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1) O documento discute os aspectos psicológicos da gravidez e do parto, incluindo as mudanças físicas e emocionais experimentadas pelas mulheres durante esses períodos.
2) A gravidez é descrita como um período de transição que envolve ajustes profundos nos níveis físico, emocional e psicológico, gerando ansiedade e ambivalência nas mulheres.
3) Da mesma forma, o parto marca uma transformação intensa e rápida na vida e no corpo da mulher.
Descrizione originale:
AVALIACAO DA GRAVIDEZ E CONTROLE DA MESMA DE FORMA RESPONSAVEL
1) O documento discute os aspectos psicológicos da gravidez e do parto, incluindo as mudanças físicas e emocionais experimentadas pelas mulheres durante esses períodos.
2) A gravidez é descrita como um período de transição que envolve ajustes profundos nos níveis físico, emocional e psicológico, gerando ansiedade e ambivalência nas mulheres.
3) Da mesma forma, o parto marca uma transformação intensa e rápida na vida e no corpo da mulher.
1) O documento discute os aspectos psicológicos da gravidez e do parto, incluindo as mudanças físicas e emocionais experimentadas pelas mulheres durante esses períodos.
2) A gravidez é descrita como um período de transição que envolve ajustes profundos nos níveis físico, emocional e psicológico, gerando ansiedade e ambivalência nas mulheres.
3) Da mesma forma, o parto marca uma transformação intensa e rápida na vida e no corpo da mulher.
Apesar de o ensino e a prática da obstetrícia e da ginecologia terem sido muito
precários até a década de 1870, as duas especialidades tiveram seus defensores na figura de alguns dos mais famosos médicos de Salvador e do Rio de Janeiro, responsáveis pela organização destas especialidades e pela produção de um conhecimento que atendesse às necessidades impostas pelas condições culturais e materiais em que exerciam a medicina. A medicina da mulher teve seus defensores no Brasil, apesar das dificuldades materiais e institucionais, vindo a ser, no início do século XX, um campo da medicina reconhecido tanto pela categoria quanto pela clientela, que começava a procurar os serviços de obstetras e ginecologistas com maior frequência. A produção dos saberes sobre o corpo feminino pelos obstetras e ginecologistas brasileiros constitui uma ampla documentação através da qual é possível acompanhar a institucionalização do saber e as principais motivações dos médicos ao defender uma medicina voltada para a mulher no exercício de suas funções reprodutivas, já que estas eram a base natural e biológica de suas funções sociais. A obstetrícia moderna nasceu sob a tutela da cirurgia e transformou o parto e o nascimento em um evento medicalizado, descaracterizando a essência original de fenômeno existencial e psicológico, para mãe e filho, e acontecimento social, para o grupo familiar e sociedade. Esse modelo prima pela racionalidade, tecnicismo, mercantilismo e pela carência de princípios humanísticos, em que mãe e filho deixam de ser vistos como pessoas e passam de sujeitos para objetos da assistência. Essa prática assistencial tem provocado crescente angústia nas mulheres, para quem o parto é simbolizado como um evento de riscos e dor física. Atualmente, além do temor inerente ao parto, a mulher sente medo de quem a atenderá, uma vez que suas experiências próprias ou de outras mulheres de seu convívio estão repletas de atendimento impessoal e distante, por parte dos profissionais Esse panorama indica a necessidade de um modelo assistencial que resgate o processo natural e humano do parto e do nascimento e freie o abuso das práticas obstétricas inadequadamente intervencionistas. Para tanto, tem-se recomendado a o cuidado pela obstetriz ou enfermeira obstétrica nas maternidades públicas e privadas, onde ela é considerada profissional estratégica para a redução dos índices de mortalidade e morbidade perinatal e materna, bem como, para a diminuição dos índices de intervenções cirúrgicas no parto. A gravidez é um período de transição onde se verificam enormes mudanças e ajustamentos físicos e psicológicos. A sociedade em geral defende que a gravidez é um momento que proporciona mais união ao casal, no entanto, estudos têm revelado que em muitas relações estas expectativas não se confirmam. Há uma forte evidência do facto de o ajustamento psicológico e afetivo da mulher, antes e durante a gravidez, estar associado a perturbações psicológicas. A gravidez é considerada por muitos autores como um período de crise que envolve mudanças muito profundas a nível somático, endócrino e psicológico, e envolve por isso mesmo reajustamentos e reestruturações a vários níveis. Apesar de ser um momento de crise, a gravidez é um acontecimento normal do desenvolvimento e podemos dizer que é essencial e deve preceder e preparar a integração maturacional. O período que se inicia com a gravidez não termina com o parto dado que grandes mudanças maturacionais ocorrem no pós-parto; o puerpério deve ser considerado como uma continuação da situação de transição, implicando novas mudanças fisiológicas, consolidação da relação pais/filho, modificações de rotina e relacionamento familiar Um dos primeiros sintomas que geralmente aparece na mulher grávida é a hipersómnia: há uma necessidade de dormir mais que o habitual, a mulher grávida diminui o seu investimento no meio e centra-se sobre si mesma afastando-se dos outros. O aumento do sono revela-se, contudo, uma defesa adequada uma vez que ao favorecer a negação dos estímulos internos e externos proporciona ao organismo um maior repouso, necessário ao processo que se inicia. A insónia deve ser sempre considerada como a expressão de uma situação externa de ansiedade em relação à gravidez. A partir do momento em que há percepção da gravidez, seja de forma consciente ou inconsciente, instala-se a vivência básica da gravidez que é a ambivalência. Desde cedo, logo a partir do segundo mês, aparecem as náuseas e os vómitos que se manifestam geralmente de manhã após o acordar. Existem muitas teorias mas a mais conhecida acerca destes sintomas é a de que as náuseas e os vómitos se devem à rejeição da gravidez. É no segundo trimestre que aparecem os primeiros movimentos fetais, a percepção dos movimentos fetais pode aparecer cerca dos três meses e meio, no entanto geralmente aparece por volta dos cinco meses. Mas também pode acontecer que esta percepção só se dê no sexto ou mesmo no sétimo mês; neste caso diz-se que houve embotamento da percepção que se deve à negação. Estas distorções da percepção por negação ou por projeção, juntamente com as suas respectivas fantasias, exprimem um profundo estado de ansiedade que é comum a todas as grávidas. A ansiedade perante a percepção dos movimentos aparece conscientemente de várias maneiras: temor ao filho disforme, medo de morrer no parto ou angústia do próprio corpo disforme e medo de ficar assim É a partir dos cinco meses que se dá a instalação franca dos movimentos que vem acompanhada de uma percepção maior das contrações uterinas fisiológicas da gravidez. Estas contrações provocam novos acessos de ansiedade que reativam as fantasias referidas anteriormente. A ambivalência neste segundo trimestre pode manifestar-se na interpretação dos movimentos fetais de várias maneiras: a mulher sente alívio ao sentir os movimentos uma vez que isso é sinal de que o feto está vivo, e sente-se ansiosa quando não os sente pelo temor de que algo não esteja bem. No terceiro trimestre É o período em que a mulher se prepara para a separação que ocorre no momento do parto. O nível de ansiedade eleva-se com a proximidade do parto, e torna-se especialmente agudo nos dias que antecedem a data prevista, intensificando-se ainda mais se esta data for ultrapassada. Sentimentos negativos podem facilmente ser disfarçados em desconforto físico e possíveis expectativas desagradáveis da experiência do parto Quando a gravidez se aproxima do termo, voltam a aparecer crises intensas de ansiedade conscientes e em que é expresso o temor à morte no parto, à dor, ao parto traumático, por forceps ou cesariana, ao filho disforme e à morte do filho Tal como a gravidez, o parto é um momento crítico na vida da mulher marcando o início de uma série de mudanças. No entanto, enquanto que as mudanças durante a gravidez são lentas e graduais, no parto as mudanças são intensas e bruscas. Verifica-se uma rápida e nova transformação do esquema corporal, alterações profundas do ritmo e da rotina familiar com a vinda do bebé e dá-se a separação de dois seres que anteriormente estavam unidos, estes anseios só irão desaparecer no parto pois é o momento em que a mulher vê o seu filho e tem a certeza de que está vivo.
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