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Resumo: O artigo apresenta uma análise das condições do trabalho artesanal na reestruturação do mercado
laboral globalizado desde os países de América Latina, principalmente em Brasil, México e Colômbia. A falta de
uma semelhança na definição do artesanal tem sua explicação na forma como desde cada país ou nação institui-
se pela condição do mercado laboral e a relação capital-trabalho, tendo em conta que o trabalho artesanal
encontra-se em uma zona de vulnerabilidade. As condições da produção do artesanal apresenta uma dinâmica
articulada às mudanças económicas mundiais o que termina afetando a quantidade de artesãos e produtos
artesanais e as formas de representação e institucionalização da atividade em cada país. Estuda-se a relação que
existe entre o mercado laboral, tipos de ocupações e distribuição dos setores da produção, e a qualidade e
quantidade do artesanato que tem cada país, é dizer sua forma de produção e sua representação. Como hipótese
se tem que a reestruturação do trabalho no neoliberalismo permite uma integração do trabalho artesanal diante a
flexibilização e precarização das condições laborais, junto à concentração e centralidade das técnicas num
processo de territorialização, o que permite compreender os esforços desde o Estado pelo desenvolvimento do
empreendedorismo e a proteção ao patrimônio cultural como resposta às demandas da situação do mercado
mundial. Considera-se que uma continua fragmentação da classe trabalhadora na demarcação de identidades e o
crescimento da competição termina por gerar uma subordinação ao capital, e restringe as possibilidades de
transformação social dos trabalhadores.
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Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Aplicadas; Docente pesquisador Fundación
Universitária Juan de Castellanos, bolsista CAPES.
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Introdução
A problemática sobre o artesanal nas mudanças económicas e políticas tem longa tradição na
literatura académica, não obstante a dificuldade em compreender o objeto difere em um
aspecto de interpretação do trabalho como forma transhistórica e como forma histórica
(SILVA, 2008, p. 70). Como forma transhistórica podem reconhecer-se análises que abarcam
as problemáticas socioculturais, onde se concebe o artesanal como uma atividade derivada de
tradições, memorias e habilidades próprias de um grupo num território local (GARCÍA, 1981;
MEIER, 1982; NOVELO, 1993; MONCTEZUMA, 2002; QUIÑONES, 2003; CORREA,
2008). Esses estudos reconhecem o artesanal como condição de mediação primaria entre o
homem e a natureza, o que pode considerar-se como uma categoria transhistórica que acolhe
as capacidades de transformação diante técnicas e ferramentas simples numa produção de
trocas comunais e de utilidade privada. Embora a definição como primeira mediação seja
universal, pode levar a confundir o conceito de trabalho e de atividade artesanal em aspetos
gerais da produção humana, derivados da compreensão disciplinar antropológica (MEJIA,
2004). Os escopos da teoria concentram-se na tradição e memoria do conhecimento do local e
o uso metodológico dos discursos e narrações dos sujeitos, com a interpretação hermenêutica
dos objetos no contexto de seu saber-fazer.
Como uma atividade histórica, pode conceber-se o trabalho artesanal como parte de uma
condição económica e política moderna, produto das transformações sociais na construção
dos estados. Concebe-se com isso a diferencia entre o trabalho industrial e o trabalho
artesanal, pela técnica e as formas de organização. Embora o aspecto de sociabilidade na
indústria permita a condição de assalariamento e a consciência de classe (CASTEL, 1998),
também devem reconhecer-se as mudanças das condições de sociabilidade laboral no século
XX, permitindo que a mobilidade social concentre formas de identificação e reconhecimento
institucional do trabalho artesanal como questão pública na divisão internacional do trabalho.
Desde esta concepção histórica, o documento apresenta uma análise da estrutura do trabalho
artesanal diante estudo comparado na América Latina nos últimos anos, com a finalidade de
compreender como as condições económicas e políticas da reestruturação do trabalho afetam
o setor artesanal nos países de Brasil, Colômbia e México.
Após os anos oitenta, com a apertura económica diante mobilidade do capital e crescimento
do capital financeiro, afronta-se mudanças na constituição do setor, com um crescimento da
população em condição de vulnerabilidade e diminuição do trabalho industrial e o
crescimento do setor serviços e comercio. Nesse sentido existe um processo de reestruturação
do trabalho sobre condições comerciais e produtivas diferentes numa nova divisão
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internacional (MÉSZÁROS, 2002). Existe então, uma contradição dos polos centro periferia
que faz parte da colonialidade e do capital como manifestações ideológicas e económicas que
constituem o processo histórico do artesanal, o que requer de uma interpretação atual que
considere as problemáticas de sua produção e reprodução numa visão contra-hegemônica.
Primeiro, reconhecendo a crítica ás identidades e subjetividades de subordinação da
colonialidade do poder (QUIJANO, 2005), e segundo integrando a problemática de classes
como trabalho e suas limitações e mudanças frente ao capital e o Estado. Assim, se propõe o
trabalho artesanal como conceito para estudo social histórico e estrutural.
A globalização apresenta-se como uma nova forma de acumulação e expansão do capital após
os anos oitenta, com o crescimento do capital financeiro diante a mudança ou transformação
organizacional das corporações capitalistas industriais, o que permite maior fluxo de bens e
serviços num padrão financeiro comum impulsado por instituições internacionais em
interação com os Estados, (ALVES, 1999, p. 73). Assim se produzem mudanças espaciais,
com o deslocamento geográfico do capital o que permite uma acumulação flexível que
mobiliza a contradição do capital no tempo-espaço gerando novos processos de acesso-
exclusão da população. Mudanças organizacionais com novas formas de controle das relações
de produção (pós-fordistas) graças a mudanças tecnológicas que subordinam o tempo e a
subjetividade do trabalhador, com precarização da atividade laboral, e que permitem manter o
desemprego estrutural, e dizer uma nova divisão hierárquica do trabalho (ANTUNES, 2005).
Mudanças dentro dos setores ou atividades económicas, permitindo a transformação dos
produtos e serviços na competência entre um mesmo setor ou, em procura do aumento do
lucro, deslocam-se a novos setores ou linhas de produção com menor competição no mercado.
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Com o objetivo de analisar as condições do trabalho artesanal na reestruturação do mercado
laboral globalizado desde os países de América Latina, aprofundando em suas ações políticas
frente à territorialidade e flexibilidade laboral, toma-se como amostra os países de Brasil,
México e Colômbia. A razão da escolha é a diversidade de produtos no mercado interno, sua
importância na exportação de produtos artesanais em referencia a América Latina, e sua
estratégia de proteção política no mercado dos produtos artesanais. Embora os países
apresentem diferenças significativas em relação a indicadores socioeconómicos no nível de
industrialização e caraterísticas políticas regionais, o estudo limita-se à seleção em função da
atividade artesanal, reconhecendo que podem significar aspetos gerais ao continente devido a
sua historia comum e sua posição económica no mundo. A continuação expõe-se a
metodologia em relação com o objetivo.
Metodologia
Logo se analisa as concepções legais e legítimas do artesanal para reconhecer sua situação
dentro da reestruturação do trabalho e as condições que definem sua posição na divisão do
trabalho de forma cultural e produtiva. Os dados das legislações, jornais e trabalhos
académicos permitem identificar concepções do discurso do artesanal e sua aplicação na
estrutura económica e política de cada país, utilizam-se as definições de artesãos, artesanato e
unidade de produção como dados principais de pesquisa e comparação. Por último, analisa-se
a forma de territorialização diante crítica ao patrimônio do artesanato no mercado global, o
que permite medir os alcances e respostas institucionais pra a promoção do trabalho artesanal
em cada país. Os dados de indicações geográficas, jornais e informação de instituições se
usam para a reflexão.
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Estrutura ocupacional e flexibilização laboral
Existe uma proporção maior da atividade de serviços e comercio (aprox. 62%) frente à
indústria e a agricultura, nesse sentido a população que trabalha concentra-se em labores de
maior flexibilidade e mudança organizacional. Tem diferencias significativas nas formas de
desemprego, com um número maior na Colômbia, embora as mulheres apresentem um maior
número nos três países. Outro indicador importante é que a categoria ocupacional de
assalariados ainda é a maior nos países de estudo, embora tenha uma variação importante na
redução do número no período de tempo, ao contrario do aumento dos trabalhadores por conta
própria, um caso especial é Colômbia com 41,7%. México apresenta um resultado de maior
número assalariados e de empregadores que se relacionam com atividades de serviços em
maior número.
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Tabela 1. Indicadores Socioeconómicos de Brasil, Colômbia e México, 1999 - 2015.
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Os dados sobre o trabalho artesanal não tem uma frequência similar aos dados
socioeconómicos nos países de estudo, são dispersos e limitam-se aos indicadores da força de
trabalho na manufatura. Embora seja limitada uma referencia desde dados macroestruturais,
permite observar a proporção do trabalho artesanal numa posição ainda menor, pois a
atividade económica de manufatura é relativamente menor, o que não se considera como um
lugar central na produtividade dos países, perdendo relevância nas formas de organização e o
poder de barganha e resistência que tinha nas décadas passadas. A fragmentação da classe
trabalhadora permite que não exista uma continuidade das sociabilidades laborais e aumenta a
competição como padrão de relacionamento dentro e fora dos setores económicos,
condicionando a permanência no mercado desde sua situação de maior recurso (capital) e
posição (status) valorados económica e simbolicamente.
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Estrutura política e institucional do artesanal
Deve lembrar-se que os esforços pelo reconhecimento da atividade empezaram décadas atrás
(PEREIRA, 1956), não obstante a luta pelo reconhecimento e definição se estabelece após os
anos setenta, para Brasil se encontra o Programa Nacional de Desenvolvimento do Artesanato
(PNDA) dependente do Ministério do Trabalho, diante Decreto-lei 80098 de 1977 que é
derrogado em 1991 pelo Programa de Artesanato Brasileiro (PAB), diante decreto de 21 de
março. Em México, embora alguns estados tenham leis sobre artesanato desde 1970 como
Michoacan, em 1988 se cria a “ley federal para el fomento de la microindustria y la actividad
artesanal”, regulamentando a atividade no país. Em Colômbia diante lei 36 de 1984
regulamenta-se a profissão de artesão e se cria a Junta Nacional de Artesanía. Embora as
implicações de sua constituição e o contexto das problemáticas da definição excedem os
escopos do artigo, é notável que as condições de produção tenham semelhanças significativas
na limitação das definições.
No Quadro 1 pode observar-se uma organização das definições sobre trabalho artesanal dos
países de Brasil, México e Colômbia segundo as regulamentações atuais. Deve reconhecer-se
que as mudanças na prática são relevantes e constituem a luta pela representação dos agentes
no mercado, o que torna este processo como transitório e atravessado pela tentativa de
reformas, especialmente no presente século, embora aqueles esforços ainda não possuam
controle suficiente do poder político estatal. Os conceitos de artesão, artesanato e da unidade
de produção ou organização laboral são significativos para entender os limites da atividade e
suas diferenças e semelhanças.
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Quadro 1. Conceitos de artesão, artesanato e unidade de produção artesanal na legislação de Brasil,
Colômbia e México.
Brasil Colômbia México
É o trabalhador que de forma Se considera artesano a la Se entenderá por Artesanos, a
individual exerce um ofício persona que ejerce una actividad aquellas personas cuyas habilidades
manual, transformando a matéria- profesional creativa en torno a naturales o dominio técnico de un
prima bruta ou manufaturada em un oficio concreto en un nivel oficio, con capacidades innatas o
produto acabado. Tem o domínio preponderantemente manual y conocimientos prácticos o teóricos,
técnico sobre materiais, conforma a sus conocimientos y elaboran bienes u objetos de
ferramentas e processos de habilidades técnicas y artísticas, artesanía.
Artesão
integral de uma ou mais técnicas, en algunos casos por maquinarias en artículos nuevos, donde la
aliando criatividade, habilidade e simples obteniendo un resultado creatividad personal y la mano de
valor cultural (possui valor final individualizado, determinadoobra constituyen factores
simbólico e identidade cultural), por los patrones culturales, el predominantes que les imprimen
podendo no processo de sua medio ambiente y su desarrollo características culturales,
atividade ocorrer o auxílio limitado histórico. folklóricas o utilitarias, originarias
de máquinas, ferramentas, artefatos de una región determinada,
e utensílios. mediante la aplicación de técnicas,
herramientas o procedimientos
transmitidos generacionalmente
Núcleos de artesãos é um Empresa asociativa artesanal es Empresas microindustriales, a las
agrupamento de artesãos, com aquella forma de organización unidades económicas que, a través
Unid. de Produção
poucos integrantes, organizado entorno a la producción que divide de la organización del trabajo y
formalmente ou não, com objetivo el trabajo entre sus miembros de bienes materiales o incorpóreos de
comum de desenvolver e aprimorar manera especializada y equitativa. que se sirvan, se dediquen a la
temas pertinentes ao artesanato. Se caracteriza por la propiedad transformación de bienes, ocupen
São atividades do núcleo, entre colectiva sobre los medios de directamente hasta quince (15)
outras: o manejo, a produção, a producción. Estará conformada por trabajadores y cuyas ventas anuales
divulgação, a comercialização e o un número de diez (10) artesanos. estimadas o reales no excedan de
ensino. (...) los montos que determine la
Secretaría (…)
Fonte: Programa de Artesanato Brasileiro PAB - 2012, Decreto 258 de 1987 Colômbia, Ley federal para
el fomento de la microindustria y la actividad artesanal 1988, México.
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Pode observar-se que frente ao conceito de artesão as caraterísticas são ainda concentradas na
capacidade de fazer bens e serviços manualmente, tem relevância sua individualidade ou
autonomia na produção e sua dedicação o reconhecimento pelo oficio. Além da questão
técnica de produção, num cenário de fragmentação laboral e de diminuição do trabalho
industrial fabril, o uso das capacidades e forças de produção pode permitir uma adesão à
atividade artesanal tanto à população vulnerável com baixas oportunidades de integração
como assalariados nos empregos de grandes e medias empresas, como a designers e outros
agentes profissionais nas artes (QUIÑONES e BARRERA, 2006; AVELINO, 2007), ou que
se permitem competir individualmente com recursos económicos e técnicos. A integração
oferece um status de trabalhador, que embora não seja assalariado, vive do trabalho e constitui
uma identificação de profissão num espaço social. Embora o processo de identificação e
cadastramento como controle da produção para a proteção dos produtores no mercado seja
feito por entidades estatais ainda de forma lenta, no mercado o uso simbólico e sua
representação é ainda flexível e constitui uma forma de emprego transitório ou paralelo.
Assim, por disposição de classe, pode encontrar-se que o aumento do trabalho artesanal não
seja dado desde populações com baixa renda e escolaridade, ao contrario, integra-se
população escolarizada e com recursos familiares ou herdados que permitem uma
diversificação da renda familiar nas classes medias. Como resultado se intensifica a
competência na divisão do trabalho dentro da atividade ou setor e torna-se de importância à
identificação de ser-artesão, ocorre o mesmo com o artesanato. Com o artesanato o “valor
cultural” é de relevância pra identificar que objeto é ou não é artesanato. O confronto entre as
manualidades ou trabalhos manuais, a obra de arte e o artesanato passa não só pela condição
de produção, também pelo reconhecimento de sua identificação a um território, o símbolo que
torna o artesanal como patrimônio material e imaterial (MARTÍNEZ, 2014). O problema
principal é que no processo de reestruturação do trabalho na globalização os limites da
classificação na prática são difíceis de definir, pois foi produto da industrialização dos países
e é parte das políticas institucionais com caráter ideológico subjetivo (VENTURA, 2015).
Atualmente, as mobilidades das mercadorias no capital impõem uma necessidade de proteção
que termina por gerar exclusões políticas desde a construção de definições essencialistas do
artesanal em cada país, produzindo por um lado uma especialização de indicadores
institucionais, e uma exclusão de atividades relacionadas em função da competência no
mercado, sem reconhecer de base as mudanças socioeconómicas que intensificam a
competição.
Este processo de demarcação de fronteiras (SILVER, 2005, p. 38) que ocorre na segmentação
de mercados pelo capital, de restrição da cidadania pelo estado, e de construção de
identidades de classe exclusivas pelos próprios trabalhadores, neste caso pela intensificação
de símbolos de status, conforma um espaço de luta fragmentado e de competência que
reproduz a exclusão económica e política. Isto também faz parte dos processos de organização
laboral, pois além das figuras de associação, cooperativas, sindicatos e federações que podem
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ser legalmente permitidos na lei de cada país pelo código do trabalho, a base da problemática
é a constituição da base formal da atividade econômica na forma de microempresa como pode
observar-se na legislação sobre as unidades de produção em cada país. Embora existam
processos de associação económica de resistência à lógica do capital como a economia
solidaria, é notável que a organização microempresarial seja a mais frequente no setor formal,
o que dificulta os processos de associação nacional e internacional da atividade artesanal
pelos trabalhadores, sem considerar a impossibilidade de organização laboral desde a
informalidade. Não obstante, no caso de Brasil exista um processo de organização com maior
estabilidade na Confederação Nacional dos Artesãos (CNARTS) desde a década dos noventa,
e ultimamente na Colômbia com a Federação Nacional de Artesãos (Fenartec), é notável que
seu poder na formulação de políticas públicas seja menor pela fragilidade da atividade no
mercado nacional e a fragmentação laboral pela competência dentro do setor seja entre os
mesmos artesãos ou outros agentes como os desenhistas artesanais.
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intensificação de resultados na especialização do setor. Embora a promoção do trabalho
artesanal diante políticas públicas também se encontre no financiamento microempresarial
pelo crédito a microempresas, este aspecto é geral e faz parte da promoção na geração do
emprego nas economias latino-americanas.
Dentro de esse tipo de limitações e semelhanças que reproduz o setor artesanal, encontrando
na situação de uma institucionalização dos países uma forma de diferenciação e classificação
no mercado, é notável que os próprios produtos se assemelhem, como pode reconhecer-se na
Imagem 1, onde se expõem produtos dos três países de estudo. Artesanatos cerâmicos de
Zacapoaxtla de México, Caaporã de Brasil e Ráquira de Colômbia, que não tem influencia
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direta na produção e desenho entre eles, adquirem a condição de produtos de luxo e
lembrança no mercado para um consumo local e de exportação, pois como lembra o consultor
do Sebrae-SP, “Explorar a identidade cultural da localidade onde as peças são produzidas,
aumenta sua competitividade” (OLIVETTE, 2012), e é essa a razão que governa e torna
homogêneo o inteires econômico na atividade. De forma microestrutural é uma resposta a
integrar objetos de uso doméstico, neste caso, feitos com materiais cerâmicos – não
industriais, representando padrões comuns das possibilidades socioambientais que tem as
pessoas num território e a construção estética e utilitária. Logicamente, as caraterísticas do
material, a forma de produção e os recursos simbólicos como “valor cultural agregado” são
particulares aos produtores o que não pode esquecer-se é que o trabalho artesanal nas
condições da reestruturação do trabalho na globalização permite uma homogeneidade da
resposta dos grupos populacionais à integração ao mercado. Sua finalidade é produto da
limitação do próprio setor, a definição e classificação que representa como distinção no
mercado frente a outros trabalhos é o que permite sua tendência à homogeneidade e repetição.
Considerações finais
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REFERÊNCIAS
Legislação
Bases de dados
Referencias bibliográficas
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