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Esparsa ao desconcerto do mundo

Os bons vi sempre passar


No mundo graves tormentos;
E para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado:
Assim que só para mim
Anda o mundo concertado.

Luís de Camões.

Primeira parte: v. 1 a v.5 – Nesta parte o “eu” poético constata que a distribuição dos
prémios pelos humanos é injusta, porque os “bons”, os que têm valor, são castigados e os
“maus”, os que não agem de acordo com a moral, são premiados.

Segunda parte: v. 6 a v. 8 – O sujeito poético decide proceder de modo incorreto para


ser premiado, mas é castigado.

Terceira parte: VV. 9-10 – O “eu” lírico conclui que só a ele se aplica a justiça.

Metáfora e hipérbole: “Os maus viram sempre nadar/ em mar de contentamentos.”


(vv. 4-5).

As duas figuras de estilo acentuam a ideia do desconcerto do mundo, da impunidade


dos maus que não só não são castigados, como ainda são largamente recompensados.

O título expressa a injustiça do mundo, a injusta distribuição da recompensa e do


castigo no mundo.

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