ψ(ϕ(x)) = x.


Dessa forma ψ é a inversa de ϕ,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x y
Tais que, ϕ(x) = e ψ(y) = .
1 + |x| 1 − |y|
Note que,
y
     
y 1 − |y| y 1 − |y|
ϕ(ψ(y)) = ϕ = = · =y
1 − |y| |y| 1 − |y| 1
1+
1 − |y|

Analogamente, concluimos que ψ(ϕ(x)) = x.


Dessa forma ψ é a inversa de ϕ, o que implica que ϕ, é uma bijeção.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x y
Tais que, ϕ(x) = e ψ(y) = .
1 + |x| 1 − |y|
Note que,
y
     
y 1 − |y| y 1 − |y|
ϕ(ψ(y)) = ϕ = = · =y
1 − |y| |y| 1 − |y| 1
1+
1 − |y|

Analogamente, concluimos que ψ(ϕ(x)) = x.


Dessa forma ψ é a inversa de ϕ, o que implica que ϕ, é uma bijeção.
Em particular ϕ é injetiva

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x y
Tais que, ϕ(x) = e ψ(y) = .
1 + |x| 1 − |y|
Note que,
y
     
y 1 − |y| y 1 − |y|
ϕ(ψ(y)) = ϕ = = · =y
1 − |y| |y| 1 − |y| 1
1+
1 − |y|

Analogamente, concluimos que ψ(ϕ(x)) = x.


Dessa forma ψ é a inversa de ϕ, o que implica que ϕ, é uma bijeção.
Em particular ϕ é injetiva e portanto pelo resultado do capítulo 1,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x y
Tais que, ϕ(x) = e ψ(y) = .
1 + |x| 1 − |y|
Note que,
y
     
y 1 − |y| y 1 − |y|
ϕ(ψ(y)) = ϕ = = · =y
1 − |y| |y| 1 − |y| 1
1+
1 − |y|

Analogamente, concluimos que ψ(ϕ(x)) = x.


Dessa forma ψ é a inversa de ϕ, o que implica que ϕ, é uma bijeção.
Em particular ϕ é injetiva e portanto pelo resultado do capítulo 1, se (−1, 1) for
enumerável, o conjunto R também será,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x y
Tais que, ϕ(x) = e ψ(y) = .
1 + |x| 1 − |y|
Note que,
y
     
y 1 − |y| y 1 − |y|
ϕ(ψ(y)) = ϕ = = · =y
1 − |y| |y| 1 − |y| 1
1+
1 − |y|

Analogamente, concluimos que ψ(ϕ(x)) = x.


Dessa forma ψ é a inversa de ϕ, o que implica que ϕ, é uma bijeção.
Em particular ϕ é injetiva e portanto pelo resultado do capítulo 1, se (−1, 1) for
enumerável, o conjunto R também será, o que é um absurdo.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x y
Tais que, ϕ(x) = e ψ(y) = .
1 + |x| 1 − |y|
Note que,
y
     
y 1 − |y| y 1 − |y|
ϕ(ψ(y)) = ϕ = = · =y
1 − |y| |y| 1 − |y| 1
1+
1 − |y|

Analogamente, concluimos que ψ(ϕ(x)) = x.


Dessa forma ψ é a inversa de ϕ, o que implica que ϕ, é uma bijeção.
Em particular ϕ é injetiva e portanto pelo resultado do capítulo 1, se (−1, 1) for
enumerável, o conjunto R também será, o que é um absurdo.
Assim, (−1, 1) é não enumerável.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Demonstração. Cont.
Definamos as seguintes funções:

ϕ : R → (−1, 1) e ψ : (−1, 1) → R

x y
Tais que, ϕ(x) = e ψ(y) = .
1 + |x| 1 − |y|
Note que,
y
     
y 1 − |y| y 1 − |y|
ϕ(ψ(y)) = ϕ = = · =y
1 − |y| |y| 1 − |y| 1
1+
1 − |y|

Analogamente, concluimos que ψ(ϕ(x)) = x.


Dessa forma ψ é a inversa de ϕ, o que implica que ϕ, é uma bijeção.
Em particular ϕ é injetiva e portanto pelo resultado do capítulo 1, se (−1, 1) for
enumerável, o conjunto R também será, o que é um absurdo.
Assim, (−1, 1) é não enumerável.
Logo, todo intervalo não-degenerado é não enumerável.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 32 / 33


Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33
Teorema 2.17

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q e portanto enumerável,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q e portanto enumerável, o que não ocorre pelo provado no corolário anterior.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q e portanto enumerável, o que não ocorre pelo provado no corolário anterior.
Para provar que I contém números racionais, tomamos [a, b] ⊂ I,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q e portanto enumerável, o que não ocorre pelo provado no corolário anterior.
Para provar que I contém números racionais, tomamos [a, b] ⊂ I, onde a < b, podem
ser supostos irracionais.

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q e portanto enumerável, o que não ocorre pelo provado no corolário anterior.
Para provar que I contém números racionais, tomamos [a, b] ⊂ I, onde a < b, podem
ser supostos irracionais.
1
Fixemos n ∈ N, tal que < b − a
n

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q e portanto enumerável, o que não ocorre pelo provado no corolário anterior.
Para provar que I contém números racionais, tomamos [a, b] ⊂ I, onde a < b, podem
ser supostos irracionais.
1
Fixemos n ∈ N, tal que < b − a
 n 
m m+1
Os intervalos Im = , , m ∈ Z cobrem a reta,
n n

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q e portanto enumerável, o que não ocorre pelo provado no corolário anterior.
Para provar que I contém números racionais, tomamos [a, b] ⊂ I, onde a < b, podem
ser supostos irracionais.
1
Fixemos n ∈ N, tal que < b − a
 n 
m m+1
Os intervalos Im = , , m ∈ Z cobrem a reta, isto é,
n n

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q e portanto enumerável, o que não ocorre pelo provado no corolário anterior.
Para provar que I contém números racionais, tomamos [a, b] ⊂ I, onde a < b, podem
ser supostos irracionais.
1
Fixemos n ∈ N, tal que < b − a
 n 
m m+1 S
Os intervalos Im = , , m ∈ Z cobrem a reta, isto é, R = Im .
n n m∈Z

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q e portanto enumerável, o que não ocorre pelo provado no corolário anterior.
Para provar que I contém números racionais, tomamos [a, b] ⊂ I, onde a < b, podem
ser supostos irracionais.
1
Fixemos n ∈ N, tal que < b − a
 n 
m m+1 S
Os intervalos Im = , , m ∈ Z cobrem a reta, isto é, R = Im .
n n m∈Z
Portanto, existe um m ∈ Z tal que a ∈ Im .

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q e portanto enumerável, o que não ocorre pelo provado no corolário anterior.
Para provar que I contém números racionais, tomamos [a, b] ⊂ I, onde a < b, podem
ser supostos irracionais.
1
Fixemos n ∈ N, tal que < b − a
 n 
m m+1 S
Os intervalos Im = , , m ∈ Z cobrem a reta, isto é, R = Im .
n n m∈Z
Portanto, existe um m ∈ Z tal que a ∈ Im .
Como a é irracional,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q e portanto enumerável, o que não ocorre pelo provado no corolário anterior.
Para provar que I contém números racionais, tomamos [a, b] ⊂ I, onde a < b, podem
ser supostos irracionais.
1
Fixemos n ∈ N, tal que < b − a
 n 
m m+1 S
Os intervalos Im = , , m ∈ Z cobrem a reta, isto é, R = Im .
n n m∈Z
Portanto, existe um m ∈ Z tal que a ∈ Im .
m m+1
Como a é irracional, temos que <a< .
n n

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q e portanto enumerável, o que não ocorre pelo provado no corolário anterior.
Para provar que I contém números racionais, tomamos [a, b] ⊂ I, onde a < b, podem
ser supostos irracionais.
1
Fixemos n ∈ N, tal que < b − a
 n 
m m+1 S
Os intervalos Im = , , m ∈ Z cobrem a reta, isto é, R = Im .
n n m∈Z
Portanto, existe um m ∈ Z tal que a ∈ Im .
m m+1
Como a é irracional, temos que <a< .
n n
Sendo o comprimento do intervalo Im menor que b − a,

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q e portanto enumerável, o que não ocorre pelo provado no corolário anterior.
Para provar que I contém números racionais, tomamos [a, b] ⊂ I, onde a < b, podem
ser supostos irracionais.
1
Fixemos n ∈ N, tal que < b − a
 n 
m m+1 S
Os intervalos Im = , , m ∈ Z cobrem a reta, isto é, R = Im .
n n m∈Z
Portanto, existe um m ∈ Z tal que a ∈ Im .
m m+1
Como a é irracional, temos que <a< .
n n
m+1
Sendo o comprimento do intervalo Im menor que b − a, segue-se que < b.
n

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q e portanto enumerável, o que não ocorre pelo provado no corolário anterior.
Para provar que I contém números racionais, tomamos [a, b] ⊂ I, onde a < b, podem
ser supostos irracionais.
1
Fixemos n ∈ N, tal que < b − a
 n 
m m+1 S
Os intervalos Im = , , m ∈ Z cobrem a reta, isto é, R = Im .
n n m∈Z
Portanto, existe um m ∈ Z tal que a ∈ Im .
m m+1
Como a é irracional, temos que <a< .
n n
m+1
Sendo o comprimento do intervalo Im menor que b − a, segue-se que < b.
n
m+1
Logo o número racional ∈ [a, b]
n

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q e portanto enumerável, o que não ocorre pelo provado no corolário anterior.
Para provar que I contém números racionais, tomamos [a, b] ⊂ I, onde a < b, podem
ser supostos irracionais.
1
Fixemos n ∈ N, tal que < b − a
 n 
m m+1 S
Os intervalos Im = , , m ∈ Z cobrem a reta, isto é, R = Im .
n n m∈Z
Portanto, existe um m ∈ Z tal que a ∈ Im .
m m+1
Como a é irracional, temos que <a< .
n n
m+1
Sendo o comprimento do intervalo Im menor que b − a, segue-se que < b.
n
m+1
Logo o número racional ∈ [a, b] ⊂ I.
n

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33


Teorema 2.17
Todo intervalo não-degenerado I contém números irracionais e racionais.

Demonstração.
Certamente I contém números irracionais, pois do contrário seria um subconjunto
dos Q e portanto enumerável, o que não ocorre pelo provado no corolário anterior.
Para provar que I contém números racionais, tomamos [a, b] ⊂ I, onde a < b, podem
ser supostos irracionais.
1
Fixemos n ∈ N, tal que < b − a
 n 
m m+1 S
Os intervalos Im = , , m ∈ Z cobrem a reta, isto é, R = Im .
n n m∈Z
Portanto, existe um m ∈ Z tal que a ∈ Im .
m m+1
Como a é irracional, temos que <a< .
n n
m+1
Sendo o comprimento do intervalo Im menor que b − a, segue-se que < b.
n
m+1
Logo o número racional ∈ [a, b] ⊂ I.
n
m+1
Portanto, ∈I
n

Flávio Falcão (UECE-FAFIDAM) Análise 2019 33 / 33

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