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Sistemas de análise
Para efeito didático pode-se encaixar os sistemas de análise em três classes gerais:
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Notas de aula elaboradas em 2008, por ocasião da disciplina Pesquisa em Serviço Social II e revista em 2013, por ocasião
da disciplina Seminário de Monografia II, no curso de Serviço Social/UERN.
este tipo de análise fornece informações objetivas;
caracteriza-se por trabalhar com respostas obtidas dos sujeitos na forma como elas aparecem;
constitui-se na verificação de freqüência simples ou de ocorrência, seguido de cálculo
percentual;
o passo final é a construção de tabelas, gráficos e perfis para posterior descrição e discussão dos
resultados.
2) sistema quantitativo-interpretativo
Para Bardin(2007) a categorização é uma operação de classificação dos elementos presentes nos dados
produzidos na pesquisa, se dá por:
- Diferenciação;
- Reagrupamento.
As categorias são rubricas ou classes que reúnem um grupo de elementos;
As categorias podem obedecer aos seguintes critérios:
- Semântico (categorias temáticas);
- Sintático (verbos, adjetivos);
- Lexical (classificação de palavras segundo o seu sentido);
- Expressivo (ligado as expressões da linguagem).
A categorização é realizada por meio de um estudo minucioso da fala dos informantes.
Ao categorizar acentuamos um determinado critério da realidade.
O que permite o agrupamento dos dados é a parte comum entre eles.
É um processo de tipo estruturalista e comporta duas etapas:
- O inventário (isolar os elementos);
- A classificação (repartir os elementos e organizar as mensagens).
- Seu principal objetivo é “fornecer, por condensação, uma representação simplificada dos dados
brutos” (Bardin, 2007, p. 112-113).
Pode se dar por meio de dois processos inversos:
- É fornecido o sistema de categorias e repartem-se os elementos;
- O título conceitual de cada categoria somente é definido no final da operação.
Segundo Flick (2009) “As principais atividades são buscar partes relevantes dos dados e análisá-
los, comparando com outros dados e lhes dando nomes e classificações” (p.132)
Segundo Bardin(2007) um conjunto de categorias boas deve possuir as seguintes qualidades:
- Exclusão mútua (um único princípio de classificação deve estar presente na organização);
- A pertinência (está de acordo com o material produzido e com o referencial teórico utilizado na
pesquisa);
- A objetividade e a finalidade (as variáveis devem estar claramente definidas e deve-se ter claro
os critérios para a entrada de um elemento em uma categoria);
- A produtividade (deve produzir resultados férteis: novas hipóteses e dados exatos).
Aqui termina a fase interpretativa concretizada pelo sistema de categorias, primeira etapa da
análise dos dados. A seguir deve ser retomada a quantificação.
Sistema qualitativo
É o sistema mais complexo e exige muitos cuidados quanto a sua elaboração.
Nele busca-se apreender profundamente os significados presentes nas falas, nos
comportamentos, nos sentimentos, nas expressões dos entrevistados(as).
Essa apreensão se dá a partir abordagem conceitual do entrevistador, trazendo à tona, por
intermédio da fala, do relato oral, uma sistematização baseada na qualidade.
Cabe ao pesquisador(a) decodificar o intrincado e complexo universo de vivências do(a)
entrevistado(a).
Através da análise qualitativa o(a) pesquisador(a) busca apreender o universo de significações
dos(as) entrevistados(as), por meio de procedimentos científicos que se concretizam por meio de
processos de categorização, o que permitirá a validação dos resultados.
Para tanto, é necessária uma fundamentação teórica adequada e sistemática.
Análise descritiva
Consta de dois processos:
O(a) pesquisador(a) deve ter uma postura reflexiva, avaliando criticamente seu próprio papel como
pesquisador(a).
Segundo Flick(2009) “Todos os tipos de materiais de pesquisa, como anotações, protocolos, notas de
campo e diários de pesquisa podem se tornar relevantes para a análise e são produtos dos processos de
escrita dos pesquisadores” (134).
O(a) pesquisador(a) deve tentar convencer o leitor de que suas interpretações são plausíveis e merecem
credibilidade, mostrando que elas se baseiam em materiais produzidos de forma eficiente e sua análise
está pautada em um método cientificamente corroborado.
Referências
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Tradução Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. 4. ed.
Lisboa-Portugal: Edições 70, 2007.
BAUER, Martin W.; GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Um manual
prático. Tradução Pedrinho A. Guareschi. 7. ed. Petropólis-RJ: Vozes, 2008.
FLICK, Uwe. Desenho da pesquisa qualitativa. Tradução Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre:
Artmed, 2009.
ROSA, Maria Virgínia de Figueiredo Pereira do Couto; ARNOLDI, Marlene Aparecida Gonzalez
Colombo. A entrevista na pesquisa qualitativa. Mecanismos para validação dos resultados. Belo
Horizonte: Autêntica, 2006.
SORIANO, Raúl Rojas. Manual de pesquisa social. Tradução Ricardo Rosenbusch. Petropólis-RJ:
Vozes, 2004.