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OS 100 ANOS DA UMBANDA E

A SUA DIVERSIDADE
Marcelo Oliveira Serrano
Centro Espírita São Geraldo
Vila Velha (ES)

Estamos no limiar da celebração de um marco histórico para a nossa


amada Umbanda: os seus 100 anos de existência em terras brasileiras,
levando-se em consideração o advento do Caboclo das Sete
Encruzilhadas, através da mediunidade de Zélio Fernandino de Moraes.
Considerando que tudo no Universo evolui, a nossa Umbanda não
poderia estar fora desse processo natural, resultante da Sabedoria Divina
e suas Leis. Assim, fazendo uma análise superficial do contexto em que se
insere atualmente a Umbanda, relativamente ao conhecimento e
transmissão dos ensinamentos rito-litúrgicos e de seus próprios
fundamentos, podemos afirmar que, de lá pra cá, os mecanismos de
informação se diversificaram bastante, proporcionando uma maior
abertura aos ditos e havidos “mistérios” e “segredos” de terreiro, o que
ponderamos ser positivo, haja vista que é na compreensão da essência de
que se revestem os rituais, sacramentos e as giras de Umbanda
propriamente ditas, que se permite a ampliação do consciencial dos
adeptos da nossa religião, resultando, a partir daí, em uma transformação
de pensamentos e comportamentos mais adequados e equilibrados
segundo o Evangelho de Jesus e as Leis Divinas, objetivo maior da nossa
Umbanda.
Nesse sentido, o nosso Terreiro – denominado Centro Espírita “Gruta”
São Geraldo – atua na divulgação da doutrina de Umbanda, Espírita e
espiritualista, através de mecanismos de comunicação próprios, a saber:
website (www.cesg.org.br), Jornal Informativo mensal e e-mail
(faleconosco@cesg.org.br). Ainda
no âmbito da inserção da Umbanda
na chamada “Era da Informação”,
acrescentam-se participações de
nossos integrantes em congressos
espíritas e umbandistas, com
algumas palestras realizadas. Neste
contexto, apresentamos os trabalhos
“Umbanda e Espiritismo: influências
e convergência de objetivos” e
“Efeitos co-criativos em uma Casa
de Umbanda: uma experiência
doutrinária”, ambos em edições (2001 e 2005) do Congresso Espírita do
Estado do Espírito Santo, promovidos pela Federação Espírita do Estado
do Espírito Santo (FEEES). Mais recentemente, apresentamos o trabalho
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"Ética na Umbanda" (2007) no I Congresso Estadual de Umbanda,


promovido pela Federação Espírita Umbandista do Espírito Santo.
Os grupos de estudos, agora freqüentes em diversos terreiros de
Umbanda, também representam uma conquista bendita no campo das
discussões, cujos esforços dos encarnados, aliados aos aconselhamentos
dos nossos amigos espirituais e da vasta literatura espiritualista
disponível, propiciam um direcionamento positivo para a nossa religião.
Na Gruta São Geraldo estudamos sistematicamente desde 2003 as obras
básicas da Codificação Espírita, assim como subsidiamos as discussões
com textos de autores diversos como Ramatis (pelos médiuns Hercílio
Maes e Norberto Peixoto), Babajiananda (pelo médium Roger Feraudy) e
Matta e Silva, dentre outros.
Consideramos que outro fator de relevância no progresso e exercício
do papel social da Umbanda deve-se à inserção dos terreiros junto às
comunidades através de trabalhos assistenciais, demonstrando, na
prática, que a Umbanda, além do cuidado e do trabalho que dispensa à
parcela espiritual do ser, participa efetivamente da vida social
comunitária. Nesse aspecto, integrantes da Gruta São Geraldo são
voluntários atuantes junto à União Espírita Cristã (UEC) de Vila Velha (ES)
na assistência a gestantes, com o objetivo de, futuramente,
desenvolverem atividades sociais na sede do nosso Terreiro.
Independentemente da diversidade existente na seara umbandista, a
consolidação do processo evolutivo da nossa religião conta com o apoio
dos aspectos acima enunciados, aliados aos esforços dos verdadeiros
dirigentes e médiuns de Umbanda, sob a base sólida das Leis Divinas, das
vibrações permanentes dos amados Orixás e constância no bem dos
incansáveis guias e protetores de Umbanda.
Entendemos que a grande diversidade de culto ainda hoje reinante tem
laços estreitos com a diversidade cultural existente em nosso País, com o
exíguo tempo de formação ou ressurgimento da Umbanda no planeta,
bem como em função do preconceito religioso incutido em significativa
parcela da população por denominações religiosas dominantes durante
longo período, fazendo com que a Umbanda estivesse à margem da
sociedade.
Acreditamos assim, que, com a abertura da legislação pátria, dos
meios de comunicação e o trabalho árduo e desinteressado de seus
adeptos, essa diversidade tende a se equacionar, entendendo também
que a mesma não se constitui um problema para a nossa religião, mas,
sim, e principalmente, a má utilização de seu nome para práticas
negativas dada a má-fé de alguns e a ignorância de muitos sobre os reais
objetivos da Umbanda e de sua hierarquia espiritual.
Contudo, embora a atualidade nos proporcione mecanismos maiores de
interação e discussão em diversos níveis e não nos falte o amparo
espiritual, não podemos nos esquecer dos irmãos que nos antecederam,
encarnados e desencarnados, cuja história e contribuição nos ensejam a
reflexão de certos legados, fundamentais ao crescimento da Umbanda, a
saber:
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• No final do século XIX, a manifestação de entidades que se


apresentavam como índios ou caboclos, dizendo que haveria “um
movimento novo, que iria se espalhar por todo o Brasil, trazendo
esperança, secando lágrimas, espargindo compreensão, amor,
acendendo a Fé, centelha divina que de há muito se apagara em
muitas infelizes criaturas” (Trindade, 1991).
• Em 1893, vale ressaltar a manifestação de uma Entidade que se
denominou Caboclo Curuguçu – que significa “O Grito do Guardião”
–, “preparando com grande sacrifício a chegada do Caboclo das Sete
Encruzilhadas que iria implantar o movimento de Umbanda”
(Feraudy, 2004).
• Em 15 de Novembro de 1908, a formação do novo Culto pelo
Caboclo das Sete Encruzilhadas, denominando-o de Umbanda,
dizendo que seria “a manifestação do Espírito para a Caridade!”.

Referências

FERAUDY, Roger. Umbanda, essa desconhecida: Umbanda esotérica e cerimonial. Pelo


Espírito Babajiananda (Pai Tomé). 4. ed. rev. e ampl. Limeira, SP: Conhecimento, 2004.
TRINDADE, Diamantino Fernandes. Umbanda e sua história. São Paulo, SP: Ícone,
1991.

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