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ORTÓPTICA II

Este guia busca lembrar os conceitos básicos sobre o tema, servindo como
suporte as aulas. Lembrando que não pode ser copiada sem autorização da
autora.

Camila Dantas Maciel Rodrigues Barbosa-


Técnica em Optometria; Acadêmica em Optometria.

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Visão Binocular

Segundo Landaluce (2006) a visão binocular consiste na coordenação e


integração do que recebem os olhos de forma separada, em uma percepção
binocular única. Existindo assim alguns fatores que conduzem para obter-se a
visão binocular.

 Fatores que possibilitam a visão binocular:

O funcionamento adequado da visão binocular sem sintomas dependem


de uma série de fatores que cobrem 3 partes:

1. Anatomia do sistema visual


2. O sistema motor que coordena o movimento dos olhos.
3. O sistema sensorial através do qual o cérebro recebe e
integra as duas percepções monoculares.

A presença de anomalias em qualquer dos sistemas pode causar


dificuldades na visão binocular, até mesmo impossibilitar. Portanto, as 3 partes
do sistema terão que ser investigadas ao considerar as dificuldades
binoculares de cada paciente em particular.

Partindo desse contexto iremos abordar de forma rápida sobre as três


partes do sistema:

1. Anatomia do Sistema Visual

As anormalidades na anatomia do sistema visual podem se originar


durante o desenvolvimento ou serem adquiridas mais tarde. Podendo ocorrer
antes do nascimento, no desenvolvimento embriológico dos ossos da órbita,
dos músculos oculares ou partes do sistema nervoso. A anatomia também
pode alterar-se por acidentes ou enfermidades.

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2. Sistema Motor

Mesmo que o sistema motor esteja de forma anatomicamente normal,


pode ocorrer anomalias no funcionamento que dificulte a visão binocular ou a
impossibilite. Estes problemas podem também ser devido a doenças ou ser o
resultado de um mau funcionamento na fisiologia do sistema motor.

Exemplo: uma acomodação excessiva devido a relação de acomodação


de convergência, esta é uma causa frequente de distúrbios de visão binocular.
Quando este processo ocorre em crianças pequenas, se não for tratado a
tempo, pode ocorrer uma ruptura permanente na visão binocular. Quando
ocorre em adultos, sintomas podem vim de forma demasiada. Por esse motivo
é essencial uma identificação precoce.

Figura 1: http://oftalmillo.blogspot.com/2014/07/dinamica-ocular.html

3. Sistema Sensorial

As anormalidades no sistema sensorial podem surgir devido a fatores


como a falta de nitidez da imagem óptica em um ou ambos os olhos, onde a
imagem de um é maior que a do outro (aniseiconia), anormalidades nas vias
ópticas ou no córtex, fatores centrais nos mecanismos de integração.

Dificuldades no mecanismo de coordenação serão descritas mais


adiante quando estivermos no sistema sensorial. Os aspectos anatômicos,

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motores e sensoriais devem ser normais para que a visão binocular seja
normal.

A ortóptica é quem estuda o equilíbrio ocular do homem, esse equilíbrio


depende da anatomia existente no sistema muscular extrínseco do olho,
embora também esteja relacionado à musculatura. O estudo refrativo dos
defeitos oculares não pode ser considerado completo, sem um estudo
adequado do equilíbrio dos fatores que possibilitam a visão binocular do
paciente, de modo que a ortóptica é uma disciplina de conhecimento
obrigatório para todos os optometristas.

Figura 2: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_sensorial

SISTEMA MOTOR

MUSCULATURA OCULAR- EXTRÍNSECA

O olho está ligado aos nervos cranianos por meios de conexões neurais,
os estímulos luminosos captados pelos olhos e projetados na retina, serão
convertidos em impulsos nervosos e serão enviados do sistema nervoso

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central, mais precisamente na área do córtex occipital para que seja
interpretado como sensação visual.

Para que haja Visão Binocular tudo deve está trabalhando bem, os olhos deve
ser saudáveis e equipados com o sistema de focagem adequado. Os músculos
extraoculares devem fazer movimentos de forma simétrica e coordenada.

Os globos oculares movem-se para focar os diferentes pontos do campo


de visão, graças à ação de um grupo de músculos estriados alojados nas
cavidades orbitarias. Estes são músculos extrínsecos e intraoculares, são
músculos lisos que permitem outras funções do olho. Os músculos extrínsecos
do olho constituem a parte ativa do sistema motor ocular, não apenas em
relação à mobilização dos olhos, mas também à fixação adequada na órbita.
Nos músculos oculomotores deve-se considerar: a inervação fixa, a orbital, o
próprio músculo e sua inserção ocular. Os músculos extrínsecos ou
extraoculares são 6 sendo 4 retos e 2 oblíquos.

Figura 3: http://anatomiadelojo.blogspot.com/2008/05/msculos-extraoculares-y-
movimientos-del.html

Os músculos extrínsecos se encarregam de movimentar o globo ocular nas


diferentes posições de mirada. Sendo eles inervados por pares cranianos onde:
o III par inerva o RS (reto superior), RI (reto inferior),RM (reto medial) e OI
(oblíquo inferior). O IV par inerva somente o OS (obliquo superior), já o RL (reto
lateral) é inervado pelo VI par craniano.

Função dos músculos:

RETO SUPERIOR: Elevação, adução, intorção.

RETO INFERIOR: Depressão, adução e extorsão.


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RETO MEDIAL: Adução

RETO LATERAL: Abdução

OBLIQUO SUPERIOR: Intorção, depressão, abdução.

OBLIQUO INFERIOR: Extorção, elevação, abdução.

MECANISMO DE AÇÃO DOS MÚSCULOS EXTRAOCULARES

LEIS DE MOTILIDADE

Para que ocorram movimentos oculares é necessário:

1. Músculo agonista ou protagonista: é aquele que por si só faz o


movimento no olho fixador. Músculo que move o olho numa determinada
direção (é responsável pelo movimento).

2. Músculo antagonista homolateral: é aquele que se opõe ao movimento no


olho fixador. Músculo do mesmo olho do agonista que tem ação oposta (é
aquele que produz um movimento no sentido oposto ao realizado pelo músculo
agonista).

Os pares de agonista/antagonista são:

• RM/RL

• Nos movimentos verticais: RS/RI; OS/OI; OS/RS; OI/RI

• Na torsão: RS/RI; OS/OI; OS/RI; OI/RS

3. Músculo sinergista ou homolateral: é aquele que coopera com o primeiro


para conseguir movimento no olho fixador. Músculo do mesmo olho do
agonista que tem uma ação semelhante, reforçando-a (músculos que atuam
simultaneamente e movem o olho em um mesmo sentido). Ou seja é o músculo
que coopera com o anterior para conseguir movimento.

Os pares de agonista/sinergista são:

Na elevação: RS/OI

Na depressão: RI/OS

Na intorsão: OS/RS

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Na extorsão: OI/RI

Na adução e abdução não existem sinergistas

4. Conjugados: Músculo do olho que atua com o agonista de forma a produzir


um movimento conjugado numa determinada direção do olhar.

Os pares de músculos conjugados são:

RM OD/RL OE

RM OE/RL OD

Na dextrosupraversão: RS OD/OI OE

Na levosupraversão: RS OE/OI OD

Na levoinfraversão: OS OD/RI OE

Na dextroinfraversão: OS OE/RI OD

Na levocicloversão: OS OD/RS OE

Na dextrocicloversão: OS OE/RS OD

As definições de agonista, antagonista e sinergista estão presentes apenas em


movimentos monoculares enquanto que os músculos conjugados implicam
movimentos binoculares.

CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS OCULARES

Cada um dos músculos oculares tem de 1á 3 funções, onde são


conhecidas por ação primária, secundária e terciária. Segundo ao movimento
podemos dividir em: movimentos monoculares e binoculares. O movimento de
um olho designa-se de ducção, os movimentos dos dois olhos em simultâneo
designa-se de versão.

Movimentos monoculares: DUCÇÃO

São exemplos de ducções: adução, abdução, elevação, depressão,


exciclodução ou extorsão e inciclodução ou intorsão. Ducção é um exame para
avaliar MEO e saber se existe paralisia total ou parcial de algum músculo. São

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os movimentos de um olho em torno dos eixos horizontal, vertical e
anteroposterior. Movimentos monoculares onde a avaliação dos movimentos é
em X.

OBJETIVO: Diagnosticar para paresia (déficit muscular parcial) ou paralisia


(déficit muscular total).

LEI DE INERVAÇÃO RECÍPROCA DE SHERRINGTON

O estímulo nervoso para a ativação de um músculo é acompanhado do


estímulo inibitório do antagonista.

―A INERVAÇÃO AUMENTADA DE UM MÚSCULO DIMINUE A INERVAÇÃO


DO MÚSCULO ANTAGONISTA‖.

Figura 4: Duções (DUÇÕES, online)

Movimentos binoculares: VERSÕES

Versões é um exame para avaliar MEO e saber se existe hipo e


hiperfunção de algum músculo. São movimentos binoculares nos quais os
olhos se movimentam na mesma direção e no mesmo sentido. Avaliação com
movimentos em H

OBJETIVO: Determinar as hipo ou hiperfunções de um ou vários músculos.

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Avaliação da função primária do músculo.

LEI DE HERING

Sempre que um estímulo nervoso é enviado a um músculo, há um estímulo


idêntico para seu conjugado.

―UM DETERMINADO MÚSCULO DE UM OLHO TEM SEU MÚSCULO JUNTO


EM OUTRO OLHO, ATUA AO MESMO TEMPO POR RECEBER A MESMA
CARGA INERVACIONAL‖.

Figura 5: Versões (VERSÕES, online)

VERGENCIAS

As vergências são movimentos binoculares disjuntivos nos quais os


olhos se movem na mesma direção e na direção oposta. Dependendo da
direção e direção do movimento, assume os seguintes nomes: convergências
ou divergências.

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SISTEMA SENSORIAL

Desenvolvimento da visão Monocular e Binocular.

A visão começa a se desenvolver a partir do momento do nascimento,


pois no claustro materno a luz não é percebida, a qual é essencial para o
processo bioquímico que começa a ocorrer. O desenvolvimento visual é um
processo de maturação altamente complexo, foi demonstrado que mudanças
estruturais ocorrem nos olhos e no sistema nervoso central após o nascimento.
Nos primeiros meses de vida, o cérebro e o sistema visual são imaturos e as
conexões entre os neurônios ainda não estão bem formadas e estabilizadas;
portanto, qualquer obstáculo sensorial, nesse período sensível de
desenvolvimento, pode afetá-lo. Quando o desenvolvimento sensorial alcança
o máximo de seu desenvolvimento a visão binocular se completa.

Alguns tipos de reflexo possibilitam a visão binocular: reflexos


incondicionados(primitivos), reflexos optomotores (condicionados), reflexo de
seguimento e reflexo de fixação.

REFLEXOS INCONDICIONADOS (PRIMITIVOS)

Esses reflexos são determinados por estímulos não ópticos, presentes


no nascimento, que podem ser de natureza local, como os proprioceptivos que
dão origem a reações monoculares e os de origem dos músculos vestibulares e
sensoriais que causam reações binoculares.

REFLEXOS OPTOMOTORES (CONDICIONADOS)

São reflexos condicionados a estímulos ópticos, enxertados nos


anteriores, transformando suas reações tônicas em dinâmica. Eles podem ser
de dois tipos:

Monocular que determina a posição do olho na órbita e Conjugados, que


determinam a posição dos olhos em relação ao espaço. Os reflexos posturais
isto é, aqueles de diferentes partes do corpo tendem a manter o estado em que
se encontram e formam o mecanismo pelo qual os olhos se alinham
(descartando uma anatomia anormal dos olhos e órbita), fornecendo o
substrato anatômico-funcional que permite que os olhos se movam juntos,

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mantendo um tipo específico de alinhamento. Os reflexos posturais causam
alterações na posição do corpo para não alterar o alinhamento dos olhos.

REFLEXO DE SEGUIMENTO

No homem, a fonte mais importante de reflexos tonais, para músculos


extra-oculares vem de estímulos visuais. A importância dessa fonte aumenta
com a evolução da escala zoológica, diminuindo a eficácia dos reflexos
vestibulares e proprioceptivos do pescoço. Assim, no homem, os reflexos
cervicais não são muito úteis; exemplo: os olhos não mostram desvio ao girar a
cabeça, a menos que o movimento seja realizado com velocidade suficiente
para estimular os canais semicirculares. Pelo contrário, mudanças no campo
visual, mesmo com pouca atenção, produzem mudanças importantes no tônus
dos músculos oculares. A experiência mais clara do mencionado é a seguinte:
se vemos um objeto passar por uma janela, nossos olhos mostram um lento
movimento de fase na direção do deslocamento do objeto observado e depois
uma fase rápida na direção oposta. Esse movimento é repetido
constantemente, mas não há consciência disso. Esse tipo de motilidade ocular
pode ser estudado clinicamente através do nistagmo optocinético, que é o
exagero de um reflexo que está constantemente ativo durante a vigília, de
maneira não óbvia, e que é chamado de reflexo de acompanhamento ou
seguimento.

REFLEXO DE FIXAÇÃO

É o mesmo que o reflexo de acompanhamento, uma vez que uma


imagem não pode ser fixada, mas é posta em prática quando o objeto de
estímulo foi capturado pela fóvea, graças ao reflexo de acompanhamento. Sua
função é manter o objeto fixo na foveola. A fixação é, obviamente, um termo
relativo, pois os olhos nunca ficam imóveis, uma vez que uma imagem não
pode ser capturada por um único cone.

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FIXAÇÃO

A mácula é a parte mais importante do fundo do olho. Em seu centro tem


um ponto brilhante que corresponde a fóvea.

Figura 6: Fundo do olho região macular

A fóvea central é definida como uma pequena depressão existente na mácula,


onde representa o ponto de maior acuidade visual em condições de
normalidade. Cada ponto da retina tem o poder de produzir um movimento
reflexo, de modo que a imagem se move até atingir a fóvea e a partir desse
momento a imagem permanece fixa, de modo que a fóvea é o ponto usado
para corrigir .Pode acontecer que você perca essa hegemonia funcional e a
fixação seja realizada por outra área da retina. A fixação se classifica em:

Fixação foveal: é central, estável e constante, ou seja, que a fóvea retém sua
principal direção visual.

Fixação excêntrica: ocorre quando a fixação cai em um ponto da retina mais


ou menos distante da fóvea, quando não está na foveola e de acordo com o
local onde está, pode estar: parafoveal, paramacular, periférico ou parapapilar.
Defeito mais acentuado da acuidade visual.

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MECANISMOS FISIOLÓGICOS DE SELEÇÃO DA VISÃO BINOCULAR

Nossos olhos recebem do mundo exterior uma série de estímulos


simultâneos. Para evitar desorientação, o sistema córtico-ocular utiliza uma
série de mecanismos de seleção fisiológica. Esses mecanismos fisiológicos
inerentes à visão binocular e que são fundamentais para alcançá-la são:
rivalidade retiniana ou antagonismo da retina, supressão, dominância ocular.

RIVALIDADE RETINIANA

Se as duas imagens da retina são diferentes, o cérebro não pode fundi-


las e apenas uma delas se torna consciente. Essa briga entre os dois olhos é
desencadeada fundamentalmente pela desigualdade dos contornos e em
menor grau pela cor. A rivalidade retiniana é constante e igualmente exercida
para ambas as imagens, para que uma e outra possam ser conscientizadas. É
portanto, um elemento básico para a visão binocular.

SUPRESSÃO

Você não pode mesclar imagens diferentes, mas elas podem ser
combinadas ou nos dar uma imagem de percepção simultânea. Por exemplo: a
gaiola e o papagaio, onde a imagem periférica da gaiola que é vista com um
olho é unida, com o foveal (o papagaio) que é visto com o outro olho. Isso
acontece cancelando o setor foveolar do olho que vê a gaiola; que combina
uma imagem única. Esse fenômeno de cancelamento de uma parte de uma
parte da imagem ou de toda a imagem é chamado de supressão.

DOMINÂNCIA

A preponderância da imagem foveal de um olho sobre o outro é


chamada de dominância. Esses três mecanismos fisiológicos coexistem na
visão binocular. Gerando assim a visão estereoscópica.

VISÃO ESTEREOSCÓPICA

A estereopsia ou percepção de profundidade é alcançada primeiro pelas


características anatômicas de nossos olhos; Assim a binocularidade assenta na
separação anatômica de ambos os olhos, ou seja, a distância interpupilar ou os

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eixos visuais, o que permite apreciar os diferentes setores laterais de um
objeto.

O limite de discriminação de profundidade é definido como o menor intervalo de


profundidade espacial entre 2 objetos que um observador é capaz de resolver.
A acuidade visual estereoscópica também pode ser definida como a
disparidade binocular mínima que dá origem à sensação de profundidade.

TESTES USADOS PARA AVALIAÇÃO NA ORTÓPTICA

AMPLITUDE DE ACOMODAÇÃO

Considera como o grau até o qual o olho pode alterar sua refração. É
maior na infância e vai diminuindo com a idade. O raio de acomodação é a
distância entre o ponto remoto e o ponto próximo.

Tem como objetivo medir o valor em dioptrias entre a estimulação máxima e


mínima de acomodação.

Requisitos:

Integridade na plasticidade do cristalino.

Colaboração nas instruções recomendadas.

Paciente está confortável.

Com correção para o máximo controle acomodativo.

Técnica de Sheard:

Objetivo: Avaliar subjetivamente a AA.

Equipamentos: CAIXA DE PROVA, TABELA PRA VP, FITA MÉTRICA,


OCLUSOR E AMBIENTE CONFORTAVEL.

Protocolo:

1.Paciente comodamente sentado;

2.Boa iluminação;

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3.Corrigido para VP;

4.Tampe o OE;

5.Localize a tabela em VP a uma distância de 50cm, 40cm ou 33cm;

6.Uma linha acima da melhor A.V;

7.Comece a acrescentar L (-) em passos de 0,25 dpts;

8.Peça ao paciente reportar: quando ver borroso (ou seja borrar


completamente).

9.Anote a AA do OD já compensando a DT: 50cm– 2,00 D; 40cm—2,50D;


33cm—3,00D.

10.Repita o procedimento no OE.

ANOTAÇÃO NO H.C

OD: 4,50 NÍVEL VISUAL: J2 TÉCNICA: SHEARD DT: 33cm.

OE: 5,00

11. Compare com a tabela de AA e diagnostique.

OBSERVAÇÃO:

2 dioptrias á mais da tabela: Excesso de acomodação.

2 dioptrias á menos da tabela: Insuficiência de acomodação.

FLEXIBILIDADE DE ACOMODAÇÃO

Técnica clínica que mede a facilidade de acomodação e relaxamento do


cristalino com respeito ao tempo.

Tem como objetivo:

1.Determinar a facilidade de troca acomodativa do paciente tomando como


variável o tempo.

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2.Analisar os resultados com a demanda visual do paciente para gerar uma
conduta acertada.

3.Integrar os resultados com os demais teste realizados no Histórico Clínico.

Requisitos:

Integridade e presença do cristalino

Uso da correção para o máximo controle acomodativo.

Colaboração e respostas rápidas.

Técnica de Flippers:

Objetivo: Determinar se o cristalino consegue acomodar e relaxar na mesma


quantidade a uma determinada distância.

Equipamentos:

Caixa de Prova e ou Flippers

Tabela para VP

Fita métrica

Iluminação adequada

Ambiente confortável.

Protocolo:

1.Paciente comodamente sentado;

2.Boa iluminação

3.Oclua o OE do paciente;

4. Coloque a tabela de optotipo para VP a uma distância: 50cm, 40cm,33cm;

5. Adicione o Flipper segundo a distância de trabalho selecionada:

33cm: +3,00/-3,00

40cm: +2,50/-2,50

50cm: +2,00/-2,00

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6.Peca ao paciente ler sempre primeiro com a lente (+) e seguidamente com a
lente (-);

7. Diminua os valores caso o paciente não ler mais;

8.Peça ao paciente ler uma linha acima da melhor A.V para perto.

9.Anote a resposta;

10.Se ele não enxergou diminua o valor da lente que não conseguiu e repita o
procedimento para o outro olho.

Exemplo:

Flexibilidade

Técnica: Flippers DT: 50cm

Nível visual: J2

OD: +1,75/-2,00

OE: +1,00/-200

INFLEXIBILIDADE NO RELAXAMENTO: +2,75/-3,00

INFLEXIBILIDADE NA ACOMODAÇÃO: +3,00/-2,75

FACILIDADE DE ACOMODAÇÃO

É a capacidade que o cristalino tem de manter a flexibilidade por um tempo


determinado.

Objetivo: Determinar a capacidade que o cristalino tem de sustentar e ou


manter a flexibilidade.

Equipamentos:

― Iguais a flexibilidade‖

Cronômetro

Protoloco:

1. comodamente sentado;
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2.Corrigido para VP;

3.Boa iluminação;

4. a linha acima da melhor A.V para perto;

5.Oclua o OE;

6.Com o dado achado na flexibilidade para OD;

7. Conte quantos ciclos em um minuto o paciente consegue ler; 1 ciclo= ao


passo de uma lente (+) e uma lente (-)

8. Anote:

Repita o procedimento para OE;

EXEMPLO:

Flexibilidade Facilidade DT:50cm Nível visual: J2

OD: +1,75/-2,00 ---- 2cpm

OE: +1,00/-2,00 ----1cpm

FACILIDADE: valor de normalidade ―8cpm a 9cpm‖

DEFICIÊNCIA NA FACILIDADE: ciclos a baixo de 8/9

PPC- Ponto próximo de convergência

Segundo Fávaro (2019) é o ponto mais próximo que um objeto pode ser visto
simples, usando o máximo de convergência e mantendo a fusão.

Segundo Maciel (2015) É o ponto mais perto que uma pessoa pode manter
imagens sensíveis e claras.

Resultado da soma de todas as convergências: tônica, de proximidade, de


acomodação e a fusional.

É o ponto mais próximo aos olhos na qual a máxima convergência é exercida,


sendo seu valor de normalidade até 10 cm.

O seu valor também é expresso em unidade métrica.

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Quando o indivíduo deixa de convergir, ele ver duplo (reporta diplopia) ou
supressão de uma das imagens.

OBJETIVO: Determinar a habilidade de convergir mantendo a fusão, incluída a


capacidade de convergência voluntária e involuntária.

REQUISITOS: Paciente(PX) não ter estrabismo manifesto, fazer com correção


e sem correção visual, ponto de fixação proporcional a acuidade visual em
visão próxima e com luz.

FORMAS DE AVALIAÇÃO: 1. Objetiva: quando rompe a fusão.

2. Subjetiva: quando o px reporta ver duplo.

EQUIPAMENTOS: Régua, objeto real, luz e filtro vermelho.

PROCEDIMENTO:

1. ponto de fixação.

2.Iniciar a 40 cm, caso já reporte diplopia afaste.

3.Aproximar o objeto e ou luz até Px ver duplo ou romper a fusão anota a


distância e sem seguida afasta o objeto ou luz até ele recuperar a fusão.

4.Medir a distância em que o Px ver duplo e quando recupera.

EXEMPLO: 10/14 resultado 10 diplopia e 14 recobro.

PPC com Objeto real: avalia a convergência por acomodação.

PPC com Luz: avalia a convergência fusional.

PPC com Luz e Filtro vermelho: avalia os músculos retos médios que são
encarregados da convergência, bem como as reservas fusionais. (Filtro
vermelho sobe o Olho Dominante).

VALORES DE NORMALIDADE:

Criança: PPC OR: NARIZ OU 5/6cm

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Adulto: 10 cm

Présbita: acima de 10cm;

OBSERVAÇÕES:

Não tomar PPC: *quando houver visão monocular

*em caso de tropia

*nistagmo: porque tem bloqueio

*Afácia.

RESERVAS FUSIONAIS

DEFINIÇÃO: As reservas fusionais representa uma importância já que


condiciona a existência de uma visão binocular normal.

São frequente e necessárias quando a ortoforia não é perfeita ou seja quando


ocorre heteroforia.

OBJETIVOS:

Medir a amplitude de fusão tanto em convergência como em divergência.

Definir os valores normais por meio das amplitudes de fusão do paciente.

Detectar através do estudo das fusões quando o paciente requer ou não


ampliar suas reservas.

REQUISITOS:

1.Visão binocular (pontos retinianos correspondentes).

2.Colaboração e entendimento

3.Maiores de 5 anos.

4.Instruir se necessitamos de ajuda (prismas soltos).

O EXAMINADOR:

Explicar bem o que é diplopia e ponto de recuperação.

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Evitar fadiga do paciente.

EQUIPAMENTOS:

PRISMAS SOLTOS OU BARRA DE PRISMAS, CONTROLE DE ILUMINAÇÃO.

PROCEDIMENTO:

6 metros com ponto de fixação para produzir diplopia e a 40 Cm. Adicionar


prisma até gerar diplopia: limite de movimento de fusão em máximo.

Reservas de convergência: base Externa.

Reservas de divergência: base interna.

Diminuir até ter novamente visão sensível: ponto de recuperação.

Divergência longe: 10 a 8 dpt

Divergência perto: 15 a 12 dpt

Convergência longe: 25 a 20 dpt

Convergência perto: 40 a 35dpt

RESERVAS FUSIONAIS POSITIVA (RFP)

Medir a amplitude de fusão em convergência. Comparando os valores normais


e os valores encontrados.

Realizado com prismas a 6m e 33cm

Prisma base temporal.

Coloca-se prisma de base temporal aumentando até o px ver duplo e reduz


prisma até ele ver normal.

Anota-se o valor da diplopia sobre recobro.

EXEMPLO: RFP 6M 25/20

(25∆ DIPLOPIA e 20∆ RECOBRO).

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RESERVAS FUSIONAIS NEGATIVAS (RFN)

Medir a amplitude de fusão em divergência. Definindo os valores normais e os


valores encontrados.

Realizado a 6 m e 33cm

Prisma base nasal

Coloca-se prisma de base temporal aumentando até o px ver duplo e reduz


prisma até ele ver normal.

Anota-se o valor da diplopia sobre recobro.

EXEMPLO: RFN 6M 10/8

(10∆ DIPLOPIA e 8∆ RECOBRO).

VALORES NORMAIS

RFP: BASE TEMPORAL RFN: BASE NASAL

RFP 6M: 25/20 RFN 6M: 10/8

RPP 33CM: 35/40 RFN 33CM: 12/10

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REFERÊNCIAS

*Landaluce Gutiérrez Olga de, Ortóptica/Olga de Landaluce


Gutiérrez. La Habana: Editorial Ciências Médicas;2006

*https://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=
2ahUKEwi91snYr6TkAhXuGLkGHcpfCow4ZBAzKCMwI3oECAEQJA&url=http
%3A%2F%2Fanatomiadelojo.blogspot.com%2F2008%2F05%2Fmsculos-
extraoculares-y-movimientos-
del.html&psig=AOvVaw193PpFIKBKg3m9qy5AokVV&ust=1567040446824520
&ictx=3&uact=3

*http://oftalmillo.blogspot.com/2014/07/dinamica-ocular.html

* Machado,Inês; Gama, Rita,2012, Estrabismos para Totós.

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