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Cartilha Transfusional

I. Introdução:

Esta cartilha tem como objetivo sensibilizar os médicos e demais funcionários do H.F.S.E.
quanto ao uso racional do sangue. Como todos sabemos não há substituto para o sangue
humano, pois somente o sangue de um doador substitui o sangue que utn paciente necessita.
A doação de sangue deveria ser voluntária e de repetição. Ou seja, doar independente do
pedido de alguém, e que o doador o faça regularmente. Em países desenvolvidos, 7 a 8 % da
população tem o hábito de doar sangue. No Brasil este número é bem menor (menos de 2%).
Para o doador é um ato de solidariedade, mas para o paciente representa salvar a sua vida.
Lembramos que toda transfusão de sangue traz em si um risco, seja imediato ou tardio, e por
isto deve ser criteriosamente indicada.

II. Comitê Transfusional Multidisciplinar:

A R.D.C. de 14/06/2004 determina que "As unidades de Saúde que tenham Serviço de
Hemoterapia nas suas dependências deverão constituir um Comitê Transfusional
Multidisciplinar, do qual faça parte um representante do Serviço de Hemoterapia. Este Comitê
tem como função o monitoramento da prática transfusional da Instituição".

II. O sangue total:

 A cada doação são coletados 450 ml (+- 50) de sangue total.


 Cada coleta é desdobrada em:
 1 unidade de Concentrado de Hemácias (300 ml).
 1 unidade de Concentrado de Plaquetas.
 1 unidade de Plasma.
 1 unidade crioprecipitada.
 Assim são beneficiados, potencialmente, pelo menos quatro pacientes.

IV. Concentrado de hemácias:

 Obtido a partir da centrifugação do sangue total.


 Sobrevida conforme solução preservativa: 35 dias (CPDA-I) à42 dias (SAG-Manitol).
 Armazenagem a 4°C.
 Indicação criteriosa e individual:
 Fator determinante: estado hemodinâmico do paciente.
 Anemia aguda (veja quadro a baixo). Classificação de Baskett.
 Situações especiais (evitar transfusão):
 Anemia por perda sangüínea crônica, responde bem ao ferro (oral ou parenteral).
 Anemia por Insuficiência Renal Crônica, responde a eritropoetina
 Anemia Hemolítica Constitucional (Doença Falciforme, Talassemias, etc), não valorizar
somente os valores de Hb e Ht.
 Anemia Hemolítica Autoimune em geral não encontramos sangue compatível e todo
sangue transfundido será hemolisado. Indicado imunossupressão imediata.
Transfusão somente em rissco de vida. Solicitar acompanhamento de um médico
Hematologista/Hemoterapeuta

IV.A. Classificação de Baskett (1990) – baseada na perda sanguínea aguda:

Classificação de Baskett (1990)

Classe I Classe II Classe III Classe IV

Perda sangüínea –
< 15 15 – 30 30 – 40 > 40
Porcentagem (%) do volume
Pressão Arterial : Muito baixa
inalterada Normal Baixa
Sistólica Muito baixa
inalterada Elevada Baixa
Diastólica Indetectável
Leve
Pulso (Batimentos/ minutos) 100 – 120 120 > 120
taquicardia
Lento (> 2
Enchimento capilar Normal Lento (> 2 Seg.) Indetectável
Seg.)
Freqüência Respiratória (ipm) Normal Normal Taquipnéia (>20) Taquipnéia (>20)
Fluxo urinário (ml/h) > 30 20 – 30 10 – 20 1 – 10
Extremidades Normais Pálidas Pálidas Pálidas e frias
Ansioso, Ansioso, agressivo, Sonolento, confuso,
Estado mental Alerta
agressivo sonolento inconsciente

IV.A. Transfusão em crianças:

 Volume a transfundir: 10 a 15 ml/kg de peso.


 Para RN só utilizar hemocomponentes coletados a menos de 5 (cinco) dias.
 RN < 1.200 g de peso deve-se utilizar hemoderivados leucorreduzidos ou não
reagentes para CMV.
 Quando transfundir em pediatria e em neonatologia (vide tabela);.
Idade Ht Critérios a analisar – se presentes: transfundir

Hood com FiO2 <35 %


CPAP < 6 cm H2O
IMV com MAP < 6 cm H2O
RN > 72 h – 4 Ht <
meses 30% Apnéia ou bradicardia signficativas que necessite ventilação, ou em uso de
metilxantina
Taquipnéia ou taquicardia significativas e persistentes
Ganho ponderal insuficiente apesar de calorias adequadas
Hood com FiO2 > 35 %
RN > 72 h – 4 Ht <
CPAP > 6 cm H2O
meses 35%
IMV com MAP > 6 cm H2O
RN > 72 h – 4 Ht < Cardiopatia cianótica
meses 45% Em ECMO
Ht <
Crianças > 4 meses Doença Pulnonar severa ou ECMO
40%
Pré-operatório de urgência
Ht <
Crianças > 4 meses Pré-operatório quando o tratamento clínico não é possível
30%
Perda intra-operatória > ou = 15 % do volume sangüineo
Crianças > 4 meses Ht < Perioperatório e com sintomatologia
Idade Ht Critérios a analisar – se presentes: transfundir

24% Quimio ou Radioterapia


Anemias crônicas congênitas ou adquiridas sintomáticas
Ht < Anemia sintomática com contagem de reticulócito baixo
Qualquer idade
24% Perda aguda associada a hipovolemia

V. Concentrado de Plaquetas:

 As plaquetas são derivadas dos megacariócitos, que se encontram na medula óssea.


 Elas atuam na fase primária da coagulação.
 São obtidas a partir da centrifugação do plasma.
 Devem ser estocadas à temperatura de 22" C, sob agitação contínua.
 A dose a ser prescrita deve ser de 1 unidade de Concentrado de Plaquetas para cada
10Kg de peso
 Indicações:
 Transfusão profilática:
 Quando não há sangramento.
 Plaquetas < 10.000u/ml.
 Plaquetas < 20.000u/ml associado à infecção, coagulopatia ou indicação de
procedimento invasivo. Em RN devido ao risco de sangramento SNC.
 Indicação absoluta: Leucemias Agudas, particularmente a LMA-M3.
 Transfusão terapêutica:
 Plaquetopenia (independente do valor) com sangramento.
 Situações epeciais:
 Transfusão de Conc. Plaquetas RH + em paciente RH negativo (meninas e
mulheres em idade fértil), recomenda-se fazer imunoglobulina anti D.
 Dengue hemorrágica - Conc Plaquetas somente diante de hemorragia SNC.
 Contra-indicações:
 Púrpura Trombocitopênica Trombótica (P.T.T.),
 Síndrome Hemolítica Urêmica,
 Síndrome Helpp,
 Púrpura Pós transfusional,
 Púrpura Trombocitopênica Imunológica (P.T.I.).

VI. Plasma fresco congelado:

 Obtido após o fracionamento do sangue total.


 Congelar até 8 horas após a coleta
 Armazenar a temperatura de, no mínimo, 20º C negativos.
 Validade de 12 meses.
Contém albumina, fibrinogênio, globulinas e fatores de coagulação sangüínea.
Uma vez descongelado deve ser utilizado em até 4 horas.
 Indicações:
 Deficiências dos fatores de coagulação, congênita ou adquirida (quando não se tem
produto industrializado),
 Hemorragias por Doenças Hepáticas.
 Sangramento intenso pelo uso de anticoagulante oral (dicumarínicos warfarin).
 Coagulação Intravascular Disseminada (CID),
 Púrpura Trombocitopênica Trombótica (P.T.T.) e Síndrome Hemolítico Urêmica.
 Atenção: Não se justifica a utilização do plasma para se obter volume sangüíneo ou
como fonte de proteínas, pois existem outros produtos específicos (industrializados)
para estes casos.
 É proibido, pelo Ministério da Saúde, a utilização regular de de Plasma em pacientes
Hemofílicos, pois atualmente existem hemoderivados específicos para estes.

VII. Crioprecipitado ou Fator Anti Hemofílico:

 Parte insolúvel do plasma.


 Obtido através do método de congelamento rápido, descongelamento e centrifugação
do plasma.
 É rico em fator VIII:c (atividade pró-coagulante), Fator VIII:Vwf (Fator von Willebrand),
Fibrinogênio, Fator XIII e Fibronectina.
 Indicações:
 Deficiências específicas como fibrogênio,
 Deficiências congênitas (Doença de von Willebrand na falta do fator específico),
 Deficiência de Fator VIII,
 Transfusões maciças,
 Insuficiência Hepática Grave.
 Dose (empírica) é de 1 unidade de crio cada 5 kg de peso do paciente.
 Cuidados especiais:
 Deve-se ter cuidado na administração de grandes quantidades de crioprecipitado,
monitorando os níveis de fibrinogênio (do paciente), devido ao risco de
tromboembolismo.
 Atualmente existem produtos industrializados específicos para a deficiência de Fator
VIII (HemofiliaA) e F VIII:vW(D.von Willebrand).

VIII. Complicações das transfusões:

Reações Transfusionais
Reações Transfusionais Imunes Não imunes

Reação febril não hemolítica Contaminação bacteriana


Reação hemolítica imune Sobrecarga de volume
Reação alérgica: leve, moderada e grave Hemólise não imune
Agudas TRALI (injúria pulmonar aguda relacionada a transfusão) Embolia aérea
Hipotermia
Alterações eletrolíticas
Aloimunização eritrocitária Hemosiderose
Aloimunização HLA Doenças infecciosas
Crônicas Reação enxerto x hospedeiro (GVHD)
Púrpura pós transfusional
Imunomodulação
IX. Incidentes Transfusionais Agudos:

Reações Transfusionais
Reação tipo Sinais e Sintomas Causa Tratamento Prevenção

Anticorpos Antitérmico
Febril não Febre, calafrios, leucoplaquetários Parar a transfusão, componentes
hemolítica raramente hipotensão ou contra proteinas Antitérmico. sanguíneos depletados
plasmáticas de leucócitos (filtro)
Mal-estar, febre,
cianose (labial),
calafrio, ansiedade, Incompatibilidade Parar a transfusão, Assegurar correta
Reação
dor torácica e lombar, ABO ou outro hidratar, manter sinas identificação da amostra
Hemolítica
angústia respirat, anticorpo fixador de vitais, induzir diurese, do paciente, checar a
Imune
Insuf.renal choque, complemento tratar choque e CIVD amostra
CIVD, EAS:
hemoglobinúria
Leve: observar a
Prurido, pápula em Leve: Anti- transfusão, se
Reação pálpebra e face, Anticorpo contra histamínicos.Severa: necessário: Anti-
Alérgica (de urticária, até proteínas Parar a transfusão, histamínico pré
leve até grave) anafilaxia, edema de plasmáticas (Ig A) Adrenalina, transfusional. Severa:
glote corticosteroides Componentes
sanguíneos lavados
Interromper
Dispneia, edema
Anticorpos anti HLA imediatamente
pulmonar com
TRALI ou anti-leucocitários transfusão. Hemácias lavadas
Pressão Arterial
(do doador) Oxigenioterapia e
normal
corticosteroide
Interromper
Cuidados na coleta,
Componente imediatamente
Contaminação Febre, calafrio e estocagem e
sanguíneo transfusão. Tratamento
Bacteriana choque manipulação dos
contaminado do choque e uso de
hemocomponentes
antibiótico.
Dispneia, hipertensão,
Sobrecarga de Infusão rápida ou Interromper a Evitar infusão rápida e
edema pulmonar e
Volume excesso de volume transfusão, diuréticos. excesso de transfusão
arritmia cardíaca
Hemácias
Inspecionar
Hemólise não Igual a hemólise hemolisadas,
Igual a hemólise imune cuidadosamente a bolsa
imune imune mecânica ou
antes da transfusão
química
Ocorre quando se
Insuficiência usa pressão para Interromper a
Embolia aérea
Respiratória infusão do transfusão.
hemocomponente
Infusão rápida de Reduzir a velocidade de
Hipotermia Calafrio, tremor grande volume de infusão e/ou Idem
sangue aquecimento do sangue
Hipocalcemia, Toxicidade pelo Uso de componentes
Alteração Correção da alteração
hipocalemia, citrato, mais comum sanguíneos mais
eletrolítica eletrolítica
hipercalemia em hepatopata recentes
X. Incidentes Transfusionais Tardios:

Reações Transfusionais
Reação tipo Sinais e Sintomas Causa Tratamento Prevenção

Redução progressiva
Resposta
Reação hemolítica do hematócrito, Identificar o anticorpo
anamnéstica a
tardia – icterícia, para nas transfusões
transfusão. Sintomático
aloimunização hemoglobinúria – futuras utilizar
Geralmente Rh, Kell,
eritrocitária e HLA surge após 24 h até hemácias fenotipadas.
Kidd, Duffy
semanas
Reação dos
Irradiação de
Reação enxerto x Destruição dos linfócitos T do
Imunossupressão hemocomponentes (25
hospedeiro (GVHD) tecidos do receptor doador contra os
Gy)
tecidos do paciente
Devido AC Gamaglobulina
Púrpura Pós Púrpura de antiplaquetário. (Imunoglobulina – Selecionar Bolsas HPA-
transfusional instalação súbita Surge 5 a 10 dias EV 400 a 500 mg 1 negativas
após a tx. por 10 dias)
Identificar o antígeno
Imonumodulação para fazer nas
transfusões futuras.
Escurecimento da Comum em
Hemosiderose pele, Diabetes e pacientes Quelantes do ferro Quelantes do ferro
cardiopatias politransfundidos
Exames sorológicos de
Sintomas de cada Vírus, bactérias ou Tratar a doença
Doenças Infecciosas maior especificidade e
doença protozoários específica
sensibilidade

XI. Transfusão autóloga:

 Binômio receptor/doador é constituído pela mesma pessoa


 Existem três tipos
 Pré-depósito: coletado antes da cirurgia e estocado para utilização posterior.
 Fazer suplementação com ferro oral.
 Receptor/doador precisa ter no mínimo Hb: 11 g/dl, Ht: 33 %.
 Intervalo entre as doações é de 7 (sete) dias.
 Indicado em cirurgias de ortopedia, ginecologia, cirurgia plástica
 Recuperação intra-operatória: coletado da
ferida cirurgia por equipamento específico
 Hemodiluição normovolêmica aguda pré- operatória: sangue é coletado no
início do ato cirúrgico, infundido substância cristaloide e/ou coloide e transfusão
do sangue no final da cirurgia
 Contraindicações da transfusão autóloga: infecção e neoplasia.

XII. Aquecimento de hemocomponentes:

 Feito através de equipamentos especiais e em temperatura controlada.


 Indicações:
 Infusão rápida de sangue ou plasma (Plaquetas não podem ser aquecidas, pois altera a
função)
 Adulto: velocidade> 50 ml/mim por mais de 30 minutos.
 Criança: velocidade> 15 ml/kg/hora.
 Transfusões maciças (troca de uma volemia em período < ou = 24 horas)
 Pacientes com altos títulos de anticorpo hemolítico frio.
 Portadores de fenômeno de Raynaud
 Contraindicações: componentes plaquetários não devem ser aquecidos (alteração de
função).
 O aquecimento do CH de forma incorreta pode acarretar hemólise.

XIII . Transfusão de urgência:

 O tempo mínimo para realizar todas as provas necessárias para liberar um


hemocomponente é de 40 minutos, após a chegada da amostra de sangue no Banco de
Sangue.
 Na transfusão de urgência não é feita a prova de compatibilidade completa.
 Há risco de transfusão não compatível (parcial ou total).
 Só se justifica a liberação de sangue sem prova de compatibilidade em casos de
extrema urgência.
 O médico assistente se responsabiliza assinando o "Termo de Responsabilidade", assim
como o médico do Serviço de Hemoterapia.
 Liberado sangue "O", quando não se conhece o grupo sanguíneo do paciente.
 Rh negativo para meninas e mulheres em idade fértil.
 O Serviço de Hemoterapia prossegue com os testes de compatibilidade

Requisitando a transfusão: pelo Médico Assistente

 Anotar no pedido de sangue o nome, sobrenome, matrícula (prontuário), sexo, idade,


peso, localização do paciente (enfetmaria eleito), diagnóstico, hemocomponente solicitado
e quantidade, exame laboratorial que detetminou a necessidade transfusional.
 Prescrição do hemocomponente na folha de prescrição médica do paciente.
 Assinar e carimbar pedido e prescrição

XV. Coletando a amostra de sangue:

Paciente:___________________________________________________

Matricula ou registro do paciente na instituição: ____________________

Enfermaria / setor de internação:

Data de coleta da amostra: ______/______/________

Assinatura legível do coletor: ____________________________

Modelo identificador do tubo de amostra de sangue conforme RDC 153 de


14/06/2004.

Enfermagem da Equipe Transfusional:


 Receber pedido de solicitação de transfusão sanguínea.
 Conferir os dados do paciente (receptor), assinatura e carimbo do médico solicitante.
 Rotular o tubo para amostra de acordo com o modelo supracitado.
 Coletar a amostra de sangue do paciente em tubo com anticoagulante (tampa lilás).
 Salinizar o acesso, quando possível, para ser usado no momento da transfusão.
 Guardar amostra no recipiente de transporte.
 Encaminhar, imediatamente, a amostra de sangue ao Serviço de Hemoterapia (técnico
de hemoterapia), transportando em caixa própria para este procedimento.

XVI – A rotina no Serviço de Hemoterapia (Banco de Sangue):

Técnico de laboratório do Serviço de Hemoterapia:


 Receber a amostra de sangue juntamente com a solicitação e conferir os dados.
 Recusar amostra e/ou pedido que não estejam legíveis e completos.
 Classificar a amostra de sangue do paciente: ABO, Rh (D), PAI.
 Reclassificar a amostra do doador (ABO e Rh).
 Realizar a prova de compatibilidade entre o sangue do doador e do paciente.
 Emitir etiqueta com os dados do paciente: nome, sobrenome, localização, grupo ABO e
Rh e data de validade para transfusão.
 Inspecionar o hemocomponente quanto ao aspecto e integridade do sistema e prazo de
validade.
 Entregar o hemocomponente à Equipe de Enfermagem Transfusional.
 Manter a amostra do sangue do paciente acondicionada no refrigerador (“soroteca do
paciente”).

XVII - O transporte do sangue do Serviço de Hemoterapia até o paciente:


Enfermagem da Equipe Transfusional

 Receber do técnico de laboratório o hemocomponente a ser transfundido.


 Conferir os dados do rótulo do hemocomponente com os dados do receptor.
 Observar aspecto do hemocomponente e apresentação da bolsa.
 Devolver a bolsa ao técnico de laboratório diante de qualquer anormalidade
apresentada no conteúdo ou no rótulo da unidade.
 Acondicionar o hemocomponente em recipiente térmico para transporte.
 Manter um recipiente para o transporte de hemocomponente e outro para o transporte
das amostras.
 Providenciar material necessário para proceder a transfusão.
 Encaminhar o hemocomponente até o local em que se encontra o paciente.

XVIII - Transfundindo o paciente – Enfermagem da Equipe Transfusional:

 Perguntar ao paciente seu nome completo (caso tenha condições de responder) ou a


enfermagem do andar.
 Conferir o nome relatado com os dados do rótulo da bolsa e da prescrição.
 Certificar a indicação da transfusão na prescrição médica.
 Aferir e anotar os sinais vitais pré e pós transfusão.
 Anotar horário do início e término da transfusão.
 Instalar o hemocomponente, mantendo íntegro o sistema até o final do procedimento.
 Instruir a equipe de enfermagem do andar para não infundir nenhum tipo de
medicamento concomitantemente com a transfusão (exceto solução fisiológica 9%).
 Atentar para que o início da transfusão não exceda 30 minutos após o recebimento da
bolsa.
 Controlar a transfusão para que seu tempo máximo não ultrapasse 4 horas.
 Permanecer os primeiros 15 minutos da transfusão observando o paciente.
 Atentar para sinais de Reação Transfusional.
 Seguir as orientações do item XXII em caso de Reação Transfusional.
 Relatar a evolução da Reação Transfusional apresentada.
 Preferir, sempre que possível, transfundir no período diurno.
 Assinar e carimbar no término da evolução transfusional.
 Colar etiqueta referente ao hemocomponente no prontuário do paciente.
 Conferir se a contracapa do prontuário já tem a etiqueta de tipagem do paciente (grupo
sanguíneo e fator Rh).
 Devolver o hemocomponente ao Serviço de Hemoterapia caso o mesmo não tenha sido
utilizado.
 Após concluída a transfusão recolher a bolsa e encaminhar para o serviço de
Hemoterapia para ser autoclavada.

XIX -Compatibilidade para Transfusão de Concentrado de Hemácias:

Compatibilidade doador / receptor

Grupo ABO / Rh(D) do receptor Compatibilidade doador / receptor

O + (O positivo) O+/O-
O - (O negativo ) O-
A + (A positivo) A+ / O+ / A- / O-
A – ( A negativo) A- / O-
B + (B positivo) B+ / O+ / B- / O-
B - (B negativo) B- / O-
AB + (AB positivo) AB+ /A+ / B+ / O+/AB- /A- / B- /0-
AB - (AB negativo) AB- / A- / B- / O-

XIX - Compatibilidade para Transfusão de Plasma:

Grupo ABO / Rh(D) do receptor Grupo ABO a ser transfundido

A A, AB
B B / AB
AB AB
O O, A, B, AB

XXI - Compatibilidade para transfusão de Concentrado de Plaquetas

 Para transfusão de Concentrado de Plaquetas não há contraindicação em transfundir


unidades de grupo ABO diferente ao do paciente.
 Se possível respeitar o grupo sanguíneo.

XXII - Conduta da Enfermagem frente à Intercorrência na Transfusão:

 Parar imediatamente a transfusão.


 Ocluir a extremidade do equipo da transfusão do hemocomponente.
 Manter o acesso venoso com solução salina 0,9 % com gotejamento moderado.
 Verificar sinais vitais e anotar no prontuário do paciente.
 Comunicar ao médico de plantão e ao Serviço de Hemoterapia.
 Fazer relato da Reação Transfusional e conduta adotada pelo médico.

XXIII – Conduta Imediata, após assistir ao paciente:

 1- Equipe que prestou a assistência ao paciente - Enfermagem:


 Coletar amostra de sangue do paciente para reavaliação / retestagem.
 Coletar amostra de urina do paciente para pesquisar presença de elementos anormais
(hemoglobinúria).
 Encaminhar o hemocomponente com o equipo (na caixa térmica apropriada) ao Serviço
de Hemoterapia.
 Manter amostra de urina fora da caixa térmica e encaminhá-la ao Laboratório Central.
 Anotar no prontuário do paciente todos estes dados.
 2 – Pelo Banco de Sangue (Imunohematologia):
 Receber a bolsa de sangue e equipo enviados para análise.
 Realizar os exames imunohematológicos e hemocultura.
 Comunicar os resultados dos exames solicitados, tão logo os tenha, ao médico
assistente, ao responsável Técnico do Serviço de Hemoterapia e ao responsável pela
Hemovigilância (que fará relatório para a Gerência de Risco e para a ANVISA).

XXIV - Conclusão e Orientação:

A prescrição médica do sangue (hemocomponentes e hemoderivados) deve ser bem indicada.


Se existe a opção de utilizar um medicamento (ferro ou eritropoetina) ao invés da transfusão,
assim deve ser feito. Lembrar que toda transfusão pode acarretar danos ao paciente, seja a
curto, médio ou longo prazo. Hoje conhecemos vários vírus e os Serviços de Hemoterapia estão
bem equipados para monitorá-los. Mas novos vírus poderão surgir, como aconteceu na década
de 80 com o HIV. Somente com o uso racional do sangue poderemos estar tranquilos que
fizemos o melhor pelo nosso paciente.

Esta cartilha foi elaborada, em janeiro de 2006 baseada na RDC de 14 de junho de 2004.

COLABORADORES

 Eduardo Morsch de Mello


 Heloisa Helena G. da Rocha
 Lilia Maria da Serra Costa
 Marcella M. Vasconcelos
 Maria Angela Dias
 Maria Tereza M. de Paula
 Robson Denis Cordeiro Couto

Informação atualizada em 09/06/2011.

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Hemoterapia

Note que as informações aqui disponibilizadas são de caráter complementar, não substituindo, em
hipótese alguma, as visitas regulares ao médico! Evite a auto-medicação, consulte, sempre, um
profissional devidamente capacitado!
H.F.S.E. - (Hospital Federal dos Servidores do Estado)

Hospital do Ministério da Saúde, localizado na cidade do Rio de Janeiro, mantido pelo Governo
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