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– Identificar os recursos minerais


Os recursos no subsolo são recursos naturais, sólidos, líquidos ou gasosos, com origem
na superfície terrestre e que o Homem pode utilizar em seu proveito. Os recursos do
subsolo podem classificar-se em recursos minerais ou recursos hidratermais


• RECURSOS MINERAIS
• METÁLICOS
• Recursos minerais explorados para a obtenção de um determinado
elemento metálico que faz parte da sua constituição.
• Exemplos: ouro, prata, cobre, estanho, alumínio, ferro...
• NÃO METÁLICOS
• Recursos, também designados por minerais e rochas industriais,
constituem um grupo muito diversificado, incluíndo minerais e rochas
que são principalmente utilizadas na construção civil em processos
industriais de natureza muito diversa.
• Exemplos: sal-gema, quartzo, caulino, felspato...
• ROCHAS ORNAMENTAIS
• Rochas utilizadas na decoração dos edifícios e ruas, em
mobiliário e objetos decorativos..
• Exemplos: calcário, mármore, granito...
• ROCHAS E MINERAIS INDUSTRIAIS
• Rochas que se destinam à transformação industrial e à
construção civil e obras publicas.
• Exemplos: areias, argila, quartzo, pedra britada, caulino, margas
• ENERGÉTICOS
• Recursos minerais utilizados para a produção de energia elétrica,
calorífica ou mecânica.
• Exemplos: petróleo, carvão, gás, urânio.

2- Caracterizar as unidades geomorfológicas
Em Portugal, as características geológicas e morfológicas permitem distinguir os
recursos de subsolo, que se distribuem ao longo das três unidades geomorfológicas
que o constituem:
• Maciço Antigo
• Orlas Mesocenozoicas (ocidental e meridional)
• Bacia Sedimentar do Tejo e do Sado






















O Maciço Hespérico…
• ocupa a parte central e ocidental da península Ibérica
• é a unidade geomorfológica mais antiga;
• é também designado por Maciço Antigo.
• É atravessado pela Cordilheira Central: serras da Estrela; Açor; Lousã.
• A Cordilheira Central separa duas áreas de relevo diferente no território
de Portugal Continental:• a norte, predominam os conjuntos
montanhosos, os planaltos e os vales profundos e encaixados;
• • a sul, estende-se a vasta peneplanície alentejana, onde sobressai a
serra de São Mamede.
• É limitada, a sul, pelas serras do Caldeirão e de Monchique.

O Maciço Hespérico apresenta…
• grande diversidade geológica;
• variedade significativa de rochas muito antigas e de grande dureza.
• Área de localização de uma boa parte dos depósitos ou jazidas minerais
(áreas, geralmente subterrâneas, onde existe uma concentração de
determinado ou determinados minerais).
• Os recursos metálicos concentram-se no Maciço Antigo, no Alentejo e
no centro do país.






























As Orlas sedimentares…
• são mais recentes;
• a diversidade geológica é menor;
• são também designadas de Orlas Mesocenozoicas;
correspondem a fossos tectónicos onde se foram acumulando numerosos sedimentos
calcários e margosos - Orla Ocidental Orla Meridional ou Algarvia.
A Orla Ocidental…
• estende-se ao longo do litoral, de
Espinho até à serra da Arrábida
• A norte de Coimbra: planícies
sedimentares, tornando-se mais
elevada e acidentada para sul e
para o interior. Localização do
Maciço Calcário Estremenho
(destacam-se as serras de Aire e
Candeeiros).
• Mais a sul…
• …serra de Sintra (constituição
essencialmente granítica);
• …serra da Arrábida (natureza
calcária).




A Orla Meridional, ou Algarvia…
• ocupa a faixa litoral do Algarve, entre a serra e o mar;
• nela sobressaem algumas colinas calcárias, altas e enrugadas.

As bacias do Tejo e Sado…
• unidade geomorfológica mais recente;
• formada no Cenozoico pela deposição de sedimentos (marinhos e de
origem continental, arenosos e argilosos).



3- Referir a importância da industria extrativa
Ainda não apresenta um papel de relevo na economia nacional, mas a nível regional já
apresenta um papel significativo, uma vez que as jazidas localizam-se no interior do
país proporcionando:
- Criação de emprego nas áreas deprimidas, apesar da diminuição do emprego
direto nas minas e pedreiras;
- Melhoria das infraestruturas locais como, por ex, abastecimento de água e a
rede rodoviária.

O sector mineiro tem registado uma tendência de crescimento, ao nível do valor da
produção, resultante do aumento mais significativo nos minérios metálicos.
Este facto deve-se ao aumento da cotação dos metais nos mercados, impulsionados
pela procura da produção industrial internacional, o que provocou um forte interesse
no investimento em novos projetos de cobre, de ouro e de volfrâmio.
As rochas continuam a ser o principal subsetor da indústria extrativa
AS águas, no engarrafamento de águas naturais e de nascente, mantiveram a
tendência de crescimento, face ao aumento do consumo de água engarrafada.

4 – caracterizar a exploração dos recursos

Portugal apresenta, no seu subsolo, uma relativa abundância de minérios metálicos e
de minerais industriais.
Atualmente, a exploração de minérios metálicos ocorre nas regiões Centro e Alentejo.
Neves-Corvo é o maior e economicamente mais importante projeto mineiro no
Alentejo; localizado na chamada Faixa Piritosa Ibérica (onde também se encontram as
minas de Aljustrel); Embora numa dimensão não comparável, em Neves-Corvo é
também explorado zinco mas o cobre é o minério metálico com maior valor
económico.
Em 2010, representava 51,8% do valor das exportações da indústria extrativa.
Constitui a principal substância exportada, destinando-se ao exterior a quase
totalidade da produção.

• Os recursos minerais metálicos mais importantes no nosso país são:
o cobre – mineral com maior produção nacional. Tal resulta das boas performances
das minas e do aumento da cotação deste mineral no mercado internacional. constitui
a maior reserva de cobre da União Europeia e uma das mais importantes no Mundo
(pela dimensão e notável teor de minério). Por se tratar de um bom condutor, a
principal utilização do cobre é na indústria elétrica.


• o volfrâmio/tungsténio – teve a sua época dourada na 2ª Guerra Mundial,
sendo responsável pelo desenvolvimento da mina da Panasqueira.
• A sua produção tem aumentado devido ao aumento da sua cotação no
mercado, provocado pelo aumento da procura por parte de países como a
China e a Índia. Na região Centro, localizam-se as minas da Panasqueira as
mais antigas em atividade; de onde atualmente se extrai volfrâmio;
constituem o mais importante depósito na União Europeia. O volfrâmio tem
utilização em filamentos para lâmpadas; em aços duros (na indústria de
armamento, o que explica o auge da sua exploração em Portugal durante as
duas guerras mundiais).

• o estanho – a a sua produção aumentou a partir de 1990 com a abertura da
mina de Neves Corvo. Contudo, recentemente, a sua produção decresceu com
o encerramento de minas devido à descida da cotação deste mineral no
mercado internacinal.
• o ferro – existe com alguma abundância no território nacional. A sua produção
tem decrescido devido à crise da indústria siderúrgica e metalomecânica e a
uma menor procura no mercado internacional, sem esquecer o encerramento
de minas (serra do Marão, Moncorvo e Cercal).

Em Portugal, tem-se vindo a assistir a um crescente número de pedidos de prospeção
e exploração em reservas de minérios metálicos não exploradas. Nomeadamente de:
ouro, ferro e volfrâmio. É o caso da jazida de ferro de Moncorvo, em Bragança,
considerada a maior da Europa, embora com um teor de minério relativamente baixo.




Nos recursos minerais não metálicos, incluem-se substâncias como o sal-gema, o
feldspato e as areias feldspáticas, o caulino, o quartzo, de maior valor económico, e
substâncias como a barite, o talco, o diatomito, com menor expressividade económica.

ROCHAS INDUSTRIAIS E ORNAMENTAIS
Portugal, devido à grande diversidade de rochas e ao elevado número de pedreiras
com alto valor comercial e de unidades de transformação, tem registado uma grande
capacidade produtiva ao nível das rochas industriais e ornamentais, cujo principal
destinatário é o setor da construção civil e obras públicas.
A exploração dos minerais industriais ocorre essencialmente nas regiões Norte e
Centro. As minas de caulino e de quartzo e feldspato são as que têm uma distribuição
mais representativa. Apesar disso, a produção de sal-gema tem uma importância
crescente, sobretudo pelo seu valor económi
Este subsetor, gerador de muitos postos de trabalho, continua a ser vital para a
indústria extrativa nacional beneficiando de fatores como:
• A tradição no trabalho da pedra;
• A existência de reservas em boas condições de exploração sem perspetiva de
esgotamento a médio prazo;
• O previsível esgotamento a curto/médio prazo de algumas pedras naturais
mais representativas, produzidas na Europa;
• A diversidade da oferta das rochas, sobretudo dos mármores;
• A qualidade reconhecida das rochas portuguesas no mercado externo.

As rochas industriais mais exploradas em Portugal são os calcários e os granitos, bem
como as areais e argilas. Assim, temos:
I - Calcário sedimentar comum (calcário, gesso e cré)
Origem – está presente em todo o país, mas provém sobretudo do Maciço Calcário
Estremenho (Orla Mesocenozoica Ocidental) e Algarve (Orla Mesocenozoica
Meridional).
Utilização – apesar dos seus diversos fins, é utilizado, sobretudo, pelas indústrias da
construção civil e obras públicas, do cimento, da cerâmica e da cal.
II - Granito
Origem – são exploradas ao longo do litoral, sendo na Bacia Sedimentar do Tejo e Sado
que a sua produção é mais elevada
Utilização – destina-se sobretudo à indústria da construção civil e obras públicas.
III – As areais comuns (areia, saibro e pedra britada)
Origem – a sua exploração encontra-se no Maciço Antigo, sobretudo no norte do país,
que detém cerca de 68% do volume total da produção.
Utilização – destinam-se sobretudo às indústrias da construção civil e obras públicas
(principal utilizadora desta matéria-prima), do vidro e da cerâmica.
IV – As argilas e o caulino
Origem – apesar da sua dispersão no território nacional, encontra-se sobretudo nos
distritos de Leiria (Leiria e Pombal), Aveiro (Mealhada, Anadia e Águeda), Lisboa e
Coimbra.
Utilização – destinam-se sobretudo à indústria da cerâmica (cerca de 93%) e o caulino,
em pequenas quantidades é matéria-prima de indústrias de artigos de borracha,
matérias plásticas, pesticidas e outros produtos agroquímicos.

ROCHAS ORNAMENTAIS
As rochas ornamentais mais importantes são
os mármores e os calcários, não só por
serem utilizadas na construção civil e obras
públicas e na indústria do mobiliário, mas
por terem uma elevada importância a nível
de exportações. é a maior produtora de
rochas ornamentais;
A região onde se localiza a maior reserva de
calcários cristalinos;
Faixa Estremoz – Borba – Vila Viçosa de
onde são extraídos mármores de grande
reputação nacional e internacional.
Salientam-se também os calcários
explorados no Maciço Calcário Estremenho
e os calcários microcristalinos da zona de
Sintra; bem como uma extensa variedade
de rochas graníticas, em particular as que
são
extraídas na zona de Portalegre e nas regiões Centro
e Norte do país.

As ardósias são exploradas na região Norte, nas
proximidades do Porto e em Vila Real.

A região do Alentejo…








OS RECURSOS HIDROTERMAIS englobam:
Águas de nascente
Águas minerais naturais
Águas termais

Portugal é muito rico em águas minerais naturais e em águas de nascente, que se
localizam, sobretudo, no norte do país, estando a sua distribuição relacionada com
grandes acidentes tectónicos.































As águas minerais naturais integram o domínio público do Estado (a respetiva
exploração é assegurada por um contrato de concessão). Encontram-se a grande
profundidade e caracterizam-se por terem uma composição estável, do ponto de vista
físico-químico, e por terem propriedades terapêuticas e benefícios para a saúde.
As águas de nascente integram o setor privado. Apenas têm de ser na sua origem,
próprias para beber. Distinguem-se das minerais naturais pelo tempo de circulação n
subsolo, que é menor.

Os fatores responsáveis pelo aumento das águas engarrafadas são:
- a modificação dos hábitos alimentares;
- melhoria da qualidade de vida;
- os maiores cuidados com a saúde;
- a falta de confiança na água corrente canalizada;
- o gradual decréscimo do consumo de bebidas alcoolicas;
- aumento da procura por parte de outros países, sobretudo dos EUA e dos PALOP.

Os fatores de crescimento da águas termais são:
- o aumento da procura do turismo termal para fins terapêuticos;
- a procura de ambientes mais tranquilo, que permitem combater o stress diário.

Recursos energéticos não renováveis
I – O carvão
O carvão, que teve um papel preponderante na revolução industrial, e foi o primeiro
combustível fóssil a ser utilizado pelas centrais termoelétricas, continua, apesar de não
ter o peso do passado em virtude da exploração de outras fontes de energia, a ser
matéria-prima para a indústria.
O carvão é um recurso escasso e apesar de no passado ter tido viabilidade económica,
com o encerramento das minas de S. Pedro da Cova, Santa Susana e Pejão, a sua
exploração é pouco relevante.
• O carvão utilizado em Portugal, que se destina na sua maioria à produção de
energia elétrica, é na totalidade importado de países como a Colômbia, África
do Sul e EUA, tendo a sua importação aumentado devido a:
- Ter terminado a sua extração no território nacional;
- Aumento do seu consumo devido à entrada em funcionamento de novas centrais
termoelétricas – Sines (1989) e Pego (1993);
- Aumento do seu consumo derivado de maus anos hidrológicos, que se reflete numa
baixa na produção hidroelétrica além do seu preço competitivo face ao gás natural.


As previsões para os próximos anos apontam para uma diminuição das importações
até 2015, em virtude da diminuição do seu consumo para a produção de energia
elétrica resultante de fatores como:
- A elevada poluição atmosférica que provoca (elevado impacto nas emissões de
dióxido de carbono);
- Aumento do peso do gás natural e das fontes de energia alternativa, sobretudo, a
hidrológica e a biomassa.

Contudo, os últimos anos mostraram uma tendência inversa, assistindo-se ao aumento
do seu consumo, sendo em 2012 considerado como o principal motor da produção de
energia elétrica.

II – O petróleo
O petróleo é uma fonte de energia primária não renovável com um elevado consumo a
nível nacional e mundial. Estima-se que ao ritmo de exploração atual, o seu
esgotamento será dará daqui a 30 ou 40 anos.
É a partir da década de 1960, após a Segunda Guerra Mundial, que o petróleo se torna
na fonte energética mais procurada, devido à expansão dos transportes e indústria.
PORTUGAL também registou um aumento do consumo de petróleo a partir da
década de 1960, devido:
• - Ao crescimento da sua economia
• Ao facto de ser usado como combustível (nas centrais térmicas e nos
transportes) e como matéria-prima de várias indústrias (químicas, plásticos,
vernizes, borrachas, entre outras).
Recentemente, temos assistido a um ligeiro decréscimo no seu consumo, devido à
maior utilização do gás natural e outras fontes energéticas renováveis.
III – O gás natural
• O gás natural tem sido utilizado como combustível para reduzir a dependência
do petróleo sendo por isso considerado como energia alternativa, uma vez que
é a energia primária não renovável: Mais ecológica, Mais segura, Económica,
Com maior durabilidade, pois existem reservas para 100 anos.
• O gás natural é a fonte energética que mais tem contribuído para reduzir o
consumo de carvão e petróleo

A introdução do gás natural no nosso país em 1997 visou a disponibilização de uma
energia competitiva, cómoda e ecológica, dado que permite:
• A diversificação das fontes energéticas;
• A redução da dependência em relação ao petróleo;
• O aumento da competitividade da indústria;
• A preservação ambiental;
• O desenvolvimento regional com o objetivo de diminuir as disparidades, quer
económicas, quer sociais.

O gás natural consumido em Portugal é oriundo do norte de África, da Argélia. Este é
transportado pelo gasoduto que liga o
Magreb à Europa
• Com a construção do terminal
marítimo em Sines (2003),
Portugal já tem capacidade para
receber gás natural de outros
países. Assim, em 2011, apenas
37% provém da Argélia. O
restante vem sobretudo da
Nigéria e de outras
proveniências.



• IV – O urânio
• O urânio é um recurso mineral radioativo utilizado
na produção de energia em centrais nucleares.
• Portugal extrai urânio desde 1907 nas minas da Urgeiriça.
• Todo o urânio extraído em Portugal foi para exportação, dado que nunca
tivemos centrais nucleares.

Portugal optou sempre por não construir centrais nucleares devido ao facto de
a instalação deste tipo de estruturas acarretar enormes riscos do ponto de vista:
Económico, pois não é uma energia barata, no que toca ao custo médio de produção
por kWh que é superior a outras formas de produção energética.
Segurança, pelo perigo de acidentes, resultantes de falhas técnicas ou humanas (como
sucedeu em Chernobyl ou Fukushima) e por poder vir
a ser usado para fins bélicos.
Ambiental, pela poluição radioativa, através da formação de resíduos nucleares
perigosos e emissão casual de radiações.
Por outro lado, existe a poluição térmica, resultante das altas temperaturas da água
utilizada nos sistemas de arrefecimento das centrais que depois é lançada aos cursos
de água.

Contudo, os altos preços do petróleo e os compromissos assumidos no Protocolo de
Quioto têm reacendido a discussão sobre a opção da energia nuclear em Portugal para
a produção de energia elétrica.
Os argumentos favoráveis centram-se na ideia de que tal opção permitiria:
- Reduzir o défice comercial
- Aumentar a competitividade
- Inverter a posição de Portugal, de importador de energia para exportador de energia;
- Cumprir o Protocolo de Quioto, dado que é uma forma de produção de energia que
não emite dióxido de carbono para a atmosfera, não contribuindo para as alterações
climáticas.

5- Explicar as desvantagens da utilização dos recursos energéticos não renováveis

O petróleo recurso com impactos muito negativos para o ambiente, já que é muito
poluente, em todas as fases, nomeadamente: Durante a extração, devido à
possibilidade de derrame no local da prospeção; Durante o transporte
• Durante a refinação, o perigo de contaminação resultante dos resíduos das
refinarias (processo de separação dos hidrocarbonetos em diferentes frações,

para que possam ser utilizados como fonte energética);
• Durante a combustão, devido à emissão para a atmosfera de gases com efeito
de estufa.


6 – Compreender a dependência energética do país.
Apesar dos esforços realizados na exploração do grande potencial associado às
energias renováveis, e das assinaláveis melhorias que daí decorreram, Portugal é ainda
largamente dependente do exterior no respeitante à produção de energia. Sendo um
país de escassos recursos energéticos de origem fóssil, a fatura decorrente da sua
importação tem ainda um peso substancial, económica e ambientalmente, que
importa reduzir cada vez mais.
A análise do balanço energético nacional continua a evidenciar o peso das importações
de energia (25,38 Mtep), apesar da diminuição de cerca de 4% face a 2015. Por outro
lado, a produção doméstica apresentou um aumento de 12,7% face ao ano anterior,
situando-se nos 5,90 Mtep.

Após ter, em 2014, alcançado o valor mais baixo das últimas duas décadas com 73,7%,
a dependência energética de Portugal face ao exterior voltou a subir em 2015
seguindo-se uma descida de 3,5% em 2016, alcançando o valor de 74,8%. Esta redução
fica a dever-se sobretudo à diminuição do saldo importador dos produtos energéticos,
bem como ao aumento de 35% na produção de energia elétrica a partir de fontes
renováveis, essencialmente devido à subida da produção hídrica.

A dependência energética de Portugal agravou-se com o aumento do consumo de
carvão, a partir da década de 1980, início da usa utilização no setor termoelétrico;
A extrema dependência externa de Portugal no que toca à energia é um assunto cada
vez mais crítico para o País”, impondo-se “desenvolver um novo modelo de energia
para Portugal, que salvaguarde e se ajuste aos princípios de sustentabilidade
económica, ambiental e social. a introdução de gás natural (cujo consumo tende a
aumentar nos próximos anos), que permitiu diversificar as fontes de energia e diminuir
a excessiva dependência face ao petróleo.
Até Agosto, as energias renováveis (essencialmente hídrica e eólica) mantinham-se
como a principal fonte de electricidade do país, representando já 67% do consumo.
Como resultado, a taxa de dependência do país da importação de energia nunca
esteve tão baixa, situando-se em 71% no final do ano passado.

7 – Problemas na exploração dos recursos do subsolo
• - pequena dimensão das minas;
- fraca acessibilidade das minas (a maioria localiza-se no interior, em áreas de relevo
muito acidentado, sobretudo no norte e centro, e de infra-estruturas viárias
inadequadas ou quase inexistentes; estão localizadas a uma grande profundidade, o
que dificulta a extração dos minérios)

- baixo teor dos minérios, logo encerramento das minas (Apesar do aumento da
cotação dos minérios, sobretudo dos metálicos, e da descoberta de novas jazidas, o
baixo teor dos minérios nacionais e a consequente baixa rentabilidade e, a substituição
de muitos produtos metálicos por outras substâncias mais acessíveis, económicas e
eficazes, tem levado também ao abandono das minas)

- elevado custo da mão de obra (escassa e envelhecida) (Os custos de produção e a
falta de competitividade dos preços resultam também dos elevados custos com a mão
de obra nacional se comparados com outros países com grandes reservas (Brasil, Chile
ou China ,por exemplo) ao nível de: salários; prevenção e assistência na saúde,
segurança)
• - fraca competitividade;
• - elevada concorrência externa (pelo aparecimento de novos produtores, como
a Índia, a China e a Turquia)
• - abandono das minas;
• - degradação da paisagem;
• - poluição ambiental (solos, recursos hídricos e sonora).

A relativa abundância de recursos do subsolo do nosso país tem vivido em paralelo
com uma exploração que se tem revelado:
• - Economicamente pouco viável;
• pela elevada dependência, sobretudo, dos recursos energéticos;
• Com consequências ambientais desfavoráveis, quer ao nível da paisagem,
quer ao nível da poluição, refletindo-se na segurança e na saúde pública da
população.

8- perspectivas da exploração e utilização dos recursos do subsolo

A indústria extrativa tem sido responsável pelo desenvolvimento de muitas regiões,
refletindo-se na cultura e no modo de vida das populações que dependiam dessa
atividade, o que permite atualmente a valorização económica dessas áreas assente no
desenvolvimento sustentável, através da valorização dos recursos endógenos, da
potencialização do turismo e de atividades de lazer e da aposta nas energias
renováveis.

I – MEDIDAS PARA POTENCIALIZAR O SETOR DAS MINAS
A descoberta de novos minérios e de novas jazidas em Portugal, nos últimos anos, tem
levado a um aumento do investimento no setor mineiro, o que acaba por favorecer...
• A descoberta de novos minérios e de novas jazidas em Portugal, nos últimos
anos, tem levado a um aumento do investimento no setor mineiro, o que acaba
por favorecer...
• O desenvolvimento regional
• A melhoria das condições de vida da população
• A requalificação e valorização turística
• A reutilização das cavidades de exploração
• O redimensionamento das empresas
• A utilização de novas tecnologias
• A aplicação de novos métodos e técnicas de prospeção e investigação;
• A definição de regras ambientais
• A promoção e valorização dos recursos minerais no mercado nacional e
internacional.

Dadas as potencialidades em termos de recursos de subsolo, a promoção do
desempenho da indústria extrativa passa:
• 1. Pela requalificação das áreas mineiras degradadas, através, por exemplo:
• a) Da revalorização e aproveitamento das áreas realibitadas, através de
projetos turísticos, aproveitando a componente lúdico-cultural. Isso, poderá
dar origem a novas atividades económicas.
• b) Da sua transformação em depósitos de resíduos industriais tratados ou
resíduos radioativos de baixo nível de atividade aproveitando as cavidades de
exploração
• 2. Por projetos de investimento, que visem a pesquisa,
a exploração e a produção de vários recursos como as águas, as pastas
cerâmicas e argilas, o zinco, o volfrâmio, o estanho, o ouro e a prata.

II. MEDIDAS PARA POTENCIALIZAR AS ÁGUAS MINERAIS NATURAIS E DE NASCENTE
E AS ESTÂNCIAS TERMAIS

• 1. As águas minerais naturais e de nascente podem, apesar da evolução
positiva, ser potencializadas a partir:
• Da realização de estudos que permitam um melhor e maior
conhecimento dos recursos hidrológicos;
• Da modernização das indústrias de captação de águas engarrafadas,
visando a manutenção da qualidade das águas e o aumento da
competitividade nos mercados externos.

• 2. Quanto às estâncias termais, a sua potencialização pode passar por medidas
como:
• O alargamento do período de funcionamento das termas;
• A diversificação das ofertas
• A criação de infraestruturas de apoio ao lazer e ao turismo;
• O desenvolvimento de atividades turísticas paralelas;
• O aproveitamento energético
do calor das águas.

III. MEDIDAS PARA POTENCIALIZAR OS RECURSOS ENERGÉTICOS

A nível internacional...
• A comunidade internacional tem dado alguns passos para diminuir as
consequências ambientais resultantes do atual modelo energético, que se
traduziram:
• No assumir de um compromisso de redução de emissões de gases como
efeito de estufa através da ratificação do Protocolo de Quioto;
• Em promover o uso de energias renováveis e o abandono dos hábitos
de consumo incorretos, privilegiando a eficiência energética e a
utilização racional da energia;
• A nível nacional...
• Este passo foi também seguido por Portugal e, em 2001, o nosso país adotou a
Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas.
• Assim, face ao compromisso assumido, Portugal:
• Não poderá ultrapassar 27% de emissões com gases de efeito de estufa,
entre 2008 e 2012;
• A produção de eletricidade terá que ser obtida em 39% a partir de
fontes renováveis.
• Nesse sentido estão presentes no Programa de Atuação para reduzir a
dependência de Portugal face aos combustíveis fósseis, sobretudo ao petróleo,
medidas como por exemplo:
• A eliminação de obstáculos nos processos de licenciamento das
energias renováveis, visando o aumento da produção de eletricidade a
partir das fontes de energia renovável;
• Estimulação do aumento da eficiência energética através da melhoria
de processos industriais;
• A promoção do transporte público, visando a diminuição da circulação
automóvel, sobretudo nas cidades;
• A introdução de fontes de energia alternativas ao petróleo nos meios de
transporte;
• A adoção de novos regulamentos de eficiência energética de edifícios,
para minimizar o consumo de energia por habitante
• Estas medidas estão inseridas na POLÍTICA ENERGÉTICA NACIONAL que
assenta em três vetores:
• 1. A segurança e o abastecimento nacional
• 2. O fomento do desenvolvimento sustentável
• 3. A promoção da competitividade nacional
• A Política Energética Comum visa, entre outros domínios, a redução da
dependência externa. Esta estará assente em seis domínios prioritários:

1- A realização de um mercado interno de energia;
• 2- A segurança do aprovisionamento no mercado interno de energia;
• 3-A existência de um cabaz energético mais sustentável, eficiente e
diversificado
• 4-O plano de ação para reduzir o aquecimento global;
• 5-A criação de um plano estratégico para as tecnologias energéticas;
• 6-A criação de uma verdadeira política energética externa comum, para fazer
face ao aumento dos preços da energia, ao aumento da dependência das
importações e às alterações climáticas.

• Potencialização dos recursos do subsolo
• - Que medidas?
• Nas minas
• Melhorar a acessibilidade e infraestruturas
• Criar incentivos ao investimento
• Nas águas
• Engarrafadas
• Garantir a qualidade
• Apostar na diversidade
• Apostar na conquista de mercados externos
• Termais
• Diversificar a oferta turística (saúde, bem-estar, lazer,
etc.)
• Potencializar a geotermia
• Nos recursos energéticos
• Diminuir a dependência energética
• Apostar nas energias renováveis endógenas
• Aumentar a eficiência energética
• Desenvolvimento sustentável

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