Sei sulla pagina 1di 21

COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO

CURSO DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO

PROJETO DE PESQUISA

Alunos: Edergleidson Soares de Oliveira


Leonardo Guerra
Mauricio Àvila Lima Seixas
Orientador: Profa.Dra.Nivea Fernanda Corrêa
Título Provisório do TCC: Construção de um reator eletrolítico para tratamento da água de
produção por eletroflotação
Área de Concentração: Engenharia de Petróleo
Linha de Pesquisa: Tratamento de resíduos da indústria do petróleo

Edergleidson Soares de Oliveira


Leonardo guerra

1
Mauricio Ávila Lima Seixas

CONSTRUÇÃO DE UM REATOR ELETROLITICO PARA TRATAMENTO DA ÁGUA


DE PRODUÇÃO POR ELETROFLOTAÇÃO

Projeto de Pesquisa a ser aprovado como


requisito para elaboração do Trabalho de
Conclusão do Curso de Engenharia de
Petróleo do Centro Universitário
Tiradentes.

Orientadora: Profª. Drª. Nivea


Fernanda Corrêa

Maceió-AL, 21 de junho de 2018

ÍNDICE

2
1. TEMA.............................................................................................................................................4
2. DELIMITAÇÃO DO OBJETO......................................................................................................4
3. OBJETIVOS.................................................................................................................................14
3.1 Objetivo Geral......................................................................................................................14
3.2 Objetivos Específicos.................................................................................................................14
4. JUSTIFICATIVA.........................................................................................................................15
5. METODOLOGIA.........................................................................................................................18
6. RESULTADOS ESPERADOS.....................................................................................................19
7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO.............................................................................................19
8. REFERÊNCIAS...........................................................................................................................20

3
1. TEMA

Construir um reator eletrolítico alimentado por energia fotovoltaica, utilizando o arduino para
confeccionar um sistema de rastreamento solar, maximizando a captação da radiação solar, para
o tratamento da água de produção por eletroflotação.

DELIMITAÇÃO DO OBJETO

Na indústria do petróleo durante os processos exploração, produção e refino, é gerada


uma grande quantidade de água residual denominada água de produção, é o nome que a água
recebe quando chega a superfície ao sair do reservatório de petróleo, em síntese a água de
produção, é aquela que foi aprisionada dentro dos poros das rochas durante a formação das
mesmas (GOMES, 2014).

Ainda segundo Gomes (2014), a água que é produzida, não é toda descartada, uma parte
dela, vai servir para ser reinjetada no poço para aumento de pressão no reservatório. Segundo
dados da agência nacional de petróleo (ANP) no Brasil, em 2013, foram descartados no mar
cerca de 123 milhões de m³ de água de produção, volume superior ao de óleo produzido.

A água de produção é uma mistura altamente complexas de compostos químicos que


foram dissolvidos nela a milhões de anos e que ficaram aprisionados junto com a mesma na
rocha reservatório, existem também outros compostos que são adicionados a água, durante a
perfuração e produção de hidrocarbonetos, aditivos, inibidores, desemulsificantes e outras
substancias químicas (GOMES, 2014).

De acordo com os fatos acima citados, é observado que a água de produção contém
diversos compostos potencialmente tóxicos e nocivos tanto ao meio ambiente como aos seres
humanos, existindo assim a necessidade do tratamento de tal efluente.

No tratamento de efluentes gerados pela atividade petrolífera podem ser utilizados


processos físicos, químicos, físico-químicos e biológicos, tais como o uso de separadores água-
óleo, coagulação-floculação, lagoas de ativação, lodo ativado, filtros biológicos, processos
oxidativos avançados e tecnologia eletrolítica. O tratamento de efluentes utilizando a
eletroflotação é antigo, mais só atualmente o interesse em sua utilização vem aumentando,
devido a tecnologia ser de fácil operação e ter diversas aplicações (CERQUEIRA, 2011).

4
A eletroflotação faz com que ocorra a oxidação de materiais apropriados, devido a
passagem de corrente elétrica no local (processo eletrolítico). É o resultado combinado de
reações eletrolíticas, que respectivamente fazem que os contaminantes presentes na água de
produção coagulem, esses coágulos se unam formando flocos, e esses flocos, sejam carreados
para superfície do efluente por microbolhas também oriundas da reação eletrolítica (GOBBI,
2013).

Além disso segundo Gobbi (2013), se durante o processo de eletroflotação, o efluente a


ser tratado apresentar átomos de cloro, esses átomos irão reagir e formar, hipoclorito, que é uma
substancia utilizada para desinfetar a água e retirar os odores indesejáveis.

A eletroflotação é induzida pelo uso de um reator, que nada mais é do que uma célula
eletrolítica, com um cátodo e um ânodo, que faz uma corrente elétrica percorrer o efluente
(CERQUEIRA,2011).

Segundo Tones (2015), o alto consumo de energia elétrica advindo da utilização do


processo de eletroflotação é uma característica negativa, porem a utilização da energia solar
através de placas fotovoltaicas como fonte de alimentação do reator confere ao processo um
caráter socioambiental positivo.

De acordo com Cerqueira (2011), a eficiência do mecanismo de eletroflotação não


depende unicamente do reator, sua potência ou capacidade em fazer transitar corrente elétrica
através do efluente, as características físico químicas do efluente, tais como o pH, tamanho das
partículas e concentração dos constituintes, também são variáveis que afetam a eficiência da
eletroflotação.

Água de produção

Água de produção é o efluente de maior volume resultante dos processos de produção e


separação existentes na indústria petrolífera, vem misturada ao óleo do reservatório, é dissociada
em separadores trifásicos, o crescente volume produzido desse efluente é resultado do
envelhecimento dos campos de petróleo e constituem um perigo eminente ao meio ambiente.

“De maneira geral, a água de produção possui os mesmos sais e metais presentes na água
do mar, porém em concentrações e razões muito superiores” (GOMES, 2014, p. 42).

5
De acordo com Gomes (2014), as propriedades físicas e químicas da água de produção
podem variar bastante, de acordo com a idade geológica, profundidade a qual o reservatório está
localizado, suas características geoquímicas, assim como da composição química das fases de
óleo e gás presentes no reservatório e contaminantes adicionados durante a produção.

Silva (2000, p.2), afirma:

A Água Produzida (AP) contém geralmente alta salinidade, partículas de óleo


em suspensão, produtos químicos adicionados nos diversos processos de
produção, metais pesados e por vezes alguma radioatividade. Isto a torna um
poluente de difícil descarte agravando-se pelo expressivo volume envolvido.
O descarte inadequado de efluentes implica em efeitos nocivos ao meio
ambiente, na repercussão negativa indesejada, penalidades diversas e um
custo elevado com ações corretivas e mitigadoras.

A água produzida em sua maior fração é constituída por compostos orgânicos e eles que
conferem maior preocupação sobre o ponto de vista ambiental em relação ao seu descarte.
Dentre os principais compostos orgânicos presentes na água de produção representam a sua
maioria, hidrocarbonetos de petróleo, ácidos carboxílicos e fenóis (GOMES,2014, p.44, apud
NEFF et al, 2011).

Em condições atmosféricas normais, o petróleo e água são praticamente imiscíveis. No


entanto devido as condições extremas como alta temperatura e alta pressão na rocha geradora
durante sua formação, migração do petróleo para rocha reservatório e em virtude do tempo de
confino, parcelas de petróleo podem se solubilizar em agua. As operações de produção do
hidrocarboneto causam uma agitação das partículas, o que resulta em emulsões. (SILVA, 2000)

No tratamento de efluentes gerados pela atividade petrolífera podem ser utilizados


processos físico-químicos como uso de separadores água-óleo, coagulação-floculação,
precipitação química, carvão ativado, troca iônica, ozonização; biológicos: processos aeróbicos,
tais como o, lagoas de ativação, lodo ativado, filtros biológicos: processos oxidativos avançados
e tecnologia eletrolítica. O tratamento de efluentes utilizando a eletroflotação, é antigo, mais só
atualmente o interesse em sua utilização vem aumentando, devido a tecnologia ser de fácil
operação e ter diversas aplicações (CERQUEIRA, 2011; OLIVEIRA,2010; SILVA,2000).

6
Eletroflotação

A eletroflotação tem sido apontada como um método virtualmente efetivo para o


tratamento de um vasto tipo de efluentes com altiva eficiência de remoção (HOLT,2005).

Existem indícios da utilização de processos eletrolíticos que remetem a 1870, no começo


de 1900, foi requerida uma patente para um sistema de tratamento eletroquímico de efluentes,
nesse mesmo período foi relatada a primeira utilização da eletrolise para separação de minerais,
alguns anos mais tarde o brasil começa a utilizar o processo para tratamento de esgoto.
(OLIVEIRA, 2010)
Em consonância com Holt, (2002), os PE possuem várias denominações, as mais
comumente encontradas são: eletroxidação, eletrofloculação, eletrocoagulação, eletrodecantação
e eletroflotaçãoo consideraráremos o PE como um processo de grande complexidade e com
mecanismos operando sinergicamente para remoção de contaminantes e o denotaremos como
eletroflotação.
Os íons metálicos gerados no ânodo, são hidrolisados aos hidróxidos poliméricos, que são
excelentes agentes coagulantes fazem com que os contaminantes se precipitem ou se liguem
química ou fisicamente aos materiais que estão sendo gerados, os eletrodos liberam oxigênio e
hidrogênio que geram microbolhas no efluente e carreiam os contaminante coagulados para
superfície do fluido gerando um lodo, durante o processo ocorre a oxidação de várias moléculas
de compostos orgânicos que se decompõem em produtos como dióxido de carbono agua e
amônia, a depender do efluente o hipoclorito pode ser formado, auxiliando o processo e dando
um maior clareamento ao efluente. (MOLLAH et al, 2004).

7
Figura 1- interações que ocorrem na célula eletroquímica.

Fonte: Holt (2002)

A eletroflotação é baseada no processo eletroquímico para o tratamento de efluentes,


onde a oxidação dos eletrodos metálicos é responsável pela formação do agente coagulante, sem
a necessidade da adição de compostos químicos para promover a coagulação. Os íons liberados
neutralizam as cargas das partículas poluentes e, assim, inicia-se a coagulação (GOBBI, 2013;
TONES, 2015; CERQUEIRA, 2011).

Este método de tratamento apresenta algumas vantagens em relação a outras técnicas


convencionais de tratamento de efluentes. Dentre elas pode-se citar: como a coagulação ocorre
através da oxidação dos anodos metálicos, não há a necessidade da adição de produtos químicos
para promover a coagulação; os equipamentos são compactos, de simples operação, versáteis,
possuem receptividade à automação e desta forma, tornam o processo de tratamento uma
tecnologia de baixo custo (GOBBI, 2013; TONES, 2015; CERQUEIRA, 2011).

8
Eletrólise

A eletrólise ocorre quando é aplicada uma diferença de potencial entre os eletrodos. É o


processo inverso ao da pilha de Daniell, usado para forçar uma reação na direção não espontânea
com o auxílio de corrente elétrica. Ela ocorre em células eletroquímicas denominadas células
eletrolíticas, onde, geralmente, os dois eletrodos ficam no mesmo compartimento e existe um
eletrólito que permite a passagem da corrente, sendo está carregada pelos íons presentes na
solução.

Na pilha de Daniell, a reação de oxidação ocorre no ânodo e a reação de redução no


cátodo. Ver figura 2. Os elétrons passam do anodo para o catodo através de um fio externo e, os
cátions movem-se através do eletrólito na direção do cátodo e os ânions na direção do ânodo.
Porém, ao contrário da corrente espontânea da pilha de Daniell, na eletrólise adiciona-se corrente
de uma fonte externa para promover a reação na direção desejada.

Figura 2- eletrolise

Fonte: Cerqueira (2011)

Para forçar uma reação em um sentido não espontâneo, a fonte externa deve gerar uma
diferença de potencial maior que a diferença de potencial que seria produzida na reação
espontânea.

9
Ao conduzir uma eletrólise em solução contendo mais de uma espécie que pode ser
reduzida, as espécies com os maiores potenciais de redução são reduzidas preferencialmente. O
mesmo princípio é aplicado à oxidação.

Segundo Kotz (2005), a eletrólise é usada industrialmente na produção de magnésio,


extração de metais de seus sais, produção de gás cloro, o flúor e o hidróxido de sódio, e para
refino do cobre. Outra aplicação importante da eletrólise é a produção dos metais sódio,
manganês e a obtenção do alumínio a partir da bauxita (Al2O3), quando as reações químicas
ocorrem com o metal fundido, na ausência de água. Esse tipo de eletrólise é denominada ígnea,
onde utilizam-se eletrodos inertes que possuam elevado ponto de fusão, os mais comuns são os
de platina ou grafita.

Encontram-se na literatura diversos estudos utilizando esta técnica em diferentes


efluentes, como por exemplo, em águas residuais de refinarias, remoção de óleos emulsionados,
efluentes de restaurantes, soluções contendo corantes, recuperação de compostos fenólicos,
tratamento de águas residuais municipais, efluentes de lavanderias, águas residuais do setor
petroquímico, remoção de íons metálicos, tratamento de água potável, remoção de nitrito e
amônia de soluções aquosas e remoção de fluoreto (PERTILE, 2014).

Tipos de reatores de eletroflotação

A primeira questão a ser levada em conta no projeto de um reator de eletroflotação é o


regime de operação, se de ver ser: batelada ou contínuo. No modo batelada, os reatores
funcionam com um volume de efluente fixo por ciclo de tratamento e assim, as condições dentro
do reator mudam em função do tempo. Tanto os níveis de coagulante quanto os níveis de
contaminantes mudam ao longo do tempo à medida que o coagulante é gerado e adicionado ao
efluente, a coagulação dos contaminantes ocorre e os flocos formados são removidos do efluente.
Já no modo contínuo a alimentação contínua do efluente no reator de eletroflotação leva às
condições de estado pseudo-estacionário, sendo a quantidade de coagulante um requisito
essencialmente fixo. O modo batelada tem sido apontado como o sistema mais simples e de mais
baixo custo para a realização da eletroflotação (HOLT, 2005).

Definido o regime de operação próxima questão a ser abordada no projeto do reator de


eletroflotação é referente as conexões dos eletrodos, que podem ser monopolares e bipolares
(TONES, 2015; GOBBI, 2013; CERQUEIRA, 2011; HOLT, 2005).

10
Conexão monopolar

Um reator de eletroflotação pode ser composto por uma célula eletrolítica com n pares de
ânodos e cátodos, conectados a uma fonte de potencial externa. Nesta configuração são
requeridos eletrodos de grande área superficial, ou a utilização de eletrodos conectados em
paralelo como mostra a figura 3. (PERTILE, 2014, apud CRESPILHO, 2004).

Figura 3 - conexão monopolar

Fonte: adaptado de Pertille (2014)

Conexão bipolar

Nos reatores bipolares com células em paralelo os conhecidos como ânodos de sacrifício,
são colocados entre as placas condutoras sem qualquer conexão elétrica, conforme Figura 4.
Apenas os dois eletrodos monopolares são conectados à fonte de energia elétrica, sem conexão
com os ânodos de sacrifício. Desta forma, quando a corrente elétrica atravessa os dois eletrodos,
os lados neutros da placa adquirem carga oposta à do eletrodo monopolar, favorecendo a
ocorrência das reações de oxidação e redução (GOBBI, 2013; CERQUEIRA, 2011).

11
Figura 4- conexão bipolar

Fonte: adaptado de Crespille (2014)

Aparentemente existe pouquíssima diferença de eficiência em relação ao modo de


conexão em série ou em paralelo, porem o consumo de material do ânodo é superior em ligações
em série pois a mesma exige um alto potencial de eletrodo requerido. Apresentando com isso
uma desvantagem em relação ao sistema de ligação em paralelo, que ocasiona o aumento dos
custos de operação (incluindo o custo do material do ânodo e consumo de energia), devido a
mais elevada dissolução do material do ânodo e a consequente carga de poluente adicional para
dentro do reator, devido à formação de agentes coagulantes em excesso (TONES, 2015; GOBBI,
2013; CERQUEIRA, 2011).

Eletroflotação utilizando energia solar

A energia solar pode ser utilizada como fonte de alimentação para sistemas
eletroquímicos, como é uma forma de energia renovável, é ideal em lugares onde não há acesso à
energia convencional. O fato do reator não precisar de altas correntes elétricas para seu
funcionamento e eficiência da eletroflotação, permite que o mesmo utilize energias renováveis
como a fotovoltaica (TONES, 2015).

. Ainda segundo Tones (2015), a energia gerada pelo painel fotovoltaico pode ser
armazenada em baterias ou, em alguns casos, ser aplicada diretamente como fonte de
alimentação. Nesse último caso, há a necessidade de um dimensionamento mais detalhado, pois
haverá flutuações de corrente elétrica que dependerá da irradiância sobre o painel.

12
O alto consumo de energia elétrica advindo da utilização do processo de eletroflotação é
uma característica negativa, porem a utilização da energia solar através de placas fotovoltaicas
como fonte de alimentação do reator confere ao processo um caráter socioambiental positivo
(TONES, 2015; GOBBI, 2013; CERQUEIRA, 2011).

13
2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Construir de um reator eletrolítico com sistema de automação de baixo custo, alimentado por
energia solar, para o tratamento da água produzida.

3.2 Objetivos Específicos

 Analisar a eficiência da eletroflotação no tratamento do efluente.


 Avaliar a utilização da energia solar como alternativa as fontes de energia
convencionais
 Comparar os resultados obtidos com a utilização de eletrodos de baixo custo, em
relação aos comerciais.
 Adequar o efluente aos padrões de descarte, estabelecidos pela resolução Nº 430
de 13 de maio de 2011, do conselho nacional do meio ambiente. (CONAMA).

14
3. JUSTIFICATIVA

A gestão da água produzida na indústria de petróleo representa um grande desafio para as


concessionárias, as alternativas que são atualmente adotadas para seu destino, são a reinjeção,
reuso ou descarte. Para qualquer um dos destinos citados faz-se necessário o tratamento do
efluente, com intuito de evitar danos às instalações de produção, permitir sua utilização sem
causar prejuízos aos processos nos quais o efluente será utilizado e não contaminar o meio
ambiente onde o mesmo será descartado (MOTTA et al. 2013). A construção do reator
eletrolítico com alimentação solar automatizada, visa desonerar os custos com energia elétrica
convencional no tratamento do efluente, possibilitando uma maior viabilidade econômica.

No tratamento do efluente gerado pela indústria petrolífera, podem ser utilizados


processos físicos, químicos, biológicos, processos oxidativos avançados (POA’S) e processos
eletrolíticos (PE). (CERQUEIRA, 2011; OLIVEIRA,2010; SILVA,2000).

A eletroflotação é baseada no processo eletroquímico para o tratamento de efluentes, onde


a oxidação dos eletrodos metálicos é responsável pela formação do agente coagulante, sem a
necessidade da adição de compostos químicos para promover a coagulação. Os íons liberados
neutralizam as cargas das partículas poluentes e, assim, inicia-se a coagulação. Este método de
tratamento apresenta algumas vantagens em relação a outras técnicas convencionais de
tratamento de efluentes. Dentre elas pode-se citar: como a coagulação ocorre através da oxidação
dos anodos metálicos, não há a necessidade da adição de produtos químicos para promover a
coagulação; os equipamentos são compactos, de simples operação, versáteis, possuem
receptividade à automação e desta forma tornam o processo de tratamento uma tecnologia de
baixo custo (GOBBI, 2013; TONES, 2015; CERQUEIRA, 2011).
A eletroflotação tem se mostrado bastante eficiente na remoção da turbidez, demanda
química de oxigênio (DQO), bem como na remoção de sólidos em suspenção, fluoretos, íons
metálicos, cianeto e fosforo. No quadro abaixo estão alguns estudos realizados onde foi aplicada
a eletroflotação e os resultados obtidos.

15
Quadro 1: principais estudos relacionados a utilização de eletroflotação

Autor (ano) Objetivo/Efluente tratado Eletrodos utilizados


Resultados obtidos
Remoção de turbidez e DQO Remoções de
de águas residuais turbidez e DQO de
Kobya et al. (2006) Eletrodos de alumínio
provenientes da fabricação 98% e 60%
de batatas fritas. respectivamente
Reduções
significativas desses
Remoção de turbidez e
parâmetros sendo a
DQO, sulfatos, fosfatos e
Boroski et al. (2008) Eletrodos de ferro EF utilizada como
nitritos de efluentes da
tratamento anterior a
indústria de papel e celulose
fotocatalise com
dióxido de titânio.
Remoção de íons metálicos: Remoção de íons
Mouedhen et al. (2008) zinco, cobre e níquel de um Eletrodos de alumínio metálicos suerior a
efluente sintético. 98%
Redução da
Remoção de fluoretos de
concentração de
Drouiche et al. (2009) águas residuais provenientes Eletrodos de alumínio
fluoretos no efluente
da indústria fotovoltaica
de 20 para 8,3 mg/L
Remoção da turbidez
superior a 99% com
Remoção de sólidos
eletrodos de ferro.
suspensos e turbidez do Pares de eletrodos de
Zodi et al. (2009) Concentração final
efluente provenientes da alumínio e de ferro
de sólidos suspensos
indústria têxtil
próxima a inicial
para ambos eletrodos
Remoção de corantes de
Remoção superior
Aoudj et al. (2010) efluentes provenientes da Eletrodos de alumínio
98%.
indústria têxtil.
Remoção de DQO de Remoção de DQO de
Zodi et al. (2010) Eletrodos de alumínio
efluentes industriais. 70%.
Remoção de íons de cobre,
cromo e níquel de aguas Ânodos de ferro e 1005 para remoção
Akbal e Camc. (2011)
residuais do processo de cátodos de alumínio. de íons metálicos.
metalização
Moussavi, Majidi e Remoção de cianeto livre de Ânodos de ferro e Remoção total de
Farzadkia. (2011) um efluente sintético. cátodos de alumínio. cianeto.
Remoção de fosforo de um
Smoczynski, Munska e efluente sintético simulando Remoção de fósforo
Eletrodos de alumínio
Pierozynski. (2013) efluentes da indústria de de 94%.
laticínio.
Fonte: adaptado de Pertille (2014)

4.

16
O reator onde ocorre o processo de eletroflotação, é alimentado por energia elétrica e não
precisa de altas correntes elétricas para seu funcionamento e eficiência da eletroflotação,
permitindo assim, que o mesmo utilize energias renováveis como a fotovoltaica (TONES, 2015).

Ainda segundo Tones (2015), a energia gerada pelo painel fotovoltaico pode ser
armazenada em baterias ou, em alguns casos, ser aplicada diretamente como fonte de
alimentação. Nesse último caso, há a necessidade de um dimensionamento mais detalhado, pois
haverá flutuações de corrente elétrica que dependerá da irradiância sobre o painel. Para que o
índice de radiação sobre o painel fotovoltaico seja máximo, o mesmo contará com um sistema de
automação que será baseado na utilização do arduino, que é uma plataforma de prototipagem
eletrônica que permitirá a execução do rastreamento solar pelo painel. Com a maximização da
captação da radiação solar, será possível aumentar a autonomia do sistema para que produção de
energia fotovoltaica, elimine a utilização de energia proveniente da concessionaria.

Os eletrodos podem ser considerados a parte mais sensível da célula eletroquímica, pois as
reações de oxirredução ocorrem diretamente neles, se apresentam como uma desvantagem da
eletroflotação pois necessitam ser trocados regularmente devido a passivação, fato que onera o
tratamento eletrolítico, a utilização de eletrodos de baixo custo como os confeccionados com
latas de alumínio e ferro. A escolha desses tipos de materiais deve-se, entre outros fatores, a
estabilidade dimensional, maior durabilidade e maior área eletroquimicamente ativa e a
capacidade de formação do agente coagulante pelo alumínio metálico (SILVA, 2010).

17
5. METODOLOGIA

O estudo em questão pode ser caraterizado como uma pesquisa aplicada, de natureza
experimental, utilizando uma abordagem quantitativa, com objetivos exploratórios, utilizando-se
de consultas em livros, revistas, artigos e periódicos bem como procedimentos laboratoriais. As
etapas do projeto serão realizadas de acordo com o fluxograma 1.

Fluxograma 1. Etapas para o desenvolvimento do projeto

Pesquisa em banco Desenvolvimento do


Elaboração do Desenvolvimento de
de dados: Periódicos
de dados: Periódicos sistema de
sistema de
referencial teorico
referencial teorico um
um protótipo
protótipo digital
digital
e patentes rastreamento solar

Construção do Confecção dos Ensaios


Montagem do reator
protótipo fisico eletrodos eletroquimicos

Análises dos
Defesa do TCC
resultados
resultados

Fonte: Autor, ( 2018)

18
6. RESULTADOS ESPERADOS

Construir o reator eletrolítico de baixo custo e que o mesmo evidencie a diminuição


pecuniária de gastos com consumo de energia elétrica convencional, apontando a utilização da
energia solar pela indústria de petróleo, como uma alternativa potencialmente viável para o
tratamento da água produzida, bem como a adequação do efluente as condições padrão regidas
pelo CONAMA., o que atribuirá a indústria petrolífera um caráter positivo de sua relação o meio
ambiente.

7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Importante gerar um cronograma para definir os tópicos e cumprir as metas do seu projeto de
pesquisa.

Atividades

10
11
12
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Elaboração do Projeto de Pesquisa x x X x
Revisão da Literatura x x X x x x x x x x x x
Desenvolvimento do protótipo digital x x x x x
Desenvolvimento do sistema de
x x x x
rastreamento solar
Construção do protótipo x x x x
Confecção do eletrodos x x x
Montagem do reator x x x
Ensaios eletroquímicos x x
Analise dos resultados x x
Qualificação do TCC x
Defesa do TCC x
Período 9º 10º 10º
Ano 2018 2018 2019

19
8. REFERÊNCIAS

CERVO, Amado Luiz. Metodologia cientifica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2017.

CERQUEIRA, Alexandre Andrade. Aplicação da técnica de eletrofloculação utilizando corrente


alternada de frequência variável no tratamento de agua de produção da indústria do petróleo. Rio
de Janeiro: UERJ, 2011.

GOBBI, Lorena Cristina Abrahão. Tratamento de água oleosa por Eletrofloculação. Espirito


Santo: UFES, 2013.

GOMES, Ana Paula Pereira. Gestão ambiental da água produzida na indústria de petróleo:


melhores práticas e experiencias internacionais. Rio de janeiro: COPPE, 2014.

TONES, Aline Raquel Müller. Estudo da aplicação da técnica de eletrofloculação na remoção de


corantes têxteis. Paraná: UTFPR, 2015.

PERTILE, Tais Sabedot. Avaliação do processo de eletrocoagulação aplicado a efluentes


cianídricos da indústria galvânica. Caxias do Sul: UCS, 2014.

HOLT, P. K. O futuro da eletrofloculação como tratamento tecnológico da água de produção.


Chemosphere, 2005.

KOTZ, J. C. Química geral e reações químicas. São Paulo: THOMSON, 2005.

SILVA, Jaceguai Soares. Tratamento da água do petróleo por eletrocoagulação/eletrofloculação.


Palmeira dos Índios: UNEAL, 2010.

SILVA, Carlos Remi Rocha. Água produzida na extração de petróleo. Bahia: EPDHS, 2000

MOLLAH, M.Y.A.; MORKOVSKY, P.; GOMES, J.A.G.; KESMEZ, M.; PARGA, J.;
COCKE, D.L. Fundamentals, present and future perspectives of electrocoagulation,
Journal of Hazardous Materials, 2004.

HOLT, Peter K.; BARTON, Geoffrey W; WARK, Mary.; MITCHELL, Cynthia A. A

20
quantitative comparison between chemical dosing and electrocoagulation. Sydney, 2002.

OLIVEIRA, Rando Messias. Estudo do tratamento de efluente oriundo da produção de


condicionador capilar pelo processo eletrolítico. Assis: FAMA, 2010.

MOTTA, Alberico Ricardo Passos.; BORGES, Cristiano Piacsek.; KIPERSTOK, Asher.;

ESQUERRE, Karla Patricia.; ARAUJO, Pedro Maia.; BRANCO, Lucas da Paz Nogueira.
Tratamento da água produzida de petróleo pra remoção de óleo por processos de separação por
membranas:revisão. Bahia, 2013.

21

Potrebbero piacerti anche