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O que é um sistema?
"Um sistema é um arranjo de componentes realcionados de tal
maneira que forma uma entidade, um todo" (Betch, 1974, citado
por Hart, 1980).
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1. Padrões de comportamento produtivo dos solos com Em princípio, os SAF’s devem servir
pastagens nos trópicos como uma ferramenta para
Os pastos Predominam Solos sem
reflorestar áreas já abertas e
Começa o ervas daninhas recuperar solos degradados, ao
controlam as coberturas e
crescimento de e os solos
Floresta demias
ervas daninhas
sem capacidade contrário de, como muitos pensam,
natural espécies perdem a produtiva
cobertura
substituir áreas de floresta primária.
2 animais/ha 1 animal /ha Zero carga/ha
0.5 animais /ha
Ponto crítico
da produtividade
ecológica
Ponto crítico
da produtividade
Bioeconômica degradação
total
Tempo (anos)
Adaptação de Serrao 1987
e animal. Temperatura
Ótima
utilização Umidade Matéria
• Assegurar a do espaço orgânica e
aéreo nutrientes
Sustentabilidade através Sombra e
da intensificação no uso forragem
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Vantagens Vantagens
Os sistemas agroflorestais apresentam uma série de vantagens em relação Diversificação na produção aumentando
aos sistemas convencionais. Dentre estas incluem-se: a renda familiar, assim como a melhoria na
A diminuição do uso de fertilizantes alimentação
Desvantagens
Perda de nutrientes quando a madeira e outros os O microambiente pode favorecer certas pragas e doenças.
produtos florestais são colhidas e exportados para fora
da parcela.
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Tipos de Sistemas Agroflorestais e exemplos dos mais a.2) O sistema “taungya” refere-se a associação de culturas agrícolas somente
comuns utilizados durante os primeiros anos da floresta. Constitui-se em uma técnica de
reflorestamento que combina cultura agrícola anual com árvores florestais
jovens. Depois de dois ou três anos, o aumento da sombra e a diminuição da
a) Sistemas agroflorestais sequenciais: Esses modelos
fertilidade do solo põem fim à associação. Na Ásia e África, essa técnica é
compreendem formas de agricultura migratória com intervenção ou manejo
muito usada em plantios de teca (Tectonas grandis) , pinus e cipreste (COMBE,
de parcelas de cultivos e uma etapa de descanso.
1982).
(Pinus oocarpa)
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Flemingia (Flemingia
macrophylla)
Hevea brasiliensis) com Zea mays
Costa-Rica: cacau (Theobroma cacao), café (Coffea sp), banana (Musa sp.),
cana (Saccharum sp.), eucalipto (Eucalyptus sp.), macadâmia (Macadamia • Equador: café (Coffea sp) e cacau (Theobroma cacao) com alnus (Alnus
integrifolia), pupunha (Bactris gasipaes), fruta-pão (Artocarpus altilis), frutas acuminata), ingá (Inga sp), goiaba (Psidium guajava), jambo (Eugenia
cítricas (Citrus ), cedro (Cedrela odorata ), coco (Cocus nucifera) e pimenta macensis);
(Piper sp.) com Freijó (Cordia alliodora );
Centrosema ssp
Calycophyllum spruceanum
Gramineas
• Guatemala: café (Coffea sp), cacau (Theobroma cacao), ingá (Inga sp), Nicaragua: café (Coffea sp), cacau (Theobroma cacao), ingá (Inga sp), Cedro
fedegoso (Cassia espectabilis), cardamomo (Elettaria cardamomum) e mamão Macho (Carapa nicaraguensis), Macuelizo (Tabebuia rosea), Guayabón
(Carica papaya) com grevilha (Terminalia chiriquensis), Calophyllum brasiliense y Nogal (Cordia alliodora).
Guazuma crinita
Inga edulis
Theobroma cacao
Centrosema ssp
Centrosema ssp
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• México: café (Coffea sp), cacau (Theobroma cacao), banana (Musa sp),
leucena (Leucena leocochefala), Samaúma (Ceiba sp.), cana (Saccharum sp.) • Perú: café (Coffea sp), cacau (Theobroma cacao), cítrico (Citrus
com cajá (Spondias mombim). sp), ingá (Inga sp), Albizia falcatoria, orelha de macaco
(Schizolobium sp.), mulungú (Erythrina sp), banana (Musa sp) e
Calliandra calothyrsus
mamão (Carica papaya) com desmódio (Desmodium ovatifolium)
Bactris gasipaes
Inga spp.
Inga edulis
(Cordia alliodora)
Citrus spp
Erythrina spp.
Centrosema ssp
Chile: Álamo (Populus sp), Nogal (Juglans regia), cítrico (Citrus sp), ingá (Inga b.2) Árvores em associações com culturas anuais (plantio em aléias)
sp), Albizia falcatoria, com milho, batata, legumes.
Nogal (Juglans regia)
Nestas associações utilizam-se geralmente milho (Zea mays), feijão, arroz
(Oryza sativa ), sorgo(Sorghum sp.), caupi (Virgna unguiculata), mandioca
(Manihot sp.), trigo (Triticum aestivum), cevada (Hordeum vulgare), leucena
(Leucena leocochefala ), dendê (Elaes guinensis), juta (Corchorus sp.), erva-
mate (Illex paraguaiensis), eucalipto (Eucalyptus sp.), aveia (Avena sp.) com
Cliricidia (Gliricidia cepium).
Poda de leguminosa
b.3) Hortos caseiros mistos (pomares) ou quintais
Flemingia agroflorestais
macrophylla
semeadura
ALLEY CROPING
Cultivo em aléias
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b.4.1) Associações de árvores com pastos (enfatizando a Árvores distribuídas nas pastagens de forma isolada
produção animal)
pastoreio de animais
no banco
As espécies arbóreas mais comumente utilizadas neste sistema
são: pinus (Pinus radiata, Pinus caribaea), cedro (Cedrela
odorata), eucalipto (Eucalyptus deglupita), Alnus acuminata,
sanção do campo (Mimosa caesaelpiniaefolia), Citros (Citrus sp.),
Cupressus lusitanica e Guazuma ulmifolia.
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Consistem em fileiras de
árvores que podem delimitar
uma propriedade ou servir
ainda de proteção (contra o
vento, o fogo, o gado) para
outros componentes ou outros SAFs como uso sustentável do solo
sistemas.
SAFs E A QUALIDADE FÍSICA DOS SOLOS A perda da qualidade física do solo afeta diretamente o espaço
poroso do solo, de forma a prejudicar o fornecimento de água e
Significa a capacidade deste em sustentar a atividade biológica,
oxigênio, limitando o desenvolvimento das plantas (TORMENA,
promover o crescimento e a saúde das plantas e animais, e
et. al, 1998) e a atividade de organismos no solo (Cortés-Tarrá et
manter a qualidade ambiental (Doran & Parkin, 1994).
al., 2003; Leonardo, 2003).
Esta capacidade resulta de interações entre inúmeros processos
químicos, físicos e biológicos de natureza complexa (Tótola &
Chaer, 2002) e sofre alterações com o manejo (Reichert et al.,
2003)
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estabilização de taludes e
margens de córregos,
lagos e outras áreas frágeis.
Reduz a possibilidade
de obstrução de córregos,
canais de irrigação e,
portanto, inundações.
Os SAFs são muito adequados SAFs e a redução da erosão do solo nas Bacias hidrográficas
para áreas marginais, pois são
propensos a ter maior resistência à
Uma microbacia coberta com vegetação florestal apresenta
variabilidade de precipitação e
podem ser praticados nas comportamento bem diferente de uma sem cobertura florestal.
encostas mais íngremes.
Reduzem os efeitos nocivos do sol,
vento e da chuva no solo.
Reduz perdas por lixiviação de Quanto mais poroso e protegido do impacto direto da chuva
nutrientes.
estiver o solo, maior será a alimentação do lençol freático, ou
Diminuição do nível de água (lençol seja, a quantidade de água nos canais de drenagem será mais
freático) no solo. constante e com poucos sedimentos.
As gotas que chegam ao chão encontram um manto de folhas secas, que C = interceptação da copa;
também contribuem para neutralizar o impacto da gota sobre o solo.
T T = precipitação interna;
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Consequentemente, evita-se a
compactação, diminuindo o
escorrimento superficial da
água da chuva que causa
erosão e lixiviação de nutrientes
e o carreamento de partículas
de solo para as fontes de água
Porosidade total do solo de uma área submetida ao sistema de cultivo Valores médios do volume total de poros (VTP) nas camadas de 0 a 10, 10 a
agroflorestal (SAF) e ao sistema de plantio convencional (SPC), no DF. 20 e 20 a 40 cm, para dois SAF de 12 e 1 ano de idade, em um Argissolo
Vemelho-Amarelo
houve diferença
significativa entre
os sistemas de
cultivo, mas não
quanto à
profundidade
Fonte: Carvalho, et al., 2004 Tratamentos seguidos de letras iguais (minúsculas) não diferem
entre si pelo teste de Tuckey ao nível de probabilidade de 5%.
Fonte: Cassante , et al., 2006.
No solo sob SAF, a porosidade total situa-se em níveis considerados normais para
latossolos do Cerrado (Resck, 1981), sendo superior ao solo sob preparo convencional.
A tendência de maiores valores médios de Volume total de poros (somatório
corresponde a macroporos y microporos) apresentada pelo SAF de 12 anos já
Este fato é, possivelmente, um reflexo da maior atividade biológica e de seus efeitos
são indicadores do benefício do agroflorestamento sobre a melhoria da
na agregação do solo.
estrutura do solo, através do tempo.
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SAFs e a Densidade do solo Densidade do solo de uma área submetida ao sistema de cultivo agroflorestal
(SAF) e ao sistema de plantio convencional (SPC), no DF.
A densidade do solo é uma propriedade variável e depende
da estrutura e compactação do solo. Conforme Costa et al.
(2003), a densidade tende a aumentar com a profundidade o
que se deve a fatores tais como:
Resistência à penetração para dois SAF de 12 e 1 ano de idade em SAFs E A FERTILIDADE DOS SOLOS
Sítio Bela Vista no Bairro Rio Branco no município de Cananéia-SP
Manutenção da fertilidade dos solos
As leguminosas herbáceas
possuem um grande potencial
Guazuma crinita
para diminuir a mão-de-obra
devido ao seu rápido
crescimento e produção de
Fonte: Cassante , et al., 2006.
biomassa, que levam a uma
Os maiores valores neste sistema são registrados na camada de 10 a 20 rápida cobertura do solo, com o
cm atingindo valores acima de 2000 kPa, o que de acordo com a literatura benefício adicional de
é considerado um índice crítico e não desejável para a penetração de fornecimento de nutrientes, Centrosema ssp
raízes e desenvolvimento da maioria das culturas. principalmente o nitrogênio,
Estes resultados ressaltam o impacto positivo do SAF de 12 anos sobre a para as espécies introduzidas
estruturação do solo e, por conseguinte, pressupõe melhor aeração e no Sistema Agroflorestal.
desenvolvimento do sistema radicular, garantindo a qualidade física do solo.
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A serrapilheira
protege o solo e
Muitas
reduz a presença
espécies (principalment
de ervas
e leguminosas) fixam o
daninhas
nitrogênio do ar
Fonte: modificado de Geilfus F, 1994. El árbol al servicio del agricultor. Manual de Agroforesteria para el Desarroollo Rural. Turrialba,
Costa Rica: ENDA CARIBE/CATIE.
exigências nutricionais
distintas
Atributos de fertilidade do solo sob áreas de pastagem e SAF, na profundidade A serapilheira e Matéria Orgânica do solo nos SAFs
0-5 cm . Seropédica, RJ.
Nos sistemas agroflorestais há maior retorno de biomassa ao sistema
(matéria orgânica) e é geralmente de melhor qualidade, apresentando, uma
reciclagem mais eficiente de nutrientes, incluindo a ascensão das camadas
mais profundas do solo.
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Medidas mecânicas
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