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Linguagens, códigos e suas tecnologias

LÍNGUA PORTUGUESA
Governador do Estado do Amazonas
Omar Aziz

Secretário de Estado de Educação de Qualidade do Ensino


Gedeão Timóteo Amorim

Secretária-Executiva
Sirlei Alves Ferreira Henrique

Secretária-Adjunta da Capital
Ana Maria da Silva Falcão

Secretária-Adjunta do Interior
Magaly Portela Régis

Diretor do Departamento de Políticas e


Programas Educacionais
EDSON SANTOS MELO

Gerente do Ensino Médio


VERA LÚCIA LIMA DA SILVA
PROPOSTA CURRICULAR DE
LÍNGUA PORTUGUESA PARA
O ENSINO MÉDIO

Secretaria de Estado de
Educação e Qualidade do Ensino
Copyright © SEDUC – Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino, 2012

Editor
Isaac Maciel

Coordenação editorial
Tenório Telles

Capa e Projeto Gráfico


Heitor Costa

Diagramação
Suellen Freitas

Revisão
Núcleo de Editoração Valer

Normalização
Ycaro Verçosa

S729p Proposta Curricular de Língua Portuguesa para o Ensino Médio. –


Manaus: Seduc – Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino, 2012.

132 p.­­

ISBN 978-85-7512-556-4

1. Língua Portuguesa – Proposta Curricular


2. Reforma Curricular – Ensino Médio I. Título.

CDD 372.89
22 Ed.

Resolução no 162/2011 – CEE/AM, aprovada em 13/12/2011

2012

Seduc – Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino


Rua Waldomiro Lustoza, 250 – Japiim II
CEP – 69076-830 – Manaus/AM
Tel.: Seduc (92) 3614-2200
Gem: (92)3614-2275 / 3613-5481
www.seduc.am.gov.br
SUMÁRIO

Compromisso com a Educação 7

Carta ao Professor 9

Proposta Curricular de Língua Portuguesa para o Ensino Médio 11

Introdução 13

Proposta Curricular do Ensino Médio: Pressupostos teóricos 15

Currículo Escolar: Aproximação com o cotidiano 21

Um conhecimento fundado sobre Competências e Habilidades 23

Áreas de Conhecimento: A integração dos saberes 27

1. O Componente Curricular integrador da Matriz do Ensino Médio 29


1.1 A Língua Portuguesa no Ensino Médio 31
1.2 Quadro demonstrativo do Componente Curricular 40
1.3 Alternativas metodológicas para o ensino de Língua Portuguesa 97
1.3.1 Sugestões de atividades didático-pedagógicas 97
1.3.2 Sugestões para pesquisa 116

Avaliação: O culminar do processo educativo 119

Considerações Finais 123

Referências 125
LÍNGUA PORTUGUESA 7

compromisso com A EDUCAÇÃO

É inquestionável o valor da Educação na às novas tecnologias, da promoção de forma-


formação do ser humano e na construção de ções para melhor qualificar os mestres que
uma sociedade próspera e cidadã. Ao longo estão na sala de aula, empenhados na pre-
da História, as nações que conquistaram o paração dos jovens, sem descurar do cuida-
reconhecimento e ajudaram no processo de do com a melhoria das condições de trabalho
evolução do conhecimento foram aquelas dos profissionais que ajudam a construir uma
que dedicaram atenção especial à formação realidade educacional mais promissora para o
da juventude e valorizaram o saber como fa- povo amazonense.
tor de afirmação social e cultural. Fruto desse comprometimento que tenho
Consciente do significado social da apren- com a Educação, é com satisfação que apre-
dizagem e do caráter substantivo do ensino sento aos professores e à sociedade em geral
como fundamento da própria vida, elegi a esta Proposta do Ensino Médio – nascida do
Educação como pressuposto de governo – debate dos educadores e técnicos que fazem
consciente da minha responsabilidade como parte da rede pública estadual de ensino. Esta
governador do Estado do Amazonas. Tenho reestruturação, coordenada pela Secretaria
a convicção de que a construção do futuro de Estado da Educação e Qualidade do Ensi-
é uma tarefa do presente – e que o conheci- no, objetiva a renovação e atualização do pro-
mento é o substrato do novo tempo que ha- cesso da aprendizagem, considerando os Pa-
verá de nascer do trabalho dos professores e râmetros Curriculares do Ensino Médio, bem
demais profissionais que se dedicam ao ofício como as inovações ocorridas com a implan-
de educar em nossa terra. tação do Exame Nacional do Ensino Médio –
Essa é uma missão de todos: não só dos Enem. Com o aprimoramento da aprendiza-
educadores, mas igualmente dos pais e dos gem e com a promoção de uma nova sistemá-
agentes públicos, bem como de todo aquele tica de ensino e avaliação, almejamos o avan-
que tem compromisso com o bem comum e a ço da Educação e a melhoria da qualidade da
cidadania. Tenho empreendido esforços para prática educacional no Estado do Amazonas.
promover a Educação no Amazonas, sobretu- Reitero, assim, meu compromisso com a
do por meio da valorização e do reconheci- Educação.
mento do mérito dos professores, do acesso

Omar Aziz
Governador do
Estado do Amazonas

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
8 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 9

CARTA AO PROFESSOR

Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.

Cecília Meireles

A mudança é o sentido e o fundamento da de Educação, por meio da ação de seus educa-


vida. A verdade é que não há vida sem trans- dores e técnicos, coordenou de forma eficaz os
formação e sem o aprimoramento permanen- trabalhos de discussão e elaboração das pro-
te de nosso modo de pensar e ser e, sobretu- postas curriculares de cada componente que
do, de agir. O poema da professora e escritora integra as quatro áreas de conhecimento do
Cecília Meireles traduz esse entendimento Ensino Médio – norteadoras da prática pedagó-
e essa verdade inquestionável. Por isso, esse gica dos professores no cotidiano escolar neste
tem sido o espírito de nossas ações à frente novo momento do ensino em nossa terra.
da Secretaria de Estado de Educação do Ama-
zonas: buscar novos caminhos para melhorar Acreditamos que os novos referenciais
a aprendizagem de nossas crianças e jovens metodológicos, enriquecidos com sugestões
– motivo pelo qual elegemos a formação dos de Competências, Habilidades e práticas faci-
professores como um dos fundamentos desse litadoras da aprendizagem, estabelecidos nas
propósito. propostas, contribuirão para dinamizar e en-
riquecer o trabalho pedagógico dos professo-
Fruto dessa iniciativa, empreendida com o res, melhorando a compreensão e formação
objetivo de construir um futuro promissor para intelectual e espiritual dos educandos. Vive-
a Educação no Amazonas, apresentamos os re- mos um momento de renovação da prática
sultados do trabalho de reestruturação da Pro- educacional no Amazonas, experiência que
posta Curricular do Ensino Médio. A Secretaria demanda, de todos os envolvidos nesse pro-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
cesso, novas respostas, novas atitudes e novos de e atenção com a formação educacional dos
procedimentos de ensino. Dessa forma, com nossos educandos.
compromisso, entusiasmo e consciência de
nosso papel como educadores, ajudaremos a Temos consciência do desafio que temos
construir uma nova realidade educacional em pela frente e entendemos que este é o primeiro
nosso Estado, fundada na certeza de que o co- passo de uma longa jornada, que dependerá da
nhecimento liberta, enriquece a vida dos indi- participação construtiva, não só dos professo-
víduos e contribui para a construção de uma res, corpo técnico e educandos, mas também
consciência cidadã. dos pais, agentes públicos e da sociedade.

O chamamento de Cecília Meireles – “Re- Que todos aceitemos o desafio da renova-


nova-te / Renasce em ti mesmo” – é uma ção e do comprometimento com a vida, com
síntese do fundamento que orienta o nosso a Educação dos nossos jovens e com a busca
caminho e norteia as nossas ações. O governa- de novas práticas pedagógicas – capazes de
dor Omar Aziz assumiu a responsabilidade de nos ajudar no forjamento de uma nova consci-
fazer do seu governo um ato de compromisso ência e na construção de uma sociedade fun-
com a Educação das crianças e jovens do Ama- dada no conhecimento e na cidadania, ideais
zonas. Os frutos dessa ação, que resultou na que herdamos da cultura clássica e que têm
reestruturação da Proposta Curricular do En- na Paideia Grega (entendida como a verdadei-
sino Médio, são uma prova da sua sensibilida- ra Educação) o seu referencial por excelência.

Gedeão Timóteo Amorim


Secretário de Estado de Educação
LÍNGUA PORTUGUESA 11

PROPOSTA CURRICULAR DE
LÍNGUA PORTUGUESA PARA O
ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 13

INTRODUÇÃO

A Proposta que chega ao Ensino Médio sur- LDB (Lei nº 9.394/96), que requer um homem
giu das necessidades que se verificam não só cidadão, com capacidades para seguir os es-
no campo educacional, mas também nas de- tudos em um Nível Superior ou que seja capaz
mais áreas do saber e dos segmentos sociais. de inserir-se, com capacidades concretas, no
Dito por outras palavras, a vertiginosidade com mundo do trabalho.
que as mudanças ocorrem, inclusive situando- Mas para que esse homem-cidadão possa
nos em um novo tempo, cognominado pelos ter o arcabouço teórico exigido, ele precisa
filósofos como pós-modernidade, é o que nos conhecer o seu entorno, ou seja, ele precisa
obriga a repensar os atuais paradigmas e a ins- ser e estar no mundo, daí, então, que ele par-
taurar-se, como se faz necessário, novos. tirá para a construção da sua identidade, da
A mudança, na qual somos agentes e pa- sua região, do seu local de origem. Somente
cientes, não só desestabiliza a permanência após a sua inserção na realidade, com suas
do homem no mundo como também requer emoções, afetos e sentimentos outros, é que
novas bases, o que implica novos exercícios ele poderá compreender o seu entorno em
do pensamento. Considerando que é na Esco- uma projeção, compreendendo as suas des-
la, desde a educação infantil, que também se continuidades mais ampliadas, ou seja: so-
estabelecem os princípios e valores que nor- mente assim ele poderá ser e estar no mundo.
tearão toda a vida, é a ela que, incisivamente, As situações referidas são as norteadoras
as novas preocupações se dirigem. desta Proposta, por isso ela reclama a Inter-
É nesse contexto que esta Proposta se ins- disciplinaridade, a Localização do sujeito no
creve. É em meio a essas inquietantes angús- seu mundo, a Formação, no que for possível,
tias e no encontro com inúmeros caminhos, os integral do indivíduo e a Construção da cida-
quais não possuem inscrições, afirmando ou dania. É, portanto, no contexto do novo, do
não o nível de segurança, que ela busca insti- necessário que ela se organizou, que ela mo-
tuir alguma estabilidade e, ainda, a certeza de bilizou a atenção e a preocupação de todos os
que o saber perdurará, de que o homem conti- que, nela, se envolveram.
nuará a produzir outros/novos conhecimentos. Para finalizar, é opinião comum dos cida-
As palavras acima se sustentam na ideia de dãos, que pensam sobre a realidade e fazem
que a Escola ultrapassa a Educação e a Instru- a sua leitura ou interpretação, que o momen-
ção, projetando-se para o campo da garantia, to é de transição. Essa afirmação é plena de
da permanência, da continuidade do conheci- significados e de exigências, inclusive corre-se
mento do homem e do mundo. o risco maior de não se compreender o que
Os caminhos indicadores para a redefini- é essencial. É assim que o passado se funde
ção das funções da Escola seguem, a nosso com o presente, o antigo se funde com o novo,
ver, a direção que é sugerida. É por isso que criando uma dialética essencial à progessão
a Escola e o produto por ela gerado – o Co- da História. A Proposta Curricular do Ensino
nhecimento – instituem um saber fundado Médio, de 2011, resguarda esse movimento e
em Competências e Habilidades, seguindo a o aceita como uma necessidade histórica.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 15

Proposta Curricular do Ensino Médio:


Pressupostos Teóricos

A educação brasileira, nos últimos anos, Ensino Médio desenvolveu ações educacio-
perpassa por transformações educacionais nais para fundamentar as discussões acerca
decorrentes das novas exigências sociais, do currículo vigente.
culturais, políticas e econômicas vigentes no Os professores da Rede Estadual de Ensino
país, resultantes do processo de globalização. Médio receberam orientações, por meio de
Considerando esta nova reconfiguração mun- palestras e de uma jornada pedagógica, que
dial e visando realizar a função formadora da proporcionaram aos professores reflexões so-
escola de explicar, justificar e de transformar bre: O fazer pedagógico, sobre os fundamen-
a realidade, a educação busca oferecer ao tos norteadores do currículo e principalmente
educando maior autonomia intelectual, uma sobre o que se deve ensinar. E o que os edu-
ampliação de conhecimento e de acesso a in- candos precisam apreender para aprender?
formações numa perspectiva integradora do Os trabalhos desenvolvidos tiveram, como
educando com o meio. subsídios, os documentos existentes na Secre-
No contexto educacional de mudanças re- taria de Educação, norteados pela Proposta
lativas à educação como um todo e ao Ensino Curricular do Ensino Médio/2005, pelos PCN,
Médio especificamente a reorganização curri- pelos PCN+ e pelos referenciais nacionais. As
cular, dessa etapa do ensino, faz-se necessária discussões versaram sobre os Componentes
em prol de oferecer novos procedimentos que Curriculares constantes na Matriz Curricular
promovam uma aprendizagem significativa e do Ensino Médio, bem como sobre as refle-
que estimulem a permanência do educando xões acerca da prática pedagógica e do papel
na escola, assegurando a redução da evasão intencional do planejamento e da execução
escolar, da distorção idade/série, como tam- das ações educativas.
bém a degradação social desse cidadão. Os resultados colhidos nessas discussões
A ação política educacional de Reestrutu- estimularam a equipe a elaborar uma versão
ração da Proposta Curricular do Ensino Médio atualizada e ampliada da Proposta Curricular
foi consubstanciada nos enfoques educacio- do Ensino Médio, contemplando em um só
nais que articulam o cenário mundial, bra- documento as orientações que servirão como
sileiro e local, no intuito de refletir sobre os referência para as ações educativas dos profis-
diversos caminhos curriculares percorridos na sionais das quatro Áreas do Conhecimento.
formação do educando da Rede Estadual de Foi a partir dessa premissa que se perce-
Ensino Médio. beu a necessidade de refletir acerca do Currí-
Dessa forma, a fim de assegurar a cons- culo, da organização curricular, dos espaços e
trução democrática e a participação dos pro- dos tempos para que, dessa maneira, fossem
fessores da Rede Estadual de Ensino Médio, privilegiados, como destaques:
na Reestruturação do Currículo, a Gerência de

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
16 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• o foco no processo de ensino-aprendi- divíduos, do corpo social, da comunidade em


zagem; geral, levando em consideração os conceitos,
• os diferentes tipos de aprendizagem e as representações, os saberes oriundos das
de recursos; vivências dos educandos que concretamente
• o desenvolvimento de competências estão envolvidos, e nas experiências que vi-
cognitivas, operativas e afetivas; venciam no cotidiano.
• a autonomia intelectual; A proposta é que os educandos possam
• a reflexão antes, durante e após as posicionar-se de maneira crítica, ética, res-
ações. ponsável e construtiva nas diferentes situa­
ções sociais, utilizando o conhecimento como
É válido ressaltar que os caminhos defi- instrumento para mediar conflitos e tomar
nidos enquadram-se na perspectiva atual do decisões; e, assim, perceberem-se como
projeto filosófico educativo do país que re- agentes transformadores da realidade social
quer a interdisciplinaridade, a transdiscipli- e histórica do país, identificando as caracte-
naridade e a transversalidade, na qualidade rísticas estruturais e conjunturais da realida-
de meios de garantia de um ensino-aprendi- de social e as interações entre elas, a fim de
zagem bem-sucedido. Ou seja, os objetos pri- contribuírem ativamente para a melhoria da
vilegiados nos Componentes Curriculares do qualidade da vida social, institucional e indi-
Ensino Médio deverão ser focados em uma vidual; devem, ainda, conhecer e valorizar a
perspectiva abrangente, na qual eles serão diversidade que caracteriza a sociedade bra-
objetos de estudo do maior número possível sileira, posicionando-se contra quaisquer for-
de Componentes Curriculares. Dessa forma, mas de discriminação baseada em diferenças
entende-se que o educando poderá apreen- culturais, classe social, crença, gênero, orien-
dê-los em toda a sua complexidade. tação sexual, etnia e em outras característi-
É assim que temas como a diferença socio- cas individuais e sociais.
cultural de gênero, de orientação sexual, de Espera-se que esta Proposta seja uma fer-
etnia, de origem e de geração perpassam por ramenta de gestão educacional e pedagógica,
todos os componentes, visando trazer ao de- com ideias e sugestões que possam estimular
bate, nas salas de aula, os valores humanos o raciocínio estratégico-político e didático-
e as questões que estabelecem uma relação educacional, necessário à reflexão e ao de-
dialógica entre os diversos campos do co- senvolvimento de ações educativas coerentes
nhecimento. Nesse sentido, foi pensado um com princípios estéticos, políticos e éticos,
Currículo amplo e flexível, que expressasse orientados por competências básicas que esti-
os princípios e as metas do projeto educati- mulem os princípios pedagógicos da identida-
vo, possibilitando a promoção de debates, a de, diversidade e autonomia, da interdiscipli-
partir da interação entre os sujeitos que com- naridade e da contextualização enquanto es-
põem o referido processo. truturadores do currículo (DCNEM, 2011,11),
Assim, os processos de desenvolvimento e que todo esse movimento chegue às salas
das ações didático-pedagógicas devem possi- de aula, transformando a ação pedagógica e
bilitar a reflexão crítica sobre as questões que contribuindo para a excelência da formação
emergem ou que resultem das práticas dos in- dos educandos.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 17

Para que se chegasse a essa fundamen- gerais, e colegial, com duração de três anos,
tação pedagógica, filosófica, sociológica da que oferecia os cursos Clássico e Científico.
educação, foram concebidas e aperfeiçoa­das O cenário político brasileiro de 1964,
Leis de Diretrizes e Bases da Educação Na- que culminou no golpe de Estado, determi-
cional. No contexto legislativo-educacional, nou novas orientações para a política edu-
destacam-se as Leis nº 4.024/61, 5.692/71 e cacional do país. Foram estabelecidos novos
9.394/96 que instituíram bases legais para a acordos entre o Brasil e os Estados Unidos da
educação brasileira como normas estrutura- América, dentre eles o MEC-Usaid. Constava,
doras da Educação Nacional. no referido acordo, que o Brasil receberia re-
Todavia, o quadro da educação brasileira cursos para implantar uma nova reforma que
nem sempre esteve consolidado, pois antes atendesse aos interesses políticos mundiais,
da formulação e da homologação das Leis objetivando vincular o sistema educacional
de Diretrizes e Bases, a educação não era o ao modelo econômico imposto pela política
foco das políticas públicas nacionais, visto norte-americana para a América Latina (ARA-
que não constava como uma das principais NHA, 2010). É no contexto de mudanças sig-
incumbências do Estado garantir escola pú- nificativas para o país, ocasionadas pela nova
blica aos cidadãos. conjuntura política mundial, que é promulga-
O acesso ao conhecimento sistemático, da a nova LDB nº 5.692/71. Essa Lei é gerada
oferecido em instituições educacionais, era no contexto de um regime totalitário, portan-
privilégio daqueles que podiam ingressar em to contrário às aspirações democráticas emer-
escolas particulares, tradicionalmente reli- gentes naquele período.
giosas de linha católica que, buscando seus Nas premissas dessa Lei, o ensino profis-
interesses, defendiam o conservadorismo sionalizante do 2.o grau torna-se obrigatório.
educacional, criticando a ideia do Estado em Dessa forma, ele é tecnicista, baseado no
estabelecer um ensino laico. modelo empresarial, o que leva a educação a
Somente com a Constituição de 1946, o adequar-se às exigências da sociedade indus-
Estado voltou a ser agente principal da ação trial e tecnológica. Foi assim que o Brasil se in-
educativa. A lei orgânica da Educação Primá- seriu no sistema do capitalismo internacional,
ria, do referido ano, legitimou a obrigação do ganhando, em contrapartida, a abertura para
Estado com a educação (Barbosa, 2008). Em o seu crescimento econômico. A implantação
meio a esse processo, e após inúmeras reivin- generalizada da habilitação profissional trou-
dicações dos pioneiros da Educação Nova e xe, entre seus efeitos, sobretudo para o ensino
dos intensos debates que tiveram como pano público, a perda da identidade que o 2.o grau
de fundo o anteprojeto da Lei de Diretrizes passará a ter, seja propedêutica para o Ensino
e Bases, é homologada a primeira LDB, nº Superior, seja a de terminalidade profissional
4.024/61, que levou treze anos para se con- (Parecer CEB 5/2011). A obrigatoriedade do
solidar, entrando em vigor já ultrapassada e ensino profissionalizante tornou-se faculta-
mantendo em sua estrutura a educação de tiva com a Lei nº 7.044/82 que modificou os
grau médio: ginasial, com duração de quatro dispositivos que tratam do referido ensino, no
anos, destinada a fundamentos educacionais 2.o grau.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
18 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Pode-se dizer que o avanço educacional do rização dos Profissionais da Educação – Fun-
país estabeleceu-se com a Lei de Diretrizes e deb, que oferece subsídios a todos os níveis
Bases da Educação nº 9.394/96, que alterou da educação, inclusive ao Ensino Médio.
a estrutura do sistema educacional brasileiro Na atual Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
quando no Titulo II – Dos Princípios e Fins da cação, o Ensino Médio tem por finalidade pre-
Educação Nacional – Art. 2.o, declara: A edu- parar o educando para a continuidade dos es-
cação, dever da família e do Estado, inspira- tudos, para o trabalho e para o exercício da ci-
da nos princípios de liberdade e nos ideais de dadania, primando por uma educação escolar
solidariedade humana, tem por finalidade o fundamentada na ética e nos valores de liber-
pleno desenvolvimento do educando, seu pre- dade, justiça social, pluralidade, solidariedade
paro para o exercício da cidadania e sua qua- e sustentabilidade. As prerrogativas da Lei su-
lificação para o trabalho. pracitada acompanham as grandes mudanças
Essa Lei confere legalidade à condição do sociais, sendo, dessa forma, exigido da escola
Ensino Médio como parte integrante da Edu- uma postura educacional responsável, capaz
cação Básica, descrevendo, no artigo 35, os de forjar homens, não somente preparados
princípios norteadores desse nível de ensino: para integrar-se socialmente, como também
de promover o bem comum, concretizando a
O Ensino Médio, etapa final da educação afirmação do homem-cidadão.
básica, com duração mínima de três anos, Norteadas pela Lei de Diretrizes e Bases
terá como finalidades: I – a consolidação e da Educação, apresentam-se as Diretrizes
o aprofundamento dos conhecimentos ad- Curriculares Nacionais para o Ensino Médio
quiridos no Ensino Fundamental, possibili- (Parecer CEB 5/2011), que tem como pres-
tando o prosseguimento de estudos; II – a supostos e fundamentos: Trabalho, Ciência,
preparação básica para o trabalho e a cida- Tecnologia e Cultura.
dania do educando, para continuar apren- Quando se pensa em uma definição para
dendo, de modo a ser capaz de se adaptar o conceito Trabalho, não se pode deixar de
com flexibilidade a novas condições de ocu- abordar a sua condição ontológica, pois essa é
pação ou aperfeiçoamento posteriores; III – condição imprescindível para a humanização
o aprimoramento do educando como pes- do homem. É por meio dele que se instaura o
soa humana, incluindo a formação ética e o processo cultural, ou seja, é no momento em
desenvolvimento da autonomia intelectual que o homem age sobre a natureza, transfor-
e do pensamento crítico; IV – a compreen- mando-a, que ele se constitui como um ser
são dos fundamentos científico-tecnológi- cultural. Portanto, o Trabalho não pode ser
cos dos processos produtivos, relacionando desvinculado da Cultura, pois estes se com-
a teoria com a prática, no ensino de cada portam como faces da mesma moeda. Sinte-
disciplina. tizando, pode-se dizer que o homem produz
sua realidade, apropria-se dela e a transfor­
Com a incorporação do Ensino Médio à ma, somente porque o Trabalho é uma con-
Educação Básica, entra em vigor, a partir do dição humana/ontológica e a Cultura é o re-
ano de 2007, o Fundo de Manutenção e De- sultado da ação que possibilita ao homem ser
senvolvimento da Educação Básica e de Valo- homem.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 19

Trabalho, Ciência, Tecnologia e Cultura surgem como propiciadoras de um novo mun-


constituem um todo que não se pode disso- do, inclusive, determinando o nível de desen-
ciar, isso porque ao se pensar em Trabalho volvimento socioeconômico de um país.
não se pode deixar de trazer ao pensamento Seguindo as orientações das Diretrizes
o resultado que ele promove, ou seja, a pro- Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, a
dução. Imediatamente, compreende-se que a formação integral do educando deve promo-
Tecnologia não é possível sem um pensamen- ver reflexões críticas sobre modelos culturais
to elaborado, sistemático e cumulativo, daí, pertinentes à comunidade em que ele está
pensar-se em Ciência. Para se ter a ideia do inserido, bem como na sociedade como um
que é referido, pode-se recorrer aos primór- todo. Sob essa ótica, é de fundamental impor-
dios da humanidade, quando o homem trans- tância haver unicidade entre os quatro pres-
formou uma pedra em uma faca, a fim de se supostos educacionais: Trabalho, Ciência,
proteger das feras. Nos dias de hoje, quando a Tecnologia e Cultura que devem estar atrela-
Ciência tornou-se o núcleo fundante das nos- dos entre pensamento e ação e a busca inten-
sas vidas, retirando o homem do seu pedes- cional das convergências entre teoria e práti-
tal, pois foi com o seu triunfo que ele deixou ca na ação humana (Parecer CEB 5/2011).
de ser o centro do universo, as Tecnologias

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 21

Currículo Escolar: Aproximação com o cotidiano

A discussão sobre o Currículo Básico é O excerto em destaque trata da vinculação


hoje um tema presente nos projetos políti- ou da dependência do Currículo ao contexto
co-pedagógicos das escolas, nas pesquisas, no qual ele está inserido. Nele, as várias re-
nas teorias pedagógicas, na formação inicial lações que se estabelecem socialmente estão
e continuada dos professores e gestores, e, incluídas, dado que se trata de uma represen-
ainda, nas propostas dos sistemas de ensino, tação social e, por isso, todas as sensações,
tendo no seu centro a especificidade do co- especulações, conhecimentos e sentimentos,
nhecimento escolar, priorizando o papel da para que ele contemple as necessidades dos
escola como instituição social voltada à tare- educandos, são abordadas. Por outro lado,
fa de garantir a todos o acesso aos saberes não se pode desprezar a produção cognitiva,
científicos e culturais. resultado do acúmulo de conhecimentos que
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacio- garantem a permanência da humanidade.
nais para o Ensino Médio, em seu artigo 8.°: Conforme diversos autores citados por
Sabini (2007), esses fundamentados no texto
O Currículo é organizado em áreas de co- de Sacristán e de Seed (2003), o Currículo é
nhecimento, a saber: um conjunto de conhecimentos ou de maté-
rias a ser apreendido pelo educando dentro
I – Linguagens. de um ciclo-nível educativo ou modalidade
II – Matemática. de ensino; o Currículo é uma experiência re-
III – Ciências da Natureza. criada nos educandos, por meio da qual po-
IV – Ciências Humanas. dem desenvolver-se; o Currículo é uma tarefa
e habilidade a serem dominadas; o Currículo
§1.° – O currículo deve contemplar as qua- é um programa que proporciona conteúdos e
tro áreas do conhecimento, com tratamen- valores, para que os educandos melhorem a
to metodológico que evidencie a contextu- sociedade, podendo até mesmo reconstruí-la.
alização e a interdisciplinaridade ou outras Para Silva (2004), o Currículo é definido,
formas de interação e articulação entre portanto, como lugar, espaço, território, rela-
diferentes campos de saberes específicos. ção de poder. Como sabemos, ele também é
o retrato da nossa vida, tornando-se um do-
§2.° – A organização por área de conheci- cumento de identidade em termos de apren-
mento não dilui nem exclui Componentes dizagem e construção da subjetividade. Isso
Curriculares com especificidades e sabe- serve para mostrar a importância que o Currí-
res próprios construídos e sistematizados, culo pode tomar nas nossas vidas.
mas implica no fortalecimento das relações Considerando a história do Currículo es-
entre eles e a sua contextualização para colar, remetemo-nos ao momento em que se
apreensão e intervenção na realidade, re- iniciam as reflexões sobre o ensino ou quan-
querendo planejamento e execução conju- do ele é considerado como uma ferramenta
gados e cooperativos dos seus professores. pedagógica da sociedade industrial. Assim,

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
22 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

partindo do contexto social, o Currículo se teo­ria única, mas um conjunto de teorias e


faz presente em formas de organização da saberes, ou seja, o Currículo, desatrelado do
sociedade. Dessa forma, podemos compre- aspecto de simples listagem de conteúdos,
endê-lo como produto de um processo de passa a ser um processo constituído por um
conflitos culturais dos diferentes grupos de encontro cultural, de saberes, de conheci-
professores que o elaboram (LOPES, 2006). mentos escolares na prática da sala de aula,
Lopes compreende, ainda, que é necessário local de interação professor e educando.
conhecer as várias formas de conceituação Nesse sentido, cabe àqueles que condu-
de Currículo que são elaboradas para nortear zem os destinos do país, e, especificamente,
o trabalho dos professores em sala de aula. aos que gerem os destinos da educação no
Para Lopes (idem), o Currículo é elaborado Amazonas encontrar o melhor caminho para
em cada escola, com a presença intelectual, o norteamento do que é necessário, conside-
cultural, emocional, social e a memória de rando a realidade local, a realidade regional
seus participantes. É na cotidianidade, for- e a nacional. E, ainda, sem deixar de conside-
mada por múltiplas redes de subjetividade, rar os professores, os gestores, os educandos,
que cada um de nós forja nossas histórias de os pais e a comunidade em geral. Não basta,
educandos e de professores. apenas, a fundamentação teórica bem alicer-
Considerando a complexidade da história çada, mas o seu entendimento e a sua aplica-
do Currículo, não é possível conceber uma ção à realidade.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 23

Um conhecimento fundado sobre Competências


e Habilidades

A Secretaria de Estado de Educação e Qua- conhecimentos adquiridos em sala de aula e


lidade do Ensino, com base nas Diretrizes Cur- fora dela, o que necessariamente implica um
riculares do Ensino Médio, reitera em sua Pro- trabalho interdisciplinar.
posta Curricular os seguintes pressupostos: Ao falarmos em Interdisciplinaridade no
formação integral dos educandos; o trabalho ensino, é preciso considerar a contribuição
e a pesquisa como princípio educativo e peda- dos PCN. Um olhar mais atento a esse docu-
gógico; a indissociabilidade entre educação e mento revela-nos a opção por uma concep-
prática social, considerando-se a historicidade ção instrumental de Interdisciplinaridade:
dos conhecimentos e dos sujeitos do processo
educativo, bem como entre teoria e prática no Na perspectiva escolar, a interdisciplinari-
processo de ensino-aprendizagem; a integra- dade não tem a pretensão de criar novas
ção de conhecimentos gerais e, quando for o disciplinas ou saberes, mas de utilizar os
caso, de conhecimentos técnico-profissionais. conhecimentos de várias disciplinas para
Os pressupostos garantidos implicam a resolver um problema concreto ou compre-
responsabilidade dos atores perante o pro- ender um fenômeno sob diferentes pontos
cesso educativo na busca constante dos me- de vista. Em suma, a Interdisciplinaridade
canismos que o transformem em ação efetiva. tem uma função instrumental. Trata-se de
Esses mecanismos dizem respeito ao porquê recorrer a um saber útil e utilizável para
e como trabalhar determinados conhecimen- responder às questões e aos problemas
tos de forma a atingir a formação integral do sociais contemporâneos (BRASIL, 2002, p.
cidadão, vivenciando, assim, a dimensão so- 34-36).
ciopolítica da educação, o que define o Cur-
rículo como ferramenta de construção social. Nos PCN+ (2002), o conceito de Interdis-
Nesse sentido, esta Proposta sugere o Ensino ciplinaridade fica mais claro. Neles é destaca-
fundado em Competências e a não fragmen- do que um trabalho interdisciplinar, antes de
tação dos conhecimentos em disciplinas iso- garantir associação temática entre diferentes
ladas, o que exige uma postura interdiscipli- disciplinas – ação possível, mas não imprescin-
nar do professor. Os Parâmetros Curriculares dível – deve buscar unidade em termos de prá-
Nacionais do Ensino Médio (PCN +) orientam tica docente, independentemente dos temas/
a organização pedagógica da escola em tor- assuntos tratados em cada disciplina isolada-
no de três princípios orientadores, a saber: a mente. Essa prática docente comum está cen-
Contextualização, a Interdisciplinaridade, as trada no trabalho permanentemente voltado
Competências e Habilidades. para o desenvolvimento de Competências e
Para melhor compreender os pressupos- de Habilidades, apoiado na associação ensino-
tos, apresenta-se a definição: contextualizar pesquisa e no trabalho expresso em diferentes
significa localizar um conhecimento determi- linguagens, que comportem diversidades de
nado no mundo, relacionando-o aos demais interpretação sobre os temas/assuntos abor-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
24 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

dados em sala de aula. Portanto, são esses ele- Os caminhos na busca da Interdisciplina-
mentos que dão unidade ao desenvolvimento ridade devem ser percorridos pela equipe
dos diferentes Componentes Curriculares, e docente de cada unidade escolar. O ponto de
não a associação dos mesmos em torno de te- partida é determinado pelos problemas esco-
mas supostamente comuns a todos eles. lares compartilhados pelos professores e por
Esta Proposta é expressiva porque ela pro- sua experiência pedagógica. O destino é de-
move a mobilização da comunidade escolar terminado pelos objetivos educacionais, ou
em torno de objetivos educacionais mais am- melhor, pelo projeto político pedagógico da
plos, que estão acima de quaisquer conteúdos, escola. A Interdisciplinaridade, nesse sentido,
porém sem descaracterizar os Componentes assume como elemento ou eixo de integração
Curriculares ou romper com os mesmos. Sua a prática docente comum voltada para o de-
prática na escola cria, acima de tudo, a possi- senvolvimento de Competências e Habilida-
bilidade do “encontro”, da “partilha”, da coo- des comuns nos educandos.
peração e do diálogo e, por isso, traz-se nesta No que diz respeito à Competência, cabe
Proposta a perspectiva da Interdisciplinarida- dizer que numa sociedade em que o conhe-
de como ação conjunta dos professores. cimento transformou-se no principal fator
Ivani Fazenda (1994, p. 82) fortalece essa de produção, um dos conceitos que transita
ideia, quando fala das atitudes de um “profes- entre o universo da economia e da educação
sor interdisciplinar”: é o termo “competência”. A ideia de compe-
tência surge na economia como a capacidade
Entendemos por atitude interdisciplinar de transformar uma tecnologia conhecida em
uma atitude diante de alternativas para um produto atraente para os consumidores.
conhecer mais e melhor; atitude de espera No contexto educacional, o conceito de com-
ante os atos consumados, atitude de reci- petência é mais abrangente. No documento
procidade que impele à troca, que impele básico do Enem, as competências são associa-
ao diálogo – ao diálogo com pares idênti- das às modalidades estruturais da inteligên-
cos, com pares anônimos ou consigo mes- cia ou às ações e às operações que utilizamos
mo – atitude de humildade diante da limi- para estabelecer relações com e entre obje-
tação do próprio saber, atitude de perple- tos, situações, fenômenos e pessoas.
xidade ante a possibilidade de desvendar Para entendermos o que se pretende, é
novos saberes, atitude de desafio – desafio necessário dizer que o ensino fundado em
perante o novo, desafio em redimensio- Competências tem as suas bases nos vários
nar o velho – atitude de envolvimento e documentos elaborados, a partir das discus-
comprometimento com os projetos e com sões mundiais e nacionais sobre educação,
as pessoas neles envolvidas, atitude, pois, dentre eles a Conferência Mundial de Edu-
de compromisso em construir sempre, da cação Para Todos, realizada na Tailândia, em
melhor forma possível, atitude de respon- 1990, os “Pilares da Educação para o Século
sabilidade, mas, sobretudo, de alegria, de XXI”1: aprender a conhecer, a fazer, a viver, a
revelação, de encontro, de vida.
1 Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre
Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques
Delors. O Relatório está publicado em forma de livro no
Brasil, com o título Educação: Um Tesouro a Descobrir (São
Paulo: Cortez Editora, Unesco, MEC, 1999).
PROPOSTA CURRICULAR
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LÍNGUA PORTUGUESA 25

ser; e nas Diretrizes Curriculares Nacionais – • Localizar, acessar e usar melhor a infor-
Parâmetros Curriculares Nacionais. Todos es- mação acumulada;
ses documentos enfatizam a necessidade de • Planejar, trabalhar e decidir em grupo.
centrar o ensino e a aprendizagem no desen-
volvimento de Competências e de Habilidades Concebe-se que uma pessoa é competen-
por parte do educando, em lugar de centrá-lo, te quando tem os recursos para realizar bem
apenas, no conteúdo conceitual. uma determinada tarefa, ou seja, para resol-
Como se pode comprovar, tanto o Ensino ver uma situação complexa. O sujeito está ca-
Fundamental quanto o Ensino Médio têm tra- pacitado para tal quando tem disponíveis os
dição conteudista. Na hora de falar de Com- recursos necessários para serem mobilizados,
petência mais ampla, carrega-se no conteúdo. com vistas a resolver os desafios na hora em
Não estamos conseguindo separar a ideia de que eles se apresentam. Nesse sentido, educar
Competência da ideia de Conteúdos, porque a para Competências é, então, ajudar o sujeito
escola traz para os educandos respostas para a adquirir as condições e/ou recursos que de-
perguntas que eles não fizeram: o resultado é verão ser mobilizados para resolver situações
o desinteresse. As perguntas são mais impor- complexas. Assim, educar alguém para ser um
tantes do que as respostas, por isso o enfo- pianista competente é criar as condições para
que das Diretrizes/Parâmetros nos conteúdos que ele adquira os conhecimentos, as habili-
conceituais, atitudinais e procedimentais, o dades, as linguagens, os valores culturais e os
que converge para a efetivação dos pilares da emocionais relacionados à atividade específica
Educação para o século XXI. Todavia, é hora de tocar piano muito bem (MORETTO, 2002).
de fazer e de construir perspectivas novas. As- Os termos Competências e Habilidades,
sim, todos nós somos chamados a refletir e a por vezes, se confundem; porém fica mais fá-
entender o que é um ensino que tem como cil compreendê-los se a Competência for vista
uma das suas bases as Competências e Habi- como constituída de várias Habilidades. Mas
lidades. uma Habilidade não “pertence” a determina-
O Ministério da Educação determina as da Competência, uma vez que a mesma Ha-
competências essenciais a serem desenvolvi- bilidade pode contribuir para Competências
das pelos educandos do Ensino Fundamental diferentes. É a prática de certas Habilidades
e Médio: que forma a Competência. A Competência é
algo construído e pressupõe a ação intencio-
• Dominar leitura/escrita e outras lingua- nal do professor.
gens; Para finalizar, convém dizer que esta Pro-
• Fazer cálculos e resolver problemas; posta caminha lado a lado com as necessida-
• Analisar, sintetizar e interpretar dados, des educacionais/sociais/econômicas/filosófi-
fatos, situações; cas e políticas do país, que não deixam de ser
• Compreender o seu entorno social e as do mundo global. Assim sendo, é interesse
atuar sobre ele; dos educadores preparar a juventude amazo-
• Receber criticamente os meios de co- nense para enfrentar os desafios que se apre-
municação; sentam no século XXI, daí ao conhecimento
fundado em Competências e Habilidades.

PROPOSTA CURRICULAR
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LÍNGUA PORTUGUESA 27

Áreas de conhecimento: A integração dos saberes

A Proposta Curricular do Ensino Médio totalidade. Uma perspectiva, como se pode


compreende as quatro Áreas de Conhecimen- ver, dos novos tempos.
to, constantes da base nacional comum dos Em Matemática e suas Tecnologias abor-
currículos das escolas de Ensino Médio e es- daram-se conhecimentos que destacassem
tabelece, como fundamento pedagógico, con- aspectos do real, cabendo ao educando com-
teúdos os quais devem ser inclusos, fundados preender os princípios científicos nas tecno-
sobre competências, previamente analisados, logias, associando-os aos problemas que se
reagrupados e organizados em conformidade busca resolver de modo contextualizado. E,
com as necessidades dos envolvidos: educan- ainda, trazendo a Matemática para a concre-
dos, professores, gestores, todos os profissio- tude do educando. Com isso, quer-se dizer
nais do processo educativo. que a Matemática abandona o espaço abs-
A organização nas quatro Áreas de Conhe- trato, apenas atingível pelo pensamento, para
cimento tem por base compartilhar o objeto explicar a rea­lidade do educando, por meio
de estudo, considerando as condições para das situações-problema em que se situam o
que a prática escolar seja desenvolvida em homem concreto, real, em um universo ma-
uma perspectiva interdisciplinar, visando à terial, espiritual, emocional. Podendo-se até
transdisciplinaridade. mesmo dizer que a Proposta de Matemática
Em Linguagens, Códigos e suas Tecnolo- é feita com as nossas emoções, com as nos-
gias, elencaram-se Competências e Habili- sas paixões, discutindo-se esse conhecimento
dades que permitam ao educando adquirir na sua região de saber, problematizando-se o
domínio das linguagens como instrumentos próprio império da razão.
de comunicação, em uma dinamicidade, e si­ Em Ciências da Natureza e suas Tecnolo-
tuada no espaço e no tempo, considerando as gias, consideraram-se conhecimentos que
relações com as práticas sociais e produtivas, contemplem a investigação científica e tecno-
no intuito de inserir o educando em um mun- lógica, como atividades institucionalizadas de
do letrado e simbólico. Como se sabe, a lin- produção de conhecimento. Mais uma vez,
guagem é instauradora do homem. Sem ela, entende-se que o conhecimento não pode
ele não existe, pois somente assim, quando se mais ser concebido de forma compartimen-
considera que o homem fala, é que se diz que tada, como se cada uma das suas esferas fos-
ele existe, pois é a linguagem que o distingue se de direito e de posse de cada um. Assim,
dos demais animais. Nesse sentido, a lingua- vislumbram-se, sobretudo, a interdisciplina-
gem é ampla, explicitada pela fala, pelo corpo, ridade e a transdisciplinaridade. O momento
pelo gesto, pelas línguas. Aqui, discute-se as em que se constrói um novo conhecimento
Áreas de Conhecimento, superando-se o com- é privilegiado, pois ele retorna a um estágio
partimento das disciplinas, porque somente inaugural, no qual o saber não se comparti-
agora o homem se compreendeu como um menta, mas busca a amplitude, visando com-
ser que poderá ser visto e reconhecido na sua preender o objeto de forma ampla, conside-

PROPOSTA CURRICULAR
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28 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

rando sua complexidade. Por isso, a Física, Para o Ensino Médio do Estado do Amazo-
por exemplo, pode ser expressa em forma de nas, pensou-se em organizar os Componentes
poema, e a Biologia, que trata da vida dos se- Curriculares fundamentados nas diretrizes nor-
res, pode ser expressa em forma de música. teadoras desse nível de ensino, sem desconsi-
Somente assim o homem poderá falar de um derar as questões de cunho filosófico, psicoló-
homem mais humano, em uma perspectiva gico, por exemplo, que as mesmas implicam,
total, integradora. expressas pelo Ministério da Educação, consi-
Em Ciências Humanas e suas Tecnologias, derando a autonomia das instituições escola-
em que se encontra também a Filosofia, con- res e a aprendizagem dos educandos de modo
templam-se consciências críticas e criativas, efetivo. Os conteúdos apresentam-se por meio
com condições de responder de modo ade- de temas, os quais comportam uma bagagem
quado a problemas atuais e a situações novas, de assuntos a serem trabalhados pelos profes-
destacando-se a extensão da cidadania, o uso sores, conforme as especificidades necessárias
e a produção histórica dos direitos e deveres para cada nível de ensino. As Competências e
do cidadão e, ainda, considerando o outro em Habilidades expressam o trabalho a ser pro-
cada decisão e atitude. O importante é que o posto pelo professor quanto ao que é funda-
educando compreenda a sociedade em que mental para a promoção de um educando mais
vive, como construção humana, entendida preparado para atuar na sociedade. E os pro-
como um processo contínuo. Não poderia dei- cedimentos metodológicos, como sugestões,
xar de ser mais problemática a área de Ciên- auxiliam o professor nas atividades a serem
cias Humanas, pois ela trata do homem. Ten- experienciadas pelos educandos, ressaltando-
do o homem como seu objeto, ela traz para se que se trata de um encaminhamento que
si muitos problemas, pois pergunta-se: Quem norteará a elaboração de um Planejamento
é o homem? Quem é este ser tão complexo Estratégico Escolar.
e enigmático? Estas são questões propostas Ressalta-se, também, que foram acrescen-
pela própria Área de Conhecimento de Ciên- tadas alternativas metodológicas para o ensi-
cias Humanas. Todavia, ela existe porque o ho- no dos Componentes Curriculares constantes
mem existe e é por isso que ela exige a forma- do Ensino Médio, no intuito de concretizar
ção e a atenção de profissionais competentes. esta Proposta, além de propiciar ao profes-
Considerando-se toda a problemática que a sor ferramentas com as quais poderá contar
envolve é que a atenção sobre a mesma é re- como um recurso a mais no encaminhamento
dobrada e que os cuidados são mais exigidos. de seu trabalho em sala de aula.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 29

1
O COMPONENTE CURRICULAR
INTEGRADOR DA MATRIZ DO
ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 31

1.1 A Língua Portuguesa no mente, que se comunique com interlocutores


Ensino Médio a despeito de quaisquer assuntos em diversas
situações.
Um currículo de Língua Portuguesa deve É muito importante que todos os profes-
levar em conta um conjunto de programas sores tenham uma visão geral desse longo
devidamente articulados em progressão, de percurso, do início da escolaridade ao térmi-
uma forma que se pense somente em uma no do Ensino Médio. É preciso perceber que,
sequência lógica de pré-requisitos. A finali- ao longo dos anos, os educandos se transfor-
zação do último segmento, o Ensino Médio, mam, passam por mudanças abruptas. Tais
deve ser o parâmetro geral que fornecerá as mudanças sejam elas resultantes de estados
psicológicos, intelectuais ou sociais requerem
o desenvolvimento intelectual que sustenta-
O educando vive o do pela linguagem prepare o educando para a
conhecimento de forma vida. No campo da linguagem e da aprendiza-
singular, engajando-se não gem da língua materna, as mudanças são no-
em função de um conjunto de táveis e em geral acompanham as corporais,
requisitos para o futuro, mas as psíquicas e, sobretudo, as novas exigências
que o meio social propõe a cada fase da vida,
em busca de um meio para
que acabam culminando com as demandas fi-
encontrar expressão para nais do Ensino Médio (vestibulares, mercado
suas inquietações interiores de trabalho etc.), as quais, de alguma forma,
do momento. também constituem rituais de passagem no
trânsito para a vida adulta.
Aqui se trata de rituais de passagem que
indicações que ajudarão a compor uma visão são observáveis em todas as culturas, como
do sujeito que se pretende formar – entretan- se pode verificar na Psicanálise. Nesse senti-
to, há sempre uma visão de sujeito que deve do, um bom ponto de partida teórico pode
prevalecer em cada série, em cada segmen- ser abstraído dela e da Psicologia contempo-
to, pois o educando vive o conhecimento de râneas e dos estudos de história da escrita e
forma singular, engajando-se não em função da leitura: em relação à linguagem, o conhe-
de um conjunto de requisitos para o futuro, cimento não ocorre, como normalmente se
mas em busca de um meio para encontrar ex- pensa, em uma progressão crescente e em
pressão para suas inquietações interiores do níveis sucessivos. Do mesmo modo que os
momento. Para isso, torna-se de fundamen- mesmos princípios que criaram os pictogra-
tal relevância possibilitar a amplitude da com- mas e ­ideogramas há mais de seis mil anos
petência comunicativa, para que esse sujeito ainda convivem em nosso meio, sobretu-
seja aquele que, subsidiado pela língua, com- do nos complexos códigos contemporâneos
preenda o que ouve, o que lê; que reconheça (basta ver a sinalização de trânsito, a barra de
a importância das variantes linguísticas, quan- ferramenta dos programas de computador e
do do momento de identificar o papel social as linguagens icônicas cada vez mais presen-
que os sujeitos desempenham e, principal- tes na informática e na Internet), também

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
32 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

no psiquismo e na cognição adultas operam uma visão de conjunto de Competências, de


elementos importantes da primeira infância e Habilidades a serem adquiridas e a delimitação
de outras fases. Não é por acaso que poetas, de conteúdos básicos que as permitem para
escritores e outros retornam o tempo todo ao todos os segmentos. Quando o professor ob-
universo infantil para buscar as motivações servar que uma competência não foi adquirida,
básicas de suas criações. O que se aprende necessitará desenvolver novas Habilidades, no-
em uma fase não necessariamente elimina o vas metodologias, ampliando e/ou revendo os
que se aprendeu na infância. recursos utilizados, até que os educandos es-
Sabendo disso, é difícil aceitar a ideia de tejam qualificados e possam, então, progredir
uma sucessão de fases estanques em que a para a aquisição de outras mais complexas.
última apague e supere os traços das anterio- Na nova concepção da educação brasileira
res. Qualquer teoria – neurológica, psicana- e mundial, um dos caminhos que se ambicio-
lítica, psicológica ou linguística – sabe que a na é a descompartimentalização do conheci-
memória e a cognição formam laços dinâmi- mento. Nesse sentido, tenta-se alcançar tal
cos com o passado, e que sem a dinâmica do propósito, utilizando como meio a Interdisci-
desejo tais laços são sempre de curto alcance, plinaridade e, dessa forma, a língua materna
ou seja, ficam sujeitos a um imediatismo pou- assume o centro do processo de comunica-
co criativo. ção e expressão. Isso significa dizer que mais
ainda do que era exigido, os professores e os
educandos precisam não só insistir no do-
Sendo assim, um currículo mínio dos conteúdos de aprendizagem, mas
não pode ser mero conjunto também, como já foi referido acima, promo-
de programas isolados ver a aquisição de Competências e de Habi-
que resultaram dos cortes lidades definidas a priori, o que se constrói a
burocráticos feitos pelos partir do nível cognitivo dos educandos.
Recomenda-se, então, que as escolas pro-
diversos segmentos e séries.
movam discussões interdisciplinares e que as
O ideal é que haja uma visão responsabilidades sejam redistribuídas. Cada
de conjunto de Competências, componente curricular deve assumir respon-
de Habilidades a serem sabilidades em relação aos objetivos de fala,
adquiridas e a delimitação leitura e escrita que competem às suas res-
de conteúdos básicos que pectivas ciências. Certamente, haverá sem-
as permitem para todos os pre a possibilidade de contribuição recíproca,
prevista em planejamentos ou em projetos
segmentos.
interdisciplinares.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de
Língua Portuguesa, além de representarem
Sendo assim, um currículo não pode ser uma síntese de tendências já colocadas no
mero conjunto de programas isolados que re- ensino da área, contribuíram para desenca-
sultaram dos cortes burocráticos feitos pelos dear novas reflexões entre os professores.
diversos segmentos e séries. O ideal é que haja Nesse processo, o ensino da língua materna,

PROPOSTA CURRICULAR
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LÍNGUA PORTUGUESA 33

no nosso caso a Língua Portuguesa, tem um


papel fundamental. Além de ser uma capa- A língua materna ocupa uma
cidade indispensável, fundamental e cons- posição fundamental no
titutiva do humano, a linguagem possui um
campo geral da Linguagem e
vasto domínio que se faz presente nos mais
diferentes meios e formas de expressão: que ela só se torna concreta
desde o gesto solitário de um autista, até as por meio de seu uso, tem-
complexas teias de interlocução que enre- se de pensá-la, mesmo com
dam milhões de indivíduos. todas as dificuldades, em sua
De essencial nessas diferentes manifesta- dinâmica de funcionamento.
ções, temos uma polaridade complexa que
dá ao homem condições de expressar-se tan-
to para interlocutores externos como para si Compreende-se a linguagem como uma
mesmo, reflexivamente. Ao dar sentido aos capacidade, ao mesmo tempo psíquica e so-
elementos do mundo e às ações humanas, cial, indispensável ao processo civilizacional.
a linguagem constitutivamente se desdobra O homem, na medida em que se humaniza,
em campos discursivos, em redes ideológicas, simultaneamente, torna-se um sujeito poten-
cujo funcionamento implica em uma dinâmi- cial no campo da linguagem e, consequente-
ca subjetiva que vai muito além de uma cen- mente, assume a possibilidade de intercam-
tralidade lógica. biar sua posição em relação ao outro, saindo
do ensimesmamento para transformar-se em
um ser social, capaz de figurar como um eu e
O homem, na medida em que um tu em um dinâmico processo de interlo-
cução e, ainda, para assumir ou simular um
se humaniza, simultaneamente,
“nós” coletivo.
torna-se um sujeito potencial A linguagem é a mediação entre o homem
no campo da linguagem e a realidade. Ela possibilita a reflexão, a crí-
e, consequentemente, tica e a intervenção, e torna possível a trans-
assume a possibilidade de formação do homem e do mundo em que
intercambiar sua posição vive. Ela articula significados coletivos que
em relação ao outro, saindo são compartilhados socialmente, variando de
acordo com os grupos sociais em seus tempos
do ensimesmamento para
e espaços diferenciados.
transformar-se em um ser Considerando o contexto referenciado, as
social, capaz de figurar como áreas de conhecimento que têm o homem in-
um eu e um tu em um dinâmico serido em sua cultura, na sociedade e na his-
processo de interlocução e tória, propiciam não só a sua inserção como
ainda, para assumir ou simular sujeito atuante nessa sociedade, interferindo
um “nós” coletivo. e atuando em prol do meio ambiente e no res-
peito às diversidades, mas o torna protagonis-
ta de ações de reorganização dessa realidade.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
34 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Levando-se em conta, também, que a lín- A Língua Portuguesa, na educação escolar,


gua materna ocupa uma posição fundamental compreende a língua como um objeto histó-
no campo geral da Linguagem e que ela só se rico, irregular, variável, gerenciado por seus
torna concreta por meio de seu uso, tem-se usuários para promover-lhes a interação com
de pensá-la, mesmo com todas as dificulda- outras pessoas. Revela-se, aí, uma concep-
des, em sua dinâmica de funcionamento. ção interacionista da língua, eminentemente
As idas e vindas na trajetória que vai do funcional e contextualizada. Da perspectiva
ambiente familiar ao escolar e ao mundo mais da enunciação, a língua pode ser concebida
amplo constituem, sem dúvida, uma história, como um conjunto de signos utilizados na co-
sujeita aos mais interessantes estudos que di- municação, e a linguagem, a atividade discur-
zem respeito a todos os professores da área siva, a forma de pôr a língua em movimento.
de linguagem, inclusive aos do Ensino Médio. O espaço privilegiado para isso é a interlocu-
Como marco e herança social, a linguagem ção, compreendida como o local de produção
é produto e produção cultural e, tal como o da linguagem e de constituição dos sujeitos.
homem que a manifesta, é criativa, contradi- Pensar a linguagem, a partir do processo de
tória, pluridimensional e singular ao mesmo interlocução significa instaurar o processo
tempo. De natureza transdisciplinar, até mes- educacional sobre a singularidade dos sujei-
mo quando enfocada como área de conheci- tos, em contínua constituição, à medida que
interagem com os outros. Isso significa que
o educando deve ser o sujeito da aprendiza-
Pensar a linguagem, a partir gem e o sujeito de seu texto, porquanto é ele
do processo de interlocução quem realiza a interação e produz o conheci-
significa instaurar o processo mento (ANTUNES, 2003).
educacional sobre a O conhecimento e as relações por ele es-
singularidade dos sujeitos, tabelecidas configuram-se como o pilar de
natureza epistemológica que sustenta a Pro-
em contínua constituição, à
posta Curricular de Língua Portuguesa que
medida que interagem com aqui se apresenta. Distinta é, todavia, a ma-
os outros. neira de considerar o conhecimento, qual
seja, uma interpretação histórico-social e
não um dado objeto. Desse ponto de vista,
mento, os estudos da linguagem têm como toma-se o conhecimento linguístico-cultural
ênfase a produção de sentidos. Nessa pers- como resultado de um processo dinâmico –
pectiva, os sistemas de linguagem envolvem como algo aberto e inacabado – favorecido
as manifestações e os conhecimentos: linguís- pela interação sujeito-objeto, mediado pelo
ticos, musicais, corporais, gestuais, espaciais professor. Ganha tônica, conforme afirma
e plásticos. Tais sistemas compreendem, na Morin (2001), o saber linguístico pertinente,
educação escolar, os Componentes Curricu- que articula e que permite a compreensão
lares: Arte, Educação Física, Literatura, Língua da totalidade do objeto o qual se deseja co-
Portuguesa e Língua Estrangeira. nhecer. Para isso, deverá o educando operar
com o conhecimento produzido da perspec-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 35

tiva de sua incompletude, o que só é possível


por meio de uma rede de relações construída O texto configura-se como uma
em momentos compartilhados com o outro. manifestação, gerada a partir
Para concretizar esta Proposta, deve-se, pois, de elementos linguísticos, cujo
tomar a pesquisa como fundamento da for- objetivo é não somente permitir
mação intelectual.
aos interlocutores, no processo
As condições de gênero, de relações étni-
co-raciais, na formação humana dos modos de interação, a socialização
como se produzem as identidades sociocul- de conteúdos, como também
turais e como nessa construção deve auferir favorecer a própria interlocução,
espaço privilegiado à consciência ambiental, conforme as práticas culturais de
tanto do patrimônio natural quanto do histó- cada contexto social.
rico, configuram-se, também, como princípios
seriamente considerados.
Com relação à concepção de escrita, essa sibilita a realização de alguma atividade socio-
é defendida de modo interativo e dialógico, comunicativa entre as pessoas e estabelece
dinâmico e negociável, quanto à fala. Essa relações com os diversos contextos sociais em
perspectiva supõe encontro, parceria, envol- que essas pessoas atuam. Elaborar um texto
vimento entre sujeitos, para que aconteça a escrito significa empreender uma tarefa cujo
comunhão das ideias, das informações, das sucesso não se completa, simplesmente, pela
intenções pretendidas. Toda escrita que res- codificação das ideias ou das informações,
ponde a um propósito funcional definido pos- por meio de sinais gráficos. Deixa, pois, o tex-
to de ser concebido como uma estrutura aca-
bada para ser compreendido em seu próprio
a concepção de ensino de processo de organização, verbalização e cons-
língua deve criar condições trução (GERALDI, 1991). Essa concepção per-
para que os educandos mite ver o texto como resultado parcial da ati-
construam autonomia, vidade comunicativa humana, a qual engloba
desenvolvendo uma postura processos, operações cognitivas e estratégias
discursivas, que são acionados em situações
investigativa. Para ensinar,
concretas de interação social (KOCH, 1998),
em conformidade a essa de acordo com determinados pressupostos, a
concepção, será preciso partir dos quais a atividade verbal se realiza.
que o professor pesquise, O texto configura-se como uma manifestação,
observe, levante hipóteses, gerada a partir de elementos linguísticos, cujo
reflita, descubra, aprenda objetivo é não somente permitir aos interlo-
e reaprenda não para os cutores, no processo de interação, a sociali-
zação de conteúdos, como também favorecer
educandos, mas com os
a própria interlocução, conforme as práticas
educandos. culturais de cada contexto social. Constitui-
se o texto, assim, no momento em que os in-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
36 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

terlocutores de uma atividade comunicativa A perspectiva não está errada, entretanto,


constroem determinado sentido, o que impli- é preciso uma certa cautela para lidar com
ca pensar que o sentido não está no texto – a diversidade, pois há um conjunto razoável
mas a partir dele se constrói – é indetermina- de gêneros que é de responsabilidade espe-
do e surge como efeito do trabalho realizado cífica da área de Língua Portuguesa, cujo tra-
pelos sujeitos. O texto só fará sentido se seu tamento didático e metodológico já recobre
produtor conhecer a sua finalidade e o seu boa parte do currículo. Há, por exemplo, um
destinatário (KOCH, 1998). campo de gêneros textuais, além dos literá-
Fiel a esse quadro, a concepção de ensino rios, que é muito importante para o exercício
de língua deve criar condições para que os da cidadania - os gêneros da mídia são bons
educandos construam autonomia, desenvol- exemplos: notícia, reportagem, artigo de
vendo uma postura investigativa. Para ensi- opinião, editorial, opinião do leitor, resenha
nar, em conformidade a essa concepção, será crítica etc. Esse campo é objeto de estudo
preciso que o professor pesquise, observe, da área de Língua Portuguesa, mas é preciso
levante hipóteses, reflita, descubra, aprenda reconhecer que sua variação temática exige
e reaprenda não para os educandos, mas com a entrada de outros Componentes Curricula-
os educandos. res. Trata-se de um campo interessante para
O ensino da Língua Portuguesa deve, en- projetos interdisciplinares, portanto, é funda-
tão, possibilitar o desenvolvimento das ações mental que os professores da área assumam
de produção de linguagem, em situações de uma postura crítica em relação à divisão do
interação, e de abordagens interdisciplinares, trabalho na escola, evidenciando a importân-
não se limitando à decodificação e à identifi- cia da participação de todos na abordagem
cação de conteúdos, mas ao desenvolvimento desses gêneros, considerados fundamentais
de letramentos múltiplos, concebendo a lei- para a formação do cidadão crítico (gêneros
tura e a escrita como ferramentas para o exer- da mídia, do campo acadêmico e científico, do
cício da cidadania. campo jurídico e outros).
Se nossas concepções insistem que o uso
A diversidade de gênero e a interdisciplinari- consolida a língua e as linguagens, então, de-
dade no campo da leitura vem-se buscar os lugares e os momentos privi-
legiados de circulação textual, onde estarão os
Com a perspectiva da abordagem dos gê- gêneros essenciais para o exercício da cidada-
neros discursivos na educação, apregoada, nia. Os meios de comunicação são alguns dos
sobretudo, pelos Parâmetros Curriculares constituintes desse lugar, pois o jornal e a revis-
Nacionais, muitos professores passaram a ta são também portadores adequados a trazer
cultivar a diversidade de gêneros. Chegou-se instrumentos para a compreensão do mundo.
a pensar que quanto maior a diversidade, me- Há, sem dúvida, outros gêneros igualmen-
lhor dar-se-ia a formação do leitor, pois estar- te importantes a serem objetos de nossos
se-ia promovendo um amplo acesso ao mun- estudos de leitura, por exemplo, os cartazes
do dos textos pragmáticos, dos textos que es- publicitários, os anúncios, embalagens, rótu-
tão presentes no cotidiano do educando. los, enfim, esse campo dos gêneros que se

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 37

especializaram na técnica de direcionar o ci- e escolhendo as palavras de acordo com um


dadão para o consumo. Aqui fica claro que se modelo que nada tem a ver com os textos que
o professor não souber lidar com esse univer- circulam na sociedade.
so textual, poderá situar o processo de leitura Normalmente, a produção de texto pauta-
na perspectiva do consumo, ou seja, acabará -se pela tradicional divisão do contínuo tex-
pondo seus educandos sob os efeitos persua- tual em descrição, narração e dissertação.
sivos de tais construções. Também é preciso Tais categorias estabelecem poucas relações
entender que a leitura desses gêneros pede significativas com os textos que circulam na
uma análise desconstrutiva, que procura pôr sociedade – rigorosamente, não existe texto
em evidência todas as etapas de seus proces- que circule socialmente e que seja denomi-
sos de produção. nado por um desses três rótulos. Não é uma
A metodologia de abordagem deve levar dissertação que se encontra nos jornais e re-
sempre em conta os conhecimentos prévios dos vistas, mas artigos de opinião, editoriais, rese-
alunos, a função dos textos, o público leitor, as nhas críticas – são gêneros em cujos exemplos
estratégias de persuasão e sua estrutura com- textuais prevalecem a intenção de convencer,
posicional. Deve-se assumir uma leitura analí- formulada a partir de fragmentos ou de se-
tica em que os procedimentos possam ir além quências textuais típicos da habilidade dis-
das evidências imediatas, ou seja, é importante sertativa, com a apresentação de uma tese, o
que a leitura busque um nível inferencial. uso de argumentos persuasivos para sua de-
Ao assumir claramente essas opções, re- fesa, seguidos de uma lógica encadeada para
força-se a perspectiva de que o universo dos a conclusão sempre persuasiva. Do mesmo
textos é, também, o das intenções e das ações modo, no mundo não existe descrição pura,
humanas e que a linguagem, além de se cons- o que se encontra são fragmentos descritivos
tituir como instrumento de luta, também nos em relatórios, memoriais descritivos, reporta-
põe diante dos meios e direitos de tornar pú- gens, textos literários. O mesmo se pode dizer
blico o que se pensa e o que se quer. da habilidade narrativa, pois quando alguém
narra, lança mão dessa habilidade dentro de
A produção textual um gênero específico: conto, romance, crô-
nica, cordel etc. (basta lembrar que há nar-
Dentro da escola engendrou-se uma tradi- rativas em verso e em prosa). Note que, nos
ção de ensino do fazer textual que nem sem- gêneros literários narrativos, os fragmentos
pre leva em consideração os modos de produ- textuais sucedem-se, alternam-se, embora,
ção dos textos que circulam na vida real. em geral, prevaleça o tom geral da narrativa,
Em geral, o processo se concentra em um marcado por elementos típicos da habilidade
tipo de texto a que hoje se chama “redação de contar uma história, um episódio.
escolar”. Do ponto de vista da função social Constituir-se como autor em um deter-
da linguagem, o texto escolar é inócuo, pois é minado gênero ou agrupamento de gêneros
elaborado a partir de uma simulação, em que (campo discursivo) demanda, antes de tudo,
o emissor (o autor) procura se adequar às ex- um envolvimento com o universo real da lei-
pectativas escolares, desenvolvendo o tema tura. Por exemplo, para se escrever um artigo

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
38 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

eficiente, é necessário que o educando assimi- no imaginário. Nesse momento, ele é capaz
le técnicas e conhecimentos indispensáveis, de fazer Literatura.
tanto no que diz respeito ao instrumental teó- Pode-se dizer então, não dispondo de ou-
rico quanto no que diz respeito à língua. Para tras palavras, que o homem, verdadeiramente,
esse fim, é fundamental a leitura dos variados tornou-se homem, pois somente, assim, ele
gêneros textuais: textos informativos, veicula- é capaz de criar um mundo verdadeiramen-
dos pela imprensa ou pela internet, os filmes, te seu. Porque construído, sobretudo, com as
os documentários, as artes visuais, o teatro, a suas possibilidades, sem desprezar, entretanto,
música, a leitura da literatura regional, nacio- o mundo real do qual ele não pode retirar os
nal e mundial. seus pés. É nessa dialética que a Literatura se
liberta, mas, ao mesmo tempo, aprisiona-se.
A Literatura Por isso, nesta Proposta Curricular de
Língua Portuguesa é dado ênfase à Literatu-
Para se falar do ensino de Literatura faz-se ra Regional, à Nacional e à Universal. E tam-
necessário destacar o que a LDB nº 9.394/96 bém, por se reconhecer que a Literatura pode
apresenta como objetivo para o Ensino Mé- transformar a vida do homem, visto que ela
dio, incluso no art. 35, Inciso III o aprimora- lhe oferece um mundo que ultrapassa o tem-
mento do educando como pessoa humana, in- po e o espaço, possibilitando-lhe a compre-
cluindo a formação ética e o desenvolvimento ensão sob várias perspectivas do seu mundo
da autonomia intelectual e do pensamento e de si mesmo. Com isso, pode-se dizer que
crítico. Atende-se, por intermédio da Literatu- aquele que lê, aquele que reflete, aquele ne-
ra a humanização do homem, o que implica cessita conhecer novos mundos, tornar-se-á
na sua formação ética, na sua formação inte- um cidadão.
lectual e na construção de um pensamento Reconhecer-se humano e reconhecer a
crítico, o que constitui um todo, portanto, in- humanidade do outro implica no reconheci-
dissociável. mento de uma comunidade de respeito, de
Todavia, pretende-se esmiuçar, como se valores, onde o ser humano constrói o mundo
disse por intermédio da Literatura, o inciso que poderá realizar o verdadeiramente hu-
referido. Nesse sentido, retorna-se a uma de- mano, ou seja, o mundo ideal no qual todos
finição essencial da linguagem como a única poderiam ser mais felizes, sem as desigualda-
expressão da possibilidade de hominização, o des sociais que estimulam a desumanização
que significa dizer que a linguagem é a pos- do homem e, consequentemente, instalam
sibilitadora de o homem ser homem. Mas o a barbárie. O risco de ter-se uma sociedade
que se pretende centralizar é o processo mais barbarizada é cada vez mais iminente, por
seletivo da linguagem, quando o homem, já isso urge que os professores do Ensino Médio
em um processo posterior, consegue traduzir preo­cupem-se com formas e métodos capa-
o mundo em um código linguístico e oportu- zes de prever o risco referido. O estudo da Li-
nizando-se dele, construir uma camada supe- teratura deve ser incentivada, por propiciar a
rior que requer a criação, o domínio da lín- abertura de mundos ao mundo, a capacidade
gua, o refinamento da sensibilidade, ou seja, de o homem emocionar-se e sensibilizar-se
quando ele recria um novo mundo fundado para as causas humanas e naturais.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 39

Por outro lado, ela também é possibilita- fases que marcaram a cultura local; autores e
dora da construção de uma consciência críti- escolas que marcaram época na construção
ca, tendo em vista que, ao se construir uma do Brasil e do ser brasileiro; da mesma forma,
visão ampliada de mundo, a partir de outros autores universais que ampliam a visão local
mundos, o homem dota-se de mecanismos e ainda sua abrangência, contemplando as ar-
para questionar a si mesmo e o lugar que ocu- tes em geral, promovendo a leitura e a forma-
pa na sociedade. ção integral do educando.
Para tudo isso, é necessário que as bi-
bliotecas sejam um lugar de construção de Objetivo geral do componente curricular
aprendizagens, que os projetos de leitura e de
incentivo à produção de texto sejam criados Proporcionar ao educando o conhecimento
e/ou mantidos, pois somente assim formar- da Língua Portuguesa, de forma a estimular nele
se-ão leitores dialogantes. É para esse fim a curiosidade, o raciocínio e o desenvolvimento
que esta Proposta foi construída. Daí que no da capacidade de autodescoberta e autoexpres-
quadro demonstrativo por série, ela é grada- são, possibilitando a interdisciplinaridade entre
tiva e abrangente, tanto no que diz respeito as diversas áreas do conhecimento, visando
à aquisição de Competências quanto no que atender às Competências e às Habilidades de
diz respeito ao desenvolvimento de Habilida- comunicação e de interpretação, tornando-o
des, para isso privilegiando acontecimentos e capaz de intervir no mundo que o cerca.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
40 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

1.2 Quadro demonstrativo do Componente Curricular

1ª Série

Objetivos Específicos

• Utilizar os conhecimentos linguísticos e literários, associados às experiências de


vida, na consolidação e na formação proficiente de leitores e de produtores de tex-
tos;
• Compreender a literatura portuguesa, como construção de conhecimento psíquico
e social, como arte que permite ampliar o conhecimento sobre as singularidades
humanas;
• Demonstrar, por meio da leitura e da análise de clássicos da literatura, as diferenças
das características estilísticas e ideológicas no universo da Literatura Portuguesa.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: Arte, comunicação e linguagem

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender o que é • Reconhecer os conceitos de arte e O Estudo da Literatura • Lendo textos e/ou fragmentos que abordam os assuntos
arte literária, linguagem de linguagem literária; trabalhados;
literária e não literária; • As várias concepções da
• Reconhecer as concepções da Literatura • Respondendo a questões que contemplem os assuntos;
literatura, em diferentes textos.
• A Literatura: das suas • Traçando paralelo entre as características específicas de
origens e dos seus gêneros textos literários e não literários;
• A importância da • Discutindo, em grupo, os conceitos de arte, de linguagem e
Literatura na sociedade de literatura;
• Consultando em dicionários e/ou em outras obras definições
acerca de arte, de linguagem e de literatura;
• Assistindo a filmes que tenham nas suas origens obras

1 º BIMESTRE
literárias;
• Pesquisando sobre o assunto em sites na internet;
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
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DO ENSINO MÉDIO
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

PROPOSTA CURRICULAR
• Analisar, interpretar • Estabelecer relações entre o O Estudo da Literatura • Exercitando os gêneros lírico, épico e dramático;
e aplicar recursos texto literário e o momento de
expressivos das sua produção, situando aspectos • O que é poesia e o que é • Lendo autores que auxiliam na compreensão do texto e do
linguagens, relacionando do contexto histórico, social e poema papel do teatro vicentino na sociedade portuguesa do século
textos com seus político. XVI;
• Os movimentos literários
contextos, mediante • Classificando abordagens sobre a poesia;
a natureza, função, • O Trovadorismo, um estilo
organização, estrutura literário • Exercitando os recursos sonoros do poema;
das manifestações, de • Características das cantigas • Estudando as estruturas fixas de composição poética;
acordo com as condições trovadorescas
de produção e recepção. • Diferençando a linguagem formal da informal;
• As novelas de cavalaria
• Contextualizando a poesia no cotidiano;

1 º BIMESTRE
• Dialogando entre as cantigas trovadorescas e a MPB;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Expressando, por meio da oralidade e da escrita, as


experiências de leitura;
• Discutindo sobre a importância da literatura para a
humanidade, realçando-a como arte da palavra;
• Ouvindo a literatura de cordel;
• Produzindo textos de cordel, para apresentar nas festividades
da escola.
Eixo Temático: Arte, comunicação e linguagem

GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a língua • Relacionar a origem e a As linguagens: formas de • Lendo diferentes linguagens;


como fenômeno cultural, mudança da língua portuguesa comunicação
histórico-social variável, às circunstâncias históricas de • Discutindo, em grupos, sobre a importância do estudo da
heterogêneo e sensível formação da nacionalidade • A necessidade da Gramática;
aos contextos de uso; portuguesa e da nacionalidade Linguagem e da Gramática
• Discutindo sobre os assuntos abordados;
brasileira;
• Exercitando a Gramática:
- Fonologia
- Sons e letras
- Classificação de fonema
- Sílaba

1 º BIMESTRE
- Encontros vocálicos
- Encontro consonantal
• Lendo e destacando, em textos poéticos, sons, letras,
fonema, sílaba, encontros vocálicos e consonantais;
• Destacando os vários elementos que compõem o poema:
rima, ritmo, sonoridade, métrica etc.;
• Diferenciando a Divisão Silábica da Métrica;
• Destacando, em textos literários, encontros vocálicos e
encontros consonantais;
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
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COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
• Conhecer o conjunto • Reconhecer que as formas As linguagens: formas de • Lendo e destacando quadrinhos impressos, jornais ou
de conhecimentos linguísticas (palavras, sintagmas comunicação revistas;
pragmáticos, discursivos, ou frases) podem ter sentidos
semânticos e formais diferentes, dependendo da • O que chamamos • Discutindo sobre os assuntos abordados;
envolvidos no uso da situação comunicativa e dos Linguagem verbal e
Linguagem não verbal • Utilizando a linguagem verbal e não verbal, na confecção de
língua; objetivos da interação; cartazes;
• Interpretando outros sinais não verbais;
• Dramatizando a linguagem não verbal, por meio de mímica;
• Morfologia
- Palavra e mecanismos de flexão;

1 º BIMESTRE
• Nomeando as palavras em textos literários;
• Classificando, gramaticalmente, em textos literários, as
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

palavras em variáveis e em invariáveis;


• Destacando, em textos literários, as palavras flexionadas em
gênero, em número e em grau.
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Identificar a norma padrão e as As linguagens: formas de • Refletindo e escrevendo sobre as diferenças entre língua
necessidade da existência variedades linguísticas da língua comunicação falada e língua escrita;
de convenções na língua portuguesa, respeitando-as e
escrita; adequando-as às necessidades • As diferenças entre a • Lendo e destacando tiras que apresentem marcas de
de uso; língua falada e a língua oralidade;
escrita
• Sintaxe;
- Frase, oração e período
- Sujeito e predicado
• Classificando os elementos constitutivos da oração;
• Exercitando a distinção entre frase, oração e período;

1 º BIMESTRE
• Destacando os diversos tipos de frases, oração e período de
forma conceitual;
• Exercitando, em textos de vários gêneros, a frase, a oração e
o período;
• Exercitando o sujeito e o predicado, por meio de tiras, de
quadrinhos e de textos poéticos;
• Reescrevendo fragmentos de textos literários, destacando os
vários tipos de sujeito;
• Criando novos textos, usando os vários tipos de sujeito.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
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DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender as • Conhecer a sociedade como As linguagens: formas de • Refletindo e escrevendo sobre as marcas da linguagem oral
variedades linguísticas provedora de variedades comunicação em registros escritos;
como meio de linguísticas, culturais e
inclusão de povos, de intelectuais. • A variação linguística • Lendo e destacando tiras que apresentem marcas de
etnias, de regiões, de oralidade;
• O preconceito linguístico
grupos e de situações • Exercitando, em textos, as variedades linguísticas;
diversas, agregando-
os­na sua formação o • Discutindo, criticamente, os preconceitos linguísticos
enriquecimento cultural, existentes na comunidade;
social e intelectual. • Resolvendo questões sobre variedades linguísticas e
preconceito linguístico;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

1 º BIMESTRE
• Trabalhando a predicação, em textos literários;
• Destacando verbos significativos em poesias e outros textos;
• Destacando, em textos literários, o sujeito e o predicado;
• Comparando os predicados das orações presentes em
poemas, em tiras, em quadrinhos;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
Eixo Temático: Arte, comunicação e linguagem

PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Identificar os diferentes gêneros Comunicação: linguagem e • Lendo, produzindo, interpretando, analisando e discutindo
importância dos textuais: literários e não literários; interação textos literários e não literários, levando em conta elementos
gêneros do discurso, linguísticos, históricos e sociais;
para a comunicação e a • Adaptar textos em diferentes • Gêneros do discurso
interação do homem na linguagens, levando em conta • Coletando, selecionando e organizando informações,
sociedade. aspectos linguísticos, históricos resumindo e expondo opiniões críticas, defendendo pontos
e sociais; de vista e opiniões, de forma oral e escrita;
• Compreender e produzir textos, • Estudando as estruturas discursivas de gênero;
considerando o contexto de
produção, circulação e recepção. • Classificando os tipos de textos;
• Lendo gêneros literários: cordel, conto e romance;
• Discutindo os aspectos sociais, constantes nos gêneros do

1 º BIMESTRE
discurso;
• Respondendo a questões sobre o assunto abordado;
• Utilizando cartazes;
• Produzindo um painel dos gêneros discursivos.
LÍNGUA PORTUGUESA

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PROPOSTA CURRICULAR
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DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
Eixo Temático: Arte, comunicação e linguagem

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender, por • Reconhecer a Literatura como A Literatura como • Lendo textos que abordam os assuntos;
meio da Literatura, a uma forma específica de conhecimento do homem
construção humana como comunicação; • Interpretando textos dos períodos trabalhados;
um empreendimento que • A compreensão do
• Identificar as artes visuais como humanismo por meio da • Respondendo a questões acerca dos assuntos abordados;
se desenrola no decorrer
da história; manifestação do fazer e do sentir Literatura • Debatendo, em grupos, a relevância do Humanismo na
humano; História;
• Conhecer as artes • O Classicismo: das Artes
visuais como meio de Plásticas à Literatura • Pesquisando sobre os representantes da literatura
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

compreensão da condição humanista;


humana; • Retirando dos textos as características do Humanismo;
• Destacando as características marcantes do Teatro de Gil

2 º BIMESTRE
Vicente;
• Analisando imagens que identifiquem as características do
Classicismo;
• Pesquisando a poesia lírica e épica de Camões;
• Diferenciando a poesia lírica da poesia épica;
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Desenvolver, por meio • Diferençar os diversos discursos A Literatura como • Lendo textos que representem o Quinhentismo;
do conhecimento dos literários, no decorrer da história; conhecimento do homem
gêneros literários, • Coletando textos que representem o Quinhentismo;
a capacidade de • Reconhecer que as características • O Quinhentismo: os
dos textos de cada estilo estão, jesuítas e o trabalho • Selecionando textos quinhentistas;
compreender-se e
de compreender o diretamente, ligados ao momento missionário • Comparando textos clássicos com textos quinhentistas;
outro, situados numa histórico.
• Povos não letrados, os • Analisando textos clássicos e textos quinhentistas;
comunidade humana. povos do que hoje se
chama Amazônia • Pesquisando as origens da escrita literária no Brasil;
• Descobrindo, por meio de textos, as características da escrita
literária no Brasil;

2 º BIMESTRE
• Organizando informações para exposição de opiniões
críticas;
• Dramatizando textos literários trabalhados;
• Lendo mitos e lendas dos povos amazônicos.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
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DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: Arte, comunicação e linguagem

PROPOSTA CURRICULAR
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Conhecer as funções da A literatura e outros • Exercitando, em textos literários, as funções da linguagem;
relevância das funções linguagem, em textos diversos; discursos
da linguagem, para • Destacando, em textos literários, em artes plásticas,
a construção de • Utilizar-se do conhecimento • As funções da linguagem em quadrinhos, em tiras, em textos jornalísticos etc., a
argumentos e para a acerca das funções da linguagem, na construção do texto finalidade das mensagens, para a identificação das funções
solução de problemas no para expressar argumentos; da linguagem;
cotidiano; • Criando pequenas mensagens, fazendo uso das funções da
linguagem;
• Elaborando tirinhas que contemplem o sentido literal e o
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

sentido figurado;
• Interpretando discursos lidos, escritos, ouvidos e

2 º BIMESTRE
visualizados;
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Compreender a língua portuguesa A literatura e outros • Destacando, em textos literários, as marcas de coesão e de
língua portuguesa como instrumento de integração discursos coerência;
como instrumento e como mediadora do processo
de integração e como de comunicação. • As características dos • Lendo textos e/ou publicações acerca dos assuntos
mediadora do processo textos literários e dos trabalhados;
de comunicação. textos científicos
• Exercitando os assuntos trabalhados;
• Exercitando a Gramática;
• Morfologia;
- Processos de formação de palavras na construção do texto;

2 º BIMESTRE
• Exercitando os processos de formação de palavras mais
comuns em português;
- Sintaxe;
- Processos ligados ao verbo na construção do texto;
- Destacando os termos ligados ao verbo, em textos literários;
- Resolvendo questões constantes em norteadores e aferidores
nacionais.
LÍNGUA PORTUGUESA

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DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: Arte, comunicação e linguagem

PROPOSTA CURRICULAR
PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender o teatro, o • Reconhecer os tipos de textos Outros tipos de textos • Lendo fragmentos de peças teatrais;
cinema e a crônica como como recursos linguísticos;
facilitadores de um olhar • O teatro e o cinema • Transformando poemas em texto teatral;
mais reflexivo acerca do • Identificar, por meio do teatro,
do cinema e da crônica, as • Gênero textual: Crônica • Assistindo a uma peça em cartaz na cidade;
mundo em que se vive.
características marcantes de cada • Elaborando roteiro teatral;
estilo.
• Criando cenas teatrais com base em tema, em notícia e/ou
em elementos de cenário;
• Pesquisando a origem da crônica;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Lendo acerca de que tratam as crônicas;


• Destacando as marcas e os recursos utilizados pelo autor na

2 º BIMESTRE
escrita da crônica;
• Debatendo sobre crônicas de ontem e de hoje;
• Escrevendo crônica com base em temas e em notícias atuais;
• Produzindo uma reportagem, associando-a a descrições
de ambientes e de situações, considerando o trabalho dos
cronistas estudados na literatura;
• Expondo, em sala de aula, textos produzidos.
Eixo Temático: Arte, comunicação e linguagem

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a arte • Conhecer o estilo barroco, para A Arte Barroca: O homem • Lendo textos que abordem o assunto;
barroca como geradora a compreensão da identidade barroco
de significação do mundo humana; • Respondendo a questões;
e da própria identidade, • O conhecimento do
• Analisar as diversas produções Barroco • Discutindo sobre o barroco na História;
considerando o saber
cultural e estético; barrocas como meio de explicar • Debatendo, em grupos, acerca do Barroco em Portugal e no
os contrastes, os padrões de • As características do
Barroco Brasil;
• Aplicar os recursos beleza e os preconceitos;
expressivos da arte • O Barroco português • Pesquisando sobre o estilo de Aleijadinho;
barroca, relacionando- • Identificar, por meio de recursos
expressivos, as características da e o barroco brasileiro: • Refletindo sobre textos de Gregório de Matos;
os com textos e seus semelhanças e
arte barroca;

3 º BIMESTRE
contextos. dessemelhanças • Destacando as características do barroco presentes na obra
• Compreender as especificidades do padre Antônio Vieira;
do barroco português e do • Verificando as características do barroco nas artes plásticas e
barroco brasileiro. no discurso literário;
• Assistindo a filmes que contemplem o período abordado;
• Dramatizando trechos e/ou fragmentos do estilo Barroco.
LÍNGUA PORTUGUESA

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Eixo Temático: Arte, comunicação e linguagem

PROPOSTA CURRICULAR
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender e usar • Inferir a origem de palavras do Origem e desenvolvimento • Lendo fragmentos acerca dos assuntos abordados;
a Língua Portuguesa vocabulário da língua portuguesa, da Língua Portuguesa
como língua materna com base em conhecimentos • Estudando a pronúncia de algumas palavras, principalmente
geradora de significação enciclopédicos prévios (dados • Origem da Língua das que não fazem parte do vocabulário cotidiano;
e integradora da histórico-culturais), pistas Portuguesa
• Assistindo a documentários e/ou a filmes que apresentam
organização do mundo e fonéticas, morfossintáticas e diferentes variantes da Língua Portuguesa;
da própria identidade; semânticas;
• Trabalhando, em grupos, trechos de literatura barroca;
• Enumerando vocábulos presentes em vários fragmentos de
literatura barroca;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

3 º BIMESTRE
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Conhecer o processo • Identificar os traços linguísticos Origem e desenvolvimento • Exercitando a gramática:


de formação da língua das diversas regiões do Brasil, da Língua Portuguesa
portuguesa e as associando-os aos povos africanos • Fonologia
influências linguísticas e aos indígenas, na formação de • Formação do Português
no Brasil - Ortoépia e prosódia;
e culturais exercidas nosso idioma;
pelos povos africanos - Trabalhando a pronúncia e entoação adequada das palavras,
e indígenas sobre a de acordo com a variedade padrão da língua;
formação do português • Morfologia
falado no Brasil;
- Formação de palavras;
- Destacando os processos de formação das palavras em textos
literários e não literários;
• Sintaxe
- A pontuação na construção do texto;

3 º BIMESTRE
- O predicado na construção do texto;
• Destacando em textos diversos, como cartum, tiras, anúncios
etc., as regras de pontuação;
• Exercitando como a pontuação pode transformar os sentidos
de um texto;
• Utilizando nos textos a pontuação;
• Exercitando a pontuação em textos literários;
• Exercitando o predicativo do sujeito e do objeto, em textos
diversos, como tiras, poemas etc;
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
55
56

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender as culturas • Reconhecer as influências Origem e desenvolvimento • Consultando o dicionário, para conhecer o significado de
africanas e indígenas exteriores como constituintes da da Língua Portuguesa algumas das palavras indígenas e africanas;
como constituintes língua e do ser brasileiro.
da Língua Portuguesa • As culturas africanas • Identificando em textos oriundos da África e das etnias
e da constituição da e indígenas na Língua indígenas termos utilizados na língua portuguesa;
brasilidade. Portuguesa
• Semântica
- Introdução à Semântica;
- Destacando os aspectos tratados pela semântica: sinonímia,
antonímia, campo semântico;
- Reescrevendo mensagens, utilizando-se dos elementos da

3 º BIMESTRE
semântica;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

- Elaborando pequenos textos com imagens sobre os


elementos da semântica, para serem projetados em sala de
aula;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
Eixo Temático: Arte, comunicação e linguagem

PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a relevância • Reconhecer a importância do Pesquisa bibliográfica • Pesquisando os diferentes tipos de relatório;
do estudo acerca de gênero discursivo relatório;
relatório, de resumo e • Gênero discursivo relatório • Exercitando tipos diversos de relatório;
de fichamento para a • Reconhecer o resumo como
sintetizador importante na • Resumo e fichamento • Pesquisando relatos famosos no período da arte barroca;
progressão estudantil.
comunicação escrita; • Produzindo um relatório acerca da arte barroca de Portugal
• Utilizar o fichamento como e do Brasil;
documento sistematizado, para • Pesquisando em sites, o que é um resumo;
busca de informações.
• Exercitando resumo ou síntese de textos;
• Exercitando as três partes principais de um fichamento:

3 º BIMESTRE
cabeçalho, referência bibliográfica e corpo ou texto;
• Criando, em parceria com o professor de arte, fichas para o
trabalho de fichamento de textos;
• Elaborando fichas bibliográficas, de citação, de resumo ou de
conteúdo;
• Expondo as produções textuais em mural, varal, revistas,
jornais, sites na internet, blogs etc.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
57
58

DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: Arte, comunicação e linguagem

PROPOSTA CURRICULAR
LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Identificar e reconhecer as O homem árcade • Lendo textos que abordam os assuntos;
dinamicidade do tempo diferentes produções literárias;
e as suas implicações na • O que denominamos • Respondendo a questões;
produção literária; • Reconhecer a literatura como Arcadismo: características
um meio do conhecimento de • Discutindo sobre o Arcadismo na História;
• Confrontar opiniões e si mesmo e como propiciadora • O Arcadismo português
e o Arcadismo brasileiro: • Pesquisando os representantes da literatura árcade;
pontos de vista sobre de criação de outros
os diferentes estilos comportamentos; semelhanças e • Assistindo a filmes que retratam os assuntos;
literários e manifestações dessemelhanças
• Identificar cada gênero • Estudando os representantes do Arcadismo no Brasil;
artísticas. • O homem pré-romântico
literário nas suas respectivas • Analisando as liras de Tomás Antônio Gonzaga; o Poema, de
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

especificidades. Basílio da Gama;


• Analisando os poetas mineiros mais significativos do tempo

4 º BIMESTRE
da Inconfidência;
• Pesquisando sobre modinhas e lundus, dentro do panorama
da música popular brasileira;
• Expondo, oralmente, a pesquisa acerca das modinhas e dos
lundus;
• Lendo textos de Tenreiro Aranha;
• Dramatizando trechos e/ou fragmentos dos assuntos
trabalhados.
Eixo Temático: Arte, comunicação e linguagem

GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a Língua • Identificar traços culturais A Língua Portuguesa falada •Destacando os empréstimos linguísticos incorporados ao
Portuguesa falada no específicos da cultura brasileira no Brasil português brasileiro;
Brasil, como transmissora contemporânea;
de valores culturais e • As Características da • Pesquisando na internet as peculiaridades da Língua
instrumento de resgate • Reconhecer a importância Língua Portuguesa falada Portuguesa falada no Brasil, sua recepção no estrangeiro;
do patrimônio cultural de da miscigenação cultural em no Brasil – brasileiro
território brasileiro, para a • Exercitando a gramática:
um povo;
construção da Língua Portuguesa; • Morfologia
- Processo de formação de palavras;
- Destacando, em poemas, o processo de formação de diversas
palavras;
• Sintaxe

4 º BIMESTRE
- A pontuação na construção do texto;
- O predicado na construção do texto;
• Destacando em textos diversos, como cartum, tiras, anúncios
etc., as regras de pontuação;
• Exercitando como a pontuação pode transformar os sentidos
de um texto;
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
59
60

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a relevância • Reconhecer a singularidade A Língua Portuguesa falada • Identificando as diferentes práticas da Língua Portuguesa
do estudo da Língua da Língua Portuguesa falada no Brasil fora do Brasil;
Portuguesa falada no no Brasil, a partir do olhar do
Brasil, para a valorização estrangeiro. • A Língua Portuguesa • Utilizando, nos textos, a pontuação;
desta como identidade do brasileira – fora do Brasil
• Exercitando a pontuação em textos literários;
brasileiro.
• Destacando os tipos de predicado em textos diversos;
• Reescrevendo frases substituindo os tipos de predicado;
• Semântica
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

- Introdução à Semântica
• Destacando os aspectos tratados pela Semântica: hiponímia,

4 º BIMESTRE
hiperonímia e polissemia;
• Reescrevendo pequenas mensagens, utilizando-se dos
elementos da semântica;
• Elaborando pequenos textos com imagens sobre os
elementos da semântica, para serem projetados em sala de
aula;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
Eixo Temático: Arte, comunicação e linguagem

PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Reconhecer posições críticas aos Pontos de vista • Lendo artigos de opinião;
importância do artigo de usos sociais que são feitos das
opinião para a reflexão e linguagens e dos sistemas de • Artigo de opinião • Reproduzindo alguns dos artigos de opinião lidos;
interação do homem no comunicação e informação. • Destacando, em grupos, onde alguns dos artigos lidos
meio. foram publicado, quem o escreveu, que informações foram
expressas, para quem e com que finalidade;

4 º BIMESTRE
• Produzindo artigos de opinião sobre um tema com base na
leitura de coletânea de textos.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
61
62 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

.2ª Série

Objetivos Específicos

• Sintetizar o estudo da literatura, abordando a realidade e a natureza expressas


no tempo e no espaço;
• Compreender a literatura romântica, como representação do homem no mundo
em um determinando período;
• Compreender a literatura realista, considerando a realidade e a natureza como
princípios;
• Reconhecer a linguagem utilizada na internet e nos veículos de comunicação de
massa e outras mídias como meios de inserção nas comunidades contemporâneas;
• Compreender o autor e a obra de Machado de Assis, como representante da
norma padrão da língua portuguesa;
• Reconhecer as tecnologias de informação, redes sociais, internet como meios de
inclusão e de construção da cidadania.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: Nos caminhos da Literatura: Ler, Escrever, Refletir

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender, em • Reconhecer, nos textos O homem romântico • Identificando, em textos românticos, a conquista do
diferentes textos, românticos, os traços que pensamento europeu ocidental sobre as culturas indígena e
literários ou não, os constituem a brasilidade; • Um novo estilo literário: negra;
discursos ou mitos O Romantismo –
fundadores da • Reconhecer, em diferentes características • Lendo textos literários, considerando a História e a
brasilidade; contextos históricos e literários, Geografia;
que há determinados discursos de • O Romantismo: herança
• Conhecer os elementos representação e de concepções europeia, trazida pelos • Analisando, nos registros, desde os fundamentos históricos
românticos em sobre o amor, a mulher, os índios, portugueses até suas representações na arte, na música, na pintura, no
manifestações culturais e os negros e os imigrantes; teatro, na prosa e na poesia;
artísticas da atualidade; • Lendo artigos que contemplam a produção literária
oitocentista em Portugal e no Brasil;
• Pesquisando os poetas e os prosadores românticos;

1 º BIMESTRE
• Analisando autores e obras do período romântico;
• Identificando e discutindo, em textos apresentados, conflitos
existentes nas diferentes etnias da população brasileira
(índios, negros, imigrantes);
• Trabalhando, por meio de músicas, as características do
romantismo;
• Discutindo, em grupos, a permanência da tradição romântica
na cultura romântica;
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
63
64

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender efeitos • Analisar, em textos literários, os O homem romântico • Discutindo a literatura feita por mulheres no Brasil, em
de sentido do discurso efeitos de sentido do discurso Portugal e nos países africanos de língua portuguesa;
eurocêntrico manifesto europeu. • O Romantismo brasileiro:
em textos da literatura originalidade e imitação • Identificando, em textos, as várias concepções sobre o amor,
brasileira. a mulher, o indígena, o afro-descendente etc.;
• Registrando a discussão acerca da tradição romântica na
cultura contemporânea;
• Assistindo a filmes que contemplem o Romantismo;
• Lendo ensaios diversificados acerca da literatura portuguesa,
focalizando textos produzidos desde a Idade Média;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Pesquisando acerca dos prosadores românticos: urbanos e

1 º BIMESTRE
regionalistas;
• Dramatizando personagens romanescos;
• Analisando autores e obras do período romântico;
• Identificando e discutindo, em textos apresentados, conflitos
existentes nas diferentes etnias da população brasileira
(índios, negros, imigrantes).
Eixo Temático: Nos caminhos da Literatura: Ler, Escrever, Refletir

GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Utilizar as novas • Reconhecer as novas linguagens Linguagem na internet • Debatendo os suportes e os gêneros contemporâneos;
tecnologias como que expressam o mundo
propriciadoras de contemporâneo; • Os jovens e a internet: os • Elaborando vocabulário da internet;
oportunidades no horizontes que se abrem
• Aplicar os conhecimentos • Discutindo a linguagem da internet: internetês;
mercado de trabalho e na • Tecnologias e educação:
compreensão do mundo adquiridos em Língua Portuguesa • Elaborando pequeno dicionário internetês/português;
no contexto contemporâneo da um enlace necessário
contemporâneo. • Exercitando a gramática:
comunicação.
• Fonologia
- A ortografia na construção do texto;
- Exercitando a ortografia, em diversos tipos de textos;

1 º BIMESTRE
• Morfologia:
- Classes Gramaticais I;
- Exercitando as classes gramaticais: Substantivo, Adjetivo,
Artigo e Numeral, na construção do texto;
- Destacando, em textos do período romântico, as classes
gramaticais trabalhadas;
LÍNGUA PORTUGUESA

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PROPOSTA CURRICULAR
65
66

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
• Aplicar as tecnologias • Identificar as diferentes Linguagem na Internet • Sintaxe
da comunicação e da linguagens e seus recursos
informação na escola, expressivos como elemento de • Suportes de gêneros - A pontuação na construção do texto;
no trabalho e em outros caracterização dos sistemas de contemporâneos
- Os tipos de sujeito na construção do texto;
contextos relevantes para comunicação; • Novas linguagens: as
a sua vida; tecnologias e a emersão • Destacando em textos diversos, como cartum, tiras, anúncios
• Reconhecer os suportes e os etc., as regras de pontuação;
• Compreender a gêneros disponíveis para a de novos códigos
importância da língua, comunicação; linguísticos • Exercitando como a pontuação pode transformar os sentidos
em sua constituição total, de um texto;
para a construção de • Utilizar a divisão geral da Língua
Portuguesa, em textos diversos; • Utilizando, nos textos, a pontuação;
textos.
• Aplicar o conhecimento geral • Exercitando a pontuação em textos literários;
da língua, em diversos gêneros • Exercitando os tipos de sujeito, em textos literários;
textuais.
• Semântica
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

1 º BIMESTRE
- A ambiguidade como recurso de construção;
- Exercitando a ambiguidade como recurso de expressão em
textos poéticos, publicitários e humorísticos, em quadrinhos
e em anedotas;
- Exercitando a ambiguidade como problema de construção
em diversos textos;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais;
• Analisando a poesia Neoconcretista;
• Estudando poetas brasileiros.
Eixo Temático: Nos caminhos da Literatura: Ler, Escrever, Refletir

PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Aplicar as tecnologias da • Relacionar informações geradas Comunicação • Definindo regras que servirão de base para a criação de
informação como meio nos sistemas de comunicação e blogs;
de integração social e informação; • Blog
realização da cidadania. • Criando um blog individual, por meio de orientações;
• Analisar a função social desses • Debate
sistemas. • Alimentando o blog com artigos, imagens, notícias etc.;
• Redes sociais
• Pesquisando sobre blogs em circulação, para verificar sua
qualidade: a confiabilidade das informações, organização e
legibilidade; estética, atualização e linguagem;
• Apresentando os resultados da pesquisa e indicando os
blogs mais interessantes;
• Utilizando o gênero debate, em sala de aula;

1 º BIMESTRE
• Pesquisando, em grupo, sobre um tema, previamente,
selecionado;
• Expondo para os colegas, a pesquisa realizada;
• Apresentando pontos de vista sobre a pesquisa;
• Participando de debates em fóruns virtuais, que abordem a
Linguagem e a Literatura.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
67
68

DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: Nos caminhos da Literatura: Ler, Escrever, Refletir

PROPOSTA CURRICULAR
LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a literatura • Reconhecer na prosa, na poesia Uma nova literatura: o • Destacando, nos textos, o fazer literário, considerando o
realista e naturalista, e nas artes, de modo geral, o homem, a realidade e a contexto histórico;
considerando os diálogo entre o discurso ficcional natureza
aspectos históricos e e o racional expressivo nas • Lendo trechos de romances;
suas manifestações no ciências; • As descobertas científicas
e a Literatura • Lendo artigos que analisam as relações literárias e
contexto atual; intelectuais entre portugueses e brasileiros;
• Reconhecer na literatura e
nas artes plásticas, as teorias • O que se reconhece por
Realismo • Lendo pinturas realistas e naturalistas;
que sustentavam as crenças
pertinentes ao período realista e • O que se reconhece por • Assistindo a filmes que retratam o Realismo e o Naturalismo;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

naturalista; Naturalismo • Analisando o conjunto da obra do escritor português Eça de


Queirós;

2 º BIMESTRE
• Confrontar os gêneros literários
conhecidos com o estilo realista e • Pesquisando outros poetas realistas portugueses;
com o naturalista;
• Analisando textos do Realismo-Naturalismo no Amazonas;
• Pesquisando na internet e em autores da época, as
descobertas científicas e as teorias que despontaram como
revolucionárias;
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a produção • Conhecer concepções de autores Uma nova literatura: o • Debatendo, em grupos, sobre os estilos literários trabalhados;
em prosa e poesia, e de fazeres literários, no século homem, a realidade e a
considerando o caráter XIX; natureza • Produzindo pequenos textos;
metalinguístico presente • Trabalhando músicas representativas do período trabalhado;
nos textos de autores do • Confrontar os gêneros literários • O Realismo e o
século XIX. conhecidos com o estilo realista e Naturalismo: a ideia de • Discutindo as implicações do Realismo como reprodução da
com o naturalista. natureza humana realidade;
• A produção realista e • Lendo romances referentes aos estilos trabalhados;
naturalista em Portugal: as
influências europeias • Dramatizando trechos e/ou fragmentos dos estilos literários
trabalhados.
• A produção realista e
naturalista no Brasil:

2 º BIMESTRE
herança europeia
• O Realismo e o
Naturalismo no Amazonas
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
69
70

Eixo Temático: Nos caminhos da Literatura: Ler, Escrever, Refletir

DO ENSINO MÉDIO
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Conhecer o Novo • Reconhecer o Acordo Ortográfico O Novo Acordo Ortográfico: • Exercitando a gramática:
Acordo Ortográfico, como direcionador da língua Os países da Língua
para compreender as oficial brasileira; Portuguesa • Fonologia
mudanças na Língua - A acentuação na construção do texto;
Portuguesa falada no • Conhecer a cultura dos países • As discussões em torno do
Brasil; falantes da Língua Portuguesa Acordo Ortográfico • Exercitando, em diversos textos, as regras de acentuação, a
e o processo de unificação partir do Novo Acordo Ortográfico;
• Reconhecer as mudanças proporcionado pelo Novo Acordo • O que muda com o Novo
do Novo Acordo Ortográfico; Acordo para o Brasil • Pesquisando sobre as alterações na Língua Oficial
Ortográfico como uma Portuguesa, a partir do Acordo Ortográfico;
iniciativa de unificação • Morfologia
dos países falantes da
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Língua Portuguesa; - Classes Gramaticais II;


• Exercitando as classes gramaticais: o pronome na construção
do texto;

2 º BIMESTRE
• Identificando os tipos de pronomes em textos diversos;
• Identificando os pronomes relativos em resenhas;
• Empregando e justificando os pronomes relativos em
pequenos textos;
• Sintaxe
- A pontuação na construção do texto;
- O adjunto adnominal e o complemento nominal na
construção do texto.
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Apropriar-se dos • Utilizar os conhecimentos da O Novo Acordo Ortográfico: • Destacando em textos diversos, como cartum, tiras, anúncios
conhecimentos língua na comunicação cotidiana os países da Língua etc., as regras de pontuação;
gramaticais com o e na resolução de situações- Portuguesa
fim de utilizá-los na problema. • Exercitando como a pontuação pode transformar os sentidos
compreensão de • As discussões em torno do de um texto;
discursos, na oralidade e Acordo Ortográfico
• Utilizando nos textos a pontuação;
na escrita. • O que muda com o Novo
Acordo para o Brasil • Exercitando a pontuação em textos literários;
• Exercitando o adjunto adnominal e o complemento nominal
em tiras, em quadrinhos etc.;
• Destacando, em textos, a classe gramatical das palavras que
constituem os adjuntos adnominais;
• -Semântica

2 º BIMESTRE
- Introdução à Estilística – Figuras de Linguagem I;
• Exercitando as figuras de linguagem: comparação e
metáfora, metonímia, em textos literários;
• Destacando os recursos estilísticos empregados em diversos
gêneros textuais;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
71
72

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
Eixo Temático: Nos caminhos da Literatura: Ler, Escrever, Refletir

PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender e usar • Reconhecer a importância de Ponto de vista • Assistindo a filmes que retratem o período realista e/ou
os sistemas simbólicos informações resumidas sobre um naturalista;
das diferentes determinado assunto; • Resenha
linguagens como • Registrando passagens marcantes, pontos que chamaram
meios de organização • Inferir sobre quaisquer assuntos a atenção, trechos que lembraram outras obras, ideias que
cognitiva da realidade de interesse público. possam ser discutidas;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

pela constituição de • Escrevendo uma resenha dos filmes assistidos e/ou de um


significados, expressão, livro lido;

2 º BIMESTRE
comunicação e
informação. • Discutindo sobre os filmes;
• Elaborando resenhas acerca do período realista e/ou
naturalista;
• Lendo resenhas de autores contemporâneos.
Eixo Temático: Nos caminhos da Literatura: Ler, Escrever, Refletir

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Reconhecer as características e as Um autor universal: • Lendo textos que singularizam a obra machadiana;
obra machadiana, especificidades do Romantismo, Machado de Assis
considerando-a como para a compreensão da obra • Discutindo sobre os principais temas que figuram na obra do
expressão significativa da machadiana; • A obra machadiana: escritor Machado de Assis;
Literatura Brasileira; Crônica, Conto, Romance
• Apreender a obra machadiana, • Lendo, por meio da literatura brasileira em quadrinhos,
• Compreender a como expressão da Literatura • O lugar da obra vários textos de Machado de Assis;
universalidade da obra Brasileira; machadiana na Literatura
Universal • Lendo crônicas, contos e romances de Machado de Assis;
machadiana, pela
expressão da condição • Inferir, a partir da obra • Sintetizando crônicas, contos e romances de Machado de
humana. machadiana, o que é a condição Assis;
humana.
• Pesquisando Machado de Assis, como autor universal;

3 º BIMESTRE
• Pesquisando outros autores brasileiros contemporâneos de
Machado;
• Discutindo, em grupos, as crônicas, os contos e os romances
lidos;
• Dramatizando trechos da obra de Machado de Assis;
• Escrevendo pequenos textos sobre a vida e a obra de
Machado de Assis.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
73
74

Eixo Temático: Nos caminhos da Literatura: Ler, Escrever, Refletir

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Identificar, na obra machadiana, A obra machadiana: Texto e • Exercitando a gramática:


obra literária, como os elementos que concorrem para Contexto
propiciadora para a organização e a estruturação do • Morfologia
a aprendizagem de pensamento; • A construção formal no
texto machadiano - Classes Gramaticais III;
regras gramaticais,
bem como para o • Utilizar os recursos da prosa como • Exercitando as classes gramaticais: Verbo, na construção do
exercício do raciocínio, refinamento da língua; texto;
da compreensão da • Destacando os tipos de verbos em textos machadianos;
realidade e da vinculação
ao cotidiano; • Destacando as formas verbais em textos realistas;
• Lendo textos machadianos que reflitam sobre a noção de
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

tempo verbal;
• Destacando, nos textos de Machado, os sentidos que se dão

3 º BIMESTRE
com base nos usos dos tempos verbais;
• Sintaxe
• A pontuação na construção do texto;
- O aposto, o vocativo, período simples e composto por
coordenação e subordinação: orações substantivas, na
construção do texto;
• Destacando em textos diversos, como cartum, tiras, anúncios
etc., as regras de pontuação;
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Confrontar a obra • Distinguir a obra machadiana de Um autor universal: • Exercitando como a pontuação pode transformar os sentidos
machadiana com o obras de sua época. Machado de Assis de um texto;
contexto de sua época.
• Recursos estilísticos, • Utilizando, nos textos, a pontuação;
rigor e renovação na obra
machadiana • Exercitando a pontuação em textos literários;
• Destacando, em textos literários, o aposto e o vocativo;
• Exercitando o período composto por coordenação e orações
coordenadas em textos diversos;
• Exercitando o período composto por subordinação e orações
substantivas em textos literários e não literários;
• Semântica

3 º BIMESTRE
- Introdução à estilística – Figuras de linguagem II;
• Exercitando as figuras de linguagem: antítese, paradoxo,
personificação ou prosopopeia em textos literários;
• Destacando os recursos estilísticos empregados em diversos
gêneros textuais;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
LÍNGUA PORTUGUESA

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PROPOSTA CURRICULAR
75
76

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
Eixo Temático: Nos caminhos da Literatura: Ler, Escrever, Refletir

PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a narrativa • Identificar uma notícia, por meio Narrativa Técnica • Pesquisando fatos marcantes no período em que se
técnica notícia, como de uma linguagem clara, concisa desenvolveu a obra de Machado de Assis;
necessária para a e direta. • Notícia
comunicação. • Apresentando os fatos pesquisados como se vivessem na
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

época em que eles ocorreram;


• Escrevendo notícias sobre esses fatos pesquisados;

3 º BIMESTRE
• Relatando fatos, acontecimentos e informações do dia a dia
que possuem interesse para todos os colegas;
• Elaborando uma notícia.
Eixo Temático: Nos caminhos da Literatura: Ler, Escrever, Refletir

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Entender, por meio dos • Identificar, pela análise dos estilos O retorno aos gregos, • Lendo textos que analisam e interpretam os autores do
estilos literários, a busca literários trabalhados, a perfeição a busca da perfeição / período trabalhado;
pela perfeição retratada e a imperfeição, constituintes da o retorno à realidade
no Parnasianismo condição humana; humana, o encontro com a • Lendo crônicas e poemas de Olavo Bilac;
e o encontro com a imperfeição • Pesquisando a presença feminina no Parnasianismo:
imperfeição retratada • Recorrer aos conhecimentos
acerca do homem pré-moderno, • O que é Parnasianismo: Francisca Júlia;
no Simbolismo, como
proposta expressa no para o entendimento de sua características • Assistindo a filmes que retratam os aspectos da vida da elite
final do século XIX; condição no mundo. carioca no final do século XIX;
• O que é Simbolismo:
• Considerar o contexto características • Discutindo a questão da escravidão no Brasil, enfatizando o
histórico em que se • O contexto europeu e o importante papel desempenhado por Cruz e Sousa;
vislumbra o homem pré- Simbolismo em Portugal • Pesquisando o contexto social em que surge o Simbolismo
moderno.

4 º BIMESTRE
• A presença do Simbolismo brasileiro, com base no estudo dos poemas em prosa de
europeu na literatura Cruz e Sousa;
brasileira do final do • Lendo textos de poetas parnasianos e simbolistas do
século XIX Amazonas.
• O Parnasianismo e o
Simbolismo no Amazonas
• O homem pré-moderno e
a realidade brasileira
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
77
78

Eixo Temático: Nos caminhos da Literatura: Ler, Escrever, Refletir

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Aplicar conhecimentos • Utilizar a norma padrão em O Predomínio da forma no • Identificando poemas diversos;
linguísticos e das normas diferentes textos literários; poema
de caráter morfológico e • Exercitando a gramática:
sintático, na interpretação • Reconhecer a língua como • O esplendor da palavra
expressão de um tempo; • Morfologia
e na produção de textos
orais e escritos; - Classes Gramaticais IV;
• Exercitando as classes gramaticais: o advérbio, a preposição,
a conjunção e a interjeição na construção do texto;
• Dialogando sobre as classes gramaticais, partindo de uma
linguagem visual;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Destacando de tiras, quadrinhos, as locuções adverbiais,


preposições e conjunções;

4 º BIMESTRE
• Sintaxe
- A pontuação na construção do texto;
- Período composto por subordinação: orações adjetivas e
adverbiais na construção do texto;
• Destacando em textos diversos, como cartum, tiras,
anúncios, etc., as regras de pontuação;
• Exercitando como a pontuação pode transformar os sentidos
de um texto;
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Utilizar conhecimentos • Reconhecer as singularidades do O predomínio da forma no • Classificando poemas diversos e obras em prosa;
obtidos em estudos poema. poema
sobre poesia, para • Exercitando a pontuação em textos literários;
compreensão da • O efeito da concisão na
construção poética • Exercitando as orações subordinadas adjetivas e adverbiais
gramática. em textos diversos;
• Destacando, em textos literários, em anúncios, em
quadrinhos e em tiras, as orações adverbiais;
• Semântica
- Os recursos poéticos na construção do texto;
- Introdução à estilística – Figuras de Linguagem III;
• Construindo versos e estrofes;

4 º BIMESTRE
• Exercitando a métrica na elaboração de versos;
• Exercitando as figuras de linguagem: hipérbole, eufemismo e
ironia em textos literários;
• Destacando os recursos estilísticos empregados em diversos
gêneros textuais;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
79
80

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
Eixo Temático: Nos caminhos da Literatura: Ler, Escrever, Refletir

PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Identificar, em reportagens, as Narrativa Técnica • Pesquisando em livros, em revistas e em sites especializados,
reportagem como texto marcas linguísticas. temas previamente selecionados, para a escrita de uma
jornalístico que expressa • Reportagem reportagem;
aspectos relevantes do
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

cotidiano. • Realizando entrevistas para ampliar os pontos de vista sobre


tópicos previamente abordados;

4 º BIMESTRE
• Elaborando uma reportagem a partir de um roteiro;
• Criando um jornal-mural com textos e com imagens que
tratem de aspectos relevantes do cotidiano.
LÍNGUA PORTUGUESA 81

.3ª Série

Objetivos Específicos

• Analisar a arte do século XX como manisfestação das ocorrências desse século;


• Reconhecer a Semana de Arte Moderna como um marca para os movimentos
artísticos das gerações de 20, 30 e 45;
• Compreender o percurso político, cultural, social da sociedade brasileira que de-
terminou o movimento Pós-modernista;
• Produzir, com consistência, textos que demonstrem conhecimentos gramaticais,
coerência, concisão e objetividade.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
82

DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: literatura, interdisciplinaridade e ensino

PROPOSTA CURRICULAR
LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Entender a importância • Identificar, nos discursos Novas revoluções: as artes • Lendo textos diversos sobre o período trabalhado;
das revoluções ocorridas literários e artísticos, indicativos no século XX
no início do século XX, das grandes revoluções que • Destacando as ideias principais dos textos abordados;
registradas na Literatura e aconteciam no mundo; • As vanguardas na Europa e
no Mundo • Traçando o panorama histórico, contemplando: futurismo,
nas Artes; cubismo, expressionismo, dadaísmo e surrealismo;
• Conhecer temas e motivos
• Compreender o texto recorrentes na Literatura e nas • O Modernismo Português
• Analisando os textos trabalhados;
literário como lugar artes brasileiras; • A herança europeia no
de manifestação de Modernismo brasileiro • Estudando o conceito de vanguarda;
ideologias; • Associar os temas do
Modernismo às manifestações • Identificando os traços vanguardistas nas artes plásticas;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

político-ideológicas da época; • Assistindo a filmes que retratam o período trabalhado;


• Produzindo textos, considerando a leitura de imagens, de

1 º BIMESTRE
música, de poemas etc.;
• Compondo desenhos que retratem as ideias da época;
• Debatendo, em grupos, diferentes opiniões apresentadas em
textos literários;
• Lendo e interpretando poemas de Fernando Pessoa e
heterônimos.
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Assumir uma postura • Confrontar diferentes visões a Novas revoluções: as artes • Estudando o contexto da Semana de Arte Moderna;
crítica diante de respeito de posicionamentos no século XX
posicionamentos enunciativos, apresentados em • Pesquisando os artistas e os autores participantes da
enunciativos dos textos textos literários. • A vanguarda brasileira: A Semana de Arte Moderna;
literários. Semana de Arte Moderna
• Organizando um evento cultural que retrate a Semana de
• Primeira Geração Arte Moderna;
Modernista
• Caracterizando os personagens do movimento modernista;
• Lendo revistas e manifestos que destaquem as figuras de
Mário de Andrade, Oswald de Andrade e outros autores
presentes no Modernismo;

1 º BIMESTRE
• Destacando pontos em comum entre obras plásticas e
literárias;
• Observando imagens de artistas plásticos da época;
• Destacando, em textos, as características dos autores da
primeira geração modernista;
• Lendo e interpretando autores da primeira geração
modernista.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
83
84

Eixo Temático: literatura, interdisciplinaridade e ensino

DO ENSINO MÉDIO
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender o • Reconhecer os usos da norma A diversidade linguística • Exercitando a gramática:


surgimento de novas padrão da língua portuguesa e a constituição de novas
palavras e novos sentidos, nas diferentes situações de linguagens • Sintaxe
como necessidade comunicação; - A pontuação na construção do texto;
de representação da • Novos sentidos/Novas
realidade. • Reconhecer novas palavras compreensões - As figuras de sintaxe na construção do texto;
em contexto modernista, nas
situações de comunicação; • Destacando em textos diversos, como cartum, tiras, anúncios
etc., as regras de pontuação;
• Identificar neologismos nos
novos códigos linguísticos do • Exercitando a pontuação em textos literários;
Modernismo. • Exercitando as figuras de sintaxe em diversos tipos de textos;
• Semântica
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Sinonímia de frases;
• Destacando sinônimos em frases;

1 º BIMESTRE
• Substituindo, em frases, determinadas palavras por
sinônimos;
• Reescrevendo frases, com o auxílio de sinônimos;
• Trabalhando o dicionário na substituição de palavras, para a
construção de novos textos;
• Pesquisando palavras que se destacam como neologismo;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
Eixo Temático: literatura, interdisciplinaridade e ensino

PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Reconhecer o seminário como Gênero oral • Lendo orientações de elaboração de seminário;
importância das caminho eficaz para um bom
orientações para a trabalho escolar. • Seminário • Exercitando os princípios estéticos e ideológicos do
apresentação de um movimento de vanguarda;
seminário, no intuito de • Organizando-se, em grupos, para a apresentação de
melhor se expressar em seminários referentes às artes no século XX.

1 º BIMESTRE
público sob a exigência de
quaisquer assuntos.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
85
86

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
Eixo Temático: literatura, interdisciplinaridade e ensino

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a realidade • Estabelecer relações entre o A Geração de 1930 • Lendo e interpretando poemas de Carlos Drummond de
como passível de ser texto literário e o momento de Andrade, Murilo Mendes, Jorge de Lima, Cecília Meireles,
apreendida, por meio da sua produção, situando aspectos • Escritores modernistas: Vinicius de Moraes;
Literatura; do contexto histórico, social e Poetas e prosadores
político; • Estudando a poesia de Violeta Branca;
• Compreender a • A produção literária
singularidade de uma • Reconhecer a importância dos amazonense • Relacionando poesia e música;
Literatura local, no autores modernistas da Geração • O olhar modernista sobre • Lendo os autores Rachel de Queiroz, Jorge Amado, José
contexto global. de 30, para a consolidação da o Amazonas: Presenças Lins do Rego, Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Dionélio
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

nacionalidade. de Raul Bopp, Mário de Machado;


Andrade e F. Pereira da
• Dialogando, por meio de desenhos, com os prosadores;

2 º BIMESTRE
Silva
• Assistindo a filmes que retratem aspectos da geração de 30;
• Dramatizando trechos e/ou fragmentos de romances da
época;
• Observando as artes plásticas do período trabalhado;
• Comparando letras de música com autores da época.
Eixo Temático: literatura, interdisciplinaridade e ensino

GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Reconhecer o • Conhecer textos do Modernismo, A diversidade linguística • Exercitando a gramática:


Modernismo como a fim de destacar novos e a constituição de novas
peça fundamental na elementos na Língua Portuguesa; linguagens II • Sintaxe
construção do português - Concordância verbal e nominal na construção do texto;
falado no Brasil. • Utilizar-se das informações • Traços distintivos do
estudadas nos períodos português falado no Brasil • Estudando a concordância verbal e nominal e os casos
literários, para enriquecer especiais;
os conhecimentos da Língua
Portuguesa. • Discutindo a concordância popular e seu avanço na língua
falada em todo o país;
• Semântica

2 º BIMESTRE
- Sentido, traços semânticos e relações de sentido;
• Trabalhando as relações de oposição/relações
paradigmáticas e relações de combinação/relações
sintagmáticas;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
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88

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
Eixo Temático: literatura, interdisciplinaridade e ensino

PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Aplicar os conhecimentos • Identificar as diferentes Narrativa Curta • Lendo narrativas curtas;


acerca do conto, em linguagens e seus recursos
situações do cotidiano. expressivos como elementos de • O gênero conto • Conhecendo as três partes que compõem um conto:
situação inicial, complicação ou conflito e resolução ou
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

caracterização dos sistemas de


comunicação. desfecho;

2 º BIMESTRE
• Escrevendo contos.
Eixo Temático: literatura, interdisciplinaridade e ensino

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a Geração • Identificar a herança europeia, A Geração de 1945: Aspectos • Lendo os autores do período abordado: João Cabral de
de 45, como expressão principalmente, a vanguarda distintos Melo Neto, Thiago de Mello, João Guimarães Rosa, Clarice
literária e artística de europeia, nos autores Lispector, Nelson Rodrigues, Ariano Suassuna, Glauber
movimentos globais modernistas brasileiros; • Autores da Geração de 45 Rocha;
que contribuíram para a • O que aproxima e o que
transformação mundial; • Diferençar as gerações • Pesquisando características da geração de 45 e dos
modernistas, para a compreensão afasta as Gerações de 22, respectivos autores;
• Analisar os aspectos das leituras sobre o Brasil; de 30 e de 45
específicos • Relacionando os autores da Geração de 22, de 30 com os da
• Reconhecer as diferentes • Dramaturgia moderna Geração de 45;
correspondentes às três
gerações do modernismo linguagens que se apresentam no • Novas interpretações:
movimento modernista; • Assistindo a filmes que retratem o período ou inspirados em
brasileiro, com o Os olhares do teatro, do obras de autores da época;
fim de reconhecer a • Identificar, nas artes visuais, os cinema, da prosa e da

3 º BIMESTRE
complexidade da cultura elementos que caracterizam as poesia • Dramatizando pequenos textos dos autores estudados;
nacional; gerações modernistas; • As ideias estéticas da • Contextualizando o período histórico no mundo e no Brasil;
• Entender a tecnologia • Reconhecer elementos novos Geração de 45: novas
perspectivas sobre o Brasil • Comparando excertos ou trechos do teatro moderno com os
como propiciadora de nos autores da última geração de Gil Vicente ou com os de Anchieta;
novas leituras, novos modernista.
caminhos e como • Lendo os documentos que retratam o Brasil à luz do olhar da
expressão dos valores Geração de 45;
modernistas.
• Lendo e comparando a Literatura anterior com os autores
modernistas.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
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90

DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: literatura, interdisciplinaridade e ensino

PROPOSTA CURRICULAR
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender e usar a • Identificar e aplicar A Consolidação de uma • Exercitando a Gramática:


língua portuguesa como adequadamente os recursos variedade da Língua
instrumento de acesso expressivos da Língua Portuguesa; Portuguesa • Sintaxe
aos conhecimentos, - A pontuação na construção do texto;
como meio de • Amplitude da língua e o
expressão, informação e reconhecimento de novas - A regência verbal/nominal e a colocação pronominal na
comunicação; realidades construção do texto;
• Destacando em textos diversos, como cartum, tiras,
anúncios, etc., as regras de pontuação;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Exercitando como a pontuação pode transformar os sentidos


de um texto;

3 º BIMESTRE
• Exercitando a pontuação em textos literários;
• Destacando a regência verbal nos diversos tipos de textos;
• Exercitando a regência nominal em textos literários;
• Exercitando, por meio de textos diversos, os pronomes e a
colocação pronominal;
• Debatendo, em grupos, o uso dos pronomes oblíquos;
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Apreender o novo • Utilizar os novos vocábulos, os A consolidação de uma • Destacando, em textos, os pronomes oblíquos;
vocabulário como meio novos sentidos da língua para variedade da Língua
de reconhecimento do dissertar sobre situações do Portuguesa • Trabalhando com tirinhas que contemplam os pronomes e a
brasileiro e da realidade cotidiano. colocação pronominal;
brasileira. • A dinamicidade da língua:
novas realidades, novos • Estudando as principais regras que regem a colocação
conceitos e novos termos pronominal;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e

3 º BIMESTRE
aferidores nacionais;
• Resolvendo as questões constantes em simulados.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
91
92

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
Eixo Temático: literatura, interdisciplinaridade e ensino

PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a relevância • Utilizar os conhecimentos acerca Um Gênero Didático • Conhecendo a estrutura do texto dissertativo;
da dissertação na vida da dissertação, para defesa de
escolar e profissional do pontos de vista. • Dissertação escolar • Trabalhando coesão e coerência textuais;
homem. • Lendo dissertação objetiva e subjetiva;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Elaborando um texto dissertativo que contemple a Geração

3 º BIMESTRE
de 1945;
• Observando obras de arte das Gerações de 22, de 30 e de
45, para expressar opiniões.
Eixo Temático: literatura, interdisciplinaridade e ensino

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender as • Conhecer as singularidades em A Literatura na Pós- • Comparando produções artísticas do Concretismo, da Poesia
intenções enunciativas autores do período de maio de Modernidade Práxis, da Poesia Marginal, do Tropicalismo;
dos textos literários que 68;
contemplam a literatura • Maio de 68: repercussões • Lendo autores da Literatura Engajada dos anos 60 e 70;
no mundo, no Brasil e no • Analisar textos literários, na literatura e nas artes no
contextualizando-os ao momento mundo • Pesquisando sobre o Movimento de 68 e suas
Amazonas; consequências;
histórico-cultural;
• A Literatura que nos
• Identificar posições políticas acompanha: prosa e • Analisando romances, contos e poemas de Lígia Fagundes
em autores denominados poesia Telles, Autran Dourado, J.J. Veiga, Raduan Nassar, Moacir
“Engajados”; Scliar, J. Ubaldo Ribeiro, Márcio Souza, Milton Hatoum,
Rubem Fonseca, Cora Coralina, Paulo Leminski, Adélia Prado,
• Analisar as características dos João de Jesus Paes Loureiro;
vários discursos presentes em

4 º BIMESTRE
obras da época; • Destacando traços característicos dos romancistas e
contistas analisados;
• Destacando os temas recorrentes na prosa e na poesia nesse
período;
• Pesquisando sobre as obras de José Saramago, Gonçalo
Tavares, Gabriela Llansol, Guimarães Rosa, João Cabral de
Melo Neto, Raduan Nassar, Nélida Piñon, Milton Hatoum,
dentre outros.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
93
94

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Conhecer autores do • Relacionar a produção artística A Literatura na Pós- • Pesquisando sobre as manifestações culturais emergidas no
Clube da Madrugada, amazonense com as produções Modernidade Amazonas nesse período;
relacionando-os com brasileiras e internacionais.
o contexto histórico- • A Vanguarda no • Destacando as análises políticas e sociais dos autores
cultural, com o fim Amazonas: amazonenses desse período;
de compreender as Clube da Madrugada • Analisando as singularidades da Vanguarda amazonense;
transformações sociais e
estéticas. • Lendo autores do Clube da Madrugada: Luiz Bacellar, Elson
Farias, Luiz Ruas, Alencar e Silva, Jorge Tufic, Astrid Cabral,
Alcides Werk; Anísio Mello; Max Carphentier, Ernesto
Penafort, Antísthenes Pinto;

4 º BIMESTRE
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Visitando museus e galerias;


• Analisando obras dos artistas: Moacir de Andrade,
Hanneman Bacelar, Anísio Mello, Manoel Borges, Óscar
Ramos, Jair Jacqmont.
Eixo Temático: literatura, interdisciplinaridade e ensino

GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Confrontar opiniões e • Inferir em um texto quais são O conhecimento do entorno • Exercitando a Gramática:
pontos de vista sobre as os objetivos de seu produtor e por meio da Língua
diferentes linguagens quem é seu público-alvo, pela • Sintaxe
e suas manifestações análise dos procedimentos • O ambiente descrito por
meio da língua - A pontuação na construção do texto;
específicas. argumentativos utilizados;
• Destacando em textos diversos, como cartum, tiras, anúncios
• Reconhecer a importância do que etc., as regras de pontuação;
é descrito acerca do entorno, para
conviver no meio e atuar como • Exercitando como a pontuação pode transformar os sentidos
cidadão. de um texto;
• Exercitando a pontuação em textos literários;

4 º BIMESTRE
• Trabalhando com tirinhas, charges, quadrinhos etc.,
interessantes para o conhecimento da língua;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais;
• Resolvendo as questões constantes em simulados.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
95
96

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
Eixo Temático: literatura, interdisciplinaridade e ensino

PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Confrontar paráfrase • Identificar os elementos que A Dissertação Visual • Exercitando, por meio de charges, de imagens, a indicação
e paródia, em diversos compõem a paráfrase e a paródia; de temas;
gêneros textuais, para • Paráfrase e paródia
a compreensão acerca • Reconhecer o trabalho da • Desenvolvendo uma dissertação, após a indicação de temas;
intertextualidade, como eficaz, • A Intertextualidade no
das ideias sugeridas texto literário • Conhecendo paráfrase e paródia em textos literários;
visualmente; para o entendimento do texto
literário.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Exercitando paráfrase e paródia em textos literários;


• Conhecer, analisar e

4 º BIMESTRE
interpretar as inferências • Destacando, em paródias, a intertextualidade ocorrida;
de um texto em outro, • Criando, por meio de alguns poemas, outro texto.
para a compreensão do
sentido.
LÍNGUA PORTUGUESA 97

1.3 Alternativas metodológicas orientação do professor e discussão sobre o


para o ensino de Língua Portuguesa enredo, os personagens, o cenário, a forma, o
narrador, o estilo literário etc., de um clássico
Os Parâmetros Curriculares Nacionais da Literatura Brasileira ou de outros autores;
(2002) para o Ensino Médio enfatizam a ne- • Exibição de filmes que abordem temas
cessidade do trânsito interdisciplinar entre as de interesse social ou literário e que intertex-
áreas de conhecimento, visando atender às tualizem com conteúdos abordados em sala
competências contidas nos eixos gerais: repre- de aula (adaptação de obras literárias, por
sentação e comunicação, investigação e com- exemplo), a fim de familiarizar o educando
preensão e contextualização sociocultural. com outras linguagens e de estimular a análi-
se e a reflexão por meio de debates;
1.3.1 Sugestões de atividades didático- • Teatralização da leitura de textos narra-
pedagógicas tivos, envolvendo mais de um educando na
leitura, dependendo do número de persona-
Orientações Gerais gens envolvidos, para que cada um possa re-
presentar um personagem;
• Aula extraclasse com visita a museus, • Utilização de mapas para contextualizar
t­ eatros e exposições ou a qualquer outro even- as aulas de literatura, quando for trabalhar
to cultural que venha a acontecer na cidade e com obras como Vidas secas, de Graciliano
que possibilite ao educando ampliação do re- Ramos, para que o educando possa visualizar
pertório cultural e que estabeleça um diá­logo a situação da seca do sertão nordestino;
com os conteúdos abordados em sala de aula; • Utilização das redes sociais (blogs, twit-
• Aulas na biblioteca em benefício aos con- ter, facebook etc.), como espaço de produ-
teúdos abordados; ção, de discussão e de socialização de conhe-
• Exposição de trabalhos dos educandos cimento, publicando as atividades realizadas
em espaço de grande circulação na escola, para em sala de aula por meio de fotos. Para esse
que possa ser socializado com os demais mem- tipo de atividade, pode-se dividir a sala em
bros da comunidade educativa, tomando os grupos e atribuir tarefas de registro com fo-
devidos cuidados com a apresentação estética tos, textos e publicações;
e com a observância da adequação linguística; • Criação de portfólios com as produções
• Formação de grupos de teatro para que escritas dos educandos, para que se possa
os educandos possam apresentar peças de acompanhar o desenvolvimento da escrita
acordo com as Competências desenvolvidas durante o processo.
em sala de aula. Divisão da sala em grupos, a
fim de que cada educando possa adequar-se Pedagogia de Projeto no Ensino
na atividade com o que melhor identificar-se de Língua Portuguesa
nos processos de montagem de uma peça: ro-
teiro, diretores, elenco, cenografia, operado- Os projetos são excelentes situações para
res de som, iluminação, coreógrafos etc.; que os educandos produzam textos de forma
• Leitura compartilhada (leitura em sala contextualizada. Pode ser de curta ou média
de aula de um mesmo texto por todos, sob a duração, envolver ou não outras áreas do co-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
98 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

nhecimento e resultar em diferentes produ- as condições necessárias para que o professor


tos: uma coletânea de textos de um mesmo possa potencializar suas atividades.
gênero (poemas, contos de assombração, len- Propõe-se o projeto “Cantinho da leitura”,
das etc.), um livro sobre um tema pesquisado, onde o professor possa levar seus educandos
uma revista sobre vários temas estudados, para esse ambiente, a partir de um planeja-
um mural, uma cartilha sobre cuidados com a mento multidisciplinar e interdisciplinar, den-
saúde, entre outros. tro de uma programação planejada, a ida dos
Os projetos, além de oferecerem reais con- educandos à sala “Cantinho da leitura” seria
dições de produção de textos escritos, carregam acompanhada pelos professores de outros
exigências de grande valor pedagógico, como, Componentes Curriculares e juntos partici-
por exemplo, podem apontar a necessidade de pariam das atividades de interesse de cada
ler e analisar uma grande variedade de textos. área de conhecimento. Nesse espaço, além
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de das aulas de experimentação, do próprio
Língua Portuguesa (1997) sugerem aos pro- componente de Língua Portuguesa, haveria
fessores que planejem situações de aprendi- a possibilidade de troca de experiências e
zagens. É por isso que se buscam novas me- do compartilhamento de temas e de conteú-
todologias, que já não são tão novas, mas que dos. Faz-se necessário para isso acontecer, de
as próprias exigências da educação brasileira maneira eficaz e eficiente, investimentos em
inviabilizavam. Hoje, com o outro olhar que equipamentos e em recursos humanos, além
se dirige, o caminho que se abre permite que de adequação à proposta curricular.
as metodologias se tornem elementos labo-
ratoriais. É assim que são sugeridas situações Elaboração de Projeto
de aprendizagem que requerem não só novas
metodologias bem como novas posturas. Projeto de Leitura
Assim como no Ensino Fundamental, o En- Introdução
sino Médio permite que as áreas se incorpo-
rem umas às outras e o educando possa ser Esse projeto tem o intuito de sugerir um
o principal agente das relações nas situações roteiro inicial de atividades, que auxilie o pro-
de aprendizagem. Os projetos devem buscar fessor a incentivar os educandos a adquirirem
nexos na seleção dos conteúdos por série, en- ou a reforçarem o hábito saudável da leitura.
quanto as relações entre os distintos conhe- Admitindo-se a não homogeneidade da
cimentos são realizadas pelo educando. Cabe turma, podem-se iniciar as atividades de lei-
à escola, então, oferecer-lhe oportunidade de tura com o conto e com a crônica, por serem
liberdade e de autonomia cognitiva. gêneros literários não muito extensos, de fácil
entendimento e acessíveis em quaisquer bi-
Criação da Sala de Leitura bliotecas. Além de terem todas essas vanta-
gens, eles ainda possuem mais uma, que é a
Para que se possa pôr em prática um tra- possibilidade da alta rotatividade.
balho disciplinar efetivo tendo como um dos O uso de contos e de crônicas pode ser-
alvos o incentivo à leitura, a escola precisa vir em uma etapa inicial como exercício de
criar um ambiente adequado e equipado com leitura. No entanto, outros gêneros literários

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 99

devem ser trabalhados, paulatinamente, de Operacionalização


forma a estimular o educando a ampliar seus
horizontes constantemente. Para que a meta seja alcançada, é impor-
tante que seja seguido um cronograma de ati-
Justificativa vidades.
Em razão do fato do conto e da crônica A intenção é a de que o professor, primeira-
consistirem-se, basicamente, de textos cur- mente, lance mão de textos coletados em jor-
tos, eles são uma boa opção para serem uti- nais e em revistas com esses dois gêneros lite-
lizados em sala de aula ou fora dela. É por rários, trabalhe com eles em sala de aula e que,
sua flexibilidade e facilidade de manipulação em seguida, em um segundo momento, repita
que o professor tem, ao seu dispor, uma im- a mesma operação com livros que contenham
portante ferramenta de incentivo à leitura e ambos os gêneros de forma compilada.
poderá lançar mão dela a qualquer momento. O propósito da utilização de textos coleta-
dos em jornais e em revistas não está somen-
Objetivo geral te na abundância e na facilidade de aquisição
• Estimular os educandos a se habituarem que eles têm, e, sim, na possibilidade da dis-
com o ato de ler, até que atinjam habilidades sipação do medo que alguns educandos pos-
suficientes no trato com a leitura e com a in- suem de estar manipulando um livro, visto
terpretação de textos literários, e sintam o que esse carrega o negativo estigma de ser
desejo natural de seguir adiante na busca de normalmente extenso e enfadonho. Sendo
leituras mais extensas e mais complexas. assim, as chances de desânimo ou ojeriza que
possam afetar alguns, já são, automaticamen-
Objetivos específicos te, suplantadas pela curiosidade.
• Identificar a diferença entre os gêneros O direcionamento do foco da abordagem
conto e crônica; também é outro ponto positivo que vem so-
• Distinguir, dentro de cada modalidade, mar-se à tática de produção do encantamen-
diferentes estilos entre autores; to. No momento em que o educando recebe
• Construir textos, utilizando como mode- a incumbência de ler e refletir sobre um conto
lo os exemplos lidos. ou sobre uma crônica publicados em um veí-
culo de massa, ele já consegue visualizar que
Sugestão de livros que podem fisicamente esses dois gêneros possuem um
ser trabalhados formato curto e que o empreendimento de
esforço de concentração, tempo para a refle-
A critério do professor, em consonância xão e entendimento, não é muito grande.
com a proposta curricular e não esquecendo Vencida essa primeira etapa, o professor
que há materiais de apoio constantes de olim- tem agora a possibilidade de passar para a
píadas que contemplam contos e crônicas, os segunda, que é apresentar as crônicas ou os
quais são concebidos com objetividade, clare- contos compilados no formato de um livro.
za, coerência e coesão. O educando passa de uma etapa a outra
sem quase notar que já está manipulando um

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
100 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

livro em suas mãos, cheio de atrativos iguais É recomendável que, após essa etapa ini-
aos que já havia encontrado na revista ou no cial, o professor dê continuidade nesse proje-
jornal. Daí para passar para a leitura de textos to, trabalhando com conhecimento de outros
mais extensos e complexos é um pulo. estilos de leitura.

Avaliação: Atividades
Indicadores:
a) Verificação do interesse do educando * O conjuto de atividades, a seguir, pode
em sala de aula e extraclasse; ser aplicado às três séries do Ensino Médio.
b) Dedicação e participação nas atividades
propostas; 1. Leia o texto abaixo, levando em conta o ob-
c) Envolvimento nas atividades de grupo; jetivo explícito do narrador: retomar seu pas-
d) Realização efetiva dos trabalhos orais e sado por meio da escrita, na tentativa de en-
escritos. contrar os motivos e os sentidos de suas ações.

Instrumentos: Agora que expliquei o título, passo a es-


a) Coleta e avaliação das dissertações; crever o livro. Antes disso, porém, digamos os
b) Avaliação dos cartazes; motivos que me põem a pena na mão. [...] O
c) Avaliação da apresentação oral; meu fim evidente era atar as duas pontas da
d) Avaliação do desempenho e participa- vida, e restaurar na velhice a adolescência.
ção nos debates em sala de aula. Machado de Assis, Dom Casmurro.
Rio de Janeiro: Aguilar, 1985, vol. 1, p. 180.
Critérios de avaliação:
a) Pontualidade na entrega das disserta- • O professor deve registrar a síntese
ções e apresentação de cartazes (20%); das respostas.
b) Participação do educando nas ativida- • O professor deve comentar a síntese
des propostas (20%); registrada à luz do seguinte trecho dos
c) Verbalização nas apresentações orais Pcnem:
(20%);
d) Adequação, coesão e coerência nos tra- A principal razão de qualquer ato de lin-
balhos apresentados (30%); guagem é a produção de sentido (p. 125).
e) Capricho na apresentação dos trabalhos
propostos (10%); • O professor também deve levar em
f) Autoavaliação. conta a diferença conceitual entre lin-
guagem e língua.
Considerações finais:
Espera-se que as sugestões ora apresenta- 2. Distribua cópias dos textos abaixo para os
das constituam-se em auxílio para o profes- grupos fazerem a leitura compartilhada.
sor, no momento de elaborar um projeto de
leitura. Caso o professor tenha eventuais proble-
mas de compreensão, peça ajuda do profes-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 101

sor de Língua Estrangeira Moderna (caso seja A organização do espaço social, as ações
adotada a Língua Inglesa na escola). Poderia dos agentes coletivos, normas, costumes, ritu-
ser uma atividade interdisciplinar. ais e comportamentos institucionais influem
e são influ­enciados na e pela linguagem, que
Em termos de linguagem do corpo, nin- se mostra produto e produtora da cultura e da
guém bate os italianos em número de gestos. comunicação social (Pcnem, p. 14).
Eu tenho um livro com aproximadamente cin-
quenta gestos dife­rentes, e olha que isso não Conceitos: arbitrariedade dos sistemas de
inclui a categoria dos gestos obscenos. Mas os comunicação; língua como identidade social e
brasileiros não estão muito atrás. Experimen- individual.
te ver os noticiários brasileiros de televisão... Competências: analisar; sintetizar.
eles não conseguem falar sem usar as mãos.
http://www.maria-brazil.org/gestures. 3. Faça a leitura da fábula abaixo.
Acesso em: 4/7/2011
O leão e o rato
Brazilian Body Language Um rato foi passear sobre um leão ador-
Enthusiastic or Sympathetic Delicious mecido. Quando este acordou, pegou o rato.
Here’s a cute one. Tug at your earlobe like Já estava para devorá-lo, quando o rato pe-
this when you think something is delicious. diu-lhe para deixá-lo ir embora:
Usually accompanied by the expression “é da- – Se me poupares – disse –, ser-te-ei útil.
qui!”. Normally used only with food. E o leão, achando aquilo engraçado, sol-
OK tou-o. Tempos depois, o leão foi salvo pelo
Thumb up: means OK, cool, positive, good- rato agradecido. Ele fora capturado por caça-
luck, like the American expression “thum- dores que o amar­raram a uma árvore. O rato
bs up!”, accompanied by the words “legal”, ouviu-o gemer: foi até lá, roeu as cordas e o
“joia”, or whatever slang of the moment to libertou. E disse ao leão:
signify your approval or enthusiasm. Whate- – Naquele dia zombaste de mim, por-
ver you do, DO NOT do the American OK sign... que não esperavas que eu mostras­
it’s VERY dose to an extremely obscene. se minha gratidão; aprende então que
entre os ratos também se encontra o
Esses textos foram escritos por um obser- reconhecimento.
vador estrangeiro. Leve os grupos a comentá- Quando a sorte muda, os mais fortes têm
los, relacionando com os segmentos do Pc- necessidade dos mais fracos.
nem abaixo.
Caso ninguém comente, chame a atenção Esopo. O leão e o rato. http://www.sitede-
para o fato de que o observador estrangeiro se dicas.com.br. Acesso em: 14/9/2011
equivoca ao atribuir o gesto da expressão “é da-
qui”, exclusivamente à apreciação de comida. Peça para os educandos identificarem,
enumerarem e analisarem cada um dos
A estrutura simbólica da comunicação visu- conhecimentos necessários para compre-
al e/ou gestual, como da ver­bal, constitui siste- ender e interpretar o texto. Escreva a sín-
mas arbitrários de sentido e comunicação. tese no quadro branco.

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102 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Distribua a gravura que ilustra a fábula Faça a síntese oral das respostas à luz do
e pergunte: seguinte trecho dos Pcnem:
A leitura dessa gravura depende de al- Toda linguagem carrega dentro de si uma
gum conhecimento prévio adquirido for- visão de mundo, prenha de significados e sig-
malmente na escola? Essa leitura é pos- nificações que vão além do seu aspecto for-
sível para um indivíduo não alfabetizado? mal (p. 126).

Conceitos: contexto, conhecimento de


mundo, competência pragmática.
Competência: analisar o papel do contex-
to sociocultural nas diferentes leituras de um
mesmo objeto.

Série: 1ª

ATIVIDADE 1:

Conceitos: código, competência lin- Exposição artística e uso da palavra; texto


guística, conhecimentos dos gêneros tex- expositivo
tuais, leitura de texto não verbal.
Objetivo: Oportunizar aos educandos es-
Competências: sintetizar, analisar a impor- tabelecer relação entre linguagem verbal e
tância do conhecimento adquirido informal- não verbal com espaços de comunicação e de
mente. interação social formal.

4. Relate a seguinte situação: Competência: Compreender a importân-


cia de atividades que contemplem a lingua-
Dois garotos, um brasileiro e outro norte- gem, relacionando as linguagens verbais e
americano, ambos de 14 anos, sempre estive- não verbais, possibilitando, assim, a transmis-
ram, cada um em seu país, expostos à mídia são de conteúdos que revelem posicionamen-
por tempo equivalente. Os dois assistiram à to crítico e social.
mesma partida de futebol. Entender a parti-
da e ser capaz de comentá-la e analisá-la são Habilidade: Reconhecer atividades que
competências que pressupõem uma leitura possibilitem relacionar textos, visando encon-
correta da mesma. trar entre eles a intertextualidade temática.

Proponha a seguinte questão: Exposição da Atividade


– Os dois garotos farão leituras semelhan-
tes da mesma partida? Por quê? A atividade proposta permite que se es-
tabeleça uma breve e significativa discussão

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LÍNGUA PORTUGUESA 103

sobre o barroco, que poderá ser ampliada nualmente para caminhões. No plano su-
pela utilização adequada do livro didático. perior, trabalhadores braçais realizam seu
Observe que os mesmos objetivos permeiam trabalho. O ambiente é interno e raios de
a inclusão do soneto “Buscando a Cristo”, de sol filtrados incidem sobre eles, conferin-
Gregório de Matos. Finalmente, a análise é do à imagem um ar transcendente, quase
polemizada pela comparação com a imagem religioso, em que as figuras humanas ga-
fotográfica atual; para esse caso, escolhemos nham aspectos de divindade por meio do
a de Carol Quitanilha, embora outras imagens trabalho. Nesse caso, Sebastião Salgado
possam ser utilizadas. diz-nos por imagens que o trabalho dig-
nifica o homem. O público, que assiste a
Lembramos que o objetivo é “fotografar” tudo, não participa dessa esfera divina, a
um espaço que possibilite um olhar crítico, não ser mediatizado pela contemplação.
que não aceite as injustiças sociais, especial- Entre o plano quase sagrado do trabalho
mente aquelas que desvalorizam a riqueza braçal e duro e o público, sacas de café
plural da nossa língua. separam o trabalho a ser feito não pelos
Para isso, propomos que se parta de uma que o veem, mas pelos que estão lá, do
fotografia jornalística que tenha na “denúncia outro lado, longe de nós. Assim, não deixe
social” o seu foco central. de perguntar: o que as pessoas na foto es-
Sugerimos consultar o site https://muzde- tão fazendo? Quais os dois planos em que
rauli.wordpress.com/2009/07/30/sebastiao- se divide a fotografia? O que sugerem os
salgado/, de Sebastião Salgado, ou outras raios de sol incidindo sobre o grupo? Qual
opções. é a importância das sacas de café nessa
fotografia?
Exiba a fotografia. Peça aos educandos que sugiram como
completar a legenda da foto.

É importante analisar detalhadamente


as características da foto e procurar senti-
do, a partir de seus diferentes elementos.
Outras fotos podem ser usadas. Muitas
são encontradas na Internet, por exem-
plo, em http://www.flickr.com. Sugerimos
a Colheita de sisal, de Carol Quintanilha.

Fonte:https://muzderauli.wordpress.
com/2009/7/30/sebastiao-salgado, acessado em
31/7/2011.

Observe que a foto divide o espaço em


dois planos: no inferior, sobram sacas de
café que, sabemos, são carregadas ma­

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104 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

1. Leitura e análise de imagem

As reproduções artísticas a seguir tomam


como tema Cristo carregando a cruz, confor-
me interpretado por três grandes mestres da
arte: o holandês Jan Sanders van Hemessen
(1500-1566); o grego Domenikos Theotoko-
poulos, o El Greco (1541-1614), e o brasilei-
ro Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho
(1793-1814).
• Seu objetivo, ao observá-las, é investi-
Fonte: http://www.flickr.com/photos/quintaca- gar relações de semelhança e diferença entre
rol/1714027304/sizes/m/in/photostream/, acessada elas. Inicialmente, procure saber:
em 31/7/2011. • Em qual delas a cruz parece ser mais di-
fícil de carregar?
Em Colheita de sisal, não deixe de no- • Que dizer dos diversos nas obras?
tar as semelhanças entre o menino (tra- • Em quais delas o cenário é parte impor-
balho infantil) carregando o sisal e a ima- tante da obra?
gem clássica da tradição cristã de Jesus • Depois, avance sua investigação tendo
carregando a cruz. Temas associados ao por base essas questões:
Barroco podem ser desenvolvidos, em es- • O que a obra me diz sobre o tema abor-
pecial, aqueles que abordam o jogo entre dado? Qual me impressiona mais?
contrastes. • De que modo as expressões de Cristo
Lembramos que o objetivo é “fotogra- revelam sentimentos tais como, “dor”, “con-
far” um espaço que possibilite um olhar fiança em Deus”, “desejo de dialogar com a
crítico, que não aceite as injustiças sociais, humanidade”, “dignidade” etc.?
especialmente aquelas que desvalorizam • Discutam, em classe, as diferentes con-
a riqueza plural da nossa língua. clusões a que chegaram.

Jan Sanders van Hemessen Cristo carregando a cruz (1553).


Museu Cristão Esztergon, Hungria. Fonte: //tulacampos.blogs- (Detalhe da imagem ao lado)
pot.com/2011_05_01_archive.html. Acesso em 31/7/2011.

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LÍNGUA PORTUGUESA 105

Aleijadinho. Cristo carregando a cruz (1796-1799). El Greco. Cristo carregando a cruz (1590-1595), Museu do
Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas (MG). Prado, Madri, Espanha. Fonte: http://www.madrid.com/pho-
Fonte: http://arteseesculturas.vilabol.uol.com.br/ aleijadinho. to_tour/ madrid_art_collection/el_greco_cristo_con_la_cruz.
html. Acesso em 31/7/2011. Acesso em 31/7/2011.

1. Identifique, e escreva em seu caderno, a que 2. Que diferenças e semelhanças você en-
obras se aplicam os seguintes comentários: contra entre as reproduções artísticas analisa-
a) O rosto demonstra dignidade e fé. A das e o poema a seguir (esta atividade pode
cruz parece não pesar: ela é mais acariciada ser lição de casa):
pelas mãos do que carregada. A face ilumina-
da, com o olhar voltado para o alto, parece A vós correndo vou, braços sagrados
estar em oração, falando com Deus. O cenário Nessa cruz sacrossanta descobertos;
reduz-se a um fundo de cor escura, como se Que para receber-me estais abertos,
Jesus, nesta hora, não pertencesse ao nosso E por não castigar-me estais cravados.
mundo, tudo sendo envolto em uma dimen-
são de mistério divino e insensatez humana. A vós, divinos olhos, eclipsados,
b) Os detalhes dão uma forte impressão De tanto sangue e lágrimas cobertos,
de movimento. A obra capta um momento, Pois para perdoar-me estais despertos
como um flash breve da existência de Cris- E por não condenar-me estais fechados.
to, que aparece cansado e sofrido; afinal, ele
carrega em si todo o sofrimento humano. Seu A vós, pregados pés, por não deixar-me,
olhar preocupado parece atravessar-nos – o A vós, sangue vertido, para ingir-me,
público –, perdendo-se em algum ponto do A vós, cabeça baixa, por chamar-me.
espaço para além de nós.
c) O Cristo sereno e cansado olha para A vós, lado patente, quer unir-me,
aquele que vê a cena quase que conversando A vós, cravos preciosos, quero atar-me
com ele. Ao redor, o cenário deixa claro o con- Para ficar unido, atado e firme.
traste entre a superioridade do gesto divino e
a insensatez humana: a multidão se compri- MATOS, Gregório. Buscando a Cristo.
me no espaço físico. Os rostos lembram cari- Gregório de Matos: poesia lírica e satírica. 3 ed.
caturas grotescas, reforçando o contraste com São Paulo: Núcleo, 1996.
a face idealizada do Cristo.

PROPOSTA CURRICULAR
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106 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

3. As obras de arte que consideramos, inclusi- melhanças e diferenças você encontra entre
ve o poema, apresentam traços do momento esses trabalhos?
histórico artístico, chamado Barroco. Identifi- b) Ao aproximar o discurso do trabalho,
que as características comuns a essas obras. do discurso religioso, que efeitos de sentido
foram obtidos pela obra de Carol Quitanilha?
a) Preferência pelos contrastes, como, por
exemplo, claro/escuro, digno/grotesco, espíri- Avaliação: Após esta atividade, o edu-
to/matéria etc.; cando poderá produzir um texto expositivo,
b) Gosto por cenas e situações que expres- individual e/ou coletivo, refletindo, assim, o
sem calma e tranquilidade; aprendizado acerca das imagens trabalhadas.
c) Predomínio do emocional sobre o racional;
d) Composição dinâmica e tensa, mesmo
ao procurar a calma; Série: 1ª
e) Valorização da natureza e de temas rela-
cionados ao campo. ATIVIDADE 2:

4. Observe agora esta foto. Ao analisá-la, refli- Conceito de gênero, texto teatral, verbo,
ta: o que o garoto da foto está fazendo? Que aspectos estilísticos
lugar ele ocupa no cenário? Que relações há
entre as reproduções artísticas anteriormente Objetivo: Verificar com os educandos o
examinadas e esta foto? O que esta fotografia valor estilístico do pretérito verbal, no modo
comunica a você? indicativo e os reflexos na produção do texto
narrativo e poético.

Competência: Compreender característi-


cas básicas do texto dramático teatral e de-
senvolver estratégias de leitura e produção do
texto literário.

Habilidades: Identificar o valor estilístico


do verbo em textos literários;
Reconhecer a linguagem verbal como rea­
lização cotidiana, em circulação social por
meio de gêneros textuais.
Colheita de sisal. Carol Quitanilha

5. Responda em seu caderno: Exposição da Atividade:


a) Embora não se trate de um tema do dis-
curso religioso, a foto de Carol Quitanilha nos Jogo teatral: até logo!
faz pensar nas reproduções que examinamos
com o tema Cristo carregando a cruz. Que se-

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LÍNGUA PORTUGUESA 107

Um grupo de três ou quatro educandos 6. Peça sempre aos educandos que identi-
desenvolve e representa uma cena curta, de fiquem o verbo de cada frase.
aproximadamente três minutos, e cada um 7. Solicite que anotem as frases no caderno;
deles, em dado momento, usa a expressão 8. Para finalizar, solicite aos demais edu-
“até logo!”. A expressão deve ser dita em candos que se apresentem, dentro das possi-
um ponto culminante da representação. Não bilidades de tempo.
pode ser jogada logo no começo.
Lembrete para você, professor:
1. Divida a classe em grupos. Para cada Esta é uma excelente ocasião para levar
um, determine uma das possibilidades de os educandos ao teatro ou fazer o teatro vir
contextualizar a expressão: à escola.
• Dizer “até logo!” a um amigo que nos Professor dos demais municípios, vocês
ajuda em uma grande necessidade; podem contar com a internet para conhecer
• Dizer “até logo!” a um parente de quem peças teatrais. Assim, nada impede que reali-
não se gosta muito, mas com quem se deve ze atividades teatrais com os seus alunos.
ser gentil para causar boa impressão;
• Dizer “até logo!” a um cliente que acaba Outra sugestão:
de fechar uma compra. Leitura e análise de texto

2. Lembre os educandos de que muitas Encontre no livro didático um exemplo


palavras são repetidas todos os dias, mas em de texto teatral;
contextos completamente diferentes. Se ne- Mostre aos educandos a diferença en-
cessário, recapitule o conceito de contexto. tre o texto principal e as indicações cêni-
De acordo com o contexto, o modo, como tais cas ou texto secundário.
palavras são ditas, muda. Reforce o fato de
que a situação, que resulta do momento e do Observe no texto a seguir, que se trata
lugar em que a ação decorre, é a principal in- do trecho de uma peça teatral e que ele
fluência para formatar como algo é expresso; traz diálogos explícitos, além das indica-
3. Para essa preparação, são necessários ções cênicas.
apenas cinco a dez minutos;
4. Sorteie três grupos, de acordo com as (Jocasta está na entrada do palácio e se
diferentes possibilidades, para que apresen- interpõe entre Édipo e Creonte)
tem o que prepararam;
5. Em seguida, a cada apresentação, peça Jocasta: Por que provocastes, infelizes,
aos educandos que “resumam” as ações que esse imprudente debate? Não vos enver-
presenciaram. Escreva no quadro branco essa gonhais em discutir questões íntimas, no
narrativa, por meio de frases breves. momento em que atroz calamidade cai
Exemplos: sobre o país? (Dirige-se a Édipo) Volta a
Lucas cumprimentou Sara. teu palácio, Édipo; e tu, Creonte, a teus
Sara fez uma expressão de desagrado. aposentos. Não exciteis, com palavras vãs,
Lucas parecia cansado; uma discórdia funesta.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
108 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Creonte: Édipo, teu marido, ó minha sonagens (locutoras) da peça, que suprem
irmã, julga acertado tratar-me cruelmen- a função do narrador. Essas personagens
te, impondo-me ou o desterro para longe são introduzidas pela citação do nome.
da pátria, ou a morte. Convém lembrar que espetáculo é tudo
Édipo: É verdade, minha esposa. Acu- o que se oferece ao olhar. O jogo teatral é
sei-o de conspirar contra a minha pessoa. um texto espetacular, assim como o são o
show de rock, um jogo de futebol, um rito
SÓFOCLES. Édipo Rei. Disponível em: <HTTP:// ou um culto em uma igreja ou uma apre-
www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObra- sentação de teatro, balé ou música clássica.
Form .do?select_action=&co_obra=2255. Acesso em
1.o de agosto de 2011. Como sugestão, em outra atividade:
Pergunte aos educandos de que textos
Oriente os educandos a resolverem as espetaculares eles preferem participar.
questões a seguir: Nessa atividade, tendo em vista as di-
ferentes respostas, pergunte-lhes sempre:
1. Após a leitura dramática do texto, por que consideram esse texto espetacu-
identifique as indicações cênicas; lar? Ouça seriamente as respostas de seus
educandos e comente quando julgar conve-
2. Reescreva a frase a seguir, substituin- niente. Trata-se de uma forma simples de
do o pronome possessivo “teu” por “seu” desenvolver a habilidade de argumentação.
e o pronome pessoal “tu” por “você”. Al-
guns ajustes serão necessários ao compor Avaliação: Ao término da atividade,
a nova frase; poderá propor como avaliação a produ-
ção de um folder. Para executar essa ta-
Volta a teu palácio, Édipo; e tu, Creon- refa, deverá orientar os seus educandos,
te, a teus aposentos. Não exciteis, com pa- dizendo-lhes o que é um folder, inclusive,
lavras vãs, uma discórdia funesta. informando qual o significado da palavra.
A seguir, poderá enumerar as informações
3. Explique a diferença de sentido que a serem trabalhadas.
houver na frase com a mudança que fez;
Série: 2ª
4. Peça ao educando que faça a leitura
dramática do texto. ATIVIDADE 1:

Lembrete para você, professor: Na lei- Produção de artigo de opinião, a poesia


tura dramática do texto, faça os educan- contemporânea e o estatuto social do poeta,
dos observarem que, na interpretação, as concatenação de ideias e progressão textual
indicações cênicas desaparecem.
Objetivo: Criar estratégias de sequenciali-
O texto teatral não apresenta um nar- zação dos parágrafos e de uso dos conectores
rador, por isso ele é dividido entre as per- e da repetição.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 109

Competência: Compreender informações a rapariga provou o sangue


relevantes do texto para solucionar determi- o sangue deu fruto
nado problema apresentado.
a mulher semeou o campo
Habilidade: Reconhecer o texto literário o campo amadureceu o vinho
como fator de promoção dos direitos e valo-
res humanos. o homem bebeu o vinho
o vinho cresceu o canto
Exposição da atividade:
o velho começou o círculo
Nesta atividade, pensamos não na litera- o círculo fechou o princípio
tura brasileira, mas na angolana. Literatura
que surge no século XX e que se firma cres- “a zebra feriu-se na pedra
centemente no cenário internacional. Um A pedra produziu lume”
bom exemplo é o nome de Paula Tavares.
Nela confluem não só a poesia de um país TAVARES, Paula. Cerimônia de Passagem. In: Ritos
africano, mas a voz feminina, outra realidade de Passagem. Lisboa: Editorial Caminho, 2007. Dispo-
bem diferente daquela vivida no século XIX. A nível em: http://www.revista.agulha.nom.br/anap02
entrevista com a autora, retirada de um site, .html. Acesso em: 1.o de agosto de 2011.
possibilita que se desenvolvam estratégias de
sequencialização dos parágrafos e de uso dos Ouça a opinião dos educandos sobre o
conectores e da repetição. ­ oema. A seguir, promova um debate em sala
p
de aula em que se destaquem as relações de
1. Leia com os educandos o seguinte poe­ mercado na construção do fenômeno literá-
ma, da poetisa angolana Paula Tavares, que rio, exemplo:
aborda o delicado tema da transição de me- – Em sua opinião, o poema de Paula Tava-
nina para mulher. res agrada facilmente aos leitores? Por quê?
Antes, faça uma discussão oral: – Uma editora pode influenciar um escri-
– O que caracteriza a transição de menina tor sobre como deve ser escrito um livro?
para mulher?
– Como nossa sociedade atual vê essa 2. Complete o texto a seguir, com base nas
transição? (Pense em como as pessoas rea- informações do poema de Paula Tavares. Para
gem diante dessas mudanças e em como essa cada espaço em branco, há três possibilidades
passagem aparece representada na mídia.) de resposta. Escolha a que for mais apropriada.
Na primeira estrofe do poema, a referência
Leitura e análise de texto a ferir, remete a ________(sangue/fera/as-
sassinato), ou lume, que sugere __________
Da menina-zebra à mulher-mãe (fogueira/fogo/alimento), permite a rela-
ção com a chegada da menarca na vida de
“a zebra feriu-se na pedra uma moça, transfigurada nesses versos em
a pedra produziu lume” __________ (zebra/pedra/lume. Em razão de

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
110 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

a __________ (zebra/ferida/menstruação) re- Competência: Compreender o sentido de


presentar uma nova fase da vida da mulher, palavras ou expressões, considerando o con-
na qual ela terá possibilidade de procriar, texto delas no texto.
vê-se, nesse caso, a alusão à __________
(morte/fertilidade/solidão), aspecto bastante Habilidade: Reconhecer diferentes ele-
recorrente na literatura africana de autoria mentos internos e externos que estruturam o
feminina. texto narrativo literário.
Sangue, em virtude de sua ____________
(forma/textura/cor), remete-nos a lume e a Exposição da atividade:
______________ (pedra/vinho/campo). O Para compreensão do aprendizado que
vermelho é a cor da _____________ (paixão/ desejamos, isto é, “como” se lê o texto do sé-
esperança/paz) e faz com que pensemos em culo XIX e como se interage com ele, seguem
atos sensuais e apaixonados entre a mulher algumas sugestões de exercícios. Acreditamos
e o homem. Como diz o poema, “o vinho que essa atividade possibilitará o desenvolvi-
cresceu o canto, o que nos conduz às ideias mento das habilidades necessárias para que
de ___________ (alegria e festa/dor e morte/ os educandos resolvam adequadamente as
sucesso e riqueza). Dar fruto e semear o cam- questões.
po sugere que o ato sexual foi consumado e Discussão oral
culminou em uma gravidez. • Sua vida tem sempre o mesmo ritmo?
Tudo se repete e, na penúltima estrofe, Ou o tempo ora passa rápido, ora corre lento?
“o velho começou o círculo/o círculo fechou • Quando você reflete sobre a vida, o pas-
o princípio”, o que nos faz pensar que o pro- sado, de alguma forma fica associado ao pre-
cesso se repete continuamente e que, a todo sente? Como?
momento, há uma menina, uma pequena e • As pessoas costumam conversar sobre o
alegre zebrinha passando a mulher. seu passado? Por quê?
Avaliação: Ao final da atividade, poderá • E, no caso do estudo da língua, o que o
propor que os educandos elaborem textos so- título “O passado se faz presente” sugere?
bre o papel do poeta na atualidade, sugerindo Depois de discutir sobre os diálogos pos-
poemas com a mesma temática de vários au- síveis entre presente e passado, reflita sobre
tores de nacionalidades diversas. aquele que ocorre, quando lemos textos de
outras épocas e responda em seu caderno:
2ª Série 1. Que dificuldades você tem encontrado
ao ler um romance do século XIX?
Atividade 2: O passado se faz presente:
interação entre elementos literários e lin- 2. Como as tem superado?
guísticos; época, contexto e estilo
3. Leia o e-mail que Paulo mandou para Rui,
Objetivo: Rever como se lê o texto do sé- depois da última aula de Língua Portuguesa:
culo XIX e como se interage com ele.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 111

• A vida humana é breve?


Kara, e ae? Td blz? As aulas de ptg taum • O que você pensa da velhice? E da morte?
lokas. Os textos do século XIX saum dure- • “Velhice” e “morte” são temas bons para
za. Eu naum entendo nada. Vc tem se dado escrever literatura? Por quê?
mó bem nas aulas de ptg então vc podia
me ajudar. Tem uns lances que eu naum
entendo quando leio, parece que aqueles 5. Leitura e análise de texto
poemas foram feitos por karas de Marte, Durante a leitura a seguir, pense em como
mew! Superesquisito. Bem por agora é o texto aborda os temas: “a brevidade da
soh. Se cuida ae!
vida” e “a identidade do escritor”.
Abç
Paulo Um velho
– Por que empalideces, Solfieri? – A vida é
assim. Tu o sabes como eu o sei. O que é o ho-
Redija a resposta de Rui, levando em conta mem? É a escuma que ferve hoje na torrente
que todo o texto apresenta um contexto de e amanhã desmaia, alguma coisa de louco e
produção que influencia sua interpretação. movediço como a vaga, de fatal como o se-
Os textos que escrevemos hoje, quando fo- pulcro! O que é a existência? Na mocidade é o
rem lidos daqui a uns duzentos anos, também caleidoscópio da ilusão, vive-se então da sei-
necessitarão de informações da vida no sé- va do futuro. Depois envelhecemos: quando
culo XXI para serem compreendidos. Em seu chegamos aos trinta anos e o suor das ago-
caderno, explique a Paulo por que isso ocorre. nias nos grisalhou os cabelos antes do tempo
4. A palavra “escuma” possui duas acepções e murcharam, como nossas faces, as nossas
no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa: esperanças, oscilamos entre o passado visio-
nário e este amanhã do velho, gelado e ermo
Substantivo feminino: 1. Espuma; 2. Gente – despido como um cadáver que se banha an-
de baixa extração social ou moral; ralé. tes de dar à sepultura! Miséria! Loucura!
– Muito bem! Miséria e loucura! – inter-
rompeu uma voz.
Indique, adequadamente, os sentidos de O homem que falara era um velho. A fronte
escuma (1 ou 2) nas frases a seguir. se lhe descalvara, e longas e fundas rugas a sul-
( ) Um absurdo! Neste teatro só trabalha a cavam: eram as ondas que o vento da velhice lhe
escuma dos atores! cavara no mar da vida... Sob espessas sobran-
( ) As escumadas ondas traziam junto mui- celhas grisalhas lampejavam-lhe olhos pardos e
ta sujeira. Que nojo! um espesso bigode lhe cobria parte dos lábios.
( ) A escuma que não conseguiu entrar na Trazia um gibão negro e roto e um manto desbo-
festa fez o maior auê. tado, da mesma cor, lhe caía dos ombros.
( ) Se, na hora de pôr o bife na panela, le- – Quem és, velho? – perguntou o narrador.
vantar muita escuma, abaixe o fogo. – Passava lá fora, a chuva caía a cântaros, a
tempestade era medonha, entrei. Boa noite, se-
Antes da atividade a seguir, faça uma dis- nhores! Se houver mais uma taça na vossa mesa,
cussão oral: enchei-a até as bordas e beberei convosco.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
112 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

– Quem és? de Azevedo prejudicaria a qualidade de seu


– Quem sou? Na verdade fora difícil dizê- trabalho. Escreva com cuidado, utilizando os
lo: corri muito mundo, a cada instante mu- conhecimentos que adquiriu.
dando de nome e de vida [...] Quem eu sou?
Fui um poeta aos vinte anos, um libertino aos Avaliação: Durante esta atividade, poderá
trinta – sou um vagabundo sem pátria e sem pedir para que os educandos não só leiam em
crenças aos quarenta. voz alta, com a pontuação e a entoação cor-
retas, como também digam o que pensam so-
Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/ bre a velhice e, finalmente, produzam textos
download/texto/bv000023.pdf, acessado utilizando as figuras de linguagem.
em 2 de agosto de 2011.
3ª Série
6. Em seu caderno, faça uma síntese do
texto lido, do jeito que considerar mais apro- Atividade 1: A literatura e a construção da
priado, respeitando o limite de seis linhas. modernidade; a crítica de valores sociais e
culturais no texto literário
7. Observe:
O que é o homem? É a escuma que ferve Objetivo: Confirmar o sentido de palavras
hoje na torrente e amanhã desmaia, alguma e/ou expressões constantes em letras de mú-
coisa de louco e movediço como a vaga, de fa- sica.
tal como o sepulcro!
“[O homem] É a escuma que ferve...” A fi- Competência: Relacionar o contexto so-
gura de estilo presente neste trecho é: ciocultural a uma determinada obra literária.
a) Metonímia
b) Metáfora Habilidade: Identificar, em textos narra-
c) Antítese tivos, elementos culturais de determinados
d) Sinestesia lugares.
e) Gradação
Exposição da atividade:
8. Em seu caderno, responda às seguintes Solicite aos educandos que prestem aten-
questões: ção à letra de música a seguir.
De acordo com o texto, em que sentido o
homem é espuma? Último pau de arara
Por que a espuma é um bom símbolo da
brevidade da vida? A vida aqui só ruim
Em que sentido a espuma “desmaia”? Quando não chove no chão
Em seu caderno, elabore uma “frase poéti- Mas se chover dá de tudo,
ca” que faça uma reflexão sobre a “brevidade Fartura tem de montão
da vida” utilizando-se de uma metáfora. Só Tomara que chova logo,
não pode comparar a vida humana à escu- Tomara, meu Deus, tomara
ma, porque essa é cópia do texto de Álvares Só deixo meu Cariri no último

PROPOSTA CURRICULAR
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LÍNGUA PORTUGUESA 113

pau de arara (bis) arara, e anote a letra em seu caderno. Procu-


Enquanto a minha vaquinha re identificar seu tema central.
tiver o couro e o osso
E puder com o chocalho 4. Faça os exercícios a seguir:
pendurado no pescoço
Eu vou ficando por aqui, a) Observe que o dicionário nos fornece di-
que Deus do céu me ajude versas acepções para o termo “pau de arara”.
Quem sai da terra natal
em outros cantos não para
1 suporte de madeira no qual os
Só deixo meu Cariri no
sertanejos conduzem araras, pa-
último pau de arara (bis)
pagaios e outras aves trepadoras,
para vender. 2 instrumento de tor-
Disponível em http://letras.terra.com.br/luiz-gon-
tura que consiste num pau roliço
zaga/688883/, acessado em 4/8/2011 em que o torturado é pendurado
pelos joelhos e cotovelos flexio-
Converse em sala de aula sobre o tema nados; cambau. 3 caminhão que
da seca nordestina e da migração. Discuta os transporta retirantes nordestinos.
problemas enfrentados pelos migrantes, tan- 4 alcunha dada aos nordestinos
to na terra natal quanto na terra de destino. que emigram para outras regiões,
Seja positivo em seus comentários e valorize viajando em grupos nesses cami-
a coragem e a ousadia daqueles que deixaram nhões. 5 Derivação: por extensão
o seu território para aventurar-se em outras de sentido. Uso pejorativo: qual-
terras, a fim de conseguir uma vida melhor quer nordestino
para si e para a família. Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa,
versão eletrônica – dezembro de 2001

Essa é uma ótima ocasião para conhecer


melhor as histórias de vidas dos educandos, Qual delas é mais adequada para compre-
que têm na sua origem familiar história de mi- ender o uso do termo na letra da música? Res-
gração do Nordeste para o Estado do Amazo- ponda em seu caderno.
nas ou de outros estados e países. b) Podemos afirmar que a letra da música
gira em torno do tema:
1. Peça para os educandos discutirem com
seus colegas de classe uma letra de música I. A seca e suas consequências para os ha-
bastante conhecida, Último pau de arara, a bitantes da região;
partir de duas questões: II. A falta de amor que o ser humano tem à
2. O que lhes sugere a expressão “pau de sua terra natal e ao seu gado;
arara”? III. A necessidade de fazer a vontade de
3. Você sabe onde se localiza o Cariri? Deus;
IV. O amor que um homem sente pela sua
Com as respostas obtidas na discussão em arara Cariri.
classe, acompanhe a música Último pau de

PROPOSTA CURRICULAR
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114 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

4. Em grupo, identifique algum dos prin- 7. No caderno, seguindo o modelo apresen-


cipais problemas enfrentados pelos migran- tado nos modelos quatro e cinco, elabore um
tes, tanto na sua terra natal quanto na terra exercício que possibilite uma reflexão maior
de destino. Depois, compartilhe sua resposta sobre o uso da linguagem em Último pau de
com a classe. arara (sugestão de exercício extraclasse).

5. Observe: Avaliação: Nesta atividade poderá pedir


A vida aqui só é ruim quando que os educandos façam paródias. Para isso,
não chove no chão é necessário que eles utilizem o próprio con-
texto. Aproveite esse momento, para desco-
A vida aqui é ruim quando brir talentos e para socializar aprendizagens,
não chove no chão convidando os educandos que cantam, que
tocam violão etc., para este momento de des-
O uso do advérbio no primeiro verso reforça: contração.
a) O lugar onde a vida se mostra difícil e
agonizante por causa da falta de chuva. 3ª Série
b) As constantes ausências de chuva.
c) A solidão do enunciador que não tem Atividade 2:
para quem contar as suas mágoas e dores. Texto argumentativo: dissertação escolar
d) A preocupação em valorizar a terra na-
tal, que apenas faz sofrer quando não chove. Objetivo: Produzir um texto argumentati-
vo, considerando a estrutura do gênero dis-
6. No verso “Enquanto a minha vaquinha sertativo-argumentativo e outros elementos
tiver o couro e o osso”, o uso do diminutivo de construção da textualidade.
reforça:
Competência: Determinar categorias per-
I. A relação afetiva do enunciador para tinentes para a análise e interpretação do tex-
com o seu animal. to literário.
II. A situação precária em que vive o ani-
mal. Habilidade: Comparar as características
III. O desprezo do enunciador para com o de diferentes gêneros na apresentação de um
animal. mesmo tema.

Estão corretas: Exposição da atividade:

a) Apenas I Conceituar a tese a partir de sua estrutura


b) Apenas II sintática; estudar as características do texto
c) Apenas III dissertativo escolar, visando aos exames de
d) Apenas I e II acesso ao Ensino Superior; considerar a im-
e) Apenas II e III portância e o método do planejamento das
f) Comente a resposta verdadeira.

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LÍNGUA PORTUGUESA 115

atividades escritas, em particular o texto dis- http://professorlourenco-acontecimentos.blogspot.


sertativo escolar. com/2011/05/comunicacao-e-vida.html,
acesso em 1.o ago. 2011
1. Relacione as frases-síntese com cada
parágrafo do texto a seguir. Observe que uma 2. Leia o artigo de opinião a seguir. Pro-
frase vai sobrar: cure identificar a tese e os argumentos que a
I. A linguagem verbal humana representa constituem.
uma capacidade de comunicação muito supe- A leitura e a cidadania
rior às demais encontradas na natureza; Ler, hoje em dia, tornou-se uma forma es-
II. A invenção da escrita é um dos maiores sencial de nos constituirmos como parte da so-
marcos da história da humanidade; ciedade, como cidadãos. Em todos os lugares,
III. Animais e plantas apresentam a capaci- é necessário ler e, portanto, interpretar algo.
dade de comunicação; A necessidade de desvendar caracteres, letrei-
IV. A comunicação faz parte do processo da ros, números faz com que passemos a olhar, a
vida dos seres humanos. questionar, a buscar decifrar o desconhecido
Comunicação é vida para atender às diferentes facetas de nossa
( ) A comunicação faz parte do processo vida. A necessidade de ler transforma o nosso
da vida. Quando nascemos, mesmo antes de olhar e esse novo olhar que a leitura desenvol-
começarmos a falar, já nos comunicamos com ve é uma forma nova e melhor de ser cidadão.
nossos pais. Apenas pelo choro da criança, uma Uma vez que nos tornamos leitores da pa-
mãe pode identificar quais são suas necessida- lavra, invariavelmente, leremos o mundo sob a
des, se ela está com sono, fome ou alguma dor. influência dela. Isso ocorre de modo conscien-
Para cada necessidade, há um choro diferente. te ou não. Em nossa sociedade letrada, mundo
Pelas expressões, gestos e sons emitidos pela e palavra estão de tal modo associados que é
criança, a mãe sabe se ela está bem ou não. impossível separá-los. Ler a palavra é também
( ) Podemos nos comunicar com animais, ler o mundo e passar a vê-lo de outro modo.
ensiná-los, conhecer suas emoções, saber se Mas ler é uma prática que não se reduz às
estão alegres ou agressivos. Também pode- palavras. Antes mesmo de ler a palavra, já le-
mos observar a comunicação entre eles, os mos o universo que nos permeia: um cartaz,
sons que emitem, os sinais físicos de que se uma imagem, um som, um olhar, um gesto.
utilizam para ameaçar ou se proteger, repro- São muitas as razões para a leitura. Todas elas
duzir, marcar e proteger um território. Até permitem que tenhamos uma melhor experi-
uma planta pode emitir sinais que alcançam ência de cidadania. Cada leitor tem a sua ma-
outras plantas por meio de elementos quími- neira de perceber e de atribuir significado ao
cos que liberam no ar. que lê, mas a leitura é essencial para vivermos
( ) O ser humano, contudo, por meio da bem em sociedade.
fala, da linguagem verbal, desenvolveu uma José Luís Landeira, disponível em http://monica-
capacidade de comunicação bem mais comple- schoen.blog.uol.com.br/, acesso em 1º ago. 2011.
xa do que encontramos no resto da natureza.
Texto de Paulo Marcelo Vieira - PAIS - Tecnologias Qual é a tese (posição do enunciador) de-
de comunicação e informação – 2002, disponível em fendida no texto?

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
116 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

a) A leitura melhora nossa experiência de Argumento: bons amigos melhoram o


cidadania. nosso humor, o que nos traz melhor saúde.
b) A leitura é importante.
c) As pessoas que não leem são ignorantes. a) Tese: Desenvolver a leitura amplia a
d) todos aqueles que leem muito se tornam nossa qualidade de vida.
ricos e bem-sucedidos financeiramente. b) Tese: As drogas corrompem a dignidade
humana.
3. Em um texto argumentativo, o autor c) Tese: Todos devem se preocupar com a
procura convencer os leitores com argumen- sua formação cultural.
tos, que sua tese é correta. Identifique, no d) Tese: O lazer diminui o estresse.
artigo de opinião que leu, um argumento
usado para defender a ideia expressa na tese Avaliação: Após esta atividade, os educan-
e explique, no caderno, como ele atende ao dos poderão discutir, argumentando sobre
objetivo do autor. outros temas cotidianos e, a seguir, produzin-
4. Tome uma posição para cada tema a do artigos com as posições defendidas.
seguir e, no caderno, elabore uma tese que
esclareça sua posição para possíveis leitores: Obs.: As atividades sugeridas podem ser
violência; aborto; sexo; leitura; política; pena encontradas nos sites que as acompanham.
de morte; imprensa.
5. Identifique os itens cujas frases mantêm
a seguinte estrutura: 1.3.2 Sugestões para pesquisa

Sujeito + verbo (ou locução verbal) + com- Filme


plementos ou predicativos. Poderosa Afrodite. Comédia com Woody
Allen, Mira Sorvino e Helena Bonham Carter. Di-
a) A comunicação faz parte do processo da reção: Woody Allen. EUA, 1995, 95 min. 14 anos.
vida.
b) Podemos nos comunicar com animais. Shakespeare Apaixonado. Com Joseph
c) Apenas pelo choro da criança. ­Fiennes e Gwyneth Paltrow. Direção: John
d) Uma mãe pode identificar as necessida- Madden. EUA-Inglaterra, 1998. 122 min. 14
des de uma criança. anos.
e) Faz parte do processo e é muito impor-
tante isso. Orgia da Morte. (The masque of the
f) Comunicação é vida. red death). Direção: Roger Corman, 1964.
68 min.
6. Elabore, em seu caderno, um argumento
para justificar as teses a seguir. Siga o modelo. Vidas Secas. Direção: Nelson Pereira
Tese: Boa saúde depende também de bons dos Santos. Brasil, 1963. 103 min.
amigos.

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LÍNGUA PORTUGUESA 117

Sites

Variedades de textos literários e bio- Biblioteca virtual. Disponível em


grafias de autores da literatura em língua <http://futuro.usp.br/portal/website.ef>,
portuguesa. Disponível em: <http://www. acesso em 1.o ago. 2011.
releituras.com/>. Acesso em 1.o ago. 2011.
Informações sobre escritores angola-
Informações sobre a história e a es- nos. Disponível em <http://www.ueango-
trutura de uma crônica. Disponível em la.com/>, acesso em 1.o ago. 2011.
<http://www2.tvcultura.com.br/aloesco-
la/literatura/cronicas/index.htm>, acesso Informações gerais, inclusive literatu-
em 1.o ago. 2011. ra, português e redação. Disponível em
<http://www.brasilescola.com/literatu-
Informações sobre a língua portugue- ra>, acesso em 1.o ago. 2011.
sa. Disponível em <http://www2.tvcultu-
ra.com.br/aloescola/linguaportuguesa/ portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/
index.htm>, Acesso em 1.o ago. 2011. Bibliografia%20B sica-ok.pdf

Informações sobre literatura, autores http://portal.mec.gov.br/seb/arqui-


amazonenses, poesias etc. Disponível em vos/pdf/LinguaPortuguesa.pdf
<http://tvescola.mec.gov.br/>, acesso em
2 ago. 2011. http://portal.mec.gov.br/seb/arqui-
vos/pdf/Jornal%20novo%20ensino%20
Informações para refletir sobre as in- medio4.pdf
justiças presentes na sociedade brasileira.
Disponível em <http://www.reporterbra- http://www.conexaorio.com/biti/lite-
sil.org.br/>, acesso em 2 ago. 2011. ratura/crit_lit.htm

PROPOSTA CURRICULAR
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LÍNGUA PORTUGUESA 119

Avaliação: O culminar do processo educativo

A avaliação é a parte culminante do pro- aprendizagem. As avaliações a que o professor


cesso que envolve o ensino e a aprendizagem. procede enquadram-se em três grandes tipos:
Benvenutti (2002) afirma que avaliar é mediar avaliação diagnóstica, formativa e somativa.
o processo ensino-aprendizagem, é oferecer Em se tratando da função diagnóstica, de
recuperação imediata, é promover cada ser acordo com Miras e Solé (1996, p. 381), esta
humano, é vibrar junto a cada educando em é a que proporciona informações acerca das
seus lentos ou rápidos progressos. capacidades do educando antes de iniciar um
E pensando assim, acredita-se que o gran- processo de ensino-aprendizagem, ou ainda,
de desafio para construir novos caminhos, segundo Bloom, Hastings e Madaus (1975),
inclusive, no contexto educacional brasileiro, busca a determinação da presença ou ausên-
está em verificar cada lugar nas suas especi- cia de habilidades e pré-requisitos, bem como
ficidades e nas suas necessidades. Segundo a identificação das causas de repetidas dificul-
Ramos (2001), uma avaliação com critérios de dades na aprendizagem.
entendimento reflexivo, conectado, compar- Em termos gerais, a avaliação diagnóstica
tilhado e autonomizador no processo ensino- pretende averiguar a posição do educando
aprendizagem é o que se exigiria. Somente em face das novas aprendizagens que lhe vão
assim serão formados cidadãos conscientes, ser propostas e as aprendizagens anteriores
críticos, criativos, solidários e autônomos. que servem de base àquelas, no sentido de
Com isso, a avaliação ganha novo caráter, evidenciar as dificuldades futuras e, em cer-
devendo ser a expressão dos conhecimentos, tos casos, de resolver situações presentes.
das atitudes ou das aptidões que os educan- No que se refere à função formativa, esta,
dos adquiriram, ou seja, que objetivos do en- conforme Haydt (1995, p. 17), permite cons-
sino já atingiram em um determinado ponto tatar se os educandos estão, de fato, atin-
de percurso e que dificuldades estão a revelar gindo os objetivos pretendidos, verificando
relativamente a outros. a compatibilidade entre tais objetivos e os
Essa informação é necessária ao professor resultados, efetivamente alcançados durante
para procurar meios e estratégias que auxi- o desenvolvimento das atividades propostas.
liem os educandos a resolver essas dificulda- Representa o principal meio pelo qual o edu-
des, bem como é necessária aos educandos cando passa a conhecer seus erros e acertos,
para se aperceberem delas (não podem os propiciando, assim, maior estímulo para um
educandos identificar claramente as suas di- estudo sistemático dos conteúdos. Um outro
ficuldades em um campo que desconhecem), aspecto a destacar é o da orientação forneci-
e, assim, tentarem ultrapassá-las com a aju- da por esse tipo de avaliação, tanto ao estudo
da do professor e com o próprio esforço. Por do educando quanto ao trabalho do profes-
isso, a avaliação tem uma intenção formativa. sor, principalmente por meio de mecanismos
A avaliação proporciona também o apoio de feedback. Esses mecanismos permitem
a um processo que é contínuo, contribuindo que o professor detecte e identifique defici-
para a obtenção de resultados positivos na ências na forma de ensinar, possibilitando re-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
120 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

formulações no seu trabalho didático, visando cador e mediador do processo, na execução


aperfeiçoá-lo. Para Bloom, Hastings e Madaus dos processos pedagógicos da escola e, ainda,
(1975), a avaliação formativa visa informar o professores que compreendam o processo de
professor e o educando sobre o rendimento sua disciplina na superação dos obstáculos
da aprendizagem no decorrer das atividades epistemológicos da aprendizagem.
escolares e à localização das deficiências na A abordagem para o processo avaliativo
organização do ensino para possibilitar corre- se dá por meio de tópicos específicos que en-
ção e recuperação. volvem aspectos relacionados à busca do re-
Em suma, a avaliação formativa pretende sultado de trabalho: que educandos devem
determinar a posição do educando ao lon- ser aprovados; como planejar suas provas,
go de uma unidade de ensino, no sentido de bem como qual será a reação dos educandos
identificar dificuldades e de lhes dar solução. e como está o ensino em diferentes áreas do
E quanto à função somativa, esta tem conhecimento que envolvem o Ensino Médio
como objetivo, segundo Miras e Solé (1996, (Krasilchik, 2008).
p. 378), determinar o grau de domínio do Assim, a avaliação ocupa papel central em
educando em uma área de aprendizagem, o todo processo escolar, sendo necessário, des-
que permite outorgar uma qualificação que, sa forma, um planejamento adequado. Para
por sua vez, pode ser utilizada como um sinal isso, vários parâmetros são sugeridos como
de credibilidade da aprendizagem realizada. ponto de partida:
Pode ser chamada também de função credi-
tativa. Também tem o propósito de classifi- • Servem para classificar os educandos
car os educandos ao final de um período de “bons” ou “maus”, para decidir se vão
aprendizagem, de acordo com os níveis de ou não passar;
aproveitamento. • Informam os educandos do que o pro-
Essa avaliação pretende ajuizar o progres- fessor realmente considera importante;
so realizado pelo educando, no final de uma • Informam o professor sobre o resultado
unidade de aprendizagem, no sentido de afe- do seu trabalho;
rir resultados já colhidos por avaliações do • Informam os pais sobre o conceito que
tipo formativa e obter indicadores que permi- a escola tem do trabalho de seus filhos;
tem aperfeiçoar o processo de ensino. • Estimulam o educando a estudar.
Diante do que foi visto, entende-se que
é necessário compreender que as diferentes Essas reflexões, remetem-nos a uma maior
áreas do conhecimento precisam se articular responsabilidade e cautela, para decidir sobre
de modo a construir uma unidade com vistas o processo avaliativo a respeito da construção
à superação da dicotomia entre as disciplinas e aplicação dos instrumentos de verificação
das diferentes ciências. Essa superação se dá do aprendizado e sobre a análise dos seus re-
com o intuito de partilhar linguagens, pro- sultados. Devemos tomar cuidado, ainda, em
cedimentos e contextos de modo que possa relação aos instrumentos avaliativos escolhi-
convergir para o trabalho educativo na escola. dos, para que esses estejam coerentes com
Para isso, é necessária a participação do os objetivos propostos pelo professor em seu
professor, consciente do seu papel de edu- planejamento curricular (Krasilchik, idem).

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 121

A avaliação, dessa forma, assume impor- quais teorias nos embasamos para chegar a
tância fundamental, a partir dos seus instru- uma avaliação mais próxima da realidade.
mentos e o professor, por sua vez, precisa estar Além do postulado pedagógico referido,
atento aos objetivos propostos para que a ava- é necessário debruçarmo-nos sobre as novas
liação não destoe daquilo que ele pretende. avaliações que se apresentam, quais os seus
Assim sendo, a avaliação não é neutra no fundamentos, qual a sua forma e quais as
contexto educacional, pois está centrada em suas exigências. É nesse contexto que o Enem
um alicerce político educacional que envol- (Exame Nacional do Ensino Médio), criado em
ve a escola. Assim, para Caldeira (2000 apud 1988, e que tem por objetivo avaliar o desem-
Chueiri, 2008): penho do educando ao término da escolarida-
de básica, apresenta-se como uma proposta
A avaliação escolar é um meio e não um de avaliação digna de ser analisada e assimila-
fim em si mesmo; está delimitada por uma da em seus fundamentos.
determinada teoria e por uma determina- O Enem tomou um formato de “avaliação
da prática pedagógica. Ela não ocorre num nacional”. Isso significa dizer que ele tornou-
vazio conceitual, mas está dimensionada se o modelo que vem sendo adotado no país,
por um modelo teórico de sociedade, de de norte a sul. Nesse sentido, a questão é sa-
homem, de educação e, consequentemen- ber o motivo pelo qual ele assumiu o lugar
te, de ensino e de aprendizagem, expresso que ocupa. Para compreendê-lo, um meio in-
na teoria e na prática pedagógica (p. 122). teressante é conhecer a sua “engrenagem” e
pressupostos. Assim, é necessário decompô-
Para contemplar a visão de Caldeira, o pro- lo nas suas partes, saber o que cada uma sig-
fessor necessita estar atento aos processos de nifica, qual a sua relevância e em que o todo
transformação da sociedade, pois estes aca- muda a realidade avaliativa nacional, pois
bam por influenciar também o espaço da esco- ele apresenta-se como algo para além de um
la como um todo. Essa constatação é evidente, mero aferidor de aprendizagens.
quando percebemos o total descompasso da Esse exame constitui-se em quatro pro-
escola com as atuais tecnologias e que, ao que vas objetivas, contendo cada uma quarenta
tudo indica, não estão sendo usadas na sua de- e cinco questões de múltipla escolha e uma
vida dimensão. Por outro lado, quando o pro- proposta para a redação. As quatro provas
fessor não acompanha as transformações re- objetivas avaliam as seguintes áreas de co-
feridas, a avaliação corre o risco, muitas vezes, nhecimento do Ensino Médio e respectivos
de cair em um vazio conceitual. Infelizmente, Componentes Curriculares: Prova I – lingua-
é o que vem ocorrendo em grande parte das gens, Códigos e suas Tecnologias e Redação:
escolas brasileiras. É nesse sentido que cabe a Língua Portuguesa, Língua Estrangeira (Inglês
todos nós repensarmos nossa prática, apren- ou Espanhol), Arte e Educação Física; Prova
dizado e aspirações em termos pedagógicos e, II – Matemática e suas Tecnologias: Mate-
sobretudo, como sujeitos em construção. mática; Prova III – Ciências Humanas e suas
Diante disso, precisamos ter claro o que Tecnologias: História, Geografia, Filosofia e
significa avaliar no atual contexto, que edu- Sociologia; Prova IV – Ciências da Natureza e
candos queremos, baseados em qual ou em suas Tecnologias: Química, Física e Biologia.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
122 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

É por meio da avaliação das Áreas de Co- mos, a sua formulação e o modo como um
nhecimento que se tem o nível dos educan- item é transformado em um aval para o pros-
dos brasileiros e que lhes é permitido ingres- seguimento dos estudos. E não só isso deve
sar no ensino de Nível Superior. Nesse sen- ser levado em consideração, pois alcançar
tido, o Enem não deve ser desprezado; ao um nível de aprovação exige uma formação
contrário, é obrigatório que os professores que inicia desde que uma criança ingressa na
do Ensino Médio conheçam os seus mecanis- Educação Infantil.

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LÍNGUA PORTUGUESA 123

Considerações Finais

Após um trabalho intenso, que mobilizou a nossa ação pedagógica. Por isso, os seus
especialistas na área, professores e técnicos, elaboradores foram preparados, por meio de
vê-se concluída a Proposta Curricular para seminários, oficinas e de discussões nos gru-
o Ensino Médio. Esta Proposta justifica um pos que se organizaram, para concretizar os
anseio da comunidade educacional, da qual objetivos definidos.
se espera uma boa receptividade. Inclusive, A Proposta consta de treze Componentes
espera-se que ela exponha com clareza as Curriculares. Todos eles são vistos de forma
ideias, a filosofia que moveu os seus autores. que os professores tenham em suas mãos os
Ela propõe-se a seguir as novas orienta- objetos de conhecimento, assim como uma
ções, a nova filosofia, pedagogia, psicologia forma de trabalhá-los em sala de aula, reali-
da Educação brasileira, daí que ela tem no seu zando a interdisciplinaridade, a transversalida-
cerne o educando, ao mesmo tempo em que de, contextualizando os conhecimentos e os
visa envolver a comunidade, dotando de sig- referenciais sociais e culturais.
nificado tudo o que a envolve. Essa nova pers- E, ainda, ela pretendeu dar respostas às
pectiva da Educação brasileira, que evidencia determinações da LDB que requer um ho-
a quebra ou a mudança de paradigmas, exigiu mem-cidadão, capaz de uma vida plena em
que as leis, as propostas em curso para a Edu- sociedade. Ao se discutir sobre essa Lei e a
cação brasileira fossem reconsideradas. tentativa, via Proposta Curricular do Ensino
Durante o período da sua elaboração, mui- Médio, de concretizá-la, a Proposta susten-
tas coisas se modificaram, muitos congressos ta-se na aquisição e no desenvolvimento de
e debates foram realizados e todos mostra- Competências e Habilidades.
ram que, nesse momento, nada é seguro, É assim que esta Proposta chega ao Ensino
que, quando se trata de Educação, o campo Médio, como resultado de um grande esforço,
é sempre complexo, inconstante, o que nos da atenção e do respeito ao país, aos profes-
estimula a procurar um caminho que nos per- sores do Ensino Médio, aos pais dos educan-
mita realizar de forma consequente e segura dos e à comunidade em geral.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 125

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PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO PARA A REDE
PÚBLICA DO ESTADO DO AMAZONAS

Gerência do Ensino Médio


Vera Lúcia Lima da Silva
 
Coordenação Geral
Tenório Telles

Coordenação Pedagógica
Lafranckia Saraiva Paz
Neiza Teixeira

Consultoria Pedagógica
Evandro Ghedin
HELOISA DA SILVA BORGES

Assessoria Pedagógica
Maria Goreth Gadelha de Aragão

Coordenação da Área de Linguagem, Códigos e suas Tecnologias   


José Almerindo A. da Rosa
Karol Regina Soares Benfica
 
Coordenação da Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias
Sheyla Regina Jafra Cordeiro
 
Coordenação da Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias
João Marcelo Silva Lima
 
Coordenação da Área de Matemáticas e suas Tecnologias
José de Alcântara
 
Organização do Componente Curricular
karol regina soares benfica
suely barros bernardino da silva

Equipe do Ensino Médio


Ana Lúcia Mendes dos Santos
Antônio José Braga de Menezes
Cileda Nogueira de Oliveira
Dayson José Jardim Lima
João Marcelo Silva Lima
Jeordane Oliveira de Andrade
Kátia Cilene dos Santos Menezes
Karol Regina Soares Benfica
Lafranckia Saraiva Paz
Manuel Arruda da Silva
Nancy Pinto do Vale
Rita Mara Garcia Avelino
Sheyla Regina Jafra Cordeiro

PROFESSORES COLABORADORES

Abrahão Menezes da Silva


Alessandra Diniz da Costa
Ana de Souza Pereira
Ana LÚcia Alves da Silva
Ana Maria Andrade Peixoto
Ana Maria Feitosa dos Santos
Ana Maria Pinho Cavalcante
Ana Paula da Silva Fernandes
Ana Paula L. Viana
Anne Ingrid Santana de Albuquerque
Augusto Costa Gonçalves
Bárbara Maria Silva
Brenno Emmanuel Rêgo da Silva
Claudia Serrão Trindade
Cornélio Araújo da Veiga
Cristiane T. da Silva
Dário Augusto Lima
Dulcilândia Belém da Silva
Edna Azevedo do Nascimento
Eliane Magalhães de Figueiredo
Eliezer Figueiredo Rego
Elionay Vasconcelos Pinto
Elisângela Litaiff Praia
Eulhiana de Macedo Medeiros
Filomeno Maia de Lima Júnior
Francisca Mendonça R. dos Santos
Ivan Sales dos Santos
Jailson M Passos
Jandson Alcântara de Lima
Jeane Lima Oliveira
João Azevedo Saraiva Junior
João Batista de Souza Filho
Josefa Lourenço de Amorim
Josivaldo de Oliveira
Kádio José de Souza Silva
Karla Maria S. Guimarães
Kátia Regina Martins Paredes
Kenedy Magalhães de Souza
Kenny do Val Mota
Liliane Costa da Gama
Lucilene Pinheiro Serroya
Maria Alcilene Barbosa de Sousa
Maria Angelina O. de Vasconcelos
Maria Bezerra da Silva
Maria Elcinide Santos de Oliveira
Maria Elcy O. Soares
Maria Joecy Auzier Vinhote
Maria José de Mello
Maria Luísa Fontenele de Paula
Maria Luiza Cardoso Fonseca
Maria Nilce Ferreira Couto
Maria Wilma Lima Cabral
Mirlane Rodrigues Mota
Nágila Maria B. de Queiroz
Nária Núbia de L. Fernandes
Neida da Rocha Cidade
Ocilene Viana Machado
Olívia das Chagas Lima
Osimiro Souza Leite
Priscila Oliveira
Raimundo Nonato de França
Rosilene Guimarães Belichar
Sadraque Medeiros Ribeiro
Sângela Maria Santana Silva
Selmira Cruz de Andrade
Shirley Monteiro da Silva
Sidney Pereira de Paula
Sileny dos Santos e Santos
Sonja NÚbia de Amorim Queiroz
Stael Martins Menezes
Valéria Lêda de Moura
Valcelina de Oliveira Maia
Vilma de Jesus de Almeida Serra
Wellington Miranda Mesquita
Wilcilene Paula de Sá
Yolanda Braga Marinho

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