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1a SÉRIE − 4o BIMESTRE
CADERNO DO ALUNO
4o BIMESTRE
Secretaria de Educação
Secretaria da Educação
SP FAZ ESCOLA
CADERNO DO ALUNO
1 a SÉRIE
ENSINO MÉDIO
4o BIMESTRE
Governador
João Doria
Vice-Governador
Rodrigo Garcia
Secretário da Educação
Rossieli Soares da Silva
Secretário Executivo
Haroldo Corrêa Rocha
Chefe de Gabinete
Renilda Peres de Lima
Bons Estudos!
Coordenadoria Pedagógica
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
SUMÁRIO
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Física..............................................................................................9
Tema 1: Universo – Sistema Solar................................................................ 9
Tema 2: Universo – Evolução, Hipóteses e Modelos................................ 18
Química.......................................................................................24
Biologia.......................................................................................42
Qualidade de Vida das Populações Humanas: A Saúde Individual
e Coletiva.................................................................................................. 42
Esperança de Vida..................................................................................... 45
Sobre Índices de Desenvolvimento Humano............................................ 51
Felicidade Interna Bruta............................................................................ 54
As Vacinas e a Saúde Humana.................................................................. 59
Soros e Vacinas.......................................................................................... 63
Saúde Pública e Saneamento Básico........................................................ 64
CIÊNCIAS HUMANAS
Geografia....................................................................................65
Tema 1: Os Domínios Naturais e os Biomas Terrestres............................. 65
Tema 2: Os Impactos Ambientais, suas implicações e as Políticas
de Preservação.......................................................................................... 72
História........................................................................................80
Filosofia.......................................................................................91
Filosofia e vida........................................................................................... 91
Tema: Filosofia Política – Democracia e cidadania: origens,
conceitos e dilemas / Desigualdade social e ideológica.......................... 92
Tema: Filosofia Política – Democracia e Justiça Social / Os Direitos
Humanos / Participação política................................................................ 98
Sociologia..................................................................................103
_O que nos desiguala como humanos.................................................... 103
LINGUAGENS
Arte...........................................................................................113
Tema: In[ter]venção: instantâneos poéticos na escola............................ 113
Planejando In[Ter]Venções....................................................................... 122
Língua Portuguesa....................................................................125
Língua Estrangeira Moderna....................................................144
Educação Física.........................................................................149
Unidade Temática: Luta........................................................................... 149
Unidade Temática: Ginástica................................................................... 154
MATEMÁTICA..................................................................... 161
Tema 1: Razões trigonométricas nos triângulos retângulos.................... 161
Tema 2: Razões trigonométricas em triângulos não retângulos.............. 171
Tema 3: Polígonos regulares, circunscrição e pavimentação
de superfícies.......................................................................................... 177
FÍSICA
QUÍMICA
CIÊNCIAS DA NATUREZA
BIOLOGIA
FÍSICA 9
FÍSICA
ATIVIDADE 1
TEMA: .....................................................................................
Projeto do pôster
Apresentação do pôster
ATIVIDADE 2
1. Não altere nenhum dado do simulador, apenas clique no ícone e observe a órbita rea-
lizada. Quando chegar em 365 dias na Terra (canto inferior direito), pause o simulador.
3. Meça o tempo que o planeta faz uma revolução inteira (Atenção! Veja que há velocidade
normal, acelerada e lenta. Caso precise, você pode colocar na velocidade lenta, para veri-
ficar melhor a revolução)
5. Deslize o seletor “Massa do Planeta”. Você manterá a distância até o Sol, mas substituindo
a Terra por um planeta com massa menor ou maior.
ATIVIDADE 3
Modo de fazer:
• Faça um furo de 1 cm de diâmetro ao centro em cada lado da caixa de papelão;
• Escolha um dos furos e faça outro orifício ao seu lado, para que a lanterna encaixe;
12 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
3. O que é um eclipse?
4. Sabendo que podem ocorrer eclipses lunares e solares, explique cada um deles.
5. As fases da Lua interferem em algum fenômeno natural? Se sim, qual? Explique como isso
acontece.
ATIVIDADE 4
Nesta atividade, será necessário utilizar o livro didático ou procurar em sites confiáveis na
Internet e, também, questionar conhecidos e trocar ideias com os colegas da sala.
1. Para que servem os satélites artificiais? Como eles são colocados em órbita na Terra?
2. Sabemos que diversos artefatos podem ser mantidos em órbita na Terra, em movimento
contínuo, a altíssimas velocidades, por longos períodos. Isso não exigiria o consumo de
muita energia? Explique.
3. Dos veículos espaciais relacionados a seguir, assinale aquele que deve possuir formato
aerodinâmico e asas para que possa ser controlado da atmosfera terrestre:
a) Satélite meteorológico
b) Ônibus espacial
c) Sonda espacial
d) Estação espacial
4. Por qual razão foguetes de lançamento precisam ser aerodinâmicos, mas estações espa-
ciais não?
b) Cada planeta possui uma velocidade fixa, de acordo com sua órbita
7. (ENEM) Na linha de uma tradição antiga, o astrônomo grego Ptolomeu (100-170 d.C.)
afirmou a tese do geocentrismo, segundo a qual a Terra seria o centro do universo, sendo
que o Sol, a Lua e os planetas girariam ao seu redor em órbitas circulares. A teoria de Pto-
lomeu resolvia de modo razoável os problemas astronômicos da sua época. Vários séculos
mais tarde, o clérigo e astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), ao encontrar
inexatidões na teoria de Ptolomeu, formulou a teoria do heliocentrismo, segundo a qual o
Sol deveria ser considerado o centro do universo, com a Terra, a Lua e os planetas girando
circularmente em torno dele. Por fim, o astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler
(1571- 1630), depois de estudar o planeta Marte por cerca de trinta anos, verificou que a
sua órbita é elíptica. Esse resultado generalizou-se para os demais planetas.
A respeito dos estudiosos citados no texto, é correto afirmar que:
a) Ptolomeu apresentou as ideias mais valiosas, por serem mais antigas e tradicionais.
c) Copérnico viveu em uma época em que a pesquisa científica era livre e amplamente incen-
tivada pelas autoridades.
e) Kepler apresentou uma teoria científica que, graças aos métodos aplicados, pôde ser tes-
tada e generalizada.
8. Assim como Copérnico, outros astrônomos e físicos também viveram em uma época em
que as pesquisas não eram bem-vindas, em especial a teoria do heliocentrismo, sendo
eles caçados pela Igreja Católica, escondendo-se, negando suas teorias e até sendo quei-
mados na inquisição. São exemplos desses físicos:
a) Aristóteles e Copérnico
b) Galileu Galilei e Kepler
c) Copérnico e Giordano Bruno
d) Galileu Galilei e Giordano Bruno
FÍSICA 15
9. Em sua busca pela compreensão do mundo em que vive, o homem, desde a antiguidade,
formulou diferentes modelos para o Universo. É incorreto afirmar que:
a) Giordano Bruno defendia a teoria de Aristóteles.
b) Aristóteles imaginou um sistema geocêntrico e Claudio Ptolomeu defendeu essa teoria.
c) Galileu defendeu o sistema heliocêntrico de Copérnico, utilizando argumentos baseados
em observações astronômicas feitas com uma pequena luneta.
d) As leis estabelecidas por Kepler para os movimentos planetários contribuíram para a subs-
tituição do modelo geocêntrico pelo heliocêntrico.
10. O Modelo de Sistema Solar, a Teoria da Relatividade e a Teoria do Big Bang foram formu-
lados, respectivamente, por:
a) Aristóteles, Leucipo de Mileto e Claudio Ptolomeu
b) Galileu Galilei, Albert Einstein e George Gamow
c) Galileu Galilei, Albert Einstein e Isaac Newton
d) Johannes Kepler, Albert Einstein e George Gamow
11. Por que, à medida que nos aproximamos ou nos afastamos do Sol, não o vemos maior ou
menor?
ATIVIDADE 5
Seu professor irá passar ou solicitar que você assista a um filme com cenas ocorridas no
espaço. Enquanto estiver assistindo ao filme, preste muita atenção para responder as seguintes
questões:
2. Diretor:__________________________________________________
_________________________________________________________
https://pixabay.com/pt/vectors/abstract-arte-c%C3%A2mera-cinema-design-1861459/
4. Sinopse:
8. Houve lançamento de foguete no filme? Se sim, relacione com seus conhecimentos físicos
e descreva como foi este lançamento.
FÍSICA 17
9. Quando as naves estão no espaço, elas permanecem com os motores desligados, porém
continuam voando. O que explica este fenômeno?
10. Geralmente, em filmes sobre o espaço, há cenas que mostram nosso planeta Terra. No
filme que você assistiu teve esta cena? Qual o referencial adotado neste momento?
12. Para encerrar, faça uma crítica ao filme utilizando os conhecimentos físicos que você obte-
ve durante este ano.
18 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
ATIVIDADE 1
Nascendo
É através das imensas nuvens moleculares imersas em nebulosas gasosas existentes nas galáxias
que se formam as estrelas. As nuvens moleculares são praticamente compostas de hélio e hidrogênio.
No interior da nuvem molecular, a parte mais densa colapsa gravitacionalmente, deixando o
centro mais quente e denso, formando a protoestrela. Para que uma protoestrela se transforme em
uma estrela, será necessário ter aproximadamente uma massa mínima 10% da massa do Sol.
Enquanto as estrelas estiverem transformando hidrogênio em hélio no núcleo, permanecem na
sequência principal. Do tempo de vida total de uma estrela, 90% é a fase da evolução, onde se man-
tem em equilíbrio hidrostático, sendo a massa que determina a temperatura e a luminosidade. Inter-
namente as estrelas apresentam: o núcleo, uma zona convectiva e uma zona radioativa.
O núcleo gera energia pela fusão do hidrogênio em hélio, que se transporta para fora por processos
radioativos ou convectivos dependendo das condições do gás (temperatura, densidade e opacidade).
Transformando
A parte externa da estrela se expande após utilizar grande parte do hidrogênio, e sua superfície
se resfria e ela assume uma coloração vermelha, denominada de gigante vermelha. A estrela pode se
transformar em uma supergigante vermelha se ocorrer uma nova expansão.
A partir do momento que o combustível nuclear se esgota, há aumento de temperatura ocasio-
nando a contração da estrela. Já em estrelas muito grandes, a quantidade de energia em prazo de
pouco tempo é tão grande que ela explode, num grande espetáculo, a essa fase se chama supernova
e as estrelas menores transformam-se em nebulosas planetárias.
FÍSICA 19
Morrendo
Encontramos em dicionários a definição de buraco como sendo uma cavidade, um furo, um orifício ou
qualquer abertura em um corpo. Ao estudarmos a respeito, percebemos que buraco negro não é, propria-
mente, um buraco, e sim o oposto, pois está cheio de matéria altamente condensada. Então a pergun-
ta é: como eles se formam? Esses fenômenos acontecem quando em uma estrela, que tem massa 20
vezes maior que a do Sol, acaba o seu combustível, não tendo mais capacidade para gerar pressão
suficiente para equilibrar o peso de suas camadas externas, então ocorre uma implosão seguida por
uma explosão. É um processo conhecido como “explosão de supernova”, gerando um buraco negro
no centro. O campo gravitacional em torno do buraco negro é tão forte que nada sai dele, nem mes-
mo a luz. Por meio da “Teoria Geral da Relatividade”, formulada pelo físico Albert Einstein, esse fenô-
meno terá uma explicação mais aprofundada.
Apenas as estrelas com massa muito grande conseguem evoluir a ponto de não ser mais capaz
de produzir energia suficiente para sustentar o seu próprio peso. Quando uma estrela tem massa me-
nor, como por exemplo, o Sol, não chega a evoluir até se transformar em buracos negros, mas terminam seu
ciclo de vida como uma anã branca.
Elaborado por Jussara Alves Martins Ferrari especialmente para o São Paulo Faz Escola
Gigante Vermelha
É o começo do fim da vida
de uma estrela. Ela
engorda muito e fica
vermelhona.
Anã Branca
É a "parte nobre" que sobra
quando uma gigante vermelha
morre. Muto quente e
compacta.
Supernova
É uma Super Gigante
Vermelha
explodindo. Dura
pouco no céu..
Buraco Negro
Pulsar
É uma estrela de nêutrons O caroço de uma
Anã Negra que gira muito rápido. As Supernova pode virar um
É uma Anã Branca que já estrelas de nêutrons é o buraco negro se sua massa
"morreu", ou seja, que caroço estelar que sobra de for grande.
gastou todo seu uma Supernova.
"combustível" nuclear. (GREF – Grupo de Reelaboração de
Ensino da Física – USP)
20 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
As estrelas de nêutrons são feitas de nêutrons? E o que são nêutrons? Certamente há muitos nêu-
trons nas estrelas de nêutrons, mas essa coisa é bem mais complicada do que parece. Aliás, como tudo
na vida. Você só precisa saber que o nêutron é uma das partículas constituintes dos átomos, mais preci-
samente do núcleo dos átomos. Há também os elétrons, que ficam em torno do núcleo, e os prótons,
que ficam junto dos nêutrons. Na estrela de nêutrons tudo é tão apertado que os elétrons são obrigados
a se unir ao núcleo e vira tudo uma coisa só. Saiba que essa é uma explicação ultra-super-hiper-simplifi-
cada da coisa. Um “caroço” com massa entre 1,5 e 3 massas solares diminui se transformando numa
estrela muito pequena e muito densa, chamada estrela de nêutrons. Essas estrelas têm cerca de 10 km
de diâmetro. Em uma colherinha de chá de sua matéria teríamos cerca de um bilhão de toneladas.
(Adaptado de GREF – Grupo de Reelaboração de Ensino da Física – USP)
5. Com relação a questão anterior, você não acha que é um tamanho muito pequeno para
algo que tem mais massa do que o nosso sol?
ATIVIDADE 2
2. Cite algumas condições mínimas que um planeta deve ter para desenvolver vida.
22 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
ATIVIDADE 3
Seu professor questionou a turma sobre como vocês acreditam que se deu a criação do
Universo. É bem provável que houve diversas ideias e teorias. Preencha a tabela abaixo desta-
cando as principais diferenças entre a sua ideia e a de algum outro colega:
ATIVIDADE 4
1. Desenhe uma linha do tempo das hipóteses e estudos sobre a criação e expansão do uni-
verso.
2. Avalie o grau de confiança dos astrônomos em relação ao fato de a Teoria do Big Bang
estar correta, dado que ela descreve eventos que aconteceram há aproximadamente 13,82
bilhões de anos.
FÍSICA 23
6. Em 1978, os físicos Robert Woodrow Wilson e Arno Allan Penzias receberam o Prêmio
Nobel de Física por uma descoberta que influencia e constata a Teoria do Big Bang. Expli-
que o que eles descobriram e qual a sua importância para a Física Moderna.
7. De acordo com o que foi relatado no vídeo, a teoria do Big Bang é perfeita? Comente.
Pensando na astronomia...
1. A astronomia é diferente de diversas ciências, pois não é possível realizar experimentos contro-
lados e repetidos sobre fenômenos astronômicos. Qual impacto você acredita que isso teve?
2. Existem pessoas que questionam por que a astronomia recebe financiamento de pesquisa,
já que lida com tópicos que estão distantes da vida cotidiana. Você acha importante este fi-
nanciamento? Justifique.
24 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
QUÍMICA
ATIVIDADE 1
Quantidade de matéria e sua unidade (mol)
Os números têm grande importância na sociedade atual, visto que a maioria das atividades
humanas envolvem algum tipo de contagem. Na ciência, os povos antigos já utilizavam os nú-
meros e as unidades de medidas para armazenar, comercializar e até mesmo controlar a produ-
ção de suas lavouras. Atualmente, temos formas de contagem e de cálculo mais sofisticadas. No
entanto, você sabe quantificar a matéria?
1A De acordo com o tema “Quantidade de matéria e sua unidade (mol)”, discuta com seus
colegas as seguintes questões:
1. Como podemos representar quantidades de frutas? E de grãos?
2. Quais grandezas podem ser consideradas?
3. Existe alguma grandeza para determinar a quantidade de átomos? Qual seria o padrão
de medida?
4. Como é possível medir a massa de um átomo?
1B Após a discussão, registre as suas ideias e hipóteses com relação a cada situação-problema:
Questões Hipóteses
1. Como podemos representar quantidades de frutas? E de
grãos?
Tabela 1.1
QUÍMICA 25
https://pixabay.com/pt/photos/frutas-mercado-alimentos-
saud%C3%A1vel-3281162/
https://pixabay.com/pt/photos/donuts-filh%C3%B3s-massa-
de-p%C3%A3o-3463531/
https://pixabay.com/pt/photos/ovos-l%C3%A1cteos-
alimentos-cozer-1949829/
https://pixabay.com/pt/photos/banana-musa-frutas-
d%C3%BAzia-nutri%C3%A7%C3%A3o-3757462
https://pixabay.com/pt/photos/gr%C3%A3os-de-milho-
feij%C3%A3o-sementes-563128/
• Escreva algumas formas de contagem para esses alimentos, registre na tabela 1.2 e socia-
lize com seus colegas:
Rosquinha
Ovo
Tabela 1.2
• Utilizando-se como referência o feijão, cuja massa aproximada para cada unidade é de
0,40g, preencha a tabela 1.3, informando as unidades e a massa (em gramas) de acordo
com as quantidades apresentadas. Caso seja necessário, realize uma pesquisa envolvendo
as quantidades requeridas:
Dezena
Dúzia
Vintena
Centena ou cento
Milhar ou milheiro
Tabela 1.3
26 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
• Calcule a quantidade de grãos de feijão, contidos em 1kg desse alimento. Considere que
todos os grãos sejam iguais.
• Adote o número calculado de grãos em 1kg de feijão, como sua unidade de quantidade
de grãos. Crie um nome e um símbolo para essa unidade:
Unidade de quantidade
Nome Símbolo
de grãos
Tabela 1.4
• Complete a frase: “Assim como em uma dúzia (1 dz) temos 12 unidades, em um(a)
_____________ (1___) temos _______________ grãos”.
• Tendo como base a unidade criada para a contagem de grãos, complete a tabela 1.5.
Dados: massa de 1 grão de arroz= 0,020g; massa de 1 grão de feijão= 0,40g.
5000
20kg
10kg
Tabela 1.5
Descritor SAEB Mat. 3ª EM - D 15: Resolver problema que envolva variação proporcional, direta ou inversa, entre grandezas.
Isso equivale que em 12g de carbono existem aproximadamente 602 sextilhões de átomos de carbono
(6,02.1023). Esse número gigantesco ficou conhecido como constante de Avogadro, em homenagem a
Lorenzo Romano Amedeo Carlo Avogadro, cientista italiano que defendeu as ideias de Dalton no iní-
cio do século XIX, ajudando a estabelecer a concepção atomística da matéria.
Usa-se a unidade mol para expressar quantidades de quaisquer espécies químicas:
1 mol de átomos de sódio = 6,0.1023 átomos de sódio
1mol de moléculas de água= 6,0.1023 moléculas de água
Observação: A massa de 1 mol de átomos de C é 12g, ou seja, a massa molar do carbono é 12g/mol.
De modo semelhante, 6,0.1023 moléculas de água, ou seja, 1 mol de H2O, apresenta massa molar
18g/mol.
Fonte: Material de Apoio ao Currículo do Estado de São Paulo: Caderno do Professor, Química, EM, 1ª série- São Paulo: SEE, 2014.
1F Complete a tabela 1.6 conforme solicitado. Pesquise na tabela periódica as massas atômi-
cas, caso seja necessário.
Carbono
Gás oxigênio
Água
Cloreto de sódio
Tabela 1.6
1G Utilizando a unidade de quantidade, criada no item 1C, relacione com a unidade de quan-
tidade de matéria (mol), registre na tabela 1.7.
Unidade de Unidade de
quantidade de grãos quantidade de matéria
Nome da unidade
Símbolo
Massa de matéria estabelecida
como padrão
Número de partículas nessa
porção de matéria
Tabela 1.7
1H Retome as suas hipóteses construídas no item 1.B e verifique e/ou reelabore suas ideias
para a construção das considerações finais.
ATIVIDADE 2
2B Após a discussão, registre as suas ideias e hipóteses com relação a cada situação-problema:
Questões Hipóteses
1.
Como podemos prever as quantidades de
reagentes e produtos em uma transformação
química?
2. Na produção de ferro, os valores calculados
(teóricos) correspondem aos valores reais
(prática)? Por quê?
3.Como podemos determinar a quantidade de
energia liberada/ absorvida em uma transfor-
mação química? É possível classificá-la?
Tabela 2.1
30 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
Wilian, funcionário da empresa “Sodax”, está aflito com um problema que surgiu no equipamento. Sua
função se restringe em colocar os valores das quantidades de matérias-primas, que o computador rea
lizaria os cálculos. Devido ao problema, não foi possível produzir a quantidade de material diário espe-
rado. A empresa precisará produzir uma quantidade muito maior de soda cáustica para repor o que
faltou, além da produção normal, a fim de cumprir o prazo dado pelo comprador, pois o conserto do
equipamento irá demorar muito, segundo os técnicos. A soda cáustica é uma matéria-prima imprescin-
dível para a fabricação de produtos tais como papel, tecidos, detergentes, alimentos, biodiesel entre
outros.
Auxilie Wilian com o cálculo das quantidades de reagentes para a produção de soda cáustica (hidróxi-
do de sódio), sabendo-se que normalmente a empresa produzia 1,5 toneladas por dia, mas com o
problema ocorrido, a empresa só produziu 1,0 tonelada do produto. Siga as etapas I, II, III e IV da
tabela 2.2 e responda a pergunta.
2E Nos altos-fornos das indústrias siderúrgicas, qual deve ser a massa de carvão (consideran-
do que o carvão contenha apenas o elemento carbono) necessário para obter 2t (tonela-
das) de ferro? O preenchimento da tabela 2.4, o ajudará a responder à questão. Dadas as
massas molares: Fe=56g/mol; C=12g/mol; O=16g/mol.
Proporção em mol
Proporção em massa
Proporção em partículas
Massa de C necessária para
produzir 2t de Fe
Tabela 2.4
2F Uma das etapas da produção de cobre metálico, a partir da calcosita (Cu2S) consiste em
aquecê-la na presença de oxigênio. Qual a massa de cobre e de SO2 produzidas partindo-
-se de 954g de calcosita? Dadas as massas molares: O= 16,0g/mol; S= 32,0g/mol; Cu=
63,5g/mol.
32 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
Cu2S + O2 ➝ 2 Cu + SO2
Proporção em mol
Proporção em massa
Proporção em partículas
Massa de Cu e massa de
SO2 formadas a partir de
954g de calcosita
Tabela 2.5
2G Sabendo-se que a combustão completa do etanol (C2H6O) produz CO2 e água, determine:
2H Retome as suas hipóteses construídas no item 1B e verifique e/ou reelabore suas ideias
para a construção das considerações finais.
QUÍMICA 33
3.
Como podemos determinar a
quantidade de energia liberada/
absorvida em uma transformação
química? É possível classificá-la?
Tabela 2.6
Habilidades envolvidas:
• Representar as quantidades de substâncias em termos de quantidade de matéria (mol);
• Calcular massas molares das substâncias;
• Realizar cálculos envolvendo massa, massa molar, quantidade de matéria, energia e
número de partículas;
• Prever as quantidades de reagentes e produtos envolvidos nas transformações químicas
em termos de massas e quantidade de matéria (mol).
ATIVIDADE 3
Impactos sociais e ambientais decorrentes da extração de matérias-
primas e da produção de ferro, cobre e outros metais
A exploração de minérios metálicos e a produção de utensílios foi um alicerce para o pro-
gresso da civilização. A presença destes materiais é notória e imprescindível na sociedade con-
temporânea.
Porém, você conhece os impactos sociais e ambientais decorrentes da extração de maté-
rias-primas e da produção de metais?
34 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
1. Quais os minérios metálicos que você conhece? Quais metais conseguimos produzir na
indústria?
3. Você conhece algum método utilizado no Brasil para a exploração de minérios? Poderia
ser sustentável?
4. Existem hábitos de uso dos metais (ferro, cobre, aço, alumínio) que poderia reduzir a
poluição e os impactos pelo descarte?
3B Após a discussão, registre as suas ideias e hipóteses com relação a cada situação-problema:
Descritor SAEB LP, 3º EM - D 5 Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso.
Habilidade Currículo LP 1º EM, 4º Bim: Posicionar-se criticamente [...], defendendo ponto de vista coerente a partir de argumentos. p. 86.
Descritor SAEB LP, 3º EM-D 8: Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.
3D Produção do Aço
De acordo com as orientações de seu professor, retome o tema da pro-
dução do ferro e do cobre. Na sequência, assista ao vídeo “A Química do
Fazer – Metais – Episódio: Siderurgia (parte 2)” para ampliar seus conheci-
mentos sobre a produção do aço. O vídeo está disponível em:
http://research.ccead.puc-rio.br/sites/reas/video/a-quimica-do-fazer-
metais-siderurgia-parte-2/.
• Registre, em seu caderno, como acontece a produção do aço, a importância e o uso deste
na sociedade; descreva como ocorre o envolvimento da energia na produção e evidencie
os procedimentos de reciclagem;
3E Produção do Alumínio
Nas atividades anteriores, pôde-se perceber os diversos tipos de metais, assim como foi
possível notar que há diversas formas de sofisticação e usos no cotidiano. Em continuidade ao
tema, responda às indagações:
I) Você sabe de onde vem o alumínio?
II) Quais objetos você conhece que são feitos de alumínio?
III) O alumínio pode ser reciclado?
IV) O prazo de validade dos refrigerantes em embalagens tipo PET é igual ao que é armaze-
nado em embalagem de alumínio?
V) Qual a importância e o uso do alumínio na sociedade (destaque como
ocorre o envolvimento da energia na produção).
Neste propósito, assista ao vídeo “A Química do Fazer – Metais –
Episódio: Alumínio”, disponível em: http://research.ccead.puc-rio.br/sites/
reas/video/a-quimica-do-fazer-metais-aluminio/ e responda às questões
em seu caderno. Socialize e discuta com seus colegas as suas ideias e de-
pois organize suas hipóteses.
QUÍMICA 37
Tabela 3.2
Descritor SAEB LP, 3º EM - D 14 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
Habilidades envolvidas:
• Identificar as principais formas de poluição geradas na extração e produção de ferro, de
cobre e de outros metais;
• Avaliar os impactos ambientais decorrentes da extração e da metalurgia de minérios de
ferro e de cobre e de outros metais.
38 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
ATIVIDADE 4
Reciclagem de Metais
Como estudamos anteriormente, os metais são materiais muito utilizados no dia a dia, por
suas propriedades atenderem as necessidades sociais e econômicas. Porém, muitos materiais
estão sendo descartados nos lixões e aterros, sem considerar seu potencial de reciclagem.
https://pixabay.com/pt/photos/ferro-velho-metal-res%C3%ADduos-lixo-2441432/
4B Após a discussão, registre as suas ideias e hipóteses com relação a cada situação-problema:
4D Tendo como base o vídeo “A Química do Fazer – Metais – Episódio: Alumínio” estudado
na atividade 3.E- Produção do Alumínio, considere a economia de energia na reciclagem
de uma lata de alumínio e compare o processo de produção da matéria-prima com os
processos de reciclagem. Realize uma pesquisa considerando o consumo de latas que os
alunos utilizam e, com base nos dados do vídeo, faça uma estimativa da quantidade de
economia de energia possível de ser realizada na sua escola.
Descritor SAEB LP 3º EM - D 11 Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto (visual e auditivo).
https://pixabay.com/pt/photos/telefone-celular-mobile-smartphone-3734545/
https://pixabay.com/pt/photos/lixo-eletr%C3%B4nico-computadores-704513/
https://pixabay.com/pt/photos/lixo-eletr%C3%B4nico-placas-622419/
QUÍMICA 41
Pesquise sobre os eletrônicos mais consumidos no seu município e diante dos dados levan-
tados, desenvolva uma proposta de intervenção, considerando a reciclagem de lixo eletrônico
no município, indicando os aspectos ambientais, econômicos e de empreendedorismo.
Habilidades envolvidas:
• Avaliar os impactos ambientais decorrentes da extração e da metalurgia de minérios de
ferro, cobre e de outros metais.
42 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
BIOLOGIA
1. Você associaria alguma(s) dessas imagens à ideia de saúde? Quais? Justifique e registre
sua resposta no espaço abaixo.
2. Indique, no espaço a seguir, por meio de imagens, pelo menos mais quatro itens que po-
dem ser relacionados ao conceito e/ou à manutenção da saúde, além dos já mencionados
por meio das imagens anteriores.
44 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
Trata-se de um direito social, inerente à condição de cidadania, que deve ser assegurado sem distinção
de raça, de religião, ideologia política ou condição socioeconômica; a saúde é assim apresentada
como um valor coletivo, um bem de todos.
No Brasil, a saúde é um dos direitos à cidadania fixado na Constituição de 1988. Os artigos 196, 197,
198 e 199 abordam este tema. É dever do estado garantir boas condições de acesso à saúde. O SUS
(Sistema Único de Saúde) foi criado para democratizar e ampliar o acesso gratuito.
Elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola.
Após a leitura compartilhada do texto, participe da roda de diálogo a partir das seguintes
questões:
Considerando as atividades anteriores e o texto acima, reúna-se com seu grupo para apro-
fundar os estudos sobre uma das temáticas apresentadas a seguir.
A partir da pesquisa, elaborem um seminário para socialização dos resultados obtidos. Para
tanto, siga também as orientações mais detalhadas, que serão repassadas pelo(a) professor(a).
BIOLOGIA 45
Importante: Todos os grupos devem preparar material para compor um painel coletivo a ser
exibido para a comunidade escolar.
ESPERANÇA DE VIDA
Neste momento, iniciaremos um diálogo sobre a esperança de vida ao nascer. Para isso,
convidamos você a responder alguns questionamentos e discutir com o(a)s colegas da sua sala,
com a mediação do(a) professor(a).
3. Qual é a sua expectativa de vida quanto ao tempo, ou seja, até quantos anos você acredi-
ta que chegará? Comente.
46 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
Para compreender melhor o que significa e quais os aspectos envolvidos para definição da
“esperança de vida ao nascer”, analise a tabela abaixo e responda às questões propostas.
A média é um valor bastante útil, quando desejamos comparar dois ou mais grupos de dados. Ela
pode dar uma ideia de qual a tendência geral de um grupo quanto a certa medida. A fórmula para
calcular qualquer média é:
soma de todas as medidas
Média =
número de medidas
a) Indique os cinco estados que possuem a maior média de esperança de vida. Quais são os
fatores que você atribui para isso?
48 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
b) Indique os cinco estados que possuem a menor média de esperança de vida. Quais são os
fatores que você atribui para isso?
c) Esperança de vida está diretamente ligada à “Qualidade de Vida”. Converse com o(a)s
colegas e faça uma lista de fatores de “qualidade de vida” que podem influenciar a espe-
rança de vida.
5. Nem todas as regiões de uma cidade possuem as mesmas características sociais, econô-
micas e ambientais. Em grandes metrópoles como São Paulo, isto fica mais evidente em
função do seu tamanho e diversidade de condições, causando impactos na qualidade de
vida e, consequentemente, na esperança de vida da população.
baixo estão alguns indicadores de oito bairros/distritos da Capital que servirão para uma
A
análise parcial da condição da qualidade de vida local.
*1 – Média de idade com que as pessoas morreram, por local de residência. A média é obtida a partir da divisão da
soma das idades ao morrer pelo total de óbitos por todas as idades, ocorridos em determinado ano e localidade.
BIOLOGIA 49
Ano-base: 2016. Fontes do indicador: SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade)/ SMS (Secretaria Municipal
de Saúde)/ PRO-AIM (Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade)/ CEInfo (Coordenação de
Epidemiologia e Informação).
*2 – Número de salas de cinema, municipais, estaduais, federais e particulares, por 10 mil habitantes. Ano-base: 2016.
Fontes do indicador: SMC (Secretaria Municipal de Cultura)/Guia da Folha de São Paulo, IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), Elaboração e Projeção: SMUL (Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento) -
Departamento de Produção e Análise de Informação/ Deinfo.
*3 – Número de árvores no sistema viário por distrito administrativo. Ano-base: 2016. Fontes do indicador: SMUL
(Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento)/GeoSampa.
*4 – Porcentagem de domicílios em favelas sobre o total de domicílios da região. Ano-base: 2016. Fontes do indi-
cador: SEHAB/Habisp (SecretariaMunicipal de Habitação), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
- Censo Demográfico 2010, Elaboração: SMUL (Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento) - Departa-
mento de Produção e Análise de Informação/ Deinfo.
*5 – Remuneração média do emprego formal em dezembro. Valores em reais (R$). Ano-base: 2015. Fontes do indica-
dor: RAIS (Relação Anual de Informações Sociais)/MTPS (Ministério do Trabalho e Previdência Social). Elaboração:
DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Vamos pensar!
Analisando a tabela anterior, responda às questões a seguir.
• É possível dizer que a qualidade de vida é a mesma para todos os moradores do município
de São Paulo? Justifique.
• Comparando o tempo de vida e a remuneração mensal é possível afirmar que, quanto maior
a renda de uma pessoa, maior é a sua esperança de vida? Justifique, citando exemplos.
• Compare os bairros de Guaianases e Moema. Você acredita que as médias obtidas pelos
itens a e b correspondem à realidade desses bairros? Responda à questão, apontando as
diferenças observadas entre esses dois bairros. Comente.
Desafio:
• Reúna-se com seu grupo e pesquise informações sobre sua cidade e compare os dados entre bairros.
Elabore propostas para seu bairro e/ou região, visando a melhoria da qualidade de vida de toda a po-
pulação local. Participe da roda de diálogo e discuta com o(a)s colegas e professor(a) sobre a qualidade
de vida e a esperança de vida da região onde você vive. Procure articular as informações obtidas por
meio da pesquisa com os conhecimentos construídos ao longo dos estudos de biologia.
Ao final, vocês irão elaborar um documento com essas sugestões para o poder público local.
O(A) professor(a) apresentará um roteiro mais detalhado com os procedimentos para a concretização
desse desafio.
BIOLOGIA 51
SAIBA MAIS!
As Armadilhas da Média
Em matemática, a média aritmética é aquela em que se calcula um valor mais pró-
ximo possível de um conjunto de dados. É obtida somando-se todos eles e depois
dividindo o resultado da soma pelo número de dados somados. Numericamente,
expressa, de fato, um valor que representa o meio termo de um cálculo, porém é
preciso ter clareza do que se tratam os dados e o que eles representam. O valor
médio, de uma determinada situação, pode mascarar o que de fato ocorre, depen-
dendo do caso. Vejamos um exemplo hipotético a seguir:
Durante uma pesquisa numa determinada cidade, verificou-se que o município pos-
suía um total de 400 ruas e avenidas. Ao verificar a arborização das vias públicas,
notou-se que apenas 100 delas tinham árvores plantadas e que cada uma possuía
16 árvores. Ao final da pesquisa, calculou-se que, na MÉDIA, a cidade tinha 8 árvo-
res em cada via.
TEXTO 1
Desigualdade em Pauta
Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvol-
vimento (Pnud) o Brasil é o 10º país mais desigual do mundo, num ranking de mais de 140 países. Para
se ter ideia, com base nos dados de 2015, em cada 10 pessoas, 6 delas têm uma renda per capita
média de até R$ 792,00 por mês. De fato, 80% da população brasileira – 165 milhões de brasileiras e
brasileiros – vivem com uma renda per capita inferior a dois salários mínimos mensais. Uma pequena
parcela da população tem rendimentos relativamente altos, já que os 10% mais ricos do Brasil têm
rendimentos per capita de, em média, R$ 4.510,00, e o 1% mais rico do País recebe mais de R$
40.000,00 por mês. A desigualdade se mostra ainda mais evidente quando comparamos a renda mé-
dia do homem brasileiro, que era de R$ 1.508,00 em 2015, enquanto a das mulheres era de R$ 938,00.
52 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
Mantida a tendência dos últimos 20 anos, as mulheres terão equiparação salarial somente em 2047.
Por fim, considerando todas as rendas, brancos ganhavam, em média, o dobro do que ganhavam
negros, em 2015: R$ 1.589,00 em comparação com R$ 898,00 por mês. Em vinte anos, os rendimentos
dos negros passaram de 45% do valor dos rendimentos dos brancos para apenas 57%. Se mantido o
ritmo de inclusão de negros observado nesse período, a equiparação da renda média com a dos
brancos ocorrerá somente em 2089.
Fonte: Relatório anual da Oxfam Brasil - 2017: “A distância que nos une”.
Disponível em: https://www.oxfam.org.br/sites/default/files/arquivos/relatorio_2017_v5.0_hc_201218.pdf
Acessado em 30 de maio de 2019
TEXTO 2
Realidade & Igualdade ou Desigualdade?
A esperança de vida dos brasileiros aumentou, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística). Vários foram os fatores que propiciaram essa ascensão, dentre os quais, podemos desta-
car o crescimento econômico do país, acesso à água tratada e esgoto, aumento do consumo etc. De
acordo com o IBGE, em 2017, a média de vida de um cidadão brasileiro era de 76 anos. Conforme
demonstram os estudos, esse item é um importante indicador social, que serve para avaliar a qualida-
de de vida de uma população de um determinado lugar.
Contudo, apesar do aumento nos índices desse indicador social, o país ainda encontra-se abaixo da
realidade de muitos países desenvolvidos. O percentual médio do Brasil, no quesito esperança de
vida, não reflete totalmente a realidade, pois muitas particularidades regionais são camufladas. Deste
modo, temos diversos percentuais de expectativa de vida que oscilam de acordo com cada estado.
Elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola.
Maranhão 70,9
Piauí 71,2
Rondônia 71,5
Roraima 71,8
Alagoas 72,0
Amazonas 72,1
Pará 72,3
Sergipe 72,9
Paraíba 73,5
Tocantins 73,7
Bahia 73,7
Ceará 74,1
Amapá 74,2
Acre 74,2
Pernambuco 74,3
Goiás 74,3
Mato Grosso 74,5
Mato Grosso do Sul 75,8
Rio Grande do Norte 76,0
Brasil 76,0
Rio de Janeiro 76,5
Paraná 77,4
Minas Gerais 77,5
Rio Grande do Sul 78,0
São Paulo 78,4
Distrito Federal 78,4
Espírito Santo 78,5
Santa Catarina 79,4
66 68 70 72 74 76 78 80 Anos 82
Fonte: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/23200-em-2017-
expectativa-de-vida-era-de-76-anos. Acessado em: 17 de maio de 2019
VAMOS PENSAR?
1. Identifique a ideia central dos textos 1 e 2. Seria a mesma para ambos os textos? Comente.
2. Os dados apresentados nos dois textos conseguem passar uma ideia de igualdade ou
desigualdade da população brasileira? Justifique.
54 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
TER QUALIDADE DE VIDA É SER FELIZ? OU SER FELIZ É TER QUALIDADE DE VIDA?
O QUE É FELICIDADE PARA VOCÊ?
Vocês entendem que ter uma boa saúde é uma riqueza? Ter um ambiente ecologica-
mente equilibrado pode ser considerado um aspecto positivo para o desenvolvimento de
uma comunidade?
DIVERSIDADE BEM-ESTAR
CULTURAL PSICOLÓGICO
USO DO
EDUCAÇÃO
TEMPO
BOA
SAÚDE
GOVERNANÇA DIVERSIDADE
ECOLÓGICA
Faça uma pesquisa sobre os nove domínios que regem a Felicidade Interna Bruta (FIB), e
registre os princípios de cada um, conforme segue.
56 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
1. VITALIDADE COMUNITÁRIA______________________________________________________
3. USO DO TEMPO________________________________________________________________
6. SAÚDE_________________________________________________________________________
7. EDUCAÇÃO____________________________________________________________________
9. PADRÃO DE VIDA_______________________________________________________________
58 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
O que você achou da proposta do Butão em calcular a Felicidade de sua população e usar
os índices como indicadores de políticas públicas? Esse índice poderia ter um impacto positivo
sobre a saúde da população? Comente.
Você acredita que o Brasil poderia implantar um índice semelhante? Justifique sua resposta.
Sobre Educomunicação
Educomunicação é uma maneira de unir educação com comunicação, que defende o di-
reito que as pessoas têm de produzir e difundir informação e comunicação no espaço educativo.
As pessoas não só leem cartilhas, manuais, jornal, ouvem o rádio e veem televisão – mas tam-
bém fazem cartilhas, manuais, jornal, rádio e televisão. É uma forma de educar por meio da uti-
lização dos recursos de mídia, com o objetivo de desenvolver um trabalho coletivo.
O ponto alto da educomunicação é proporcionar a você, estudante a oportunidade de
colocar a mão na massa, produzindo materiais a partir do seu ponto de vista.
A vacina é uma substância produzida a partir de uma preparação de elementos biológicos que confere
imunidade adquirida ativa para uma determinada doença. Ela possui um agente que se assemelha ao
microrganismo causador da doença e é muitas vezes feita a partir das toxinas do causador, por suas
partes enfraquecidas ou mortas, ou de uma das suas proteínas de superfície. O agente ativa o sistema
imunológico da pessoa, que passará a reconhecê-lo como uma ameaça e, posteriormente, irá destruí-lo,
deixando ainda, um registro dele para que o organismo reconheça a ameaça com facilidade e de forma
rápida. Assim, o corpo do indivíduo cria uma “memória” sobre o agente causador e tem seu sistema de
defesa pronto para agir, já que quanto menor for o tempo de resposta, melhor serão os resultados.
Vírus e bactérias podem ser os causadores de inúmeras doenças, mas algumas vezes a vacina serve
para neutralizar apenas a toxina produzida por eles e não especificamente suas estruturas. Em outros
casos, o problema não é o vírus ou a bactéria em si, mas a sua quantidade dentro do corpo. Neste
caso, o combate estará voltado para conter a taxa de multiplicação (reprodução) no organismo e nas
células hospedeiras.
Poliomielite, tuberculose e sarampo são algumas doenças que possuem vacinas descobertas há muito
tempo. A primeira delas veio por meio do trabalho do médico britânico Edward Jenner, em 1796, com
a varíola.
Depois disso, muitas outras foram descobertas e produzidas em grande escala como forma de atender
as populações por meio de políticas públicas de saúde em vários países.
Texto elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola.
60 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
• Qual a relação entre as vacinas e o sistema imunológico? Responda por meio de uma re-
presentação esquemática no espaço abaixo:
• Faça uma pesquisa a respeito do plano nacional de vacinação e verifique quais doenças
estão cobertas por esta ação governamental. Qual a importância dessa ação para a saúde
pública?
BIOLOGIA 61
• Consulte sua carteira de vacinação e aproveite para verificar se as vacinas indicadas, para
a sua faixa etária, estão em dia. Cite quais vacinas você tomou e de quais agentes patoló-
gicos elas visavam te proteger. Registre os dados no quadro abaixo.
Um Pouco de História!
O Movimento Antivacina
O movimento antivacina surgiu a partir de ideias equivocadas, dentre as quais, medo de possíveis
efeitos colaterais, questões religiosas, etc., que reúne pessoas do mundo todo, posicionando-se con-
tra a imunização e desconsiderando as consequências negativas para a saúde pública em geral.
BIOLOGIA 63
Leia pelo menos uma das notícias indicadas e se prepare para participar da roda de diálo-
go sobre o assunto, que será organizada pelo(a) professor(a). Aproveite para apresentar suas
ideias e esclarecer as dúvidas. Para finalizar, elabore um cartaz ou uma notícia para WhatsApp de
modo a desmistificar as ideias equivocadas presentes no movimento antivacina.
SOROS E VACINAS
Faça uma pesquisa para saber, em linhas gerais, quais as diferenças básicas entre Soros e Vaci-
nas e registre no espaço a seguir.
Soros Vacinas
A partir dos dados obtidos com a pesquisa, vocês irão elaborar um roteiro e produzir um
vídeo, tipo documentário, que terá a função de esclarecer a comunidade escolar, do entorno e
da região, sobre essa importante questão de saúde pública.
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
CIÊNCIAS HUMANAS
FILOSOFIA
SOCIOLOGIA
GEOGRAFIA 65
GEOGRAFIA
b) No excerto: “O sistema terrestre é composto por “esferas” que interagem entre si”. Expli-
que o funcionamento das estruturas terrestres a partir de sua classificação e composição,
e como a ideia de conjunto se aplica a elas.
c) Cada “esfera” terrestre possui uma dinâmica própria. Descreva as condições e contribui-
ções de cada uma para o desenvolvimento da vida no Planeta Terra.
1
Imagem 1. Fonte: Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/onda-%C3%A1gua-surf-oceano-
-mar-3445011/ Acesso em: 11 de Jun. de 2019.
Imagem 2. Fonte: Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/bryce-canyon-arco-natural-pon-
te-918937/Acesso em: 11 de Jun. de 2019.
Imagem 3. Fonte: Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/nuvem-c%C3%A9u-clima-
-mudan%C3%A7a-clim%C3%A1tica-4239928/ Acesso em: 11 de Jun. de 2019.
Imagem 4. Fonte: Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/dubai-vista-arquitetura-emira-
dos-1120373/ Acesso em: 11 de Jun. de 2019.
Imagem 5. Fonte: Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/patag%C3%B4nia-geleira-gelo-extre-
mo-1031225/ Acesso em: 11 de Jun. de 2019.
GEOGRAFIA 67
d) Como é denominada a esfera onde ocorre o desenvolvimento da vida? Justifique sua resposta.
VOCÊ SABIA?
Podemos encontrar na natureza evidências das mudanças climáticas ao longo da
História da Terra. As rochas sedimentares, o gelo, os corais, os anéis de árvores, a
lama do fundo oceânico e os espeleotemas (Estalactites, Estalagmites, Flor de Ara-
gonita, Colunas, Pérola de Caverna, entre outras) são fontes importantes de regis-
tros sobre o clima pretérito do planeta.
Para aprofundar os estudos sobre o tema, sugerimos os seguintes materiais:
Pesquisa-se o clima do passado na formação de estalactites e estalagmites
• Agência Iberoamericana para a Difusão da Ciência e Tecnologia. O texto apre-
senta um resumo de uma tese de doutorado sobre o estudo do clima do passado
na formação dos denominados espeleotemas, as estalactites e estalagmites. Dispo-
nível em: http://www.dicyt.com/viewNews.php?newsId=27103 Acesso em: 11 de
Jun. de 2019.
Mapa dos Biomas Terrestres. Fonte: Wikimedia Commons (Sten Porse - CC-BY-SA-3.0). Disponível em: https://commons.wikimedia.
org/wiki/File:Vegetation-no-legend.PNG Acesso em: 08 de Maio de 2019. (Adaptado especialmente para o São Paulo Faz Escola).
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NP
Diversidade de espécies terrestres de animais e vegetais
352-(d2'((&.(57,,,
Baixo Alto
b) Indique em quais regiões terrestres a diversidade de espécies é baixa. E por que isso acontece?
6000m 6000m
Glaciares Glaciares
5000m 5000m
Glaciares Rochas Nuas
4000m 4000m
Rochas Nuas Estepe
3000m 3000m
Estepes Esparsas Árvores Esparsas
2000m 2000m
Floresta de Coníferas Savana
1000m 1000m
Floresta Temperada Floresta Densa
0m 0m
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Correntes marítimas
Trópico de Câncer
Equatorial Mediterrâneo Correntes quentes
Subtropical Frio
Zonas climáticas Trópico de Capricórnio
Desértico Polar
Polar
Semiárido Frio de montanha
Temperada
Círculo Polar Antártico
Intertropical
www.ibge.gov.br 0800 721 8181
TEXTO 1
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é um dos mais importantes sistemas meteorológicos
tropicais. É decorrente de um sistema de baixa pressão atmosférica, que se forma em baixa latitudes
coincidindo com o Equador Térmico da Terra. Associada aos ventos alísios (ventos gerados pela rota-
ção da Terra e que chegam a ocupar 1/3 da superfície do planeta, soprando de NE no hemisfério
norte e de SE no hemisfério sul), tem uma grande influência nos sistemas de precipitação da Região
Norte e Nordeste do Brasil. Conforme as estações do ano vão se alterando, a ZCIT tem um desloca-
mento que pode chegar a latitude de 8°N, durante o verão do hemisfério norte, até 6ºS de latitude,
no verão do hemisfério sul.
A permanência mais longa ou curta da ZCIT em torno de suas posições mais ao sul é o fator mais im-
portante na determinação da qualidade da estação chuvosa no norte do Nordeste (NNE) do Brasil,
pois é isso que determina a duração da estação chuvosa. Em anos secos, a ZCIT permanece em suas
posições mais ao sul de meados de fevereiro até março e para anos chuvosos até maio.
Elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola.
GEOGRAFIA 71
a) O Planeta Terra possui outros movimentos, além de rotação e translação. Quais são os
outros movimentos realizados pelo planeta e qual a influência que exercem no sistema
Sol-Terra?
VOCÊ SABIA?
O El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico, tem influência sobre o regime de
chuvas da região da América do Sul e acontece a cada três ou sete anos, impedindo
que ocorram precipitações sobre o Nordeste brasileiro. Esses fenômenos interfe-
rem na célula de Walker (A Célula de Walker, é uma homenagem ao pesquisador
inglês Gilbert Walker 1868-1958. Forma-se no Pacífico Equatorial, uma zona de
baixa pressão atmosférica sobre a Indonésia e o norte da Austrália e uma área de
alta pressão na costa da América do Sul.), fazendo com que as massas de ar quente
vindas da Austrália pelo Oceano Pacífico empurrem as massas de ar carregadas de
umidade, provocando precipitações na região oeste do continente sul-americano.
As chuvas, portanto, ficam longe do Nordeste brasileiro, causando estiagem.
Elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola.
Trabalho de Campo
No seu caderno e/ou folha avulsa, elabore uma tabela para registrar os locais listados e
faça um relato das suas percepções que justifiquem as pontuações dadas. Em seguida, se pos-
sível, ilustre com fotos ou com imagens do Google Earth. Após a coleta das informações apre-
sente aos seus colegas os resultados obtidos.
Proposta adaptada
-70°
especialmente para o São
-60°
Paulo Faz Escola. Fonte: Geoideias
-50°
- Unicamp. Disponível-40°em: http://www.ige.
unicamp.br/geoideias/wp-content/uploads/sites/20/2017/02/188_Environment_evaluation_pt.pdf
O Acesso em: 08 de Maio de 2019.
C
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Boa Vista A
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AMAPÁ
Leitura e análise de mapa, imagem e textos.
0°
RORAIMA
Macapá
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2. Analise o mapa e o texto e responda às questões propostas.
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BRASÍLIA PERNAMBUCO Recife
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Velho Goiânia
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-10° Rio Branco
TOCANTINS MINAS GERAIS -10°
Aracaju Arquip. de Abrolhos
RONDÔNIA
MATO GROSSO
MATO GROS SO
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DO SUL Horizonte
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Campo Grande
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Cuiabá DF Vitória
GOIÁS -20°
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RIO GRANDE DO SUL Florianópolis C
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Porto Alegre
RIO GRANDE DO SUL
Porto Alegre Escala 1: 24 000 000
120 0 240 km
-30° Escala 1: 24 000 000
-30°
120 0 240 km -30°
-30° Projeção Policônica
Projeção Policônica
Meridiano de Referência: -54º W. Gr Meridiano de Referência: -54º W. Gr
Paralelo de Referência: 0 º Paralelo de Referência: 0 º
-70° -60° -50° -40° -30°
-70° -60° -50° -40° -30°
TEXTO 1
Biodiversidade em perigo
O desenvolvimento da sociedade e sua consequente urbanização geram aos ecossistemas resultados
muitas vezes danosos, como a perda ou diminuição da biodiversidade, influenciando direta ou indire-
tamente a vida das pessoas. Como exemplo podemos citar a extinção de insetos polinizadores respon-
sáveis pela produção de alimentos que consumimos.
A lista de animais responsáveis por auxiliar o desenvolvimento da agricultura no Brasil é diversa: abe-
lhas, besouros, borboletas, mariposas, aves, vespas, moscas, morcegos e percevejos. Segundo estu-
dos, são mais de 600 tipos de insetos que sobrevoam culturas agrícolas, sendo que no mínimo 250
deles apresentam potencial polinizador.
A redução das florestas e alguns pesticidas mais tóxicos são as principais causas de extinção desses
animais. Existem outras causas importantes que constituem perigo aos polinizadores, entre elas as
mudanças climáticas, a perda de hábitat, poluição ambiental, espécies invasoras e patógenos.
Fonte: Jornal da USP. Agricultura brasileira é dependente de polinizadores ameaçados por extinção. Disponível em: https://
jornal.usp.br/ciencias/ciencias-ambientais/agricultura-brasileira-e-dependente-de-polinizadores-ameacados-de-extincao/
Acesso em: 14 de Maio de 2019.
b) Descreva algumas das causas que são responsáveis pela redução ou extinção de insetos
polinizadores.
3. Estamos vivenciando uma situação de emergência planetária, o uso dos recursos naturais
já ultrapassou a capacidade do planeta se regenerar. Assim, se faz necessário analisar pos-
sibilidades de outras relações entre as sociedades e a natureza. Leia os textos a seguir e
dialogue com o(a) professor(a) e colegas da turma sobre os temas apresentados.
TEXTO 1
É possível gerar empregos sem destruir o meio ambiente
A região da América Latina e Caribe possui a maior biodiversidade do mundo, segundo o professor
Ariaster Chimeli, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, e
está na mira da ONU justamente porque está perdendo suas riquezas naturais. A Comissão Econômica
para a América Latina e o Caribe (Cepal) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) querem ur-
gência nessa transição para a geração de novas vagas de emprego verde. De acordo com a OIT, atual-
mente 3 milhões de profissionais atuam na área de meio ambiente no Brasil. A expectativa é que a
economia verde seja responsável pela criação de 25 milhões de empregos até 2030.
Fonte: Rádio USP/Jornal da USP. É possível gerar empregos sem destruir o meio ambiente. Disponível em: https://jornal.usp.
br/atualidades/e-possivel-gerar-empregos-sem-destruir-o-meio-ambiente/ Acesso em: 30 de Maio de 2019.
TEXTO 2
Para permanecer potência agrícola, Brasil deve preservar Amazônia
A Amazônia é a maior extensão de floresta tropical, a única que controla seu próprio clima interno,
impactando todo o planeta. A biodiversidade do bioma possibilita a manutenção de serviços ecossis-
têmicos e limpa nossa atmosfera. Mas, para que haja um desenvolvimento social sustentável na região,
é preciso uma forte base científica que subsidie políticas públicas que atendam questões relacionadas
à população, biodiversidade, meio ambiente e economia. O Brasil se compromete, através de lei apro-
vada no Congresso, a reduzir o desmatamento ilegal a zero. Todo o desflorestamento na Amazônia é
ilegal. Segundo o professor Paulo Artaxo, do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física
(IF) da USP, quem mais perde com todo o desmatamento são os brasileiros, pois a riqueza da biodiver-
sidade que o ecossistema possui é uma chave fundamental para o nosso desenvolvimento ao longo
dos próximos séculos. Ou seja, é extremamente importante que o Brasil siga uma estratégia mais inte-
ligente e não destrua a Amazônia, que deve ser explorada de modo sustentável.
Fonte: Rádio USP/Jornal da USP. Para permanecer potência agrícola, Brasil deve preservar Amazônia, Disponível em: https://
jornal.usp.br/atualidades/para-permanecer-potencia-agricola-brasil-deve-preservar-amazonia/ Acesso em: 30 de Maio de
2019.
76 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
com 05 (cinco) competências. São elas: (1) Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita; (2) Compreender
a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro
dos limites estruturais do texto dissertativo – argumentativo; (3) Selecionar, relacionar, organizar e interpretar in-
formações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; (4) Demonstrar conhecimento dos
mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação; (5) Elaborar proposta de solução para o
problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.
GEOGRAFIA 77
b) Qual interesse geopolítico o Brasil possui em manter a base científica na Antártica? Justi-
fique sua resposta.
VOCÊ SAIBA?
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - ou Rio + 20
- foi realizada no Rio de Janeiro, Brasil, de 20 a 22 de junho de 2012. Ela resultou
em um documento político focado que contém medidas claras e práticas para im-
plementar o desenvolvimento sustentável. No Rio, os Estados-Membros decidiram
lançar um processo para desenvolver um conjunto de Objetivos de Desenvolvimen-
to Sustentável (ODS) , que se baseará nos Objetivos de Desenvolvimento do Milê-
nio e convergirá com a agenda de desenvolvimento pós-2015.
Fonte: Nações Unidas. Disponível em: https://sustainabledevelopment.un.org/rio20 Acesso em: 11 de Jun. de 2019.
SAIBA MAIS
• “A Serra” – música da banda brasileira Plebe Rude aborda a questão do desma-
tamento por meio de um rock estilo anos 80. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=NQh-ws3VyxQ Acesso em: 23 de Maio de 2019.
• “Biomas” – música da banda Raízes Rasta retrata as principais características dos biomas
brasileiros a partir do estilo musical reggae. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=2qEBvXdWsoE Acesso em: 23 de Maio de 2019.
• Temas da Geografia Física e Humana - o jovem cantor e compositor Guilherme
Durans possui uma playlist no youtube com músicas que abordam da Geografia.
Objetivo 13: Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos; Objetivo 15: Proteger,
3
recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, com-
bater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade. Fonte: Nações
Unidas Brasil. Agenda 2030. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Disponível em: https://nacoesuni-
das.org/pos2015/agenda2030/ Acesso em: 22 maio. 2019
78 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
O que aprendi...
80 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
HISTÓRIA
Habilidades:
• Interpretar processos de transformação histórica, a partir da construção e aplicação de
conceitos de diversas áreas do conhecimento;
• Analisar as formas de circulação da cultura em diferentes momentos da história;
• Analisar processos sociais utilizando conhecimentos históricos e geográficos;
• Compreender a gênese e a transformação das diferentes organizações territoriais e os
múltiplos fatores que nelas intervêm como produtos das relações de poder.
ATIVIDADE 1
Com a chegada do ano 1000, muitas histórias do fim do mundo circularam pela Europa
Medieval. Entretanto, como sabemos, o mundo não acabou e, ao contrário do que se pregava,
a Europa passou por inúmeras transformações comerciais, tecnológicas e pelo ressurgimento de
cidades nos moldes como as conhecemos hoje. Todas essas transformações possibilitaram esta-
bilidade, crescimento demográfico e aumento da circulação de produtos.
Com este aumento, o comércio se intensificou, provocando o aparecimento de feiras regu-
lares, nos cruzamentos das rotas comerciais. A realização das feiras gerou grande aumento na
circulação de pessoas nessas regiões, provocando o surgimento de cidades, como Sevilha (na
atual Espanha), Pisa (na Itália atual), entre outras.
Com base no contexto apresentado acima, pesquise, em grupo, nos livros didáticos, inter-
net e em outros suportes, que você e seus colegas acharem necessários, um dos temas abaixo.
Em seguida, demonstrem suas conclusões para a turma.
ATIVIDADE 2
A partir dos registros realizados em seu caderno, solucione os problemas históricos abaixo:
a) A agricultura hoje é uma atividade essencial para produção de alimentos. Técnicas avança-
das como irrigação, rotação de espaços de cultivo e uso de fertilizantes garantem que os
alimentos sejam produzidos em grandes quantidades. Essas técnicas apontadas acima
também eram utilizadas entre os séculos XI e XIII. A partir deste comentário, apresente
uma argumentação sobre como as técnicas agrícolas impactavam, e impactam, o cotidia-
no das populações.
d) Escreva uma síntese histórica, identificando como o poder real e a burguesia pas-
saram a se relacionar, possibilitando o nascimento das monarquias nacionais euro-
peias.
82 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
ATIVIDADE 3
Habilidades:
• Reconhecer e valorizar a diversidade dos patrimônios étnico-culturais e artísticos de
diferentes sociedades.
• Identificar propostas que reconheçam o patrimônio étnico-cultural e artístico para
preservação das memórias e das identidades nacionais.
• Reconhecer a importância das relações de alteridade para compreender as relações de
caráter histórico-cultural.
ATIVIDADE 1
A escravidão foi uma das instituições mais trágicas já ocorridas. No Brasil, milhões de ne-
gros foram sequestrados do Continente Africano e submetidos ao trabalho escravo. A partir da
aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que determina que o ensino da
História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a forma-
ção do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia (LDB, art. 25, §
4º), se efetivou o devido reconhecimento aos povos que legaram a identidade brasileira.
No ano de 2003, a LDB foi alterada recebendo um reforço para o estudo da história da cultu-
ra afro-brasileira, conforme previsto na Lei 10.639/2003. A partir destes princípios jurídicos e edu-
cacionais, os Currículos escolares foram alterados, contemplando o ensino de História da África.
Sabendo-se que a legislação garante que possamos compreender esse legado de nossa
cultura, vocês serão os historiadores e trarão informações para a turma, abordando as socieda-
des que se desenvolveram na África subsaariana entre os séculos VII a.EC e XV EC, a fim de
identificar as raízes africanas da cultura brasileira. Para tanto, a turma será dividida em ilhas de
pesquisa. Cada ilha ficará responsável por abordar um povo e falar das suas características so-
cioculturais (religião, arte e arquitetura), econômicas, políticas (organização social e forma de
governo) e localização geográfica.
HISTÓRIA 83
Para realização da pesquisa, você pode valer-se da internet, livro didático, livros disponibi-
lizados na sala de leitura de sua escola etc. Terminada a pesquisa, cada ilha deverá montar um
cartaz contendo a síntese de seus estudos e apresentá-lo à turma oralmente.
Ilha 1 - Reino de Axum
Ilha 2 - Reinos do Sahel: Gana e Mali
Ilha 3 - Civilização Iorubá
Ilha 4 - Os bantos.
A partir das pesquisas realizadas pelos respectivos grupos (ilhas), demonstre quais foram as
contribuições culturais e como elas ainda hoje aparecem nas manifestações culturais brasileiras.
ATIVIDADE 2
Analise a imagem e o texto abaixo e aponte soluções para os problemas em sequência:
TEXTO 1:
Congada em 1860. Fotografia de Arsênio da Silva encomendada pelo Imperador Dom Pedro II. Acesso em: 13/04/2019.
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Congada1860.jpg
84 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
TEXTO 2:
Congada, congado ou congo, é uma expressão cultural e religiosa que envolve o canto,
a dança, o teatro e a espiritualidade cristã e de matriz africana. Nessa festa, venera-se Nossa
Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia, associados à crença da proteção que
esses santos deram aos povos negros sequestrados para o trabalho escravo. As origens des-
ta manifestação remontam à própria África, quando os súditos faziam o Cortejo aos Reis
Congos a fim de prestar homenagem a seus governantes.
Ao chegarem à América Portuguesa, para preservar as raízes de sua cultura, os povos
sequestrados associaram as divindades africanas a santos negros, como: São Benedito, o
Africano; Santa Efigênia, uma princesa etíope; e Nossa Senhora do Rosário. Nesse sentido,
todos estes santos foram associados com os ancestrais africanos e eram homenageados com
cultos em igrejas construídas com o trabalho e o dinheiro de alforriados e escravizados.
a) De que forma o governo e a sociedade podem contribuir para assegurar que manifesta-
ções como a congada sejam respeitadas?
b) Pesquise por meio do livro didático, internet ou livros da sala de leitura sobre as congadas
que ocorrem de norte a sul do Brasil; escolha uma delas e descreva suas características:
datas de realização, roupas utilizadas, cantos proferidos, divindades veneradas.
Habilidade:
• Identificar os principais objetivos e características do processo de expansão e conquista
desenvolvido pelos europeus a partir dos séculos XV-XVI
ATIVIDADE 1
Navegar é preciso
A Europa passava por uma crise econômica durante o século XIV. Entre os motivos estava
a escassez de metais preciosos que ocasionou a diminuição do número de moedas em circula-
ção, dificultando as atividades comerciais.
HISTÓRIA 85
Este contexto de crise agravou-se durante o século XV (a partir de 1453) com a toma-
da de Constantinopla pelos turcos otomanos, que bloquearam as rotas de comércio entre Euro-
pa e Oriente. Sendo assim, os europeus passaram a buscar novas rotas a fim de fazer comércio
com as Índias (nomenclatura utilizada para indicar as terras do Oriente, tais como: China, Japão
e Índia).
Dispondo de uma posição geográfica privilegiada, da afirmação da autonomia do Estado
português (conquistada a partir da vitória das tropas de D. João sobre os Castelhanos), do apoio
da Igreja Católica, que visava à expansão do cristianismo, do apoio financeiro da burguesia e de
conhecimentos sobre as técnicas da ciência náutica, os portugueses foram os primeiros que
exploraram caminhos para o Oriente, a partir da navegação no Oceano Atlântico.
1415
AL
Ilhas da Madeira TUG Extremo sul do
e Açores
1419 – 1431 POR . XV 1487
continente africano
SÉC
1498
Expansão Marítima Portuguesa, século XV. (Elaborado especialmente para o Guia de Transição 2019)
b) Observe a imagem
Alterado a partir de: Portuguese carracks off a rocky coast, Circle of Joachim Patinir, 1540
disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Portuguese_Carracks_off_a_Rocky_Coast.jpg
X. MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
PESSOA, FERNANDO. Mensagem. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pe000004.pdf
Acesso em: 15/05/2019
Habilidades:
• Identificar, a partir de documentos de variada espécie, as principais características das
sociedades pré-colombianas (maias, astecas e incas).
• Reconhecer a importância do estudo das questões de alteridade para compreender as
relações de caráter histórico-cultural.
• Reconhecer as formas atuais das sociedades como resultado das lutas pelo poder entre
as nações.
• Reconhecer e valorizar a diversidade dos patrimônios étnico-culturais e artísticos,
identificando-a em suas manifestações e representações ao longo da história.
• Reconhecer a importância da cultura material para a construção do conhecimento
histórico.
ATIVIDADE 1
Os Astecas
Analise os elementos a seguir relacionados aos astecas:
FRAGMENTO 1
a) De acordo com o texto, Hernán Cortez e Bernal Diaz de Castillo tiveram reação congênere
ao conhecerem a cidade de Tenochtitlán. A partir da análise do mapa e de seus conhecimen-
tos sobre a sociedade europeia do século XVI, justifique os motivos para tal comportamento.
I. Identifique e descreva, a partir da imagem, as fontes materiais que remetem aos períodos
pré-colombiano, vice-reinal e do México contemporâneo.
ATIVIDADE 2
1. Maias
2. Incas
3. Astecas
FILOSOFIA
FILOSOFIA E VIDA
A democracia é uma prática social que se faz presente nas instituições e nas relações que
se estabelecem no mundo público. A tradição democrática fundamentada na liberdade e na
igualdade tem seus primeiros registros na Grécia Antiga, mais especificamente em Atenas. Ain-
da que na democracia ateniense a condição de cidadania era para poucos, os princípios da
igualdade e liberdade tornaram-se a base para a vida democrática. Consideradas essenciais,
igualdade e liberdade possibilitam a participação de todos e garantem o reconhecimento da
pluralidade. A demanda por igualdade e liberdade para todos exige a submissão de todos ao
poder da lei. Dessa forma, por exemplo, as divergências, ainda que particulares, não devem ser
resolvidas segundo a força física ou outros distintivos, mas pelo diálogo e pela justiça. O debate,
neste contexto, é fundamental, pois permite que diferenças sejam reveladas, reconhecidas e
absorvidas pela sociedade. Assim, longe de ser um empecilho para a ação, o debate a legitima.
A ação é manifestação da liberdade de uma sociedade, de um povo, de uma nação organizada.
Numa democracia, deve-se apreciar a liberdade, pois é sempre nela que reside a esperança de
dias melhores.
No mundo contemporâneo há diferentes experiências democráticas. No contexto brasileiro
temos nos orientado para a melhoria das condições de convivência livre, justa e solidária, também
para a afirmação dos direitos fundamentais, tais como os civis, políticos, econômicos, sociais e
culturais, através de seu exercício. Ou seja, viver em uma democracia é mais do que votar, é ter
direito à expressão, é buscar uma vida digna e cooperação para melhoraria da sociedade.
A Constituição de 1988 afiança a livre expressão para a construção de uma vida digna a
cada cidadão e assevera diferentes formas para estes exercerem seu papel participativo e coo-
perativo em um contexto democrático. Entre elas, citamos o Orçamento Participativo, as Audi-
ências Públicas, as Iniciativas Populares, os Plebiscitos, os Referendos e os Conselhos. Estes últi-
mos, por exemplo, são organizações da sociedade civil e das agências do Estado. São espaços
democráticos de participação, capazes de expressar a diversidade de demandas e a democrati-
zação da gestão. Saiba que os Conselhos não são inovações da democracia contemporânea. Em
Atenas, existia o Conselho dos Quinhentos, formado por membros eleitos por sorteio e respon-
sáveis pelas funções executivas e decisões políticas. Em São Paulo, a Secretaria da Justiça e Ci-
dadania1 abriga diferentes Conselhos.
Todos estes Conselhos no Estado de São Paulo objetivam elaborar, monitorar e avaliar
políticas públicas. Você conhece a atuação destes Conselhos? Pesquise!
1
http://justica.sp.gov.br/ Acesso em 11/06/2019.
92 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
Conselho Estadual de Políticas Sobre Drogas (CONED), Conselho Estadual da Condição Feminina
(CECF), Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Nordestina (CO-
PANE), Conselho Estadual dos Povos Indígenas, Conselho Estadual de Participação e Desenvolvi-
mento da Comunidade Negra (CPDCN), Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa
Humana, Conselho Estadual dos Direitos da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais.
Bom estudo!
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FILOSOFIA 93
2 3 4
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2
Intertexto de Bertold Brecht. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=8G7skLpIqMs Consulta em: 25/04/2019.
3
A cidade de Nação Zumbi. Fonte: https://www.letras.mus.br/nacao-zumbi/77652/ Consulta em: 25/04/2019.
Charge de Duke publicada em 28/02/2019 no site O Tempo. Fonte: https://www.otempo.com.br/image/conten-
4
https://pixabay.com/images/id-937665/
Estudo contemplado com o Prêmio Capes aponta que Brasil reduziu a pobreza monetária,
mas ainda tem o desafio de fazer o mesmo com a pobreza multidimensional.
MANUEL ALVES FILHO
Entre os anos de 2000 e 2010, a pobreza monetária sofreu importante redução em todas as regiões
do Brasil, graças ao crescimento econômico com melhora na distribuição de renda. Ocorre que
a pobreza multidimensional, aquela que leva em consideração outros fatores além da renda, tais
como condições de moradia e educação, continua sendo um desafio a ser enfrentado pelo país,
especialmente nas áreas rurais. A constatação faz parte da tese de doutorado da economista
Adriana Stankiewicz Serra, no Instituto de Economia (IE) da Unicamp, sob a orientação do professor
Walter Belik. A pesquisa foi contemplada com o Prêmio Capes 2018 na área de Economia.
Em seu trabalho, Adriana comparou a incidência da pobreza multidimensional entre as áreas rurais e
urbanas, tendo em vista as marcantes desigualdades espaciais existentes no território brasileiro. Para
isso, ela utilizou dados do censo demográfico, alcançando assim a realidade das condições de vida ao
nível dos municípios. A economista desenvolveu uma proposta de modelo econométrico espacial, de
modo a considerar a relação entre variações na pobreza e crescimento econômico. De acordo com a
autora da tese, os resultados das análises demonstraram que as assimetrias em termos de privações
entre as áreas rurais e urbanas permanecem elevadas, apesar da melhora das condições da população
em todos os indicadores avaliados.
Adriana explica que ocorreram, no período considerado, avanços substanciais no acesso à eletricidade
e bens de consumo duráveis nas áreas rurais, mas estas ainda registram graves carências em saneamen-
to e educação básica, esta última relacionada principalmente a jovens e adultos. “O acesso ao ensino
fundamental foi praticamente universalizado. O mesmo, porém, não acontece na faixa de 15 a 17 anos
de idade. Ainda temos uma parcela importante da população analfabeta, o que é inaceitável, além de
muitos jovens e adultos que cumpriram poucos anos estudos”, pontua a pesquisadora, acrescentando
que a pesquisa não aborda a questão da qualidade da educação.
Ainda segundo o estudo, os dados obtidos indicam que somente uma parcela da população é simul-
taneamente pobre tanto na perspectiva monetária quanto na não monetária. “Daí a importância de os
países, o Brasil incluído, desenvolverem índices próprios para mensurar o problema da pobreza multi-
dimensional. O fato de a pessoa ter uma renda que a coloca fora dos padrões convencionais de pobre-
za não significa que ela de fato deixou esta condição, visto que ainda pode estar sofrendo importantes
privações em outras áreas”, observa Adriana.
Particularmente, a economista defende que a principal prioridade do Brasil dentro do esforço de com-
bate à pobreza deve ser o investimento em educação. “A educação é fundamental não somente para
ampliar as oportunidades de inserção das pessoas no mercado de trabalho, mas também para conferir
autonomia, no sentido mais amplo do termo, à vida delas”, considera Adriana. Ela esclarece que a
pesquisa considerou duas dimensões de pobreza: padrão de vida e educação. A variável saúde não foi
trabalhada diretamente porque o censo demográfico não traz informações sobre o tema.
A primeira dimensão levou em consideração os seguintes indicadores: canalização de água, banheiro
de uso exclusivo, destino do lixo, energia elétrica, bens de consumo duráveis e densidade morador/
dormitório. A segunda contemplou dois aspectos - frequência à escola e alfabetização e adequação
idade-série escolar e nível de instrução. Conforme a autora da tese, a distribuição espacial da pobreza
multidimensional no território brasileiro se mostrou similar à pobreza monetária, fartamente registrada
pela literatura. “A maior incidência ocorre nos municípios do Norte e Nordeste”, observa.
A pesquisa apurou igualmente que a contribuição do aumento da renda domiciliar per capita para a re-
dução da pobreza foi menor nas microrregiões rurais em comparação com as microrregiões intermediá-
rias e urbanas. “Também foi possível constatar que o crescimento do PIB nos setores agropecuário e de
serviços foi estatisticamente significativo para a redução da pobreza nas microrregiões rurais e intermedi-
árias, embora o efeito tenha sido extremamente baixo para a análise por municípios”, aponta.
Conforme Adriana, a literatura destaca a importância das relações entre as áreas rurais e urbanas para o
desenvolvimento e para a redução da pobreza. A proximidade com centros urbanos favorece o acesso dos
moradores das regiões rurais a bens e serviços e amplia as oportunidades de trabalho destes. A pesquisa
verificou que o setor de serviços foi o que mais contribuiu para reduzir a pobreza nas microrregiões rurais.
Em outras palavras, os dados revelam a importância da renda não agrícola para a redução da pobreza
rural. “Ou seja, não é possível resolver a pobreza rural somente por meio de uma política setorial agrí-
cola. A agricultura é importante, sem dúvida, mas é fundamental criar alternativas em outras atividades,
dado que elas têm potencial para contribuir para a redução da pobreza”, considera a autora da tese,
que contou com bolsa de estudos concedida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes) para realização do doutorado sanduíche na Universidade de Leeds, na Inglater-
ra, sob a supervisão do Gaston Yalonetzky.
Fonte: https://www.unicamp.br/unicamp/index.php/ju/noticias/2018/10/03/varias-dimensoes-da-pobreza
Consulta em 25/04/2019.
96 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
O professor Oswaldo Giacoia, titular do departamento de filosofia da Unicamp, conversa sobre o problema da
6
IGUALDADE
Que deve um cão a um cão, um cavalo a um cavalo? Nada. Nenhum animal depende de seu semelhan-
te. Tendo, porém, o homem recebido o raio da Divindade que se chama razão, qual foi o resultado? Ser
escravo em quase toda a terra. Se o mundo fosse o que parece dever ser, isto é, se em toda parte os
homens encontrassem subsistência fácil e certa e clima apropriado a sua natureza, impossível teria sido
a um homem servir-se de outro. Cobrisse-se o globo de frutos salutares. Não fosse veículo de doenças
e morte o ar que contribui para a existência humana. Prescindisse o homem de outra morada e de
outro leito além do dos gansos e capros* monteses, não teriam os Gengis Cãs e Tamerlões vassalos
senão os próprios filhos, os quais seriam bastante virtuosos para auxiliá-los na velhice. No estado natu-
ral de que gozam os quadrúpedes, aves e répteis, tão feliz como eles seria o homem, e a dominação,
quimera, absurdo em que ninguém pensaria: para que servidores se não tivésseis necessidade de ne-
nhum serviço? Ainda que passasse pelo espírito de algum indivíduo de bofes tirânicos e braços impa-
cientes por submeter seu vizinho menos forte que ele, a coisa seria impossível: antes que o opressor
tivesse tomado suas medidas o oprimido estaria a cem léguas de distância. Todos os homens seriam
necessariamente iguais, se não tivessem precisões. A miséria que avassala a nossa espécie subordina
o homem ao homem - O verdadeiro mal não é a desigualdade: é a dependência. Pouco importa cha-
mar-se tal homem Sua Alteza, tal outro Sua Santidade. Duro, porém é servir um ao outro. Uma família
numerosa cultivou um bom terreno. Duas famílias vizinhas têm campos ingratos e rebeldes: impõe-se-
-lhes servir ou eliminar a família opulenta. Uma das duas famílias indigentes vai oferecer seus braços à
rica para ter pão. A outra vai atacá-la e é derrotada. A família servente é fonte de criados e operários.
A família subjugada é fonte de escravos. Impossível, neste mundo miserável, que a sociedade humana
não seja dividida em duas classes, uma de opressores, outra de oprimidos. Essas duas classes se sub-
dividem em mil outras, essas outras em sem conto de cambiantes diferentes. Nem todos os oprimidos
são absolutamente desgraçados. A maior parte nasce nesse estado, e o trabalho contínuo impede-os
de sentir toda a miséria da própria situação. Quando a sentem, porém, são guerras, como a do partido
popular contra o partido do senado em Roma, as dos camponeses na Alemanha, Inglaterra, França.
Mais cedo ou mais tarde todas essas guerras desfecham com a submissão do povo, porque os pode-
rosos têm dinheiro e o dinheiro tudo pode no estado. Digo no estado, porque o mesmo não se dá de
nação para nação. A nação que melhor se servir do ferro sempre subjugará a que, embora mais rica,
tiver menos coragem.
Todo homem nasce com forte inclinação para o domínio, a riqueza, os prazeres e sobretudo para a in-
dolência. Todo homem portanto, quereria estar de posse do dinheiro e das mulheres ou das filhas dos
outros, ser-lhes senhor, sujeitá-los a todos os seus caprichos e nada fazer ou pelo menos só fazer coisas
muito agradáveis. Vedes que com estas excelentes disposições é tão difícil aos homens ser iguais
quanto a dois pregadores ou professores de teologia não se invejarem. Tal como é, impossível o gêne-
ro humano subsistir, a menos que haja infinidade de homens úteis que nada possuam. Porque, claro é
que um homem satisfeito não deixará sua terra para vir lavrar a vossa. E se tiverdes necessidade de um
par de sapatos, não será um referendário que vo-lo fará. Igualdade é pois, a coisa mais natural e ao
mesmo tempo a mais quimérica**. Como se excedem em tudo que deles dependa, os homens exage-
raram essa desigualdade. Pretendeu-se em muitos países proibir aos cidadãos sair do lugar em que a
98 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
ventura os fizera nascer. O sentido dessa lei é visivelmente: Este país é tão mau e tão mal governado
que vedamos a todo indivíduo dele sair, por temor que todos o desertem. Fazei melhor: infundi em
todos os vossos súditos o desejo de permanecer em vosso estado, e aos estrangeiros o desejo de para
aí vir. Nos íntimos refolhos*** do coração todo homem tem direito de crer-se de todo ponto igual aos
outros homens. Daí não segue dever o cozinheiro de um cardeal ordenar a seu senhor que lhe faça o
jantar; pode, todavia, dizer: “Sou tão homem como meu amo; nasci como ele chorando; como eu ele
morrerá nas mesmas angústias e com as mesmas cerimônias. Temos ambos as mesmas funções ani-
mais. Se os turcos se apoderarem de Roma e eu virar cardeal e meu senhor cozinheiro, tomá-lo-ei a
meu serviço”. Tudo isso é razoável e justo. Mas, enquanto o grão turco não se assenhorear de Roma, o
cozinheiro precisa cumprir suas obrigações, ou toda a humanidade se perverteria. Um homem que não
seja cozinheiro de cardeal nem ocupe nenhum cargo no estado; um particular que nada tenha de seu
mas a quem repugne o ser em toda parte recebido com ar de proteção ou desprezo; um homem que
veja que muitos monsignori**** não têm mais ciência, nem mais espírito, nem mais virtude que ele, e
que se enfade de esperar em suas antecâmaras, que partido deve tomar? O da morte.
*bodes / **desprovido de realidade / ***as partes mais profundas / ****monsenhores.
Após a leitura, grife no texto os principais pontos que sintetizam o conceito de IGUALDA-
DE / DESIGUALDADE para em continuidade elaborar, em folha à parte, um texto síntese dos
assuntos que foram abordados sobre este tema.
Segundo John Rawls as pessoas mais necessitadas de uma sociedade revelam, mais
exatamente, como a sociedade é de fato.
Como o desamparo das pessoas se revelam no cotidiano? A partir das suas impressões e
informações sobre o tema descreva as fragilidades mais evidentes da população. Procure
agregar dados estatísticos e estudos acadêmicos à sua descrição. Para esta atividade con-
sidere informações sobre violência, desemprego, entre outras.
Programas sociais, como o Bolsa família8, que contribuem para o combate à pobreza e à
desigualdade no Brasil e o Seguro defeso9, benefício temporário, no valor de um salário mínimo,
pago durante o período em que as atividades de pesca são paralisadas para possibilitar a pre-
servação das espécies, são essenciais para assegurar que muitas pessoas não passem necessi-
dades durante um período de instabilidade econômica.
Sabemos que a pobreza é um problema complexo e que as políticas públicas devem se
voltar para amenizar as condições de desigualdade por um período, sendo uma medida que
deveria ser provisória até o indivíduo atingir uma estabilidade social e econômica.
Byrev. https://pixabay.com/images/id-87407/
Pesquise outras políticas sociais voltadas para uma sociedade mais justa e indique os seus
princípios de atuação.
Redistributivas:
FILOSOFIA 101
Regulatórias:
Reflita. A decisão acerca da adoção de políticas públicas pode ter impacto no acesso a
direitos fundamentais? Como podemos nos organizar para planejar práticas de participação
política reivindicando direitos para as autoridades locais?
Artigo II
Artigo I 1 - Todo ser humano tem capacidade
Todos os seres humanos para gozar os direitos e as liberdades
nascem livres e estabelecidos nesta Declaração, sem distinção
iguais em dignidade e direitos. São de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma,
dotados de razão e consciência e religião, opinião política ou de outra natureza, origem
devem agir em relação uns aos nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer
outros com espírito de outra condição.
fraternidade. 2 - Não será também feita nenhuma distinção fundada
na condição política, jurídica ou internacional do país
ou território a que pertença uma pessoa, quer se
trate de um território independente, sob tutela,
sem governo próprio, quer sujeito a
Artigo III qualquer outra limitação de
Todo ser humano tem soberania.
direito à vida, à
liberdade e à segurança
pessoal.
Artigo VI
Artigo VII
Todo ser humano tem o
direito de ser, em todos os Todos são iguais perante a lei
lugares, reconhecido como e têm direito, sem qualquer
pessoa perante a lei. distinção, a igual proteção da lei.
Todos têm direito a igual proteção
contra
Artigo XVII qualquer discriminação que viole a
1. Todo ser humano tem direito presente Declaração e contra
à propriedade, qualquer incitamento a
só ou em sociedade com outros. tal discriminação.
2. Ninguém será arbitrariamente
privado de sua propriedade.
Artigo XXIX
1. Todo ser humano tem deveres para com a
comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua
personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará
sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o
fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e
liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da
ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma,
ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das
Nações Unidas.
A partir desta leitura, expressem por escrito em folha à parte a relevância dos Direitos Hu-
manos para o planejamento e construção de políticas públicas, que asseguram respeito, digni-
dade e igualdade para as pessoas.
SOCIOLOGIA 103
SOCIOLOGIA
MOMENTO 1
Bem-vindo ao 4º bimestre! Ao longo dos 3 outros bimestres anteriores trabalhamos habili-
dades próprias da Sociologia, propomos um nível mais refinado do uso dessas novas habilida-
des, como no caso da capacidade de estranhar fatos tomados como corriqueiros e o olhar des-
naturalizado sobre eles.
Discutimos, anteriormente, temas que convergiram para uma maior compreensão sobre a
diferenciação entre seres humanos e animais, bem como, a maneira como se manifestam e inte-
ragem entre si. Os conteúdos apresentados nos bimestres anteriores favoreceram, ainda que
não isoladamente, o aprimoramento dos saberes em relação ao conceito de sociedade e até
que ponto há semelhanças e diferenças entre os seres humanos. A igualdade entre os indivíduos
de um grupo e/ou entre os vários grupos que compõem uma sociedade, mas diferenciando-os
uns dos outros, será o foco de análise a partir de agora.
Vários fatores podem definir o pertencimento de um indivíduo a um grupo. Para além da
biologia ou cultura, a diferenciação das pessoas dentro de um grupo e a influência que exercem
nos demais, é passível de análise das Ciências Sociais. No caso da Sociologia, especificamente,
considere a desnaturalização do olhar e o estranhamento para a seguinte questão:
Karl Marx (1818-1883) foi um filósofo alemão cujas ideias foram fundamentais para a formação da
Sociologia. Escreveu sobre Economia, Política, socialismo e História. Vivendo no século XIX, Marx
testemunhou o crescimento das fábricas e da produção industrial, bem como as desigualdades que
resultaram da exploração do trabalho nessa época. Uma de suas principais preocupações foi explicar
as mudanças na sociedade durante a Revolução Industrial. Marx adotou posições políticas radicais em
relação à situação enfrentada pelos trabalhadores de sua época e se tornou um dos grandes defen-
sores do comunismo.
Max Weber (1864-1920), nascido na Alemanha, escreveu sobre os mais variados campos do conheci-
mento, como Economia, Direito, Filosofia, Religião, História e, principalmente, Sociologia. Preocu-
pou-se ainda com o desenvolvimento do capitalismo moderno e com a maneira como a sociedade
moderna se organizava em comparação com as sociedades do passado. Seu método de análise é
conhecido como compreensivo e tem como um dos objetos centrais de investigação a ação social e
seus significados.
Trata-se de uma pesquisa a ser realizada em grupo, com o intuito de esmiuçar as relações
entre os donos do capital e a mão de obra, conforme as orientações do professor. Com foco na
relação patrão-empregado, a pesquisa deve apresentar um comparativo entre estes papéis so-
ciais. Busque informações em diversas fontes, como: cita-
ções, gráficos, tabelas, imagens, entrevistas, tabulação e
interpretação de dados etc.
Para enriquecer o trabalho e aproximá-lo o quanto
possível do método científico, aos moldes da Sociologia
clássica, faz-se necessário que as fontes de informação se-
jam fidedignas, reconhecidas no meio acadêmico e/ou de
ampla divulgação (caso necessário, esclareça com o profes-
sor se as fontes que encontrou preenchem esses requisitos).
A pesquisa será longa e nas demais aulas do bimestre
serão apresentados temas em um formato semelhante a
um roteiro, os quais, entrelaçados, contribuirão na produ-
Ricinator, Pixabay https://pixabay.com/images/
ção final de um relatório de sua pesquisa. id-1962592/ (acesso: 03/06/2019)
106 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
MOMENTO 2
Enquanto realiza a pesquisa proposta no momento anterior e constrói o relatório com os
colegas de grupo, vamos refletir um pouco mais sobre em que medida a desigualdade social se
constitui no país. Para tal, comece respondendo à questão a seguir:
cação de qualidade, acesso às artes em um amplo espectro e contato com variadas culturas,
além das condições anteriores a eles, como, por exemplo, moradia digna e alimentação.
Tomando os elementos acima, mais as explicações do professor acerca do conceito de
mobilidade social, procure definir, nas linhas abaixo, a que classe social você acredita pertencer,
ou outra pessoa, caso não queria usar a si mesmo como objeto de análise.
CLASSES:
ESTRATOS SOCIAIS:
SOCIOLOGIA 109
MOMENTO 3
A partir da pesquisa, em que você apreendeu o significado para “classe social” e “estrati-
ficação social”, e tomando a representação da pirâmide trabalhada anteriormente, foi possível a
diferenciação entre duas frentes específicas de enquadramento social. Contudo, estamos tra-
çando um percurso sistematizado para essas frentes. Perceba que, enquanto no primeiro mo-
mento foi discutida e solicitada uma pesquisa sobre as relações de dominação no mundo do
trabalho, no segundo abordamos a configuração do sistema de classificação e estamentos dos
grupos sociais, com foco nas desigualdades.
Ainda, existem fatores biológicos, psicológicos, ambientais, econômicos, entre outros, en-
trelaçados e determinantes na construção do olhar sociológico sobre esse fenômeno social.
Agora é hora de ampliarmos ainda mais os limites do campo que estamos estudando.
Analise a imagem:
Qual é a relação possível entre a imagem acima e a mobilidade social, apesar das desigual-
dades existentes entre os seres humanos?
Supondo que fosse possível erradicar as desigualdades existentes entre os homens, qual a
viabilidade de isso acontecer, considerando que não somos iguais? (Volte à imagem, resgate as
explicações do professor e outros elementos da Sociologia que você aprendeu até aqui para
formular sua argumentação).
110 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
A partir da provocação acima, tome nota de ações que possam minimizar, ou mesmo elimi-
nar as desigualdades entre as pessoas. Se achar conveniente, inicie este exercício reflexivo bus-
cando boas práticas realizadas por pessoas e/ou instituições que conheça ou que tenha desco-
berto enquanto pesquisava para o trabalho bimestral em andamento. Ao final apresente,
conforme instrução do professor, uma representação gráfica de mobilidade social através de
uma forma geométrica, cujo objetivo seja mostrar possibilidades de diminuição das desigualda-
des. Porém, sem a ideia de topo e base (evidenciada na pirâmide), considerando que a repre-
sentação deverá ser de uma sociedade mais igualitária.
MOMENTO 4
Observando o caminho percorrido até aqui, percebe-se que as pessoas assumem papeis
que lhes garantem direitos e determinam deveres. Retomando os conceitos de cultura e como
ela molda as sociedades, desenvolveremos uma
atividade organizada pelo professor, muito em-
bora ele também possa contar com sua colabo-
ração de seus colegas para estruturação da ativi-
dade.
A lógica é a seguinte: atente-se às frases
afirmativas recitadas pelo professor. Você e seus
colegas devem apontar se elas encerram a ideia
de “igualdade” ou “desigualdade” no que diz
respeito às questões de gênero, raça e etnia.
Caso você acredite ser pertinente adicionar
outras questões, por julgá-las importantes, ne-
gocie com o professor e seus colegas sua inclu-
são. Lembre-se, argumente consistentemente e
não terá problema para convencer seus pares.
Alguns exemplos para elucidar:
Josethestoryteller, Pixabay https://pixabay.com/images/
id-2480321/ (acesso: 04/06/2019)
SOCIOLOGIA 111
Para cada frase emitida, você e seus colegas devem manifestar sua opinião a partir do que
consideram fruto da desigualdade entre os gêneros ou da manifestação de igualdade. É impor-
tante socializar seus pontos de vista com os colegas.
Neste exercício utilize como recurso a desnaturalização do olhar sobre o que “é coisa de
homem e o que é coisa de mulher”. Ao longo da atividade você perceberá que ao manter o
estranhamento e o olhar desnaturalizado sobre a questão de gênero, você reconhecerá mais
facilmente onde cada frase se aplica e o motivo pelo qual está enquadrada em uma determina-
da categoria. A compreensão da desigualdade na construção social do gênero está intimamen-
te ligada à nossa cultura e às relações de poder.
Seguindo a atividade, agora com afirmações sobre raça e etnia, o exercício terá a mesma
dinâmica. É importante salientar que a ciência tende a afirmar que o conceito de raça não se
aplica aos humanos. Sendo esse tipo de argumento muito mais ideológico do que biológico. O
preconceito, sobre qualquer forma de expressão deve ser veementemente combatido, e, na
escola, momentos de reflexão como estes são de suma importância para construção de uma
sociedade mais justa e igualitária, lançando mão da equidade todas as vezes que for necessário.
Portanto, posicione-se!
Alguns exemplos de frases:
LÍNGUA ESTRANGEIRA
EDUCAÇÃO FÍSICA
ARTE 113
ARTE
ARTES VISUAIS
MOMENTO 1
Apreciação
Para início de conversa, leia a seguir a fala de Hélio Oiticica, artista plástico, pintor, escultor,
performático:
[...] a sucessão de obras é para fazer inteligível o que sou, eu passo a me conhecer através
do que faço, na realidade eu não sei o que eu sou, porque se é invenção eu não posso saber. Se
eu já soubesse o que seria essas coisas, elas já não seriam mais invenção. Se elas são invenção,
a existência delas é que possibilita a concreção da invenção (Cardoso, 1979).
Para ampliar essa conversa, assista aos vídeos que serão apresentados pelo seu professor
e reflita sobre as seguintes questões:
1. Quem era Hélio Oiticica?
2. Em qual linguagem foi proposta a apresentação das obras de Hélio Oiticica?
3. Ele usava registros durante o processo de criação? Quais?
Em 2019, grande parte do acervo do artista foi destruído em um incêndio. Esta perda ali-
mentou um debate:
1. Qual seria a melhor forma de preservar um acervo como este e qual foi a escolha da
família de Hélio Oiticica?
2. Hélio Oiticica realizava projetos? Quais?
3. As obras de Hélio Oiticica são híbridas?
4. Quais são as linguagens exploradas em seus trabalhos?
5. Qual a importância da música no processo de criação de Hélio Oiticica?
6. Fale sobre porque a arte de Hélio Oiticica é movimento, corpo e cores?
7. Como as obras dele interferem na moda e na publicidade?
114 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
8. Se as performances são trabalhos que duram o tempo de sua apresentação, como se
faz a divulgação dessas obras? De que modo elas podem permanecer em uma exposi-
ção ou em um museu?
9. Para você, por que seria importante o registro de instalações, intervenções e perfor-
mances?
MOMENTO 2
Ação expressiva
Após a apreciação dos vídeos e reflexão sobre a obra e processo de criação de Hélio Oiti-
cica, agora é o momento de exercitar a criação artística inspirando-se no artista. O desafio ago-
ra é, em grupo ou dupla, pensar no processo vivenciado até o momento e criar “metaesque-
mas” (célula original da obra de Oiticica) em espaços da escola. Explorando a
tridimensionalidade, cores e refletindo seu processo de estudo até o momento. Sugerimos para
o planejamento do trabalho a produção de um mapa, que pode conter: reconhecimento do
espaço onde acontecerá a intervenção ou será feita a instalação; teste de luz e som, caso sejam
usados; marcação do espaço, preparação do cenário; verificação dos equipamentos que serão
usados para o registro/documentação. Decidam quem no grupo fará o registro das intervenções
espaciais, cênicas ou sonoras e como ele será feito.
DANÇA
MOMENTO 1
Apreciação
Para auxiliá-los no processo de criação das intervenções artísticas, vamos apreciar alguns
vídeos sobre Breakdance e conhecer mais sobre este estilo de dança:
Breakdance Battle - Chelles Battle Pro 2014 Final
Link: https://www.youtube.com/watch?v=9tG-xwv0kw0
Bruce Almighty VS Neguin | Quarterfinals | Red Bull BC One World Final 2016
Link: https://www.youtube.com/watch?v=4t-XMblzfGo
Não tem melhor!!!!! Freestyle batalha de Breakdance competição
Link: https://www.youtube.com/watch?v=an_scW4EFzc
Após apreciação dos vídeos reflita com seus colegas sobre o que viram:
O Breakdance é um estilo de dança interessante para a criação de uma intervenção artísti-
ca? Como poderia ser essa proposta de intervenção na escola?
ARTE 115
1
Festas em que a maioria dos frequentadores era de etnia negra e constituída por músicas feitas por negros.
2
Gênero musical criado por volta da década de 1970 com batidas fortes e agradáveis para dançar.
116 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
MOMENTO 2
Ação expressiva
Vamos agora construir em grupo um “mapa para dançar”. Nele vocês deverão apresentar
os espaços da escola, mapeando propostas de diferentes movimentações corporais para uma
intervenção em dança. Instruções:
1. Pensando em dança, neste registro, quais danças poderiam ser mapeadas?
2. Quais movimentações corporais cada espaço propõe para criação coreográfica ou im-
provisação?
3. Como registrar essas danças no mapa?
Seu registro será usado para parte do planejamento do seu projeto de intervenção na es-
cola. Não esqueça que você pode recuperar os conhecimentos construídos até agora (Dança
coral, Breakdance etc.).
Sugestões de movimentações corporais para compor o “mapa” e criação artística:
Deslocar-se usando as partes da frente e de trás do corpo; criar novas formas de sentar em
bancos usando diversas partes do corpo; inventar novos jeitos de subir as escadas, caminhar
bem devagar, sentir diferentes partes dos pés tocando o chão; criar percursos em ziguezague,
girando como parafuso e mudando de lugar; criar desenhos no espaço, com braços, com o
corpo, deixando cabeça e pescoço acompanhar o movimento; equilibrar-se em uma perna só;
experimentar apoios de paredes, cadeiras, pilares, árvores; levantar do chão fazendo desenhos
de parafuso; saltar de uma perna para outra, fazendo pausas. Trabalhar com tecidos etc.
ARTE 117
O que aprendi?
Conforme orientação de seu professor, feito o registro, vamos apresentar nossos mapas por meio de ex-
posição e apresentações artísticas do grupo experimentando a dança nos espaços diferentes da escola.
MÚSICA
MOMENTO 1
Apreciação
Vamos dar continuidade aos percursos trilhados em música nos bimestres anteriores, en-
volvendo a escuta, a criação e as intervenções como momento de experiências estéticas e de
ampliação de repertório. Para iniciar, convidamos você a apreciar o vídeo: Deusa do Amor de
Caetano Veloso e Moreno Veloso:
Link:
https://www.youtube.com/watch?v=g2Q0Fg2o9Q4
Após assistirem o vídeo, reflita sobre:
1. Conhecem os artistas?
2. Qual o estilo musical apresentado no vídeo? Ocorreu alguma ruptura na estética da
produção artística?
3. Ocorreu diálogo entre linguagens?
4. Na apresentação ocorreu hibridismo entre linguagens? Quais?
5. Ocorreu alguma intervenção durante a apresentação.
MOMENTO 2
Ação expressiva
Após contextualização do Funk de Caetano Veloso, em grupo, escolham um poema e colo-
quem um ritmo, musicalizando-o. Para colocar melodia no poema escolhido, pesquise, explorando
sons, ruídos, silêncio, sonoridades de diferentes ambientes e sons corporais (percussão corporal).
Essa experimentação será ampliada com a apreciação de composições do grupo brasileiro
Barbatuques e do grupo britânico Stomp e em seguida conforme orientação do professor explore
sonoridades por meio da percussão corporal conforme pesquisa do grupo Barbatuques: tipos de
palmas (grave, estrela, estalada, flecha, entre outras), estalos de dedo, sapateados, vácuos de
boca, estalos de língua, batidas no peito e na bochecha, percussão vocal, assobios, sopros, línguas
fictícias, sonoplastia corporal etc. Convidamos você a explorar os sons agudos, médios e graves.
Se achar interessante, você poderá captar sons dos espaços públicos, em um evento como
uma feira, um festival, uma apresentação na praça etc.
Após apresentação fale sobre o processo de criação, conforme mediação de seu professor.
O que aprendi?
Registre em seu caderno o que você aprendeu no momento da ação expressiva.
TEATRO
O teatro, como a arte do encontro, da presença, do contato e da cumplicidade, evidencia
o corpo como memória, emoção, invenção, símbolo e poesia. A presença corpórea do ator por
meio do movimento, da voz e da ação é a materialidade da cena, que cria e instaura relações
intercorpóreas e sinestésicas.
Neste bimestre esperamos que você, dando continuidade aos conhecimentos construídos
até agora, elabore, realize e documente intervenções cênicas na escola.
MOMENTO 1
Apreciação
Neste momento propomos a apreciação das cenas do espetáculo Namíbia, Não! em víde-
os disponíveis no YouTube, listados abaixo, para que possamos refletir sobre o corpo criador
cênico e a proposta de criação de uma comédia para discutir um tema polêmico e sério, como
as questões raciais (afro ou indígena) no Brasil. Dirigida por Lázaro Ramos, a peça Namíbia, Não!
recorre ao Teatro do Absurdo para discutir uma provocação (que é fictícia): Na peça teatral, em
2016, o governo brasileiro decreta uma Medida Provisória determinando que todos os que tive-
rem “melanina acentuada” (como o dramaturgo se refere aos negros no texto) sejam capturados
e enviados imediatamente à África, provocando, em pleno século XXI, o revés da diáspora vivida
pelo povo africano na época do tráfico de escravos. A medida é tomada para evitar que o go-
verno tenha de pagar indenizações em uma ação de reparação social aos danos causados pela
União aos descendentes das vítimas da escravidão. Mas, para não incorrer no crime de “Viola-
ção de Domicílio”, eles só podem ser capturados na rua. Diante disso, os primos André e Antô-
nio passam o dia trancados no seu apartamento, debatendo as questões sociais e econômicas
da vida atual, seus anseios pessoais e as consequências de uma viagem para a África. Situações
inusitadas são discutidas com muito humor e ironia. As cenas enfocam a vida dos de “melanina
acentuada”, convidando o público à reflexão sobre sua própria realidade. “Namíbia, Não!”
pega emprestado nomes de geniais engenheiros afrodescendentes do século XIX, os brasileiros
André e Antônio Rebouças, e coloca nos dois personagens fictícios do século XXI. «Propomos
uma síntese bem-humorada sobre a ressignificação estética e ética do termo Melanina Acentua
da”, afirma Aldri Anunciação, ator e dramaturgo.
O elenco traz Flávio Bauraqui e Aldri Anunciação, que também assina a autoria do texto.
“É uma crônica sobre a realidade do jovem afro brasileiro”, diz Lázaro Ramos, diretor geral do
espetáculo.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=Bx1Olkh8JXY
Link: https://www.youtube.com/watch?v=UR_2YYhHXtw
Link: https://www.youtube.com/watch?v=GhqFxghCIBE
Link: https://www.youtube.com/watch?v=i9UiPo0WQYQ
Link: https://www.youtube.com/watch?v=cNc66UtUuPM
Após a apreciação dos vídeos, em uma roda de conversa vamos discutir as cenas assistidas:
1. É possível perceber a ironia nas falas dos atores em cena?
2. Conseguem perceber a comicidade nas cenas?
3. Seria possível abordar temas sociais como os relacionados a questões raciais numa in-
tervenção cênica na escola?
4. O que é Teatro do absurdo? Já tinha ouvido falar neste termo?
120 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
MOMENTO 2
Material dramatúrgico: diálogos roteirizados
Para a compreensão da construção de um material dramatúrgico relacionado à intervenção
cênica e seu tema, apresentamos um trecho do texto teatral “Namíbia, Não!” do ator e drama-
turgo brasileiro Aldri Anunciação. Para você conhecer o texto, escolha um colega e, em dupla,
façam uma leitura a partir das orientações de seu professor.
Excerto do texto teatral da peça “Namíbia, Não!” do ator e dramaturgo brasileiro
Aldri Anunciação.
Cena 01
Antônio desarrumando a mesa do café da manhã. Ainda sem terminar totalmente de de-
sarrumar a mesa, Antônio vai até a mesa de centro da sala, observa por um tempo o jogo come-
çado do tabuleiro de xadrez e faz uma jogada. Entra, de repente, André assustado, vindo da
porta da rua. André fica em silêncio olhando Antônio.
ANTÔNIO- Bom dia!
Antônio volta a desarrumar a mesa do café. André continua em silêncio.
ANTÔNIO- Noitada, heim?
André recuperando o fôlego à frente da porta da rua. Antônio para de desarrumar a mesa
do café.
ANTÔNIO- Que foi, primo?
ANDRÉ-(assustado) Vai para onde cedo assim?
ANTÔNIO- Eu vou pro meu curso. Hoje é o primeiro dia do Curso Preparatório pro Con-
curso pra Diplomata de Melanina Acentuada do Itamaraty. Esqueceu? Olha aí o tabuleiro, fiz
mais uma jogada.
Antônio termina de desarrumar a mesa e pega a pasta de estudos que estava sobre o sofá
da sala.
ANDRÉ: Desista, Antônio!
ANTÔNIO: (surpreso) Como é?
ANDRÉ: Desista de sair de casa. Não vamos mais sair de casa. Nunca mais!
ANTÔNIO: (pegando a pasta de estudos e se dirigindo a porta) Primo, eu não quero me
atrasar logo no primeiro dia de aula. Não posso lhe dar atenção agora. Quer um conselho? Beba
bastante água, que essa onda seja ela qual for, passa logo.
ANDRÉ: (impedindo a passagem de Antônio pela porta de saída) Não...Você não vai a lu-
gar algum. A partir de hoje você não sai mais de casa.
ANTÔNIO: Que é isso, André? Deixe-me sair! Eu tenho um compromisso sério. Brincadei-
ra tem hora!
ANDRÉ: Antônio, eu não tô brincando!
ANTÔNIO- (tirando suavemente André da porta e colocando-o no sofá) Primo, pare com
isso! Eu realmente acho que você não devia ficar por aí desperdiçando seu tempo e energia em
farras noturnas. Gastando o pouco dinheiro que você ganha como atendente daquela Lan hou-
se da esquina, em álcool. Álcool evapora, André. Invista seu dinheiro em coisas mais concretas...
ARTE 121
Mais palpáveis. Palpabilidade, André! Como a sua faculdade de direito, por exemplo. Talvez seja
por causa dessas farras que as mensalidades estão atrasadas!
Antônio vai em direção à porta
ANDRÉ: Saiu uma medida provisória!
Antônio desiste de sair. Pausa
ANTÔNIO: Como é?
ANDRÉ: Saiu sim! Uma medida Provisória! Não podemos mais sair!
ANTÔNIO- Sair de onde?
ANDRÉ: De casa! Estamos presos, Antônio!
ANTÔNIO: Tá maluco!
ANDRÉ: Não! (Põe a mão no rosto de Antônio) Eu nem bebi essa noite!
ANTÔNIO: O que você fez a noite toda?
ANDRÉ: Eu? Eu fugi! Eu fugi, primo! Fugi, fugi, fugi!
ANTÔNIO: (interrompendo) De quem, rapaz?
ANDRÉ: Da polícia!
ANTÔNIO: (irritado) André, o que você andou aprontando por aí?
ANDRÉ: Saiu uma Medida Provisória do Governo! Os cidadão de Melanina Acentuada que
forem encontrados circulando pelas ruas do país, a partir de hoje, serão capturados e enviados
de volta para a África. Pausa.” (ANUNCIAÇÃO, 2012, p. 18-21).
(...)
Cena 04.
(...)
“ANDRÉ: Basta, Antônio, Cansei dessa história de Melanina Acentuada... De melanina
exaltada... Destrambelhada!
ANTÔNIO: (surpreso) O que isso, André? Você vai aceitar essa Medida Provisória desastro-
sa, que acha que está fazendo um favor para gente? (irritando-se) Não vai me dizer agora que
você quer ir para aquela terra estranha?
ANDRÉ: (surpreso) Como assim terra estranha? Vai querer negar agora? Vai negar sua ori-
gem? Sua cultura?
ANTÔNIO: (irritado) – Eu não estou negando nada! Somente estou lhe dizendo que a Áfri-
ca para mim, hoje é um continente estranho. Não conheço ninguém lá!
ANDRÉ: E nossos parentes que ficaram lá?
ANTÔNIO: (...) André! Você acha o quê? Que a gente vai chegar lá e vai ser recebido com
honrarias no aeroporto? (Antônio pulando pela sala, em alegria irônica) Fogos de artifícios para
receber os parentes que se foram séculos atrás e nunca mais mandaram notícias!” (ANUNCIA-
ÇÃO, 2012, p. 52-53).
Fonte: ANUNCIAÇÃO, Aldri. Namíbia, não! Salvador: EDUFBA, 2012.
122 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
Propomos para este momento um exercício de leitura dramática dos textos apresentados.
Entendendo a leitura dramática como parte inicial de um processo de encenação e de grande
importância para a compreensão e entendimento do texto. Esse exercício constitui-se na apre-
sentação pública de uma leitura de texto teatral, em que atores interpretam uma peça ou parte
dela com o texto em mãos.
O que aprendi?
Depois da leitura, converse com o professor e seus colegas sobre os temas que serão abordados em seus
projetos de intervenção e como a proposta de criação cênica poderia ser desenvolvida a partir da temá-
tica elaborada. Registre os pontos mais interessantes da conversa.
PLANEJANDO IN[TER]VENÇÕES
MOMENTO 1
Registro e a documentação das intervenções
Vamos relembrar. Até aqui você percorreu diferentes momentos de aprendizagem. Investi-
gou a cidade e seu patrimônio cultural. Iniciou uma aproximação com a ideia de intervenção, ex-
perimentando algumas ações. Ampliou essa aproximação, fazendo um planejamento mais apro-
fundado da intervenção. Agora é o momento de continuar o processo de criação individual ou em
grupo. Antes, porém, você vai saber mais sobre registro e documentação de obras de arte.
Aguarde as instruções do professor. No desenvolvimento da atividade, faça o registro de
suas impressões.
MOMENTO 2
Ação expressiva
Processo-ação da intervenção: o antes e o durante
Para organizar a apresentação da intervenção planejada pelo seu grupo observe os seguin-
tes aspectos:
1. Quem está com você nesta intervenção?
2. Do que foi planejado, o que falta preparar para a intervenção?
3. O local já foi escolhido? E o horário?
4. Ocorrerá na entrada, na saída, no intervalo, durante a aula, no período oposto ao da
aula?
5. Quais são as providências que precisam ser encaminhadas? Será necessário pedir auto-
rização para usar o espaço escolhido?
ARTE 123
O que aprendi?
1. Quais pensamentos e sentimentos foram apresentados em cada trabalho?
2. Como foi o processo de criação?
3. Quais foram os facilitadores e dificultadores deste processo?
4. O que eu mais gostei desta experiência? E o que eu mudaria?
124 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
MOMENTO 3
Avaliando o processo
O que aprendi?
Vamos socializar os diferentes pontos de vista sobre a vivência-ação da intervenção.
LÍNGUA PORTUGUESA 125
LÍNGUA PORTUGUESA
Leitura
Escrita
1
Oralidade
Análise Linguística
1 Desenho de Maria Giovana de Paula Pinto, aluna da 2ª Série do Ensino Médio, Escola Estadual
Profª Ana Franco da Rocha Brando, Diretoria de Ensino Região de Jaú.
2 Desenho de Gabriely Santos Ferreira, aluna da 2ª Série do Ensino Médio, Escola Estadual Profª
Irene Caporali de Souza, Diretoria de Ensino Região de Mogi das Cruzes.
• localizar
informações nos textos;
• desenvolver estratégias de leitura para compreender textos de épocas
distintas;
• reconhecer algumas figuras de linguagem na construção de sentido do texto;
• perceber o efeito de sentido decorrente do uso de pronomes;
• conhecer e analisar textos fundamentais da Literatura em Língua Portuguesa.
126 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
ATIVIDADE 1
Prática de Leitura e Escrita
Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte,
mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvo-
redos: ao monte alto o capitão pôs nome – o Monte Pascoal e à terra – a Terra da Vera Cruz.
Disponível em: <http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/carta.pdf>. Acesso em: 23 maio 2019.
a) Qual evento histórico foi comunicado por meio da Carta? Justifique sua resposta com par-
tes do texto.
b) Analise os trechos “que ora nesta navegação se achou” e “se perdeu da frota Vasco de
Ataíde com sua nau”. Os trechos destacados referem-se a quais objetivos de Portugal,
em meados do século XIV, e que meio utilizaram para atingi-los?
c) A Carta possui elementos que caracterizam um Diário de Bordo. Que elementos são es-
tes? Justifique com trechos do texto.
128 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
Reescreva os versos
Identifique Dica
(um verso em cada linha)
Essa informação está nos
versos em que é possível
Quem é o eu lírico? identificar o verbo e o pro- –––––––––––––––––––––––––––––––––––––
nome na 1ª pessoa da 1ª
estrofe.
Essa informação está no
verso em que se encontra
Quem o eu lírico vai
o sujeito do verbo passa- –––––––––––––––––––––––––––––––––––––
cantar?
ram do 4º verso da 1ª es-
trofe.
Essa informação está no
Quem o eu lírico vai 1º verso da 2ª estrofe que
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––
cantar? se inicia com uma conjun-
ção coordenativa.
Essa informação está no
Quem o eu lírico vai 5º verso da 2ª estrofe que
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––
cantar? se inicia com uma conjun-
ção coordenativa.
Essa informação está nos
versos em que se encon-
Que caminho tram substantivos pró-
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––
fizeram? prios, que dão nomes
para localizações geográ-
ficas da 1ª estrofe.
Como foi feita a Essa informação está nos
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––
conquista? versos 4 e 5 da 2ª estrofe.
O que fizeram? Essa informação está nos
versos, na 1ª estrofe, em
que é possível identificar a
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––
resposta à pergunta: O
que “as armas e os Barões
assinalados” fizeram?
a) É possível afirmar que os textos abordam o mesmo tema? Comprove com trechos de cada
um deles.
LÍNGUA PORTUGUESA 131
b) Qual é a visão dos autores portugueses em relação a seu próprio povo? Consideram-se
heróis ou superiores? Por quê?
c) Leia o trecho a seguir da Carta de Pero Vaz de Caminha: “Posto que o Capitão-mor desta
vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento
desta vossa terra nova...”
d) Leia novamente o trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha: “Posto que o Capitão-mor
desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamen-
to desta vossa terra nova...”
01 03
Peço inspiração poética O Barão foi desses homens
Às musas do mundo inteiro Que a natureza compôs,
Para falar de um grande Mas depois quebrou a fôrma
Diplomata brasileiro, E o projeto não expôs...
Bamba da Geografia Foi um daqueles gigantes
Que foi da diplomacia Que igual não houve antes;
Brasileira, o pioneiro! Maior não terá depois.
02 04
FIQUE LIGADO:
Literatura de cordel também conhecida no Brasil como folheto, literatura popular
em verso, ou simplesmente cordel, é um gênero literário popular escrito frequen-
temente na forma rimada, originado em relatos orais e depois impresso em folhe-
tos. O nome tem origem na forma como tradicionalmente os folhetos eram expos-
tos para venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes em Portugal.
Disponível em: <http://www.ablc.com.br/o-cordel/historia-do-cordel/>. Acesso em: 10 jun. 2019.
a) Há no cordel Barão do Rio Branco frases ou expressões que não podem ser interpretadas
ao pé da letra, isto é, foram utilizadas com o sentido figurado.
Retome a leitura do texto e:
• Identifique as frases ou expressões utilizadas com o sentido figurado;
• Anote-as, no quadro a seguir;
• Escreva o que significam no contexto do cordel Barão do Rio Branco, utilizando o modelo
na tabela abaixo.
LÍNGUA PORTUGUESA 133
b) No cordel, o autor faz uso da palavra “bamba”. O que ela significa? Qual o fenômeno
linguístico que pode ser atribuído a este uso? Ela é coloquial, informal ou formal?
c) O cordel é um texto ritmado e que foi concebido inclusive para ser cantado, nele encon-
tramos muitas rimas. Escreva as palavras que rimam em todas as estrofes.
d) Há uma relação de significado existente entre as palavras “craque” e “papa”. Qual é ela?
e) O Cordel, assim como a Epopeia, faz um tipo de exaltação. Quais foram as qualidades
atribuídas ao Barão do Rio Branco?
94 95
“Mas um velho d’aspeito venerando, “Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Que ficava nas praias, entre a gente, Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Postos em nós os olhos, meneando Ó fraudulento gosto, que se atiça
Três vezes a cabeça, descontente, C’uma aura popular, que honra se chama!
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente, Que castigo tamanho e que justiça
C’um saber só de experiências feito, Fazes no peito vão que muito te ama!
Tais palavras tirou do experto peito: Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
LÍNGUA PORTUGUESA 135
96 97
“Dura inquietação d’alma e da vida, “A que novos desastres determinas
Fonte de desamparos e adultérios, De levar estes reinos e esta gente?
Sagaz consumidora conhecida Que perigos, que mortes lhe destinas
De fazendas, de reinos e de impérios: Debaixo dalgum nome preminente?
Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Que promessas de reinos, e de minas
Sendo dina de infames vitupérios; D’ouro, que lhe farás tão facilmente?
Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana! Que famas lhe prometerás? que histórias?
Que triunfos, que palmas, que vitórias?
Disponível em:<http://www.dominiopublico.gov.br/download/
texto/bv000162.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2019.
• Percebemos visões diferentes entre os Cantos I e IV, quais são as diferenças na abordagem
das navegações?
• Em qual Canto percebemos a crítica e a exaltação? Justifique sua resposta, retirando tre-
chos dos textos.
ATIVIDADE 2
Prática de Leitura, Escrita e Oralidade
1. Leia, a seguir, os trechos retirados da Carta de Pero Vaz de Caminha e responda:
136 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
Fragmento I
(...) A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-fei-
tos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e
nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e meti-
dos neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum
fuso de algodão, agudos na ponta como um furador.
Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita
como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que não os molesta, nem os estorva no falar, no comer
ou no beber. Os cabelos seus são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta, mais que de so-
brepente, de boa grandura e rapados até por cima das orelhas.
E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte para detrás, uma espécie de cabeleira de penas
de ave amarelas, que seria do comprimento de um coto, mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o
toutiço e as orelhas. E andava pegada aos cabelos, pena e pena, com uma confeição branda como cera
(mas não o era), de maneira que a cabeleira ficava mui redonda e mui basta, e mui igual, e não fazia
míngua mais lavagem para a levantar.
(...) Andava aí um que falava muito aos outros que se afastassem, mas não que a mim me parecesse que
lhe tinham acatamento ou medo. Este que os assim andava afastando trazia seu arco e setas, e andava
tinto de tintura vermelha pelos peitos, espáduas, quadris, coxas e pernas até baixo, mas os vazios com
a barriga e estômago eram de sua própria cor. E a tintura era assim vermelha que a água a não comia
nem desfazia, antes, quando saía da água, parecia mais vermelha.
Disponível em:<http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/carta.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2019.
c) É possível notar apenas uma descrição isenta ou nota-se algum tipo de juízo de valor?
Comprove sua resposta com trechos do texto.
LÍNGUA PORTUGUESA 137
Fragmento II
(...) Ali andavam entre eles três ou quatro moças, bem moças e bem gentis, com cabelos muito pretos,
compridos pelas espáduas, e suas vergonhas tão altas, tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que,
de as muito bem olharmos, não tínhamos nenhuma vergonha.
(...) E uma daquelas moças era toda tingida, de baixo a cima daquela tintura; e certo era tão bem-feita
e tão redonda, e sua vergonha (que ela não tinha) tão graciosa, que a muitas mulheres da nossa terra,
vendo-lhe tais feições, fizera vergonha, por não terem a sua como ela. Nenhum deles era fanado, mas,
todos assim como nós. E com isto nos tornamos e eles foram-se.
(...) Também andavam, entre eles, quatro ou cinco mulheres moças, nuas como eles, que não pareciam
mal. Entre elas andava uma com uma coxa, do joelho até o quadril, e a nádega, toda tinta daquela
tintura preta; e o resto, tudo da sua própria cor. Outra trazia ambos os joelhos, com as curvas assim
tintas, e também os colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas e com tanta inocência descobertas, que
nisso não havia nenhuma vergonha.
Disponível em:<http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/carta.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2019.
f) É possível notar apenas uma descrição isenta ou nota-se algum tipo de juízo de valor?
Comprove sua resposta com trechos do texto.
Fragmento III
(...) E depois de termos comido vieram logo todos os capitães a esta nau, por ordem do Capitão-mor,
com os quais ele se aportou; e eu na companhia. E perguntou a todos se nos parecia bem mandar a
nova do achamento desta terra a Vossa Alteza pelo navio dos mantimentos, para a melhor mandar
descobrir e saber dela mais do que nós podíamos saber, por irmos na nossa viagem.
E entre muitas falas que sobre o caso se fizeram foi dito, por todos ou a maior parte, que seria muito
bem. E nisto concordaram. E logo que a resolução foi tomada, perguntou mais, se seria bem tomar
aqui por força um par destes homens para os mandar a Vossa Alteza, deixando aqui em lugar deles
outros dois destes degredados.
E concordaram em que não era necessário tomar por força homens, porque costume era dos que assim
à força levavam para alguma parte dizerem que há de tudo quanto lhes perguntam; e que melhor e
muito melhor informação da terra dariam dois homens desses degredados que aqui deixássemos do
que eles dariam se os levassem por ser gente que ninguém entende. Nem eles cedo aprenderiam a
falar para o saberem tão bem dizer que muito melhor estoutros o não digam quando cá Vossa Alteza
mandar.
E que portanto não cuidássemos de aqui por força tomar ninguém, nem fazer escândalo; mas sim, para
os de todo amansar e apaziguar, unicamente de deixar aqui os dois degredados quando daqui partís-
semos.
E assim ficou determinado por parecer melhor a todos.
Acabado isto, disse o Capitão que fôssemos nos batéis em terra. E ver-se-ia bem, quejando era o rio.
Mas também para folgarmos.
Disponível em:<http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/carta.pdf>. Acesso em: 10 jun.2019.
DEBATE:
a) Na Carta de Pero Vaz de Caminha observamos a abordagem de três categorias de pes-
soas, quais são?
e) No fragmento III são usados termos como “apaziguar” e “amansar”, qual era o objetivo
dos portugueses ao usar tais termos?
j) Na reunião, cogitaram levar alguns homens à força, por que desistiram de tal decisão e
quem eram estes homens?
ATIVIDADE 3
Prática de Oralidade
FIQUE LIGADO:
Para a realização de um debate é importante todos se sentarem em roda. Os argu-
mentos devem ser claros e objetivos, a fala de cada um deve ser respeitada, espere
a sua vez e levante a mão quando quiser a palavra, não interrompa a fala do cole-
ga, isto não é legal. Evite brigas ou discussões paralelas.
Degredados
A maioria dos degredados eram criminosos comuns, embora muitos fossem presos políticos ou religio-
sos (por exemplo Cristãos-Novos), a quem tinham sido condenados a ser exilados do Reino de Portu-
gal. A sentença nem sempre era direta, muitos eram condenados a penas longas de prisão (por vezes
a morte), mas era tomada a opção de terem sentenças comutadas para um curto período de exílio no
exterior, ao serviço da coroa.
Nos primeiros anos das descobertas portuguesas, e de construção do império, séculos XV e XVI, os
navios levavam um pequeno número de degredados, para auxiliar em tarefas consideradas demasiado
perigosas ou onerosas para tripulantes comuns. Por exemplo, ao atingir uma praia desconhecida, um
degredado ou dois eram geralmente desembarcados primeiro para testar se os habitantes nati-
140 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
vos eram hostis. Após o contato inicial era muitas vezes atribuído a função de passar as noites na cida-
de ou aldeia nativa (enquanto o resto da tripulação dormia a bordo dos navios), para construir relações
de confiança e coletar informações. Quando as relações se tornavam hostis, os degredados eram en-
carregados de negociar os termos de paz entre os navios e os governantes locais.
Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Degredo>. Acesso em: 10 jun. 2019.
ATIVIDADE 4
Prática de Produção Escrita
A partir dos fragmentos lidos da Carta de Pero Vaz de Caminha, de Os Lusíadas e do deba-
te realizado a respeito do texto, escreva um artigo de opinião para ser publicado no jornal da
escola ou em um site ou blog, sobre a seguinte afirmação:
No Brasil de hoje há diferenças na forma como o índio é tratado e considerado, com-
parando com a visão dos portugueses na época das navegações?
• Para construir o seu texto é necessário pesquisar informações adicionais sobre o tema
(notícias, reportagens ou mesmo outros artigos de opinião).
• Observe os tipos de argumento, trazendo para o texto pontos de vista divergentes so-
bre o assunto.
• Não se esqueça de que o artigo de opinião é um texto que visa convencer o leitor sobre
o ponto de vista do autor, para isto utiliza a formulação de uma tese e de argumentos
para defendê-la, refutando pontos divergentes.
ATIVIDADE 5
Prática de Leitura e Escrita
Leia o trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha e responda:
Fragmento IV
(...) Ao sairmos do batel, disse o Capitão que seria bom irmos em direitura à cruz que estava encostada
a uma árvore, junto ao rio, a fim de ser colocada amanhã, sexta-feira, e que nos puséssemos todos de
joelhos e a beijássemos para eles verem o acatamento que lhe tínhamos. E assim fizemos. E a esses dez
ou doze que lá estavam, acenaram-lhes que fizessem o mesmo; e logo foram todos beijá-la.
LÍNGUA PORTUGUESA 141
Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo
cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências. E portanto se os
degredados que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles,
segundo a santa tenção de Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza
a Nosso Senhor que os traga, porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade. E imprimir-
-se-á facilmente neles qualquer cunho que lhe quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes deu bons
corpos e bons rostos, como a homens bons. E o Ele nos para aqui trazer creio que não foi sem causa.
E portanto Vossa Alteza, pois tanto deseja acrescentar a santa fé católica, deve cuidar da salvação de-
les. E prazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim!
• Por que “esses dez ou doze que lá estavam” repetiram o mesmo ato?
• O que os “degredados” precisavam fazer para que a crença dos portugueses se consoli-
dasse?
b) Observe o trecho: “E o Ele nos para aqui trazer creio que não foi sem causa. E portanto Vossa
Alteza, pois tanto deseja acrescentar a santa fé católica, deve cuidar da salvação deles”.
c) Leia as estrofes a seguir, retiradas do Canto IV: Episódio do Velho do Restelo e o texto “A
Fama na Era Digital”:
95 96
“Ó glória de mandar! Ó vã cobiça “Dura inquietação d’alma e da vida,
Desta vaidade, a quem chamamos Fama! Fonte de desamparos e adultérios,
Ó fraudulento gosto, que se atiça Sagaz consumidora conhecida
C’uma aura popular, que honra se chama! De fazendas, de reinos e de impérios:
Que castigo tamanho e que justiça Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Fazes no peito vão que muito te ama! Sendo dina de infames vitupérios;
Que mortes, que perigos, que tormentas, Chamam-te Fama e Glória soberana,
Que crueldades neles experimentas! Nomes com quem se o povo néscio engana!
a) Responda:
• O que fazem os usuários de rede social para aumentar sua “fama” e cada vez mais apare-
cerem?
Positivos Negativos
• (...) “likes”, quanto mais curtidas em suas publicações e fotos, mais seguidores a pessoa
adquire e sua “fama”.
Com base nos trechos, simule uma publicação na sua rede social que proponha aos seus
seguidores uma reflexão sobre a “glória”, a “fama” e seus efeitos.
• Nos trechos apresentados observamos o uso de linguagem distinta, como nas palavras
“néscio” e “curtidas”. Qual a relação semântica existente entre as duas palavras?
LÍNGUA ESTRANGEIRA
MODERNA
GAMES − ADVANTAGES AND DISADVANTAGES
STUDENT’S LEARNING GUIDE
• Understand text about games identifying arguments and comparing them with your
ideias;
• List advantages and disadvantages of playing games;
• Relate words considering the situations of use.
Communication
ACTIVITY 1
Video Games
a) You know all those people that told you that video games are bad for you? They were
wrong. Read the text quickly and underline the words you already know.
b) Fill in the gaps with the correct word from the box.
1. Playing video game improves the speed at which people can make _________________ .
3. Pre-school children who play video games have been shown to have improved motor
______________________.
4. Playing video games also has a beneficial effect on vision, increasing players’ ability to tell
the _______________________ between varying ______________________ of grey.
5. Researchers from Indiana University investigated the effects of violent video games by
doing some brain ___________________________ on video gamers.
7. Their research showed that violent video games affect emotional control and may cause
more aggressive _______________________________.
c) In pairs, read each paragraph carefully and write the main idea below. Share your ideas,
with your partner, and write them in English.
Second paragraph:_______________________________________________________________
Fourth paragraph:________________________________________________________________
Fifth paragraph:__________________________________________________________________
d) Now, write your text using the main ideas of each paragraph.
ACTIVITY 2
Advantages and Disadvantages
a) In pairs, write down the advantages and disadvantages that appear in the text:
Advantages disadvantages
b) In pairs, ask questions to your partner and reflect about the advantages and disadvantages
presented in the text.
Example:
• How can games help?
• How can games affect?
ACTIVITY 3
Kinds of arguments
a) In the text there are many arguments made by researchers or universities. Locate the
information and think about it: Which arguments do you agree with? What´s your opinion?
In pairs share your opinions and write it down.
148 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
My opinion
My partner’s opinion
ACTIVITY 4
Let´s organize ideas
Human body
ACTIVITY 5
Use your Creativity
a) In groups, think about how you can tell other students about video games.
You can make a video, posters, or theater. Use your creativity and hands on.
EDUCAÇÃO FÍSICA 149
EDUCAÇÃO FÍSICA
Neste bimestre vamos aprender:
FIQUE LIGADO (A)! Nesta Unidade Temática espera-se que você aprenda:
Habilidades do currículo:
• Identificar os movimentos básicos da esgrima, assim como reconhecer e valorizar
as técnicas e táticas no desempenho esportivo e na apreciação do espetáculo
esportivo.
ATIVIDADE 1
Esgrima de corpo inteiro
É claro que em algum lugar você já deve ter visto determina- Touché!
do tipo de combate com espadas, seja em mangás, filmes, dese-
nhos, etc. A arte de utilizar um objeto para ampliar a área de alcan- Touché é uma palavra
ce, seja para trabalhar, caçar ou lutar não é algo novo, certo?
francesa que em português
Reflita por alguns instantes!
significa toquei e era
Pinturas rupestres nos mostram a utilização de galhos, pe-
dras, lanças sendo utilizadas para a autodefesa e a caça. Ao longo empregada pelos esgrimistas
dos anos, estes objetos foram sendo confeccionados e aprimora- antes do surgimento dos
dos, mas será que para “esgrimir” é necessário ter alguma arma? sensores eletrônicos.
Mas, afinal, o que se entende por esgrima? Esgrima é consi-
derada a arte de jogar ou lutar com armas brancas. Felipe Lucci
150 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
ATIVIDADE 2
Refinando os movimentos
Esta atividade será dividida em duas etapas, a primeira é a socialização da pesquisa reali-
zada com os demais colegas. De acordo com as pesquisas e o auxílio de seu(sua) professor(a),
preencha a tabela abaixo com o nome correto para cada arma e sua área válida pintando os
esgrimistas.
Felipe Lucci
EDUCAÇÃO FÍSICA 151
ATIVIDADE 3
Táticas de combate
Diferente de outros esportes que são praticados em equipe, em sua maioria, vemos vários
posicionamentos táticos para cada jogador; na esgrima a tática se dá na posição de guarda op-
tada pelo esgrimista e nos motivos de realizar cada técnica nas várias situações encontradas
numa disputa, seja individual ou por equipes. A esgrima moderna com sua incrível complexida-
de tática ganhou o apelido de “Xadrez Físico”. Para os meros espectadores, assistir à esgrima
pode ser difícil e desconcertante. Nesta atividade, você irá conhecer um pouco sobre as táticas
básicas, que irão ajudá-lo a entender as complexidades em que os esgrimistas se encontram no
momento da competição.
A guarda; é a posição que o esgrimista assume para se defender, mas é a partir dela que
os ataques acontecem. Uma boa guarda deve distribuir o peso do corpo igualmente nas duas
pernas e a mão de ataque (que segura a arma) deve estar numa posição pronta para bloquear,
pelo menos uma parte do tronco.
https://pixabay.com/pt/illustrations/m%C3%BAsculos-esqueleto-
FIQUE SABENDO!
Em anatomia, o Corpo humano é estudado a partir da posição
anatômica padrão, onde as pernas e os braços se encontram
estendidos e paralelos ao corpo com a palma das mãos volta-
das à frente. Utilizando as articulações e os músculos, cada par-
te do nosso corpo possui diferentes possibilidades de movi-
mentos com nomes específicos. Os ombros, por exemplo,
podem realizar a flexão, extensão, hiperextensão, abdução,
adução, rotação e circundução. Palavras difíceis? Então vamos
metade-do-corpo-2277447/
Desafiando o vocabulário
Agora vamos ver se conseguimos ficar na posição de guarda? Na posição anatômica, posicione-se
lateralmente em relação ao seu oponente. Realize uma rotação da sua cabeça e do pé que esteja mais
próximo do adversário, direcionando-os para o oponente; realize uma abdução de quadril de modo
que os pés estejam alinhados com os ombros. Faça uma semiflexão dos joelhos. Com o braço mais
próximo do oponente, realize uma semi-abdução de ombro, uma semiflexão de cotovelo e a supina-
ção da mão que empunha a arma, direcionando-a para o adversário, e com o outro braço realize uma
abdução de ombro com aproximadamente 90º e flexão de cotovelo com aproximadamente 90º, e,
por último, flexione o punho em direção da própria nuca. Pronto, conseguiu? Você está em guarda!?
Se você não conseguiu, calma seu (sua) professor (a) irá auxiliar com os termos que não conseguiu
identificar.
Saber que posição de guarda seu adversário utiliza pode lhe dar subsídios para identificar os pontos
mais vulneráveis. Na imagem abaixo, o tronco do esgrimista é dividido em quatro partes, nas quais
nomeamos de linhas.
— Em Guarda!
Para entender a Roda tática da Esgrima imagine um jogo de Pedra, Papel e Tesoura, mas
com muitos outros componentes. A roda tática básica é semelhante, pois cada tática derrotará a
anterior e será derrotada pela que segue se executada corretamente. As peças são as seguintes:
EDUCAÇÃO FÍSICA 153
Contra
Ataque
Ataque/de
Um ataque simples incisivo Composto
preparação Um ataque executado
na fase inicial e não com várias “fintas” para
ameaçadora do Ataque diminuir a distância e
Composto adversário retirar a defesa final.
Não é tão fácil quanto parece, pois no nível profissional, os esgrimistas tentam pular a
dinâmica da roda, deixando a disputa ainda mais imprevisível, explorando as vantagens de seu
próprio biotipo, o treinamento físico e análise técnico-tática do adversário.
Agora é preciso que você escolha uma posição de guarda que considere interessante para
você, mas tenha em mente o porquê disso. Unindo os conhecimentos obtidos das técnicas e
táticas da modalidade, exercite com seus colegas, identificando a guarda de seu oponente e
buscando os pontos vulneráveis; não se esqueça que apenas o tronco pode ser tocado com a
utilização do florete.
ATIVIDADE 4
O confronto final
https://pixabay.com/pt/photos/esgrima-pessoas-jogar-esporte-1839325/
FIQUE LIGADO (A)! Nesta Unidade Temática espera-se que você aprenda:
• Identificar as características do exercício aeróbio, em termos de intensidade, fre-
quência e duração, relacionando-o ao desenvolvimento da capacidade física, da
resistência, da melhoria do sistema cardiorrespiratório e da diminuição ou contro-
le da gordura corporal, associando os princípios gerais da ginástica aeróbica ao
conceito de exercício aeróbio. Identificar princípios, exercícios e técnicas comuns
às várias modalidades de ginástica aeróbica reconhecendo suas sensações de es-
forço, motivação, facilidades e dificuldades na prática da ginástica aeróbica. Sele-
cionar, relacionar e interpretar informações e conhecimentos para construir argu-
mentação consistente e coerente que justifique a preferência por uma modalidade
de ginástica. Reconhecer características do esporte na ginástica aeróbica esporti-
va. Identificar e comparar os princípios e exercícios da ginástica aeróbica esporti-
va com a ginástica aeróbica tradicional. Interpretar texto com auxílio de material
gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.) (SAEB). Inferir uma informa-
ção implícita em um texto (SAEB).
EDUCAÇÃO FÍSICA 155
ATIVIDADE 1
Relembrar, Conscientizar e Praticar
Nos bimestres anteriores, você aprendeu sobre temas relacionadas ao corpo, saúde e be-
leza. Analise os organogramas abaixo e faça uma reflexão retomando o que aprendeu com seus
amigos e professor(a), pois serão suporte para desenvolvermos o tema atual.
ALIMENTAÇÃO
AUTOESTIMA
ACEITAÇÃO
MOMENTOS
DE LAZER
SAÚDE E AUSÊNCIAS
PADRÕES E
DE DOENÇAS
QUALIDADE ESTEREÓTIPOS
DE BELEZA
DE VIDA CORPORAL
PRATICAR
ALIMENTAÇÃO ATIVIDADES
FÍSICAS E
SAUDÁVEL EXERCÍCIOS EXERCÍCIO
FÍSICOS ESTÉTICA
FÍSICO/ATIVIDADE
CORPORAL
FÍSICA
– Quais são as estratégias utilizadas pelas pessoas para alcançarem um padrão de beleza cor-
poral?
– Dê exemplos de exercícios físicos praticados e seus resultados.
– Que tipos de exercícios favorecem mais o emagrecimento, beneficiando o sistema cardiovas-
cular e respiratório?
– Quais são as práticas diárias para a qualidade de vida?
– Qual a frequência necessária de atividade física para alguém ser considerado ativo?
– Você já se perguntou se a duração do exercício e sua intensidade interfere no seu objetivo?
Desafio em grupo
Vamos levar essa discussão para a prática, seu (sua) professor (a) irá apenas orientá-lo, o foco nesse
momento é que seu grupo crie sequências de exercícios, circuitos ou alguns exercícios, sem utilização
de materiais. O objetivo é a queima de gordura e melhora do sistema cardiorrespiratório e vascular.
156 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
O exercício aeróbio utiliza oxigênio para a metabolização de energia, já o exercício anaeróbio não
há presença de oxigênio na produção de energia.
Nesta atividade, você irá calcular a sua Zona Alvo de Treinamento, mas para isso, você de-
verá utilizar essas fórmulas:
Logo, durante seu exercício físico os batimentos cardíacos devem estar entre ______
e ______ bpm.
Colocando em prática: Com as orientações de seu(sua) professor(a), realize algum exercí-
cio físico de forma contínua com intensidade moderada, como uma caminhada ou corrida leve
por 10 minutos. Faça a medição dos batimentos cardíacos antes, durante e após o término da
atividade.
Reflita e Responda: Todos conseguiram chegar em sua Z.A.T.? Porquê? Por que alguns
estavam com o BPM mais acelerado sendo que todos realizaram a atividade na mesma intensi-
dade?
EDUCAÇÃO FÍSICA 157
ATIVIDADE 2
Ginástica Aeróbica
A Ginástica Aeróbica surgiu nas academias na década de 1980, sendo considerada o carro-
-chefe no fitness, impulsionada pelos vídeos de ginástica produzidos pela atriz Jane Fonda e
pelos resultados das pesquisas do médico Kenneth Cooper, que disseminou o conceito de exer-
cício aeróbio.
https://pixabay.com/pt/photos/curso-de-kickboxing-gin%C3%A1sio-1178261/
Capaz de movimentar diversos grupos musculares, a Ginástica Aeróbica agrada por ser
acessível, prática, divertida e eficiente. Logo que iniciou, executava-se muitos saltos, saltitos e
giros, caracterizando uma ginástica de alto impacto, sem preocupação com o amortecimento e
a postura, ocasionando lesões articulares aos seus praticantes, em um primeiro momento. Hoje
em dia a ginástica é de baixo impacto, a fim de os alunos usufruírem dos benefícios do exercício
aeróbico, de forma menos lesiva.
Os praticantes geralmente procuram por essas aulas para: aumento da capacidade cardio-
vascular e respiratória; diminuir ou controlar a gordura corporal; melhora da força, da resistência
e do tônus muscular; aumento da flexibilidade; redução da ansiedade e do estresse; entre ou-
tros benefícios à saúde. Muito atrativo para pessoas que gostam de atividades rítmicas, já que a
aula é muito divertida, com música e coreografias.
Testando o Conhecimento
Já ouviu falar em Ginástica Aeróbica ou Exercícios Aeróbicos, certo? Vamos testar seus
conhecimentos em relação à Ginástica Aeróbica e ao Exercício Aeróbico:
158 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
ATIVIDADE 3
Ginástica Aeróbica Esportiva
A Ginástica Aeróbica Esportiva (GAE) é uma variação da Ginástica Aeróbica, sendo uma
modalidade competitiva em que se executam padrões de movimentos aeróbicos complexos de
forma continuada e com alta intensidade, sendo origi-
nária da dança aeróbica. Na coreografia, o sincronis-
mo, a criatividade e o alto grau de desenvolvimento
das capacidades físicas (força, agilidade, flexibilidade,
equilíbrio, coordenação) são demonstrados de forma
cativante; alegre e com muita naturalidade.
Por ser competitiva, conta com exercícios obri-
gatórios; ligas, confederações e federações próprias;
e um código de pontuação. Além de elevações e liga-
ções entre os movimentos, a duração total da coreo-
grafia é de 1 minuto e 45 segundos.
ATIVIDADE 4
Assistir e Comparar.
Pesquisa em grupo: Se reúna com seus amigos e assistam a alguns vídeos referentes à
Ginástica Aeróbica e à Ginástica Aeróbica Esportiva, siga as instruções abaixo; para que possam
analisar, comparar e refletir sobre elas. Entregue ao(a) professor (a) um registro, utilizando ferra-
mentas multimídias e apresente aos seus colegas.
1ª etapa: Pesquise na internet vídeos relacionados à Ginástica Aeróbica da Jane Fonda da
década de 1980, e sobre as Ginásticas Aeróbica de Academia (zumba, aerodane, aerocadio etc.).
Os exercícios são os mesmos? Houve muita mudança? Quais? Consegue perceber a diferença
nos movimentos e nas vestimentas?
2ª etapa: Pesquise na internet vídeos relacionados a Competições de Ginástica Aeróbica
Esportiva (GAE) da década de 1990 e atuais. Consegue perceber algumas diferenças na execu-
ção dos movimentos, das técnicas, das vestimentas, o que mudou? Aos seus olhos, no que GAE
é mais atrativa?
3ª etapa: Após pesquisar a Ginástica Aeróbica e a GAE, chegou o momento de comparar.
As duas levam o nome aeróbica, mas não são iguais, onde percebemos a diferença e por quê?
Analise os movimentos na execução, na amplitude, no tempo de duração, na intensidade, nas
capacidades físicas envolvidas, entre outros possíveis aspectos.
Agora que você pesquisou e assistiu a várias aulas de Ginástica Aeróbica, chegou o mo-
mento da prática.
Ginástica Aeróbica – Práticas Contemporâneas. Atualmente, as opções de aulas nas Academias são
várias, como: aerofunk, aeroboxe, aerodance, zumba, step, jump, aeróbica localizada, funcional, entre
outras.
ATIVIDADE 5
Criando uma aula de ginástica aeróbica.
Nesta atividade, é muito interessante fazer a medição dos batimentos cardíacos antes, durante e após
o término da mesma.
160 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
Siga esse modelo e crie uma sessão de Ginástica Aeróbica de 60 minutos. Você pode adap-
tar conforme solicitação do seu (sua) professor (a)
Tipo de Ginástica:______________________________________________________________
Aquecimento (5 a 10 minutos)
É a preparação do organismo para o esforço que será exigido e se dá pela elevação da temperatura
corporal. Movimentos indicados: balanceios, movimentos ritmados globais de flexão, circundução e
passos de baixo impacto com intensidade crescente, mobilizando o maior número de grupos muscula-
res possível. Alongamentos também podem ser incluídos de forma isolada ou combinada.
Esfriamento (5 a 10 minutos)
A intenção é diminuir a intensidade, reduzindo a frequência cardíaca, proporcionando ao organismo
uma volta confortável. Os movimentos indicados são de soltura e de baixo impacto: toques laterais
com os pés, giro de ombros, pescoço, balanceios, transferência de peso do corpo de um pé para o
outro, soltura de tronco e braços.
Alongamento/Relaxamento (5 a 10 minutos)
São indicados exercícios respiratórios e de soltura, alongamentos estáticos, movimentos suaves que
auxiliarão no retorno do organismo aos níveis metabólicos de repouso.
Medindo rampas
Um problema muito importante, no qual a
aplicação da Trigonometria hoje se faz presen-
te, é na garantia de um direito constitucional,
que trata da igualdade de todos perante a lei,
o direito à livre locomoção. Para a garantia
deste direito, as rampas tornaram-se um im-
portante meio facilitador de acesso e a trigo-
nometria dá o suporte para o cálculo da incli-
nação adequada a cada tipo de rampa.
Em Trigonometria, a inclinação da rampa é cha-
mada de Tangente do ângulo de subida ( ).
Ela é calculada por meio da razão entre medi-
Arte: Robson Minghini.
da da altura da rampa (h) e a medida do seu
comprimento horizontal (c).
Trigonometria é a área da matemática que estu-
da as relações entre lados e ângulos de um triân-
gulo. Desde a Antiguidade, astrônomos e geô-
metras estudam as propriedades dos triângulos altura (h)
para resolver problemas, sobretudo os que pos-
sibilitam determinar medidas inacessíveis, por
exemplo, a medida do raio da Terra, a distância
da Terra à Lua, a largura de um rio ou a altura de comprimento (c)
uma montanha, dentre várias outras situações.
ATIVIDADE 1
Observe os esboços de rampas. Seguindo os passos abaixo você irá calcular a inclinação de
cada uma e verificar se estão adequadas à NBR 9050.
1,5
10
2,5
30
Arte:: Robson Minghini.
1,5 2,5
10 30
162 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
9,03 m
h
9m
Inclinação = 20%
20 cm
1m
A figura apresenta um projeto de uma ram- b) Se a rampa projetada tiver inclinação su-
pa de acesso a uma garagem residencial cuja perior a 20%, o nível da garagem deverá
base, situada 2 metros abaixo do nível da rua, ser alterado para diminuir o percentual
de inclinação, mantendo o comprimento
tem 8 metros de comprimento.
da base da rampa.
Portão
Nível da
rua
Garagem
2m
Rampa
Nível da base 8m
da garagem
ATIVIDADE 4
y B
9
3 A
2
1
x
0
0 2 4
Assim como a tangente, outras razões trigonométricas relacionadas com os ângulos no triângulo
retângulo podem ser observadas:
B B
Cateto adjacente à
Cateto opsto à
sa sa
tenu tenu
H ipo Hipo
A A
C C
Cateto adjacente à Cateto oposto à
ATIVIDADE 5 ATIVIDADE 6
TANGENTE 3 1 3
3
x x
h
90º
60º
x x
— —
2 2
45º
45º 90º
Resolvendo problemas
ATIVIDADE 7
Para subir um desnível de 3,5 m foi construída b) Calcule a medida de c.
uma rampa com 30° de inclinação.
a) Se for necessário escolher uma das ra-
C
zões trigonométricas (seno, cosseno ou 3,5m
tangente), para calcular a medida c do 30º
comprimento da rampa, qual você esco-
lheria? Por quê?
ATIVIDADE 8
(AD 2018) Um motociclista irá saltar por cima de um conjunto de caminhões utilizando a rampa
mostrada no desenho. A altura, em metros, que o motociclista atinge no final da rampa é de:
m
18
30º
168 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
ATIVIDADE 9 ATIVIDADE 10
50º
20 m
60º
B A
90 m
β = 57o
100
y
A x C
D
170 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
ATIVIDADE 12 Balão
60o 30o
1,8 km A 3,7 km B
ATIVIDADE 13
α β
x + 30 x
Para prosseguir neste estudo devemos obser- (Portal da Matemática - Obmep) Um míssil,
var o valor de seno e cosseno de em um ângu- viajando em trajetória praticamente retilínea,
lo com medida entre 90° e 180°: foi detectado por um radar situado no ponto A
em dois pontos distintos: o primeiro no ponto
B tal que AB = 6 km e o segundo no ponto C,
cos = – cos (180 – ) tal que AC = 10 km. Sabendo que BAC = 120°,
Exemplo: calcule a distância percorrida pelo míssil do
cos 120º = – cos 60º = – 1 ponto B até o ponto C.
2
B
sen = sen (180 – )
Exemplo:
6 km
sen 150º = sen 30º = 1 120o
2
A Lei dos Cossenos pode ser aplicada em triângulos não retângulos. Este teorema demonstra que:
Isto é:
a β a a
b b b
α Y
c c c
a2 = b2 + c2 - 2bc . cosα c2 = a2 + b2 - 2ab . cosβ b2 = a2 + c2 - 2ac . cosY
MATEMÁTICA 173
ATIVIDADE 16
Retomando o problema inicial e aplicando a
Lei dos Cossenos, calcule a distância percor-
rida pelo míssil.
B
6 km
120o
A 10 km C
Resolvendo problemas
ATIVIDADE 17 ATIVIDADE 18
Três cidades A, B e C, estão representadas em (UF-Juiz de Fora - Reformulado) Dois lados
um mapa, em escala 1:10000, conforme a figu- de um triângulo medem 8 m e 10 m e formam
ra abaixo. Qual a distância aproximada em km um ângulo de 60°. Qual a medida do terceiro
entre as cidades A e C? lado?
30o
20 cm
12 cm
A C
174 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
ATIVIDADE 19 ATIVIDADE 20
(Unifor-CE - Reformulado) Um terreno de (UFSM/2013) A caminhada é uma das ativida-
forma triangular tem frente de 10 m e 20 m, des físicas que, quando realizada com frequên-
em ruas que formam, entre si, um ângulo de cia, torna-se eficaz na prevenção de doenças
120º. Qual é a medida do terceiro lado desse crônicas e na melhoria da qualidade de vida.
terreno? Para a prática de uma caminhada, uma pessoa
sai do ponto A, passa pelos pontos B e C e re-
torna ao ponto A, conforme trajeto indicado na
figura. Quantos quilômetros ela terá caminhado,
se percorrer todo o trajeto? Considere √3 = 1,7.
C
0,8
km
150o
A 1 km B
MATEMÁTICA 175
B C
Resolvendo problemas
ATIVIDADE 21 ATIVIDADE 22
No triângulo abaixo calcule a medida do No paralelogramo ABCD abaixo, a diago-
lado BC. nal maior mede 15 cm, calcule a medida do
B lado BC.
30o A D
10 cm 100o
120o
50o 30o
C A B C
ATIVIDADE 23
Uma bomba d’água é utilizada para trans-
portar água de um rio para outros dois lo-
cais: a casa e a caixa d‘água conforme figura
abaixo:
80m
60o
50m X
BOMBA
176 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
ATIVIDADE 24
(CEFET) Determine a
medida do ângulo na b
figura seguinte, na qual a β
30º
= 2 cm e b = √2 cm
a
O que eu aprendi
MATEMÁTICA 177
Polígonos regulares são polígonos convexos que possuem lados e ângulos congruentes (mes-
ma medida). Todo polígono regular pode ser inscrito em uma circunferência, isto acontece,
quando todos os seus vértices pertencem à uma circunferência. Abaixo temos quatro exemplos
de polígonos regulares inscritos, para cada um deles, descubra a medida do ângulo central
correspondente ao lado do polígono.
α
α α α
ATIVIDADE 1 ATIVIDADE 2
Encontre uma expressão para o cálculo da Para confeccionar bolas de cartolina, João
medida do ângulo central correspondente ao precisou construir pentágonos e hexágonos.
lado do polígono regular de n lados. Tentou desenhar os moldes destes polígonos,
mas no final, os lados não se encaixavam. Ex-
plique como João poderia realizar esta tarefa
dispondo de régua, compasso e transferidor.
178 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
ATIVIDADE 4
Sabendo que os ângulos da base de um tri-
ângulo isósceles são congruentes, descubra a
medida (x) destes ângulos nos casos abaixo:
a) Pentágono regular inscrito Anotações:
α
X
MATEMÁTICA 179
ATIVIDADE 5
Observe as figuras abaixo, nelas estão assinalados os ângulos internos ( ) de cada polígono
regular:
a) Triângulo Regular b) Pentágono regular c) Hexágono regular
β β
α β
α α
a) b) c)
ATIVIDADE 6
Encontre uma expressão para o cálculo da medida do ângulo interno de polígono regular
de n lados.
180 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
ATIVIDADE 7
Utilizando as expressões encontradas preencha a tabela com a medida do ângulo central e do
ângulo interno para cada um polígonos regulares solicitados.
triângulo (n = 3)
quadrado (n = 4)
pentágono (n = 5)
hexágono (n = 6)
heptágono (n = 7)
octógono (n = 8)
eneágono (n = 9)
decágono (n = 10)
dodecágono (n = 12)
pentadecágono (n = 15)
icoságono (n = 20)
Justificativa:
182 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
Pavimentação do plano
Dizemos que um conjunto de polígonos é uma pavimentação do plano (ou ladrilhamento) se, e
somente se, os polígonos do conjunto cobrem sem cruzamento um plano. Os polígonos utili-
zados na pavimentação são chamados de ladrilhos e os vértices dos polígonos são chamados
de nós da pavimentação.
Disponível em
http://janelasdamatematica.blogspot.com/2012/09/pavimentacao-no-plano-mosaicos-de.html
http://passeiomatematico.blogspot.com/2010/10/pavimentacoes.html Acesso em: 16/04/2019
ATIVIDADE 8
a) Inicie uma pavimentação do plano utili- c) Discuta com seus colegas de grupo e es-
zando apenas polígonos de mesmo creva uma explicação matemática para o
tipo, unindo-os pelos seus vértices e fato de alguns polígonos regulares pos-
colando-os lado a lado. Faça isto com sibilitarem a pavimentação e outros não.
triângulos, depois com quadrados, pen-
tágonos, hexágonos e octógonos. d) Crie uma pavimentação usando dois
ou mais tipos de polígonos regulares e
b) Com quais polígonos regulares é possí- explique matematicamente porque a
vel realizar a pavimentação do plano? combinação de polígonos que vocês
Com quais polígonos regulares não foi utilizaram, possibilitaram esta pavi-
possível realizar a pavimentação? mentação.
Resolvendo problemas
ATIVIDADE 9
(Matrizes de Referência para a Avaliação SARESP – 2009) O retângulo ABCD da figura foi
obtido a partir de um mosaico de hexágonos regulares, de modo que os pontos A, B, C e D
correspondem aos centros dos hexágonos em cujo interior se encontram.
Assim, admitindo que o retângulo seja pavimentado com partes de hexágonos recortados, sem
perdas, o menor número de hexágonos que possibilitam essa pavimentação é
A B
D C
(A) 4 (B) 6 (C) 8 (D) 10
MATEMÁTICA 185
ATIVIDADE 10 ATIVIDADE 11
(AAP - 7º Ano – 2º Bimestre – 2017 - Adap- (SARESP 2012 - Adaptado) Considere uma
tada) Pretende-se revestir uma parede com região retangular ABCD. Para pavimentá-
dois tipos de ladrilhos no formato de po- -la, inscreve-se um hexágono regular nessa
lígonos regulares, obtendo-se um encaixe região, conforme a figura. Vamos investigar
perfeito. Sabendo-se que um dos polígonos a medida de cada um dos ângulos internos
regulares é um octógono, como mostra a fi- das regiões triangulares que sobraram sem
gura a seguir. pavimentar.
A D
135o 135o
135o 135o
B C
Qual é a medida do ângulo do polígono re-
gular que se encaixa perfeitamente e está re- a) As quatro regiões triangulares que não
presentado por ? foram pavimentadas são congruentes,
então basta olhar para um triângulo (es-
colha um). Você sabe a medida de algum
dos seus ângulos? Explique.
186 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
ATIVIDADE 13 ATIVIDADE 14
Um quadrado de área 6 cm² está circunscrito Considere um triângulo equilátero inscrito em
em um círculo. Qual é a área do círculo? uma circunferência de raio 8 cm, como na figura.
ATIVIDADE 15 ATIVIDADE 16
Considere um triângulo equilátero circunscrito A figura a seguir apresenta um quadrado ins-
em uma circunferência de raio 8 cm, como na crito e um circunscrito em uma circunferência
figura. de raio 10 cm.
ATIVIDADE 17 ATIVIDADE 18
Um comerciante elaborou um logotipo para (UNIFESP - 2003-Adaptada) Pentágonos re-
sua revenda formado por um hexágono regu- gulares congruentes podem ser conectados
lar circunscrito a uma circunferência de raio 4 lado a lado, formando uma estrela de cinco
cm, que, por sua vez, circunscrevia um triângu- pontas, conforme destacado na figura a seguir.
lo equilátero. Conforme representado na figu- Nessas condições, quanto mede o ângulo ?
ra a seguir. Qual é, nesse logotipo, a medida
do lado do hexágono?
190 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
ATIVIDADE 19
(A) 60º
(B) 45º
(C) 36º
(D) 83º
(E) 51º
MATEMÁTICA 191
ANOTAÇÕES
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Organização e diagramação
Emerson Costa – SEDUC/COPED/CEM – Equipe Curricular de Ciências
COORDENADORIA PEDAGÓGICA – COPED Humanas
Coordenador
Caetano Pansani Siqueira ÁREA DE LINGUAGENS
Diretora do Departamento de Desenvolvimento ARTE
Curricular e de Gestão Pedagógica – DECEGEP Carlos Eduardo Povinha – Equipe Curricular de Arte; Eduardo Martins kebbe
Valéria Arcari Muhi – Equipe Curricular de Arte; Ana Maria Minari de Siqueira – PCNP da D.
E. são José dos Campos; Débora David Guidolín – PCNP da D.E. Ribeirão
Diretora do Centro de Ensino Médio – CEM Preto; Djalma Abel Novaes – PCNP da D.E. Guaratinguetá; Eliana Florindo
Ana Joaquina Simões Sallares de Mattos Carvalho – PCNP da D. E. Suzano; Elisangela Vicente Prismit – PCNP da D.E. Centro
Diretora do Centro de Anos Finais do Ensino Fundamental – CEFAF Oeste; Evania Rodrigues Moraes Escudeiro – PCNP da D.E. Caraguatatuba;
Carolina dos Santos Batista Murauskas Madalena Ponce Rodrigues – PCNP da D.E. Botucatu; Marilia Marcondes de
Moraes Sarmento e Lima Torres – PCNP da D. E. São Vicente; Pedro Kazuo
ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA Nagasse – PCNP da D. E. Jales; Renata Aparecida de Oliveira dos Santos –
PCNP da D.E. Caieiras; Roberta Jorge Luz – PCNP da D. E. Sorocaba; Rodrigo
BIOLOGIA Mendes – PCNP da D.E. Ourinhos; Silmara Lourdes Truzzi – PCNP da D.E.
Aparecida Kida Sanches – Equipe Curricular de Biologia; Airton dos Santos Marília
Bartolotto – PCNP da D.E. de Santos; Evandro Rodrigues Vargas Silvério –
PCNP da D.E. de Apiaí; Ludmila Sadokoff – PCNP da D.E. de Caraguatatuba; EDUCAÇÃO FÍSICA
Marcelo da Silva Alcantara Duarte – PCNP da D.E. de São Vicente; Marly Luiz Fernando Vagliengo – Equipe Curricular de Educação Física; Sandra
Aparecida Giraldelli Marsulo – PCNP da D.E. de Piracicaba; Paula Aparecida Pereira Mendes – Equipe Curricular de Educação Física; Diego Diaz Sanchez –
Borges de Oliveira – PCNP da D.E. Leste 3 PCNP da D.E. Guarulhos Norte; Felipe Augusto Lucci – PCNP da D.E. Itu; Flavia
Naomi Kunihira Peixoto – PCNP da D.E. Suzano; Gislaine Procópio Querido
FÍSICA – PCNP da D.E. São Roque; Isabela Muniz dos Santos Cáceres – PCNP da D.E.
Ana Claudia Cossini Martins – PCNP D.E. José Bonifácio; Debora Cíntia Rabello Votorantim; Janaina Pazeto Domingos – PCNP da D.E. Sul 3; Katia Mendes Silva
– PCNP D.E. Santos; Dimas Daniel de Barros – PCNP D.E. São Roque; Jefferson – PCNP da D.E. Andradina; Lígia Estronioli de Castro – PCNP da D.E. Bauru;
Heleno Tsuchiya – Equipe Curricular de Física; José Rubens Antoniazzi Silva – Maria Izildinha Marcelino – PCNP da D.E. Osasco; Nabil; José Awad – PCNP
PCNP D.E. Tupã; Juliana Pereira Thomazo – PCNP D.E. São Bernardo do Campo; da D.E. Caraguatatuba; Neara Isabel de Freitas Lima – PCNP da D.E. Sorocaba;
Jussara Alves Martins Ferrari – PCNP D.E. Adamantina; Valentina Aparecida Sandra Regina Valadão – PCNP da D.E. Taboão da Serra; Tiago Oliveira dos
Bordignon Guimarães – PCNP DE Leste 5 Santos – PCNP da D.E. Lins ; Thaisa Pedrosa Silva Nunes – PCNP da D.E. Tupã
QUÍMICA INGLÊS
Alfonso Gomez Paiva – PCNP D.E. Sul 3; Cristiane Marani Coppini – PCNP D.E. Catarina Reis Matos da Cruz – PCNP da D.E. Leste2; Eliana Aparecida Oliveira
São Roque; Laura Camargo de Andrade Xavier – PCNP D.E. Registro; Natalina Burian – COPED – CEM – LEM; Jucimeire de Souza Bispo – COPED – CEFAF –
de Fátima Mateus – PCNP D.E. Guarulhos Sul; Wilian Guirra de Jesus – PCNP LEM; Liana Maura Antunes da Silva Barreto – PCNP da D.E. Centro; Marisa Mota
D.E. Franca; Xenia Aparecida Sabino – PCNP D.E. Leste 5 Novais Porto – PCNP – D.E. Carapicuíba; Nelise Maria Abib Penna Pagnan –
PCNP – D.E. Centro-Oeste; Sônia Aparecida Martins Peres – PCNP D.E. Osasco;
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS Viviane Barcellos Isidorio – PCNP – D.E. São José dos Campos
GEOGRAFIA LÍNGUA PORTUGUESA
Andreia Cristina Barroso Cardoso – SEDUC/COPED/Equipe Curricular de Alessandra Junqueira Vieira Figueiredo; Alzira Maria Sá Magalhães Cavalcante;
Geografia; Sergio Luiz Damiati – SEDUC/COPED/Equipe Curricular de Geografia; Andrea Righeto; Cristiane Alves de Oliveira; Daniel Carvalho Nhani; Daniel
Alexandre Cursino Borges Júnior – PCNP da D.E. Guaratinguetá; Beatriz Michele Venâncio; Danubia Fernandes Sobreira Tasca; Eliane Cristina Gonçalves Ramos;
Moço Dias – PCNP da D.E. Taubaté; Bruna Capóia Trescenti – PCNP da D.E Itu; Igor Rodrigo Valério Matias; Jacqueline da Silva Souza; João Mário Santana;
Cleunice Dias de Oliveira – PCNP da D.E. São Vicente; Cristiane Cristina Olímpio Katia Alexandra Amâncio Cruz; Letícia Maria de Barros Lima Viviani; Lidiane
– PCNP da D.E. Pindamonhangaba; Dulcinéa da Silveira Ballestero – PCNP da Maximo Feitosa; Luiz Fernando Biasi; Márcia Regina Xavier Gardenal; Martha
D.E. Leste 5; Elizete Buranello Perez – PCNP da D.E. Penápolis; Márcio Eduardo Wassif Salloume Garcia; Neuza de Mello Lopes Schonherr; Patrícia Fernanda
Pedrozo – PCNP da D.E. Americana; Rosenei Aparecida Ribeiro Libório – PCNP Morande Roveri; Reginaldo Inocenti; Rodrigo César Gonçalves; Shirlei Pio
da D.E. Ourinhos; Sheila Aparecida Pereira de Oliveira – PCNP da D.E. Leste 2; Pereira Fernandes; Sônia Maria Rodrigues; Tatiana Balli; Valquiria Ferreira de
Shirley Schweizer – PCNP da D.E. Botucatu; Simone Regiane de Almeida Cuba – Lima Almeida; Viviane Evangelista Neves Santos; William Ruotti
PCNP da D.E. Caraguatatuba; Telma Riggio – PCNP da D.E. Itapetininga; Viviane
Maria Bispo – PCNP da D.E. José Bonifácio; Roseli Pereira de Araújo – PCNP da Organização, adaptação/elaboração parcial e validação
D.E. Bauru; Regina Célia Batista – PCNP da D.E. Pirajú; Sandra Raquel Scassola Katia Regina Pessoa; Mary Jacomine da Silva; Mara Lucia David; Marcos
Dias – PCNP da D.E. Tupã. Rodrigues Ferreira; Teônia de Abreu Ferreira
Leitura Crítica MATEMÁTICA
Alexandre Cursino Borges Júnior – PCNP da D.E. Guaratinguetá; Andreia Cristi- Ilana Brawerman – Equipe Curricular de Matemática; João dos Santos Vitalino
na Barroso Cardoso – SEDUC/COPED/Equipe Curricular de Geografia; Beatriz – Equipe Curricular de Matemática; Maria Adriana Pagan – Equipe Curricular
Michele Moço Dias – PCNP da D.E. Taubaté; Sergio Luiz Damiati – SEDUC/ de Matemática; Otávio Yoshio Yamanaka – Equipe Curricular de Matemática;
COPED/Equipe Curricular de Geografia. Vanderley Aparecido Cornatione – Equipe Curricular de Matemática; Benedito
FILOSOFIA de Melo Longuini – PCNP da D.E. Pirassununga; Delizabeth Evanir Malavazzi
Erica Cristina Frau – PCNP da DRE Campinas Oeste – PCNP da D.E. Fernandópolis; Edson dos Santos Pereira – PCNP da D.E.
Tânia Gonçalves – SEDUC/COPED/CEM – Equipe Curricular Centro Sul; Eliã Gimenez Costa – PCNP da D.E. Votorantim; Erika Aparecida
Revisão Navarro Rodrigues – PCNP da D.E. Presidente Prudente; Fernanda Machado
Erica Cristina Frau – PCNP da DRE Campinas Oeste Pinheiro – PCNP da D.E. Jales; Inês Chiarelli Dias – PCNP da D.E. Campinas
Tânia Gonçalves – SEDUC/COPED/CEM – Equipe Curricular Oeste; Leandro Geronazzo – PCNP da D.E. Guarulhos Sul; Lilian Ferolla de
Abreu – PCNP da D.E. Taubaté; Lilian Silva de Carvalho – PCNP da D.E. São
Organização e diagramação Carlos; Luciane Ramos Américo – PCNP da D.E. São Vicente; Lúcio Mauro
Erica Cristina Frau – PCNP da DRE Campinas Oeste Carnaúba – PCNP da D.E. Osasco; Malcon Pulvirenti Marques – PCNP da D.E.
Tânia Gonçalves - SEDUC/COPED/CEM – Equipe Curricular Sul 1; Marcelo Balduíno – PCNP da D.E. Guarulhos Norte; Maria Dênes Tavares
HISTÓRIA da Silva – PCNP da D.E. Itapevi; Osvaldo Joaquim dos Santos – PCNP da D.E.
André Calazans dos Santos – PCNP da D.E. Piracicaba; Douglas Eduardo de Sousa Jundiaí; Rodrigo Soares de Sá – PCNP da D.E. Avaré; Simoni Renata e Silva
– PCNP da D.E. Miracatu; Edi Wilson Silveira – PCNP da D.E. Santo André; Flávia Perez – PCNP da D.E. Campinas Leste; Sueli Aparecida Gobbo Araújo – PCNP
Regina Novaes Tobias – PCNP da D.E. Itapevi; Gelson dos Santos Rocha – PCNP da D.E. Piracicaba; Willian Casari de Souza – PCNP da D.E. Araçatuba
da D.E. Suzano; Gerson Francisco de Lima – PCNP da D.E. Itararé; Isis Fernanda Colaboradore(a)s
Ferrari – PCNP da D.E. Americana; Marco Alexandre de Aguiar – PCNP da D.E. Andréia Toledo de Lima – PCNP da D.E. Centro Sul; Cristina Inácio Neves –
Botucatu; Maristela Coccia Moreira de Souza – PCNP da D.E. Campinas Oeste; PCNP da D.E. Centro Sul; Elaine Aparecida Giatti – PCNP da D.E. Centro Sul;
Maria Aparecida Cirilo – PCNP da D.E. Diadema; Osvaldo Alves Santos Júnior – Lyara Araújo Gomes Garcia – PCNP da D.E. Taubaté; Marcel Alessandro de
PCNP da D.E. Centro-Sul; Priscila Lourenço Soares Santos – PCNP da D.E. Sul 1; Almeida – PCNP da D.E. Araçatuba; Patricia Casagrande Malaguetta – PCNP
Rodrigo Costa Silva – PCNP da D.E. Assis; Tiago Haidem de Araujo Lima Talacimo da D.E. Piracicaba; Rosilaine Sanches Martins – PCNP da D.E. Jales; Ruanito
– PCNP da D.E. Santos. Vomieiro de Souza – PCNP da D.E. Fernandópolis; Wanderlei Aparecida
Revisores de História: Isis Fernanda Ferrari – PCNP da D.E. Americana; Edi Grenchi – PCNP da D.E. São Vicente
Wilson Silveira – COPED – SEDUC Revisão Língua Portuguesa
Colaboradoras: Revisora de Língua Portuguesa: Iranéia Loiola de Souza Lia Suzana de Castro Gonzalez
Dantas – D.E. Miracatu | Revisora de História: Clarissa Bazzanelli Barradas –
COPED – SEDUC
Organização e diagramação Impressão e Acabamento
Edi Wilson Silveira – COPED – SEDUC; Viviane Pedroso Domingues Cardoso Imprensa Oficial do Estado S/A – IMESP
– CEJA – COPED – SEDUC; Isis Fernanda Ferrari – PCNP da D.E. Americana;
Priscila Lourenço Soares Santos – PCNP da D.E. Sul 1 Projeto Gráfico
SOCIOLOGIA Fernanda Buccelli
Emerson Costa – SEDUC/COPED/CEM – Equipe Curricular de Ciências Diagramação
Humanas; Ilana Henrique dos Santos – PCNP de Sociologia da D.E. Leste 1 Marli Santos de Jesus; Fernanda Buccelli; Teresa Lucinda Ferreira de Andrade;
Revisão Ricardo Ferreira; Vanessa Merizzi; Fátima Consales; Isabel Gomes Ferreira
Emerson Costa – SEDUC/COPED/CEM – Equipe Curricular de Ciências Tratamento de Imagens
Humanas; Ilana Henrique dos Santos – PCNP de Sociologia da D.E. Leste 1 Tiago Cheregati; Leonidio Gomes
SP FAZ ESCOLA
1a SÉRIE − 4o BIMESTRE
CADERNO DO ALUNO
4o BIMESTRE
Secretaria de Educação