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DIOCESE DE NOVA IGUAÇU

I Mutirão de Comunicação
Oficina: Comunicação na Liturgia
29 de maio de 2011

1. INTRODUÇÃO

1.1. A Liturgia é Comunicação


Puebla: “A liturgia, que é em si mesma comunicação [...]” (n. 1068)
A liturgia é a arte de festejar juntos, arte do encontro com a Trindade em comunidade
pascal de irmãos, arte do uso intenso da linguagem simbólica. Nela se realiza a mais nobre das
empatias: com a Trindade (ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo); com a memória pascal de Cristo;
com a assembléia, toda ela celebrante; com a palavra e com os sinais; com o cosmo e com a
história da salvação realizada em Cristo e entregue a seus seguidores até que Ele volte.
A empatia realiza-se, na liturgia, de certo modo, até mesmo com a Igreja do céu, pois a
celebração da Terra antecipa a liturgia da Jerusalém celeste.

1.2. Desafios da Liturgia como Comunicação


1- A Igreja não se tem preocupado explicitamente com a liturgia como comunicação
humana. Assim, não se importa muito se seus ministros são ou não capazes de se comunicar com o
povo tanto na evangelização como na celebração. Mostra-se muito mais interessada nos meios de
comunicação do que na comunicação humana.

2- O despreparo dos presidentes de celebração quanto ao modo de falar, de usar o corpo,


de manusear os símbolos e em relação à própria natureza teológica da liturgia; espera-se deles que
tenham a capacidade de criar, de usar linguagem humana, atual e acessível, para se aproximarem
das pessoas. Muitos presidentes de celebração continuam sendo formados para repetir e não para
celebrar.

3- As equipes de celebração mal (in) formadas e preparadas, que depende em parte do


empenho dos bispos e padres, mas, também, em muito da consciência ministerial que compete aos
leigos e leigas, pela força do seu sacerdócio batismal.

4- A mediação dos símbolos, cuja linguagem é a essência da comunicação litúrgica. O


desconhecimento da importância histórica dos símbolos, a inconsciência de sua eficácia, bem
como o descuido em seu uso levam a comunidade a estar ausente mesmo presente na celebração. A
tarefa de valorizar os símbolos sugeridos na celebração também desafiam a linguagem simbólica.

5- A linguagem humana e festiva, bem como a procura de linguagem nova. Uma


linguagem simplesmente humana sempre se aproxima da linguagem evangélica, tornando-se
festivamente expressiva e litúrgica quando vivida na arte de celebrar com seus detalhes próprios de
festa.

2. ELEMENTOS COMUNICATIVOS DA LITURGIA


Destacamos quatro elementos constitutivos da comunicação litúrgica.

2.1. A Comunicação do Espaço Litúrgico


Todas as civilizações humanas construíram espaços sagrados para o encontro do povo
com seus deuses, suas divindades. Mesmo algumas culturas que cultivavam e cultivam a presença
de Deus no espaço aberto da natureza, edificam seus templos, constroem seu espaço reservado
para o encontro reservado com a divindade.
A concepção do lugar visível é condição sem a qual dificilmente se pode falar em
“comunicação eficaz da liturgia”.
Quando na vida cotidiana se pensa em fazer uma festa, uma das preocupações, senão a
primeira, não é decidir onde será? E quem vai preparar o lugar?
 Um local limitado limita a expressão da festa.
 Um local inacessível afasta os convidados da festa.
 Um espaço feio impede a alegria da festa.
 Um “lugar sem lugar” para as pessoas acaba com a festa.
A igreja (capela, templo) é o lugar da comunidade para escutar a Palavra de Deus, rezar
unida, receber os sacramentos, enfim, o lugar da festa da comunidade que se reconhece
Povo de Deus. É um lugar sagrado e que comunica o sagrado.
Por isso, o cuidado com:
 o altar: mesa do sacrifício, da refeição e do convite pascal – Cristo. Deve ser fixo,
visível, pois é o centro para onde convergem todas as ações litúrgicas;
 o ambão: mesa da Palavra; lugar da comunicação audível de Deus. Seja digno,
também visível de modo que se volte a atenção dos fiéis e, assim como o altar, seja de
modo conveniente fixo;
 a cadeira presidencial: Cristo cabeça preside a comunidade na pessoa do ministro;
 o batistério: lugar do nascimento dos novos menbros;
 o Tabernáculo;
 a sacristia;
 a credencia;
 o átrio: lugar da comunidade – seja aconchegante, todos se reconheçam um corpo e
sintam-se valorizados. Preserve-se a limpeza e a beleza;
 a ornamentação do espaço;
 a utilização de cartazes;
 a harmonia – as cores litúrgicas, toalhas...;
 a sonorização;
 o mural de avisos;
 os elementos materiais: cruz, velas, círio pascal, âmbulas, galhetas, aspersório etc.

2.2. A Comunicação da e pela Palavra


É Deus quem fala! A atitude de escuta e boa proclamação, dicção, postura, etc, são
fundamentais para a boa comunicação. Os folhetos litúrgicos deves ser de uso restrito da equipe
que prepara a celebração, daí uma boa preparação dos leitores, animadores, presidentes etc.
* Assembleia: atitude de escuta e acolhida da Palavra. É importante o silêncio, o canto
responsorial etc.
* Leitores, animadores, músicos, cantores: uma boa preparação que requer estar em
sintonia com a equipe de celebração, conhecer o que será celebrado, saber utilizar os instrumentos
de comunicação (microfone, livros, o lugar da proclamação e/ou animação, ajuste antecipado de
som e instrumentos etc).
* o papel fundamental de quem Preside.
* Avisos finais: convocação e anúncio.

2.3. A Comunicação Corporal


Nosso corpo fala:
- o caminhar (procissões);
- o sentar-se;
- aclamar;
- ajoelhar-se;
- ficar de pé;
- erguer as mãos;
- juntar as mãos;
- o inclinar-se;
- a dança (porque não?);
- o silenciar;
- dar as mãos;
- elevar os olhos;
- o beijo;
- o sopro;
- a genuflexão;
- a prostração;
- impor as mãos.

2.4. A Comunicação Simbólica


Os símbolos falam? Certamente que não em termos de comunicar-se entre si, assim como
o fazemos. Mas, como diria Cartola: “as rosas não falam, elas simplesmente exalam” e seu
perfume nos toca transmitindo sensações, provocando lembranças e sentimentos, nesse sentido as
rosas falam, pois transmitem um conteúdo jamais intelectual, mas afetivo e emocional – se torna
um símbolo. Assim, este comunica uma outra realidade, como no sentido original do grego (syn +
bállo) liga, une uma realidade à outra – a mesma realidade em outro modo de ser. Uma festa, por
exemplo, o símbolo que abarca a festa é o bolo. Então, o símbolo contém, oculta e revela ao
mesmo tempo o mistério, ele é a linguagem do mistério.
Na linguagem do símbolo compete ao ser humano somente escutar, acolher, perceber e
interpretar o que eles querem falar, revelar, criando o mínimo de condições e dando o mínimo de
abertura para isso.
E na sua função de ligar uma realidade à outra, revelar o mistério fazendo o humano
mergulhar neste, o símbolo é inexplicável, mas tão somente experimentado, segundo as condições
que cada um dispõe, pois, senão, perderá seu sentido.
Assim, temos na liturgia:
 água;
 fogo;
 incenso;
 pão;
 vinho;
 óleo;
 luz;
 treva.

Indicações Bibliográficas:
Comunicação na Liturgia
Nereu Castro Teixeira
Paulinas

Comunicação e Liturgia na comunidade e na mídia


Helena Corazza
Paulinas

Os fundamentos da Sagrada Liturgia


Frei Alberto Beckhäuser, OFM
Vozes

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