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Análise da viabilidade econômica da energia solar fotovoltaica em um edifício residencial em Lauro de Freitas

Análise da viabilidade econômica da energia solar


fotovoltaica em um edifício residencial em Lauro de
Freitas
Caíque Bruno de Souza Teodoro*
Elecy Moreno Costa†

RESUMO

(Introdução:) A presente pesquisa trata de um estudo realizado em um edifício residencial locali-


zado no município de Lauro de Freitas-Ba, onde foi realizada a viabilidade econômica na geração
de energia elétrica utilizando a energia solar fotovoltaico como a fonte de energia, uma energia
renovável que tem sido bastante explorada nos últimos anos. (Objetivo:) O objetivo deste trabalho
é analisar a viabilidade econômica e financeira da implantação de energia solar fotovoltaica como
alternativa para redução de custos em um edifício residencial. (Desenvolvimento:) A análise da
viabilidade para implantação dos sistemas fotovoltaicos de energia solar é de extrema relevância
atualmente devido à necessidade de emprego de novas fontes de energia renováveis. (Método:)
Realizou-se uma pesquisa exploratória a fim de delinear o objeto de estudo. Foi realizado o
levantamento do consumo mensal de energia utilizada no edifício residencial. (Resultados:) Os
resultados da pesquisa apontaram que a implantação de energia solar fotovoltaica além de ter
reduzido expressamente os custos por apresentar viabilidade econômica e financeira, propõe
fomentar informações as construtoras residenciais e demais edifícios residenciais acerca de diversas
estratégias de sustentabilidade, em especial sobre a geração de energia elétrica a partir da fonte
solar. (Conclusão:) Conclui-se que o uso da energia solar fotovoltaicos é um sistema viável
tecnicamente, porquanto é possível encontrar prontamente fornecedores e instaladores de módulos
fotovoltaicos no mercado brasileiro, além da inserção da regulamentação que trata da geração
difundida por fonte solar. Verificou-se, também que, a implantação de energia solar fotovoltaica
além de ter reduzido expressamente os custos por apresentar viabilidade econômica e financeira,
propõe fomentar informações as construtoras residenciais e demais edifícios residenciais acerca de
*
Graduando da Faculdade Área 1

Professora de Engenharia Ambiental da Faculdade de Ciência e Tecnologia - Área 1

1
diversas estratégias de sustentabilidade, em especial sobre a geração de energia elétrica a partir
da fonte solar.
2
Palavras-chave: Viabilidade econômica; Energia Solar; Sistema fotovoltaico.

ABSTRACT

For many years mankind has used the planet’s natural resources to provide for its energy needs
without any concern about the implications it would have on the environment. The ecosystem
and human civilization are collapsing globally, and climate abnormality is the most imminent,
destructive and threatening phenomenon of this clash. The Brazilian climate situation currently
does not comply with the observed parameters of the climatic seasons during the last ten years.
Simultaneously with the scenario this is looking for improvements, from the investments and
researches in technologies that use renewable natural resources, for the diversity of the energy
matrix, have increased considerably.

The proposed theme is aligned with an understanding of multidimensional development integrated


into the social, environmental and economic tripod. It should be noted that the present research
takes into account the photovoltaic system interconnected to the grid, where the energy generated
by the panels is Directed to the conventional network, providing a significant reduction in the
consumption of electric energy or even the possibility of generating surplus energy.

Keywords: Leadership,styles, students.

1 Introdução
A humanidade durante muitos anos utilizou-se dos recursos naturais do planeta, para prover
das suas necessidades energéticas, sem nenhuma preocupação em relação às implicações que
ocasionariam ao meio ambiente. De acordo com Amaral (2011), o ecossistema e a civilização
humana estão entrando em colapso global, e a anormalidade climática é o fenômeno mais iminente,
destrutivo e ameaçador desse embate.

A situação climática brasileira atualmente representa o cenário discorrido pelo autor Amaral em
relação ao comportamento do tempo, onde este não está em conformidade com os parâmetros
observados das estações climáticas no decorrer dos últimos dez anos. Simultaneamente ao
cenário de busca por melhoramentos, a partir dos investimentos e pesquisas em tecnologias que
empregam recursos naturais renováveis, para a diversidade da matriz energética, têm aumentado
consideravelmente. A partir disso, a energia solar fotovoltaica vem se tornando mais conhecida
e ampliou significativamente sua viabilidade econômica. Levando em consideração o exposto e
o grande potencial solar energético no contexto brasileiro, o presente trabalho justifica-se no
interesse em abordar sobre questões técnicas correlacionadas à utilização desta energia, e verificar
a viabilidade da representação do panorama geral do desenvolvimento desta tecnologia. Em
decorrência, propor o estudo sobre a utilização da mesma em sistemas de iluminação em edifícios
residenciais.

A energia solar fotovoltaica é uma das fontes mais limpas e com grande disponibilidade entre as
fontes de energia existentes. O Brasil destaca-se pela disponibilidade de energia solar, tanto para
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geração fotovoltaica quanto térmica, sendo por sua vez muito significativa a energia solar acessível
em outros países, tais como os europeus que, apesar disso, têm um dos maiores programas que
3
incentiva a utilização da energia solar, subsidiando a disposição dessa implementação (JUNIOR,
2010).

Nos dias atuais, observa-se que a situação ambiental é algo preocupante, na maioria dos países.
Por causa disso, as fontes de energias renováveis vêm adquirindo cada vez mais espaço no âmbito
do mercado mundial. Contudo, no Brasil embora possua condições adequados e favoráveis para a
energia solar fotovoltaica, tal recurso ainda é pouco explorado. Não obstante, a energia solar
vem demonstrando um papel relevante e revolucionário no desenvolvimento do setor energético
em nosso país, especialmente, a partir da normatização da Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANNEL, 2012).

O tema proposto alinha-se a um entendimento de desenvolvimento multidimensional integrado


no tripé social, ambiental e econômico, ressalte-se que, a realização da presente pesquisa, leva
em consideração o sistema fotovoltaico interligado à rede elétrica, onde a energia gerada pelos
painéis é direcionada a rede convencional, proporcionando diminuição expressiva do consumo de
energia elétrica ou mesmo a possibilidade de geração de excedente de energia (AMARAL, 2011).

Também pelo crescente aumento do custo da energia elétrica aos consumidores residenciais
ofertada pela concessionária de energia elétrica, levando em consideração, que a proeminência de
aumento de custos na geração de energia elétrica será bastante gradativa em relação ao sistema
empregado pela geração de energia solar fotovoltaica, onde o custo é bastante menor. Salienta-se
que, com o elevado aumento do custo na conta de energia elétrica por causa do custo maior na
produção e aumento do valor pago, por conseguinte, uma possibilidade de investimentos com
a finalidade de obter uma fonte de energia mais acessível e gerar economia (reduzindo ou até
zerando esta conta) é o principal desígnio de instalação de energia solar fotovoltaica.

Diante do exposto, o presente estudo tem por objetivo analisar a viabilidade econômica e financeira
da implantação de energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos em um
edifício residencial e como objetivos específicos abordar sobre o cenário atual de abastecimento
elétrico no Brasil; identificar as tecnologias utilizadas para obtenção de energia a partir da radiação
solar e avaliar a viabilidade financeira da implementação da energia solar em comparação a
geradores elétricos.

1.1 MATERIAIS E MÉTODOS

Inicialmente realizou-se uma pesquisa exploratória a fim de delinear o objeto de estudo. O estudo
sobre a viabilidade econômica e financeira da implantação de energia solar fotovoltaica como
alternativa para redução de custos em um edifício residencial.

Conforme os objetivos e o problema norteador empregou-se como investigação a pesquisa explo-


ratória, buscando por meio da análise de bibliografias referentes o cenário atual de abastecimento
elétrico no Brasil, as tecnologias utilizadas para obtenção de energia a partir da radiação solar e
a viabilidade financeira da implementação da energia solar em comparação a geradores elétricos
através de um estudo de caso. Para Gil (2010), este tipo de pesquisa, possibilita um maior
entendimento sobre o problema norteado no estudo, com escopo de explicitá-lo ou a constituir
hipóteses. Tal pesquisa buscou, portanto, o aprimoramento de idéias ou a descoberta de novas
4
percepções.

Utilizou-se como metodologia de pesquisa: a revisão bibliográfica, a partir da catalogação de


artigos, livros, dissertações e teses conforme os objetivos propostos na pesquisa e pesquisa
documental através de documentos legais e parâmetros. As finalidades mais comuns da revisão
bibliográfica foram discutir e compreender a revisão da literatura sobre o tema proposto da
pesquisa (TACHIZAWA e MENDES, 2011). Isto sucede essencialmente a partir de consulta e
análises de artigos, livros, trabalhos monográficos, documentos etc.

Ressalte-se que, o critério de escolha da pesquisa documental objetivou identificar dados nos
documentos através de questões e hipóteses de relevo para a pesquisa. No entendimento de Cellard
(2008) “quando se pretende empreender uma pesquisa documental deve-se, com o desígnio de
constituir um corpus satisfatório, esgotar todos os pressupostos capazes de fornecer informações
importantes para embasamento da pesquisa” (CELLARD, 2008: 298).

Posteriormente foi elaborado um estudo de caso, tendo como primeira etapa de reconhecimento
do local de pesquisa em relação a análise a viabilidade econômica e financeira da implantação de
energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos em edifícios residenciais. Na
ocasião que foram coletados os dados para a presente pesquisa, em meados de março de 2017, no
conjunto residencial localizado em Lauro de Freitas que já utiliza de forma gradativa a energia
solar fotovoltaica.

A coleta de dados deu-se através do levantamento de custos atuais de um edifício residencial do


que utilizam energia elétrica vendida pela concessionária, levando em conta a carga média em cada
casa e seu tempo de uso, deixando cada família com suas demandas de energia atendidas, a partir
disso buscou-se mostrar a viabilidade da aplicação da energia solar em algumas residências deste
mesmo conjunto residencial como alternativa para redução de custos em edifícios residenciais.
Após a mencionada identificação os dados foram apresentados em gráficos e tabelas com a
finalidade de apresentar os resultados coletados na presente pesquisa.

2 CONSIDERAÇÕES ATUAIS DO ABASTECIMENTO ELÉ-


TRICO NO BRASIL
A energia é um serviço essencial para realização das atividades industriais e agrícolas sendo
utilizada também como referencial para desenvolvimento de uma localidade propiciando à
população ainda excluída desse serviço melhoria na qualidade de vida com reflexos na renda
familiar, na expectativa de vida, na disponibilidade de infraestrutura e serviços básicos, na
qualidade de vida e grau de escolaridade da sua população. Assim universalizar o acesso à energia
é um desafio não apenas no âmbito de inclusão social mais significa progresso na diferença entre
o padrão de vida do campo e dos centros urbanos.

De acordo com José Santana (2015), o Brasil tem o maior mercado de eletricidade da América
do Sul. A sua capacidade instalada é comparável à da Itália e do Reino Unido, embora com uma
rede de transmissão muito maior. O país tem a maior capacidade de armazenamento de água
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no mundo, sendo altamente dependente da capacidade de geração de energia hidrelétrica, que


atende a mais de 80% de sua demanda de eletricidade. Essa dependência da hidroelétrica torna
5
o Brasil vulnerável à escassez de suprimentos de energia nos anos de seca, como foi demonstrado
pela crise energética de 2001 a 2002.

Ainda segundo Santana (2015) a capacidade de geração no Brasil é dominada por usinas
hidrelétricas, que representam 77% da capacidade total instalada, com 24 usinas acima de 1.000
MW. Aproximadamente 88% da eletricidade alimentada na rede elétrica nacional é estimada em
geração hidrelétrica, com mais de 25% provenientes de uma única usina hidrelétrica, a maciça
usina de 14 GW (Capacidade de Energia) de Itaipu, localizada entre o Brasil e o Paraguai, no
Rio Paraná. A geração de gás natural é a segunda em importância, representando cerca de 10%
da capacidade total, próximo ao objetivo de 12% para 2014, estabelecido em 1993 pelo Ministério
da Energia e Minas.

Verifica-se que essa dependência de abundantes recursos hidrelétricos supostamente reduz os


custos gerais de geração. No entanto, essa grande dependência da energia hidrelétrica torna o
país especialmente vulnerável à escassez de suprimentos em anos de baixa precipitação.

O Brasil ainda é um importador líquido de eletricidade (principalmente da Argentina), mas a


dependência de importações está caindo. O Brasil precisa adicionar 6000 MW de capacidade a
cada ano para satisfazer a crescente demanda de uma população cada vez maior e mais próspera.
O Ministério da Energia brasileiro decidiu gerar 50% de novos suprimentos de energia hidrelétrica,
30% de eólica e biomassa, como o bagaço, e 20% de gás e outras fontes. O vento no Nordeste é
mais forte durante a estação seca, quando as usinas hidrelétricas produzem menos, então as duas
fontes de energia são sazonalmente complementares (TOLMASQUIM, 2012).

O Brasil tem um potencial hidroelétrico inexplorado de 180.000 MW, incluindo cerca de 80.000
MW em regiões protegidas para as quais não há planos de desenvolvimento. O governo espera
desenvolver o restante até 2030. A maioria das novas usinas hidrelétricas são plantas de corrida
que são menos prejudiciais ao meio ambiente, porque seus reservatórios são pequenos. No entanto,
são mais vulneráveis às secas e menos eficientes, pois somente uma fração de sua capacidade
pode ser usada durante a estação seca (SILVA, 2015).

A Agência Nacional de Eletricidade (ANEEL) instituiu pesquisas sobre a viabilidade para


várias usinas hidrelétricas (pequenas, médias e grandes) no período 2006-2008. Estes estudos
correspondem a uma capacidade potencial total de 31.000 MW. Em 2007, o Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente (IBAMA) órgão ambiental, aprovou a construção de duas novas barragens, a
Barragem de Jirau (3.300 MW) e a Barragem de Santo Antônio (3.150 MW), no Rio Madeira, no
estado de Rondônia. A licitação para a fábrica de Santo Antônio foi concedida em dezembro de
2007 à Madeira Energy, com participação de 39% da estatal Furnas, enquanto a licitação para a
usina de Jirau será lançada em maio de 2008. O governo também está buscando o desenvolvimento
da controversa barragem de Belo Monte de 11 mil MW no estado do Pará, no rio Xingu. O
IBAMA aprovou a licença ambiental provisória de Belo Monte em fevereiro de 2010, apesar do
tumulto interno de técnicos por dados incompletos (JUNIOR; MENDES, 2010).

Percebe-se que, no Brasil, a adição de capacidade tradicionalmente ficou aquém do crescimento


da demanda. Espera-se que a demanda por eletricidade continue a crescer a um ritmo rápido.
No entendimento de Júnior e Mendes (2010), a elasticidade-renda da demanda por eletricidade
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é estimada pela Eletrobrás acima da unidade. Entre 1980 e 2000, a procura de eletricidade
aumentou em média 5,4 por cento por ano, enquanto o PIB cresceu 2,4 por cento, em média, por
ano. Por conseguinte, são necessários investimentos para aumentar a capacidade de produção e
de transporte, devido à oferta limitada, apesar da redução da procura na seqüência do programa
de racionamento de energia implementado em 2001 em resposta à crise energética.

No Brasil, a energia hidrelétrica fornece cerca de 77% da demanda total de eletricidade. Estima-se
que cerca de 70% do potencial hidroelétrico total do país, ainda está inexplorado. Além da
biomassa, que representa cerca de 3,5% da capacidade total de geração, nenhuma outra fonte de
energia renovável além da hidroelétrica desempenha um papel relevante no mix energético.

No entanto, o potencial de energia eólica, que se concentra no Nordeste, é muito grande. Trata-se
de cerca de 143 GW, que excede a capacidade instalada atual e está em segundo lugar apenas
para a Argentina na região LAC. Existem projetos para o desenvolvimento de biomassa, energia
solar e eólica (SILVA, 2015).

2.1 TECNOLOGIAS UTILIZADAS PARA OBTENÇÃO DE ENERGIA A


PARTIR DA RADIAÇÃO SOLAR

Considerada como uma fonte de energia renovável e inesgotável, a energia ao contrário dos
combustíveis fósseis, o processo o processo de obtenção de energia elétrica a através da energia
solar não emite dióxido de enxofre (SO2 ), dióxido de carbono (CO2 ), óxidos de nitrogênio (NO𝑥 )
e todos gases altamente poluidores com efeitos prejudiciais à vida humana e que contribuem para
o aquecimento global (FRAIDENRAICH, 1995).

Ressalte-se que, a energia solar é a energia eletromagnética cuja fonte é a radiação solar. A
mesma pode ser transformada em energia elétrica ou térmica e aproveitada em diferentes usos.
De acordo com Silva (2015) as duas principais formas de aplicação da energia solar são a geração
de energia elétrica e o aquecimento solar de água.

Para o desenvolvimento de energia elétrica são utilizados dois sistemas: o heliotérmico (está
baseado na reflexão dos raios solares utilizando um sistema de espelho) em que a geração da
irradiação é convertida basicamente em energia térmica e em seguida em elétrica; e o fotovoltaico,
em que a radiação solar é convertida diretamente em energia elétrica (FRAIDENRAICH, 1995).

Atualmente é o recurso renovável mais utilizado tendo sua área mais promissora na produção
de calor por meio de coletores ou concentradores solares. Os coletores são utilizados com
maior freqüência em aplicações comerciais e residenciais, para o aquecimento de água já os
concentradores são mais utilizados em aplicações que precisam de temperaturas mais altas como
a secagem e a produção de vapor.

No Brasil possui atualmente 1,3 milhões de metros quadrados de coletores solares para aqueci-
mento de água, atendendo aproximadamente a 260 mil residências, representando cerca de 1,15
m2 de coletores por mil habitantes (BITTENCOURT, 2011).
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Figura 1 – Sistema de eletrificação fotovoltaica- Coletores solares

Fonte: BITTENCOURT (2011).

Conforme a Figura 1 percebe-se que, os coletores solares são equipamentos que capturam a
radiação solar e a transformam em calor, transferindo este calor para um fluido (água, óleo ou
ar). Os coletores têm uma superfície refletora, que direciona sistematicamente a radiação direta
a um foco, onde está situado um receptor. Tendo absorvido o calor, o fluido escorre pelo receptor
(FRAIDENRAICH, 1995).

Pertinente elucidar que, a energia fotovoltaica é aquela na qual a radiação solar é decomposta
diretamente em energia elétrica, sem passar pela etapa de energia térmica (particularidade do
sistema heliotérmico).

Constata-se que, o aproveitamento deste recurso no cenário energético acarreta em uma diminuição
de carga no horário de grande utilização do serviço elétrico permitindo uma economia significativa
de energia elétrica .Conforme estudo realizado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia , estima-se
que cada m2 de coletor solar instalado permite evitar em média :

∙ A inundação de aproximadamente 56 m2 para geração hidrelétrica;

∙ Consumo de 66 litros de diesel;

∙ Consumo de 55 quilos de GLP;

∙ Consumo de 73 litros de gasolina ;

∙ Consumo de 215 quilos de lenha.

Conforme estudo o custo por Kw (unidade de potência) instalado de um aquecedor solar é US$
255 enquanto que o custo equivalente para uma termelétrica não sendo contabilizado os custos
com a transmissão e distribuição da energia elétrica equivale a US$1.000 por KW instalado,

O Brasil já detém o domínio da tecnologia e possui indústrias nacionais que podem fornecer todo
o equipamento de aquecimento solar, além de representar um forte estímulo ao desenvolvimento
e à geração de empregos.
A energia solar é a luz radiante e o calor do sol que é aproveitado empregando uma variedade de
tecnologias em constante progresso, tais como aquecimento solar, energia térmica, arquitetura
8
solar, fotovoltaica, plantas de energia de sal derretida e fotossíntese artificial. É uma fonte
importante de energia renovável e suas tecnologias são amplamente caracterizadas como solar
passiva ou solar ativa a depender de como eles prendem e distribuem efetivamente energia solar
ou convertê-lo em energia solar (JOSÉ, 2008).

As metodologias solares ativas abrangem o uso de sistemas fotovoltaicos, energia solar concentrada
para aproveitar a energia. Já as metodologias solares passivas compreendem a orientação de
um edifício para o sol, a preferência de equipamentos com propriedades térmicas adequadas ou
propriedades de dispersão da luz e a concepção de espaços que circulam naturalmente o ar.

A grande magnitude da energia solar disponível torna uma fonte altamente atraente de eletricidade.
O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas em sua Avaliação Energética Mundial
constatou que o potencial anual da energia solar era de 1.575-49.837 exajoules (EJ). Isto é
várias vezes maior do que o consumo total mundial de energia, que foi de 559,8 EJ em 2012.
(BITTENCOURT, 2011).

Conforme Fraidenraich (1995), a energia solar é a conversão da luz solar em eletricidade, seja
inteiramente empregando energia fotovoltaica (PV), ou indiretamente utilizando energia solar
concentrada (CSP). Os sistemas CSP empregam lentes ou espelhos e sistemas de rastreamento
para focalizar uma grande área de luz solar em um pequeno feixe. PV converte luz em corrente
elétrica empregando o efeito fotoelétrico.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o governo nos dias atuais vem desenvolvendo
projetos de geração de energia fotovoltaica para suprir de forma efetiva as demandas energéticas
das zonas rurais e isoladas. Tais projetos focalizam algumas áreas como: arqueamento ou
bombeamento de água para abastecimento de uso doméstico, irrigação; iluminação pública;
sistemas de radiação de uso coletivo (eletrificação de hospitais, escolas, postos de saúde, igrejas e
centros comunitários); atendimento domiciliar e etc (SANTANA, 2015).

Interessante ressalvar, portanto, que, a energia solar é uma tecnologia de energia bastante flexível
às usinas de energia solar podem ser instaladas como geração distribuída (situada no ponto de uso
ou próximo dele) ou como uma usina solar de centrais e usinas (idêntica às usinas tradicionais),
algumas usinas solares podem conservar a energia que produzem para utilização depois do sol se
pôr.

2.2 A VIABILIDADE FINANCEIRA DA IMPLEMENTAÇÃO DA ENER-


GIA SOLAR EM COMPARAÇÃO A GERADORES ELÉTRICOS

No cenário brasileiro, o custo da energia elétrica é bastante elevado, em comparação com outros
países, levando o consumidor residencial médio a comprometer uma boa parte de sua renda
apenas com gastos de energia elétrica. Na Bahia, por exemplo, o custo do kWh residencial será
de R$ 0,19552 até 27 de agosto de 2016, além da carga tributária de aproximadamente 37%,
adicionada a essa tarifa (ANEEL, 2016).

Nessa perspectiva, o consumo médio de uma família com quatro pessoas é de, aproximadamente,
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189 kWh por mês, conforme o Anuário Estatístico de Energia Elétrica publicado em 2016 com
ano base 2015 o qual registrou um consumo de 296 GWh (medida de energia) para 136.985
9
residências em toda Bahia. Deste modo, o valor mensal cobrado, em cada residência, foi de
aproximadamente de R$ 37,26 consumo de 1 kWh, incluso os tributos que advêm sobre a conta
no final de cada mês (ANEEL, 2016).

Diante disso, segundo Dutra (2013), os custos iniciais para a implantação do sistema de energia
solar fotovoltaico abrangem a compra de equipamentos (placas fotovoltaicas e baterias), a
implantação e o processo de conservação. Assim sendo, tal sistema assume um significativo valor
monetário, contudo, vale ressalvar que, ao indicar esse sistema autônomo à população, deve-se
ter bastante precaução para não super dimensionar o sistema e com isso aumentar os custos.

O sistema de energia solar fotovoltaico deve ser conectado diretamente à rede de energia elétrica
existente, isto permite dispensar o utilização de baterias, pois, a rede de energia atua como um
back-up. Tal sistema é mais comum em áreas urbanas, empregando em edificações já existentes,
que além de consumidores também passam a produtores de energia, podendo, em algumas
condições, retornar a energia excedente à rede de distribuição, segundo apresentado ilustrado na
Figura 2, em que se explica o sistema fotovoltaico (VIRIDIAN, 2015).

Figura 2 – Sistema de eletrificação fotovoltaica- Coletores solares

Fonte: Viridian (2015).

Pertinente elucidar que, para dimensionar de modo apropriado um sistema de energia solar
fotovoltaico conectado à rede elétrica, conforme o ilustrado na Figura 2, deve-se levar em
consideração as variações de temperatura do local onde o mesmo será instalado, pois, a mesma
tende a impactar no rendimento dos módulos, assim como a quantidade média diária de sol
(VIRIDIAN, 2016).

No entendimento de Amaral (2011), o potencial de viabilidade da energia solar fotovoltaico é


grande, por cálculos de hoje é aproximadamente 1,57 .1018 pico de pico por ano. A ciência que
estuda os métodos de coleta e transformação da energia solar para outros tipos de energia é
energética solar. Existem várias prioridades de transformação e utilização da energia solar. O
primeiro é a transformação da energia solar em calor e a sua utilização para aquecimento de
edifícios, ar condicionado, aquecimento ou destilação de água.

A base de tais geradores de energia térmica é coletor solar plano que permite transformar a
energia solar para a energia de calor com uma temperatura de 160-180 F. Parece uma armação
metálica com tubos especiais ou é um dispositivo de caixa plana como o que permitem Passar
10
o ar, água ou líquidos especiais. Este coletor é colocado na tampa do isolamento de calor, à
execução da sua parte de funcionamento que é sujeitada (VIRIDIAN, 2016).

A 9 pés sqr. Coletor dá até 20 litros de água quente (150-170 F) por dia. Esta água solar aquece
tem um monte de perspectivas para ser usado em áreas remotas do deserto ou nas áreas com um
grande número de dias ensolarados. O custo principal da água quente produzida pelos aquecedores
solares é muito menor do que um produzido por caldeira elétrica ou caldeira a gás. Não requer
nenhum combustível e não polui o ambiente. Assim, as vantagens de usar aquecedores solares de
água são óbvias (VIRIDIAN, 2016).

A segunda prioridade da utilização da energia solar é a sua transformação em eletricidade. Se


para cobrir um cristal de silício com um fino, puro para camada leve de metal, do que a corrente
de fótons, ao passar através de uma camada de metal, vai liberar elétrons livres do cristal de
silício. Esses elétrons começarão a se concentrar na camada de metal. Isto fará com que uma
diferença de potencial entre o cristal e uma camada de metal. Se para conectar milhares de tais
cristais em série ou em paralelo (para aumentar a tensão e corrente), vamos obter uma bateria
solar que produz corrente contínua (ROSA, 2014).

Existe também outra tendência de utilização da energia solar fotovoltaico para a produção de
eletricidade, que é semelhante à da central térmica. Assume a utilização de tubos de vidro cobrir
pela camada de semicondutores de dentro. Essa tubulação vai deixar passar os raios de sol, mas
ainda recolhe 80% deles. Sunrays são coletados em um feixe de luz estreito com uma ajuda de
lente de conversão (VIRIDIAN, 2016).

Então este calor é transmitido para o tubo que está dentro do tubo de vidro e aquece o tubo de
trabalho até 1000 F, que é mais do que suficiente para derreter metal natrium, que derreter perto
de 197 F. Condutor de calor incandescente está transmitindo para o subsolo reservatórios, onde
o calor coletado para a energia solar faz sal para derreter. A energia térmica do sal é transmitida
para os canos de água, onde a água ferve e então a energia do vapor d’água é usada como energia
móvel para geradores de corrente elétrica (VIRIDIAN, 2016).

A transformação da energia solar em outros tipos de energia traz a poluição visível para o ambiente,
o que torna muito benéfico. Outras formas de produção de eletricidade estão fortemente ligadas
à poluição do ambiente. 80-85 por cento da energia usada pelo homem é obtida por queima de
combustível (petróleo, gás, diferentes tipos de recursos bio) (ROSA, 2014).

A influência das usinas hidrelétricas no meio ambiente também é motivo de preocupação, pois
está relacionada com a alienação de grandes territórios para a sua transformação em reservatórios.
As usinas hidrelétricas rompem os sistemas ecológicos de água, mais que muitas vezes começam a
limpar e tornam-se ineficazes em cerca de 50-100 anos. Nas áreas secas, a evaporação da superfície
dos reservatórios de água é dezenas de vezes superior à evaporação da superfície da terra (ROSA,
2014).

A viabilidade financeira da implementação da energia solar em comparação a geradores elétricos


pode ser útil em muitos aspectos. Primeiro, substituindo o combustível que é utilizado nas centrais
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térmicas, reduz a poluição atmosférica e ambiental, reduz o uso de petróleo e outros combustíveis
que podem ser utilizados em fins mais importantes, substituindo o combustível nuclear, reduz a
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ameaça à radiação e Os geradores de energia solar mesmo tempo pode tornar-nos mais seguros,
reduzindo a dependência de abastecimento de combustível ininterrupto (URBANETZ, 2013).

Existem muitos obstáculos que impedem a disseminação implementação da energia solar. Uma
das mais óbvias é a baixa intensividade da radiação solar, mesmo no tempo ensolarado. Outro
obstáculo é o preço inicial elevado de geradores de energia solar. O valor preliminar para fazer
um coletor solar aquecedor solar é 1000 $ por 1 pico de Watt. Primeiramente olhando, pode
parecer que por causa do preço elevado os geradores de energia solar não são competitivos com
as plantas de poder elétricas tradicionais, onde este índice é baixo como 100 $ por o pico 1Watt
(URBANETZ, 2013).

3 ANÁLISE DOS DADOS: ESTUDO DE CASO


A análise em questão foi realizada um edifício residencial localizado no município de Lauro de
Freitas-Ba. O edifício residencial analisado é de pequeno porte, o mesmo possui seis apartamentos
com sala, cozinha, área de serviço e 2 quartos cada. Considerou-se importante registrar a face
do telhado direcionada para o norte, que corresponde a lateral direita do edifício residencial. A
Figura 3 mostra a localização da residência que foi utilizada para verificação do estudo de caso.

Figura 3 – Imagem do Edifício Residencial em Lauro de Freitas

Fonte: Teodoro, 2017

A Figura 3 mostra em detalhe a lateral direita do edifício residencial, onde se observa a existência
de painéis de aquecimento de água no telhado mais ao fundo. O telhado a frente que foi utilizado
para o desenvolvimento do projeto do painel da energia solar fotovoltaico.

3.1 DIMENSIONAMENTO DOS MÓDULOS FOTOVOLTÁICOS


De acordo com Urbanetz (2013), o dimensionamento dos equipamentos que fazem parte do
sistema fotovoltaico interligado à rede elétrica é iniciado com o levantamento da demanda de
energia elétrica no edifício residencial em estudo. Tal levantamento foi realizado através das
faturas de energia fornecidas pela concessionária de energia, no período de doze meses. A partir
das análises das faturas de energia, tem-se o consumo de cada mês do ano, o consumo médio
diário e o consumo anual (em kWh). A Tabela 1 apresenta a energia consumida durante o ano de
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2016 no edifício residencial em análise.

A etapa seguinte foi a definição do percentual do consumo a ser abastecido, neste quesito
escolheu-se por projetar um sistema fotovoltaico que fosse capaz de suprir o consumo médio
mensal, eliminando o valor que corresponde a taxa mínima de disponibilidade de energia elétrica
para um sistema residencial bifásico que é cobrada pela concessionária de energia, esse valor
corresponde a 100kWh, este é excluído pelo edifício residencial em estudo ser trifásica, de tal
modo que mesmo que o consumo fosse zerado, existiria uma cobrança da taxa mínima.

A partir do valor da geração almejada e da irradiação no local onde foi realizada a instalação
do sistema fotovoltaico, determinou-se a potência de pico do painel fotovoltaico, e em seguida
foram especificados os módulos, os inversores e os demais equipamentos que compõem o sistema
Fotovoltaico conectado à rede elétrica.

Tabela 1 – Consumo médio por mês e média anual obtidos por meio das contas de energia elétrica.

Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Média
Anual
kWh/mês 361 218 328 289 335 400 387 478 479 318 390 403 327
Fonte: Teodoro, 2017

𝐸.𝐺
P𝐹 𝑉 = 𝐻 𝑇 𝑂𝑇.𝑃 𝑅

Onde: PFV é a potência do painel fotovoltaico (kWp); Sendo este a energia elétrica diária
média que foi produzida (kWh/dia); G é a irradiância dentro das condições padrão de teste
(1kWh/m2); HTOT é a geração diária média no plano do painel fotovoltaico (kWh/m2 /dia);
PR é o performanceratio, que corresponde ao execução global de um sistema fotovoltaico, neste
caso foi empregado PR = 0,75. A energia elétrica diária média que deve ser gerada pelo painel
fotovoltaico deve ser de:

360−100
P( 𝑑𝑖𝑎𝑟𝑖𝑎) = 30 = 8, 67𝑊 ℎ𝑑𝑖𝑎
Análise da viabilidade econômica da energia solar fotovoltaica em um edifício residencial em Lauro de Freitas

3.2 ESCOLHA DO MÓDULO FOTOVOLTÁICO

Levando em consideração que o valor de 3,075kWp encontrado, foi selecionado o módulo fo- 13
tovoltaico e a quantidade de módulos para chegar o mais próximo a esse valor. O módulo
fotovoltaico implantado no edifício residencial foi da marca Kyocera, marca bastante conceituada,
com fabricação na China, com distribuidora no Brasil localizada em São Paulo. Para atender
a demanda de energia, foram necessários nove Módulos Fotovoltaicos do tipo Policristalino de
235W modelo Kf257GJ-4EK, que foram conectados em série.

Deste modo o pinel fotovoltaico tem as seguintes particularidades: a potência do painel será de
2.305 Wp; a tensão de circuito aberto será de 342,1V; a tensão de máxima potência (MPPT)
será de 258,4V; e a corrente máxima será de 8,61A. Assim um painel apropriado ao uso de
sistemas fotovoltaicos interligados à rede elétrica. A Figura 4 mostra o edifício residencial com o
posicionamento panorâmico dos módulos fotovoltaicos no telhado, ao lado direito da imagem foi
representado também os módulos de aquecimento de água que já existe no edifício.

Figura 4 – Imagem panorâmica do edifício residencial com o posicionamento dos módulos foto-
voltaicos

Fonte: Teodoro, 2017

Um critério utilizado para a escolha dos módulos foi também o custo de cada módulo no valor
de R$ 1.465,00 reais (como mostra a Figura 4), com o valor de R$ 5,27 reais por W. Foram
encontrados módulos com valores mais em conta, entretanto optou-se pelo da marca Kyocera
por ser bastante conhecido no mercado, por ter certificado pelo INMETRO com avaliação “A”,
apresentando deste modo eficiência de 16%. Pesando 24Kg e com dimensões de 1700 x 980 x 46
(mm). As células fotovoltaicas são resguardadas por uma resistente camada de vidro reforçado, e
a moldura em alumínio já vem com os orifícios para fixação.

Depois de decidido o módulo fotovoltaico, foi encontrado o Inversor para sistema que iria conectar
à rede elétrica. Para a opção do inversor, foram observados os dados do painel fotovoltaico
juntamente com os dados do inversor, se os dados do painel permanecerem conforme com os do
inversor, os dois podem ser interligados conseguindo assim um sistema com performance bastante
satisfatório.

Constatou-se que os valores do que foi gerado é bastante abaixo do valor consumido anteriormente.
Esse resultado possibilitou considerar em média 100 kWh a menos em cada mês, para o estimativa
da energia indispensável para geração. Tal valor é deduzido pelo edifício residencial ser trifásica,
pois a concessionária de energia cobra a taxa de disponibilidade, de tal modo que mesmo que
o consumo fosse reduzido a zero, teria a cobrança da taxa mínima, conforme demonstrado no
14
Gráfico 1 e da Tabela 2.

Tabela 2 – Comparativo entre kWh/mês consumido com o que será gerado depois da instalação
dos módulos fotovoltaicos

Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Média
Anual
Consumido 341 210 326 299 336 401 386 437 475 321 389 402 360
Gerado 283 264 302 287 244 245 274 284 286 306 289 296 280
Fonte: Teodoro, 2017

Figura 5 – Gráfico de consumo com geração de energia a partir do sistema fotovoltaico

Fonte: Teodoro, 2017

3.3 CUSTO DO SISTEMA FOTOVOLTÁICO

Para instalações conectadas à rede elétrica pública, o custo nos dias atuais é superior ao da energia
abastecida de forma convencional. Tais custos vêm, entretanto, baixando de forma contínua
desde o primeiro programa de implementação de sistemas deste tipo nos anos 90 pelo governo
Espanhol, o 1000-Rofs Programe, adotado no final daquela década do 100.000-Rofs Programe
(FRAIDENRAICH, 1995).

Conforme visto anteriormente para a efetiva implantação do sistema fotovoltaico no presente


estudo, foram necessários doze módulos fotovoltaicos que custaram R$ 1.465,00 reais cada, só
em painel fotovoltaico o valor sairia R$ 3.675,00 reais. É necessário também de um inversor
conectado à rede elétrica, com um custo de R$ 5.321,04 reais. Segundo Junior (2010), para o
sistema fotovoltaico em estudo, conforme a porcentagem estimada para aplicação. Sendo 30% do
custo para o inversor, com 46% para o painel fotovoltaico, e os 30% finais representaram o custo
de instalação, fiação, estrutura, dentre outros.
Análise da viabilidade econômica da energia solar fotovoltaica em um edifício residencial em Lauro de Freitas

Figura 6 – Gráfico de custos do Sistema Fotovoltaico no edifício residencial analisado

15

Fonte: Teodoro, 2017

Deste modo, o custo total para a implantação do sistema fotovoltaico no estudo em questão foi
de R$ 16.326,00 reais.

4 Considerações Finais
O presente estudo teve como objetivo analisar a viabilidade econômica e financeira da implantação
de energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos em um edifício residencial.
Para isso foi necessário realizar o levantamento da média mensal e/ou anual consumida no edifício
residencial em questão, também como as particularidades de irradiação na região.

O calculo foi realizado a partir da média anual de 320kWh, menos 100kWh pois o edifício
residencial é atendido por um sistema trifásico, deste modo para este estudo não compete
fazer um sistema fotovoltaico que atendesse toda a demanda de energia indispensável, pois a
concessionária cobra uma taxa de no mínimo 100kWh a qual corresponde a taxa da geração de
energia elétrica.

Diante disso, chegou-se ao resultado de que o sistema fotovoltaico para atender a demanda da
residência seria de 2.045 Wp. Foram propostos módulos fotovoltaicos e o inversor, que fazem
parte do sistema fotovoltaico. Neste caso foram necessário doze módulos fotovoltaicos de 205Wp,
que correspondesse um total de 2.200 Wp. Deste modo ultrapassou a potência da qual seria
necessário, mas atendimento da demanda do edifício residencial. E por exceder essa geração,
em alguns meses percebeu-se que a diferença entre a energia consumida e a energia gerada foi
menor que 100kWh. Percebe-se, diante disso, que o sistema fotovoltaico é um sistema viável, com
uma grande variedade de módulos e inversores disponíveis para venda no contexto brasileiro e
também muito empregado em outros países.

Ressalta-se que, no Brasil, após a Resolução Normativa 482/2012, muitas empresas integradoras
começaram a oferecer serviços de instalação e comercio de dispositivos para sistemas fotovoltaicos,
além de que a concessionária local já regulamentou este tipo de vinculação com a rede, no formato
de micro geração distribuída, aspectos estes que contribuiu para disseminação desta forma de
geração de energia. Como foi apresentado, o valor de investimento para a aplicação do sistema
16
fotovoltaico conectado à rede elétrica foi de R$ 16.326,00 reais.

Para a viabilidade econômica do sistema fotovoltaico, foi realizada uma comparação simples
dos valores. Calculou-se o quanto de kWh foi consumido em um ano, e o quanto foi gerado ao
aplicar o sistema fotovoltaico. Com tais valores vezes e o valor da tarifa da concessionária de
energia de kWh, foi possível fazer a comparação com o que foi consumido em um ano, e o que
seria economizado durante um ano. Assim, com o valor de economia do ano, dividido pelo valor
total para implementação do sistema fotovoltaico, sendo possível chegar a quantidade de anos
necessários para visualizar o retorno de todos o investimento.

Verificou-se que, a tarifa de energia praticada (referente a janeiro/2016) foi de R$ 2,125 reais.
Considerando uma geração anual de 3.460kWh, chegou-se a uma economia anual de R$ 1.210,60.
Dividindo-se o valor do sistema fotovoltaico de 16.326,00 reais pela economia anual, chegando-se
a conclusão de que são necessários cerca de 8 anos para ter o retorno do investimento inicial do
sistema fotovoltaico. Isso sem levar em conta de que o valor da energia cobrada tem aumentado,
a cada ano, acima da inflação assim a economia a cada ano seria mais elevada, e reduziria a
quantidade de anos para a obtenção do retorno do investimento.

O edifício residencial possui em operacionalização um sistema de captação de energia solar térmica


para o aquecimento de água. Tal sistema atua a cerca de treze anos de modo satisfatório, atendendo
assim as necessidades quanto ao fornecimento da água quente. A realização desta pesquisa
permitiu reunir informações sobre as inúmeras estratégias de sustentabilidade, especialmente
sobre a geração de energia elétrica a partir do sistema fotovoltaico. Por fim, evidenciou que as
estratégias implementadas no edifício residencial analisado, tornaram-se, reduzindo o consumo
de energia e contribuindo também com a consciência socioambiental.

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colectores solares fotovoltaicos em edifícios residenciais. 2011. 70 fl. Tese (Mestrado em Engenharia
Mecânica na Especialidade de Energia e Ambiente) - Faculdade de Ciências e Tecnologia
Universidade de Coimbra, Portugal, 2011.

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de 2012. Estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída
aos sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema de compensação de energia elétrica e
dá outras providências 2016.

ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Seminário Micro e Minigeração Distribuída - Im-
pactos da Resolução Normativa n. 482/2012. Brasília-DF, 2014. Disponível em http://www.aneel.gov.
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BITTENCOURT, Estudo comparativo do aproveitamento da energia solar fotovoltaica em


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(pós Graduação de Engenharia), Universidade Federal de Lavras.
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CELLARD, André. A análise documental. In: POUPART, Jean et al. A pesquisa qualitativa:
enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis: Vozes, 2008.
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DUTRA, J. C. D. N.; BOFF, V. Â.; SILVEIRA, J. S. T.; ÁVILA, L. V. Uma Análise do
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