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Política Social de Atenção a Criança, Adolescente e Idoso

Autoria: Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre

Tema 06
Violência contra o Idoso e os Direitos do Idoso
Tema 06
Violência contra o Idoso e os Direitos do Idoso
Autoria: Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre
Como citar esse documento:
NOBRE, Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues. Política Social de Atenção a Criança, Adolescente e Idoso: Violência contra o Idoso e os Direitos do Idoso.
Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.

Índice

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© 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua
portuguesa ou qualquer outro idioma.
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É notável que o perfil da terceira idade brasileira está em transformação. Os idosos de hoje são mais saudáveis,
buscam uma maior qualidade de vida e têm atividades de lazer, ou seja, são extremamente ativos. No entanto, para uma
expressiva parcela da população idosa, o abandono da família e o recebimento de baixos rendimentos ainda são problemas
graves. Grande parte ganha apenas um salário mínimo que, em muitos casos, representa a única renda da família.

Já não é novidade que o Brasil está envelhecendo. Hoje, 18 milhões de brasileiros estão acima dos 60 anos de idade. O
IBGE estima que este número chegará a 64 milhões em 2050. Daqui a quatro décadas, para cada idoso haverá pouco
menos de 3 pessoas na faixa etária de ingresso no mercado de trabalho. Segundo Serrano (2010), o “velho” de hoje em
dia está diferente da imagem clássica que temos de velhice. Muitos idosos se mantêm produtivos, com a vantagem de
que acumularam muita experiência ao longo da vida.

No entanto, a discussão sobre a maneira de se tratar os idosos e os seus direitos adquiridos ainda tem pouca repercussão
na sociedade. Assim, justifica-se a pertinência deste tema para os futuros assistentes sociais, uma vez que esta demanda
fará parte de sua vida profissional.

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Violência contra o Idoso e os Direitos do Idoso

O relato de situações de violência contra os idosos não faz parte somente da história contemporânea, mas pertence
também a várias fases da história da humanidade, uma vez que há registros dessa violência que remontam ao passado
longínquo (Braga, 2011).

A autora refere-se à história da mitologia grega para registrar os inúmeros conflitos existentes entre as gerações mais
novas e as mais antigas. Ela faz referência também a relatos de filósofos, como Aristóteles, para quem a juventude era
uma época calorosa e apaixonada e a velhice o oposto.

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Braga (2011) observa o período da Idade Média e relata que até o século XIV, quando surge a burguesia, o jovem era
considerado importante à sociedade, pois era produtivo, e já no século XV a literatura francesa retrata a velhice como
período de declínio e vergonha.

A passagem do tempo e as mudanças sociais pouco melhoraram a forma como o idoso é visto e como a velhice é
retratada. Atualmente, pode-se deparar com um número maior de idosos convivendo seja em ambientes familiares, seja
em ambientes públicos, como praças, teatros e supermercados, ou ainda em instituições asilares ou de atendimento em
meio aberto. Este cenário que se observa no Brasil resulta de um fenômeno chamado de transição demográfica, que
se caracteriza pela mudança de uma situação de alta natalidade, com uma população predominantemente jovem e em
franca expansão, para uma situação de baixa fecundidade, em que se tem o aumento da população idosa.

Outro fato importante na sociedade dos tempos modernos é a presença de idosos ainda vistos como chefes de famílias,
que, segundo Braga (2011, p. 26) “[...] longe de ser um fato positivo, isto é uma distorção econômica. Se o idoso é chefe
de família, isto é um sinal de que sua família é formada por desempregados e pessoas adultas hipossuficientes”.

Ao mesmo tempo, alerta a autora, esta codependência não é benéfica, visto que força um convívio que deveria ser
voluntário, fazendo então surgir uma série de conflitos intergeracionais.

Pelas projeções da Organização Mundial de Saúde (OMS), o percentual de idosos do Brasil passará de 7,5% em
1991, representando um contingente de 11 milhões de idosos, para cerca de 15%, representando 32 milhões em 2025.
Teremos então a 6º população de idosos em todo o mundo.

Este novo aspecto da composição etária da sociedade brasileira constitui um desafio, pois as alterações naturais
do processo de envelhecimento exigem um atendimento diferenciado, o que demanda infraestrutura adequada com
profissionais capacitados e qualificados (em quantidade suficiente), mas, principalmente, programas e políticas que
possibilitem a inclusão social do idoso.

Ressalta-se que o envelhecimento é um processo que deve ser encarado com normalidade, pois caracteriza a vida do
homem da mesma forma que a infância, a adolescência e a vida adulta. Desse modo, não se deve confundir velhice com
doença, apesar das mudanças significativas que acompanham esta etapa de vida. Ao mesmo tempo, devemos lembrar
da necessidade de esforço de adaptação às várias novas situações, tanto por parte do idoso, quanto das pessoas que
com ele convivem, e também às mudanças internas (no próprio idoso) e externas (no meio em que o idoso vive).

Com relação às mudanças, destacam-se as de ordem física, que provocam uma maior fragilidade, expondo o idoso a
doenças. Em alguns casos, ele perde a capacidade de agir independentemente e com desenvoltura nas atividades da

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vida diária, exigindo, assim, quase sempre a presença de outras pessoas para ajudá-lo no dia a dia. Apesar disso, a
preservação do espaço do idoso é um elemento importante para a preservação de sua autonomia e dignidade.

Outras mudanças acontecem também do ponto de vista psicológico, pela necessidade de adaptação e aceitação a
várias perdas que vão ocorrendo devido às novas condições de vida. Ecléa Bosi defende que a velhice, além de ser um
destino, é também uma “categoria social”.

A sociedade industrial é maléfica para a velhice [...] Perdendo a força de trabalho ele já não é produtor nem
reprodutor. Se a posse, a propriedade, constituem, segundo Sartre, uma defesa contra o outro, o velho de uma
classe favorecida defende-se pela acumulação de bens. Suas propriedades o defendem da desvalorização de
sua pessoa. (BOSI, 2004, p. 77)

Grande parte das pessoas idosas passa o maior tempo de suas vidas no ambiente familiar: os idosos com saúde, os
doentes ou os que estão em processo de recuperação. A outra parte delas encontra-se em hospitais, asilos e casas de
recuperação. Porém, em qualquer situação, a condição do idoso exige cuidados especiais, envolvendo companheiros,
auxiliares, amigos e profissionais que estabeleçam uma relação de apoio e ajuda.

Os idosos que se encontram mais dependentes, se estão em casa, ficam normalmente sob a responsabilidade do
cônjuge, de filhos, noras, netos, etc. Se estão institucionalizados, ficam sob os cuidados de profissionais contratados. Tais
pessoas, que assumem a responsabilidade de cuidar, dar suporte ou assistir idosos que tenham alguma necessidade,
são conhecidas como cuidadoras. O cuidador, seja na instituição ou na residência, é uma pessoa que deve ter preparo
adequado para o cuidado com o idoso. Ele deve ter conhecimento dos diferentes aspectos que permeiam o processo de
envelhecimento e as alterações mais comuns que ocorrem com os idosos.

Esse preparo deve ser constante, uma vez que o contato mais prolongado e direto com os idosos pode se tornar o ponto
frágil da prestação de serviços, sejam eles institucionalizados ou não. Essa preocupação decorre da observação de que
os maus tratos são praticados principalmente por aqueles que cuidam, embora sejam amigos, familiares e profissionais.
Entre os ambientes que se pode elencar como lugares em que acontecem os maus tratos destacam-se a própria casa
do idoso, a casa do cuidador, a comunidade em geral, as instituições asilares e os hospitais.

A literatura apresenta vários conceitos e entendimentos sobre a violência, a negligência e os maus tratos contra o idoso
e, como destaca Queiroz (1997), existem também várias diferenças conceituais quanto aos tipos de abusos.

Para Fernandes (1997), três pontos compõem o que se entende por maus tratos: a agressividade, a negligência e o
relaxamento nos cuidados devidos às pessoas mais velhas. Já no Caderno de Violência contra a Pessoa Idosa, lançado

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em 2007 pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (SMSP), destaca-se que são muitos os termos utilizados
para definir o que é a violência contra a pessoa idosa, entre eles estão: maus-tratos, abuso, negligência, omissão e
abandono. Cada um destes termos possui significados distintos, dependendo da situação em que é utilizado, e existem
diferentes percepções sociais, culturais e étnicas sobre o que eles podem definir.

Na mesma publicação, apresenta-se a definição da International Network for the Prevention of Elder Abuse (INPEA),
adotada pela OMS, para se conceituar a violência contra o idoso, caracterizada como “[...] qualquer ato, único ou
repetitivo, ou omissão, que ocorra em qualquer relação supostamente de confiança, que cause dano ou incômodo à
pessoa idosa”. (SMSP, 2007, p. 28). Pode-se observar que no conceito apresentado existem três fatores determinantes:

1. Um vínculo significativo e pessoal que gera expectativa e confiança.

2. O resulto de uma ação: dano ou o risco significativo de dano.

3. A intencionalidade ou não intencionalidade.

Para melhorar a compreensão do conceito, Minayo (2005) amplia a definição da OMS e, assim, define a violência à
pessoa idosa:

A violência à pessoa idosa pode ser definida como ações ou omissões cometidas uma vez ou muitas vezes,
prejudicando a integridade física e emocional das pessoas desse grupo etário e impedindo o desempenho de seu
papel social. A violência acontece como uma quebra de expectativa positiva dos idosos em relação às pessoas
e instituições que os cercam (filhos, cônjuge, parentes, cuidadores e sociedade em geral). (MINAYO, 2005, p.30)

Na cartilha produzida pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos Violência contra Idosos: o Avesso de Respeito à
Experiência e à Sabedoria, escrita pela professora Maria Cecília Minayo, são definidas as tipologias das diversas formas
de violência contra a pessoa idosa. São elas:

• Violência Física: é o uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar
dor, incapacidade ou morte. Para Fernandes (1997) os abusos físicos representam as formas brutais e agressivas
capazes de acarretar problemas físicos ou danos, como consequência de espancamentos, tapas, e maneiras de
prender alguém ao leito e cadeiras de rodas, impedindo a sua mobilidade e fazendo com que a vítima se fira ao tentar
escapar destes suplícios.

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• Violência Psicológica: corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar,
restringir a liberdade ou isolar do convívio social.

• Violência Sexual: refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou hetero-relacional, utilizando pessoas idosas.
Esses abusos visam obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou
ameaças.

• Abandono: é uma forma de violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais,
institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência.

• Negligência: refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos
responsáveis familiares ou institucionais. A negligência é uma das formas de violência mais presentes no país. Ela se
manifesta, frequentemente, associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em
particular, para as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade.

• Violência Financeira ou econômica: consiste na exploração imprópria ou ilegal ou ao uso não consentido pela
pessoa idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais.

• Autonegligência: diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela
recusa de prover cuidados necessários a si mesma.

Além das formas referenciadas na cartilha, podemos citar:

• Violência Medicamentosa: é a administração dos medicamentos prescritos de forma indevida, em que os familiares,
cuidadores e profissionais, aumentam, diminuem ou excluem os medicamentos.

• Violência Emocional e Social: refere-se à agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que possam
desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade; falta de respeito
aos desejos, negação do acesso a amizades, desatenção a necessidades sociais e de saúde.

Embora assegurado constitucionalmente o direito à dignidade e ao bem estar, não é difícil que idosos sejam encontrados
em situação de desamparo, de segregação social, de marginalização e de abandono, sendo, por este motivo, urgente
e indispensável que se conheça a base legal para proteção do idoso.

A Constituição Federal em seu artigo 3º, inciso IV prevê como objetivo fundamental da república promover o bem estar
de todos, sem preconceito ou discriminação em razão da idade do cidadão. Assim, ao ser estabelecido o direito de

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que ninguém pode ser discriminado por sua idade, fica garantido ao idoso o merecido espaço no diploma máximo do
Direito Penal.

Segundo Braga (2011), o Estatuto do Idoso também trouxe implicações em diversos ramos do direito público, privado,
e até mesmo do direito penal. Além disso, em relação ao aspecto de socialização do envelhecimento, o Estatuto do
Idoso democratizou o Direito do Idoso, provocando mudanças na sociedade, principalmente por utilizar uma linguagem
acessível a todos, e não só aos entendidos das leis.

A autora ressalta que “O Estatuto não inventou o direito do idoso, mas popularizou o seu conteúdo” (BRAGA, 2011,
p.35). Então, pode-se dizer que o Estatuto é um divisor de águas no cuidado para com o idoso, pois, antes dele, nem se
cogitava que os idosos tinham direitos.

Um ponto de atenção importante é que a partir do estatuto, os crimes contra os idosos tornaram-se de ação penal
pública incondicionada, ou seja, são ações obrigatórias. Braga (2011, p. 35) explica que

Isso significa que as autoridades policiais e judiciais não dependem da iniciativa do idoso. Em palavras comuns, o
idoso vítima de crime não pode mais retirar a queixa, uma vez que o fato é conhecido pelas autoridades policiais
e judiciais, o interesse é público e não mais apenas do idoso. Isso ocorre porque os crimes contra idosos não
atingem só o próprio idoso que é vítima, mas a sociedade como um todo.

Braga (2011) ainda ressalta que o estatuto também alterou a legislação ao criar o aumento de pena na contravenção
penal quando constatado o crime contra o idoso.

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Violência Contra Idosos: o Avesso do Respeito à Experiência e à Sabedoria

• Leia a cartilha Violência contra idosos: O avesso do respeito à experiência e à sabedoria,


escrita por Maria Cecilia Minayo. A cartilha descreve o cuidado e respeito que devemos àqueles
que foram a fonte de nossa educação.
Disponível em: <http://www.observatorionacionaldoidoso.fiocruz.br/biblioteca/_livros/18.pdf>. Acesso em:
15 ago. 2014.

Brasil: Manual de Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa. É


Possível Prevenir. É Necessário Superar

• Leia: Brasil: manual de enfrentamento à violência contra a pessoa idosa. É possível prevenir.
É necessário superar. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Texto de
Maria Cecília de Souza Minayo. Brasília, DF: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República, 2014
Disponível em: <http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-idosa/publicacoes/violencia-contra-a-pessoa-idosa>.
Acesso em: 15 ago. 2014.

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Os Direitos dos Idosos e os Deveres da Sociedade

• Leia: Os direitos dos idosos e os deveres da sociedade. O texto mostra que falar nos direitos
das pessoas idosas é cuidar dos direitos daqueles seres humanos a quem tudo devemos, pois
são eles os responsáveis pelos ensinamentos que colhemos ao longo da vida e também pelas
boas realizações do mundo e da humanidade.
Disponível em: <http://www.fundacaosanepar.com.br/noticias/os-direitos-dos-idosos-e-os-deveres-da-socie-
dade>. Acesso em: 15 ago. 2014.

Vem Pra Rua: Direito dos Idosos

• O vídeo apresenta uma reportagem do programa De bem com a vida sobre a realidade
vivenciada pela Delegacia de Atendimento ao Idoso.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=5WUfM-XXHXM>. Acesso em 15 ago. 2014.

Tempo: 14:04.

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Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1

Leia atentamente as alternativas a seguir e julgue-as como verdadeira ou falsa.

1. O fato de os idosos ainda serem vistos como chefes de família não deve ser tratado como algo positivo, muito pelo contrário,
isto é uma distorção socioeconômica.
2. A preservação do espaço do idoso é um importante elemento para a preservação de sua autonomia e dignidade.
3. O idoso vítima de crime pode retirar a queixa, sempre que julgar necessário, independentemente de o fato já ser de
conhecimento das autoridades policiais e judiciais.
4. A Constituição Federal em seu artigo 3º, inciso IV prevê como objetivo fundamental da república promover o bem estar de
todos, sem preconceito ou discriminação. No entanto, este artigo não se aplica às pessoas a partir dos 60 anos de idade.
5. Violência Psicológica corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a
liberdade ou isolar do convívio social.

O julgamento correto das questões é apresentado na alternativa:

a) V, V, V, V, V.

b) F, F, F, V, V.

c) F, V, V, F, F.

d) F, F, F, F, F.

e) V, V, F, F, V.

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agoraéasuavez
Questão 2

Embora assegurado constitucionalmente o direito à dignidade e bem estar, não é difícil que idosos sejam encontrados em situa-
ção de desamparo, de segregação social, de marginalização e de abandono, sendo por este motivo urgente e indispensável que
se conheça a base legal para proteção do idoso. É correto afirmar que segregação social é:

a) A exploração financeira de idosos.

b) A negativa dos direitos dos idosos.

c) A recusa ou a omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos responsáveis familiares ou institucionais.

d) A separação ou o processo de dissociação mediante o qual indivíduos e grupos perdem o contato físico e social com outros
indivíduos e grupos.

e) A marginalização dos idosos perante a sociedade.

Questão 3

No tocante aos cuidados com os idosos, a Constituição Federal, a Política Nacional do Idoso, o Código Civil e o Estatuto do Idoso
determinam que:
a) Quem deve cuidar dos idosos são as Organizações não governamentais.
b) Quem deve cuidar dos idosos é o governo estadual.
c) Quem deve cuidar dos idosos é a família.
d) Quem deve cuidar dos idosos é a Previdência Social.
e) Quem deve cuidar dos idosos é a instância federal.

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Questão 4

Na cartilha produzida pela Secretaria Especial de Direitos Humanos Violência contra Idosos – o Avesso de Respeito à Experiência
e à Sabedoria, escrita pela professora Maria Cecília Minayo, são definidas as tipologias das diversas formas de violência contra
a pessoa idosa. Quais são os tipos de violência citados pela cartilha e seus respectivos conceitos?

Questão 5

Como Minayo (2005) define a violência à pessoa idosa?

finalizando
Segundo Serrano (2010), a pesquisa Longevidade Brasil, realizada pelo Instituto Data Popular e contratada pela
Bradesco Vida e Previdência, chegou à conclusão de que nossa população “madura” é otimista, ativa e valoriza a
independência. Foram mais de 1.200 entrevistados em oito cidades em várias regiões do país e, entre eles, 805 disseram
que sustentam o lar onde moram. Além disso, os sexagenários não se consideram idosos – termo que relacionam à
dependência e à doença. Muitos reclamam do preconceito e de serviços públicos, como transporte e saúde. No entanto,
53% dizem que estão vivendo o melhor momento de suas vidas.

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referências
BRAGA, P. M. V. Curso de direito do idoso. São Paulo: Atlas, 2011.
BOSI, E. Memória e sociedade. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
BRASIL. Estatuto do Idoso. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências.
Brasília, 2003.
FERNANDES, F. da S. As pessoas idosas na legislação brasileira. São Paulo: LTr, 1997.
MINAYO, M. C. Violência contra idosos: o avesso de respeito à experiência e à sabedoria. Brasília: Secretaria Especial dos
Direitos Humanos, 2. ed. 2005.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. Caderno de violência contra a pessoa idosa. Disponível em:
<http://www.cordeiropolis.sp.gov.br/saude/index_arquivos/CADERNO%20DE%20VIOLENCIA.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2014.
SERRANO, M. A. Imagem da maturidade. In: Para se viver bem a terceira idade. Guia Prático do Estatuto do Idoso e outras
leis. Brasília, 2010.
QUEIROS, Z. P. V. Violência contra a velhice: considerações preliminares sobre uma nova questão social. O mundo da saúde,
São Paulo, FISC, ano 21, vol.21, n. 4, p.204-207, 1997.

glossário
Aristóteles: filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Seus escritos abrangem diversos as-
suntos, como a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a bio-
logia e a zoologia. Juntamente com Platão e Sócrates (professor de Platão), Aristóteles é visto como um dos fundadores
da filosofia ocidental. Em 343 a.C. torna-se tutor de Alexandre da Macedônia que na época tinha treze anos de idade e
foi o mais célebre conquistador do mundo antigo. Em 335 a.C. Alexandre assume o trono e Aristóteles volta para Atenas,
onde funda o Liceu.

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glossário
Conflitos intergeracionais:  são conflitos que descrevem discrepâncias culturais, sociais ou econômicas entre duas
gerações. Eles podem ser causados por câmbios de valores ou por conflitos de interesse entre gerações mais jovens
e gerações mais idosas.

Organização Mundial de Saúde (OMS): é uma agência especializada em saúde, fundada em 7 de abril de 1948 e su-
bordinada à Organização das Nações Unidas. Sua sede é em Genebra, na Suíça. A diretora-geral é, desde novembro
de 2006, a honconguesa Margaret Chan.

Transição demográfica: é um conceito que descreve a dinâmica do crescimento populacional, decorrente dos avanços
da medicina, da urbanização, do desenvolvimento de novas tecnologias, das taxas de natalidade, entre outros fatores.

GABARITO
Questão 1

Resposta: Alternativa E.

Questão 2

Resposta: Alternativa D.

Questão 3

Resposta: Alternativa C.

Questão 4

Resposta:

• Violência Física: é o uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar
dor, incapacidade ou morte. Para Fernandes (1997) os abusos físicos representam as formas brutais e agressivas
capazes de acarretar problemas físicos ou danos, como consequência de espancamentos, tapas, e maneiras de

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prender alguém ao leito e cadeiras de rodas, impedindo a sua mobilidade e fazendo com que a vítima se fira ao tentar
escapar destes suplícios.

• Violência Psicológica: corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar,
restringir a liberdade ou isolar do convívio social.

• Violência Sexual: refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou hetero-relacional, utilizando pessoas idosas. Esses
abusos visam obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças.

• Abandono: é uma forma de violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais,
institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência.

• Negligência: refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos
responsáveis familiares ou institucionais. A negligência é uma das formas de violência mais presentes no país. Ela se
manifesta, frequentemente, associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em
particular, para as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade.

• Violência Financeira ou econômica: consiste na exploração imprópria ou ilegal ou ao uso não consentido pela
pessoa idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais.

• Autonegligência: diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela
recusa de prover cuidados necessários a si mesma.

• Violência Medicamentosa: é a administração dos medicamentos prescritos de forma indevida, em que os familiares,
cuidadores e profissionais, aumentam, diminuem ou excluem os medicamentos.

• Violência Emocional e Social: refere-se à agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que possam
desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade; falta de respeito
aos desejos, negação do acesso a amizades, desatenção a necessidades sociais e de saúde.

Questão 5

Resposta: Segundo Minayo (2005, p.30), “a violência à pessoa idosa pode ser definida como ações ou omissões
cometidas uma vez ou muitas vezes, prejudicando a integridade física e emocional das pessoas desse grupo etário e
impedindo o desempenho de seu papel social. A violência acontece como uma quebra de expectativa positiva dos idosos
em relação às pessoas e instituições que os cercam (filhos, cônjuge, parentes, cuidadores e sociedade em geral)”.

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