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Análise e interpretação de dados em pesquisa social

Elaboração: profa. Gláucia Russo 1

Na fase de análise de dados é preciso considerar:


 Estão presentes na fala dos(as) sujeitos pesquisados:
- descrição de acontecimentos vividos e interpretações dessas experiências;
- representação dessas vivências e experiências;
- os dados não falam por si mesmos, eles precisam ser interpretados e analisados a luz de um quadro
teórico metodológico, independente de serem qualitativos ou quantitativos.
 O(a) pesquisador(a) precisa ter habilidade para:
- descrever, compreender, prever, controlar e analisar adequadamente os dados produzidos.
 Alguns autores diferenciam interpretação e análise.
 Para Soriano(2004) analisar consiste em separar e examinar os elementos básicos da informação,
buscando responder às questões colocadas na pesquisa.
 Interpretar, por sua vez, para esse autor, é o processo por meio do qual se procura inferir o
significado mais amplo para a informação empírica colhida.
 Quando se lança mão de diversas técnicas é conveniente analisar e interpretar os dados
separadamente.
Para atingir os objetivos da pesquisa a análise da informação deve levar em conta:
 O problema de pesquisa;
 O marco teórico e conceitual;
 As hipóteses a serem refutadas ou confirmadas;
 As variáveis presentes na pesquisa.
 Quanto mais completos e fiéis forem as transcrições das entrevistas maiores as possibilidades de
realização de uma análise de alto nível.

O processo de análise qualitativa está baseado em uma impregnação dos dados


pelo pesquisador, o que só tem condição de acontecer se ele interage
completamente com esses dados, na sua integridade e repetidas vezes (ROSA;
ARNOLDI, 2006, p. 61).

 As transcrições devem ser lidas repetidas vezes até a exaustão.

Sistemas de análise

Para efeito didático pode-se encaixar os sistemas de análise em três classes gerais:

1) Sistema de análise quantitativo-descritivo;


2) Sistema quantitativo-interpretativo;
3) Sistema qualitativo.

1) sistema de análise quantitativo-descritivo

 É utilizado para análise de dados de entrevistas estruturadas ou questionários;

1
Notas de aula elaboradas em 2008, por ocasião da disciplina Pesquisa em Serviço Social II e revista em 2013, por ocasião
da disciplina Seminário de Monografia II, no curso de Serviço Social/UERN.
 este tipo de análise fornece informações objetivas;
 caracteriza-se por trabalhar com respostas obtidas dos sujeitos na forma como elas aparecem;
 constitui-se na verificação de freqüência simples ou de ocorrência, seguido de cálculo
percentual;
 o passo final é a construção de tabelas, gráficos e perfis para posterior descrição e discussão dos
resultados.

2) sistema quantitativo-interpretativo

 Aqui o pesquisador busca apreender o significado da fala dos informantes.


 No caso específico das entrevistas, essa análise prevê dois momentos de agrupamentos: o das
questões e o das respostas.

 Agrupamento das questões:

É importante investigar o que cada pergunta permite obter e classificar:


- Qual o interesse da questão para a pesquisa;
- Com que finalidade foi introduzida a pergunta;
- Que tipos de dados é possível se obter com a pergunta.

 Categorização das respostas

Para Bardin(2007) a categorização é uma operação de classificação dos elementos presentes nos dados
produzidos na pesquisa, se dá por:
- Diferenciação;
- Reagrupamento.
 As categorias são rubricas ou classes que reúnem um grupo de elementos;
 As categorias podem obedecer aos seguintes critérios:
- Semântico (categorias temáticas);
- Sintático (verbos, adjetivos);
- Lexical (classificação de palavras segundo o seu sentido);
- Expressivo (ligado as expressões da linguagem).
 A categorização é realizada por meio de um estudo minucioso da fala dos informantes.
 Ao categorizar acentuamos um determinado critério da realidade.
 O que permite o agrupamento dos dados é a parte comum entre eles.
 É um processo de tipo estruturalista e comporta duas etapas:
- O inventário (isolar os elementos);
- A classificação (repartir os elementos e organizar as mensagens).
- Seu principal objetivo é “fornecer, por condensação, uma representação simplificada dos dados
brutos” (Bardin, 2007, p. 112-113).
 Pode se dar por meio de dois processos inversos:
- É fornecido o sistema de categorias e repartem-se os elementos;
- O título conceitual de cada categoria somente é definido no final da operação.
 Segundo Flick (2009) “As principais atividades são buscar partes relevantes dos dados e análisá-
los, comparando com outros dados e lhes dando nomes e classificações” (p.132)
 Segundo Bardin(2007) um conjunto de categorias boas deve possuir as seguintes qualidades:
- Exclusão mútua (um único princípio de classificação deve estar presente na organização);
- A pertinência (está de acordo com o material produzido e com o referencial teórico utilizado na
pesquisa);
- A objetividade e a finalidade (as variáveis devem estar claramente definidas e deve-se ter claro
os critérios para a entrada de um elemento em uma categoria);
- A produtividade (deve produzir resultados férteis: novas hipóteses e dados exatos).
 Aqui termina a fase interpretativa concretizada pelo sistema de categorias, primeira etapa da
análise dos dados. A seguir deve ser retomada a quantificação.

Sistema qualitativo
 É o sistema mais complexo e exige muitos cuidados quanto a sua elaboração.
 Nele busca-se apreender profundamente os significados presentes nas falas, nos
comportamentos, nos sentimentos, nas expressões dos entrevistados(as).
 Essa apreensão se dá a partir abordagem conceitual do entrevistador, trazendo à tona, por
intermédio da fala, do relato oral, uma sistematização baseada na qualidade.
 Cabe ao pesquisador(a) decodificar o intrincado e complexo universo de vivências do(a)
entrevistado(a).
 Através da análise qualitativa o(a) pesquisador(a) busca apreender o universo de significações
dos(as) entrevistados(as), por meio de procedimentos científicos que se concretizam por meio de
processos de categorização, o que permitirá a validação dos resultados.
 Para tanto, é necessária uma fundamentação teórica adequada e sistemática.

Análise dos dados


 Segundo Soriano(2004) a ordem metodológica da utilização da informação consiste:
1) síntese da informação em quadros estatísticos, gráficos ou relações de dados;
2) análise da informação, aplicando diversos métodos como o descritivo, o dinâmico, o de
correlação e o de conteúdo;
3) síntese geral dos resultados.
 Integrando o material será possível achar as conexões entre os fenômenos e explicar os
problemas em estudo.

Análise descritiva
 Consta de dois processos:

1) Análise individual de perguntas (feita com base em porcentagens):


1º - inclui-se a pergunta, as alternativas de respostas e os números absolutos e percentuais que
aparecem em cada resposta;
2º - faz-se uma descrição dos resultados globais
3º - chama-se a atenção para as diferenças encontradas entre grupos ou estratos que compõem a
amostra;
4º - faz-se referência a hipótese a ser sondada;
5º - comentários gerais para o uso da informação.

2) Análise descritiva geral


 Com base na análise individual das perguntas agrupa-se as respostas de acordo com aquilo que
ser quer estudar e as facetas ou variáveis que se quer estudar;
 Faz-se a análise separada das facetas ou variáveis considerando as porcentagens;
 Redige-se o documento contendo a análise descritiva.
Análise dos dados: análise dinâmica
 Ocorre após a análise descritiva;
 Busca a integração das respostas, de modo a identificar as possíveis ligações entre a informação
colhida e a problemática pesquisada;
 Se dá por meio da identificação e hierarquização de problemas e da elaboração de sugestões.

O(a) pesquisador(a) deve ter uma postura reflexiva, avaliando criticamente seu próprio papel como
pesquisador(a).
Segundo Flick(2009) “Todos os tipos de materiais de pesquisa, como anotações, protocolos, notas de
campo e diários de pesquisa podem se tornar relevantes para a análise e são produtos dos processos de
escrita dos pesquisadores” (134).
O(a) pesquisador(a) deve tentar convencer o leitor de que suas interpretações são plausíveis e merecem
credibilidade, mostrando que elas se baseiam em materiais produzidos de forma eficiente e sua análise
está pautada em um método cientificamente corroborado.

Referências

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Tradução Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. 4. ed.
Lisboa-Portugal: Edições 70, 2007.

BAUER, Martin W.; GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Um manual
prático. Tradução Pedrinho A. Guareschi. 7. ed. Petropólis-RJ: Vozes, 2008.

FLICK, Uwe. Desenho da pesquisa qualitativa. Tradução Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre:
Artmed, 2009.

ROSA, Maria Virgínia de Figueiredo Pereira do Couto; ARNOLDI, Marlene Aparecida Gonzalez
Colombo. A entrevista na pesquisa qualitativa. Mecanismos para validação dos resultados. Belo
Horizonte: Autêntica, 2006.

SORIANO, Raúl Rojas. Manual de pesquisa social. Tradução Ricardo Rosenbusch. Petropólis-RJ:
Vozes, 2004.

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