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A religião na sociedade moderna

01/09/2006

Lançamos esta sétima edição de Ciberteologia constatando o sucesso e a surpreendente


receptividade que nossa revista vem alcançando junto aos ciberleitores. Em um ano de serviços
prestados, já recebemos quase 70 mil visitas de cerca de 50 mil usuários, os quais consultaram as
páginas da revista em torno de 300 mil vezes. A repercussão de nosso projeto só aumenta a
responsabilidade com que o preparamos. Por isso, dando continuidade à seleção de textos
oferecida nos números anteriores — e que podem ser revisitados por nossos visitantes a qualquer
momento — procuramos dosar, desta feita, bons textos de ciências da religião com outros
nitidamente teológicos.

Este é o caso do artigo de Juan Luis Segundo, O Deus criador e o homem livre, que abre esta
edição. Extraído de uma das principais obras do autor — Que mundo, que homem, que Deus? —
já esgotada, seu principal escopo é subsidiar a inevitável reformulação do dogma cristão no
contexto da Modernidade. No trecho aqui oferecido, o leitor desfrutará de uma perspicaz reflexão
que relaciona criação divina e liberdade humana.

O sociólogo da religião Stefano Martelli foi contemplado, neste número, com três artigos. No
primeiro, A experiência religiosa: a religião do ponto de vista do mundo vital, o autor examina a
religião do ponto de vista “micro”, a saber: como uma relação interior do indivíduo com a realidade
transcendente, isto é, a partir da experiência do sagrado vivida interiormente. Sem deter-se no
aspecto psicológico e na questão ontológica (isto é, se de fato existe um correlato objetivo, Deus
ou outra Realidade transcendente para as atitudes religiosas das pessoas), Martelli destaca a
dimensão social de tal experiência, entendendo que, se pretende permanecer como ciência
empírica, a sociologia da religião deve partir de uma posição metodológica que pode ser chamada
“agnóstica”.

O segundo trabalho de Martelli aqui incluído é o texto Le Bras e a sociologia religiosa. Admitindo a
premissa de que sociologia e teologia podem estabelecer relações não-conflitivas, Martelli nos
introduz na sociologie religieuse de Gabriel Le Bras (1891-1969), a qual estabelece um nexo
orgânico entre sociologia e religião-de-Igreja. Como veremos, diferentemente da sociologia
durkheimiana, Le Bras voltou sua atenção mais para os dados históricos, religiosos, estatísticos e
jurídicos, até contemporâneos, do que para aqueles etno-antropológicos, tirados das sociedades
pré-literárias. Rompendo as vacilações dos durkheimianos, Le Bras efetuou, assim, uma
significativa reorientação da disciplina, focalizando a atenção sobre a situação da religião na
sociedade moderna.

No terceiro artigo, Georg Simmel e a religiosidade como forma pura das relações sociais, Martelli
resume o pensamento de Simmel (1858-1918), que foi contemporâneo de Durkheim e de Weber.
Mais conhecido em virtude de seus últimos escritos, de sabor filosófico, só mais recentemente tem
crescido o interesse pela sociologia de Simmel. Segundo Martelli, tal sociologia realiza um esforço
notável para ligar o plano macrossociológico ao micro, a problemática da diferenciação social e
religiosa à perspectiva da experiência religiosa do indivíduo, colhido no concreto da vida cotidiana
e das relações sociais.

Revista de Teologia e Cultura / Journal of Theology & Culture


Finalmente, e de volta à teologia, Julio Fontana brinda-nos com uma reflexão inédita em que
investiga O grande paradigma da inculturação do Evangelho nos primórdios da Igreja, o qual surgiu
quando a Igreja anunciou a fé ao universo cultural do helenismo, em termos compatíveis com sua
capacidade de compreensão, tendo sido, por sua vez, moldada por aquela cultura. Conforme
Fontana, tal processo está se iniciando, de maneira consciente, em diversas partes do mundo hoje
em dia. Mas para melhor ajuizar que passos dar hoje, convém verificar como se realizou a
inculturação do Evangelho essencialmente judaico e rural no ambiente helenista e cosmopolita. As
lições a tirar daí não são poucas, nem irrelevantes.

A seção de comunicação também traz, desta vez, outras duas reflexões instigantes. J. C. Ribeiro
leva-nos a um breve percurso crítico pelo mundo do jornalismo em Sempre alerta: condições e
contradições do trabalho jornalístico. E o teólogo e liturgista Antonio Francisco Lelo, assessor de
Paulinas Editora para as áreas de Catequese e Liturgia, oferece-nos o texto inédito Iniciação:
processo profundamente humano, itinerário de fé, caminho litúrgico, iniciação aos mistérios. O autor
destaca, a partir da fenomenologia da iniciação e da unidade existente entre os três sacramentos
de iniciação, algumas conseqüências para a pastoral da iniciação cristã.

Além dessas seções, nosso ciberleitor poderá usufruir das demais seções de Ciberteologia —
Resenhas. Continua também no ar a seção Rumo à V Conferência, que visa a tornar disponível
aos interessados alguns textos que vêm sendo produzidos como preparação para a próxima
Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, que acontecerá em 2007 em
Aparecida, São Paulo, Brasil.

Enfim, está entregue ao público a sétima edição de Ciberteologia. Esperamos permanecer fiéis a
nosso objetivo inicial de estimular a leitura e a reflexão teológicas, colocando ao alcance de cada
vez mais pessoas um pouco do acervo intelectual, teológico e pastoral de Paulinas Editora. Nossa
Equipe continua à disposição de quem queira, de alguma forma, participar do incremento da
produção e da divulgação do pensamento teológico. Pesquisadores e autores com escritos originais
afins a nosso projeto editorial podem nos enviar seus trabalhos (artigos, comunicação, resenhas),
desde que atendam nossas normas de publicação.

Uma produtiva ciberleitura a todos!

Revista de Teologia e Cultura / Journal of Theology & Culture

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