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24/03/13 IETEC Categoria

Pleitos em Projetos Industriais: gestão dos


registros
Edson Garcia e Ítalo de Azeredo Coutinho

Edson Garcia, engenheiro, diretor do IBAPE-MG, especialista em pleitos de obras,


empreendimentos e construção. Sócio-diretor da empresa EMBHEL.

Ítalo de Azeredo Coutinho, engenheiro, mestre em administração de empresas, coordenador e


professor de cursos no IETEC, diretor-adjunto Administrativo do IBAPE-MG.

(*) ambos autores fazem parte do Grupo de Trabalho para criação da norma de Avaliação de
Desequilíbrio econômico-financeiro do IBAPE-MG.

Os projetos industriais requerem cada vez um maior


número de envolvidos, por essa dimensão e por outros pontos a serem discutidos a seguir, faz-se necessário
a gestão do escopo e das reivindicações (pleitos), que por sua vez se originarão de solicitações extras do
contratante ou condições não esperadas no desenvolvimento do empreendimento.

Projetos são feitos por pessoas, que não são nem perfeitas nem infalíveis. Mudanças no escopo do projeto
são, portanto, comuns em projetos. Quando ocorre uma mudança, é importante estar atento às implicações
as quais o projeto está sujeito. Mudanças no escopo, por exemplo, podem alterar custos e prazos.
Mudanças no processo produtivo podem acarretar efeitos sobre custos, prazos, qualidade, etc.
(VALERIANO, 2002).Além disso, durante o andamento de um projeto, ocorrem vários eventos e
normalmente conflitos de opiniões sob vários aspectos, daí surgem as reivindicações ocasionadas, custos de
serviços adicionais não-contratados e de extensão de tempo.
Segundo WIDEMAN (1990), a reivindicação pode ser definida de acordo com diferentes pontos de vista,
podendo ser considerada como a última chance de recuperar os custos de um trabalho dado como perdido
ou ainda como uma afirmação que o pacto contratual formado não expressou o ocorrido. Mas, acima de
tudo, a reivindicação trata de dinheiro extra, ou seja, um acréscimo ao preço contratado. Formalmente,
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pode-se definir a reivindicação como um pedido legítimo de compensação adicional de custo ou prazo ao
cliente. Esse pedido é uma maneira de compensar os prejuízos que possam ter ocorrido durante a execução
de um projeto. As reivindicações são causadas por quatro situações primordiais (WIDEMAN, 1990):
• Situações modificadas: são alterações nas situações previamente acordadas em contrato.
• Trabalhos extras: serviços acima do preço ou prazo combinados ou execução de serviços que não estavam
previstos previamente.
• Atrasos: referem-se somente a atrasos que estão sob o controle do empreiteiro (contratado). Podem ser
causados pelo proprietário ou seus representantes.
• Prazo no contrato: divergências entre a requisição de tempo extra para o contrato, em função de mudanças
de condições ou de contratos e atrasos causados pelos proprietários.
Para WILLE & HUGUE (2005) a gestão da reivindicação (também conhecida como "claim") de projetos
trata da gestão de pedidos legítimos de compensação adicional de custo ou prazo ao contratante do projeto.
Esse pedido é uma maneira de compensar os prejuízos que podem ter ocorrido durante a execução de um
projeto. Dessa forma, a gestão da reivindicação (ou gerenciamento do "claim") permite a geração de receitas
aos projetos, de serviços legitimamente executados e não previstos no escopo original, o que é fundamental
para garantir que projetos contratados possam manter sua rentabilidade e equilíbrio econômico-financeiro.
Considerando-se as ocorrências em diversos momentos da execução dos serviços de fatos geradores dos
direitos adicionais e a necessidade de comprovação dos mesmos, os registros também precisam de gestão.
Neste sentido algumas regras simples podem ajudar:
1. Determinar quais registros devem ser mantidos, e como;
2. Estabelecer logs dos registros, para que eles possam ser encontrados, referidos e / ou acompanhados,
sempre que necessário;
3. Estabelecer padrão de referência, listas e codificação de todos os seus contratos. Isso facilita
enormemente a gestão, analisando e comparando contratos;
4. Uma vez que os registros tenham sido identificados, garanta que eles são, de fato, criados, mantidos e
utilizados para gerir o trabalho;
5. Rever o sistema de registro de tempos em tempos, porque registros têm o “hábito” de crescimento em
formas inesperadas, “aparecendo” em partes em locais inconvenientes;
6. Além disso, alguns registros podem se tornar obsoletos ou redundantes, e devem ser analisados,
consolidados e descartados;
7. Observar que registros também ocupam espaço e equipamentos. Determinar a vida útil dos diversos
componentes, e ter uma abordagem sistemática para a eliminação do registro;
8. Tomar medidas para assegurar a precisão, confiabilidade e, por conseguinte credibilidade dos
registros, os quais sem a devida credibilidade podem ser bastante inúteis.
Enfim, importante salientar que os registros são em última análise a garantia de recomposição e comprovação
dos direitos contratuais surgidos em função de imprevisibilidades ou das inadimplências contratuais e têm um
papel de extrema importância, uma vez que as pessoas envolvidas nas relações contratuais podem ser
substituídas ao longo do tempo, restando assim os dados coletados durante a execução do contrato.
Palavras-chave: pleito, registros, projetos industriais, gerenciamento
Referências

Claim e Perícias em Custos de Obras Públicas – 2ª Edição 2010 – Editora LEUD - Autor : Engº Edson
Garcia Bernardes
IGLESIAS, Maria Luiza. IGLESIAS, José Niffinigger. COUTINHO, Ítalo de Azeredo. Evitando Claims e
mantendo a qualidade da obra em contratos de engenharia no âmbito do Poder Público. Belo Horizonte.
Trabalho Conclusão curso. IEC PUCMinas. 2009.

DAMIÃO JÚNIOR, Airton Eustáquio. RIBEIRO, Irapuã Santos. PAULINO, Tiago de Freitas. Gestão de
Projetos de Engenharia: Estudo de Caso de Contratação Turn Key. Trabalho Final de Conclusão da Pós-
www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/impressao_artigo/1218 2/3
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Graduação Gestão de Projetos e Engenharia de Estruturas. Orientador: Prof. Ítalo Coutinho. Belo Horizonte:
IEC PUCMINAS, 2007.

HUGUE, Simone Dall’Oglio. Proposta de diretrizes para o controle integrado de Mudanças e prevenção de
reivindicações em obras de Empresas de construção civil. 2005.247f. Dissertação (Mestrado)-Universidade
Federal do Paraná, Programa de Pós-Graduação em Construção Civil, Setor de Tecnologia.

VALERIANO, D. L. Gerência de Projetos: Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia. São Paulo: Makron


Books, 1998.

WIDEMAN, R. M. Construction Claims: Identification, Communication & Record


Keeping. TUNS/Revay seminar in 1990. Disponível em:

www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/impressao_artigo/1218 3/3

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