Sei sulla pagina 1di 2

Pacha Mama

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Pacha Mama ou Pachamama (do quíchua Pacha, "universo",
"mundo", "tempo", "lugar", e Mama, "mãe",[1] "Mãe Terra") é a
deidade máxima dos povos indígenas dos Andes centrais.

Vários autores consideram Pachamama como uma divindade


relacionada com a terra, a fertilidade, a uma mãe, o feminino. [2]

Pacha Mama é uma deusa que produz, que engendra. Segundo a


tradição, sua morada está no Cerro Blanco (Nevado de Cachi), em
cujo cume há um lago que rodeia uma ilha habitada por um touro de
chifres dourados e salivantes que, ao mugir, expele nuvens de
tormenta pela boca.[3]

Segundo o historiador boliviano Rigoberto Paredes (1870–1950), a Pachamama na cosmologia dos


Incas, Juan de Santa Cruz
princípio, o mito de Pacha Mama devia referir-se ao tempo, "talvez
Pachacuti Yamqui Salcamayhua
vinculado de alguma forma à terra; ao tempo que cura as maiores (1613).
dores, tal como extingue as alegrias mais intensas; ao tempo que
distribui as estações, fecunda a terra, sua companheira; dá e absorve
a vida dos seres no universo. Pacha significa originariamente "tempo", na língua kolla; só com o transcurso
dos anos - as adulterações da língua e o predomínio de outras raças - pôde confundir-se com a terra e fazer
com que a esta e não àquele se rendesse preferente culto [...] Pacha-Mama, segundo o conceito que tem
entre os índios, poderia ser traduzido no sentido de terra grande, diretora e sustentadora da vida"[4] A terra,
como geradora da vida, será então assumida como um símbolo de fecundidade.[3][5]

Segundo a tradição uma grávida após parida deve dar ao tio que mais deu atenção e falou, no mínimo 10
garrafas de vinhos como oferta e gratidão.

Celebração
1º de agosto é o dia da Pacha Mama. Nesse dia, enterra-se, em um lugar próximo da casa, uma panela de
barro com comida cozida. Também se põe coca, yicta, álcool, vinho, cigarros e chicha para alimentar Pacha
Mama. Nesse mesmo dia deve-se por cordões de fio branco e preto, confeccionados com lã de lhama,
enrolando-os à esquerda. Esses cordões se atam nos tornozelos, nos pulsos e no pescoço. [5]

Pachamama como sujeito de direito


O novo constitucionalismo latino-americano reconhece Pachamama como um novo sujeito de direito, com
base no princípio do sumak kawsay ou Buen Vivir ou Vivir Bien, o qual se contrapõe aos ideais de
desenvolvimento econômico.[6] Pachamama é referida no preâmbulo das constituições do Equador[7] e da
Bolívia.[8] Nesta última, também são citados os conceitos de suma qamaña (viver bem), ñandereko (vida
harmoniosa), teko kavi (vida boa), ivi maraei (terra sem mal) e qhapaj ñan (caminho ou vida nobre) como
princípios ético-morais da sociedade. O buen vivir ou sumak kawsay também aparece na Constituição
equatoriana.[9][10]

Referências
1. Segundo Paredes, os termos mamatay e raamay, com os quais se designa, respectivamente,
em língua aimará e língua quíchua, a mãe, teriam sido introduzidos após a conquista
espanhola, possivelmente por missionários, e seriam provenientes do castelhano "mamá".
Matay era o nome dado pelos índios à mãe ou senhora principal, embora o termo tayca fosse
mais utilizado até o século XX.
2. Diccionario de mitos y leyendas. "La Pachamama" (http://www.cuco.com.ar/pachamama.htm)
3. Pueblos originarios - Dioses y personajes míticos. "Pacha Mama" (http://pueblosoriginarios.co
m/sur/andina/inca/pachamama.html)
4. PAREDES, Manuel Rigoberto Mitos, supersticiones y supervivencias populares de Bolivia (htt
p://ia600304.us.archive.org/3/items/mitossupersticio00pareuoft/mitossupersticio00pareuoft.pdf).
Prólogo do Dr. Belisario Díaz Romero. La Paz: Arno Hermanos — Libreros Editores, 1920, pp
38 a 42.
5. Culto a la Pachamama (http://www.monografias.com/trabajos82/culto-pachamama/culto-pacha
mama.shtml#ixzz2HXBOAwoi), por José Díaz.
6. O Bem Viver na constituição do Equador (http://www.servicioskoinonia.org/agenda/archivo/port
ugues/obra.php?ncodigo=373)
7. (em castelhano) Constitución de la República del Ecuador (http://www.asambleanacional.gov.e
c/documentos/constitucion_de_bolsillo.pdf) Arquivado em (https://web.archive.org/web/201301
19223355/http://www.asambleanacional.gov.ec/documentos/constitucion_de_bolsillo.pdf) 19
de janeiro de 2013, no Wayback Machine.
8. (em castelhano) Constitución Política del Estado Plurinacional de Bolivia (http://www.harmony
withnatureun.org/content/documents/159Bolivia%20Consitucion.pdf)
9. (em castelhano) Discursos “pachamamistas” versus políticas desarrollistas: el debate sobre el
sumak kawsay en los Andes (http://revistas.flacsoandes.edu.ec/iconos/article/view/1209/1106).
Por Andreu Viola Recasens. Íconos. Revista de Ciencias Sociales. Nº 48, Quito, janeiro de
2014, pp. 55-72. Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales - Sede Académica de
Ecuador. ISSN: 1390-1249
10. O Sumak Kawsay (Buen Vivir) e o novo constitucionalismo latino-americano: uma proposta
para concretização dos direitos socioambientais? (http://www2.pucpr.br/reol/index.php/universi
tas?dd99=pdf&dd1=7481). Anais do Universitas e Direito 2012. PUCPR.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pacha_Mama&oldid=56438161"

Esta página foi editada pela última vez às 16h52min de 10 de outubro de 2019.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de
utilização.

Potrebbero piacerti anche