CRISTÃO

DE ADVENTO...
Preparai no deserto
o caminho do SENHOR,
aplanai na estepe
Desperta o Natal!
uma estrada para o nosso Deus.
Todo o vale seja levantado,
e todas as colinas e montanhas
sejam abaixadas,
todos os cumes sejam aplanados,
e todos os terrenos escarpados MISSIONÁRIOS
sejam nivelados! DO VERBO DIVINO
Então a glória do SENHOR Apartado 2
2496-908 FÁTIMA
manifestar-se-á, Tel. 249 532163
e toda a gente a há-de ver
Rua de S. Torcato, 1721
ao mesmo tempo. 4800-024 GUIMARÃES
Tel. 253 516486
Isaías 40, 3-5 Apartado 22
6201-908 TORTOSENDO
Tel. 275 951135

Rua S. Tomás de Aquino, 15 PROPOSTAS PARA O ADVENTO

1600-203 LISBOA
Tel. 217 220200 ANO A
Texto original: Editorial Verbo Divino - Espanha
Tradução: Joaquim Martins Valente, svd Rua da Constituição, 1
Textos bíblicos: Difusora Bíblica Apartado 4
Desenhos: Miren Sorne 7700-999 ALMODÔVAR
Composição gráfica: J. Leonel de Sousa, svd Tel. 286 662283 MISSIONÁRIOS DO VERBO DIVINO
 A passagem fala de uma situação futura na qual se produzirá uma grande
PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO transformação.

Que ocorrerá com a colina donde se ergue o monte do Senhor?

Qual será a reacção de todos os povos?
CRISTÃO DE ADVENTO, PREPARA A PAZ!
No monte, os povos encontrarão a presença do Senhor, presença manifestada
na sua Lei e Palavra. Uma Lei e uma Palavra que vêm de Deus; estão baseados
num pacto de aliança e têm o poder de transformar a vida, de modificar a
Ambientação situação humana. Assim, quando Deus se constituir em juiz e árbitro das nações,
então passar-se-á da dispersão e do caos à justiça e à paz.
Hoje somos particularmente sensíveis a
palavras como paz, tolerância, concórdia. Com que imagens se expressa esta conversão na passagem?
Por volta do ano 740 antes de Cristo houve
um profeta chamado Isaías que sonhou Desejando que chegue este futuro a todos os povos, Isaías termina o seu
com um mundo de paz e quis que o seu sonho com um convite a Israel:
povo se preparasse para vivê-lo. A liturgia “Vinde caminhemos à luz do Senhor”!
deste primeiro Domingo do Advento
convida-nos a estar alerta, preparandos Um convite que está em consonância com o apelo que nos é dirigido a
esse novo horizonte que nos chega com o partir do evangelho (Mt 24, 37-44): “Vigiai, porque podeis desviar-vos do
nascimento de Jesus, Rei da Paz. caminho, estai preparados porque em qualquer momento pode aparecer
o rei da paz”.
Escutamos a Palavra de Deus (Is 2,1-5)
Revisão de vida
“Visão profética de Isaías, filho de Amós, sobre Judá e Jerusalém: No fim dos
● A Palavra de Deus que escutámos como nos ilumina sobre os problemas
tempos o monte do templo do Senhor estará firme, será o mais alto de todos,
concretos de divisão que há na nossa vida, na nossa família e no nosso
e dominará sobre as colinas. Acorrerão a ele todas as gentes, virão muitos
mundo?
povos e dirão: Vinde, subamos à montanha do Senhor, à casa do Deus de
● Que podes tu fazer concretamente para preparar essa paz de que nos
Jacob. Ele nos ensinará os seus caminhos, e nós andaremos pelas suas veredas;
porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do Senhor. Ele julgará as fala o texto?
nações, e dará as suas leis a muitos povos os quais transformarão as suas
espadas em relhas de arados, e as suas lanças em foices. Uma nação não
Rezamos juntos
levantará a espada contra outra, e não se adestrarão mais para a guerra.
Vinde, casa de Jacob, caminhemos à luz do Senhor.”
A Palavra escutada e a reflexão de grupo deram azo a que nos dirijamos
a Deus pedindo-lhe pela paz no mundo, nos nossos ambientes, nos nossos
Os estudiosos incluem a passagem sobre a qual reflectimos hoje (Is 2,1-5) no
corações. Podemos também dar-lhe graças pelos que trabalham para
contexto dos capítulos 2, 1-4, 6. Estes capítulos contêm uma série de palavras
consegui-la e pelos êxitos que alcançámos no nosso caminho.
proféticas de denúncia e de salvação dirigidas a Israel e a Judá. A passagem
que hoje lemos é uma palavra de salvação.

1 2

SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO
CRISTÃO DE ADVENTO, DESPERTA A ESPERANÇA!
Ambientação
Da mão do profeta Isaías, e na mesma
linha do nosso encontro da semana
passada, a primeira leitura da liturgia
dominical é um convite à esperança.
Ainda que o panorama do nosso
mundo seja por vezes tão desolador,
nós, como seguidores de Jesus,
esperamos um futuro de paz e sabemos
que isso nos compromete a trabalhar
pela justiça.
Escutamos a Palavra de Deus (Is 11, 1-9)
“Brotará um rebento do tronco de Jessé, e um renovo brotará das suas raízes.
Sobre ele repousará o Espírito do Senhor: espírito de sabedoria e de
entendimento, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de ciência e de
temor do Senhor.
Não julgará pelas aparências nem proferirá sentenças somente pelo que ouvir
dizer,mas julgará os pobres com justiça, e com equidade os humildes da terra;
ferirá os tiranos com os decretos da sua boca, e os maus com o sopro dos seus
lábios. A justiça será o cinto dos seus rins, e a lealdade circundará os seus
flancos. Então o lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo deitar-se-á ao
lado do cabrito; o novilho e o leão comerão juntos, e um menino os conduzirá.
A vaca pastará com o urso, e as suas crias repousarão juntas; o leão comerá
palha como o boi. A criancinha brincará na toca da víbora e o menino
desmamado meterá a mão na toca da serpente.
Não haverá dano nem destruição em todo o seu santo monte, porque a terra
está cheia do conhecimento do Senhor, tal como as águas que cobrem a
vastidão do mar.”
3 4
A passagem que acabámos de ler é muito rica em símbolos e imagens.
Não basta lê-la mecanicamente. É importante deixarmo-nos interpelar por
ela. Só assim chegaremos a compreender.
A primeira imagem que nos é apresentada é a de um bosque devastado
(Is 10,34). Esta visão refere-se a Judá, o reino do Sul, então governado pela
dinastia de David e que agora parece arrasado e destruído nas suas
instituições mais significativas.
No meio de tanta desolação, que sinal de esperança desponta?
A segunda imagem (Is 11, 2-5) muda de registo simbólico. O pequeno
rebento chega a transformar-se num rei modelo, revestido de justiça e de
fidelidade. Apesar da sua origem tão modesta, o Senhor fará repousar
sobre ele o seu Espírito e fortalece-o com os seus dons. São os dons
necessários para governar com habilidade e prudência, para manter a
atitude de confiança em Deus.
Segundo o texto: que tipo de governo brota de um rei assim?
A terceira imagem (Is 11, 6-9) mostra o fruto da justiça que não é outro que
a paz definitiva.
Como é que o texto o expressa?
O Evangelho (Mt 3,1-12) convida-nos a dar frutos de conversão, enquanto
esperamos com esperança activa, a chegada deste Rei e a implantação do
seu reinado.
Revisão de vida
● Esta passagem de Isaías convida-te à esperança? Apresenta as razões
da tua resposta.
● A que te compromete, concretamente, a construção de um futuro melhor?
Rezamos juntos
Para poder levar por diante o nosso compromisso, o Senhor inunda-nos
de esperança e dá-nos, assim o expressa o texto de Isaías, o conhecimento
de Deus. Peçamos na nossa oração que este dom seja a fonte donde brotam
as nossas atitudes e as nossas acções.
No final podemos recitar juntos o Salmo 72 (71) - Página 22.

TERCEIRO DOMINGO DO ADVENTO
CRISTÃO DE ADVENTO, SALTA DE ALEGRIA!
Ambientação
Dizem que um dos perigos actuais do ser
humano é o desânimo, a perda da ilusão,
a tristeza. Mas o Advento também é tempo
de alegria e a Liturgia propõe-nos para este
terceiro Domingo elevar, juntamente com
o profeta Isaías, um canto de esperança
jubilosa porque vem o Senhor em pessoa
libertar o seu povo.
Escutamos a Palavra de Deus (Is 35, 1-10)
“O deserto e a terra árida vão alegrar-se, a estepe exultará e dará flores belas
como narcisos. Vai cobrir-se de flores e transbordar de júbilo e de alegria. Tem a
glória do Líbano, a formosura do monte Carmelo e da planície de Saron. Verão a
glória do Senhor e o esplendor do nosso Deus.
Fortalecei as mãos débeis, robustecei os joelhos vacilantes. Dizei aos que têm o
coração pusilânime. “tomai ânimo, não temais!” Eis o vosso Deus que vem para
vos vingar. Deus vem em pessoa retribuir-vos e salvar-vos. Então se abrirão os
olhos do cego, os ouvidos do surdo ficarão ouvir, o coxo saltará como um veado
e a língua do mudo dará gritos de alegria; porque as águas jorraram no deserto
e as torrentes na estepe.
A terra queimada mudar-se-á em lago, e as fontes brotarão da terra seca. No covil
onde repousavam os chacais, crescerão canas e juncos. Haverá ali uma estrada e
um caminho que se chamará Via Sagrada. Nenhum impuro passará por ele; é
para aqueles que por ele devem andar e os menos espertos não se perderão. Ali
não haverá leões, e nenhum animal feroz por ali passará. Apenas passarão os
remidos.
Os que o Senhor libertar é que passarão por ela. Chegarão a Sião entre cânticos
5 6
de júbilo com a alegria estampada nos seus rostos, transbordantes de gozo e de
alegria; nos seus corações não haverá mais tristeza, nem aflição.
A alegria é o tom geral destes versículos. Observai as vezes em que se repete,
no texto, este termo ou sinónimos do mesmo. A razão de tal alegria é a
renovação, a restauração que o próprio Deus traz à história e que afecta
tanto a natureza como as pessoas. Fixai-vos como o expressa o texto,
contrapondo a secura à vida que desperta a água. Notai também a
transformação que se produz nas pessoas, libertas de toda a atadura e
debilidade.
O chamado Segundo Isaías (Is 40-55) compraze-se na imagem de um
deserto que se transformou em paraíso. Procura assim fortalecer a
esperança e o júbilo do povo exilado na Babilónia, porque o regresso à
terra prometida está iminente. Daí que a marcha que apresenta, se converta
no texto, numa grande peregrinação festiva a caminho de Jerusalém. A
alegria e o júbilo multiplicam-se porque o próprio Deus guia os
caminhantes.
No Evangelho que se lerá neste Domingo (Mt 11, 2-11), faz-se referência
aos versículos 5 e 6 deste texto de Isaías. Os sinais que Jesus realiza
manifestam a presença activa do Deus que nos liberta das ataduras.
Revisão de vida
● Que me sugere a Palavra de Deus neste momento concreto da minha
vida? - Que razões tenho para saltar de alegria?
● Como poderia eu ser fonte de alegria e de optimismo para os outros?
Rezamos juntos
Podemos começar a oração utilizando as imagens do profeta Isaías, para
fazer as nossas súplicas:
● Que parte do meu corpo necessita de ser curada para que a minha vida
seja testemunho da verdadeira alegria? (Por exemplo: Senhor, eu quero ser
curado/a da cegueira dos olhos porque a cegueira me impede de ver os
outros como são. Curado/a deixaria de vê-los como eu quero que sejam).
Terminamos a nossa oração rezando juntos o Salmo 146 (145)- Página 23.

QUARTO DOMINGO DO ADVENTO
CRISTÃO DE ADVENTO, APURA O OUVIDO!
Ambientação
A palavra profética, porque é voz de Deus,
não fica fossilizada, cresce e desenvolve-
se à medida que é lida e actualizada a partir
de novas circunstâncias. Basta ter os
ouvidos abertos
É o que ocorre com o “oráculo do Emanuel”.
Inicialmente foi dirigido a Acaz, rei de Judá,
o qual, temendo as conspirações dos reis
da Síria e de Israel, pede ajuda à grande
potência do momento, a Assíria. O profeta
Isaías disse ao temeroso Acaz que a
estabilidade da dinastia davídica
dependeria da fidelidade e da confiança
do rei em Javé. Neste contexto histórico
apresenta uma palavra profética do século
VIII a C que hoje continua actual.
Escutamos a Palavra de Deus (Is 7,10-14)
O Senhor mandou dizer de novo a Acaz: “Pede ao Senhor teu Deus um sinal,
quer no fundo dos abismos, quer lá no alto dos céus. “
Acaz respondeu: “ Não pedirei tal coisa, não tentarei o Senhor”.
Isaías respondeu: “Escuta, pois, casa de David: Não vos basta já ser molestos
para os homens, senão que também ousais sê-lo para o meu Deus? Por isso,
o Senhor, por sua conta e risco, vos dará um sinal. Olhai: a jovem está grávida
e vai dar à luz um filho, e há-de pôr-lhe o nome de Emanuel”.
Observai detalhadamente a introdução dialogada vv.10-12. À primeira vista,
Acaz deve pedir simplesmente um sinal que sustente a sua fé vacilante, mas
o monarca nega-se a fazê-lo. Qual é a razão que alega para tal negativa? Não
7 8
é difícil notar que oculta as suas autênticas razões debaixo de uma capa de
religiosidade. Na realidade pensa que pedir um sinal equivaleria a abandonar-
se nas mãos de Deus, mas ele prefere buscar amparo noutras mãos
aparentemente mais seguras: as da Assíria.
Frente à hipocrisia de Acaz, Isaías reage com firmeza (Is 7, 13) e oferece-lhe
um sinal da parte de Deus: o nascimento de um menino, o seu próprio filho,
o futuro rei Ezequiel, sinal da fidelidade inquebrantável de Javé e esperança
de continuidade para a dinastia de David. O nome do menino: “(que) Deus
(esteja) connosco”, é o programa da sua vida: fará com que o povo volte a
confiar plenamente no Senhor. Este oráculo, relido e actualizado, serviu
posteriormente ao povo judeu para expressar a sua esperança messiânica.
Mais tarde o evangelista S. Mateus recolhe-o para mostrar a filiação davídica
e divina de Jesus.
No Evangelho (Mt 1, 18-24) lemos a passagem de S. Mateus a que já fizemos
alusão.Com ela expressa a certeza de que o próprio Deus se torna presente
em Jesus. Além disso, nesta perícopa, somos convidados a descobrir a
antítese de Acaz: enquanto este coloca pretextos para não confiar
totalmente em Javé, José oferece-nos o modelo de como podemos escutar
e acolher a sua vinda, mesmo que se nos torne, como os dois personagens,
difícil de compreender.
Revisão de vida
● É fácil para mim escutar a voz de Deus nos acontecimentos do dia-a-
dia? Por quê?
● Que pretexto apresento para evitar responder ao que Deus me propõe?
● Que atitude posso favorecer em mim para aproximar-me do modelo de
José?
Rezamos juntos
A voz de Deus não só falou ao antigo Israel, mas continua a dirigir-se a
nós e a comunicar-nos a sua força. Peçamos juntos ao Senhor que abra os
nossos ouvidos e dê coragem às nossas vidas para que possamos acolher
a sua Palavra e responder-lhe com o nosso compromisso.
Terminamos recitando juntos o Salmo 24 (23),1-6 - Página 24.

NATAL
CRISTÃO DE ADVENTO, VIVE EM NATAL!
Ambientação
As reuniões das últimas semanas
ajudaram-nos a preparar a celebração do
Natal, uma festa em que os cristãos fazem
presente o nascimento de Jesus, nosso
Salvador. Na sessão de hoje, vamos tentar
descobrir, com a ajuda da Palavra de Deus,
como podemos viver e celebrara esta
grande festa.
Escutamos a Palavra de Deus (Lc 2, 1-20)
Por aqueles dias, saiu um édito da parte de César Augusto para ser recenseada
toda a terra. Este recenseamento foi o primeiro que se fez, sendo Quirino
governador da Síria. Todos iam recensear-se, cada qual à sua própria cidade.
Também José, deixando a cidade de Nazaré, na Galileia, subiu até à Judeia, à
cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David, a fim
de se recensear com Maria, sua esposa, que se encontrava grávida. E, quando
eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz e teve o seu
filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por
não haver lugar para eles na hospedaria.
Na mesma região encontravam-se uns pastores que pernoitavam nos campos,
guardando os seus rebanhos durante a noite. Um anjo do Senhor apareceu-
lhes, e a glória do Senhor refulgiu em volta deles, e tiveram muito medo.
O anjo disse-lhes: “Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que o
será para todo o povo. Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador,
que é o Messias Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino
envolto em panos e deitado numa manjedoura”. De repente, juntou-se ao
anjo uma multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo: “Glória a
Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado”.
9 10
Quando os anjos se afastaram deles em direcção ao Céu, os pastores disseram
uns aos outros:“Vamos a Belém ver o que aconteceu e que o Senhor nos deu
a conhecer”. Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o menino
deitado na manjedoura. Depois de O terem visto, começaram a divulgar o
que lhes haviam dito a respeito daquele menino.
Todos os que ouviram, se admiravam do que lhes diziam os pastores. Quanto
a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração. E os
pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham
visto e ouvido, conforme lhes fora anunciado.”
O Evangelho que escutamos na vigília de Natal é tomado do relato da
infância de Jesus segundo o evangelista S. Lucas. (Lc 1-2). S. Mateus tem
um relato parecido (Mt 1-2). Neles encontramos a fé das comunidades
cristãs que viam no menino nascido em Belém o Senhor ressuscitado a
quem eles adoravam.
S. Lucas relaciona Jesus com a história do seu tempo fazendo coincidir o
seu nascimento com o recenseamento de Quirino. Um recenseamento era
um acontecimento muito importante com repercussões em todo o império
romano.
O que Lucas quer dar a entender é que o nascimento de Jesus é um
acontecimento que afecta todo o mundo.
É muito importante realçar o facto que Jesus nasceu em Belém, “a cidade
de David”. Nela nascera o rei mais importante que Israel tinha tido e por
isso a gente esperava que ali nascesse o Messias. Lucas mostra que isto se
cumpre em Jesus, adoptado como filho por José, que era da família e da
cidade de David.
As palavras do anjo aos pastores explicam o significado do nascimento
de Jesus. Fixai-vos nos títulos que lhe dão. Com eles, Lucas quer mostrar
que o autêntico salvador é Jesus e que ao mesmo tempo é o Messias que
Deus tinha prometido a Israel porque se manifestou como o Senhor através
da sua ressurreição de entre os mortos.
Observai no texto a reacção dos que se encontram com Jesus. Os pastores
põem-se a caminho e contam a todos a Boa notícia que o anjo lhes tinha
anunciado sobre Jesus e logo regressam dando glória a Deus. As pessoas
ficam admiradas. Maria guarda em seu coração todo o sucedido para SANTA MARIA, MÃE DE DEUS
meditá-lo
.
Revisão de vida CRISTÃO DE NATAL, VIVE COM AMOR E PAZ !
● Que aprendemos das palavras do anjo sobre o sentido do Natal?
● Que podemos fazer para celebrar o Natal hoje como o celebraram outrora Ambientação
Maria e os pastores?
Toda a liturgia neste tempo de Natal é
um convite a não deixar-se envolver
Rezamos juntos pelas palavras humanas, mas a deter-se
Hoje a nossa oração pode ser de louvor como a dos anjos: “Glória a Deus e a contemplar o mistério da Palavra feita
nas alturas...“. Cada um dirige os seus louvores a Deus com as suas próprias carne, do Filho de Deus, deitado numa
palavras. manjedoira. Com este objec tivo
retomamos hoje o final da passagem do
Podemos terminar com um cântico de Natal que todos saibamos. nasc imento de Jesus segundo o
evangelista S. Lucas que iniciámos na
vigília de Natal.

Escutamos a Palavra de Deus Lc 2, 15-21

“
Quando os anjos se afastaram deles em direcção ao Céu, os pastores
disseram uns aos outros: «Vamos a Belém ver o que aconteceu e que o
Senhor nos deu a conhecer.» Foram apressadamente e encontraram Maria,
José e o menino deitado na manjedoura. Depois de terem visto, começaram
a divulgar o que lhes tinham dito a respeito daquele menino. Todos os
que ouviram se admiravam do que lhes diziam os pastores. Quanto a
Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração. E os
pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham
visto e ouvido, conforme lhes fora anunciado.”Quando se completaram
os oito dias, para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus
indicado pelo anjo antes de ter sido concebido no seio materno.

Neste primeiro dia do ano completamos a leitura do tríptico que o

evangelista Lucas faz sobre o nascimento de Jesus e que iniciamos na
vigila de Natal. Recordamos que é um relato contado em três cenas: o

11 12
nascimento de Jesus em Belém (Lc 2, 1-7); a mensagem do anjo (Lc 2, 8-
14) e a reacção dos pastores (Lc 2, 15-21).
Lucas não só recorda que o nascimento de Jesus foi um acontecimento
histórico, mas também quer transmitir à sua comunidade uma mensagem
de fé sobre o alcance e o significado deste acontecimento.
Fixemo-nos nos protagonistas que são os pastores, Maria, e, sobretudo,
Jesus. Prestemos atenção aos pastores. Com que verbos se descreve o que
fazem? Observai que todos expressam uma acção: dizem uns aos outros,
foram depressa, encontraram, contaram…
Com estes verbos que denotam movimento, o evangelista está a constatar
algo de muito importante: a fé é um caminho. O que se está a descrever
nesta passagem é um processo de encontro com Jesus. Lucas pretende
que os destinatários do evangelho se identifiquem com os pastores. Desta
forma propõe aos cristãos da sua comunidade uns passos concretos para
que cheguem à descoberta de Jesus depois de terem escutado o anúncio
da Boa Nova.
Quais são esses passos propostos pelo autor do evangelho?
- A procura, o encontro unido à experiência pessoal e testemunho. Deste
testemunho, brota a admiração dos que escutam e assim a fé começa a
propagar-se. Os pastores vão a toda a pressa a Belém, a ver o que se tinha
passado, e encontram o menino. De uma fé simples e aberta que não põe
dificuldades para crer na mensagem transmitida, passam a uma fé
profunda, que se baseia no encontro com Jesus. Além disso, a experiência
dos pastores é missionária. Comunicam o sucedido e vai-se estendendo a
reacção de surpresa e de admiração face ao sucedido.
- Junto à fé comunicativa dos pastores, o evangelista apresenta a Maria.
Em poucas palavras se expressa a sua profunda vivência do que sucede
com o nascimento de Jesus (Lc 12, 19).
Observai-o vós mesmos: como reage face a estes acontecimentos tão
surpreendentes? Que atitude de Maria ressalta o evangelista?
Maria guarda as suas experiências, volta-se para o seu interior para
compreender o profundo significado do que está a viver e do que lhe
contam os pastores. A sua atitude face aos acontecimentos e a sua
13
meditação interior correspondem à sua personalidade de crente e de
escrava do Senhor.
Mais adiante, neste mesmo capítulo de Lucas, quando Jesus fica em
Jerusalém discutindo com os mestres da Lei e seus pais têm que regressar
para o buscar, repete-se esta reacção de Maria com palavras semelhantes
(cf. Lc 2, 51)
Como não podia deixar de ser, tanto os pastores como Maria orientam a
sua acção e a sua interioridade para Jesus, o menino deitado na manjedoira.
O v.21 fala da sua circuncisão e da imposição do nome “aos oito dias”.
Deste modo começa a inserir-se na cultura e religião judaicas.
É que a chegada do Messias à nossa história não foi algo desligado da
realidade humana. Pela circuncisão entra a formar parte da comunidade
de fé israelita. O nome que recebe não foi escolhido à sorte, mas expressa
a sua missão e foi-lhe imposto, segundo o relato da anunciação, pelo
próprio Deus (Lc 1, 31). Recordai que Jesus significa “Iavé salva”. Este será
o desígnio que Deus tem para o filho de Maria.
- Aproximemo-nos, pois, neste primeiro dia do ano, de Jesus, o filho de
Maria e José, o Filho de Deus deitado na manjedoira. Os pastores e Maria
são propostos no evangelho como modelos de uma fé dinâmica, que toma
raiz no mais profundo do coração humano. Eles inspiram-nos a maneira
de nos encontrarmos e de acolhê-lo, porque Ele é o salvador do mundo e
só com ele a nossa terra tem paz.
Revisão de vida
● O evangelho de hoje apresenta a atitude missionária dos pastores e a
da profunda reflexão de Maria.
● Que atitudes nos sugerem? Como são modelos concretos para a nossa
vida de fé?
● Todo o Natal é um hino à esperança. Jesus, cujo nome significa “Iavé
salva”, é a essência e a razão de todo o nosso esperar.
● No teu entender que esperanças concretas traz Jesus aos homens e
mulheres do nosso tempo?
14
- No dia de hoje, 1 de Janeiro, a esperança orienta-se para a paz. O cântico
que escutam os pastores “paz aos homens que gozam do amor de Deus” EPIFANIA DO SENHOR
move-nos a sonhar com um mundo de fraternidade universal:

No teu entender que podemos fazer para tornar realidade este sonho?
CRISTÃO DE NATAL, VIVE COMO UMA ESTRELA !

Rezamos juntos
Ambientação
Do silêncio na contemplação do mistério passamos, como estes pastores,
a cantar a glória de Deus, a louvar o seu nome. O que nos disserem cumpriu- Jesus nasce em Belém durante o reinado
se verdadeiramente e continua a actualizar-se nos nossos dias com a de Herodes. Estes são o tempo e o lugar
encarnação quotidiana de Deus na nossa história. eleitos para que Deus irrompa na história
Pode ajudar-nos a fazer a nossa oração, o estarmos diante do presépio, da humanidade. E fá-lo com tal força que
em que estão representados Maria, José, o menino e os pastores. ninguém fica indiferente. Uns, desde o
oriente, busc am-no para adorá-lo
Podemos concluir cantando juntos, o Gloria a Deus nas alturas… seguindo uma estrela; outros, mais
próximos, estremecem face à notícia do
nascimento. É uma antecipação do que
serão a vida e o ministério de Jesus.

Escutamos a Palavra de Deus Mt 2, 1-12

“
Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes,
chegaram a Jerusalém uns magos vindos do Oriente. E perguntaram: «Onde
está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente
e viemos adorá-lo.» Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes perturbou-se e toda
a Jerusalém com ele. E, reunindo todos os sumos-sacerdotes e escribas do
povo, perguntou-lhes onde devia nascer o Messias. Eles responderam: «Em
Belém da Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta:

“E tu, Belém, terra de Judá,

de modo nenhum és a menor entre
as principais cidades da Judeia;
porque de ti vai sair o Príncipe
que há-de apascentar o meu povo de Israel.”

15 16
Então Herodes mandou chamar secretamente os magos e pediu-lhes
informações exactas sobre a data em que a estrela lhes tinha aparecido. E,
enviando-os a Belém, disse-lhes: «Ide e informai-vos cuidadosamente acerca
do menino; e, depois de o encontrardes, vinde comunicar-mo para eu ir
também prestar-lhe homenagem.» Depois de ter ouvido o rei, os magos
puseram-se a caminho. E a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante
deles, até que, chegando ao lugar onde estava o menino, parou. Ao ver a
estrela, sentiram imensa alegria; e, entrando na casa, viram o menino
com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-no; e, abrindo os cofres,
ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonhos para
não voltarem junto de Herodes, regressaram ao seu país por outro
caminho.”
Esta passagem do evangelho situa o nascimento de Jesus em Belém de
Judá. Mateus insiste nisso por duas razões. Por um lado, Belém era a pátria
do rei David e os que aí nasciam participam da honra de tão ilustre
antepassado. Mas, além disso, o Messias esperado pelos Judeus devia
nascer nesta mesma cidade. Fixai-vos como o autor do evangelho se
encarrega de recordá-lo citando a passagem de Miqueias 5, 1.
Há no texto outros elementos que reforçam a apresentação que o
evangelista faz da figura de Jesus. As pessoas acreditavam que o
nascimento de uma pessoa importante era acompanhado da aparição de
uma nova estrela e além disso, o Antigo Testamento anuncia que reis de
povos distantes viriam adorar o Messias. Onde vedes reflectidos estes dados
da passagem de hoje?
Lendo com atenção o relato, descobre-se outro aspecto que Mateus quer
ressaltar porque antecipa algo importante na vida de Jesus. Face à vinda
do Messias só há duas atitudes possíveis: o acolhimento ou a rejeição.
Cada uma destas atitudes é situada na passagem evangélica de hoje num
cenário distinto e protagonizado por vários personagens. Fixemo-nos
primeiro no acolhimento. Que cidades e que personagens o representam?
Fixai-vos nas palavras e nos gestos com os quais se expressa o dito
acolhimento.
Belém, no relato de Mateus, é o lugar onde Jesus se apresenta como o
Messias enviado a Israel. As atitudes dos que se aproximam até ali são de
17
acolhimento e de adoração. Exemplos de silêncio reverente são José e
Maria. Também os sábios do Oriente, uns pagãos, que se aproximaram a
adorarem o rei dos judeus. Guiados por uma estrela, encontram o menino
e prostram-se diante dele oferecendo-lhe ouro, incenso e mirra, presentes
que recordavam a profecias de Isaías sobre os estrangeiros que viriam
com obséquios para Deus (Is 49, 23; 60, 5).
Mas Belém não é o único cenário do relato. Que cidade e que personagens
representam a rejeição de Jesus? Observai as palavras e os gestos que
expressam a rejeição.
A aceitação e a rejeição têm algo a ver com a vida de Jesus? Qual é a
mensagem que transmite o texto?
Revisão de vida
● “Uns sábios do oriente apresentaram-se em Jerusalém”: Em que medida
te identificas com esses sábios que buscam a Deus? De que maneira são
modelos para a nossa fé?
● “Vimos a sua estrela”: Que estrelas indicam a presença de Deus nos
nossos ambientes? Somos capazes de descobri-las?
● “A estrela parou onde estava o menino”: Que compromisso concreto
poderíamos assumir para nos tornarmos em estrelas de outros?
● A adoração dos Magos expressa a forma em que a salvação salta as
fronteiras do Judaísmo e chega a todos os homens e mulheres da terra.
Ninguém fica de fora da grande família humana redimida por Jesus Cristo:
Num mundo cheio de conflitos entre povos, nações…, de que maneira
esta passagem inspira a nossa esperança cristã?
Rezamos juntos
A atitude dos magos adorando, prostrados, o menino Jesus move-nos a
prostrar-nos também nós e adorar o Senhor que vem salvar-nos.
Coloquemos nas suas mãos, a jeito de oferenda, a nossa meditação, os
nossos compromissos.
Podemos terminar cantando um cântico de Reis.
18

BAPTISMO DO SENHOR
CRISTÃO DE NATAL, VIVE O TEU BAPTISMO!
Ambientação
Depois dos relatos da infância (Mt 1-2),
Mateus continua a apresentar a figura de
Jesus e a desvelar-nos a sua identidade. O
evangelho que lemos hoje, mostra Jesus
como Filho de Deus antes do início da sua
missão.
Escutamos a Palavra de Deus Mt 3, 13-17
“Então, veio Jesus da Galileia ao Jordão ter com João, para ser baptizado
por ele. João opunha-se, dizendo: «Eu é que tenho necessidade de ser
baptizado por ti, e Tu vens a mim?» Jesus, porém, respondeu-lhe: «Deixa
por agora. Convém que cumpramos assim toda a justiça.» João, então,
concordou. Uma vez baptizado, Jesus saiu da água e eis que se rasgaram
os céus, e viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e vir sobre Ele.
E uma voz vinda do Céu dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual
pus todo o meu agrado.»
Todo este episódio do baptismo de Jesus, o diálogo com João e a
manifestação de Deus acontece junto ao rio Jordão, de profundo
simbolismo na tradição bíblica. O evangelista Mateus, o escriba que “tira
do seu tesouro coisas novas e velhas”, oferece-nos um relato carregado
de ressonâncias bíblicas para dizer-nos algo novo sobre Jesus.
Que relações bíblicas recordas entre o êxodo e o rio Jordão?
O baptismo no Jordão recorda a passagem do Mar Vermelho, mostrando
19
assim que Jesus, como verdadeiro filho de Abraão, realiza um novo Êxodo.
Além disso, evoca a última dificuldade para que o povo eleito seja
introduzido por Josué na terra prometida: a passagem do rio Jordão para
entrar na terra que mana leite e mel. Mas os pontos de contacto não se
ficam por aí: Jesus e Josué partilham a mesma raiz e etimologia nos seus
nomes: “salvador”. Por último, a voz do céu acrescenta algo que se intuía
e que no AT se diz do Messias esperado, descendente de David: Jesus é o
Filho amado de Deus.
O episódio do baptismo de Jesus aparece em todos os evangelhos
sinópticos, mas cada um deles lhe dá um toque pessoal. Mateus é quem
apresenta João Baptista e a sua relação com Jesus com características
mais cristãs. O Baptista é o novo Elias que anuncia e inaugura a chegada
do Reino dos céus e a aparição do Messias. Na passagem que lemos hoje,
podemos descobrir duas partes bem distintas: o diálogo entre João e Jesus
(3, 13-15) e a manifestação deste como Filho de Deus (3, 16-17).
O diálogo entre João e Jesus (3, 13-15), que não se encontra em nenhum
outro evangelho, entende-se muito melhor se recordarmos as palavras
que o Baptista dirigia aos fariseus e saduceus: Eu baptizo-vos com água
para que vos convertais, mas o que vem depois de mim é mais forte que
eu, e eu não sou digno de desatar-lhe as sandálias. Ele vos baptizará com
o Espírito Santo e fogo. (Mt 3, 11). João descobriu em Jesus, o Senhor que
traz consigo o Reino dos Céus que ele anuncia. Por isso diz que ele é quem
necessita de ser baptizado. Mas Jesus esclarece-o que é necessário levar a
cabo o baptismo de João para que se cumpra o plano salvador de Deus, a
que ambos hão-de obedecer.
Em Mt 3,16-17 assistimos a uma teofania ou manifestação de Deus: abrem-
se os céus e o Espírito de Deus baixa sobre Jesus. Trata-se do mesmo
Espírito que actuou no seu nascimento (Mt 1, 18-25) e que o acompanhará
em todos os momentos da sua vida. Na continuação a voz do céu confirma
a identidade de Jesus que vinha sendo sugerida desde o início do
evangelho: Jesus é o Filho de Deus.
A voz do céu não só diz “este é meu Filho”, mas afirma: “Este é o meu filho,
em quem me comprazo”. Esta é a experiência principal que marcará toda
a vida de Jesus: Ele sempre, em todas as circunstâncias, se sentirá amado
incondicionalmente por Deus. É precisamente esta experiência básica a
que impulsionará a abandonar-se nas mãos do Pai e a cumprir a sua
vontade.
20
Revisão de vida
SALMOS
● Jesus, novo Josué e definitivo salvador, abre um novo êxodo para a
humanidade e leva ao cumprimento as promessas de Deus para todos.
Ele introduziu-nos numa terra de promessa. Meditemos à luz do baptismo
de Jesus sobre a nossa condição de filhos amados do Pai. Que importância
tem na tua experiência de fé a tua relação filial com o Pai? Integrastes na
tua fé a condição de filho amado de modo incondicional por Deus?
Salmo 72 (71)
●Em que momentos da tua vida sentistes que Deus te fala e aclara a tua Ó Deus, concede ao rei a tua rectidão
missão? Partilha alguma experiência a este respeito. e a tua justiça ao filho do rei,
para que julgue o teu povo com justiça
● Que significa para ti estar baptizado? e os teus pobres com equidade.
Que os montes tragam a paz ao povo,
● Como ilumina a tua esperança sentir o amor de Deus e a força do seu
e as colinas a justiça.
Espírito?
Que o rei proteja os humildes do povo
ajude os necessitados e esmague os opressores!
Rezamos juntos
Terminamos o nosso encontro orando com gratidão, porque nos sentimos Que ele possa contemplar-te como o Sol
amados por Deus como só Ele sabe fazer. Queremos reviver neste momento e como a Lua, de geração em geração.
o nosso baptismo para renová-lo, para voltar a passar pelo coração a Que o rei seja como achuva sobre os campos,
experiência única de ser filhos predilectos do Pai. como os aguaceiros que regam a terra.
Em seus dias florescerá a justiça
Em torno da pia baptismal renovamos as promessas baptismais e e uma grande paz até ao fim dos tempos.
persignamo-nos com água benta. Dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da terra.
Terminamos recitando a oração de Carlos de Foucauld: Diante dele se curvarão os inimigos
Pai, coloco-me nas tuas mãos, e os seus adversários hão-de prostrar-se por terra.
Faz de mim o que quiseres;
seja o que for, dou-te graças. Os reis de Társis e das ilhas oferecerão tributos:
Estou disposto a tudo, aceito tudo, os reis de Sabá e de Seba trarão suas ofertas.
Desde que a tua vontade se cumpra em mim Todos os resi se prostrarão diante dele;
E em todas as tuas criaturas. todas as nações o servirão.
Não desejo nada mais, ó Pai. Ele socorrerá o pobre que o invoca
Confio-te a minha alma, e o indigente que não tem quem o ajude.
Dou-ta com todo o amor de que sou capaz, porque te amo. Terácompaixão do humilde e do pobre
E necessito dar-me, pôr-me em tuas mãos sem medida, e salvará a vida dos oprimidos.
Com uma infinita confiança, Há-de livrá-los da opressão e da violência,
Porque Tu és meu Pai. porque o seu sangue é precioso a seus olhos.

21 22
Enquanto viver, ser-lhe-á dado ouro de Sabá!
Poe ele hão-de rezar sempre
e todos os dias será abençoado.
Haverá nos campos fartura de trigo,
ondulando pelo cimo dos montes;
tudo se cobrirá de frutos, como o Líbano;
as cidades florescerão como a erva dos prados.
O seu nome permanecerá pelos séculos
e durará enquanto o Sol brilhar;
todos nele se sentirão abençoados;
todos os povos o hão-de bendizer!
Bendito seja o SENHOR, Deus de Israel,
oúnico que realiza maravilhas.
Bendito seja para sempre o seu nome glorioso
e a terra inteira se encha da sua glória!
Amén! Amén!
Salmo 146 (145)
Louva, ó minha alma, o Senhor!
Hei-de louvar o Senhor enquanto viver;
enquanto esxistir hei-de cantar hinos ao meu Deus.
Nãoponhai a vossa confiança nos poderosos,
nem nos homens,pois eles não podem salvar.
Mal deixam de respirar, regressam ao pó da terra;
nesse mesmo dia acabam os seus projectos.
Feliz de quem tem por auxílio o Deus de Jacob,
de quem põe a sua esperança no SENHOR, seu Deus.
Ele criou os céus, a terra e o mar
e tudo o que neles existe.
Ele é eternamente fiel à sua palavra;
salva os oprimidos, dá pão aos que têm fome;
o SENHOR liberta os prisioneiros.
23
O SENHOR dá vista aos cegos,
o SENHOR levanta os abatidos;
o SENHOR ama o homem justo.
O SENHOR protege os que vivem em terra estranha
e ampara o órfão e a viúva,
mas entrava o caminho aos pecadores.
O SENHOR reinará eternamente!
O teu Deus, ó Sião, reinará por todas as gerações.
Salmo 24(23)
Ao SENHOR pertence a terra e o que nela existe,
o mundo inteiro e os que nele habitam;
pois ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre os abismos.
Quem poderá subir à montanha do SENHOR
e apresentar-se no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração limpo,
o que não ergue o espírito para as coisas vãs,
nem jura pelo que é falso.
Este há-de receber a bênção do SENHOR
e a recompensa de Deus, seu salvador.
Esta é a geração dos que o procuram,
dos que buscam a face do Deus de Jacob.
Ó portas, levantai os vossos umbrais!
Alteai-vos, pórticos eternos,
que vai entrar o rei glorioso.
Quemé esse rei glorioso?
É o SENHOR, poderoso herói,
O SENHOR, herói na batalha.
24