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ÍNDICE
INTRODUÇÃO ..................................................................................... 3
A IMAGEM E O ORIGINAL ..................................................................... 3
CRIADOR DO HOMEM “ONDE ESTÁS?” ................................................... 7
O HOMEM .........................................................................................10
O QUE VEM A SER ALMA HUMANA. .......................................................12
QUANTO A ORIGEM DA ALMA ..............................................................14
O PECADO E A ALMA ..........................................................................15
CONCLUSÃO......................................................................................17
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INTRODUÇÃO
A IMAGEM E O ORIGINAL
Deus criou o homem, macho e fêmea, á sua própria imagem: isso é
uma questão de fé. Durante séculos, nossos antepassados esforçaram-se
para se aperfeiçoar á imagem de Deus: isso é uma questão histórica.
Durante os longos séculos em que o Deus dos judeus e dos cristãos
constituiu a realidade última do Ocidente, europeus e, mais tarde,
americanos procuraram conscientemente nele se moldar. Acreditavam que
conseguiriam transformar a si mesmos em cópias melhores do original
divino, e empenharam-se diligentemente nessa tarefa. Imitatio Dei, a
imitação de Deus, constituía categoria central da piedade hebraica. A
imitação de Cristo, Deus feito homem, era igualmente central para os
cristãos.
Muita gente no Ocidente não acredita mais em Deus, mas a crença
perdida, assim como uma fortuna perdida, tem efeitos duradouros. Um
jovem que cresce na riqueza pode, quando atinge a maioridade, doar toda
a sua fortuna e viver na pobreza. Seu caráter, porém, continuará sendo o
de um homem criado na riqueza, uma vez que não pode livrar-se de sua
história. De forma semelhante, séculos de rigorosa moldagem do caráter á
imagem de Deus criou um ideal de caráter humano que ainda hoje é forte,
mesmo que para muitos seus fundamentos tenham sido removidos.
Quando ocidentais encontram uma cultura com ideais diferentes, quando
dizemos , por exemplo: “Os japoneses são diferentes”, descobrimos,
indiretamente, quão estranho e duradouro é nosso próprio ideal, a idéia
que herdamos de como deve ser um ser humano. Em inúmeros aspectos
externos, o Japão e o Ocidente passam a se parecer. Os japoneses comem
carne vermelho; os ocidentais comem sushi. Os japoneses usam terno; o
quimono passou a fazer parte do vocabulário ocidental. No entanto,
persiste uma profunda diferença, pois o Japão usava um espelho religioso-
cultural diferente durante os séculos em que o Deus da Bíblia serviu de
espelho para o Ocidente. Este assunto sobre o homem procura colocar o
espelho bíblico, limpo e polido, nas mãos de nossos alunos.
Para os não-ocidentais, o conhecimento do Deus venerado no Ocidente
abre uma via direta para o cerne e para a origem do ideal ocidental de
caráter. Para os próprios ocidentais, um conhecimento aprofundado desse
Deus pode servir para tornar conscientes e sofisticadas coisa que
permanecem inconscientes e ingênuas. De certa forma, somos todos
imigrantes do passado. E assim como um imigrante que retorna, depois
de muitos anos, á terra onde nasceu pode enxergar seu próprio rosto no
rosto de estranhos, assim também o homem ocidental moderno, secular,
pode sentir um tremor de reconhecimento na presença do antigo
protagonista da Bíblia.
Como pode um não-crente chegar á presença de Deus? De geração em
geração, o judaísmo e o cristianismo transmitiram seu conhecimento de
Deus de diversas maneiras. Para poucos, existiram e ainda existem as
exigentes e ás vezes esotéricas disciplinas do ascetismo, do misticismo e
da teologia.
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Os filósofos da religião afirmam ás vezes que todos os deuses são
projeções da personalidade humana, e pode ser que isso seja verdade.
Mas nesse caso devemos ao menos reconhecer o fato empírico de que
muitos seres humanos, ao invés de projetarem as suas personalidades em
deuses criados inteiramente por eles próprios, preferem introjetar -
imprimir em si próprios - as projeções religiosas de outras personalidades
humanas.
É por isso que a religião desperta tamanha fascinação, inveja e (ás
vezes) raiva em escritores e críticos literários que se dedicam demais ao
assunto. A religião - a religião ocidental em particular - pode ser
considerada como uma obra literária mais bem sucedida do que qualquer
autor ousaria sonhar. Qualquer personagem que “ganhe vida” numa obra
de arte literária exerce algum grau de influência sobre as pessoas reais
que lêem essa obra. O Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, obra em
que o personagem-título toma por modelo a literatura popular de sua
época, t raça um retrato cômico e pungente desse processo em ação.
Cervantes sem dúvida meditou sobre a influência que sua própria obra
viria a Ter, e mostra o seu Dom Quixote “real” encontrando pessoas que
conhecem um personagem literário com esse mesmo nome. Em nossos
dias, milhões de pessoas misturam a vida real dos artistas de cinema com
suas vidas fictícias, e atribuem a essa cominação uma importância maior
do que a que concedem a qualquer ser humano real que de fato
conheçam, sofrendo as melancólicas conseqüências dessa atitude. Sua
carne é triste, sim, e elas assistiram a todos os filmes.
Nenhum personagem, porém - no palco, na página ou na tela, jamais
teve o sucesso que Deus sempre teve. No Ocidente, Deus é mais que um
nome familiar, ele é, queira-se ou não, um membro virtual da família
ocidental. Pais que não querem saber dele não conseguem impedir que
seus filhos venham a conhecê-lo, pois não só todo mundo já ouviu falar
dele, como todo mundo, mesmo hoje em dia, tem algo a dizer a seu
respeito. O dramaturgo Neil Simon publicou há alguns anos uma comédia,
God’s favorite, inspirada no Livro de Jó da Bíblia. Das pessoas que
assistiram á peça, poucas haviam lido o livro bíblico, mas isso não era
preciso: já sabiam como era Deus para poderem entender as piadas. Se
nada for sério, nada será engraçado, escreveu Oscar Wilde. De onde veio
a imagem de Deus que os espectadores da Broadway tinham em mento
ao rirem da peça de Simon?
Veio inteiramente da Bíblia e, em termos mais especificamente
humanos, daqueles que escreveram a Bíblia. Aos olhos da fé, a Bíblia não
é só um conjunto de palavras sobre Deus, é também a Palavra de Deus:
Ele é seu autor e seu protagonista. Não importa se os antigos autores da
Bíblia inventaram Deus ou meramente registraram as revelações de Deus
sobre si mesmo: sua obra atingiu, em termos literários, um estrondoso
sucesso. Ela vem senso lida em voz alta, toda semana, há 2 mil anos,
para platéias que recebem com total seriedade, procurando
conscientemente assimilar ao máximo a sua influência. Sob esse aspecto,
não tem paralelos na literatura ocidental e provavelmente em nenhuma
literatura. O Corão vem imediatamente á cabeça, mas os muçulmanos não
consideram o Corão como literatura: essa obra ocupa, para eles, um nicho
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metafísico todo próprio. Os judeus e cristãos, ao contrário, mesmo
reverenciando a Bíblia como algo mais que mera literatura, não negam
que ela é também literária e concordam, em geral, que ela pode ser
assim apreciada sem blasfêmia.
A apreciação religiosa da Bíblia coloca como foco central e explícito a
bondade de Deus. Judeus e cristãos adoram Deus como origem de toda
virtude, fonte de justiça, sabedoria, misericórdia, paciência, força e amor.
Mas implícita e perifericamente foram se acostumando __ e depois, ao
longo do séculos, também se apegando __ a algo que podemos chamar de
ansiedade de Deus. Deus é um amálgama de diversas personalidades num
único personagem. A tensão entre essas personalidades faz com que Deus
seja difícil, mas faz também que seja atraente, e até mesmo viciante. Ao
emular conscientemente suas virtudes, o Ocidente assimilou de modo
inconsciente essa tensão entre unidade e multiplicidade. No fim das
contas, apesar do desejo que os ocidentais ás vezes manifestam de um
ideal humano mais simples, menos ansioso, mas “centrado”, as únicas
pessoas que achamos satisfatoriamente reais são aquelas cujas
identidades contêm diversas subidentidades aglomeradas num todo.
Quando nós, ocidentais, procuramos nos conhecer pessoalmente, é isso
que procuramos descobrir uns sobre os outros. Na cultura ocidental, a
incongruência e o conflito interno não são apenas permitido, chegam
quase a ser exigidos. Pessoas meramente capazes de desempenhar vários
papéis não correspondem a esse ideal. Elas têm personalidade __ ou
repertório de personalidades __ mas não têm caráter. Pessoas simples
sem complicações, que sabem claramente quem são e assumem um papel
determinado sem relutar, também não correspondem a esse ideal.
Podemos admirar sua paz interior, mas no Ocidente jamais as imitaremos.
Centradas ou centradas demais, elas têm caráter, mas pouca
personalidade. Entediam-nos como nós mesmos nos entediaríamos se
fôssemos como elas.
Tornamos as coisas assim tão difíceis para nós mesmos porque nossos
antepassados viam a si próprios como imagem de um Deus que, na
verdade, havia complicado as coisas para si de maneira semelhante. O
monoteísmo reconhece um único Deus: “Ouvi, ó Israel, o Senhor é
nosso Deus, o Senhor é um”. A Bíblia insiste na unidade de Deus mais
do que em qualquer outra coisa. Deus é a Rocha das Idades, a integridade
em pessoa. E, no entanto, esse mesmo ser combina diversas
personalidades. Mera unidade (caráter penas) ou mera multiplicidade
(personalidade apenas) seriam bem mais fáceis. Mas ele é ambas as
coisas e assim a imagem do humano que dele deriva (O HOMEM) exige
ambas as coisas.
É estranho dizer isso, mas Deus não e nenhum santo. Muitas objeções
podem ser feitas a seu respeito e já houve várias tentativas de melhorá-lo
(as religiões assim fazem). Muitas coisas que a Bíblia diz a seu respeito
raramente são pregadas no púlpito porque, se examinadas mais de perto,
seriam um escândalo. Mas, mesmo que só parte da Bíblia seja ativamente
pregada, nenhuma de suas parte é contestada. Em qualquer página da
Bíblia, Deus continua sendo o que sempre foi: o original da FÉ de nossos
pais, cuja imagem ainda vive dentro de nós como um ideal secular difícil
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mas dinâmico. A originalidade de Deus é contagiante e o seu amor pelo
HOMEM nos faz, através deste, conhece-lo, isto é, através do HOMEM
podemos conhecer DEUS.
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CRIADOR DO HOMEM “ONDE ESTÁS?”
(Gn.1-3)
“Também disse Deus: ‘Façamos o homem a nossa imagem,
conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes
do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos,
sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela
terra’. Criou Deus, pois, o homem á sua imagem, á imagem de
Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e
lhes disse: ‘Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e
sujeita-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus
e sobre todo animal que rasteja pela terra’
E Deus disse ainda: ‘Eis que vos tenho dado todas as ervas que
dão semente e se acham na superfície de toda terra, e todas as
árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será por
mantimento’. E assim se fez. Viu Deus tudo quanto fizera, e eis
que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia. Gn.1:26-31
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próprias. Porém, se faltavam á vida de Deus laços humanos, que tipo de
vida levava? Só podemos “adivinhar”. Não existe nenhum indício,
humano, de esforço em sua atividade. Os Seis Dias da Criação não têm
nenhuma semelhança com os Doze Trabalhos de Hércules, cheios de
músculos em ação e suor escorrendo. Soberania inquestionável e sem
esforço é o seu traço característico, portanto, sua VIDA nada tem a haver
com os mitos gregos. E, no entanto, no sétimo dia, ele descansa “de toda
obra que, como Criador, fizera”. Será que custou-lhe mais esforço do
que percebemos de momento? Será mais fraco do que demonstra?
O sexto dia da criação tem um resultado ligeiramente ambivalente. Seu
mandamento ao macho e á fêmea que acabou de criar é: “Sede
fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a”, e o texto diz:
“E assim se fez”. Mas ainda não se fez. O macho e a fêmea ainda não se
mostraram, nesse momento, fecundos, ainda não se multiplicaram. E
deles Deus não diz diretamente, como diz de todas as suas outras
criações: “E Deus viu que era bom”. O julgamento final, expresso pelo
narrador, que misteriosamente lê a mente de Deus, diz respeito apenas á
criação como um todo: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era
muito bom”. “Muito” ocorre pela primeira e única vez aqui, mas só
depois de uma elisão ligeiramente perturbadora no que tange á
humanidade. E então, repentinamente, esse mergulho num dia inteiro de
descanso. Deus já é, nesse primeiro momento de sua história, uma
mistura de fraqueza, de determinação e “arrependimento.”
Um segundo relato da criação, de fonte original independente, começa
em Gênesis 2:4. Aqui, “Deus” elohim, é substituído por “Senhor
Deus”, yahwer elohim. A divindade é chamada por seu nome próprio,
yahwer, com o substantivo comum (em vez de seu nome próprio
alternativo) elohim acrescentado como adorno. A expressão “o Senhor”,
que se usa por convenção para traduzir yahwer em todas as Bíblias em
português, é de fato uma tradução da palavra hebraica edonay,
literalmente, “meu Senhor”. A palavra edonay, que não se encontra no
texto, era usada pelos judeus piedosos de outrora como forma de referir-
se a Deus sem desrespeitar o sagrado nome próprio de Deus
pronunciando-o Mais adiante, em certos pontos de sua longa história,
Deus será algumas vezes elohim, como mito maior freqüência yahwer, e
algumas vezes será chamado por algum de seus nomes ou epítetos menos
freqüentes. Embora o texto considere claramente todos esses nomes
como referentes a um mesmo e único ser, esse ser, como vemos, se
conduz de maneira um tanto diversa quando sob seus diferentes nomes
no LIVRO do GÊNESIS.
O segundo da criação __ que, numa leitura contínua, constitui mais
uma seqüência do primeiro relato do que uma alternativa a ele __ tem um
foco mais delimitado, aumentando a tensão entre o criador e a criatura
humana. A humanidade não é mais situada “na terra”, concebida como
um gigantesco paraíso natural no qual deve ser fecunda e multiplicar-se,
mas sim em “um jardim no Éden, na bando do Oriente”, que Deus
plantou e deu ao “homem” para que plantasse e cuidasse. E o domínio
que a humanidade deveria exercer como imagem de Deus é também
restringido: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da
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árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no
dia que dela comeres, certamente morrerás” (Gn.2:17).
No primeiro relato da criação algo é ordenado, mas nada é proibido.
Agora, pela primeira vez, existe uma proibição. Parece imposta no
interesse do homem, mas podemos conjeturar: se o homem deve dominar
a terra (relembrando o primeiro relato da criação), por que não lhe é
permitido o conhecimento do bem e do mal? Não é oferecida ao homem
nenhuma razão para que obedeça, a não ser uma que não faz nenhum
sentido. E o Senhor Deus desta Segunda história da criação parece
notavelmente mais ansioso no confronto com sua criatura do que parecia
o Deus da primeira e porque?
O tom de ansiedade fica mais agudo quando o Senhor Deus cria a
mulher. No contexto, este segundo relato pode ser lido como a história do
que realmente aconteceu no sexto dia da criação, uma explicação de por
que Deus, ao contrário de Deus, não vê o homem como bom nem mesmo
por extensão. Não, há algo errado como o homem, e sobre essa falho o
Senhor Deus são pode dizer: “Não é bom que o homem esteja só: far-
lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. Mas todos os esforços
do Senhor Deus para fabricar uma auxiliadora adequada acabam falhando.
Ele traz para diante do homem “todos os animais do campo, e todas
as aves dos céus”, num cortejo excepcional, e atribui ao homem o
poderoso privilégio de dar nome a eles, mas “não achava uma
auxiliadora que lhe fosse idônea”. A implicação clara é que o homem
rejeita todo o esforço divino de criar outras criaturas viventes: elas podem
ser “boas”, mas não são boas para ele. Não adianta fabricarmos pessoas
para nós, só as nascida em Deus, ou melhor dizendo, as nascida de Deus
se torna importante para o homem. O Senhor Deus, agora trabalhando de
fato, é levado a um expediente extremo e cria a mulher a partir de uma
costela do homem.
O homem, nas primeiras palavras faladas por um ser humano na Bíblia,
celebra-a com alegria, mas sem expressar nenhuma gratidão ou nenhum
outro reconhecimento pelo Senhor Deus:
“Esta, afinal,
é osso dos meus ossos e carne da minha carne;
chamar-se-á Mulher,
porque do homem foi tomada”. (Gn.2:23)
No primeiro relato da criação, o macho e a fêmea também nada dizem
em resposta ao Deus que o criou, mas de sua parte Deus não parece
esperar nada. Sua única expectativa é que sejam fecundante eles
próprios, dominando a terra e servindo, assim, como sua imagem. A
primeira história da criação não contém, portanto, nenhuma narrativa de
transgressão humana e isto vem dizer que alguém transgrediu e sabemos
que o culpado foi Lúcifer e que, nos primórdios, antes de Adão houve
alguém responsável pelo pecado e que de alguma maneira passou para o
homem, através da alma pois Deus busca almas perdidas, daí o pecado já
existente no Éden e no mesmo a Árvore da Ciência do Bem e do Mal, aliás
composição do homem, duas leis que se guerreias, como disse Paulo. O
homem portanto é, no seu espírito propriedade de Deus e na sua alma
propriedade de Lúcifer. Se o mundo está no maligno a alma da mesma
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forma, está mais não é dele. Jesus veio tirar este direito luciférico e isto é
claro em Cl.214.
Paulo fala que devemos ser imitadores dele como ele foi de Cristo
Jesus, só que Paulo teve um encontro real com o Senhor. Paulo conhecia
bem o Senhor pois só podemos imitar o que conhecemos. Todo este
material já escrito em cima é uma tentativa pálida de passar a realidade
de Deus para podermos imita-lo. Todo o material que virá adiante nos
dará melhor esclarecimento sobre a natureza do homem, o mesmo ser
que foi feito a imagem e semelhança de Deus e que a perdeu.
O HOMEM
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Espírito de Deus testifica com o meu espírito o meu espírito com minha
alma e minha alma com meu corpo. A combinação desses dois elementos
constitui o homem em “alma”. A alma sobrevive á morte porque o
espírito a dota de energia de Deus através da Palavra, no entanto, a alma
e o espírito são inseparáveis porque o espírito está entrosado e confunde-
se com a substância da alma, isto é, Deus unido ao homem, espírito e
alma e se Deus é eterno, quando unido a alma Ele a faz eterna, isto se o
homem entender a doutrina do Pai pois se o homem morre, o corpo perde
a vida física e a alma perde a eternidade do espírito humano que é a
morada do Espírito de Deus.
O espírito é aquilo que faz o homem diferente de todas as demais coisas
criadas. É dotado de vida humana (e inteligência, Pv.20:27; Jó 32:8) em
distinção da vida animal. Os animais tem alma (Gn.1:20 no original) mas
não tem espírito. Em Ec. 3:21 a referência trata aparentemente do
princípio de vida, tanto no homem como no animal. Salomão registrou
uma pergunta que fez quando se afastou de Deus. Assim é que,
dissemelhante dos homens, os animais não podem conhecer as coisas de
Deus. (1ª Co.2:11; 14:2; Ef.1:17; 4:23) e não podem Ter relações
pessoais e responsabilidades para com Ele. João 4:24. O espírito do
homem, quando se torna morada do Espírito de Deus (Rm8:16), é centro
de adoração (João 4:23,24); de oração, cântico, bênção (1ª.Co.14:15), e
de serviço (Rm.1:9; Fp.1:27).
O espírito humano, representando a natureza suprema do homem,
rege a qualidade de seu caráter. Aquilo que domina o espírito torna-se em
atributo de seu caráter. Por exemplo, se o homem permitir que o orgulho
o domine, ele tem um “espirito influenciado pela altivez”. (Pv.16:18)
Conforme as influência respectivas que domine sua alma, um homem
pode ter um espírito não produzindo a bondade, fruto do espírito (Gl.5; cf.
Is.19:14), um espírito na irritação da alma não produz tranqüilidade
(Sl.106:33), um espírito não produzindo o fruto da paz a alma produzira
impaciência (Pv.14:29). O espírito não produzindo sua verdadeira
natureza não terá a alma paz, descanso, domínio próprio (Gn.41:18,
Is.57:15; Mt.5:15; Rm.8:15; Nm.5:14) Assim é que o homem deve
guardar seu espírito dos sentimentos da alma sem Deus (Ml.2:15),
dominar a sua alma, ou melhor dizendo, o ânimo da alma (Pv.16:32),
pelo arrependimento tornar-se em novo a nova lei, lei do espírito
(Ez.18:31) e confiar em Deus para transformar, isto é fazendo nascer em
nos a Lei do Reino de Deus que está entre nós, daí o Novo Nascimento, a
Lei de Deus no Fruto do Espírito, desta maneira teremos um novo
coração, o transplante real (Ez.11:19).
Quando as paixões vis exercem o domínio e a pessoa manifesta um
sentimento perverso, isso significa que a alma (a vida egocêntrica ou
vida natural, psíquica, pois psicologia significa estudo da alma),
está guerreando com o espírito humano e a vitória está no livre arbítrio,
isto é na escolha do homem pois este tem a vida e a morte, a bênção e a
maldição para escolher e o espírito e alma só agem na autorização desta
livre escolha no homem e para que o homem escolha bem é necessário
que conheça bem o seu interior e a Bíblia é o ÚNICO MANUAL e que porá
o homem no Éden da Vida e não correrá o mesmo perigo de Adão, não
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escolherá a morte pois quem da Árvore da Ciência comesse morreria
(Gn.3:3). Paulo convida o homem dizendo: “Examine o homem a si
mesmo...”. Portanto, se o homem tiver o conhecimento de Deus o seu
espírito será vitorioso e este terá o testificar do Espírito de Deus, caso
contrário, o espírito do homem continuará escondido sem expor a
natureza de Deus. O homem é vítima de seus sentimentos e apetites
naturais; e é “carnal”. O espírito já não domina mais, e essa, e essa
impotência em que o homem o deixa se descreve com um estado de
morte, note estado e não a morte. Dessa maneira há necessidade de
receber uma dosagem das coisa de Deus para que o espírito transmita o
seu dom natural e novo para o velho homem (Ez.18:31; Sl.51:10); e
somente Deus, que originalmente soprou no CORPO do homem o fôlego
da vida poderá sopra-lo na alma, o corpo do espírito, uma nova vida -
isto é, regenerá-lo. (Jo.3:8; 20:22; Cl.3:10) Quando assim sucede, o
espírito do homem novamente ocupa o lugar de ascendência, ele volta ao
lugar de origem, “façamos o homem a nossa imagem e
semelhança”, isto é, quando o arrependimento acontece em nossas
vidas e arrependimento significa:
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Tanto os homens como os animais possuem almas (Gn.1:20, a palavra
“vida” é “alma” no original) porém vida sem CONSCIÊNCIA, isto é, vida
ou alma inconsciente - animal e vida ou alma consciente- racional,
daí o texto que Paulo expressa: “... que o vosso seja culto racional”
(Rm.12:1). Podemos dizer que as plantas tem uma alma (no sentido de
um princípio de vida), mas não é uma alma CONSCIENTE.
A alma do homem o distingue dos animais. Os animais possuem uma
alma, mas é alma terrena que vive somente enquanto durar o corpo.
(Ec.3:21) A alma do homem é de qualidade diferente denso vivificada pelo
espírito humano. Como “toda carne não é a mesma carne”, assim
sucede a alma; existe alma humana e existe alma animal.
Evidentemente os homens fazem o que os animais, por serem
inferiores, não podem fazer, por muito inteligente que sejam; a sua
inteligência é de instinto e não proveniente da razão. Tanto os homens
como os animais constróem casas. Mas o homem progrediu, vindo, a
construir catedrais, escolas e arranha-céus, enquanto os animais
constróem suas casas hoje da mesma maneira como as construíam
quando Deus os criou. Os animais podem guinchar (como o macaco),
cantar (como o pássaro), falar (como o papagaio); mas somente o
homem produz a arte, a literatura, a música e as invenções científicas. O
instinto dos animais pode manifestar a sabedoria do seu Criador, mas
somente o homem pode conhecer e adorar o seu CRIADOR.
Para melhor ainda ilustrar o lugar elevado que ocupa o homem na
escala de vida, vamos observar os quatro degraus da vida, que se elevam
em dignidade um sobre o outro, conforme a independência sobre a
matéria:
1ª- A Vida Vegetal, que necessita de órgãos materiais para assimilar o
alimento;
2ª- A Vida Sensível, que usa os órgãos para perceber e Ter contato com
as coisa materiais;
3ª- A Vida Intelectual, que percebe o significado das coisa pela lógica, e
não meramente pelos sentidos;
4ª- A Vida Moral, que concerne á lei e á conduta. Os animais são
dotados de vida vegetativa e sensível; o homem é dotado de vida:
a- Vegetativa
b- Sensível
c- Intelectual e
d- Moral.
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A alma distingue o homem não somente das ordens inferiores, como
também das ordens superiores dos “anjos”, porque não tem corpos
semelhantes aos dos homens. O homem tornou-se um “ser vivente”,
quer dizer, a alma enche um corpo terreno sujeito ás condições terrenas.
Os “anjos” se descrevem como espíritos e não almas (Hb.1:14), porque
não estão sujeitos as condições materiais. Por essa mesma razão se
descreve Deus como “ESPÍRITO”. Mas os “anjos” são espíritos criados e
finitos, enquanto Deus é o ESPÍRITO ETERNO e INFINITO.
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corpo se separam, o corpo não existe mais; o que resta é apenas um
grupo de partículas materiais num estado de rápida decomposição.
2- A alma penetra e habita em toda a parte do corpo e afeta mais ou
menos diretamente todos os seus membros.
Este fato explica porque as Escrituras atribuem sentimentos ao
coração e aos rins, {notem, coração: as três partes da alma-
MENTE, VONTADE e EMOÇÃO, e a primeira divisão do espírito-
CONSCIÊNCIA} (Sl.73:21; Jó16:13; Lm.3:13; Pv.23:16; Sl.16:7;
Jr.12:2; Jó.38:36; ás entranhas (Fl.12; Jr.4:19; Lm.1:20; 2:11;
Ct.5:4; Is.16:11); e ao ventre (Hc.3:16; Jó20:23; 15:35; Jo.7:338).
Esta mesma verdade, de que a alma penetra o corpo, explica porque
em muitas passagens se descreve a alma executando atos
corporais. (Pv.13:4; Is.32:6; Nm.21:4; Jr.16:16; Gn.44:30;
Ez.21:17,22,28).
“AS partes externas e internas” é a expressão que
geralmente descreve o entrosamento da alma com o corpo
(Is.16:11; Sl.51:6; Zc.12:1; lIs.26:9; 1ºRs.3:28), (sendo o
espírito a parte escondida). Essas passagens descrevem as
partes externas e internas como o centro dos sentimentos, de
experiência. Mas notemos que não é o tecido material que pensa e
sente mas sim a alma operando através dos tecidos. Corretamente
falando, não é o coração de carne, mas sim a alma, por meio do
coração, que sente.
3- POR meio do corpo a alma recebe suas impressões do mundo. Essas
impressões percebem-se por estes sentidos: vista, audição, paladar,
olfato, e tato, e são transmitidas ao cérebro por meio do sistema
nervoso. Por meio do cérebro a alma elabora essas impressões pelos
processos do intelecto, da razão, da memória e da imaginação. A
alma age sobre essas impressões enviando ordens ás várias partes
do corpo através do cérebro e do sistema nervoso.
4- A alma estabelece contato com o mundo por meio do corpo que é
instrumento da alma. O sentir, o pensar, o exercer vontade, e outros
atos, são todos eles atividades da alma ou do “eu”. É o “eu” que vê
e não somente os olhos; é o “eu” o que pensa e não meramente o
intelecto; é o “eu” que joga a bola e não meramente o meu pé; é o
“eu” que pede n não simplesmente a língua ou os membros.
Quando um membro é ferido, a alma não pode funcionar bem por
meio do mesmo; em caso de lesão cerebral pode resultar a
demência. A alma então passa a ser como um mestre de música com
um instrumento danificado ou quebrado.
O PECADO E A ALMA
A alma vive na sua vida natural através dos instintos, termo que vamos
empregar por falta de outro melhor. Esses instintos são forças motrizes da
personalidade, com as quais o Criador dotou o homem para faze-lo apto
para uma existência terrena (assim como o dotou de faculdades
espirituais, {fruto do espírito} para faze-lo capaz de uma existência
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celestial). Chamamo-los instintos porque são impulsos congênitais
implantados dentro da criatura afim de capacita-las para fazer
instintivamente o que é necessário par originar e preservar a vida a vida
natural. Assim escreve o Dr. Leander Keyser: “Se o início de sua vida o
infante humano não tivesse certos instintos, não poderia
sobreviver, mesmo com o melhor cuidado paterno e médico”.
Vamos considerar os cinco instintos mais importantes.
1º- INSTINTO de AUTO-PRESERVAÇÃO. Nos avisa do perigo e nos
capacita a cuidar de nos mesmos;
2º- INSTINTO AQUISITIVO (a possuir), que nos conduz a adquirir as
provisões para o sustento próprio;
3º- INSTINTO de ALIMENTAR-SE, o impulso que leva a satisfazer a
fome natural.
4º- INSTINTO REPRODUTIVO que conduz á perpetuação da espécie.
5º- INSTINTO de DOMÍNIO que conduz a exercer certa iniciativa própria
necessária para o desempenho da vocação e das responsabilidades.
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CONCLUSÃO
Com a alma e o pecado fechamos o nosso assunto que tratou da
DOUTRINA ligada ao HOMEM. Na verdade os últimos parágrafos é o início
de outro ensino que se chama PECADO e este assunto vamos deixar para
uma outra oportunidade, apesar da DOUTRINA do PECADO está ligada a
DOUTRINA do HOMEM.
ESPERAMOS que este assunto: A NATUREZA do HOMEM ajude a todos
entenderem a sua natureza compostas de várias divisões. Se não
conhecermos bem a nossa vida nada entenderemos de nossa alma. Se
não entendermos bem nossa alma nada saberemos de nosso espírito e se
não entendermos o espírito humano é claro, nada entenderemos do
ESPÍRITO de DEUS.
INFELIZMENTE os homens estão preocupados em entender somente de
CORPO e agora, parecer que estão interessados em entender de ALMA,
daí os divãs dos PSICÓLOGOS cheios só que PSICOLOGIA em si não
resolve pois bem sabemos que a alma é apenas o corpo do espírito e o
importante não é a embalagem e sim o conteúdo.
PSICOLOGIA e o ESTUDO da ALMA. Vamos estudar a ALMA, entender o
CORPO com a finalidade de chegarmos ao ESPÍRITO.
PAULO escreve aos tessalonicenses;
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