EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DO XVIII JUIZADO ESPECIAL CIVEL DA

COMARCA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – FORUM REGIONAL DE
CAMPO GRANDE.

PROCESSO N.º 0005002-20.2017.8.19.0205

MARILENE DINIZ DA CONCEIÇÃO, já devidamente

qualificada nos autos da AÇÃO INDENIZATÓRIA que move em face de BANCO
SANTANDER S/A., vem por sua advogada “in fine” assinado, apresentar suas alegações
finais.

A Ré impugna o pedido de gratuidade de justiça da Autora alegando

que está devidamente sendo patrocinada por advogada particular. A lei é clara e pacífica
quanto ao patrocínio de advogado particular e pedida de gratuidade de justiça. Já que
nossos Tribunais não impede que seja deferido a gratuidade de justiça para quem está sendo
acompanhada por defensor particular.

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"A lei é a condição fundamental da existência de todas as sociedades."

Rui Barbosa
0347690-22.2015.8.19.0001 - APELAÇÃO

Des(a). MARCELO LIMA BUHATEM - Julgamento: 14/02/2017 - VIGÉSIMA

SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
PROCESSO CIVIL - APELAÇÃO CÍVEL - INCIDENTE DE IMPUGNAÇÃO
À GRATUIDADE DE JUSTIÇA - REJEIÇÃO PELO JUÍZO A QUO,
MANTENDO O BENEFÍCIO INICIALMENTE DEFERIDO - DECLARAÇÃO
DE POBREZA QUE, POR GOZAR DE PRESUNÇÃO RELATIVA DE
VERACIDADE, PODE SER AFASTADA DIANTE DE EVIDÊNCIAS QUE
INDIQUEM EVIDENTES SINAIS EXTERIORES DE RIQUEZA DO
BENEFICIÁRIO - CONSTITUIÇÃO DE ADVOGADO PARTICULAR EM
OUTROS FEITOS QUE, EM REGRA NÃO DESAUTORIZA O
RECONHECIMENTO DO DIREITO À GRATUIDADE DE JUSTIÇA,
CONFORME O DISPOSTO NA SÚMULA 40 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
RIO DE JANEIRO CONSTATAÇÃO, CONTUDO, NO SENTIDO DE QUE OS
HONORÁRIOS ALI CONVENCIONADOS, EM VALORES MAGNÍFICOS E
VULTUOSOS, AFASTAM A PRESUNÇAÃO QUE DECORRE DA ENCIMADA
DECLARAÇÃO - SENTENÇA QUE SE REFORMA. PROVIMENTO AO
RECURSO.

Logo, é a Autora está devidamente enquadrada nas condições

previstas no nosso ordenamento jurídico para pleitear o pedido de gratuidade de justiça.
Mesmo por que a Autora juntou o extrato de sua conta corrente bancária que demonstra
toda a evolução de suas condições financeiras.

Quanto ao fato constitutivo do direito da Autora previsto no artigo

373 inciso I do CPC a Autora cumpriu com sua obrigação e anexou todas as provas devidas
que estava de posse e demonstrou que houve saque indevido e que providenciou junto a Ré
a devolução deste saque.

Mais não fez pois não havia condições de comprovar quem fez tal
saque, e sendo assim requereu a inversão do ônus da prova previsto no artigo 6º inciso VIII
do CDC.

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Rui Barbosa
 Quanto ao dano moral está devidamente configurado “in re ipsa”
previsto o artigo 42 do CDC, súmula 479 do STJ, e inexistência de excludentes prevista no
artigo 14 § 3º do CDC.

Ademais não assiste razão a Ré quando afirma que a causa é de maior

complexidade e que necessita que o processo seja analisado mais aprofundadamente por
uma perícia técnica.

Não existindo necessidade de perícia técnica mesmo por que a

instituição bancária Ré comprovou a fraude e depois de idas e vindas na agência bancária a
Autora conseguiu o estorno da quantia sacada indevidamente, e assim a Ré deixou claro e
evidente que houve a fraude, pois se não houvesse não teria estornado a quantia para a sua
conta corrente do INSS. Fato incontroverso!

Quanto as demais alegações afirmadas pela Ré em sua peça de

bloqueio a Autora se reporta a sua petição inicial.

Diante do exposto, requer a Autora que a presente ação seja julgada

procedente conforme as fundamentações expostas na exordial.

Termos em que,

Pede deferimento.

Rio de Janeiro, 06 de abril de 2017.

GLÓRIA REGINA DE CARVALHO FERREIRA

OAB/RJ: 87.984

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Cartão de débito da Previdência Social (INSS)

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