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Importância da genética no curso de psicologia


A Genética é uma disciplina científica que estuda os mecanismos genéticos e
neurobiológicos envolvidos em diversos comportamentos animais e humanos.
Podemos caracterizá-la como uma área de intersecção entre as ciências de
comportamento. Embora as pessoas tenham se interessado pela herança
biológica desde a pré-história, os conhecimentos de Genética só se
desenvolveram realmente no século XX, a partir da redescoberta das regras
básicas da hereditariedade propostas originalmente em 1865 pelo monge e
cientista austríaco Gregor Mendel (1822-1884).

De acordo com alguns historiadores, Mendel foi um cientista adiante de seu


tempo, pois suas conclusões sobre a herança biológica só foram plenamente
compreendidas e reconhecidas pela comunidade científica 35 anos depois de
publicadas. Seu trabalho com ervilhas, como veremos adiante, é considerado
um marco na história da Ciência.

A engenharia genética fornece as ferramentas necessárias ao estudo do


comportamento associado à psicologia. Isto permite que, progressivamente,
possamos avançar na identificação de genes capazes de modular certos
comportamentos e de entender como estes genes interagem com o ambiente na
formação de traços normais e patológicos da personalidade humana, por isso a
genética transmite as características de um indivíduo pra o outro. Então,
comportamentos também podem ser passados pela genética.

Sendo assim, hoje em dia já se sabe que existem muitos caracteres


comportamentais de origem genética, como transtorno bipolar, em que a pessoa
apresenta oscilações de melancolia e euforia ao longo do dia, e a própria
depressão.

Isso tem auxiliado os psicólogos por meio de subsídios psicológicos para


colaborar com os seus pacientes a terem uma melhor qualidade de vida através
do uso de medicamentos, pois em alguns casos, não tem como evitar o seu uso,
por isso a genética concede ferramentas para a psicologia entender alguns
comportamentos que são provenientes dos genes facilitando assim os estudos
feitos. Também se sabe de várias doenças genéticas sendo necessária a
prevenção (aconselhamento genético) e tratamento de doenças.

Outro ramo de aplicação é a Genética Forense, que trata da utilização dos


conhecimentos e das técnicas de genética e de biologia molecular no auxílio à
justiça. É também conhecida como DNA Forense. Apesar do ramo mais
desenvolvido da Genética Forense ser a Identificação Humana pelo DNA e sua
aplicação mais popular ser o Teste de Paternidade, esta também pode ser
aplicada na identificação ou individualização criminal.

Existe uma interação cada vez maior ao nível mundial, inclusive nos países
desenvolvidos já existem revistas científicas específicas para publicações que
envolvam psicologia e genética, como por exemplo a Behaviour Genetics, que
pode ser consultada no
site http://www2.pucpr.br/reol/pb/index.php/pa?dd1=129&dd99=view&dd98=pb
(Links para um site externo.). Também existem sites internacionais dedicados a
este assunto e muitas associações internacionais.
Para uma maior compreensão da Genética, abaixo alguns conceitos básicos
fundamentais que você deverá ter em mente:

Genes
Segmentos do cromossomo responsáveis pela determinação de características
hereditárias.
Cada característica é determinada por, pelo menos, um par de genes.

Genes alelos
Par de genes situados em dois cromossomos homólogos, em um mesmo local,
ou lócus.

Cromossomo
Estrutura que carrega os genes, localizada no núcleo da célula. O ser humano
possui 46 cromossomos, sendo 23 de origem materna e 23 de origem paterna.

Cromossomos homólogos
Dois cromossomos correspondentes, um vindo da mãe e outro do pai.
- Heterozigoto ou híbrido
Quando o caráter considerado é determinado por dois alelos diferentes.
Exemplo: Vv.

Homozigoto ou Puro
Quando o caráter considerado é determinado por dois alelos iguais. Exemplo:
AA; aa.

Gene alelo dominante


Alelo que determina um caráter específico, mesmo estando em dose simples no
par de alelos. É representado por uma letra maiúscula: Aa; Pp; AA; PP.
Gene alelo recessivo
Alelo que determina um caráter específico somente quando aparece em dose
dupla. É representado por uma letra minúscula: Aa; Pp; aa; pp.

DNA
Ácido desoxirribonucleico; molécula que, associada a proteínas, forma os
cromossomos. É responsável pelas características do ser vivo e pela
transmissão destas de geração para geração.

Genótipo
A constituição hereditária de um indivíduo forma o genótipo ou fórmula genética,
representada pelos símbolos dos genes que estão sendo considerados.
Exemplo: AA; Aa; aa.

Fenótipo
Caráter exibido pelo indivíduo, como resultado da integração do genótipo com o
meio ambiente; características observáveis de um ser vivo, sejam elas físicas,
bioquímicas ou comportamentais; expressão exterior do genótipo. Exemplo:
olhos castanhos; olhos azuis.
Quando se fala da cor dos olhos de uma pessoa, por exemplo, está se referindo
ao fenótipo. Por outro lado, quando se alude à constituição genética desse
indivíduo para ter olhos castanhos ou azuis, está se falando do genótipo. Desse
modo, pode-se fazer a seguinte relação:
Genótipo Fenótipo
AA; Aa Olhos castanhos
Aa Olhos azuis
Embora seu trabalho tivesse sido ignorado durante sua vida, Mendel,
trabalhando com simples pés de ervilha, conseguiu chegar à descoberta de leis
de hereditariedade que revolucionariam e traçariam o conhecimento em
Genética.
O método usado por Mendel foi o da hibridização de plantas, consistindo em
cruzar linhagens ou variedades diferentes de ervilhas e analisar os resultados
obtidos. Escolheu para o estudo a ervilha de jardim Pisum sativum, porque era
fácil de cultivar, tinha ciclo de vida curto, a polinização da planta podia ser
controlada e apresentava sete características bem definidas: cor da flor (violeta
ou branca), cor da semente (amarela ou verde), textura da semente (lisa ou
rugosa), cor da vagem (amarela ou verde), forma da vagem (inflada ou com
constrições), disposição das flores e vagens (axial ou terminal) e comprimento
do caule (padrão ou anão).

Por sete anos, de 1856 a 1863, Mendel cruzou e produziu híbridos de plantas
com características distintas – plantas altas com plantas anãs, ervilhas amarelas
com ervilhas verdes e assim por diante. Ele observou, com surpresa, que tais
características não diluídas nem resultam meio-termo, como se imaginava na
época, mas se mantêm distintas: os descendentes híbridos de uma planta alta e
de uma anã eram sempre alto, não de tamanho médio. Ervilhas amarelas
cruzadas com ervilhas verdes produzem ervilhas amarelas, em vez de ervilhas
verde-amareladas.

Mendel logo deduziu a lógica por trás desse fenômeno. As plantas, como os
mamíferos, têm dois “pais” e cada aparentemente contribui como características
(amarela ou verde, alta ou anã) para as gerações subsequentes. Portanto,
embora a característica de cor verde possa desaparecer na segunda geração,
ela vai reaparecer em alguns indivíduos da terceira; dessa maneira, a segunda
geração (híbridos de sementes amarelas) deve ainda conter “instruções” para
produzir sementes verdes. De fato, tais instruções devem vir em pares, um par
de cada pai, e um elemento do par é passado para cada descendente da terceira
geração.

Mendel chamou isso de “lei da segregação”: Características herdadas são


passadas igualmente por cada um dos pais e, em vez de se misturarem, elas se
mantêm separadas. Isto é, cada uma das características é condicionada por um
par de instruções (ou fatores), com as instruções dominantes determinando a
aparência da prole – e as instruções recessivas aparecem somente quando
ambos os fatores em um par são recessivos.
Ilustração da lei da segregação

(Fonte: http://biozonee.blogspot.com.br/2011/10/as-leis-de-mendel.html (Links


para um site externo.))

Mendel selecionou plantas puras de ervilhas que, se sofressem autofecundação,


formariam apenas sementes lisas. Com base nesse critério, selecionou também
plantas puras da variedade com sementes rugosas. Ele cruzou essas plantas e
verificou que todas as sementes formadas a partir desse cruzamento eram lisas;
a variedade rugosa não aparecia. Essas sementes representam a geração F1
de Mendel.
Em seguida, Mendel plantou cada uma das sementes que compõem a geração
F1. Delas nasceram plantas em que Mendel deixou que a autofecundação
ocorresse naturalmente. As sementes formadas dessa autofecundação
representam a geração F2. Mendel constatou que nessa geração 75% das
sementes eram lisas e 25% eram rugosas, o que dá uma proporção de 3
sementes lisas para 1 rugosa (3:1)
Esquema simplificado de um dos experimentos de Mendel
Essas proporções retiram-se para os outros seis caracteres analisados. Em
todos os casos, as proporções obtidas em F2 não diferiram significativamente da
proporção 3:1. Mendel concluiu, então, que seus resultados não eram casuais,
pois sempre se repetiam.

Além disso, a partir de seus experimentos, Mendel observou que na geração F1


apenas uma das variedades da geração parental se manifestava. Já na geração
F2 as duas variedades da geração parental se manifestavam, mas a variedade
que não ocorria em F1 reaparecia com menor frequência em F2.

Mendel denominou variedade dominante aquela que se manifestava na geração


F1 e variedade recessiva aquela que se mantinha “escondida” em F1, só
reaparecendo na geração F2.
Sete caracteres analisados por Mendel
Fonte: LOPES, S. et al. Bio: volume 2 – 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 55 –
Adaptado)

Para explicar esses resultados Mendel propôs que cada caráter é determinado
por um par de fatores e que em cada variedade pura da geração parental esses
fatores são iguais.
Associando letras para representar os fatores, podemos utilizar as letras RR para
representar os fatores da variedade lisa e rr para a variedade rugosa. Na
formação dos gametas esses fatores se separam e vai para cada gameta apenas
um fator de cada par:

 A variedade RR produz gametas que contêm apenas um fator R


 A variedade rr produz gametas com apenas um fator r.

A união entre gametas dá origem à geração F1, que, portanto será híbrida
(híbrida = misturada por cruzamento), possuindo um fator R e outro r (Rr).
Apesar de os dois fatores estarem presentes na geração F1, só um deles se
manifesta e é o fator considerado dominante. Assim, na herança da textura da
semente o fator R é dominante em relação ao fator r. As plantas Rr produzem
dois tipos de gametas, já que no processo de formação destes os pares de
fatores se separam, indo um fator para cada gameta. Assim, formam-se gametas
R e gametas r em proporções iguais. Na autofecundação de F1 esses gametas
unem-se ao acaso, podendo formar quatro tipos de combinações, como
esquematizado abaixo:
Esquema de um dos experimentos de Mendel, com o quadro de Punnet para
representar a geração F2

(Fonte: LOPES, S. et al. Bio: volume 2 – 1 ed. São Paulo: Saraiva,


2010. p. 55 – Adaptado)
Esse raciocínio teórico explica os resultados dos demais experimentos com os
outros seis caracteres, revelando que os resultados seguem um padrão.
Considerações Finais
Podemos, concluir que a Genética exerce papel de grande importância na vida
dos indivíduos, pois ela é responsável pelas características físicas e até mesmo
psicológicas que apresentamos e que passaremos aos nossos descendentes.
Na próxima aula, iremos abordar a Segunda Lei de Mendel.

Referências
BORGES-OSÓRIO, M. R.; ROBINSON, W. M. Genética humana. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1993.

LIMA, C.P. Genética humana. São Paulo: 3 ed, Harbra, 1996. LOPES, S. et al. Bio:
volume 2 – 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

THOMPSON, M. W. Genética Médica. 5ªed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro,


1991.

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