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O TEATRO ÉPICO:
PORQUÊ?
A OBRA:
PERSONAGENS:
1. Os do Poder:
. Marechal Beresford
. Principal Sousa
2. O Povo:
. O Antigo Soldado
. Vicente
3. Os Delatores:
. Morais Sarmento
. Andrade Corvo
. Vicente
As individuais:
Nota: Vicente é a única personagem que evolui na obra: começa como membro
do povo e acaba no grupo dos delatores, elevado a chefe da polícia.
Manuel:
. É lúcido e consciente.
. Único
Vicente:
. É contra o general
. Traidor, calculista
. Ambicioso, materialista
. Subtil, inteligente
. Egoísta
D. Miguel Forjaz:
. Antiprogressista/ retrógrado
. Conservador
. Autoritário
. Medroso
Marechal Beresford:
. Mercenário
. Lúcido e consciente
. Pragmático
Principal Sousa:
. Hipócrita
. Antiprogressista
. Cínico
Frei Diogo:
. Conforta Matilde
Matilde de Melo:
. Está desesperada
. Digna
. Culta, vivida
. Inteligente
. uma mulher forte, destemida, que acusa os males do seu povo e denuncia
a corrupção e a falta de índole, a tirania.
AS DIDASCÁLIAS:
Didascália ou rubrica são indicações cênicas para indicar como determinada ação, como determinada cena, como
determinado espaço ou como determinada fala devem ser feitos em uma peça de teatro.
Veja o exemplo a seguir retirado da peça Auto da compadecida, de Ariano Suassuna (1927-2014):
Chicó, depois de estender-lhe o punho fechado:
Padre João!
Como podemos perceber, o trecho depois de estender-lhe o punho fechado é uma indicação cênica sobre como
determinada ação deve ser feita pelo ator.
Por exemplo, a peça Felizmente Há Luar!, de Luís de Sttau Monteiro, é rica de marcações: movimentos, posições,
cenários, gestos e tons de voz (capazes de traduzir sarcasmo, ironia, escárnio, indiferença, galhofa, adulação,
desprezo, irritação ou tristeza, esperança, medo, desânimo), vestuário, sons (o som dos tambores, o silêncio, a voz
que fala antes de entrar no palco, um sino que toca a rebate, o murmúrio de vozes, o toque de uma campainha, o
murmúrio da multidão) e efeitos de luz (o contraste entre escuridão e luz; os dois atos terminam em sombra, de acordo,
aliás, com o desenlace trágico).
Luz/Sombra:
. A falta de luz no cenário (escuridão total) mostra o clima da época – o
regime opressor, a ignorância do povo, a obscuridade.
SÍMBOLOS:
A Moeda:
A Fogueira:
. Profecia de mudança
. Renascimento, advento
A Saia Verde:
- Em vida:
. Esperança
- Após a Morte:
. A alegria do reencontro
- Se ele partilhava os mesmos ideais que o General, deveria ter dado a cara e
lutado com ele
O Título:
- Por D. Miguel:
- Por Matilde:
. O luar permite que mais gente veja a fogueira, mais gente vença o
medo, mais gente se revolte e se una para mudar.
Matilde oscila entre dois pólos: num é uma mulher frágil e comovida que luta
exclusivamente pelo marido inocente, vítima dos interesses mais altos do reino;
noutro é a mulher forte e destemida que grita as condições do povo, a podridão
das relações da igreja, a falta de índole da nobreza e a ignorância do povo. No
entanto, em ambos os casos é uma lutadora, ávida por justiça, que acorda o
público/sociedade para a lástima de pessoas que governavam em Portugal. As
crises são cíclicas. Foi no século XIX, foi no século XX e foi em muitas outras
ocasiões anteriores porque o Homem é assim: não aprende.