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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA


DISCENTE: CLEIDSON LOURENÇO SEMESTRE: 2010.
ORIENTADORA: TATIANA SIQUEIRA
DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO III

NAPOLITANO, Marcos. Pensando a estranha História sem fim.


IN________KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e
propostas. São Paulo: Contexto, 2003.

“tal como foi pensado no século XIX, sobretudo pelos historiadores metódicos (ou
positivistas, como são mais conhecidos), o estudo da História era incompatível com o
estudo das sociedades contemporâneas, próximas cronologicamente do historiador”
(NAPOLITANO, 2003, pg.163)

“o surgimento de novos termos como “História do Tempo Presente”, “História


imediata” ou a problematização das cronologias rigidamente estabelecidas, dos objetos
consagrados e das fontes tradicionais tem aberto novas perspectivas para a pesquisa
histórica, mas complicado um pouco a vida do professor em sala de aula [...pois] vêem-
se divididos entre a necessidade de ajudar na formação ampla dos seus alunos e, ao
mesmo tempo, prepará-los para o ofício altamente especializado da pesquisa histórica.”
(NAPOLITANO, 2003, pg. 164)

“Para os historiadores metódicos, as maiores dificuldades em escrever uma História


Contemporânea eram a falta ou exiguidade de arquivos e o caráter aberto do período
contemporâneo, ainda que influente nos acontecimentos do presente de cada
historiador” (NAPOLITANO, 2003, pg.165)

“Os métodos foram duramente criticados pelos “presentistas”, na virada do século XIX
para o XX, cujo lema foi sintetizado na frase de Benedetto Croce – “a História é sempre
contemporânea” e “Com os Annales, a organização da pesquisa histórica passou a ser
definida mais pelos seus objetos do que pela cronologia dos fatos políticos e
institucionais” (NAPOLITANO, 2003, pg.165)

“A dificuldade no estabelecimento de fontes e na organização de arquivos, já


mencionada pelos historiadores metódicos, sempre dificultou a pesquisa sobre a
História Contemporânea.”, contudo, “paradoxalmente, o período contemporâneo,
sobretudo o século XX, tem sido abundante na produção de informações sobre si
mesmo”(NAPOLITANO, 2003, pg.165). O autor deduz que talvez o problema não
esteja localizado na falta de fontes, mas na dificuldade de lhe dar com o excesso de
informação.

As mudanças Historiográficas e a História Contemporânea

O autor expõe algumas correntes historiográficas surgidas a partir dos anos 60 e 70 que
pensaram renovação nos discursos históricos a partir de enfoques variados, e suas
contribuições para o pensamento sobre a História Contemporânea.
“A História Social inglesa, de feição marxista, submeteu o estudo da História
Contemporânea ao estudo da classe operária, do mundo do trabalho e dos movimentos
sociais como um todo [...] O contemporâneo foi pensado, em linhas gerais, como um
processo social total [...] não valendo-se dos grandes eventos e estruturas políticas ou
econômicas (modo de produção), mas também em termos socioculturais e ideológicos.”
(NAPOLITANO, 2003, pg.167)

“A ênfase na longa duração e na inércia das mentalidades coletivas, mesmo quando a


política e a economia pareciam tomadas por um furacão de mudanças, também se
constituiu em outro obstáculo para a História Contemporânea.” (NAPOLITANO, 2003,
pg.167)

“Nas últimas duas décadas do século XX, ainda na França, para se diferenciar da
História Contemporânea já estabelecida e fazer jus à voragem do tempo no século XX,
surge o conceito de História do Tempo presente, voltada para o estudo do período
simultâneo e posterior à Segunda Guerra Mundial. A diferença entre o velho conceito
de História Contemporânea e a História do Tempo Presente pode ser definida pela
presença viva dos protagonistas e da memória, ainda interagindo com o tempo do
historiador, como testemunhos vivos e dinâmicos do passado.” (NAPOLITANO, 2003,
pg.168)

“O novo campo da História Política vem dando uma grande contribuição à História
Contemporânea uma vez que permite articular objetos e problemas típicos do século
XX, como a ação da propaganda e dos meios de comunicação sobre a esfera política,
cultural e social das sociedades em questão” (NAPOLITANO, 2003, pg.170).

“Em relação às fontes, para a História do século XX (e parte do XIX), os estudos de


História Contemporânea não apenas contribuíram com novos objetos e problemas, mas
sobretudo com novos documentos primários. As fontes audiovisuais (cinema,
fotografia), sonoras (fonogramas musicais, registros radiofônicos) e orais (depoimentos
vivos) se juntaram às tradicionais e cultuadas fontes escritas, acrescidas, por sua vez, do
vasto material produzido pela imprensa diária.” (NAPOLITANO, 2003, pg.170)

Temas, abordagens e fontes de História Contemporânea: uma breve reflexão.

“Na pauta historiográfica que organiza a alocação das pesquisas e a organização dos
currículos escolares, podemos perceber o quanto a historiografia mais tradicional ainda
é forte, mesmo com as mudanças teóricas e metodológicas que abalaram as certezas
historiográficas ao longo da segunda metade do século XX” (NAPOLITANO, 2003,
pg.173)

“O palco privilegiado da História Contemporânea e a Europa e outros palcos nacionais


ou continentais só entram em cena em função de uma crise de presença europeia no
mundo (substituída pela presença hegemônica norte-americana). Os livros recentes têm
feito um esforço notável para inserir a América Latina e o Brasil no ensino de História
Contemporânea, integrando nosso continente na pauta a ser discutida.”
(NAPOLITANO, 2003, pg.175)

“Apesar da pauta ainda ser definida, paradoxalmente, pela mistura de temas oriundos da
História Política positivista e da História Social e econômica do marxismo, é crescente a
influência da Nova História Política no material didático mais recente, com sua ênfase
em aspectos simbólicos e culturais das relações de poder.” ( 175)

As mudanças na educação brasileira e o ensino de História Contemporânea

No contexto das renovações buscadas no ensino brasileiro, previstos na LDB e nos


PCNs: “o desafio de qualquer renovação de ensino é não ser feita às custas do conteúdo
informativo básico das disciplinas (no caso da História: o que, quem, onde e quando),
sem o qual as análises mais estruturais e processos podem cair no vazio.”
(NAPOLITANO, 2003, pg.178)

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