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O que é?
Simplificando
É natural o ser humano esforçar-se para ter uma vida melhor (pessoal, profissional,
familiar, financeira). Perder ou ignorar esse ímpeto é o mesmo que estar morto. Mas
nossa ideia de benefício não se limita ao lucro visível aos olhos. Se o budismo
rejeitasse completamente esse “lucro” não passaria de mera doutrina abstrata,
separada da vida real. Consequentemente se tornaria uma religião enfraquecida,
incapaz de oferecer um caminho seguro para as pessoas melhorarem concretamente a
vida.
Purificação e transformação
Nesse contexto, de que maneira o budismo se posiciona entre a questão do lucro, que
é algo individual de cada pessoa, e a questão de ser abrangente no sentido de
capacitar qualquer pessoa a conquistar os seus desejos. A resposta é claramente
revelada no Budismo Nitiren.
O verdadeiro benefício para o budismo é a purificação e a mudança no âmago da
vida.
A questão não é se por meio do Daimoku se consegue conquistar algo material ou não.
Mas se essa pessoa consegue ou não produzir grande valor interno (como coragem,
alegria, satisfação etc) enquanto busca esse objetivo. Se essa busca gera valor, isso é
benefício. Se gera sofrimento, é negativo. Na série “Sabedoria do Sutra de Lótus”,
consta: “Alguns interpretam ‘benefício’ de forma errada, considerando-o como uma
indicação da preocupação com os bens materiais e, com base nisso, menosprezam o
budismo, tratando-o como uma religião inferior. Mas a doutrina budista do benefício é
um ensino que tem a ver essencialmente com a purificação e a transformação da
própria vida.” (Brasil Seikyo, edição no 1.525, 25 de setembro de 1999, pág. 4.)
Cada indivíduo possui uma lista de “desejos mundanos” a ser realizada que
ultrapassaria uma folha (alguns encheriam até um caderno). Por meio da prática
budista esses desejos se tornarão realidade? Se a prática dessa pessoa conseguir
eliminar o sofrimento de não ter tais coisas e ainda assim gerar uma imensa satisfação
pelo simples fato de estar vivo e lutando por essas questões, então, será a causa de
conquistas em todos os níveis.
Essa ideia está expressa na frase do presidente Ikeda: ”A questão principal é: uma
ação positiva possui um benefício inerente. O benefício não é absolutamente algo que
vem de fora. Ele surge de dentro de nossa própria vida; manifesta-se por nossas
ações. O benefício jorra como água de uma fonte. É isso o que significa benefício.”
(Ibidem.)
Mas aí pode surgir um impasse: como tornar o “eu” uma fortaleza capaz de não se
abalar diante dos problemas a tal ponto que a própria circunstância (não importa
qual) seja motivo de felicidade? Simples: recitando o Nam-myoho-rengue-kyo e
realizando o Chakubuku: as duas práticas básicas dos membros da Soka Gakkai.
Realizar essas ações (orar e propagar) com a “mesma mente que Nitiren” significa
agir em exato acordo com o Buda e, então, conseguir os mesmos efeitos de um buda.
Dedicação ao Kossen-rufu
Uma vez mais, o presidente Ikeda atesta essa ideia: “Nesse sentido, ser capaz de
recitar Daimoku, propagar o ensino de Daishonin e trabalhar pelo Kossen-rufu — isso
em si é o maior dos benefícios. O Gosho diz: ‘Não há felicidade maior para os seres
humanos que recitar o Nam-myoho-rengue-kyo.’ (END, vol. 3, pág. 199.) Isso indica
claramente que uma vida dedicada ao Kossen-rufu é a mais nobre. (Ibidem.)
Se a prática do budismo gera essa “felicidade maior”, todas as outras questões ficam
enquadradas nesse poder gigantesco da Lei Mística. Aí, transforma-se a preocupação
com as questões cotidianas na convicação e satisfação de que todas as questões
diárias originam-se e estão conectadas ao interior do ser humano.
Sujeito e objeto
Citando um exemplo clássico: uma determinada pessoa deseja uma casa nova para
morar com a família. Se esse desejo é a causa de uma profunda e espontânea
transformação interior por meio da prática, então, o benefício apareceu. O
importante é essa pessoa conseguir a força interna para conquistar o que deseja.
Não é errado desejar. Lamentável é querer algo achando que esse algo é a causa do
sofrimento ou da felicidade. Ter ou não ter acaba não fazendo diferença para a
felicidade no nível fundamental. Então, o melhor é assumir o que se deseja e praticar
despretensiosamente o budismo visando a criar um forte eu. Aí, naturalmente os
caminhos para a conquista efetiva estarão abertos.
O comportamento otimista
O presidente Toda definia o Gohonzon como uma grande fonte de benefícios. E ele
dizia que os benefícios surgem de acordo com a intensidade da fé no momento de
praticar diante do Gohonzon. A chave da obtenção dos benefícios está no
comportamento do praticante diante da vida. Essa atitude faz toda a diferença: “O
otimismo budista não é um ‘escapismo otimista’ de pessoas que cruzam os braços e
dizem: “De alguma maneira tudo se resolverá”. Ao contrário, significa reconhecer
claramente a maldade como maldade e o sofrimento como sofrimento, e lutar
resolutamente para superá-los. Significa acreditar na própria habilidade e força para
lutar contra qualquer maldade e qualquer obstáculo. É uma ‘luta otimista’.”
Qual a sensação?
Conclusão
A dedicação corajosa à prática budista é, de fato, a fonte de benefícios além da
própria imaginação. Como diz o Mestre: “O poder supremo do Nam-myoho-rengue-kyo
nos capacita a transformar qualquer impulso ilusório, carma negativo e sofrimento em
estado de Buda, sabedoria e benefício. Não há carma negativo que não possamos
mudar. Essa é uma extraordinária fonte de esperança. Assim, não há razão para
lamentarmos nem nos desesperarmos.” (Ibidem, edição no 2031, 17 de abril de 2010,
pág. A3.)